44-115-1-SP

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MÚSICA E SOCIEDADE:
a importância da música no âmbito social
Andréia Borges da Cunha*
Resumo:
Este artigo discute a importância da música na sociedade, visando a eficácia de sua
vigência de atuação na cultura e na arte dos povos. Trata também da globalização
da música, expondo ligeiramente suas vantagens e desvantagens no contexto social,
associando-a com as caracteristcas de cada grupo social, região, nação e época. Em
suma nota-se a música dos povos, englobando suas tradições e o significado que a
música exerce na cultura das etnias e fala da música como expressão, e da
imprtância de usá-la para expressar os setimentos.
Palavras-chave: Música e sociedade; Música e educação; Música e cultura; Música
e expressividade.
Aluna do Curso de Licenciatura em Música no Centro Universitário Adventista de São Paulo
(Unasp). E-mail: [email protected]
*
CUNHA, Andréia Borges da. Música e sociedade: a importância da música no âmbito social.
INTEGRATIO, v. 1, n. 2, ago. - dez. 2016, p. x-y.
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INTRODUÇÃO
Foi desenvolvido junto ao Centro Universitário Adventista de São Paulo
(UNASP), sob a supervisão da professora Lima, uma pesquisa sobre a música e a
sua importância na sociedade.
A proposta do artigo tem perspectiva no tocante à música e suas funções nas
questões sociais, como na escola, no ambiente social, e até mesmo sobre a música
dos povos. Essa temática tem assumido espaço importante no âmbito de seu
significado social, cultural e pedagógico. Este artigo da ênfase à maneira de que
cada pessoa se adequa a estilos musicais através de várias culturas distintas.
É preciso salientar, que quando pensamos em músicas antigas e seculares,
estamos falando de vários estilos musicais que podem variar do clássico ao popular.
São culturas variadas, e é possível observar a presença genuína de tais variedades
musicais no nosso país.Vários mitos, de diversas nacionalidades, narram como os
deuses inventaram os instrumentos musicais, durante a criação do mundo. Ainda
hoje, para alguns povos, os instrumentos têm poderes sobrenaturais e permitem
que os homens se comuniquem com seus ancestrais ou com os próprios deuses.
Ao realizarmos pesquisas, nos deparamos com uma formatação artística e
musical, proveniente do Neoclassicismo. Esta maneira de compreender as diversas
formas e aspectos musicais nos abre frestas para as mudanças e transformações
que se almeja na educação musical e na sociedade. O estudo se justifica tendo em
vista que os conhecimentos produzidos permitem ser aprendidos, e se constituem
de significados para o campo da educação musical.
A música unifica e define uma sociedade. Prova disso, é a variedade musical
que circula todo o mundo. Desse modo, entende-se a necessidade do conhecimento
da música predominante na tradição das nações e regiões, para que assim, essa
carga cultural proviniente dos diferentes povos, possa ser apreciada de valorizada.
1.
Música e Sociedade
A música sempre fez parte das civilizações, desde os seus primórdios. Sua
influência cria na sociedade o desenvolver de valores que de modo eficaz
estruturam a cultura, a arte, o pensar, o aprendizado e a prática. Deste modo,
vemos a todo o momento a interação do homem para com a música. A música
desempenha papel fundamental para o funcionamento de uma sociedade.
A música não pode se desassociar do contexto cultural de uma sociedade,
pois cada cultura possui suas próprias concepções do que é música e como ela deve
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ser usada na sociedade. O homem está a todo momento exposto as sonoridades, e
ao impacto que a música causa. Deste modo está propenso a elevar-se do estado
humano ao sagrado, dando a música autonomia para influir no âmbito social.
Falar da música de grupos sociais, regiões, nação ou época, faz menção a um
tipo específico de música predominante, seja ela tradicional, erudita, popular ou
experimental.
[...] Desde o início do século XX, alguns musicólogos estabeleceram o
que pode ser chamado de "antropologia musical", que tende a provar
que, mesmo se alguém tem um certo prazer ao ouvir uma
determinada obra, não pode vivê-la da mesma forma que os
membros das etnias aos quais elas se destinam. Nos círculos
acadêmicos, o termo original para estudos da música genérica foi
"musicologia comparativa", que foi renomeada em meados do século
XX para "etnomusicologia", que apresentou-se, ainda assim, como
uma definição insatisfatória. [...] (NPR: Via 'Musicophilia,' Sacks Studies
Music and the Brain". NPR, All Things Considered. 2007-10-21).
É interessante notar que a música está presente em todos os lugares, não
importa a etnia ou raça. A música é a ponte que liga a sociedade aos valores que
devem ser desempenhados no ambiente de vivência do homem. A música é o canal
de convicções de um povo, ou nação.
2.
Vantagens e Desvantagens da Música na Sociedade
Assim
como
qualquer
outro
instrumento
de
estruturação
e
de
desenvolvimento social, a música tem vantagens e, do mesmo modo, desvantagens.
A música pode ser usada como exemplo de avanço cultural e politico de uma
sociedade e, além disso, pode ser vista como uma poderosa arma para ser usada
não só como entretenimento, mas também como ponte de influência para
ultrapassar problemas, e despertar na sociedade o poder critico de quem a ouve e a
escuta.
Além de exercer papel fundamental para influir e despertar no homem o
interesse de se tornar um crítico exigente quanto ao que se escuta, a música pode
transformar a partir de seu estilo. Ela pode ser usada como linguagem universal, ao
ponto de unir uma nação sobre uma mesma meta ou objetivo. Suas vertentes de
musicoterapia podem servir de auxílio para tratar de diversos problemas, tais como
distúrbios mentais, o autismo, paralisias cerebrais e outros.
3.
