cartilha paginas AA.p65

Propaganda
2ª
RE Ed
VI i ç
TUDO QUE VOCÊ PRECISA
SA ã o
SABER SOBRE SEXUALIDADE,
DA
AIDS, DST E PREVENÇÃO
Prefeitura da Estância Turística de Embu
Secretaria Municipal de Saúde
1 – ADOLESCÊNCIA
sexo
sexual
A)
B)
C)
D)
EX
SEX
X
sexo
sexo
sexo
sexo
sexo
sexo
I
D
LIDA
DO
SEXO
idade
NAMORAR, FICAR, TRANSAR .... pág. 2
VIRGINDADE .... pág. 3
GRAVIDEZ .... pág. 5
CORPO ERÓTICO
a) A Masturbação .... pág. 6
b) O orgasmo .... pág. 7
c) Sexo oral .... pág. 7
d) Sexo anal .... pág. 7
e) Homossexualidade .... pág. 8
E) CORPO REPRODUTIVO
a) A puberdade feminina .... pág. 9
b) A puberdade masculina .... pág. 9
c) Fertilidade .... pág. 10
d) Cólicas e TPM .... pág. 10
e) O ciclo menstrual .... pág. 10
f) Métodos contraceptivos .... pág. 11
g) O aborto .... pág. 13
F) DIÁLOGO ENTRE PAIS E FILHOS .... pág. 14
G) ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE .... pág. 14
2 – AIDS
SEXdualidade
sexual
sida
CIDADE
SEXUALIDADE
3 – DST
A) O QUE É AIDS .... pág. 15
B) A HISTÓRIA DA AIDS .... pág. 15
C) A TRANSMISSÃO DO VÍRUS .... pág. 15
a) Transmissão sanguínea .... pág. 16
b) Transmissão sexual .... pág. 17
c) Transmissão vertical .... pág. 18
D) TESTE ANTI-HIV .... pág. 19
E) JANELA IMUNOLÓGICA .... pág. 19
F) SINAIS E SINTOMAS DA AIDS .... pág. 20
G) TRATAMENTOS / MEDICAMENTOS .... pág. 21
H) COMO SE PEGA E COMO NÃO SE PEGA .... pág. 22
A) O QUE É DST .... pág. 23
B) A IMPORTÂNCIA DE DETECTAR E TRATAR AS DST .... pág. 23
C)
I
D
A
1
AS PRINCIPAIS DST .... pág. 24
S
E
X
S
E
X
U
A
L
I
D
A
D
E
4 – PREVENÇÃO
A) A CAMISINHA (masculina e feminina) .... pág. 27
B) COMO COLOCAR A CAMISINHA .... pág. 28
C) VULNERABILIDADE / SITUAÇÃO DE RISCO .... pág. 29
SEXU
ALI
DA
DE
A
1 – ADOLESCÊNCIA
NAMORAR
Namorar é ter alguém para compartilhar carícias e intimidades, para dar e receber afeto, é um
relacionamento especial com cumplicidade e confiança mútua. É gostar, amar essa pessoa e receber
amor, pode rolar sexo ou não, pode durar bastante ou não. Namorar é gostoso, experimentamos
emoções e sentimentos novos, descobrimos o corpo e conhecemos o prazer. Namoramos por amor, por
atração sexual, por tesão, por afinidade, por curiosidade, paixão,
companheirismo, por vários motivos.
Namorar não é coisa só de jovem, qualquer pessoa mais velha, seja
lá qual for a idade, pode namorar. O namoro é um encontro que
pode acontecer a qualquer momento.
O “FICAR”
“Ficar” não significa que você seja uma galinha ou um garanhão,
“ficar” é uma forma de conhecer várias pessoas e descobrir novos
sentimentos e emoções. O importante é que você se sinta bem,
respeitando si próprio e os outros, amadurecendo e assumindo suas
escolhas.
A TRANSA
O encontro amoroso entre duas pessoas desperta naturalmente o desejo pelo prazer do sexo. Algumas vezes é mais
difícil para a mulher reconhecer seu próprio desejo, a sociedade muitas vezes inibe esse despertar, trazendo
dúvidas, medo e angústia. É importante uma conversa franca sobre estes sentimentos para se saber qual será a hora
certa para acontecer.
Um momento especial, num lugar especial, um tesão incontrolável, e pronto... rola o sexo. A primeira transa
geralmente acontece assim. Por isso é importante estar preparado(a) e esclarecido(a) para este momento especial,
prevenindo-se, com a camisinha, de conseqüências indesejáveis como as doenças sexualmente transmissíveis, AIDS
e gravidez. O namoro, o ficar, o transar com homem ou mulher, ou com os dois, é tudo uma questão de escolha.
QUANDO ENCONTRAMOS ALGUÉM...
Quando namoramos ou ficamos com alguém, devemos pensar sobre algumas questões:
Na relação com o outro é fundamental o respeito pela dignidade e igualdade de cada pessoa.
Lembre-se que as coisas que você considera certas para se fazer com o outro também são certas
para que o outro faça com você.
Trate o outro com respeito, sem gozação, sem querer “aproveitar-se”.
Não se deve exibir o outro como troféu de conquista, lembre-se que esta atitude é imatura e de
pessoas sem confiança em si mesmas.
Não faça com o próprio corpo e sentimentos, ou com o corpo e os sentimentos do outro, coisas que
você não quer ou não se sente bem fazendo.
Não tenha relações sexuais só porque os(as) amigos(as) já o fazem, ou é o(a) único(a) da turma
que não tem namorado(a) ou que não teve relação.
As coisas na vida devem acontecer naturalmente, com maturidade, no momento certo você saberá.
Reconheça que cada um tem direito a pensar e agir de forma diferente e isso deve ser respeitado.
Cada um deve ser respeitado em suas convicções religiosas e morais.
Devemos entender que o sexo é uma relação natural, que nasce e morre conosco e dá muito prazer
e alegria. Não deixe que ele provoque conflitos psicológicos ou termine em gravidez indesejada.
Lembre-se que os conflitos e medos fazem parte da vida e não devem ser negados, mas também
não devem impedir a pessoa de viver; caso você sinta que algum problema está atrapalhando
muito, não tenha vergonha de pedir ajuda.
2
B
VIRGINDADE
Virgem é um termo usado freqüentemente
para se referir a uma pessoa do sexo feminino que
nunca teve uma relação sexual com penetração
vaginal e que, portanto, possui seu hímen intacto.
Para o homem, ser virgem também significa
não ter tido nenhuma relação sexual, porém a
diferença está na conotação “pecadora” ou vulgar
das mulheres que perdem sua virgindade.
No passado pregava-se que só as mulheres
que se mantinham virgens até o casamento eram
dignas e honradas. Os homens podiam ser
experientes no sexo, mas as mulheres deviam
permanecer “puras”. Essa regra social machista
pretendia garantir que somente os filhos legítimos
do homem seriam herdeiros dos bens familiares.
Embora ainda existam alguns resquícios
dessa norma na sociedade moderna, esse conceito
de “anormalidade” tem deixado pouco a pouco de
existir. Porém, sem entrar na questão de valores,
do certo ou errado, o fato é que, ainda hoje,
muitos medos e dúvidas povoam as cabeças das
pessoas.
De concreto, podemos afirmar que o hímen
é uma membrana normalmente fina, com um orifício
por onde passa o sangue da menstruação. É pouco
vascularizado e não tem função biológica definida.
Há situações em que o rompimento da membrana
não sangra e não dói. Se o rompimento da membrana
se der exatamente onde passa um vaso sanguíneo,
poderá sangrar um pouco.
Tipos de Hímen:
GENITAL
FEMININO
EXTERNO
3
Durante o ato sexual a vagina relaxa e
aumenta para receber o pênis, e quanto mais
excitada a mulher estiver, mais lubrificada a
vagina vai ficar. A dor na primeira relação sexual
não está diretamente associada ao rompimento do
hímen; muitas vezes, a tensão do momento e o
lugar onde o casal está não ajudam a relaxar e o
“clima” dificulta que a mulher se prepare para a
penetração.
Se a mulher estiver no período fértil, é
possível engravidar na primeira relação sexual,
assim como é possível contrair uma DST ou se
contaminar com o vírus da AIDS (HIV). Por isso,
mesmo na primeira vez, não esqueça a camisinha.
Você sabia? Existem muitos casos de
mulheres que engravidaram sem penetração: o
homem goza na “portinha”, perto da entrada da
vagina, e como os espermatozóides possuem a
capacidade de nadar em meio líquido, escorrem
para o interior da vagina e pronto.
Deixar de ser virgem não tem a ver
somente com o rompimento do hímen, mas também
com uma experiência nova, novas possibilidades
e vivências, prazeres e riscos.
