O marco legal da ciência, tecnologia e inovação

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NESTA EDIÇÃO
Solidariedade
Confira a opinião dos nossos colunistas
Dr. Paulo Cesar Naoum
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
de São José do Rio Preto-SP
“Faltou tratar com os russos”, pág. 14
Ligia Maria Mussolino Camargo
Sócia da empresa Décio Camargo Ltda,
professora de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da Academia
Santarritense de Letras.
“Triste Realidade”, pág. 16
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM-1º Região
Diretor da FAAP-Ribeirão Preto-SP
“Sucesso profissional”, pág. 18
Maria Elizabeth Menezes
PhD, Farmacêutica-Bioquímica, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas
(SBAC) 2015/2016, diretora técnica do DNAnálises Laboratoriais, coordenadora de Ensino e
Pesquisas do LACEN/SC.
“O marco legal da ciência, tecnologia e inovação”, pág. 20
Dr.Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato dos
Hospitais,Clínicas e Laboratórios do Estado de
São Paulo (FEHOESP e SINDHOSP) e do
SINDRibeirão.
“Nem tudo está perdido”, pág. 24
Pedro Silvano Gunther
Diretor da Hotsoft
“Certificação Digital de Laudos,
quando Julho vier”, pág. 30
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Mariana continua
precisando de apoio após
o desastre ambiental e
o mercado de Medicina
Diagnóstica brasileiro
realizou ação social para
arrecadar alimentos para
as vítimas
A
s vítimas do desastre
ocorrido em Mariana,
Minas Gerais, receberam, no final de 2015, doação
de alimentos da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica,
ABRAMED.
A entidade arrecadou, através de uma ação social junto aos
seus associados e parceiros, alimentos não perecíveis e os encaminhou aos órgãos responsáveis
pela distribuição de donativos à
polução afetada pela tragédia.
“Para a ABRAMED, a saúde
não se restringe à apenas quem
tem acesso ao diagnóstico. Fazemos questão de apoiar com
iniciativas e projetos que visam
amparar quem necessita de cuidados.”, afirma Claudia Cohn,
presidente da Associação.
Artigo
A
A importância do saneamento básico na medicina
Beny Schmidt*
s maiores pestes, como, por exemplo, a peste negra, que dizimou um terço da população da Europa, mostrou aos médicos que higiene é sinônimo
de saúde, e sujeira, sinônimo de doença. A Organização Mundial da Saúde mostrou que 1 dólar investido em saúde básica
em países desenvolvidos equivale a 4 dólares poupados na
saúde pública. Já nos países em desenvolvimento ou subdesenvolvidos, como aqueles do continente africano, esse valor
pode ser maior até do que 20 dólares. Ou seja, 20 vezes o
valor aplicado no tratamento da água, do esgoto e do lixo.
O SUS há muito tempo não suporta mais a sinistralidade
da população do país, oferecendo serviço medíocre e indigno aos brasileiros. Digo isso com autoridade de ser funcionário publico da saúde há mais de 30 anos.
São absolutamente inacreditáveis awernadores brasileiros para falar sobre o mosquito Aedes aegypti e não diga
uma só palavra sobre saneamento básico, restringindo suas
ações a idiotices como o recrutamento do exército e, agora, sondando, a marinha e a aeronáutica, para combater o
mosquito.
Saúde
P
O exército não precisa entrar nas casas dos
brasileiros. O que nós precisamos é de educação e
de informação. A população precisa saber que lixo
e esgoto não canalizado são sinônimos da proliferação de vetores como ratos, baratas, pulgas,
moscas e mosquitos transmissores de doenças,
muitas delas fatais e, a grande maioria, levando
a internações hospitalares que oneram e desgastam o já falido Sistema Unificado de Saúde.
Nossos políticos precisam ter consciência de
que estamos pelo menos 30 anos atrasados no
combate especificamente dos mosquitos, sobretudo do Aedes aegypti, que transmite a chikungunya,
a dengue e a zika. A vacina demora. Não é do dia
para a noite que se resolve um problema de saúde
tão grave, mas sim com inteligência e gente competente que, obviamente, não é o caso do Ministério da Saúde do Brasil.
* Beny Schmidt é chefe e fundador do Laboratório de
Patologia Neuromuscular e professor adjunto de Patologia
Cirúrgica da Universidade Federal de
São Paulo (Unifesp). Ele e sua equipe
são responsáveis pelo maior acervo
de doenças musculares do mundo,
com mais de doze mil biópsias realizadas, e ajudou a localizar, dentro da
célula muscular, a proteína indispensável para o bom funcionamento do
músculo esquelético - a distrofina.
Beny Schmidt possui larga experiência na área de medicina esportiva,
na qual já realizou consultorias para a liberação de jogadores no futebol profissional e atletas olímpicos. Foi um dos
criadores do primeiro Centro Científico Esportivo do Brasil,
atual Reffis, do São Paulo Futebol Clube, e do CECAP (Centro
Esportivo Clube Atlético Paulistano).
Foi homenageado pela Câmara Municipal de São Paulo com a entrega da Medalha Anchieta e do Diploma de
Gratidão da Cidade de São Paulo, como agradecimento por
todos os seus feitos em prol da saúde. Seu pai, Benjamin
José Schmidt, foi o responsável por introduzir no Brasil o
teste do pezinho.
Pesquisadores vão desenvolver soro contra vírus Zika
arceria firmada entre o Instituto Vital Brazil, laboratório do governo do Rio, e a Universidade
Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) prevê desenvolver um soro contra o vírus Zika. A previsão é que o
soro fique pronto em até três anos para o tratamento de
pessoas infectadas pelo vírus.
O diretor científico do Vital Brazil, Cláudio Maurício
de Souza, disse que a expectativa é que o soro funcione
da mesma forma que o soro antirábico. “A ideia é que,
uma vez sendo administrado em um paciente com o vírus Zika, ele [o soro] vai reconhecer as partículas virais,
vai se ligar na capa protetora dessas partículas promovendo a sua inativação”.
“A gente acredita que esse soro vai ser uma ferramenta terapêutica bastante útil, que vai ajudar bastante
na proteção da gravidez das mulheres no Brasil”, disse o
diretor.
Instituto Vital Brazil e a Universidade Federal do Rio de Janeiro vão desenvolver soro contra vírus Zika
Vírus Zika é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti
De acordo com o presidente do instituto,
Antônio Werneck, uma vez aplicado o soro
em grávidas, tão logo seja confirmado o diagnóstico da doença, poderá evitar que o vírus
entre em contato com o feto e evitar a microcefalia, uma malformação que afeta o tamanho adequado da cabeça do recém-nascido.
O Ministério da Saúde confirmou 230 casos de
microcefalia no país causados pelo vírus Zika.
O vírus Zika é transmitido pelo mosquito-
Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Os sintomas geralmente desaparecem
espontaneamente em até sete dias.
A doença se assemelha com a dengue por ter
sinais semelhantes, como febre, manchas pelo
corpo com coceira, dor de cabeça e nas articulações, enjoo e dores musculares. Em alguns casos,
o paciente pode apresentar olhos vermelhos.
Antes de chegar para uso humano, o soro
será testado em animais.
Sanofi Pasteur lança projeto de pesquisa na busca por uma vacina contra o
vírus Zika sustentado por sua forte experiência na área de vacinas
A
Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da Sanofi, anunciou o lançamento de um projeto de pesquisa e desenvolvimento visando à prevenção contra a infecção
e doenças causadas pelo vírus Zika.
A Sanofi Pasteur é líder na área de vacinas contra vírus da
mesma família do vírus Zika (ZIKV), e conta com vacinas já licenciadas contra a febre amarela, a encefalite japonesa, e mais recentemente a dengue. É importante observar que a experiência
da Sanofi Pasteur, sua sólida base e infraestrutura em Pesquisa e
Desenvolvimento e capacidade industrial no caso da nova vacina contra a dengue, Dengvaxia®, podem ser rapidamente aproveitados para obter os conhecimentos sobre a disseminação do
vírus Zika (ZIKV) e acelerar a rápida descoberta de uma vacina
candidata para desenvolvimento clínico.
“Nossa inestimável colaboração com especialistas em pesquisa e em saúde pública globalmente e nas regiões afetadas pelos surtos de Zika, junto com a mobilização de nossos melhores
especialistas deverão acelerar os esforços de pesquisa e desenvolvimento de uma vacina para essa doença” afirmou o Dr. John
Shiver, Diretor da área de P&D global da Sanofi Pasteur”.
O vírus Zika é estreitamente relacionado como o vírus da dengue. Pertence ao mesmo gênero Flavivirus, além de ser disseminado pela mesma espécie de mosquito e apresentar as mesmas
manifestações agudas da doença. Os sintomas mais comuns de
uma infecção por Zika são febre, rash (erupções na pele), inchaços
das juntas, conjuntivite e dor de cabeça. No entanto, há crescentes evidências relacionando a infecção pelo vírus Zika em grávidas
com aumento do risco de complicações congênitas graves conhecidas como microcefalia. Normalmente, esta é uma condição rara
e consiste numa redução anormal do tamanho da cabeça do recém-nascido que impede seu desenvolvimento cerebral normal.
“A Sanofi Pasteur está atendendo a um apelo
global para que se desenvolva uma vacina contra
o Zika tendo em vista o rápido alastramento da doença e suas possíveis complicações clínicas”, afirma
o Dr. Nicholas Jackson, diretor global de pesquisa
da Sanofi Pasteur que irá liderar o novo projeto da
vacina contra o vírus Zika. “Além de uma séria possibilidade de haver complicações congênitas relacionadas com o vírus Zika, há outras pesquisas em
andamento para avaliar uma outra associação entre
a infecção pelo vírus Zika e uma doença neurológica
séria, o que agravaria a forte suspeita de malformações congênitas associadas com a doença”.
Até recentemente, o Zika era considerado um
vírus raro e aparentemente benigno. No entanto,
em maio de 2015, a Organização Panamericana
de Saúde (OPAS) emitiu uma alerta a respeito da
primeira confirmação de infecção por ZIKV no Brasil, que desde então tem se espalhado em todo o
continente Americano. Nos Estados Unidos, as autoridades registraram um caso de Zika transmitido
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localmente em Porto Rico e há registros de casos no
continente em viajantes que retornaram de regiões
afetadas pelo vírus. Na Europa, vários casos foram
2/3 relatados em viajantes que retornam da América do Sul.
Durante uma sessão de informação na 138ª
reunião do Comitê Executivo da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a situação do vírus Zika,
a Diretora Geral, Dra. Margaret Chan, afirmou que a
OMS está profundamente preocupada com a evolução do vírus Zika, por quatro motivos principais:
§ Possível relação da infecção com malformações congênitas em recém-nascidos e síndromes
neurológicas;
§ Potencial propagação da doença devido à
grande distribuição geográfica do mosquito vetor;
§ Falta de imunidade da população em áreas
recém afetadas;
§ Falta de vacinas, tratamentos específicos e
testes diagnósticos rápidos.
