Experimento Compreendendo o Movimento Retilíneo Uniforme Variado Aluno 1, Aluno 2, Aluno 3, Aluno 4 Engenharia/Tecnologia de Alimentos – Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Campo Mourão O experimento Compreendendo o Movimento Retilíneo Uniforme consiste em tomar valores práticos do tempo de deslocamento de uma esfera, sobre um plano inclinado graduado. Esses tempos foram utilizados para determinar a velocidade de deslocamento e a aceleração da esfera. Foram obtidos tempos de deslocamento para as distâncias de 0a 25, 0a50,0a 75 e 0 a 100 centímetros. Os tempos médios obtidos em segundos foram respectivamente 1,934, 2,7, 3,306 e 3,784. Com o resultado dos tempos foi possível calcular a velocidade para cada distância, as medidas calculadas foram respectivamente em centímetros por segundo12,926, 18,518, 22,686 e 26,427. Com a velocidade calculada para cada distancia, foi possível calcular a aceleração, os resultados foram respectivamente em centímetros por segundo ao quadrado 13,368, 13,717, 13,724 e 13967. Através dos resultados de aceleração foi plotado um gráfico em função do tempo, o qual resultou em um triangulo, e calculando a área do mesmo foi possível concluir que a aceleração foi constante, os resultados obtidos foram . Foi plotado outro gráfico com os resultados da velocidade em função do tempo, que resultou em outro triangulo, e ao calcular a área do gráfico foi possível comparar a variação da posição sofrida pelo móvel, os resultados obtidos foram . Ao calcular o coeficiente angular do gráfico de velocidade por tempo foi possível concluir que . 1. Introdução Galileu Galilei observou que a velocidade de um móvel evoluía na proporção de números ímpares, ou seja, a cada unidade de distância deslocada, a velocidade incrementava o próximo número ímpar, assim, no instante de deslocamento 1 a velocidade era 1, no instante 2 a velocidade era 3 e assim progressivamente. Seu experimento consistia em um plano inclinado com marcações pré-determinadas, onde uma esfera era solta de um ponto zero e avançava pelas marcações, e seu tempo era anotado. O interessante desse experimento é que Galileu Galilei não contava com métodos eficientes de medida de tempo, mas mesmo assim conseguiu observar a relação de velocidade e tempo. As teorias de Galileu Galilei serviram de base para o trabalho de Isaac Newton. Segundo o estudo da cinemática, a velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em um dado tempo. As unidades de velocidade normalmente adotadas são em metros por segundo (m/s) e quilômetros por hora (km/h), porém no experimento foi adotado centímetros por segundo (cm/s). O Movimento Retilíneo Uniforme Variado (M.R.U.V.) pode ser descrito como o movimento de um objeto em uma reta, de forma uniforme, com relação a um referencial, onde a aceleração é constante. Dessa forma, o a velocidade do móvel sofre variações iguais em intervalos de tempo iguais. A equação da função horária do M.R.U.V. é representada na Equação 1: S = S0 + v.t. (1) Onde S é o deslocamento, S0 é a posição inicial, v é a velocidade e t é o tempo. Como no M.R.U.V. trabalha-se com um referencial no instante zero, pode-se dizer que S0 = 0 (zero), dessa forma temos a Equação 2: v = S/t. (2) Como a aceleração no M.R.U.V é constante, pode-se obter a posição de um móvel de acordo com a seguinte equação horária (Equação 3): S= S0 + v0.t + at2/2. (3) Onde S é o deslocamento, S0 é a posição inicial, v é a velocidade, a é a aceleração e t é o tempo. Sabendo-se que S0 e v0 são 0 (zero) então temos a Equação 4: a = 2.S/t2. (4) Com esses conceitos assimilados executou-se o experimento. 2. Objetivos Descrever o comportamento da aceleração e da velocidade durante o movimento retilíneo uniforme variado, constatar a relação de aceleração pelo tempo e velocidade pelo tempo. S= S0 + v0.t + at2/2 (3) 3. Materiais utilizados 1 trena de 2 metros com precisão de 5 centésimos de centímetro; 1 cronometro com precisão de 1 centésimo de segundo; 2 tubos fluorescentes de 120 centímetros (lâmpada de 40W); 1 esfera metálica; 1 calço pequeno; 1 fita adesiva; 1 pincel atômico; 1 calculadora. 4. Procedimento experimental Para a realização do experimento foi necessário utilizar a ideia do plano inclinado de Galileu Galilei, adaptado para o contexto atual, que consiste em duas barras de lâmpadas fluorescentes de 120 cm de comprimento, unidas nas extremidades com uma fita adesiva, com o objetivo de formar um trilho. O trilho continha as marcações de 0, 25, 50, 75 e 100 cm e em uma das suas extremidades foi colocado um calço de madeira, para formar a inclinação, no sentido crescente das marcações de distância. Uma esfera metálica foi usada como objeto que se desloca no trilho e um cronometro foi utilizado para medir os tempos nas distancias. Uma caneta foi utilizada para soltar a esfera no exato ponto da marcação igual a 0 cm, sendo o cronômetro acionado no exato momento da liberação da esfera. Outra caneta foi utilizada para marcar a chegada ao ponto de medição e ao toca-la o cronometro era desacionado, obtendo-se