Música e Educação
Ao observarmos a música pós-moderna, entendemos o quão importante é o
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estudo da mesma na escola. Ao fazer pesquisas e estudos sobre o assunto,
percebemos que há exigência de se incluir a educação musical nas escolas. A
exigência surgiu com a lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008, que
determina que a música deva ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica,
pois ela contribui para o desenvolvimento da sensibilidade, criatividade e
integração.
Nas escolas, a música não deve ser necessariamente uma disciplina
exclusiva. Ela pode integrar o ensino de arte, por exemplo, como explica Clélia
Craveiro: "Antigamente, música era uma disciplina. Hoje não. Ela é apenas uma das
linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar ainda artes plásticas e
cênicas”.
O trabalho com música desenvolve as habilidades espaciais, lógicomatemática, verbal e musical. "Ao entrar em contato com a música, zonas
importantes do corpo físico e psíquico são acionadas - os sentidos, as emoções e a
própria mente. Por meio da música, a criança expressa emoções que não consegue
expressar com palavras", completa Sonia Regina. "A música faz bem para a
autoestima do estudante, já que alimenta a criação".
Para que o ensino proposto na Lei tenha bons resultados, o indicado é que as
escolas intensifiquem trabalhos já produzidos em sala de aula e que levem em
conta o contexto cultural dos alunos, pois assim a interação dos tais será bem
efetiva.
4.
Contratar Profissionais Capacitados ou Capacitar?
Encarar uma sala de aula e ministrar um ensino musical de qualidade não é
fácil. Afinal, não basta ser músico, é preciso ter didática, e para isso existem os
cursos de capacitação. A contratação de professores, ainda é um problema não
resolvido pelas escolas, porém, as instituições de ensino, possuem autonomia para
definir o tipo de profissional que irá ocupar um cargo importante como esse.
[...] O ponto de referência que tomamos para olhar as políticas de
formação inicial de professores é o papel da escola nas sociedades
contemporâneas e, em decorrência, o papel dos professores nesse
contexto. Estamos assumindo que o papel da escola e dos
professores é o de ensinar, ao mesmo tempo formando e propiciando
o desenvolvimento das crianças e jovens; uma vez que postulamos
que, sem conhecimentos básicos para interpretação do mundo, não
há verdadeira condição de formação de valores e de exercício de
cidadania, com autonomia e responsabilidade social. [...] (Gatti 2011,
p.89)
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De acordo com Claudia Ribeiro, “profissionais de música tem que saber
disciplinar correspondente ao campo da música e do saber pedagógico da educação
sendo vividos e contextualizados por meio de experiências variadas”. O educador
musical precisa fazer/pensar música e ter condições de repensá-la com base em
situações de experiências e internalizá-la no cotidiano de sua prática educativa.
Na formação inicial, o professor necessita ter consciência do objetivo
específico da educação musical que é musicalizar. Ou seja, tornar um indivíduo
sensível e receptivo ao fenômeno sonoro, instrumentalizando com eficácia os
processos espontâneos e naturais necessários para que a relação homem/música
se estabeleça de uma maneira direta e efetiva. O professor necessita, portanto, em
sua formação, conhecer profundamente as teorias e metodologias para o
desenvolvimento de sua prática, pois o ensino da Música, mais que uma
obrigatoriedade, é uma necessidade para formação de nossos cidadãos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Compreendendo as situação de ensino e aprendizagem musical, e a prática
musical na sociedade, entendemos que a interpretação dos dados dessas pesquisas
coloca desafios teóricos e práticos para a educação musical: como trazer para
situações de ensino e aprendizagem de música na escola, na religião e nos grupos
sociais.
Visando a importância de sua influência no âmbito social, conclui-se que é
necessário empreender esforço para que todos desfrutem dos benefícios da prática
musical. É importante destacar, que a música é uma só como um todo, mas ganha
forma múltipla quando se caracteriza a partir de cada cultura e tradição.
Expressar-se é fundamental para que o objetivo da mensagem que deve ser
passada seja legitimado através do incrementar, movimentar e impor dos
sentimentos. São muitas as formas de expressão encontradas na sociedade, e elas
podem variar do mais simples tamborilar a execução da mais complexa peça
musical. Assim, entende-se que a arte da expressão influi diretamente no que diz
respeito a fazer arte e ser artista.
Seja talvez, a música, a forma mais usada de expressão dos sentimentos do
homem. A música pode representar muito, ou tudo, do que uma comunidade,
nação e região tem a dizer a partir de sua história, lutas e conquistas. Desse modo,
é de extrema importância que seja valorizada toda forma de expressão cultural e
artística.
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REFERÊNCIAS
SMALL, Christopher. Música, sociedad, educación. Madrid: Alianza Editorial,
1989.
SILVA, Helena Lopes. Música no espaço escolar e a construção da identidade
de gênero: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Música)–Programa de
Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Música, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul,Porto Alegre, 2000.
NPR: Via 'Musicophilia,' Sacks Studies Music and the Brain". NPR, All Things
Considered. 2007-10-21).
Música
na
Sociedade,
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Música_na_sociedade>.
Disponível
Em:
SOUZA, Jusamara. Revista da Abem, Número 10, Março de 2004. Educação
musical e práticas sociais.
SOUZA, Jusamara. Revista da Abem, Número 08, Março de 2003. Pesquisa e
formação em educação musical e práticas sociais.
SOUZA, Jusamara. Da formação do profissional em música nos curso de
licenciatura. Trabalho apresentado no Seminário sobre o Ensino Superior de Artes
no Brasil, Salvador, 1997. Mimeografado.
CUNHA, Andréia Borges da. Música e sociedade: a importância da música no âmbito social.
INTEGRATIO, v. 1, n. 2, ago. - dez. 2016, p. x-y.