Os Centros para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos também emitiram um
alerta de viagem recomendando que as mulheres
grávidas adiem seus planos de viagem para os países
da América Latina e do Caribe, onde a transmissão
do vírus Zika está em expansão.
Até o momento, não existe nenhuma vacina ou
tratamento especifico para o vírus Zika. O controle
do vetor continua a ser uma medida importante
para controlar os mosquitos responsáveis pela propagação do vírus Zika.
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Saúde
Profissionais de saúde devem ter cuidado com acidentes
De acordo com a OMS, dos 35 milhões de profissionais da saúde em todo o mundo, quase 3 milhões
passam por exposições percutâneas a patógenos sanguíneos a cada ano
D
iariamente os profissionais que atuam na área da saúde, principalmente os de enfermagem, são expostos ao
perigo de se furarem com agulhas. As unidades médicas
de movimentação intensa, como pronto-socorro e salas de cirurgia,
oferecem ainda mais riscos de fatalidades irreversíveis. Segundo estudo de 2014 da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 33
mil pessoas foram infectadas pelo HIV por causa de injeções reutilizadas ou compartilhadas e dos 35 milhões de profissionais da saúde
em todo o mundo, quase 3 milhões passam por exposições percutâneas a patógenos sanguíneos a cada ano.
Segundo Karina de Araújo, enfermeira e especialista em Controle de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde da empresa
Sol-Millennium, que fabrica seringas e agulhas de segurança, o risco
médio de se contrair HIV em um acidente percutâneo é de 0,3%.
“O número parece pequeno, mas o perigo que isso representa
para cada uma das vidas expostas é enorme”, comenta Karina. “Passar por um acidente como esse mexe com toda a vida profissional e
pessoal de uma pessoa. Além de todo o tratamento profilático ao
qual o profissional deve ser submetido, existe a discriminação pelo
qual ele passa, a ansiedade e o medo do futuro, e incontáveis outros
efeitos adversos”, explica a especialista.
“Tão fácil quanto bater o carro enquanto utiliza o celular, é sofrer
um acidente com perfuro-cortante”, avisa Karina. “Por isso, as empresas
devem investir na segurança de seus profissionais, na mesma proporção
em que devem exigir que eles cumpram os protocolos de segurança.
Quanto menor o risco, melhor para todos os lados”. O Brasil tem, hoje,
cerca 656.701 casos registrados (condição em que a doença já se manifestou), de acordo com o último Boletim Epidemiológico.
Norma Regulamentadora 32 e Fiscalização - A NR 32 tem por
finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação
de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores
dos serviços de saúde. Seu objetivo é prevenir os acidentes e o ado-
ecimento causado pelo trabalho nos profissionais da saúde, eliminando ou controlando as condições de risco presentes nos serviços
de saúde.
A Norma está em vigência desde 2005 e ainda existem muitos
hospitais que não utilizam dispositivos de segurança, só em 2014,
foram lavrados mais 1 mil autos de infração, segundo o levantamento do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. O Anuário
Estatístico da Previdência Social de 2013 mostrou que as atividades
de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para
atendimento de urgências, são as atividades do setor de saúde com
maior incidência de acidentes. Segundo a enfermeira, indiscutivelmente, utilizar materiais perfuro-cortantes com dispositivo de segurança é uma exigência legal e moral, principalmente com relação às
seringas descartáveis.
Prevenção de acidentes - Artigo publicado no The New England
Journal of Medicine mostrou um estudo realizado em 85 hospitais
sobre aquisição de produtos com dispositivo de segurança e que
apresentou redução de 100 mil acidentes com profissionais da saúde e economia de 400 milhões de dólares. No Brasil, a cada 1 real investido em segurança, economiza-se 4 reais em gastos com acidentes, segundo o Ministério do Trabalho. Esses valores limitam-se aos
custos econômicos e não incluem aqueles decorrentes dos impactos emocionais e familiares dificilmente mensuráveis. “Não utilizar
dispositivos de segurança é como atravessar a rua no sinal amarelo:
você corre o risco de sofrer danos irreversíveis”, ressalta Karina. É
primordial o uso de dispositivos de segurança para evitar acidentes
com agulhas contaminadas, seringas e agulhas com dispositivo de
segurança propiciam ao colaborador um ambiente laboral seguro e
podem salvar vidas, pois o que menos se espera do profissional da
saúde é que ele se torne o paciente.
www.sol-m.com.br
CONTRAN
O
Governo regulamenta exames toxicológicos para motoristas do
transporte de passageiros e de cargas
ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto, assinou a Portaria N° 116, que regulamenta a realização de exames toxicológicos em motoristas profissionais do transporte rodoviário coletivo de passageiros e de cargas.
Com a medida, o governo federal atende a demandas apresentadas
por movimentos dos caminhoneiros, no início deste ano.
A Portaria, publicada no Diário Oficial da União, e que regulamenta regras definidas na Lei Nº 13.103, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em 2 de março de 2015, entra em vigor em
março de 2016 e determina que os exames toxicológicos devem
ser realizados previamente à admissão e por ocasião do desligamento do motorista. Os exames têm validade de 60 dias, a partir
da data da coleta da amostra e são sigilosos.
A Portaria não afeta os motoristas autônomos, já que a regulamentação para esse grupo será feita por meio de uma Resolução
do Conselho Nacional de Trânsito, que está sendo tratada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).
O exame toxicológico deverá ter como janela de detecção,
para consumo de substâncias psicoativas, uma análise retrospectiva mínima de 90 dias e somente poderá ser realizado por laboratórios autorizados. O motorista receberá um laudo laboratorial
detalhado em que conste a relação de substâncias testadas, bem
como seus respectivos resultados. O trabalhador terá direito à
contraprova, à confidencialidade dos resultados dos exames e à
consideração do uso de medicamento prescrito.
O relatório médico deverá ser entregue pelo motorista ao empregador, em até 15 dias, concluindo pelo uso indevido ou não de
substância psicoativa, mas sem indicação de níveis ou do tipo de
substância.
“A Portaria delimitou também quais são as substâncias que
devem ser verificadas, basicamente a maconha, a cocaína, as
anfetaminas e os opiáceos”, explica Rinaldo Marinho, diretor do
Departamento de Saúde e Segurança no Trabalho. “Como alguns
medicamentos que dão resultado positivo podem ser usados de
forma legal e indicados por meio
de receita médica, cabe ao médico
revisor verificar se o uso, por parte
do trabalhador, está dentro de parâmetros legais”, justifica.
Marinho esclarece, ainda, que
as exigências da Portaria devem ser
observadas pela empresa contratante do motorista. “Cabe à empresa pagar pelos exames envolvidos
na contratação e no desligamento”,
indica.
O diretor do Departamento de
Saúde e Segurança no Trabalho lembra que os motoristas de caminhão,
por exemplo, são aqueles que mais
sofrem acidentes fatais de trabalho,
por causa de situações como excesso de jornada e uso indiscriminado
de drogas lícitas e ilícitas. “Essa é a
ocupação com o maior número de
mortes em acidentes de trabalho.
São 15% dos óbitos. Em 2014, o
número de motoristas de caminhão
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que perderam a vida no exercício profissional chegou a 399, das
2.660 mortes registradas pelo Instituto Nacional de Seguridade
Social (INSS), no ano passado, em todas as ocupações”, explica.
Os laboratórios executores de exames devem encaminhar a
cada seis meses, ao Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho (DST) da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), dados
estatísticos detalhados dos exames toxicológicos realizados, resguardando a confidencialidade dos trabalhadores.
3 milhões de novos
exames em 2016?
Sim, é possível
U
ma Deliberação (Nº 145) do Conselho Nacional
de Trânsito (CONTRAN), que regulamenta a obrigatoriedade de Exames Toxicológicos através de
fios de cabelo para motoristas profissionais (Lei Federal
13.103), determina que a coleta do material biológico só
poderá ser realizada em laboratórios habilitados pela Anvisa.
A expectativa é que, por conta desta obrigação legal,
mais de 3 milhões de motoristas de ônibus, caminhões e
vans, venham a realizar o exame anualmente para renovarem suas CNHs, a partir de 2 de março deste ano.
A LABET, que tem uma aliança exclusiva no Brasil com a
Quest Diagnostis – Líder Mundial em Exames Toxicológicos,
com mais de 10 milhões de exames realizados anualmente – está, neste momento, ampliando sua rede de coleta
em todo o país para atender à nova determinação legal. A
empresa é um dos laboratórios aptos pela legislação a realizar o exame por ser acreditada pelo CAP-FDT (College of
American Pathologists/Forensic Drug Testing), acreditação
exigida pelas regulamentações.
Você também pode entrar em contato com um consultor LABET ligando para (21) 4007.2098, ou enviando mensagem para [email protected].
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ABHH
Brasil pode ter crise de abastecimento de
sangue e hemoderivados
O
Brasil atravessa talvez a pior crise da história enquanto País independente: uma crise que não é
apenas política, mas que é muito mais profunda
e envolve aspectos econômicos e até, porque não dizer, civilizatórios. Uma crise que atinge os brasileiros como cidadãos,
como pais, como professores e pesquisadores, mas principalmente que atinge os médicos, profissionais preparados para
lidar com a dor, com o sofrimento, com a doença do ser humano. Na área dos hemocentros públicos, a crise não poderia
ser mais grave, pois estão ameaçados pela inadimplência e se
nada for feito, em breve, pode-se ter uma crise de abastecimento de sangue e componentes para os hospitais atendidos
pela rede pública.
O alerta da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) é sobre o perigo iminente de
Matéria Reproduzida
desabastecimento de sangue e as consequências catastróficas
que esta situação implica. “A área da saúde, principalmente
o sistema público de saúde, certamente é um dos setores
mais afetados pela crise atual. Os recursos que já não eram
abundantes antes da crise agora se tornam escassos diante
na nova realidade econômica do País. A área de hematologia,
hemoterapia e terapia celular é extremamente dependente de
insumos, de medicamentos e de reagentes importados e com
a alta do dólar sofremos uma corrosão considerável do nosso
poder de compra”, aponta Dimas Tadeu Covas, presidente da
ABHH.
Covas ainda indica que neste contexto seria razoável esperar, se houvesse uma responsabilidade maior das nossas autoridades, uma recomposição orçamentária para fazer frente
a esta variação negativa do poder de compra dos orçamentos
dos serviços públicos
de saúde, principalmente daqueles, como
os serviços de hematologia e hemoterapia.
“Mas isto não está sendo feito e não existe a
perspectiva em curto
prazo. As consequências danosas desta situação já se faz sentir
de forma aguda. Temos
observado diminuição
importante das atividades e mesmo o fechamento de serviços
públicos como ambulatórios de leitos e hospitais de ensino”, explica
o hemoterapeuta.