GENITAL FEMININO INTERNO
Ligamento superior
ovariano
Ampola
Ovário
Ligamento próprio
do ovário
Orifício interno
do útero
Útero
Canal
cervical
Vagina
4
C
- GRAVIDEZ
De repente acontece, bate o desespero, o que
fazer? Ter ou não ter o bebê? Como contar para os pais?
Como sustentar um filho? E a escola? Vou ter que parar de
estudar? Será que ele vai assumir o filho?
Essas perguntas e muitas outras acompanham o
atraso da menstruação da mulher. Dia após dia, o mundo
começa a ruir sob nossos pés. Censuras e acusações só
ajudam a complicar a situação. Arrependimento. – Devia
ter me prevenido! – Agora é real, paciência.
Aquela transa rápida, naquele lugar escondido, no
sofá da sala, um tesão incontrolável, o prazer de gozar...
na hora “H”, gozar fora, não deu... – Tudo bem, não vai
acontecer nada! Fica tranqüila!
Dificilmente, na adolescência, a gravidez é
concebida de forma consciente; o casal nem pensa que é
possível acontecer com ele e não se preocupa com coisa
alguma, nem doenças, nem gravidez. Isso não quer dizer
que os adolescentes sejam ingênuos, tolos ou sacanas; na
adolescência os riscos parecem menores e improváveis.
Essa inconseqüência vem da desinformação, da falta de
diálogo sobre sexo, seja em casa, na escola ou na
sociedade e, principalmente, da falta de diálogo com
o(a) parceiro(a).
A decisão de ter ou não ter um filho
não é uma escolha fácil para os adolescentes.
O menino e a menina encaram a gravidez de formas
diferentes; para alguns meninos, podem ocorrer dúvidas
com relação a ser ou não o pai da criança e eles tomam
atitudes que, na maioria das vezes, refletem o desejo de
negar a sua participação e responsabilidade na gravidez,
assim reforçando preconceitos machistas. Geralmente, a
possibilidade da gravidez não aparece na hora do tesão e
ambos não se previnem. Por isso sempre é importante
conversar aberta e francamente, assumindo e dividindo
as responsabilidades.
A descoberta do prazer do sexo é natural e sadia,
mas é necessário entender a importância da prevenção. O
prazer do sexo é muito maior quando se faz sexo com
segurança. O ideal é sempre se prevenir.
Lembre-se: É possível engravidar na primeira
relação sexual.
A gestação se inicia com a fecundação ou
concepção: o encontro entre o espermatozóide e o óvulo,
dando origem ao ovo, início de um novo ser. No período
fértil da mulher, ocorre o amadurecimento do óvulo que é
eliminado pelo ovário (ovulação) e captado pela trompa.
Neste período, se a mulher tiver uma relação sexual sem
proteção, pode engravidar.
5
A ausência da menstruação é um
dos principais sinais da gravidez.
É importante saber que cada
mulher tem um ciclo menstrual
diferente. Para conhecer o seu ciclo menstrual anote o
dia que a menstruação começa, quantos dias ela dura e
quanto tempo demora para vir a próxima menstruação. Assim
você vai saber quantos dias tem o seu ciclo menstrual.
Após confirmada a gravidez, é importante fazer
direitinho o pré-natal, e iniciá-lo o mais rápido possível.
Procure um posto de saúde e fale com o médico obstetra,
que é quem presta esse serviço e também acompanha o
parto e o pós-parto. No pré-natal são dadas as orientações
e são esclarecidas as dúvidas (como está o bebê, como
cuidar dele e da futura mamãe, e outras), são verificadas
e atualizadas as vacinações da gestante, são feitos exames
para prevenção e acompanhamento da saúde da gestante e
do bebê. Esse serviço é realizado por uma equipe de saúde
e anotado na Caderneta da Gestante. É importante o pai
estar presente nesse processo, participando e aprendendo.
D
- CORPO ERÓTICO
O corpo humano, na adolescência,
passa por algumas modificações: nas
mulheres crescem os pêlos pubianos, as
mamas, em seguida começam a menstruar;
nos homens também crescem os pêlos
pubianos, e além de ganhar barba, massa
muscular, o pênis fica maior, a voz se
modifica, etc. Além disso, para ambos os
sexos, aparecem as indesejáveis espinhas
na face. Todo esse processo é
supervisionado por horas e horas a fio,
diante de um espelho.
Porém, a maior e mais gostosa
transformação é a descoberta do corpo
erótico, a descoberta do prazer de se
apalpar, das deliciosas e silenciosas
sensações que vibram no corpo inteiro
quando o adolescente se masturba.
a) A MASTURBAÇÃO
A masturbação está diretamente
relacionada ao prazer e à descoberta e
conhecimento do corpo e da sexualidade;
não é apenas um ato solitário que envolve
fantasias e desejos, é um momento de
intimidade que também pode ser praticado
a dois, pois proporciona sensações
gostosas, alívio das tensões, além de
propiciar maior conhecimento das zonas
erógenas do corpo.
A masturbação é um processo
natural e não prejudica a saúde do homem
ou da mulher. Uma das partes mais sensíveis do corpo da mulher é o clitóris (“campainha” ou “grelo”), acariciálo traz excitação e prazer, provoca a lubrificação e contrações rítmicas na entrada da vagina, levando ao
orgasmo. Para os homens a excitação provoca a ereção do pênis (o pau fica duro), e com a estimulação rítmica
da glande (cabeça do pau) e do corpo do pênis, chega-se ao orgasmo e à ejaculação (gozo).
A masturbação não é de forma nenhuma um desvio de comportamento, porém a prática freqüente pode
estar relacionada a tensões, ansiedades ou tristezas decorrentes de algum problema ou dificuldade emocional,
que talvez possam ser enfrentados e resolvidos de outra forma, deixando a masturbação apenas para o prazer.
6
b) O ORGASMO
O orgasmo é a sensação emocional de prazer, está relacionado com a entrega e a expressão dos sentimentos
através do corpo. É intenso tanto para os homens como para mulheres, porém as formas de manifestação são diferentes.
Para o homem, existe uma confusão na definição do que é orgasmo e do que é ejaculação. O orgasmo é a
sensação do prazer que o homem tem com a ejaculação ou gozo (expulsão do sêmen, ou esperma, pelo pênis). A
ejaculação é genital e a sensação do orgasmo é cerebral. A quantidade do sêmen e a intensidade da ejaculação e
sensação de orgasmo podem variar de acordo com os sentimentos durante o encontro sexual.
O orgasmo feminino, além da estimulação rítmica do clitóris, também ocorre pela penetração vaginal.
Durante a penetração, o clitóris pode ser estimulado indiretamente através do movimento de “vai-vem” do
pênis, proporcionando muito prazer e levando ao orgasmo. Na masturbação e na penetração, a estimulação rítmica
ocasiona a secreção de um líquido lubrificante pelas paredes vaginais e pelas glândulas adjacentes à vagina; às vezes
essa secreção espirra para fora, dando a falsa impressão de que a mulher está ejaculando.
O orgasmo é uma experiência única, de intimidade e entrega, diferente para cada um. O tempo para se chegar
ao orgasmo varia de pessoa para pessoa; lembre-se de que a relação sexual deve ser prazerosa e requer tempo e
dedicação dos parceiros, especialmente durante as carícias preliminares. Não tenha pressa, reconheça e respeite o
ritmo de seu(sua) parceiro(a).
c) O SEXO ORAL
Sexo oral é o contato entre a boca e os genitais
(vulva, pênis) e o ânus da outra pessoa. É uma das formas
de ter prazer sexual e não existe nada de errado em
fazê-lo, desde que você goste e esteja com vontade.
Sexo oral não faz mal para a saúde, mas é
importante que seja seguro para se proteger de DST e
da AIDS. Para tranqüilidade e segurança, use sempre
a camisinha. Na dúvida procure um médico.
d) O SEXO ANAL
Sexo anal é o ato sexual com penetração
pelo ânus. O ânus pode ser, para ambos os sexos,
uma importante área de prazer. Carícias, toques
e penetração anal podem provocar excitação e
prazer. E isso não significa, no caso dos garotos,
que estes sejam homossexuais. A relação anal,
desde que prazerosa para ambos e aceita em
comum acordo, não traz em si qualquer
manifestação de anormalidade.
Para que a relação seja gostosa e segura,
deve-se usar preservativo sempre, e um
lubrificante à base de água. Se rolar sexo
vaginal depois do anal, troque sempre o
preservativo, para não levar os germes do ânus
para a vagina, e assim evitar doenças.
Sexo anal não engravida. O aparelho
genital feminino não tem comunicação com o ânus.
7
e) HOMOSSEXUALIDADE
A expressão da sexualidade, com seus diversos desejos, preferências, opiniões e outros
aspectos da vida, é algo que varia de pessoa para pessoa, e se dá segundo a orientação sexual
de cada um. A homossexualidade masculina ou feminina não é um comportamento anormal ou
uma doença, é simplesmente a orientação sexual do desejo a uma pessoa do mesmo sexo. O gosto
pessoal de cada um transcende regras e comportamentos, é individual, é próprio, é humano.
