TRABALHO DE GEOGRAFIA – 3º BIMESTRE PORTFOLIO 1. Comércio e Sistema Financeiro Internacional Divisão Internacional do Trabalho e Globalização: Divisão internacional de Trabalho (DIT) é dividir as atividades e serviços entre países do mundo, onde os países emergentes ou em desenvolvimento, exportadores de matéria-prima, com mão-de-obra barata e de industrialização quase sempre tardia, oferecem aos países industrializados, economicamente mais fortes benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão-de-obra abundante, leis ambientais frágeis, entre outras facilidades. A primeira DIT corresponde ao final do século XV e ao longo do século XVI, no qual o capitalismo estava em fase inicial, chamada de capitalismo comercial. Era caracterizado pela produção manual a partir da extração de matérias-primas e acúmulo de minérios e metais preciosos por parte das nações. A segunda DIT ocorre no século XVI, mas principalmente a partir do século XVII, com a Primeira e a Segunda Revolução Industrial. As colônias e os países subdesenvolvidos passaram a fornecer também produtos agrícolas, assim como vários tipos de minerais e especiarias. Finalmente, a terceira DIT ou “Nova DIT” surge no século XX, com a revolução técnico-científica-informacional e a consolidação do capitalismo financeiro, que permite a expansão das grandes multinacionais pelo mundo. Nesse período, os países subdesenvolvidos iniciam seus processos tardios de industrialização, entre eles o Brasil. Tal acontecimento foi possível graças à abertura do mercado financeiro desses países e pela instalação de empresas multinacionais ou globais, oriundas, quase sempre, de países desenvolvidos. A Globalização é um processo de integração econômica, cultural, social e política. Esse fenômeno é gerado pela necessidade do capitalismo de conquistar novos mercados, principalmente se o mercado atual estiver saturado. A intensificação da globalização aconteceu na década de 70, e ganha grande velocidade na década de 80. Um dos motivos para essa aceleração é o desenvolvimento de novas tecnologias, como por exemplo, no ramo da comunicação. O mundo como fábula Este mundo globalizado, visto como fábula, erige como verdade um certo número de fantasias, cuja repetição, entretanto, acaba por se tornar uma base aparentemente sólida de sua interpretação. Fala-se, por exemplo, em aldeia global para fazer crer que a difusão instantânea de notícias realmente informa as pessoas. A partir desse mito e do encurtamento das distâncias – para aqueles que podem realmente viajar – também se difunde a noção de tempo e espaço contraídos. Há uma busca de uniformidade, ao serviço dos atores hegemônicos, mas o mundo se torna menos unido, tornando mais distante o sonho de uma cidadania verdadeiramente universal. O mundo como é: globalização como perversidade Para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem em qualidade de vida. A educação de qualidade é cada vez mais inacessível. A perversidade sistêmica que está na raiz dessa evolução negativa da humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos comportamentos competitivos que atualmente caracterizam as ações hegemônicas. Todas essas mazelas são direta ou indiretamente imputáveis ao presente processo de globalização. Crise do Euro: Causas A crise da dívida soberana europeia resultou de uma complexa combinação de fatores, tais como: a globalização dos mercados financeiros; facilidades nas condições de crédito no período 2002-2008 que encorajaram práticas com elevados riscos de crédito; a crise financeira global de 2007-2012; desequilíbrios no comércio internacional; o fim da bolha imobiliária; a recessão global de 2008-2012; políticas orçamentais resultando em défices crónicos; as soluções usadas pelos países para resgatar a banca e investidores provados em dificuldades, transferindo para a dívida pública o passivo dessas entidades. A Crise A formação de uma crise financeira na zona do euro deu-se, fundamentalmente, por problemas fiscais. Alguns países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram a acumular dívidas. Assim, a relação do endividamento sobre PIB de muitas nações do continente ultrapassou significativamente o limite de 60% estabelecido no Tratado de Maastricht, de 1992, que criou a zona do euro. No caso da economia grega, exemplo mais grave de descontrole das contas públicas, a razão dívida/PIB é mais que o dobro deste limite. A desconfiança de que os governos da região teriam dificuldade para honrar suas dívidas fez com que os investidores passassem a temer possuir ações, bem como títulos públicos e privados europeus. Conflitos no Oriente médio: A região do Oriente Médio é uma das áreas mais conflituosas do mundo. Diversos fatores contribuem para isso, entre eles: a sua própria história; origem dos conflitos entre árabes, israelenses e palestinos; a posição geográfica, no contato entre três continentes; suas condições naturais, pois a maior parte dos países ali localizados é dependente de água de países vizinhos; a presença de recursos estratégicos no subsolo, caso específico do petróleo; posição no contexto geopolítico mundial. As fronteiras das novas nações, definidas de acordo com interesses europeus, não consideraram a história e as tradições locais, consequentemente vários conflitos ocorreram e continuam ocorrendo no Oriente Médio. Os novos Estados árabes – Iraque, Kuwait, Síria, Líbano, Jordânia – brigaram por recursos naturais e território. O conflito mais grave ocorreu na Palestina, para onde, até o fim da Segunda Guerra, havia migrado meio milhão de judeus. Quando foi criado o Estado de Israel, cinco países árabes atacaram, na primeira das seis guerras entre árabes e israelenses. 