Notável
Eder Maffissoni
assume presidência
do laboratório
Prati-Donaduzzi
A
pós 22 anos no comando da Prati-Donaduzzi, o atual diretor-presidente Luiz
Donaduzzi se despede com orgulho do
que hoje é a Prati-Donaduzzi: uma das maiores indústrias farmacêuticas do país.
Para que fosse mantida a cultura e os valores
familiares iniciados em 1993, há cerca de cinco
anos foi adotado um modelo de governança corporativa, profissionalizando a gestão na empresa.
Desde então, Eder Maffissoni atua no cargo de vice-presidente.
Depois de ter passado por diversas áreas dentro da empresa, sendo nos últimos cinco anos
como vice-presidente, Maffissoni conhece com
detalhes a operação da farmacêutica. “Nesse período tem sido responsável por importantes melhorias operacionais e por um redesenho nos processos, criando espaço para aumentarmos nosso
portfólio baseado em pesquisa e inovação”, reflete Donaduzzi.
Genoma mitocondrial do parasito causador da
oncocercose no Brasil é decifrado
U
m artigo publicado na edição de janeiro da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz apresenta
o sequenciamento completo do genoma mitocondrial
– também chamado de mitogenoma – do parasito Onchocerca
volvulus coletado no Brasil. Um tipo de verme, esta filária é causadora da oncocercose, doença conhecida como ‘cegueira dos rios’,
que já está na mira da Organização Mundial da Saúde (OMS) para
a eliminação. O trabalho é o sequenciamento do primeiro O. volvulus isolado fora da África. O estudo foi realizado por pesquisadores de duas unidades da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz): o Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz-Amazônia), em Manaus, e o
Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Presente em 31 países africanos, a oncocercose já foi eliminada de alguns países das Américas, mas ainda ocorre em uma
área isolada da floresta amazônica, no Território Indígena Yanomami, na fronteira entre o Brasil e a Venezuela. A filária analisada
no estudo foi obtida a partir da biópsia da pele de um paciente
infectado nesta região. De acordo com os pesquisadores, além
de expandir o conhecimento científico, a decodificação do DNA
mitocondrial deste patógeno pode contribuir para os esforços de
combate à doença. “O sequenciamento do mitogenoma revelou
a existência de polimorfismos [variedades genéticas] que abrem
portas para estudos populacionais sobre o O. volvulus. Isso pode
ser útil para o direcionamento mais efetivo das intervenções tanto na África quanto na América Latina”, afirmou o parasitologista
Sergio Luz, coordenador do estudo e diretor da Fiocruz-Amazônia.
Estudo ajuda a identificar subgrupos de parasitos
O material genético do parasito O. volvulus decifrado no estudo é chamado de DNA mitocondrial porque se localiza no interior das mitocôndrias, organelas celulares responsáveis pela
produção de energia do organismo. Com a função de orientar a
produção de proteínas envolvidas no funcionamento das próprias
mitocôndrias, o mitogenoma contém um número muito menor de
genes do que o DNA nuclear, que fica no núcleo das células. No
entanto, uma vez que cada mitocôndria possui uma cópia deste
material genético e uma célula pode ter dezenas ou até centenas de mitocôndrias, este DNA é abundante nos organismos e sua
decodificação pode ser mais fácil por este motivo. Os cientistas
Por: Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)
também consideram o genoma mitocondrial útil para pesquisas
porque ele evolui mais rapidamente do que o DNA nuclear, o que
favorece a identificação de diferentes subgrupos de micro-organismos – cientificamente chamados de populações – dentro de
uma mesma espécie.
Para decifrar o mitogenoma da filária O. volvulus do Brasil,
os cientistas utilizaram uma combinação de tecnologias, incluindo técnicas clássicas de sequenciamento genético e métodos
modernos disponíveis na Plataforma de Sequenciamento de Alto
Desempenho da Fiocruz. O resultado foi uma sequência de DNA
com 13.769 pares de bases, onde se encontram 36 genes – que
determinam a produção de 12 proteínas e 24 moléculas chamadas
de RNA –, além de 294 pares de bases não codificantes. O genoma
mitocondrial completo foi depositado no banco de dados genéticosinternacional GenBank, que pode ser acessado na internet.
quatro dos seis países onde a infecção era considerada endêmica.
Porém, de acordo com Sergio, a região da fronteira entre o Brasil
e a Venezuela apresenta um cenário complexo, que demanda novas abordagens. “É uma área indígena, muito grande, na qual a
densidade da floresta e o terreno montanhoso tornam a logística
extremamente difícil e cara. Além disso, os membros das tribos Yanomami que habitam a região são seminômades e cruzam a fronteira entre os países livremente. Esta realidade faz da Amazônia o
maior desafio para a eliminação da oncocercose nas Américas e,
ainda, pode se tornar o maior desafio na luta contra a doença em
todo o mundo”, explica o parasitologista, ressaltando a importância do desenvolvimento de pesquisas na região. “Acredito que a
orientação adequada dos recursos e das ações integradas nesta
área será crucial para o sucesso dos programas de eliminação da
oncocercose”, declara.
Semelhança de 99% com linhagens africanas
A comparação do DNA mitocondrial do parasito brasileiro
com o mitogenoma completo de um patógeno do oeste da África e uma sequência parcial de um verme de Camarões apontou
aproximadamente 99% de semelhança, com apenas 46 pontos de
possíveis variações. “Uma vez que este mitogenoma foi apenas
o segundo publicado no mundo, essa análise permitiu a primeira
investigação completa de polimorfismos [variedades genéticas].
Esses dados mostram o quanto o O. volvulus presente no foco do
Brasil está próximo da filária que ocorre na África”, destaca Sergio,
acrescentando que a semelhança entre o parasito do Brasil e o de
Camarões foi maior do que a observada entre os dois patógenos
da África. “No passado, acreditava-se que as filárias que ocorrem
no Brasil poderiam pertencer a uma espécie distinta e causavam
uma doença diferente do O. volvulus da África. Embora já se reconheça há muito tempo que estes parasitos são da mesma espécie,
o resultado que observamos é notável em uma perspectiva histórica”, completa o pesquisador.
Os autores consideram que as variações genéticas observadas podem representar novos marcadores de populações do O.
volvulus, contribuindo para entender a disseminação do patógeno
e aprimorar as estratégias de combate à doença. Nas Américas,
o Programa para Eliminação da Oncocercose atingiu a meta em
Prêmio Nobel destacou esforços contra a doença
Com 99% dos pacientes infectados vivendo em países africanos, a oncocercose faz parte do grupo de doenças classificadas
pela OMS como negligenciadas. No ano passado, o agravo ganhou
os holofotes quando os cientistas William Campbell, da Irlanda, e
Satoshi Omura, do Japão, receberam o Prêmio Nobel de Medicina
pelas descobertas que levaram ao desenvolvimento da ivermectina. O medicamento é o único tratamento eficaz contra a oncocercose e a filariose linfática, outra verminose que afeta países pobres
e em desenvolvimento. Para a cura dos pacientes, são recomendados 10 a 15 anos de tratamento, com doses anuais do remédio.
Embora demorada, a terapia reduz consideravelmente os danos
causados pela doença e é a principal estratégia para interromper o
ciclo de transmissão do agravo.
A oncocercose é conhecida como ‘cegueira dos rios’ porque
é transmitida por insetos simulídeos – popularmente chamados
de piuns ou borrachudos – que se criam nos cursos hídricos com
correnteza. Estes insetos são infectados pela filária O. volvulus ao
sugar o sangue de pessoas infectadas e transmitem o parasito para
outros indivíduos por meio da picada. Os sintomas da doença são
coceira, lesões na pele e formação de nódulos sob a pele. Algumas
pessoas infectadas também sofrem danos oculares, com prejuízo
da visão e, nos casos mais graves, cegueira.
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Opinião
Faltou tratar com os russos
Prof. Dr. Paulo Cesar Naoum
Professor Titular pela UNESP
Diretor da Academia de Ciência e Tecnologia
Acadêmico da ARLC
[email protected]
N
a última semana deste dezembro mais
uma leva de presos foram brindados com
a “saidinha” para passarem os festejos natalinos junto aos seus familiares. Já virou tradição receber a visita de um desses presos para pedir auxílio
financeiro.
A justificativa é sempre a mesma: visitar o pai em
Goiânia. Sempre ao recebê-lo, o rapaz diz: -“Estou pagando minha dívida com a justiça. Quero ser gente!”
Mas desta vez eu perguntei: - “E por que você não
vira gente?” (Fiquei assustado com a agressividade da
minha pergunta, porém a fala foi macia). Ele respondeu: -“Na vida não tive educação e nem estudo”. Após
alguns segundos observei que sua resposta foi mais
completa do que as dadas por educadores de escrivaninhas e de políticos em busca de suas eleições. Realmente educação e estudo, que a partir desta linha
passarei a denominar de educação e ensino, são duas
Biópsia
E
coisas distintas. Embora que o ensino tenha sua parte
educativa, a educação em si não necessita, de fato, do
ensino. Há pessoas que não tiveram o ensino burocrático mas tem um amplo repertório de conhecimentos
que a torna educada.
Esta breve introdução servirá de suporte para uma
abordagem sobre ensino e educação, motivada pela
recente ocupação de escolas em São Paulo por estudantes contrários à reestruturação do ensino no Estado de São Paulo. E este fato me fez lembrar a copa do
mundo de 1958, na Suécia, quando o técnico Vicente
Feola fez a seguinte preleção no vestiário para os seus
jogadores, antes de entrarem em campo para jogarem contra a União Soviética :- “Ô Didi, você pega a
bola no meio de campo e tabela com o Pelé até perto
da grande área, aí você passa para o Garrincha que
cruza em direção ao Vavá que vai estar na marca do
pênalti. Ô Vavá, do jeito que a bola vier, você a enfia
no gol dos russos. Tá bom?” No que o Garrincha, de
pronto, questionou: - “Mas o senhor tratou isto com
os russos?”
Foi justamente isto que não aconteceu aqui no
nosso estado paulista: o secretário de educação do
governo quis introduzir um projeto de ensino sem
tratar com os russos, no caso os estudantes. Deu no
que deu. Parece que a evolução das coisas (comunicação, internet, chuteira cor de rosa, horário de verão,
lava jato, pixuleco, dentadura transgênica, etc.) ocorreu por si só. Óbvio que não! Todos esses acontecimentos teve a participação das partes interessadas. É
chegado o momento que qualquer discussão política,
notadamente sobre o ensino, deva ter a participação
do maior número possível de estudantes e professores envolvidos. Evitando, entretanto a manipulação
corporativa e política de sindicatos e associações de
professores, bem como a proteção paternalista de
papais e mamães dos estudantes. A forma de como
isto deve ocorrer, fica a cargo dos burocratas da secretaria de educação, pois afinal são pagos também
para pensar.