A sociedade definiu como “normal” e “natural” a heterossexualidade (a relação sexual
entre homem e mulher). A nossa educação é direcionada nesse sentido e, dessa forma, as
pessoas que diferem desse padrão de conduta se sentem excluídas e marginalizadas. Entretanto,
esta forma de amor e relação sempre existiu, sendo valorizada, proibida ou simplesmente
tolerada, dependendo da cultura e dos valores de cada época e sociedade.
Preconceitos e intolerância criam rejeições e são os principais motivos para que as
pessoas não aceitem as diferentes maneiras de ser. Assim como o sentimento de rejeição e o
medo, criam grandes dificuldades para que as pessoas assumam suas preferências. Como diria
o poeta: “qualquer maneira de amor vale a pena”, sem violência e com respeito à vontade e ao
desejo de cada um.
8
E
- CORPO REPRODUTIVO
Puberdade corresponde ao período inicial da adolescência, no qual acontecem mudanças biológicas no
corpo dos meninos e das meninas, tornando-os capazes de procriar. Essas mudanças não acontecem ao mesmo tempo
para todos, nem são iguais para meninos e meninas. Podem acontecer depressa demais, ou mesmo custar para acontecer.
Isso é normal.
a) A PUBERDADE FEMININA
Antes da primeira menstruação ocorrem mudanças importantes no corpo da menina:
Entre 8 e 11 anos, aparece o botão mamário, ou telarca. Geralmente no mesmo ano em que os peitinhos
começam a despontar, surgem os pêlos pubianos, ou pubarca.
Entre 11 e 13 anos, os pêlos pubianos ficam mais grossos e encaracolados e as mamas ganham volume e
forma mais definida.
Entre 13 e 15 anos (ou por volta de 2 anos após a telarca) é que ocorre a primeira menstruação, ou
menarca. Cerca de seis a doze meses antes da primeira menstruação a menina já terá passado por uma fase em
que ela cresce mais rapidamente. Depois da menarca, seu crescimento desacelera e cessa rapidamente.
Entre 15 e 17 anos, as principais mudanças físicas já estão completas. As mamas e os pêlos pubianos
têm o aspecto dos de uma mulher adulta.
b) A PUBERDADE MASCULINA
Na puberdade, os testículos do homem passam a produzir os espermatozóides, e é a testosterona, hormônio
masculino, que inicia esse processo.
Os hormônios são substâncias produzidas pelo nosso corpo. Na adolescência aumenta a quantidade de
testosterona que, além da produção de espermatozóides, faz com que diversas mudanças aconteçam: aparecem
pêlos em volta do sexo, debaixo do braço e no rosto (barba e bigode), o suor aumenta e o cheiro fica mais forte, a
voz desafina e engrossa, o saco escrotal aumenta, o pênis cresce e fica mais grosso.
Essas mudanças variam de menino para
menino, mas em geral dos 11 aos 15 anos o corpo
vai ganhando funções de um corpo adulto. A
principal mudança é a chegada da ejaculação.
Quando acontece a ereção (o pinto duro) e o
pênis continua sendo excitado, os músculos
internos se contraem, jorrando para fora o
esperma produzido. Cada menino tem um momento
diferente para começar a ejacular. Os meninos
já são férteis quando começam a produzir
espermatozóides, ou seja, já podem engravidar
alguém.
Os meninos têm a cabeça do pênis
recoberta por uma pele, o prepúcio. É uma pele
muito sensível, que se torna mais elástica com o
manuseio constante. Se ao puxar ou mexer nela,
ocorrer dor ou irritação, pode ser fimose, um
problema simples de resolver. Procure um médico
para orientação. Assim como as mulheres fazem
o auto-exame das mamas, os meninos devem
apalpar seus órgãos genitais, observando e
comparando o tamanho de seus testículos. Diante
de qualquer dúvida ou anormalidade, procurar
o serviço de saúde.
9
c) FERTILIDADE
Todas as meninas nascem com óvulos. Na puberdade, todo mês, um dos ovários se prepara para soltar um óvulo,
que vai ser sugado pelas trompas: é o que chamamos de ovulação.
Um só espermatozóide é necessário para a fertilização do óvulo. Uma vez fertilizado, o óvulo passa a ser chamado
de célula-ovo ou zigoto, pois compreende o material genético do espermatozóide em seu interior. Entre duas até oito
semanas, será chamado de embrião, para depois ser denominado feto.
Os meninos são férteis todos os dias, as meninas apenas em um período do mês. A ovulação acontece mais ou menos
na metade do ciclo menstrual. Nesses dias, o útero se prepara para uma possível gravidez: é o período fértil.
30 horas: o ovo se
divide em duas
células
0 hora:
fecundação
3 dias: forma-se um
cacho com
8 células
4 dias:
O embrião está
com 64 células
Trompa
de Falópio
Óvulos amadurecendo
5/6 dias:
0 embrião se
implanta no útero
Ovulação
Ovário
Útero
d) CÓLICAS E TPM
As cólicas são provocadas por contrações da musculatura do útero durante a menstruação, para que o sangue
possa ser expelido. Compressas com bolsa de água quente e um pouco de atividade física podem ajudar a relaxar a
musculatura. Nem todas as mulheres sentem cólicas durante a menstruação, ou mesmo cólicas pré-menstruais.
A TPM - tensão pré-menstrual - pode causar mudanças físicas e psíquicas na mulher dias antes de menstruar.
Acredita-se estar relacionada às mudanças dos níveis de hormônios desse período. É preciso procurar um ginecologista
para orientações e medicações adequadas, tanto para cólicas como para TPM.
endométrio descamado
e) O CICLO MENSTRUAL
A menstruação é a eliminação do revestimento interno do
útero (o endométrio), que se descola quando não houver
fecundação. Os hormônios são os mensageiros do organismo e
fazem com que os ovários liberem o óvulo e prepare o útero para
receber o embrião. Se não houver gravidez, a produção de
hormônio cai e o útero elimina, na forma de sangue, toda a camada
interna que produziu.
A menstruação dura, em média, de 3 a 7 dias. O odor
forte se deve ao contato do sangue com o ar e à ação de bactérias,
por isso é importante manter a higiene e sempre trocar o
absorvente. É pouco provável engravidar nesta fase (o óvulo já
foi eliminado e o organismo ainda está se preparando para o novo
ciclo), embora este risco exista.
eliminação
da secreção
menstrual
10
f) MÉTODOS CONTRACEPTIVOS
Você deve escolher e usar algum método contraceptivo para evitar a gravidez:
Diafragma – É um anel flexível, côncavo, coberto de
borracha, que é colocado pela mulher no interior da vagina,
tampando o colo do útero. Seu uso é associado a geléia ou creme
espermicida. Deve ser colocado 30 minutos antes da relação
sexual e retirado após 6-8 horas da última relação. É muito
eficiente quando bem colocado, porém, atenção: ele não evita
doenças sexualmente transmissíveis (DST) e nem AIDS. Os
serviços de saúde podem orientar a colocação correta do
diafragma.
diafragma
DIU
DIU – Dispositivo Intra-Uterino – É colocado por um médico no interior
do útero. O mais usado tem a forma de um “T”, é pequeno e feito com cobre ou
plástico. É um método eficiente mas, como os outros, tem seus riscos. O DIU é
mais aconselhável para as mulheres que já tiveram o primeiro filho. Esse método
também não evita a contaminação pelo HIV e nem as doenças sexualmente
transmissíveis.
Pílula – É um método bastante seguro se a pílula for
tomada corretamente. O primeiro comprimido deve ser tomado
no 1º dia do ciclo menstrual e, daí para frente, um comprimido
por dia até a cartela acabar. Espera-se 7 dias e começa-se a
tomar a nova cartela. Neste intervalo dos 7 dias deverá ocorrer
a menstruação. Outras pílulas têm maneiras diferentes de se
tomar.
Por ser um método contraceptivo à base de hormônios, é
preciso que o médico indique a dosagem mais adequada a cada
pessoa. Também existem restrições médicas para quem fuma ou
tem tendência a alguns problemas cardio-vasculares. Esse
método não previne DST e AIDS, por isso deve ser utilizado em
conjunto com a camisinha.
pílula anticoncepcional
Contraceptivos Injetáveis - Além da pílula, também existem injeções à base de
hormônios, que podem ser prescritos pelo médico. Elas, porém, também não evitam a
transmissão de DST e AIDS.
