TÍTULO: CANDIDÍASE EM PACIENTES PORTADORES DE AIDS/ SIDA CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: BIOMEDICINA INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): CHRISTIANE FELTRINI CLEMENTI, MICHELLE DANTAS FERREIRA ORIENTADOR(ES): CARLOS SOMENZI CANDIDÍASE EM PACIENTES PORTADORES DE AIDS / SIDA Christiane Feltrini Clementi a , Michelle Dantas Ferreira a , Carlos Somenzi a a - Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU , Av Santo Amaro 1239 , Vila Nova Conceição , São Paulo - SP - Brasil - cep : 04505-002. Resumo Palavras chaves: Aids , virulência , candidíase , infecção Summary Keywords : sida , Revisão Bibliografica Histórico A AIDS/SIDA é uma doença causada por um retrovírus imunodeficiência humana ( HIV) , é caracterizado por uma imunossupressão levando a infecções oportunistas, neoplasias secundárias e manifestações neurológicas. Estima-se em 40 milhões o número de indivíduos infectados pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) no mundo. No Brasil foram notificados 474.273 c asos de pacientes com o vírus da imunodeficiência adquirida (AIDS), sendo 26.757 casos no Centro Oeste e uma prevalência de 0,6% de indivíduos com idade entre 15 a 49 anos1 . Embora esses dados sejam referentes ao nosso país, a AIDS é um problema mundial. O numero de indivíduos infectados na África e Ásia é muito grande, em um número aproximadamente de 33 milhões de pessoas sendo que 65% estão na África e mais de 20% na Ásia. No ano de 2006 obteve um grande avanço da doença nos Estados Unidos. Mais de um milhão de casos. Etimiologia A doença causada pelo HIV começa com a infecção aguda que é controlada em parte pela resposta imune adaptativa e com isso avança para infecção crônica dos tecidos linfóides periféricos . A patogenia e as manifestações clínicas decorrentes da infecção são divididos nas seguintes fases : 1) síndrome retroviral aguda ; 2) fase media crônica sendo que na maioria das vezes os indivíduos são assintomáticos ; 3) AIDS clínica . A síndrome retroviral aguda é apresentada clinicamente da propagação do vírus e da resposta imune do hospedeiro . Nesta fase esta associada uma doença aguda com sintomas inespecíficos incluindo irritação da orofaringe , mialgias , febre , perda e peso e cansaço onde pode se assemelhado ao uma gripe . A infecção crônica onde esta a fase de latência os linfonodos e o baço são locais e replicação viral e destruição celular pelo HIV . Nesta fase os indivíduos são assintomát icos ou desenvolvem infecções oportunistas como a candidiase oral , a candidiase vaginal , o herpes zoster entre outros . A fase final da doença é a AIDS propriamente dita , caracterizando um forte colapso das defesas do hospedeiro , sendo assim instalada a doença em fase terminal podendo levar o individuo á morte , esta apresenta cansaço , perda de peso , infecções , neoplasias secundárias ou doença neurológica . Essa fase pode durar de 7 a 10 anos mais estudos recentes revelam que podem –se estender por muitos mais anos , isso vai depender do organismo do individuo responder ao tratamento . Patogenia Nos pacientes infectados com HIV , a candidíase é uma das infecções mais comum A candidíase é a manifestação clinica mais comum entre os pacientes portadores da AIDS /SIDA , podem –se instalar nas mucosas oral , vaginal , esôfago e candidiase invasiva onde é menos comum nesses pacientes. As leveduras do gênero Candida em especial Candica albicans é uma micose de distribuição universal ou seja pode ser considerada tanto micose ocupacional quanto micose oportunista . Em indivíduos portadores da AIDS / SIDA geralmente apresentam infecção por Candida albicans e outras espécies como C. guilliermondii e C. parapsilosis . Nesses pacientes a candidiase é uma infecção muito importante, pois é a maior causa de morbidade e mortalidade entre eles. As espécies de Candida afeta em sua maioria na mucosa oral de 40 a 60% da população em geral, principalmente em pacientes infectados pelo HIV. A C. albicans é a mais comum isolada, representando cerca de 80 a 92% dos isolamentos 1 7 - 2 1 . A candidíase orofaríngea (COF) é uma infecção fúngica que frequentemente acomete indivíduos HIV positivos 2 . A maioria dos indivíduos portadores da AIDS, apresentam pelo menos um episódio de COF, isso ocorre quando a contagem de linfócitos T CD4 (+) encontra-se inferior a 200 células/mm3 . Esses indivíduos apresentam disfagia ( deglutição dolorosa) e dor retroesternal , efetuando o exame de imagem endoscopia podem-se visualizar placas brancas e pseudomembranas que se assemelham ao sapinho oral , na mucosa esofágica . Muitas vezes esses episódios são recorrentes 3 . Porém com a utilização da terapia HAART (highly active antiretroviral t herapy), houve uma significativa redução nas infecções oportunistas em geral. Com exceção de pacientes que não respondem ao tratamento ou com diagnostico tardio. Nos últimos anos, algumas técnicas mais fáceis e mais rápidas foram desenvolvidas para o estudo do perfil de suscetibilidade in vitro a antifúngicos, dos quais o método de microdiluição em caldo é considerado o método de referência, de acordo com documento M27-A3 do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI)8 . Esses métodos alternativos estão sendo implantados para a utilização na rotina laboratorial. Em indivíduos imunocomprometidos, as infecções oportunistas fúngicas têm mostrado um grande desafio para o tratamento. Atualmente é discutido o tratamento das candidíases oral em pacientes HIV positivo, com a finalidade de avaliar as drogas antifúngicas disponíveis no mercado, como os azólicos l1 0 -12. A vaginite por Candida é comum em mulheres infectadas mas também em gestantes ou em quem usa contraceptivo oral . A resposta imune à Candida é muito complexa . A imunidade inata e as respostas das células T são importantes . As formas filamentosas e não leveduriformes , podem escapar entrar no citoplasma e se proliferar , ativando as células dendriticas para produzir IL-12 , as respostas de células T à Candida são importantes como proteção a infecção mucosa e cutânea reecorrentes em pacientes com infecção pelo HIV e baixa contagem de células T . REFERÊNCIAS 1. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico AIDS-DST. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2007. Disponível emhttp://www.aids.gov.br/data/Pages/. [ Links ] 2. Tapia C, Gonzales P, Pereira A, Pérez J, Noriega LM, Palavecino ES. Susceptibilidad antifúngica de Candida albicans recuperadas de pacientes com SIDA y candidiasis orofaríngea y esofágica. Experience com Etest Rev Med Chile 2003; 131:515-519. [ Links ] 3. Campos J, Del Romero J, Castilha J, Garcia S, Rodriguez C, Bascones A. Oral candidiasis as a clinical marker related to viral load, CD4 lymphocyte count and CD4 lynphocyte percentage in HIV-infected patients. J Oral Pathol Med 2002; 31:510. [ Links ] 17. Sant'Ana PL, Milan EP, Martinez R, Queiros-Teles F, Ferreira MS, Alcântara AP, et al. Multicenter Brazilian Study of Oral Candida Species Isolated from Aids Patients. Mem Inst Oswaldo Cruz 2002; 97:253-257. [ Links ] 21. Gutiérrez C, Bedout C, Tobón AM, Cano LE, Arango M, Tabares AM, et al. Sensibilidad a fluconazol y voriconazol de aislamientos de Candida spp, obtenidos de mucosa oral de pacientes com sida. 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