Portanto, é importante lembrá-los que a reestruturação do ensino só terá sucesso se perguntarem a
centenas de alunos de diferentes faixas etárias e diferentes séries escolares algo assim: Como você gostaria que fosse a escola? De que forma você gostaria
de aprender, por exemplo, matemática, português e
história? E assim por diante. Para finalizar este artigo informo que o Feola não tratou com os russos e
o Brasil ganhou o jogo por 2 a zero com dois gols de
Vavá. Realmente, para esse grupo de jogadores não
havia necessidade de tratar com os russos, pois naquela época o mérito da escolha de uma seleção era
o talento. Talento que falta aos nossos burocratas e
políticos do momento.
Especialista esclarece principais dúvidas sobre o exame
xtremamente comum na prática médica, a
biópsia é um procedimento ainda pouco entendido pela maioria dos pacientes. Por conta disso, uma parcela da população encara o exame
com receio de complicações ou mesmo de que essa
solicitação do médico signifique uma doença grave.
Segundo o médico patologista Ricardo Artigiani, diretor da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), a
falta de conhecimento é a causa motivadora desse
medo.
“O procedimento é realizado para a coleta de
fragmentos de um determinado órgão ou tecido
para análise em laboratório. Quando solicitada, a
biópsia é parte importante do processo da investigação médica, o que possibilita diagnóstico, confirmação ou exclusão da existência de doenças, fornecendo informações que contribuem para a escolha do
tratamento adequado caso o resultado seja positivo,
uma vez que o exame pode indicar tanto tipo quanto
grau de doenças”, explica Artigiani.
O médico esclarece que esse material é enviado
para análise de um patologista, que analisa os fragmentos de tecido em lâminas histológicas ao microscópio. A amostra pode ser composta por pele, para
identificar uma possível inflamação como dermatite ou até mesmo o melaloma (tipo de câncer cutâneo), ou tecido de órgãos como rim, fígado, baço ou
glândulas como próstata e mamas. Dessa forma, é
possível realizar uma investigação minuciosa para
analisar a estrutura celular dos tecidos em busca de
alterações que denotem doenças.
“A população costuma achar que esse resultado
sai de forma automatizada de uma máquina quando, na verdade, é completamente artesanal. Esse
parecer é dado depois de muita observação, estudo
e comparação com todo o conhecimento do médico
do consultório médico.
3) A biópsia é um exame dolorido? Isso é relativo.
Depende do órgão a ser biopsiado, pode ser necessária anestesia local. Em outros casos mais simples,
entretanto, não há dor ou necessidade de sedação.
4) A biópsia de medula óssea é perigosa? Não.
Esse é um procedimento simples que é visto com
terror por muitos pacientes. A obtenção de material
da medula óssea é segura, apenas requer alguns cuidados complementares que justificam sua realização
em ambiente hospitalar. Embora existam riscos em
qualquer procedimento, são muito raras as complicações pós biópsia de medula óssea.
especialista”, ressalta o diretor da SBP.
Para esclarecer o assunto, a Sociedade Brasileira
de Patologia responde as cinco dúvidas mais recorrentes sobre o exame:
1) Fazer uma biópsia sempre significa suspeita de
câncer? Não necessariamente. Grande parte dos pacientes fica assustada quando o médico faz a solicitação, imaginando que seja um indicativo de câncer.
Entretanto, muitas outras doenças também podem
ser diagnosticadas através de biópsias. Esse procedimento é indicado sempre que há necessidade de
esclarecimento microscópico.
2) A biópsia só é realizada com anestesia geral?
Não. A anestesia geral só é necessária quando a coleta de material é feita através de uma cirurgia. Na
maioria dos casos, entretanto, a retirada de material
para biópsia é simples. Assim, ela é feita por meio de
procedimentos ambulatoriais e geralmente dentro
14
5) Somente a biópsia pode diagnosticar o tipo e
dar prognóstico do câncer? Não, é necessário um
conjunto de exames para o diagnóstico preciso. O
exame histológico de uma amostra de tecido é parte
da investigação clínica de uma doença. A investigação completa inclui o exame clínico, além de exames
clínicos, radiológicos e biópsias, sempre que houver
necessidade para o esclarecimento diagnóstico.
O diretor da SBP ainda lembra que são as informações obtidas ao longo da investigação médica que
permitem a elaboração de um diagnóstico preciso
e a escolha do tratamento adequado. “Por isso, o
acompanhamento de um paciente é feito por médicos de diversas especialidades, entre eles o patologista, que muitas vezes não tem contato direto com
o paciente, mas desempenha um papel fundamental
no diagnóstico. A realização de exames como a biópsia e a integração entre esses especialistas é imprescindível”, finaliza.
15
Opinião
“Triste Realidade”
Ligia Maria Mussolino
Camargo
Sócia da empresa Décio
Camargo Ltda, professora
de Língua Portuguesa.
Ocupa a cadeira nº 24 da
Academia
Santarritense de Letras
[email protected]
“Meu único desejo é um pouco mais
de respeito para com o mundo, que
começou sem o ser humano e pode
terminar sem ele, isso é algo que deveríamos ter sempre presente”.
(Claude Lévi – Strauss, antropólogo
francês, 1908-2009)
A
frase acima, escrita no início da segunda metade do século
XX por um dos maiores intelectuais daquele século: Claude
Lévi – Strauss, reflete a sabedoria desse antropólogo, etnólogo e sociólogo, que vindo ao Brasil em 1934 para dar aulas na recémcriada Universidade de São Paulo (USP), fez também profundos estudos
e pesquisas sobre tribos indígenas brasileiras.
A partir dessas pesquisas escreveu em 1955 “Tristes Trópicos”,
livro fundamental para entendermos a sociedade indígena e as so-
Saúde
O
ciedades, ditas, civilizadas.
Após escolher o tema e o título do meu texto de hoje “Triste Realidade”, lembrei-me desse livro, estudado nos tempos da
faculdade: “Triste Trópicos” e da frase acima. Tanto ontem como
hoje não existe respeito do homem para com o mundo, para com
a natureza, sendo que esta tem uma relação intrínseca com a sobrevivência do ser humano na Terra.
Mas, voltemos alguns anos atrás no Brasil, naquela época há
mais ou menos 10 anos, nós brasileiros pensávamos que com muito esforço o Brasil poderia tornar-se um país mais viável para se
viver, com uma economia mais estável, dirigentes mais conscientes de suas responsabilidades, menos violência.
“Tristes Trópicos”, desculpem-me “Triste Realidade” a que vivemos nos dias atuais. Mas, existe um outro aspecto o qual nossos
políticos e nós brasileiros mais esclarecidos nos esquecemos de
mencionar e ele é essencial para nosso desenvolvimento. São os
jovens brasileiros que deixam o país movidos pelo desemprego.
Normalmente, são jovens que tiveram uma formação prática
e acadêmica muito boa, estudaram em nossas melhores escolas
e universidades públicas, muitas vezes, e aqui não encontraram
oportunidades de trabalho.
Mencionarei um caso apenas, como exemplo; este foi publicado
no jornal “O Estado de São Paulo” em 10/01/2016. Luís Fernando, um
jovem de 25 anos, formado em Direito em 2014, seu sonho ficar no
Brasil e ser juiz, já havia trabalhado na Procuradoria do estado de Goiás.
Desistiu de seguir a carreira, mudou-se para os EUA, em três meses já
mudou de cidade três vezes. Lavou pratos, pintou carros, hoje limpa colégios e entrega pizzas”. Diz que ganha em uma semana o que ganharia
em um mês no Brasil.
Mas, onde fica a qualidade de vida desse jovem, os anos de estudo, sua vocação? A saudade de sua terra natal, as dificuldades de uma
nova língua, de uma nova realidade e o preconceito?
Casos semelhantes se repetem diariamente: “Triste Realidade”. Nossos jovens desacreditaram do país e daqui querem
partir.
De um ano para cá o número de estudantes brasileiros que foram
para os EUA cresceu 78,2%, a mais alta taxa já ocorrida.
O que fizeram ou o que fizemos ou deixamos de fazer com nossa
economia, com nosso país? O jornal inglês “The Economist” apresentou, em sua edição de janeiro, o “Cristo Redentor”, símbolo do Brasil
no exterior, com as mãos na cara tapando os olhos envergonhado do
que vê no Brasil.
A imprensa internacional é às vezes exagerada, mas nossa realidade está complicada; o PIB caindo, a inflação aumentando, o desemprego subindo e a nossa presidenta delirando.
E tudo isso que acontece atualmente no Brasil não é resultado
de uma catástrofe natural ou de uma guerra civil. É fruto de uma
péssima administração pública, corrupção e falta de cidadania de
um povo que desconhece seus direitos, não sabe lutar por eles e
se contenta com migalhas.
Cuidemos para que a esperança renasça dentro de nós, especialmente em nossos jovens, que consigamos com muito esforço e união
construir uma nação honesta e digna de seus cidadãos e afastemos
para sempre a “Triste Realidade” atual.
Lembremo-nos do poder da esperança com a grande escritora do
“Modernismo Brasileiro” Rachel de Queiroz:
“ Mas a esperança é um passarinho sem-vergonha que costuma se
recuperar ao primeiro aceno da sorte”.
‘Pedras nos rins’ aumentam no verão
intenso calor de verão, associado ao aumento da transpiração e a falta da ingestão adequada de água, pode
gerar sérios riscos para o surgimento da doença popularmente conhecida como pedra nos rins.
O alerta é do Centro de Referência em Saúde do Homem, unidade da Secretaria de Estado da Saúde gerenciada em parceria
com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), na região central da capital paulista.
Segundo o urologista Claudio Murta, do “Hospital do Homem”,
nos períodos mais quentes do ano há um aumento de cerca de 30%
no atendimento a casos de cálculos renais. O serviço, que é referência no tratamento de litíase, realiza mais de 50 cirurgias mensais
somente nessa área, além de outros procedimentos urológicos.
Mudanças na alimentação, a constante reposição de líquidos
e a atenção à coloração da urina são algumas das principais orientações para evitar o surgimento de cálculos renais.
Para Claudio Murta, no verão, a dieta ideal para a saúde dos rins
inclui primordialmente o aumento da ingestão de água (cerca de
dois litros ao dia) e de sucos de frutas cítricas, associado à diminuição do uso de sal nos alimentos.
As refeições diárias devem conter mais verduras, legumes frutas
e saladas. Os frutos do mar, por exemplo, ainda contém altas doses
de ácido úrico, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dos cálculos renais. “É importante também considerar a redução de frituras e carne vermelha nesta época de calor”, enfatiza o urologista.