11
Camisinha – É um excelente método contraceptivo para os adolescentes:
evita a gravidez indesejada, a AIDS e outras DST. É encontrada em qualquer lugar,
é fácil de colocar e só estoura se não for colocada direito. Apesar de fininha, ela é
super resistente e flexível.
camisinha
masculina
camisinha
feminina
Coito interrompido – Esse método não é seguro nem para evitar a
gravidez, nem para evitar a contaminação pela AIDS. Os homens expelem um
líquido transparente - chamado de “ emissão” - antes da ejaculação e que pode
conter espermatozóides e o vírus da AIDS em quantidade suficiente para
haver uma gravidez e/ou uma contaminação. Além disso, o homem, devido à
excitação, pode expelir um pouco de esperma antes de gozar, sem perceber.
Portanto, o coito interrompido não deve ser considerado um método
contraceptivo.
Contraceptivo de emergência – É um método que pode ser utilizado
pelas mulheres que desejam evitar a gravidez numa situação de emergência:
quando a camisinha estourou ou vazou, se foi forçada a fazer sexo ou se o
método que utiliza falhou. Nem sempre a fecundação ocorre exatamente na
hora da relação sexual. Pode demorar um pouco. Esse método, para ser eficaz,
deve ser utilizado até, no máximo, 3 dias depois da relação sexual, mas quanto
antes, melhor.
Esse método não deve ser utilizado regularmente, substituindo outros
métodos, mas somente em situações de emergência. Além disso, não evita a
AIDS e as DST. Procure profissionais da saúde para receber maiores
informações e orientações.
12
Tabelinha – Sua utilização não é muito segura para os dois ou três anos após a primeira
menstruação, pois o ciclo menstrual ainda não é regular nesse período. Para ser utilizada
corretamente, deve-se marcar no calendário os dias em que a menstruação ocorre em cada mês. A
marcação deve ser feita durante seis meses seguidos, para que se conheça a duração dos ciclos
menstruais.
Um ciclo completo vai do 1º dia da menstruação até o dia anterior à próxima. Os ciclos, em
geral, duram de 24 a 40 dias, dependendo de cada mulher.
O cálculo: veja nas anotações o ciclo mais curto (dos seis meses anotados) e subtraia 18; o
número encontrado será o 1º dia do período fértil. Para achar o último dia fértil, pegue o ciclo mais
longo e subtraia 11.
Exemplo: se uma mulher tem ciclos mentruais com duração de 26 a 30 dias, devemos subtrair
18 de 26 e 11 de 30. Os números obtidos, 8 e 19 indicam o início e o fim do período fértil. Nesse
período (do 8º ao 19º dia do ciclo), existe maior possibilidade da gravidez, embora nos outros dias
do mês a mulher também possa engravidar, inclusive durante a menstruação. É claro que a tabelinha
também não evita as DST/AIDS.
Como preencher a tabela, neste exemplo:
g) O ABORTO
Principalmente na adolescência os casais pensam em maneiras diferentes de
lidar com a possibilidade de serem pais. Algumas vezes, pensam em aborto.
Aborto é a interrupção da gravidez, e pode ocorrer de forma espontânea ou
provocada. O aborto, seja usando medicamentos “abortivos”, seja através de uma
cirurgia, traz alguns riscos e é preciso muito cuidado. Pode solucionar um problema,
mas também pode ocasionar outros. O ideal é sempre evitar a gravidez. Se acontecer
com você ou uma amiga, não ponha objetos, nem permita que alguém faça isso na sua
vagina. O mais certo antes de tomar uma decisão é procurar um médico. Procure
alguém mais velho de sua confiança para conversar, isso também ajuda muito.
Este é um tema polêmico que envolve questões ligadas à ética, religião, direitos,
valores. No Brasil o aborto só é legalmente permitido em casos que envolvam violência
sexual ou risco de morte para a grávida. Abortar ou não merece muita reflexão antes
de uma decisão.
13
F
- DIÁLOGO ENTRE PAIS E FILHOS
Família, uma instituição falida ou um grupo de pessoas agregadas pela necessidade de sobrevivência?
Vivemos numa sociedade em que os valores importantes para a formação e crescimento do ser humano estão a
cada dia sendo esquecidos. A roda viva da sobrevivência impõe o silêncio, e pais não conversam com filhos, filhos não dão
a menor atenção aos pais, e assim vai se levando. Os amigos, muitas vezes, são as referências, o meio em que o jovem vive
dita o comportamento, opiniões e atitudes, e
dessa forma a família se distancia, se afasta
cada vez mais.
Que falta faz sentar na
calçada, sentar no sofá com a televisão
desligada, o almoço e o jantar na mesa,
que falta faz a conversa, o simples ato
de atenção e afeto. Independente da
realidade, da dureza do dia a dia, da
angústia, da insegurança, do
desemprego, a família existe e deve ser
resgatada. Atenção é uma atitude
recíproca, uma troca que deve
acontecer sempre, desde o início da
vida. Este compartilhamento deve ser
natural e desarmado.
Os filhos não devem ter o medo
como obstáculo para uma aproximação
com os pais e os pais devem se atualizar.
Hoje se discutem coisas que não eram
discutidas na família em tempos atrás: sexo,
AIDS, violência, entre outros assuntos, fazem parte do cotidiano e da realidade atual.
Independente das orientações religiosas e filosóficas, os adolescentes são adolescentes e estão abertos para
descobertas e desafios do crescimento. São cidadãos em transformação, que já são maduros para algumas coisas, mas
ainda buscam seus caminhos.
O crescimento físico acontece sem pedir licença ao aparato emocional, e não deve ser solitário. O silêncio na
família não constrói atitudes maduras no adolescente.
G
- ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE
A atenção integral à saúde do(a) adolescente pressupõe a compreensão do(a) adolescente como cidadão, com
direitos e com um papel importante na sociedade, principalmente num mundo em que valores insustentáveis como o consumismo,
a violência, o desrespeito, o preconceito e a irresponsabilidade são amplamente estimulados.
Lidar com as questões que afligem a saúde do(a) adolescente significa incorporar na assistência a discussão
sobre o estilo de vida, considerando seus determinantes culturais, sociais e econômicos.
A partir desta ampla reflexão, que deve ser cotidiana no espaço de trabalho individual e coletivo de atenção,
entendemos a importância da: atenção ao crescimento e desenvolvimento; abordagem às violências; estímulo às práticas
saudáveis (esporte, lazer, etc); atenção às situações de adoecimento agudas e crônicas; atenção às questões da sexualidade;
prevenção do uso de drogas; suporte familiar tendo como desafio principal estimular a aquisição de autonomia e emancipação
pelos jovens nos cuidados com a própria vida.
Assim, o adolescente tem direito a uma atenção à saúde que responda a essas questões, respeitando sua
individualidade. Se você, adolescente, precisa do serviço de saúde (para consultas, exames, vacinas ou mesmo para
orientação), saiba que você tem direito à privacidade. Isso significa que o que você disser numa consulta, não será dito
a ninguém. Se o(a) profissional que presta atendimento achar que você deve se abrir com seus pais ou outros adultos,
ele(a) dirá isso a você e dará apoio para que essa conversa aconteça.
14
A
O QUE É AIDS
2 – AIDS
O termo AIDS é uma sigla em inglês (Acquired
ImmunoDeficiency Syndrome) que significa Síndrome de
Imunodeficiência Adquirida (ou SIDA). No Brasil o
Ministério da Saúde decidiu-se por AIDS, para não
confundir sonoramente o nome da doença com o nome
próprio Cida, derivado de Aparecida.
AIDS, como seu próprio nome indica, é uma
síndrome, ou seja, um conjunto de sintomas e sinais que
juntos mostram que o sistema imunológico da pessoa está
deficiente.
É causado pelo HIV, Vírus da Imunodeficiência
Humana. Este vírus destrói os mecanismos de defesa do
nosso organismo, provocando a perda de nossa imunidade
natural, ou seja, da nossa própria resistência e proteção
contra as doenças. Por este motivo, as pessoas com AIDS
podem apresentar as doenças oportunistas, que surgem
em decorrência das falhas do sistema imunológico.
Vírus é a menor partícula viva que existe. São seres
vivos minúsculos só visíveis por intermédio de um
microscópio de grande potência. O vírus, para viver e se
multiplicar, precisa entrar no interior das células vivas, e
dessa forma assumir o comando, modificando o
funcionamento da célula e fazendo com que ela trabalhe,
produzindo outros vírus iguais a ele.
Existem muitas pessoas que são soropositivas
(portadoras do vírus) há mais de 10 anos e que não
manifestaram a doença. Elas, embora saudáveis, podem
transmitir o vírus. Os cientistas ainda não podem afirmar
se todos que têm o HIV vão um dia ter AIDS.
B
A HISTÓRIA DA AIDS
A AIDS foi detectada pela primeira vez em 1981
nos Estados Unidos, nas cidades de Nova York e Los
Angeles. Pessoas jovens estavam sendo atacadas por um
tipo de pneumonia e câncer não muito comuns nesta
população. Somente em 1983 é que se descobriu que ela
era causada por um vírus, que recebeu o nome de HIV
(vírus da imunodeficiência humana).