2. Turismo, Transportes e Telecomunicações Ecoturismo: O ecoturismo é um segmento do turismo voltado para a contemplação, atividades de lazer, esportivas ou educacionais no meio natural de forma a preservar os patrimônios naturais e culturais do local visitado. Além disso o ecoturismo é ainda uma forma de despertar a consciência ecológica dos turistas através da interpretação e integração com o ambiente e a comunidade local, gerando benefícios tanto para o visitante quanto para a comunidade ou local visitado. O ecoturismo difere do chamado “turismo de massa”, pois enquanto o segundo tem seus objetivos voltados para maximização do lucro através da atração do maior número possível de turistas, o primeiro visa à obtenção de melhores resultados. No ecoturismo o aporte de turistas pode até mesmo ser limitado com o intuito de evitar ou minimizar os impactos sobre o ecossistema do local visitado, o que seria impensável para o turismo de massa. Meios de transportes no Brasil - vantagens e desvantagens. Turismo doméstico (nacional). Com o dólar caro, há uma tendência de aumento do interesse dos brasileiros por viagens domésticas. A valorização da moeda norte-americana dá também maior competitividade ao turismo para estrangeiros. Entidades do setor de turismo confirmam o cenário positivo, mas argumentam que os custos para operar impedem o barateamento dos pacotes, e que não há divulgação suficiente do Brasil no exterior. No primeiro trimestre deste ano, a cotação do dólar encostou em R$ 3,30. Do fim de março para cá, a moeda devolveu parte da alta, mas permanece cotada perto de R$ 3. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (Abih), Enrico Fermi, afirma que a maior procura por destinos nacionais foi registrada em dezembro de 2014 e nos três primeiros meses deste ano. Associação de viagens corporativas fala em crescimento setorial de 2,9% no trimestre A Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) registra crescimento setorial de 2,9% na movimentação do primeiro trimestre de 2015, comparado a igual período de 2014, atingindo R$ 3,4 bilhões. Em razão da Copa do Mundo de 2014, as vendas setoriais foram antecipadas para o primeiro trimestre - o qual registrou o maior crescimento (18%) de toda a série histórica da pesquisa. 3. Atividades agrárias Monoculturas - vantagens e desvantagens: A substituição da cobertura vegetal original, geralmente com várias espécies de plantas, por uma cultura única, é uma prática danosa ao solo. Por exemplo: numa área de cerrado podemos encontrar tamanduás, emas, e até lobos-guará, sem contar os animais menores. Quando se derruba uma grande área de cerrado e planta-se, por exemplo, soja, estes animais tem dificuldade para se alimentar, não encontram abrigos e dificilmente conseguem se reproduzir. Aqueles que sobrevivem procuram outros locais, invadindo áreas urbanas, tornando-se então presas fáceis. Por outro lado, alguns insetos encontram na plantação de soja alimento constante e poucos predadores, desta maneira se reproduzem intensamente tornando-se pragas. Outro efeito é o esgotamento do solo: na maioria das colheitas retira-se a planta toda, interrompendo desta maneira o processo natural de reciclagem dos nutrientes . O solo torna-se empobrecido, diminui a produtividade tornando-se necessária então a aplicação de adubos. Plantation: Plantation é um tipo de sistema agrícola baseado em uma monocultura de exportação mediante a utilização de latifúndios e mão de obra escrava. Foi bastante utilizado na colonização da América, principalmente no cultivo de gêneros tropicais e é atualmente comum a países subdesenvolvidos, com as mesmas características, exceto, obviamente, por não mais empregar mão de obra escrava. A primeira característica da economia de plantation é a monocultura. Nesse sistema, são produzidas grandes quantidades de um só produto que se adapta muito bem ao solo e ao clima da região. Os produtos cultivados por meio da economia de plantation no Brasil são cana-de-açúcar, café, soja etc. Nesse sistema, a produção é voltada quase totalmente para o mercado externo, permanecendo no país apenas produtos de baixa qualidade. As colônias eram exploradas de uma forma especulativa, sem nenhum interesse, por parte das metrópoles, na melhora do país em que a economia de plantation era estabelecida. Alguns países ainda utilizam o sistema de plantation, embora a maioria tenha substituído à mão de obra escrava pela assalariada. No Brasil, a economia de plantation ainda é utilizada em regiões que cultivam cana-de-açúcar ou café. Em outras palavras, Plantation é uma forma de cultivo comercial organizada para o mercado externo e que não considera os interesses da economia e da sociedade da região ou do país onde é realizado. Transgênicos: Os transgênicos, ou organismos geneticamente modificados, são produtos de cruzamentos que jamais aconteceriam na natureza, como, por exemplo, arroz com bactéria. Por meio de um ramo de pesquisa relativamente novo (a engenharia genética), fabricantes de agroquímicos criam sementes resistentes a seus próprios agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas inseticidas. As empresas ganham com isso, mas nós pagamos um preço alto: riscos à nossa saúde e ao ambiente onde vivemos. O modelo agrícola baseado na utilização de sementes transgênicas é a trilha de um caminho insustentável. O aumento dramático no uso de agroquímicos decorrentes do plantio de transgênicos é exemplo de prática que coloca em cheque o futuro dos nossos solos e de nossa biodiversidade agrícola. Lorenzo Weffort Tamara Magno Informática -Turma A