Mais de 15% da população mundial apresenta cálculos renais,
sendo que na maioria dos casos é possível expelir as pedras naturalmente, pela urina. Para evitar esse transtorno, o urologista
explica que a maneira mais fácil de monitorar a hidratação ideal
do corpo está ao observarmos a coloração da urina. “Quanto mais
transparente estiver a urina, melhor. Se estiver com aparência
amarelada e escura, é sinal de que o corpo precisa de mais líqui-
16
dos para manter-se hidratado, longe dos cálculos renais”, explica.
É importante que o paciente esteja atento para os perigos
das receitas caseiras, como chás popularmente conhecidos como
‘quebra-pedras’. “Nos casos de dores e cólicas renais, os pacientes
com cálculos renais devem procurar o médico urologista para evitar infecções graves”, ressalta.
Função dos rins - Diariamente os rins produzem entre 1,5 a 2
litros de urina - que é responsável por eliminar as toxinas geradas
pelo organismo. Quando a saúde é prejudicada pela falta de ingestão de água e alimentação inadequada, os rins não conseguem
expelir as substâncias tóxicas e desequilibram a função de outros
órgãos, propiciando o aparecimento de diversas doenças. Além de
eliminar toxinas, os rins também são responsáveis pela regulação
da pressão arterial e o controle da quantidade de sal e água do
corpo. Os rins também filtram o sangue e produzem hormônios
que evitam anemias e doenças ósseas.
17
Opinião
Sucesso profissional
Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
Presidente do CRBM - 1ª Região
Diretor da FAAP - Ribeirão Preto-SP
[email protected]
Q
ualquer profissional que deseja ter uma carreira
de sucesso deve possuir conhecimento técnico,
habilidades, capacidade, entre outros requisitos
básicos. A rede de bom relacionamento tanto no trabalho
como fora dele, trabalhar em equipe e ter pensamentos
macro são valorizados, porém o valor ético no trabalho é
essencial para alcançar o sucesso.
Não basta apenas estar em constante aperfeiçoa-
mento para conquistar credibilidade profissional, é preciso assumir uma postura ética. A ética é o conjunto de
princípios e valores morais que conduzem o comportamento humano dentro da sociedade. As organizações
seguem os padrões éticos sociais, aplicando-as em suas
regras internas para o bom andamento dos processos de
trabalho, alcance de metas e objetivos. Nossa vida social é permeada por testes a todo o momento, pequenos
deslizes éticos muitas vezes são considerados inofensivos por nós, mas que refletem na sociedade que convivemos.
Nosso momento político e social nos leva ao desanimo e falta de esperança. Ao nos depararmos com tantas denúncias e constatações de desvio ético e moral
no governo federal imaginamos que a situação não tem
mais controle, mas a grande colaboração para que este
panorama mude deve vir dos próprios cidadãos. A ética
no trabalho começa na relação com os colegas, nas atitudes empresariais e na formatação de pensamentos e
projetos.
O profissional deve seguir tanto os padrões éticos da sociedade quanto as normas e regimentos internos das organizações. A ética no ambiente de trabalho proporciona ao
profissional um exercício diário e prazeroso de honestidade, comprometimento, confiabilidade, entre tantos outros,
que conduzem o seu comportamento e tomada de decisões
em suas atividades. Por fim, a recompensa é ser reconhecido, não só pelo seu trabalho, mas também por sua conduta
exemplar. Há que se repensar alguns conceitos colocando
a ética como ferramenta essencial e extremamente útil no
trabalho diário.
Saudações biomédicas.
Saúde pública
Testes rápidos para diagnóstico da zika, dengue e
chikungunya são aliados
Com as epidemias constantes de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, disponibilidade de exame da Fiocruz
ajudará no diagnóstico, a fim de evitar mortes e outras complicações, além de intervenções desnecessárias
C
om a divulgação de testes rápidos elaborados pela Fiocruz no último sábado (18),
surge a possibilidade de lidar melhor com
uma nova epidemia de dengue, desta vez acompanhada pelos outros vírus também transmitidos pelo
mosquito Aedes aegypti como chikungunya e o
zika, este último relacionado ao aumento de casos
de microcefalia em bebês em todo o país. A Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC) ressalta que a medida de desenvolvimento e distribuição desses testes com resultados
em até 20 minutos facilita o trabalho de todos os
profissionais que atuam nos serviços públicos de
saúde, além de amenizar sintomas e salvar vidas.
Em São Paulo, o teste estará disponível em toda a
rede municipal.
“O Brasil vive uma nova epidemia de dengue a
cada ano e o cenário para 2016 é ainda mais complicado, principalmente a partir da deteccao do zika
e chikungunya também em forma de epidemia. A
demora no diagnóstico impede medidas mais precisas para manejar cada situação e evitar complicações, especialmente as mais graves como a dengue hemorrágica”, ressalta Rodrigo Lima, diretor de
comunicação da SBMFC. Ainda segundo a Fiocruz,
até o fim de 2016 serão produzidos e distribuídos
500 mil kits a partir de encomenda do Ministério
da Saúde.
Quando se fala em Aedes aegypti é importante
a clareza de que é uma espécie de mosquito que
por ser essencialmente urbano precisa de obras de
saneamento para que possa ser erradicado. Cidades com melhor saneamento terão melhor combate ao mosquito. Também é essencial o engajamento global da população no sentido de combater o
mosquito, controlando focos intra domiciliares de
reprodução do mesmo, evitando a propagação.
Médicos de família e comunidade, membros da
Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC), esclarecem alguns pontos sobre as
doenças.
cessário procurar atendimento em uma Unidade de
Saúde. “A dengue pode ser confundida com outras
viroses como a gripe e o diagnóstico é importante
para definir o tratamento”, ressalta Lima.
Diagnóstico
Pode ser feito apenas pelo exame clínico. Os
exames de sangue só são indicados para quadros
suspeitos de potencial gravidade ou quando há
dúvida no diagnóstico. Lima ainda alega que se
não for diagnosticada a tempo, a doença pode levar a pessoa à morte. A doença, principalmente a
dengue hemorrágica, pode agravar o quadro clínico do paciente rapidamente se não for tratada
a tempo.
Transmissão
De acordo com a literatura, as formas de transmissão da dengue, chikungunya e o zika vírus é via
picada do inseto e também por meio de relação sexual, que ainda há poucos casos relacionados. “Há
apenas um no mundo, de um homem que estava na
Polinésia Francesa e retornou ao país de origem, os
Estados Unidos, e após relação sexual com a esposa,
essa também passou a ter sintomas do zika”, explica
Ana Paula Martins Marcolino, médica de família que
atua em Goiás.
Uma das formas de transmissão mais polêmica
é a vertical, que é a de mãe para o feto, que tem
causado doenças em bebês e foi confirmada por
meio de detecção do vírus na corrente sanguínea
dos bebês. “Ainda não se sabe exatamente o mecanismo relacionado a microcefalia ou o adoecimento desses bebês pelo vírus zika, mas o fato é
que existe sim esse tipo de transmissão”, ressalta
Ana Paula.
Sintomas
Ao identificar sintomas como fortes dores no
corpo, cabeça, vômitos e náuseas constantes é ne-
18
Quem é o médico de família e comunidade
(MFC)?
A medicina de família e comunidade é uma
especialidade médica, assim como a cardiologia,
neurologia e ginecologia. O MFC é o especialista
em cuidar das pessoas, da família e da comunidade no contexto da atenção primária à saúde. Ele
acompanha as pessoas ao longo da vida, independentemente do gênero, idade ou possível doença, integrando ações de promoção, prevenção e
recuperação da saúde. Esse profissional atua próximo aos pacientes antes mesmo do surgimento
de uma doença, realizando diagnósticos precoces
e os poupando de intervenções excessivas ou desnecessárias.
É um clínico e comunicador habilidoso, pois
utiliza abordagem centrada na pessoa e é capaz
de resolver pelo menos 90% dos problemas de
saúde, manejar sintomas inespecíficos e realizar
ações preventivas. É um coordenador do cuidado,
trabalha em equipe e em rede, advoga em prol da
saúde dos seus pacientes e da comunidade. Atualmente há no Brasil mais de 3.200 médicos com
título de especialista em medicina de família e comunidade.
19
Opinião
O marco legal da ciência, tecnologia e inovação
Maria Elizabeth Menezes, PhD
Farmacêutica-Bioquímica, vice
-presidente da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC)
2015/2016, diretora técnica do
DNAnálises Laboratoriais, coordenadora de Ensino e Pesquisas
do LACEN/SC
O
Marco Legal da Ciência, Tecnologia
e Inovação (Lei nº 13.243/2016) foi
sancionado pela presidência da República
em 11 de Janeiro de 2016. Isso não quer dizer que
não houvesse uma lei anterior. Na verdade, o marco
altera nove leis, desde 1980 até 2004 regulando as
Notável
A
relações entre os setores públicos e privados no
que diz respeito ao desenvolvimento científico e
tecnológico através das pesquisas.
Agora, há um esforço para diminuir a burocracia,
dar transparência e segurança jurídica e ainda
acelerar os processos relacionados às pesquisas feitas
em sistema de parcerias entre os setores público e
privado. Entre as alterações, as que se destacam e
parecem de fato fazer diferença:
• Regime Diferenciado de Contratações Públicas;
• Hipóteses de Dispensa de Licitação;
• Novas regras de Propriedade Intelectual
facilitando o licenciamento de tecnologias;
• Ampliação de visto para pesquisadores
estrangeiros;
• Facilitação da importação de insumos para
projetos de pesquisa;
• Ampliação do tempo de participação dos
professores de universidades públicas em projetos de
pesquisa e extensão.
Em resumo, isso tudo quer dizer que a pesquisa no
Brasil deve subir de patamar e ter um aumento na sua
produção científica e tecnológica com apoio maior
da iniciativa privada, levando, consequentemente,
a geração de empregos e possível desenvolvimento
econômico do setor.
Agora é buscar parcerias e colocar em
prática o que a nova lei traz e poderá trazer de
benefícios em favor da recuperação do setor das
Análises Clínicas que vem lutando para se manter
sustentável. Essa pode ser uma oportunidade
para inovação tecnológica de práticas e métodos
abrindo caminho para uma nova era dos
Laboratórios.
Kit de teste XF Cell Energy Phenotype recebe o prêmio
“Inovação Top 10” da revista The Scientist
Seahorse Bioscience, que faz parte da Agilent
Technologies e é líder mundial em ferramentas
para pesquisa de metabolismo celular, anunciou que a revista The Scientist considerou seu Kit de testes XF Cell Energy Phenotype como uma das inovações
“top 10”de 2015.