Há diversas hipóteses sobre a origem do vírus HIV.
A mais aceita atualmente é que ele tenha se originado de
um outro vírus muito semelhante que atinge uma espécie
de macacos africanos. Através do contato do homem com
estes animais (lutas, alimentação - já que o consumo de
carne de macaco é comum na região), teria havido uma
mutação no vírus original e se formado o vírus HIV.
15
vírus da AIDS
C
A TRANSMISSÃO DO
VÍRUS
O vírus HIV está presente em muitos fluidos do
organismo: sangue, sêmen (esperma), secreção vaginal,
saliva, lágrimas, leite materno. Porém, em apenas 4 deles
existe uma concentração suficiente do vírus HIV para que
ele possa ser transmitido de uma pessoa para outra. Ou
seja, entre todas as secreções do corpo humano, quatro
são os meios de transmissão: sangue, sêmen, secreção
vaginal e leite materno. A “emissão” (secreção transparente
que o homem solta pelo pênis antes de gozar) também pode
transmitir um número suficiente de vírus para a
contaminação.
O HIV já foi encontrado no suor, na lágrima, na
saliva e na urina, mas não existe nenhum caso de alguém
que se contaminou dessa forma. O que contamina a gente
não é um vírus, mas uma carga virótica, uma quantidade
grande de vírus. Nesses líquidos, o HIV está em quantidade
extremamente baixa, e portanto não é capaz de passar de
uma pessoa para outra.
O HIV não tem a capacidade de penetrar na pele
íntegra. Para conseguir entrar no organismo os vírus
penetram no corpo por alguns caminhos (portas de entrada),
o que chamamos de vias de transmissão do vírus HIV:
a) TRANSMISSÃO SANGUÍNEA
1- Transmissão através de seringas ou agulhas contaminadas: é comum entre usuários de drogas
injetáveis que compartilham seringas.
2- Transmissão pelo sangue e seus derivados: mais comum no início da epidemia, quando, pelo
desconhecimento da doença e despreparo de alguns laboratórios, pessoas recebiam sangue
contaminado pelo HIV em transfusões. Atualmente há um controle rígido sobre os procedimentos
adotados nos bancos de sangue, e o risco de ocorrer este tipo de transmissão caiu muito, embora
não seja zero devido ao período de janela imunológica, em que o teste será negativo em um sangue
que contém o vírus (ver na pág. 19).
3- Transmissão em procedimentos médicos e similares: deve-se exigir uso de material descartável
em qualquer procedimento que envolva contato direto com sangue: injeções, retirada de sangue
para exames, atendimentos odontológicos, acupuntura, tatuagens, etc. Alguns materiais permitem
esterilização, que deve obedecer a regras bem definidas.
4- Transmissão pelo contato da pele ferida ou mucosa com sangue contaminado: o vírus pode
penetrar pela pele, desde que no local do contato haja algum ferimento (mesmo que pequeno), ou
pelo contato com as mucosas. Portanto, no socorro a pessoas feridas que apresentem sangramento
(acidentes de trânsito, brigas, traumatismos, etc.), a pessoa que presta socorro deve sempre proteger
o próprio corpo do contato direto com o sangue, utilizando luvas e outros equipamentos que sejam
necessários, dependendo da situação.
5- Acidentes de trabalho com profissionais da saúde: podem ocorrer principalmente com
médicos, odontologistas, profissionais de enfermagem e todos que manuseiam instrumentos
utilizados em procedimentos que envolvem contato direto com sangue.
6- Transmissão através de objetos de uso pessoal: lâminas de barbear, alicates de unhas, tesouras,
etc. Apesar de um risco muito pequeno, objetos que podem entrar em contato com sangue podem ser
veículos de transmissão do vírus HIV.
Medidas preventivas na transmissão pelo sangue
A transmissão do vírus HIV através do uso compartilhado de seringas é uma das causas mais importantes para
a transmissão do vírus pela via sanguínea. Para quem usa drogas injetáveis, é muito importante:
nunca compartilhar seringas e usar uma seringa descartável de cada vez.
IMPORTANTE
Se você ou alguém que você conhece usa droga injetável, ou toma “baque”, ou “pico na veia”, procure alguém
do Programa de DST/AIDS da Secretaria de Saúde. Um profissional irá orientá-lo sobre como conseguir o “kit de
Redução de Danos”, com agulhas e seringas descartáveis. Para isso você não é obrigado a fazer nada que não
queira: nem exames, nem tratamentos. A escolha será sempre sua. Afinal, na sua saúde quem manda é você.
Além disso, existem outras medidas importantes para prevenir a transmissão do vírus HIV em situações
envolvendo sangue:
- Exigir uso de equipamentos descartáveis em cabeleireiros, acupunturistas, tatuadores, serviços médicos ou
odontológicos, laboratórios e farmácias;
- Exigir o controle de qualidade do sangue disponível nos bancos de sangue.
Importante: O material usado para extrair sangue nos bancos de sangue é descartável. Não existe nenhum risco
para transmissão do HIV na doação de sangue.
16
b) TRANSMISSÃO SEXUAL
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a principal via de transmissão do HIV é a sexual. Não
existe nenhuma prática sexual que não ofereça risco de infecção.
Nas relações sexuais com penetração anal e/ou vaginal podem acontecer microlesões , com
microsangramentos que abrem uma porta de entrada do HIV na corrente sanguínea. O atrito, mesmo com
lubrificação feminina e masculina, pode causar pequenas escoriações na vagina, no ânus ou no pênis. Mesmo que
microscópicos, esses ferimentos abrem o caminho para o vírus.
Sobre o risco nas relações sexuais, podemos dizer:
1. Sexo anal: existe maior
risco de transmissão porque a
mucosa do ânus é muito frágil,
e se fere com mais facilidade.
2. Sexo vaginal: existe risco
de transmissão um pouco
menor do que no sexo anal
porque a mucosa da vagina é
mais resistente que a mucosa
anal.
3. Sexo oral: existe menor
possibilidade de transmissão
do que nas relações sexuais
com penetração. Deve-se
sempre, porém, evitar o
contato direto com o sêmen.
Não importa o
número de relações sexuais que
se mantenha: uma só relação
sexual que se realiza sem
precauções pode ser suficiente para
provocar a transmissão do vírus HIV.
Medidas preventivas na transmissão sexual
Pode-se manter qualquer prática sexual sem o risco da contaminação pelo vírus HIV. A proteção
adequada é o preservativo.
Usar o preservativo de forma adequada é mais do que seguir corretamente suas instruções de uso.
O preservativo é muitas vezes rejeitado e parece inútil querer torná-lo “simpático”. Para evitar que o
preservativo se torne uma interrupção desagradável nas relações sexuais, o melhor é falar dele a partir de
uma conversa franca entre o casal, onde os dois possam levantar seus medos, dividindo responsabilidades e
dúvidas. Poder falar sobre isso é uma forma de reforçar a intimidade do casal e, neste caso, também é uma
possibilidade de maior prazer.
IMPORTANTE
O beijo na boca não transmite o vírus HIV porque a concentração do vírus na saliva
não é suficiente para infectar.
17
c) TRANSMISSÃO VERTICAL
Com o número crescente de mulheres infectadas com o vírus da AIDS, também cresce o número
de crianças nascendo com o HIV. A mãe pode passar o vírus para o bebê durante a gestação, na hora do
parto ou na amamentação. Esta forma de transmissão é atualmente denominada de transmissão vertical.
1 -
TRANSMISSÃO DURANTE A GESTAÇÃO E PARTO
Uma forma possível de transmissão da mãe para o filho acontece na troca de sangue durante a
gravidez ou no parto. A gravidez de mulheres soropositivas implica em alta probabilidade de que seu
filho seja infectado, o que estabelece um problema de responsabilidade pessoal. Este fato reforça a
importância da realização do acompanhamento pré-natal para toda gestante (que inclui obrigatoriamente
a realização de no mínimo dois testes anti-HIV durante a gestação), disponível em Unidades Básicas de
Saúde. Atualmente são utilizadas drogas anti-retrovirais (coquetel) durante a gestação de mulheres
comprovadamente soropositivas e também durante o trabalho de parto. Estas medidas reduzem
consideravelmente o risco de transmissão ao feto.
Sem qualquer intervenção, a probabilidade de uma mãe passar o vírus para o bebê é ao redor de
25% . Mas, caso a mãe tome o coquetel a partir da 14ª semana de gestação e durante o parto, e se o
recém nascido também tomá-lo, esta taxa pode cair para 3 a 5%.
É bom saber que no Brasil o Ministério da Saúde distribui gratuitamente nos serviços de saúde
o coquetel contra o vírus HIV.
2 -
TRANSMISSÃO PELA AMAMENTAÇÃO
A amamentação por mães
soropositivas é contraindicada pelo
Ministério da Saúde, já que alguns
trabalhos demonstram ser o leite
materno uma via possível de
transmissão do vírus HIV.