dessa forma a medição para aquela distância. É interessante ressaltar que, para que a medida possuísse um menor erro, foi necessário que a mesma pessoa que soltava a esfera, fosse a mesma pessoa que disparava o cronômetro. Dessa forma foram realizadas cinco medições de tempo para cada distância, os tempos foram anotados em uma tabela, para os cálculos de velocidade e aceleração. Para o cálculo da velocidade foi utilizada a Equação 1: S = S0 + v.t. (1) Isolando v na Equação 1 e S0 sendo 0 (zero) temos a Equação 2: v = S/t. Para o experimento em questão S0 e v0 são 0 (zero), assim temos a Equação 4: a = 2S/t2. Com os valores obtidos na Equação 4 para os tempos da amostra, foi plotado um gráfico da aceleração em função do tempo. Pelo M.R.U.V, é possível a partir do gráfico de aceleração por tempo, obter o valor da aceleração, aplicando uma equação da área de um polígono regular, nesse caso um trapézio, suas medidas são obtidas com a imagem deste polígono projetada no eixo do tempo e da aceleração. Dessa forma a velocidade foi calculada conforme As Equações 5 e a variação da velocidade pela Equação 6, respectivamente. A = b.h (5) Δv = vf – v0 (6) Onde A é a área do polígono regular, b é a base no eixo tempo e h é altura obtida no eixo aceleração conforme o gráfico (Figura 1). Δv é a variação de velocidade, vf é a velocidade final e v0 é a velocidade inicial. Com os valores obtidos na Equação 2 para os tempos da amostra, foi plotado um gráfico da velocidade em função do tempo (Figura 2). Como dito anteriormente, foi possível usar a equação de um polígono regular para determinar o coeficiente angular do gráfico de velocidade por tempo. Para esse cálculo foi utilizado a Equação 7: A = (b.h)/2 (7) A Equação 8 foi utilizada para calcular a variação da posição sofrida pelo móvel. ΔS = Sf – S0 (8) Foi calculado o coeficiente angular da reta apresentada no gráfico de velocidade por tempo, para isso utilizou-se a Equação 9: tgθ = co/ca (9) Onde tgθ é a reta da velocidade angular, co é o cateto oposto do polígono do gráfico e ca é o cateto adjacente. (2) Para o cálculo de aceleração utilizou-se a Equação 3: (4) 5. Resultados e discussão As medidas cronometradas para cada distância estão apresentadas na Tabela 1: Tabela 1: medidas de tempo (s) para cada distância (cm) percorrida pela esfera X t1 t2 t3 t4 t5 𝑡̅ (cm) (s) (s) (s) (s) (s) (s) 25 1,97 1,94 1,88 1,97 1,91 1,93 50 2,79 2,78 2,62 2,66 2,65 2,70 75 3,31 3,20 3,32 3,31 3,29 3,31 100 3,72 3,82 3,75 3,85 3,78 3,78 Tabela 2: Aceleração (cm/s2) e velocidade (cm/s) calculados a partir do tempo médio (s) a (cm/s2) v (cm/s) 13,368 12,926 13,717 18,518 13,724 22,686 13,926 26,427 aceleração (cm/s2) Conforme os resultados da Tabela 2 pode-se observar que a aceleração é constante. Com relação à velocidade foi constatado que a mesma aumenta com o aumento da distância percorrida, sofrendo variação aproximadamente igual em intervalos de tempo igual, confirmando a definição do M.R.U.V. 6. Conclusões Podemos concluir que os valores experimentais encontrados na pratica de M.R.U.V. foram condizentes com a teoria. Variações dos valores foram encontrados, porém advém de situações que fogem ao controle do experimento. Para a realização do experimento grandezas como o atrito, altitude, umidade do ar e outros fatores foram desprezados. A obtenção dos tempo foi de forma manual, bem como o aparato usado era um tanto rudimentar, mas serviu para confirmar a teoria. Analisando os resultados calculados na Tabela 2 e os resultados Obtidos os gráficos (Figura 1 e Figura 2), consegue-se entender a relação entre velocidade, aceleração e deslocamento no M.R.U.V. Referências Referências devem ser listadas por ordem de citação no texto, no formato usual dos artigos científicos. Abaixo estão exemplos para citações de livros [1] e de artigos científicos em revistas especializadas [2]. Note o tamanho de letra semelhante aos das legendas de tabelas e figuras. 15 10 5 0 0 1 2 3 4 tempo (s) Figura 1: Gráfico de aceleração por tempo. 30 20 10 0 0 1 2 3 tempo (s) Figura 2: Gráfico da velocidade por tempo. [1] H. Moysés Nussenzveig, Curso de Física Básica, vol. 1 – Mecânica, 3a ed. (Edgard Blüscher, São Paulo, 1996), p. 1. [2] J. Bardeen, L. N. Cooper, and J. R. Schrieffer, Phys. Rev. 106, 162 (1957); id., Phys. Rev. 108, 1175 (1957). A área abaixo da curva do gráfico (Figura 1) calculada utilizando a Equação 5 foi 52,851cm/s. A variação da velocidade calculada pela Equação 6, resultou em 52,851 cm/s. Dessa forma temos que a variação da velocidade é igual a área do gráfico. velocidade (cm/s) A área abaixo da curva do gráfico (Figura 2) calculada utilizando a Equação 7 foi 99,994cm. A variação da posição sofrida pelo móvel foi calculada pela Equação 8 resultando em 100cm. O coeficiente angular da reta no gráfico de velocidade por tempo (Figura 2) foi calculado pela Equação 9 resultando em 13,966 cm/s. 4 http://brasilescola.uol.com.br/fisica/movimentouniformemente-variado.htm [ ] M. Corci Batista, e D. Corci Batista, Fisica Básica para Engenharia.