Por oito anos consecutivos, a revista The Scientist
busca os melhores produtos para uso em pesquisa e labo-
ratórios de cada ano. “Estamos muito felizes de apresentar
outro panorama de ferramentas e tecnologias inovadoras”,
declarou a editora-chefe da The Scientist, Mary Beth Aberlin. “Nossos especialistas do painel de jurados independentes tiveram muito trabalho para escolher os melhores produtos de biociências a partir de uma lista muito competitiva
de inscritos.”
O XF Cell Energy Phenotype é um kit de reagentes
20
e método de análise que permite aos pesquisadores
determinarem rapidamente o fenótipo de energia das
células, plotar num mapa energético e comparar fenótipos metabólicos entre vários tipos de células e de
condições de tratamento. O analisador de fluxo extracelular Seahorse XF96 foi considerado como um Inovação Top 10 de 2009.
www.agilent.com
21
o mercado atual
Cobre
O cobre é um mineral considerado essencial para o organismo, juntamente com o ferro tem uma função importante
na prevenção da anemia. Trabalha na formação das células
sanguíneas, hormônios e enzimas antioxidantes, ajudando a
produzir energia nas células, formando uma cobertura protetora de seus nervos e tecidos conjuntivos.
A deficiência de cobre prejudica a absorção de ferro e a
anemia acompanha a carência grave de cobre. Mais de 90%
do cobre circulante é transportado no sangue pela ceruloplasmina, a principal proteína plasmática que contém cobre, tem
atividade de ferroxidase, pois oxida ferro antes da sua ligação
a transferrina plasmática.
As principais fontes de alimentos ricos em cobre apesar do
corpo humano não conseguir produzir, é encontrado nas mais
diversas fontes alimentares como: ostras, fígado, rim, cacau
em pó, nozes, farinha de soja, cereais, açúcar mascavo, lenti-
lha, carne bovina e mariscos. Os órgãos onde o cobre apresenta maiores concentrações são fígado, cérebro, coração e rins.
Níveis elevados de cobre na corrente sanguínea podem
ser observados devido à presença de algumas doenças como:
anemia hemolítica, hemorragia gastrointestinal, náuseas, vômitos e diarréias, cirrose hepática crônica, icterícia.
Níveis diminuídos de cobre estão correlacionados com
anemia, neutropenia, leucopenia, desmineração óssea ocasionando osteoporose, aumento de radicais livres levando a
um envelhecimento celular e doença Wilson.
O diagnóstico de cobre deve fazer quando uma pessoa sofre de dor abdominal, icterícia, fadiga, tremores, alterações
comportamentais entre outros sintomas mencionados acima,
onde o clínico acredita ser doença de Wilson, ou deficiência
ou excesso de cobre.
A Biotécnica sempre preocupada com as necessidades e
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reagentes são liofilizados para assegurar a qualidade e maior
estabilidade do produto.
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22
23
Nem tudo está perdido
Opinião
Yussif Ali Mere Jr
Presidente da Federação e do Sindicato
dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios
do Estado de São Paulo (FEHOESP e
SINDHOSP) e do SINDRibeirão
[email protected]
Depois de tudo, e de tantos sobressaltos, o ano de
2015 poderia terminar com um gosto amargo. Perspectivas de mais recessão à vista, anúncios de cortes dos
gastos públicos, um ambiente político esfacelado pelos
escândalos de corrupção, uma tragédia ambiental histórica, greve de professores e depois de estudantes, surto
de microcefalia causado por um mosquito que insiste em
zumbir... são tantas as notícias ruins que pode parecer difícil prever um ano novo melhor, e mais próspero.
Parece até que todo mundo torceu contra. Quem
lê os jornais diários chega a pensar que a culpa é da
imprensa, esses jornalistas “jihadistas” que alardeiam
um golpe na presidente da República. Ou da oposição, esse bando de maniqueístas de direita capazes de
qualquer coisa para retomar o poder da nação. A vida,
no entanto, não é tão simplista. Se fosse, seria fácil
resolver a crise. Censurava-se a imprensa e acabavase com a oposição que insiste em torcer contra este
governo tão bom e justo que só quer o bem da população. E pronto. Estaria tudo resolvido, como num
passe de mágica.
Mas está difícil reconhecer os erros. Ou é burrice ou
é cinismo puro. Porque qualquer um vê que o governo
gastou demais, de maneira irresponsável, enterrando a
economia do país, em troca de uma política social fajuta que serviu para coletar milhares de votos. Os governos Lula e Dilma promoveram o aumento do consumo
Genética
Colesterol alto pode ser hereditário
M
uitas pessoas seguem uma dieta equilibrada, não apresentam problemas de peso,
conservam um estilo de vida saudável e
mesmo assim possuem colesterol elevado. Isso pode
estar relacionado com a hereditariedade. A hipercolesterolemia familiar é uma doença genética, sem
cura, na qual existe um defeito no gene responsável
pelo o receptor de LDL, moléculas localizadas no fígado. Essas moléculas são encarregadas de se ligar ao
LDL para retirá-lo da corrente sanguínea e na hipercolesterolemia familiar a função desses receptores estão
prejudicadas. Como resultado, o nível de LDL no sangue fica muito aumentado.
Acredita-se que entre 250 e 350 mil brasileiros sofram com a doença. “Como se trata de um mal silencioso, já que é responsável por 5% a 10% dos casos
de eventos cardiovasculares em pessoas abaixo de 50
anos, procurem auxílio médico e investiguem quando
for indicado”, alerta a Dra. Talita Poli Biason, gerente
médica da unidade MIP (Medicamento Isento de Prescrição) do Aché Laboratórios Farmacêuticos.
Além da prescrição de medicamentos, segundo a
doutora, quem sofre de hipercolesterolemia familiar
deve consultar um especialista, adotar novos hábitos
alimentares e incluir atividade física na rotina de vida.
A suplementação à base de fitoesteróis é outra possível indicação nesses casos, complementando o tratamento.
Os fitoesteróis são considerados um alimento fun-
cional capaz de auxiliar na redução de 8% a 15% do
nível de colesterol ruim (LDL) no sangue, a partir da
terceira semana de uso, ajudando na manutenção da
saúde cardiovascular. Ao alcançar o intestino, os fitoesteróis competem com o colesterol ingerido, reduzindo a sua absorção.
www.ache.com.br
www.facebook.com/achelaboratorios
Estimativa
Hospitais de excelência empregam
menos em 2015
O
s hospitais da Anahp - Associação Nacio- 8,3%, o que reduziu drasticamente as margens openal de Hospitais Privados – desaceleraram racionais, especialmente quando observado a variao ritmo de contratações de empregados ção da receita líquida e da despesa por paciente-dia,.
em 2015 e encerraram o ano com taxa
De acordo com os dados preliminares
de apenas 4,1% contra 11,6% em 2014,
da Anahp, a receita líquida por pacien“...o setor apresentotalizando 54 mil colaboradores. Para
te-dia aumentou 3,5%, ao passo que a
2016, a Anahp prevê queda nas contou, de janeiro a de- despesa por paciente-dia subiu 9,4%,
tratações ou ao menos que não sejam
no mesmo período. Para 2016 é previsto
zembro, uma queda um aumento considerável das despesas,
abertas novas vagas.
Além de puxar o freio de mão na gecom a alta nos preços de insumos imexpressiva de 1,8%
ração de empregos, o setor apresentou,
na receita líquida no- portados, calculados em dólar.
de janeiro a dezembro, uma queda exEstes e outros dados são do Sistema
minal dos hospitais Integrado de Indicadores Hospitalares
pressiva de 1,8% na receita líquida nominal dos hospitais ano passado. Fato
(SINHA) utilizados pelo Grupo de Esano passado”.
que aconteceu pela primeira vez após
tudos da Anahp, que realiza um levan11 anos, desde quando a Anahp passou
tamento de informações econômicoa acompanhar os indicadores de seus hospitais mem- financeiras, que representam os movimentos que o
bros.
mercado da área de saúde privada tem vivenciado no
No mesmo período, as despesas se elevaram em ano anterior.
24
sem pensar no amanhã. Aumentaram o acesso à educação universitária nivelando por baixo o ensino. Fizeram
crescer o contingente de classe média ao reclassificarem a faixa de renda e contrataram médicos cubanos
para fazer de conta que temos medicina de qualidade
nos rincões do país. Baixaram o IPI e promoveram a
festa dos eletrodomésticos e dos carros. É o país das
maravilhas!
O que nos tira da letargia de Alice é a realidade. O desemprego bate à porta e acabou o frisson do consumo.
O real desvalorizou, não tem mais dinheiro para o Bolsa
Família e a desoneração ficou a ver navios. Mas ainda
temos a Justiça. Nosso Poder Judiciário, nossa Polícia Federal. E essas operações que lavam a jato a nossa alma.
Esses Sérgio Moro, Gilmar Mendes e Carmem Lúcia. Esse
Hélio Bicudo! Gente que tem propagado a esperança. E
que tem dito, e escrito: “o crime não vencerá a Justiça”.
Viveremos para ver.
Novidade
Cápsula manipulada
reduz gordura
abdominal
D
iante de uma situação de estresse crônico, as
terminações nervosas que estão localizadas
no tecido branco adiposo - responsáveis por
manter a capacidade de lipólise (quebra das células de
gordura) e o bom funcionamento do metabolismo celular do organismo - ficam comprometidas, prejudicando uma série de funções, como a qualidade do sono, o
descanso e o fortalecimento imunológico. Esse comprometimento ocorre porque há o aumento exacerbado da
produção de cortisol - um hormônio produzido pelas
glândulas suprarrenais e que serve para ajudar o organismo a controlar o estresse, reduzir inflamações, contribuir para o funcionamento do sistema imune e manter os níveis de açúcar no sangue e a pressão arterial.
Desregulado, o cortisol — em níveis mais altos ou
mais baixos — pode ser responsável por uma série de
efeitos colaterais, como: a perda de massa muscular, o
aumento de gordura visceral (gordura que se acumula
nas camadas profundas do abdômen), a desaceleração
do metabolismo, sensação de cansaço frequente, dificuldade para dormir e imunidade baixa constante. “O
aumento de gordura visceral significa aumentar a pressão arterial e o risco de diabetes, quer dizer, uma série
de implicações acontece por conta desse aumento”,
explica a endocrinologista Dra. Suzikelli Lisboa Souza,
especialista em avaliação hormonal e metabólica. Por
isso, para anular os efeitos negativos do cortisol elevado no organismo, a Biotec Dermocosmético apresenta
o Modulip GC® Oral, um peptídeo neuroprotetor e modulador do cortisol, desenvolvido pelo laboratório da
Exsymol, em Mônaco.
As cápsulas devem ser manipuladas nas farmácias
de manipulação, com prescrição médica ou nutricional
que orientarão a dosagem correta para cada pessoa.