É importante, porém,
que se ofereça condições à mãe
soropositiva para que possa
alimentar adequadamente seu
filho, sem o que corre-se o risco
de impor uma norma sem
oferecer uma alternativa viável
para a nutrição do lactente. Para
isso, o Ministério da Saúde
disponibiliza
verbas
específicas para os
municípios adquirirem
leite industrializado
especial para crianças
expostas ao vírus HIV
(toda criança nascida de
mãe portadora do HIV)
até os 06 meses de idade.
18
D
Possibilidades de resultados do teste anti-HIV:
- TESTE ANTI-HIV
É importante que você saiba que este teste não vai
dizer se você está com AIDS ou não, ele vai dizer se você
tem o vírus ou não. Isso é bem diferente, pois quando o
HIV entra no corpo ele fica durante muito tempo
“incubado”, ou seja, fica “dormindo” dentro das células
de defesa do nosso organismo. Atualmente, os cientistas
dizem que o vírus pode ficar em média de 8 a 10 anos
“incubado”, sem se manifestar. E também não há certeza
se todos que são soropositivos para o HIV vão desenvolver
a doença. Portanto, muitas pessoas saudáveis podem ter o
vírus e transmití-lo sem saber, e por isso é importante se
fazer o teste.
Os testes da AIDS vão detectar os anticorpos que
estão no seu sangue e não o vírus HIV. Esses anticorpos
são proteínas que o sistema imunológico fabrica contra o
vírus HIV. Eles são específicos, e só podem ser produzidos
após a entrada do vírus no organismo. Assim, se você tiver
anticorpos contra o HIV (teste positivo ou reagente), isto
indica que você teve contato com o vírus.
Qualquer pessoa que passou por uma situação de
risco deve fazer o teste da AIDS.
É possível uma pessoa ter um resultado negativo e
mesmo assim estar infectada pelo vírus HIV. O organismo
leva em média de 2 a 6 meses para produzir os anticorpos
contra o vírus HIV numa quantidade que seja detectada
pelo teste laboratorial. Este período se chama janela
imunológica (ver em seguida). Por este motivo, é necessário
que um resultado de teste anti-HIV seja sempre discutido
com o médico que o solicitou, para que se avalie a
necessidade de repetir ou não o teste.
19
1) Reagente (ou positivo): significa que a
pessoa foi infectada pelo vírus HIV em algum momento
de sua vida . Pelo teste, não é possível determinar
quando isto aconteceu.
2) Não reagente (ou negativo): significa que
a pessoa não foi infectada pelo vírus HIV até o
momento da coleta do sangue (exceto em situação de
janela imunológica - ver em seguida)
3) Indeterminado: resultado inconclusivo. O
teste deve ser repetido.
E
- JANELA
IMUNOLÓGICA
Janela Imunológica é o período que vai do dia da
entrada do vírus HIV no organismo até o momento em que
o sistema imunológico já produziu anticorpos em quantidade
suficiente para que o teste anti-HIV consiga detectá-los.
Neste período, que demora em média 3 meses, a pessoa
tem o vírus HIV em seu organismo e pode transmití-lo a
outras pessoas, e no entanto o resultado do teste é negativo
(ou não reagente).
Exemplo: uma pessoa que, no dia 01 de janeiro de
2004, viveu uma situação de risco para a contaminação
pelo HIV (isto é, transou sem preservativo) e se contaminou.
O teste anti-HIV só dará um resultado razoavelmente
seguro a partir de 01 de abril, ou seja, 3 meses depois.
Antes disso, o teste pode vir negativo. Na verdade, só é
aconselhável realizar o teste depois de vencido o período
da janela imunológica (6 meses), para evitar falsas
crenças. E é claro que, sem a prevenção, a pessoa estará
eternamente em janela imunológica, que vai sendo renovada
a cada transa desprotegida.
NÃO SE ESQUEÇA - IMPORTANTE: Durante a janela imunológica, mesmo com um
resultado negativo no teste anti-HIV, a pessoa contaminada transmite o vírus.
COMO FAZER O TESTE ANTI-HIV NO MUNICÍPIO DE EMBU DAS ARTES
Qualquer pessoa pode fazer um teste anti-HIV em nosso município. Para isso, basta procurar
qualquer Unidade Básica de Saúde, dizendo ao funcionário da recepção que deseja realizar o exame.
A pessoa será encaminhada para uma conversa de esclarecimento sobre o teste, que será realizada
por um profissional capacitado (médico, enfermeiro ou psicólogo). Após a conversa, onde todas as
dúvidas em relação ao teste (possibilidades de resultado, tempo de espera do mesmo, encaminhamentos
possíveis e outras) deverão ter sido esclarecidas, o teste será solicitado e colhido em data e horário
orientados pelo profissional que prestou o atendimento. É importante saber que, durante o período
de espera do resultado, quaisquer dúvidas ou sentimentos de angústia ou ansiedade devem ser
esclarecidos na própria unidade de saúde. O resultado do teste será entregue apenas ao paciente,
sempre por um profissional capacitado, preferencialmente o mesmo que solicitou o exame. Vale lembrar
que tanto a coleta do exame quanto o resultado são sigilosos.
Em caso de resultado positivo:
Nosso município conta com um serviço especializado para atendimento a portadores do HIV/AIDS,
localizado na UBS EMBU, na Avenida Elias Yazbek 2500 - telefones 4704.3450 / 4704.5029 /
4704.7781 ou 4704.2150. Em caso de resultado positivo, o paciente será encaminhado para esta
unidade, já com consulta agendada com o infectologista para início do acompanhamento ambulatorial.
Em caso de resultado negativo:
O profissional que presta o atendimento deverá orientar o paciente da necessidade ou não de repetir
o teste (janela imunológica).
Em caso de resultado indeterminado:
O profissional que presta o atendimento deverá orientar o paciente das possíveis causas deste
resultado e sempre orientar nova coleta sanguínea para esclarecimento da situação.
F
- SINAIS E SINTOMAS DA AIDS
Sinais são dados que o médico observa quando examina o paciente; sintomas são alterações que o
paciente sente e conta ao médico.
A AIDS, por ser uma síndrome, pode acometer diversos órgãos do corpo. Sua ação essencial sobre
o organismo, porém, é a de enfraquecer o sistema imunológico, deixando-o mais vulnerável a infecções.
Estas infecções são chamadas oportunistas, por serem causadas por microorganismos (fungos,
bactérias e vírus) que, em condições normais, são inofensivos à saúde, já que são permanentemente
controlados pelo sistema imunológico (que funciona como nosso exército de soldados). Porém, se há uma
falha em nossas defesas, como na infecção pelo HIV, estes microorganismos aproveitam a oportunidade e
podem multiplicar-se, desencadeando as referidas infecções oportunistas.
Resumimos a seguir o quadro clínico da AIDS:
- febre persistente
- emagrecimento
- aumento dos gânglios (ínguas) pelo corpo, principalmente nas regiões do pescoço, axilas e
virilhas;
- diarréias freqüentes
- pneumonias de repetição
- tuberculose (em diversas formas)
- infecções neurológicas (toxoplamose; criptococose)
- infecções virais (herpes zooster; citomegalovírus)
- tumores (sarcoma, linfoma)
Este quadro é apenas um resumo de alguns sinais e sintomas possíveis da AIDS. Nenhum doente
apresenta todos eles ao mesmo tempo. O médico é a única pessoa que pode avaliar corretamente um
quadro clínico sugestivo de AIDS.
20
G
- TRATAMENTOS / MEDICAMENTOS
Até o momento, apesar de inúmeras pesquisas realizadas em todo o mundo, não se descobriu uma
vacina que impeça a contaminação pelo vírus. Já em relação aos remédios para combater o vírus em uma
pessoa já infectada, estes existem em número cada vez maior, e a associação de no mínimo três drogas no
tratamento (o chamado coquetel) tem se mostrado eficaz no controle da multiplicação do vírus HIV dentro
do organismo.
O tratamento medicamentoso da AIDS se compõe de:
a) Medicamentos anti-retrovirais (coquetel): são aqueles que irão combater o vírus HIV no
organismo, podendo torná-lo indetectável aos exames laboratoriais. Exemplos: AZT (Zidovudina),
Efavirenz, Nelfinavir, Nevirapina, Atazanavir e outros.
b) Medicamentos contra as infecções oportunistas que podem aparecer quando o sistema
imunológico (que defende o organismo) se encontra fragilizado. Ex: antibióticos, antifúngicos,
anti-virais.
A medicina, atualmente, oferece cada vez mais recursos para o controle da infecção pelo HIV e da
AIDS. Os remédios adequados e a assistência do médico, entretanto, não são suficientes para garantir
uma boa qualidade de vida ao paciente. Para isso, é fundamental:
- a participação ativa e responsável do paciente no tratamento;
- o apoio integral da sua família;
- a solidariedade da comunidade.
