Ebola. Situação, recomendações e atividades para a vigilância e a resposta Jarbas Barbosa da Silva Jr. Secretaria de Vigilância em Saúde – Ministério da Saúde Ebola. Características gerais • Vírus identificado em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo) • Já produziu vários surtos no continente africano, graves mas autolimitados • Alta letalidade – 60% a 90% Ebola. Características gerais • Transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados • Transmissão de humanos para humanos por contato direto com sangue e fluidos corporais dos doentes e mortos (rituais fúnebres) • Transmissão só inicia após início dos sintomas Ebola. Características gerais • Período de incubação de 1 a 21 dias • Início abrupto dos sintomas e agravamento rápido • Não há medicamento específico ou vacina Ebola. Características gerais • Período de incubação de 1 a 21 dias • Início abrupto dos sintomas e agravamento rápido • Não há medicamento específico ou vacina • Grupos de maior risco nos surtos da África: • Profissionais de saúde • Parentes, vizinhos e membros da mesma comunidade Surto atual de Ebola na África Ocidental • Libéria, Guiné e Serra Leoa, Nigéria* • Mais extenso e duradouro surto de febre hemorrágica por Ebola • Letalidade de 68%. Ebola. Localização dos casos. Fonte: OMS Ebola. Atualização da OMS 08/08 Situação atual: • De dezembro de 2013 a 4 de agosto de 2014 foram notificados 1.711 casos (1.070 confirmados, 436 prováveis, 205 suspeitos) e 932 óbitos. • O surto de ebola no oeste da África constitui um evento extraordinário e um risco para a saúde pública de outros países • Preocupação com a dispersão internacional, particularmente pela virulência • Resposta internacional é necessária para controlar o surto. • Nova reunião será realizada em 3 meses para reavaliação da situação Ebola. Atualização da OMS 08/08 • Declarada a Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) • O Comitê de emergência para enfrentamento do surto de Ebola em conformidade com o RSI (2005), recomenda ações distintas para: – Países com transmissão de ebola – Países com potencial ou caso confirmado de Ebola e países não afetados com fronteiras com os países afetados – Demais países Ebola. Atualização da OMS 08/08 Orientações para todos os países: • Não há restrição de viagens ou comercio com os países afetados. • Restrições para casos confirmados de ebola e contatos deve ser adotada. • Países devem estar preparados para detectar, investigar e atender casos de ebola, incluindo a qualificação dos laboratórios de referência. Ebola. Análise de risco • Pelas características da transmissão do vírus Ebola, é considerada improvável uma disseminação para outros continentes • Pode haver chegada de viajantes (risco baixo): • Doentes durante a viagem • Viagem em período de incubação Ebola. Medidas adotadas • Estabelecimento e divulgação da definição de “caso suspeito” Indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão atual de Ebola (Libéria, Guiné e Serra Leoa)¹ , que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorragia, hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria. Em viajantes ou profissionais de saúde provenientes desses países e que apresentem história de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas previamente doentes ou contato com animais doentes ou mortos, a suspeita deve ser reforçada. Ebola. Medidas adotadas • Divulgação de procedimentos a serem adotados nas duas hipóteses de detecção em viajantes • Doentes durante a viagem • Alerta e procedimentos da companhia transportadora • Preparação no aeroporto Anvisa-SAMU-Hospital de Referência • Procedimentos de verificação de contatos Ebola. Medidas adotadas • Divulgação de procedimentos a serem adotados nas duas hipóteses de detecção em viajantes • Viagem em período de incubação • Primeiro serviço de saúde notifica e solicita remoção para Hospital de Referência • Normas e procedimentos para isolamento, coleta de exame, atendimento do paciente e manejo de cadáver em condições seguras Ebola. Medidas adotadas Ebola. Medidas adotadas • Articulação com as SES – envio de normas e realização de videoconferência • Contato permanente com OMS para atualização das informações, avaliação de risco e medidas a serem adotadas • Divulgação de informações: entrevistas para a imprensa, perguntas e respostas no sítio eletrônico do MS etc. • Equipe de resposta preparada para ser acionada em apoio aos estados Ebola. Medidas adotadas • Preparação dos hospitais de referência por parte das SES • Doação de 4 kits (3,5 toneladas) para Guiné, 5 para Serra Leoa e 5 para Libéria • Doação de R$ 1 milhão para OMS • Mensagens em aeroportos • Mobilização dos equipamentos de proteção individual (legado da Copa) • Ativação do Centro de Operações de Emergências em Saúde (COES) – Nível II Ebola. Recomendações • Não restrição de viagem para os países afetados. Há restrições para quem sai desses países • Brasileiros que se encontrem nos países com transmissão: • A transmissão ocorre, principalmente, nas áreas rurais. Deve-se evitar deslocamentos para essas áreas onde estão ocorrendo os casos, • Evitar qualquer contato com animais ou com pessoas doentes • Seguir recomendações dos Ministérios da Saúde desses países. • Profissionais de saúde – só em missão oficial do MS/OMS Ebola. Notificação • Qualquer caso suspeito deve ser notificado imediatamente ao Ministério da Saúde por: – Telefone: 0800 – 644 - 6645 ou – E-mail: [email protected] ou – formulário eletrônico no sítio eletrônico da SVS (http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=6742)