Fonte: A Biotec Dermocosméticos é empresa especializada em divulgar ao mercado de farmácias magistrais, área dermatológica e medicina estética, ativos e
conceitos nutricosméticos e dermocosméticos inovadores. www.biotecdermo.com.br SAC: 0800-7706160
25
2016
SETEMBRO
MAIO
HOSPITALAR 2016 - 23ª Feira Internacional de Produtos,
Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios.
62° CONGRESSO BRASILEIRO DE GENÉTICA
11 a 14 de setembro de 2016
Caxambu-MG
Data: 17 a 20 de maio de 2016 - Horário: das 12 às 21 hs
Local: Expocenter Norte - Rua José Bernardo Pinto, 333 - Vila Guilherme - SP - Brasil. Fone: (11) 3897-6199
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JUNHO
WorkShop de Microbiologia DÉCIO CAMARGO
em São José do Rio Preto/SP
Data: 11 de junho de 2016
Local: Hotel Quality SAINT PAUL - Vagas Limitadas
Fale conosco e garanta já sua vaga: Tel (19) 3582-9797
email: [email protected]
43º Congresso Brasileiro de Análises Clínicas
De 26 a 29 de junho de 2016
Local: Palácio das Convenções do Anhembi - São Paulo-SP
Informações: www.sbac.org.br
50º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica
Medicina Laboratorial
2º Congresso Brasileiro de Informática Laboratorial
23º Congresso da ALAPAC/ML
O evento será no Centro de Convenções SulAmérica,
no Rio de Janeiro, de 27 a 30 de setembro de 2016.
Mais informações: www.cbpcml.org.br
OUTUBRO
XV Congresso Brasileiro de Biomedicina e o III Congresso Internacional de Biomedicina
De 19 a 22 de outubro de 2016
Local: Parque de Eventos da FUNDAPARQUE
Bento Gonçalves/RS.
Novos Estudos
Hematologistas e hemoterapeutas terão oportunidades de
atualização em extenso calendário de eventos em 2016
A
Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) promoverá sete atividades educacionais ao
longo de 2016 para os profissionais da área. Com
foco no aprimoramento e atualização dos médicos
especialistas nos campos de hematologia e hemoterapia, além de residentes, estudantes e profissionais que atuam em equipes multiprofissionais,
serão abordados temas diversos e de interesse dos
associados nas áreas de hematologia, hemoterapia e
terapia celular, incluindo temas relevantes apresentados no último congresso da American Society of
Hematology (ASH).
Além dos eventos, que terão início em abril e se
encerrarão em novembro, a ABHH disponibiliza atualização sem a necessidade de locomoção via educação à
distância com a ferramenta Hemo.educa, que oferece
cursos online com os maiores especialistas de cada patologia apresentada, além de aulas dos eventos realizados durante o ano.
“Um dos principais objetivos da ABHH é proporcionar
ao profissional de saúde que atua em hematologia e hemoterapia uma constante atualização dos conceitos, além
de discussões de casos clínicos, apresentação de novos estudos, além de promover debates entre os especialistas,
sempre com foco de proporcionar o melhor tratamento ao
paciente assistido”, explica Dimas Tadeu Covas, presidente
da ABHH.
26
O primeiro evento será o 7º Brazilian Lymphoma
Conference/XIV Lymphoma Interchange Meeting, na
cidade de São Paulo, entre os dias 8 e 9 de abril, seguido pelo Highlights of ASH in Latin America 2016: HOA,
na cidade de Natal, entre os dias 29 e 30 de abril. Para o
HOA, as inscrições estarão abertas a partir de 1º de fevereiro e poderão ser efetivadas pelo site: http://www.
hematology.org/Highlights/Latin-America.aspxww.hematology.org/.
Para conferir todos os eventos e obter informações
sobre inscrições, programação, local e datas, acesse a
página de eventos da ABHH, que divulga os cursos e
atividades com informações completas: http://www.
abhh.org.br/eventos/.
27
Hábitos Alimentares
A
Os alimentos que estão sabotando a saúde
s estatísticas relacionadas ao aparecimento
do diabetes e sobrepeso no mundo inteiro
são alarmantes. Mais sedentárias e comendo pior, as pessoas estão engordando e o que é mais
triste, estão adoecendo. Sintomas como pressão sanguínea alta, manifestação de diabetes tipo 2 e níveis
elevados de colesterol no sangue são alguns dos diagnósticos que crescem junto com o sobrepeso.
Especialista no tratamento de Diabetes e Pesquisador na área da Nutrição, o médico Dr Patrick
Rocha tem esclarecido mitos sobre o tratamento da
diabetes e sobrepeso e auxiliado pessoas de todo o
país a transformarem hábitos alimentares e viverem
de forma mais saudável.
“Os hábitos alimentares podem ser um dos principais aliados na prevenção e controle da diabetes
e também do sobrepese. Hipócrates já dizia há mi-
lhares de anos atrás que precisamos fazer da nossa alimentação o nosso principal remédio. E isso é
verdade ainda hoje. Os resultados observados comprovam que a alimentação previne e trata diabetes,
reduzindo e, em muitos casos, até eliminando a necessidade de medicação”, destaca o Dr. Rocha.
A adoção de uma alimentação inteligente e estratégica concentra-se em substituir alimentos considerados prejudiciais para a saúde por outros que sejam
funcionais para o organismo. A seguir, o Dr. Rocha
lista 4 hábitos alimentares considerados sabotadores e que podem estar comprometendo a sua saúde:
1. Consumo de pães e massas em excesso
2. Frituras
3. Diets e Lights
4. Industrializados
Para conseguir a praticidade e durabilidade dos
produtos, os fabricantes se utilizam de milhares de
aditivos químicos, que, em geral, são bastante prejudiciais a saúde. Corantes, aromatizantes e conservantes a longo prazo tendem a intoxicar o organismo, o que atrapalha todo o funcionamento saudável
do metabolismo.
Estudo/IESS
O
Em meio à crise da saúde, custo médico-hospitalar
registra nova alta
custo das operadoras de planos de saúde
com consultas, exames, terapias e internações, apurado pelo Índice de Variação
de Custos Médico-Hospitalares (VCMH) do Instituto
de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), teve alta de
17,1% nos 12 meses encerrados em junho de 2015.
Novamente, o crescimento foi bastante superior à
variação da inflação geral no País, medida pelo IPCA,
que registrou elevação de 8,9% no mesmo período.
Em relação aos indicadores aferidos em março de
2015, o VCMH acelerou 1,6 ponto porcentual (p.p.)
enquanto o IPCA avançou 0,8 p.p..
“O ritmo de crescimento do VCMH liga um grande alerta para o setor de saúde suplementar no País.
É preciso debater a sustentabilidade do setor, que
é extremamente importante não só por cuidar diretamente de 51 milhões de vidas”, enfatiza Luiz Augusto Carneiro, superintendente-executivo do IESS.
“O aumento do VCMH continua em um ritmo quase duas vezes superior ao da inflação medida pelo
IPCA, como constatado no último levantamento, reforçando a necessidade
de debater as causas desse problema e
apontar as soluções”, ressalta.
O VCMH/IESS é o principal indicador utilizado pelo mercado de saúde
suplementar como referência sobre o
comportamento dos custos. O cálculo utiliza os dados de um conjunto de
planos individuais de operadoras, e
considera a frequência de utilização
pelos beneficiários e o preço dos procedimentos.
Dessa forma, se em um determinado período os
beneficiários usavam em média mais os serviços
e os preços médios aumentam, o custo apresenta uma variação maior do que isoladamente com
cada um desses fatores. A metodologia aplicada
ao VCMH/IESS é reconhecida internacionalmente
e aplicada na construção de índices de variação
de custo em saúde nos Estados Unidos, como o
S&P Healthcare Economic Composite e Milliman
Medical Index.
O superintendente-executivo do IESS destaca que
o principal fator para a alta do VCMH são os gastos
com internação, que respondem por aproximadamente 59% do total dos custos médico-hospitalares.
O gasto com consultas corresponde a 11% do total
dos custos do setor. Os custos de Exames e Terapias
respondem por 15% e 6%, respectivamente.
Atenção
D
Fotoférese Extracorpórea: como funciona o
tratamento para doenças autoimunes?
oença autoimune é uma condição que
ocorre quando o sistema imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do próprio
organismo. São mais de 80 enfermidades classificadas assim, sendo que somente o Lúpus e a Esclerose Múltipla acometem juntos cerca de 7,5 milhões
de pessoas no mundo todo, segundo dados da OMS
(Organização Mundial da Saúde).
“Os leucócitos do sistema imunológico ajudam
a proteger o corpo contra tudo o que é nocivo,
como por exemplo, os microorganismos (bactérias
e vírus) e as células cancerígenas. Porém, nos pacientes com doença autoimune, o sistema imunológico não faz distinções e passa a destruir tecidos
do organismo”, explica o anestesiologista e diretor
administrativo da Criogênesis, Dr. Luiz César Espirandelli.
O especialista pontua que as causas para esse
“descontrole” imunológico ainda não são totalmente conhecidas, o que faz com que não haja cura para
uma série de doenças autoimunes. No entanto, muitas podem ser controladas com tratamentos, que
visam reduzir os sintomas, controlar o processo autoimune ou manter a capacidade do corpo de combater a doença.
TRATAMENTO
O Grupo Criogênesis oferece um serviço de
alta complexidade para esses pacientes: a Fotoférese Extracorpórea - uma modalidade de terapia
celular que promove a imunomodulação do organismo, graças à exposição de parte do sangue
à irradiação Ultravioleta (UVA). De acordo com o
médico Nelson Tatsui, diretor da Criogênesis, o
28
sangue do paciente é drenado para o equipamento com irradiador ultravioleta do tipo A (UVA) e,
posteriormente, uma parte das células é separada
por centrifugação e depois tratada por irradiação.
Em seguida, as células tratadas e o sangue remanescente são reinfundidos ao paciente. “O tratamento se baseia no efeito biológico de uma substância fotossensibilizante, o 8-metoxipsoraleno, e
da radiação ultravioleta A”, comenta.
A terapia é considerada segura e indicada para
o tratamento de diversas doenças como Síndrome
de Sézary, Linfoma Cutâneo, Esclerodermia, doença
de Crohn (no intestino), artrite reumatoide, psoríase, esclerose sistêmica, lúpus eritematoso, além de
diversas situações relacionadas ao transplante de tecidos, incluindo a sua rejeição.
www.criogenesis.com.br
29
Opinião
Certificação Digital de Laudos, quando Julho vier
Pedro Silvano Gunther
[email protected]
Q
uando Setembro Vier é um filme dos anos 60,
protagonizado por Rock Hudson e Gina Lollobrigida.
Conta a história de um milionário americano
que retorna à Itália sem aviso e descobre que sua casa foi
transformada em um hotel pelo caseiro.