IMPORTANTE
A prevenção é a melhor arma para você evitar a AIDS.
Use sempre camisinha em suas relações sexuais.
A AIDS não tem cara, a AIDS não tem cura.
Qualquer pessoa pode ser portadora do vírus.
Faça o teste ANTI-HIV, ele será importante
para que você reflita sobre sua sexualidade
e a maneira como a exerce.
Desta maneira, você pode cuidar de sua saúde
cada vez mais e melhor, sem deixar de lado o prazer.
21
H-
AIDS: COMO SE PEGA E COMO NÃO SE PEGA
ASSIM PEGA
ASSIM NÃO PEGA
Abraço, aperto de mão,
carinhos,beijo na boca
Nas transas sem
camisinha. Pode ser
sexo anal, vaginal ou
oral
Masturbação a dois
Suor, lágrimas, saliva ou
espirro
Alimentos
Pratos, copos, talheres,
xícaras, etc.
Compartilhando
seringas ou agulhas
Roupas
Nas transfusões,
quando o sangue está
contaminado
Chuveiro e/ou vestiários
Durante a gravidez,
no parto ou na
amamentação
Bebedouro público
Banheiros (particulares ou
públicos)
Contato com dinheiro
Lugares públicos (cinemas,
igrejas, ônibus, estádios,
bares, restaurantes,
hospitais,etc)
Piscinas e saunas
Prática de esportes coletivos
Local de trabalho
Uso do telefone
Consultas médicas
Doação de sangue
Pelo contato com animais
Através de picada de insetos
22
3 – DST
A
- O QUE É DSTs
Quando amamos e somos amados(as) não é fácil falar com os(as) respectivos(as) parceiros(as) sobre as
doenças que podem ser transmitidas pela relação sexual, assim como sobre a fidelidade, a vida sexual passada,
sexo seguro, a AIDS. Hoje, porém, é importante e necessário que os casais conversem muito a respeito. Se existe
amor e afeto, por que não construir juntos uma relação mais segura, tranqüila e com respeito?
DST é uma sigla que quer dizer Doenças Sexualmente Transmissíveis. São doenças causadas por vários
tipos de microorganismos, principalmente bactérias e vírus. Quase sempre pegamos essas doenças nas relações
sexuais com alguém que já se contaminou. Antigamente eram conhecidas como doenças venéreas ou de Vênus
(doenças do amor).
Qualquer pessoa que teve ou tem algum tipo de contato sexual sem camisinha (anal, vaginal ou oral) com
alguém que se infectou pode ter uma DST.
Muitas vezes as DSTs não apresentam sintomas, portanto, qualquer pessoa pode se infectar e não saber.
Existem muitos tabus em torno deste tema, pois é comum as pessoas se sentirem sujas e com vergonha de estar
com uma DST, não buscando tratamento adequado ou se automedicando (tomando medicamentos por conta
própria). Além disso, não avisam seus parceiros sexuais e, em conseqüência disto, as doenças se alastram.
B
- A IMPORTÂNCIA DE DETECTAR E TRATAR AS DST
Mais importante do que saber o nome das doenças e seus sintomas principais é conhecer o próprio corpo, aprender
a se observar, a se tocar, a se examinar e perceber mudanças que acontecem. Notando algo estranho, não tenha vergonha,
não adie e procure um médico.
A maioria das DST é tratável, e quanto mais cedo forem diagnosticadas, melhor. Isso vale para homens e
mulheres. É preciso que conte para as pessoas com quem você transou, para que elas possam também procurar um médico
e se tratar.
SINTOMAS: Pequenas feridas, verrugas ou corrimento
TRATAMENTO: A maioria das DSTs é curável ou, pelo
no ânus, na vulva, ou no pênis; coceira, dor, ou ardor nestes
lugares, seja durante ou após a relação sexual, ou quando
fizer xixi, são sintomas que indicam um DST. Porém, muitas
pessoas estão doentes e não sentem nada, ou têm sinais
pouco específicos. Às vezes, as DSTs não apresentam
sintomas aparentes tanto no homem quanto na mulher.A
avaliação feita por um médico pode esclarecer se você
adquiriu a doença ou não.
menos, tem tratamento. Mas se não forem tratadas
adequadamente podem se tornar graves, atingindo outras
partes do corpo. Muitas vezes as pessoas procuram tratar
as DSTs em farmácias, onde não são bem diagnosticadas
e se complicam. A Unidade Básica de Saúde de sua região
é o lugar certo para você pedir apoio e ajuda.
Uma dúvida freqüente é com relação à secreção natural
da vagina (incolor, não tem cheiro desagradável, nem
provoca irritação ou dor), que molha um pouco a calcinha,
mas não é corrimento que indica infecção ou sintoma de
DST. Para os homens, o esmegma, aquele “sebinho” que
aparece embaixo da pele que cobre a cabeça do pênis
quando não é feita uma higiene diária e adequada, também
não é DST.
Consulte o médico, não se automedique.
Faz parte do tratamento de uma DST também tratar o(a)
parceiro(a). Caso você tenha uma DST, e mesmo que se
trate corretamente, poderá se reinfectar caso seu(sua)
parceiro(a) não faça o mesmo.
Lembre-se de que o melhor é sempre transar com camisinha
para se assegurar contra as DSTs.
IMPORTANTE
A PESSOA COM UMA DST NÃO TRATADA TEM UM RISCO
ATÉ 10 VEZES MAIOR DE CONTRAIR OU TRANSMITIR O VÍRUS HIV.
23
C
- AS PRINCIPAIS DSTs
CLASSIFICAÇÃO DAS DSTs:
1 – Doenças essencialmente transmitidas pelo contato sexual: gonorréia,
linfogranuloma venéreo e cancro mole.
2 – Doenças freqüentemente transmitidas pelo contato sexual: sífilis,
herpes, AIDS, candidíase, tricomoníase, hepatite B e C.
3 – Doenças eventualmente transmitidas pelo contato sexual: escabiose
(sarna humana) e giardíase.
SÍFILIS – Em geral, inicialmente surge uma lesão no local onde ocorreu o contato com a
bactéria causadora da sífilis (Treponema pallidum). A sífilis é uma doença de transmissão sexual muito
traiçoeira, pois os sintomas podem desaparecer espontaneamente, dando a impressão de cura; porém, se
não tratada, a doença vai progredindo dentro do nosso organismo, e depois de vários anos aparecem
lesões na pele, complicações nos ossos, no coração e no sistema nervoso, podendo levar à paralisia, doença
mental, cegueira ou até a morte.
Alguns sintomas: Verrugas no ânus, feridas na boca, ínguas no corpo, febre e dores nas juntas,
queda de cabelos, lesões avermelhadas na pele, etc. São sintomas comuns a várias outras doenças. Só o
médico pode esclarecer e orientar corretamente.
A sífilis tem cura. Se você apresentar algum destes sintomas, procure a Unidade Básica de Saúde
o mais rápido possível. O tratamento correto evita complicações. Não tome remédios por conta própria. A
mulher grávida com sífilis pode transmití-la para o bebê, provocando o aborto ou doenças graves na
criança (sífilis congênita). Por isso toda grávida deve fazer o exame para sífilis (VDRL) no pré-natal.
GONORRÉIA – É considerada uma das DSTs mais freqüentes. A doença é caracterizada
por uma secreção espessa e de cor amarelo-esverdeada, e normalmente é acompanhada de ardor para
urinar ou coceira. Na mulher, a secreção costuma surgir na uretra, na vagina, colo do útero ou ânus. Pelo
fato dos órgãos genitais serem internos, a doença é mais difícil de ser diagnosticada. No homem, costuma
acometer a uretra e ânus. Em ambos os sexos, a infecção pode se propagar internamente e causar
esterilidade. No caso de gravidez e contaminação do feto, o bebê pode nascer com uma série de complicações
(visuais, auditivas, etc).
Além da transmissão sexual, o gonococo (ou Neisseria gonorrhoeae - a bactéria causadora na
gonorréia) pode ser levado da região genital para os olhos pelo contato com sêmen e desenvolver uma
conjuntivite purulenta. A mão é um importante veículo de transmissão de microorganismos, portanto é
importante lavá-las bem após o contato com as partes contaminadas.
Procure um médico para iniciar qualquer tratamento.
LINFOGRANULOMA VENÉREO – O agente causador é a bactéria Chlamydia
trachomatis. Possui três estágios: no primeiro, alguns dias depois do contágio, surge uma lesão, que geralmente
passa despercebida. Se observada, tem a aparência de uma pequena úlcera, indolor e de desaparecimento
espontâneo.
No segundo estágio, nas semanas seguintes, surge a infecção dos vasos linfáticos da região e um
tumor encoberto, bastante doloroso, formando gânglios aumentados de um só lado da virilha. É neste
estágio que as pessoas procuram o médico. Se não tratada, evolui para um tumor de grandes proporções
que deforma todo o pênis e vulva. Estas lesões são raras nos dias atuais.