O nosso evento em Julho será bem diferente, especialmente
porque não há surpresa. Já estamos avisados e o prazo foi até
prorrogado. Era para Janeiro e agora ficou para Julho. Mas a
tarefa é grande.
A Anvisa exige que as assinaturas de laudos laboratoriais,
quando em formato digital, usem o processo de certificação na
forma da Medida Provisória nº 2.200-2/2001. Parece simples
mas não é.
Em 30/09/2015, por ocasião do 1º Congresso de
Informática Laboratorial, em Fortaleza, as principais
fornecedoras de LIS se reuniram para alinhar o entendimento
quanto à nova norma. Todas já haviam se debruçado sobre
o assunto e perceberam que havia detalhes técnicos que
não foram contemplados na norma (resultados de apoio,
resultados via interfaceamento aprovados automaticamente
etc.), sem contar que a necessidade de usar o “carimbo do
tempo” inviabilizaria financeiramente o uso desse recurso
pelos laboratórios brasileiros.
Em Novembro a Anvisa aceitou reunir-se em São Paulo com
entidades representativas do setor laboratorial e fornecedoras
de LIS para debater o assunto. As entidades subscreveram
uma carta solicitando a prorrogação do prazo por 360 dias e
a formação de um comitê para discutir as regras e formatos a
serem implementados. A RDC 58/2016 da Anvisa de 21/01/16
prorrogou o prazo por mais 180 dias mas não mencionou a
formação de um comitê para discutir uma possível nova redação.
Esse é um assunto que precisa ser acompanhado de perto
pelos laboratórios, entidades de classe e empresas de LIS.
Julho não tarda. Esperamos que os esclarecimentos e soluções
cheguem antes.
Prevenção
O
Brasil bate recorde de pessoas em tratamento contra o HIV e aids
Brasil registrou, em 2015, recorde no número de pessoas em tratamento de HIV
e aids: 81 mil brasileiros começaram a se
tratar no ano passado, um aumento de 13% em relação a 2014, quando 72 mil pessoas aderiram aos medicamentos. De 2009 a 2015, o número de pessoas
em tratamento no Sistema Único de Saúde aumentou
97%, passando de 231 mil para 455 mil pessoas. Isso
significa que, em seis anos, o país praticamente dobrou o número de brasileiros que fazem uso de antirretrovirais.
Outro avanço importante é a supressão viral: 91%
dos brasileiros adultos vivendo com HIV e aids, em
tratamento há pelo menos 6 meses, já apresentam
carga viral indetectável no organismo. “Isso significa
que essas pessoas não mais transmitem o vírus para outras, e que os antirretrovirais fizeram efeito. É um grande avanço em termos de saúde pública”, frisou o diretor
do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio
Mesquita, que nesta quinta-feira (28), apresentou, no
Rio de Janeiro (RJ), dados inéditos sobre o tema durante
o lançamento da campanha de prevenção às DST e Aids
para o Carnaval 2016.
Esse resultado também significa que o Brasil já atingiu
uma das três metas de 90-90-90, pactuadas pelo Programa
Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS), que
têm como objetivo testar 90% das pessoas vivendo com HIV
e aids, tratar 90% destas e que 90% tenham carga viral indetectável até 2020 em todo o mundo.
O total de brasileiros com acesso ao tratamento com
30
antirretrovirais no país mais do que dobrou entre
2009 e 2015, passando de 231 mil pacientes (2009)
para 455 mil (2015). Atualmente, o SUS oferece, gratuitamente, 22 medicamentos para os pacientes soropositivos. Desse total, 11 são produzidos no Brasil. A rede de assistência conta atualmente com 517
Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712
Serviços de Assistência Especializada (SAE), além de
inúmeras unidades básicas de saúde.
Atualmente a epidemia no Brasil está estabilizada,
com taxa de detecção em torno de 19,7 casos a cada
100 mil habitantes. Isso representa cerca de 40 mil
casos novos ao ano. Desde o início da epidemia de
aids no Brasil – em 1980 –, até junho de 2015, foram
registrados no país 798.366 casos de aids.
31
Câncer de intestino
O segundo tipo mais comum em mulheres
e o terceiro em homens
E
mbora o câncer de intestino seja um dos tipos mais
comuns no Brasil, ainda pouco se fala sobre a doença.
Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), a estimativa é que, em 2016, 17.620 mulheres e 16.660 homens sejam diagnosticados com o problema. A incidência só é menor
que mama, nas mulheres, e pele e próstata, nos homens. Por
ser uma enfermidade que não apresenta sintomas em estágio
inicial, é preciso ficar atento: o risco de desenvolver a doença
aumenta depois dos 40 anos. Pessoas com mais de 50 anos
chegam a representar 90% dos casos de câncer de intestino.
“Com o desenvolvimento do tumor, alguns sintomas podem se manifestar, como mudanças no hábito intestinal (constipação ou diarreia), anemia, fraqueza,
cólica abdominal, sensação de evacuação incompleta, sangramento pelo
reto e emagrecimento repentino. Ao
perceber essas alterações, é importante
procurar um médico. Apenas um especialista poderá analisar os sinais e dar o
diagnóstico correto”, orienta o oncologista da Rede de Hospitais São Camilo
de São Paulo, Augusto Pereira.
Exames de colonoscopia e retossigmoidoscopia podem ser indicados para
localizar o tumor no intestino e remover
os pólipos (lesões que se assemelham a
verrugas). O material retirado é enviado
para biópsia, que vai analisar o tipo do
tumor e o estágio da doença. “O estágio pode ser inicial (I ou
II), com tumor restrito ao intestino; avançado (III), com acometimento dos linfonodos; ou metastático (IV), com lesões em
outros órgãos”, explica.
O tratamento varia de acordo com o estágio da doença. “A
cirurgia para retirada do tumor é a modalidade inicial de tratamento, nos estágios de I a III. Por meio de uma análise, é possível prever o risco da doença voltar e a necessidade de quimioterapia. Em paciente com metástases em outros órgãos,
a quimioterapia é o tratamento de escolha. Se diagnosticado
precocemente, o câncer de intestino apresenta uma chance
de cura acima de 90%”, revela o especialista.
Após o tratamento, é preciso realizar acompanhamento
médico a cada três ou seis meses, por até cinco anos. “Pacientes com histórico de câncer de intestino têm maior risco de
desenvolver um segundo tumor. Por isso, devem realizar os
exames de rastreamento conforme orientação médica e evitar
fatores que possam aumentar o risco
de câncer, como tabagismo, obesidade,
sedentarismo, ingestão carnes vermelhas, alimentos processados e álcool”,
alerta.
“Apesar de frequente, o número
de casos de câncer de intestino vem
diminuindo. Estatísticas mundiais mostraram a queda de 4% ao ano na incidência da doença de 2008 a 2011 e a
diminuição de 35% na mortalidade de
1990 a 2007. As reduções da incidência
e mortalidade foram possíveis devido
ao rastreamento de pacientes sadios,
detecção precoce da doença e inovações nas modalidades de tratamento.
Porém, hábitos que contribuem com a boa saúde do intestino
continuam a ser a melhor forma de prevenir o problema”, finaliza Pereira.
* Augusto Pereira é oncologista da Rede de Hospitais São
Camilo de São Paulo
“Pessoas com
mais de 50 anos
chegam a representar 90% dos
casos de câncer
de intestino”.
32
Comemoração
Unesp completou
quatro décadas
A
Unesp completou 40 anos em 30
de janeiro de 2016. Para celebrar a
data, foi criada a página www.unesp.
br/40anos , que já está com mais de 58 mil
acessos.
33
Diálogos da ultra modernidade
Benefícios da capacitação
No início do ano, as pessoas costumam refletir sobre seus objetivos para o novo ciclo que
se inicia. Com as empresas, isso também acontece. O planejamento estratégico define quais
as principais metas a ser alcançadas, e os executivos e seus colaboradores devem atuar em
função do escopo definido. Em épocas de instabilidade econômica, questões de falta de mão
de obra qualificada podem trazer ainda mais
prejuízo às empresas que não investirem na formação de jovens talentos. É por isso que muitas
organizações públicas e privadas apostam no estágio e na aprendizagem como o caminho mais
rápido para adequar os jovens ao mercado de
trabalho. A formação prática alinha os conhecimentos técnicos aos teóricos, o que facilita a
compreensão do mercado e a atuação na própria empresa.
A questão de mão de obra qualificada é hoje um
sério problema que pode atravancar o crescimento
de empresas brasileiras em setores fundamentais
como na área tecnológica, por exemplo. Entidades
de classe apontam a necessidade de formação urgente de profissionais como engenheiros e técnicos de tecnologia da informação mesmo em época
de crise, pois são carreiras em que o conhecimento
se renova a todo o momento. Um país que quer
crescer, não pode ficar a mercê de profissionais mal
preparados, que não tenham um cabedal de informações atualizados, principalmente nessas áreas
de excelência.
O estágio e a aprendizagem são mecanismos
que ajudam na qualificação profissional. No caso
do estágio, os estudantes podem trazer à empresa
uma série de inovações discutidas por profissionais
gabaritados, com novas experiências, oxigenando o
ambiente laboral. Na aprendizagem, o jovem que
entrar em contato com determinada área, poderá
buscar uma formação mais completa na universidade, o que facilitará o processo de aprendizagem já
qu8e ele estará atuando com determinada profissão.
Com isso, o país será o grande beneficiado,
diminuindo sobremaneira a grande taxa de desocupação de nossos jovens, aqueles famosos personagens da geração nem nem (aqueles que nem
trabalham nem estudam), mais suscetíveis ao contato com drogas e com a violência.
O CIEE, entidade que há 52 anos vem facilitando a inserção de milhões de jovens no mercado
de trabalho por meio do estágio e da aprendizagem, acredita que a qualificação dos jovens é um
reforço considerado para que o país consiga sair
dessa instabilidade econômica, fazendo com que
as empresas, tanto de serviços quanto indústrias,
tomem um novo rumo, via crescimento. O estágio
pode ser realizado por estudantes com 16 anos
ou mais que estejam matriculados no ensino médio, técnico, tecnológico e superior, em todas as
áreas do conhecimento. Na aprendizagem, o CIEE,
em parceria com a Fundação Roberto Marinho,
oferece o programa Aprendiz Legal, que forma jo-
Luiz Gonzaga Bertelli é presidente
do Conselho de Administração do
CIEE, do Conselho Diretor do CIEE
Nacional e da Academia Paulista de
História (APH).
vens de 14 a 24 anos, facilitando às empresas,
de grande e médio porte, o cumprimento das
exigências da Lei da Aprendizagem. É por tudo
isso que incentivamos a abertura de vagas para
os jovens, facilitando às empresas a formação de
seus próprios talentos. Afinal, colaborador capacitado compensa o valor investido em pouco
tempo de produção.
Anuncie
www.labornews.com.br [email protected]
16 3629-2119 | 99793-9304
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