24
CANCRO MOLE – A doença se manifesta através de uma ferida que costuma ser profunda,
purulenta, dolorida, mal cheirosa e aparece na vulva, no pênis, no ânus ou regiões periféricas (em casos
raros, pode aparecer na boca). O cancro mole é causado pelo bacilo Haemophilus ducreyi.
HERPES GENITAL E LABIAL
- Dependendo das práticas sexuais, podem aparecer
tanto nos lábios como nos genitais. Esta doença não tem cura, mas é tratável e não traz maiores complicações,
à exceção do recém-nascido de mãe portadora de herpes, que em geral apresenta um quadro grave e
potencialmente letal.
Após algumas semanas do contágio, aparecem pequenas bolhas cheias de líquido sobre uma área
avermelhada, no local onde ocorreu o contato. Em geral elas causam coceira, ardor e dor. O herpes genital
pode apresentar outros sintomas como febre e prostração. Os sintomas da doença costumam aparecer
quando o organismo está debilitado em seu estado físico-emocional, como stress, queda de resistência,
fadiga, e desaparecem espontaneamente depois de algum tempo. A contaminação acontece pelo contato
com a ferida do herpes ou com a sua secreção. O agente causador é o vírus Herpesvirus hominis. O
tratamento visa reduzir a duração e a intensidade do quadro. É uma doença que pode evoluir em crises
ocasionadas por uma queda de resistência do organismo, sem que para isso haja necessariamente reinfecção.
VULVAGINITES - É muito comum a mulher apresentar inflamação na vagina, geralmente
causada por fungos ou bactérias. Desenvolve sintomas como corrimento, dor ou coceira e, para um
diagnóstico correto, deve-se procurar um médico. O tratamento deve ser realizado em conjunto com o
parceiro. Os microorganismos causadores das vulvaginites podem não provocar sintomas em homens, mas
eles podem estar infectados e reinfectar a mulher. Fazem parte deste quadro, entre outras, a candidíase
e a tricomoníase.
A CANDIDÍASE é causada pelo fungo chamado Candida albicans. Na mulher os sintomas são:
coceira com um corrimento esbranquiçado, viscoso, com aspecto semelhante ao leite coalhado. No homem:
inflamação da uretra e irritação do pênis. O modo mais comum de manifestação é através da queda de
resistência e o uso de roupas pouco ventiladas e/ou apertadas. Não é necessariamente uma DST, já que a
mulher pode ter este fungo em sua vagina de maneira espontânea.
A TRICOMONÍASE se caracteriza por um corrimento amarelado e bastante malcheiroso, que
provoca irritação da vulva e faz com que a pessoa sinta a necessidade de urinar pequenos volumes com
grande freqüência. O agente causador é uma bactéria chamada Trichomonas vaginallis.
HPV – PAPILOMA VÍRUS HUMANO - Existem mais de 70 tipos de Papiloma
Vírus Humano (HPV). Em geral, a doença se manifesta em forma de verrugas conhecidas como condiloma
acuminado ou mais popularmente chamado de “crista de galo”. Na mulher, os locais onde as lesões
aparecem são: vulva, vagina, colo do útero e no ânus e, no homem, no pênis e no ânus. Quando não
tratado, depois de muitos anos, o condiloma acuminado pode assumir a aparência de um cacho de uvas.
Como as verrugas usualmente não coçam, não doem e seu crescimento é lento, muitas vezes a doença
evolui durante anos sem ser percebida.
Alguns tipos de HPV, se não tratados, estão diretamente relacionados com uma maior incidência
de câncer de colo de útero e reto. Por isso o exame ginecológico de prevenção (incluindo o papanicolau)
deve ser realizado no mínimo uma vez por ano, por todas as mulheres.
25
GIARDÍASE - O agente causador é um protozoário chamado Giardia lamblia, e seu sintoma
principal é uma diarréia crônica, pois o parasita se aloja na região intestinal. A giardíase pode ser
transmitida através da relação sexual quando ocorre sexo oral ou anal sem a higiene adequada.
ESCABIOSE (SARNA HUMANA)
- A escabiose tem como agente causador um
ácaro chamado Sarcoptes scabiei. Seus sintomas são: erupções da pele, manchas avermelhadas e coceiras,
aparecendo inicialmente no pênis, glande e escroto se o contágio for sexual. O parasita penetra na pele
e deposita seus ovos na epiderme. Existem outras formas de transmissão incluindo, roupas de cama e
toalhas.
PIOLHO PÚBICO OU “CHATO”
- O nome diz tudo, o bicho é um chato mesmo!
Não é propriamente uma DST, pois não causa verdadeiramente nenhuma doença, mas os piolhos alojamse nos pêlos púbicos e se alimentam de sangue, provocando uma coceira intensa. Botam seus ovos na base
dos pêlos e podem ficar aproximadamente seis dias até eclodirem. Recomenda-se ferver a roupa íntima
e a de cama infestadas para que não aconteça uma reinfestação..
HEPATITE - Existem 5 tipos de Hepatite: A, B, C, Delta, E. As únicas que podem ser
consideradas DST são a “B” e a “C”.
A hepatite A é transmitida exclusivamente por via fecal-oral, ou através do contato pessoa-apessoa (em creches, hospitais, etc). É comum, nos surtos epidêmicos, a ingestão de água e alimentos
contaminados.
A hepatite B é transmitida através do sangue infectado e principalmente pelo contato sexual. O
vírus já foi encontrado no sêmen, na saliva e na secreção vaginal, porém a saliva não tem o poder de
contaminação. Atualmente já existem vacinas para a hepatite B.
A hepatite C é transmitida principalmente pelo sangue (transfusão de sangue ou hemodiálise),
através de agulhas contaminadas (drogas injetáveis) e também por via sexual. A principal característica
é o desenvolvimento de doença crônica de fígado.
O vírus da hepatite Delta precisa estar associado ao vírus da hepatite B para sua replicação. A
transmissão é através do sangue infectado. A vacina que imuniza contra o vírus da hepatite B também
protege contra a hepatite delta.
A hepatite E é de transmissão fecal-oral. A transmissão sexual nunca foi descrita e não há
vacina até o momento.
IMPORTANTE
Os microorganismos não conseguem atravessar o látex das camisinhas, por isso as
Doenças Sexualmente Transmissíveis podem ser facilmente prevenidas com a utilização
consciente e constante de preservativos.
A higiene sempre será uma grande aliada. Cuide de sua saúde, cuide de seu corpo,
conheça-o, toque-o, previna-se. O seu corpo é a sua casa, cuide bem dela.
26
A
4 – PREVENÇÃO
A CAMISINHA
Sexo seguro é quando nos prevenimos de forma adequada contra doenças sexualmente transmissíveis. Se
usada de forma adequada, a camisinha reduz a quase zero o risco de contrair o HIV, além de proteger contra
muitos outros microorganismos causadores das DSTs – Doenças Sexualmente Transmissíveis. Com mais uma
vantagem: a camisinha ajuda a evitar uma gravidez não planejada.
A CAMISINHA MASCULINA
A seguir, as orientações básicas sobre o uso correto do preservativo.
1.
Verifique na embalagem do preservativo (seja adquirido gratuitamente em unidades públicas de saúde, seja
comprado em farmácias ou similares): data de validade, selo de controle de qualidade (Inmetro), existência
de ar dentro da embalagem (comprovando que está bem lacrada, para que não tenha ressecado ou perdido o
lubrificante no qual é embebido o preservativo). (fig.a)
2. Devem-se usar sempre lubrificantes à base de água (KY, Preserv). Lubrificantes à base de vaselina ou outros
(como cremes) não devem ser usados porque provocam a dilatação da borracha (látex), podendo provocar a
ruptura do preservativo.
3. Na hora de usar, qualquer um pode colocar o preservativo, em si mesmo ou no parceiro.
4. Para colocar o preservativo:
a)
b)
c)
apóie o preservativo sobre a ponta do pênis ereto. (fig.b)
aperte a ponta do preservativo para tirar o ar e evitar que estoure. (fig.c)
desenrole o preservativo até a base do pênis. (fig.d)
5. Use o preservativo durante toda a relação.
6. Retire o pênis imediatamente após a ejaculação.
7. Segure o preservativo pela base, retirando-o com cuidado antes que termine a ereção.
8. Embrulhe o preservativo em papel após o uso e jogue no lixo.
9. Troque o preservativo a cada relação sexual, mesmo que não tenha ocorrido penetração.
IMPORTANTE: O preservativo deve ser colocado antes da penetração. As “brincadeirinhas” na porta da vagina
ou do ânus muitas vezes são suficientes para a passagem de um vírus ou bactéria.
A CAMISINHA FEMININA
Procure encontrar uma posição confortável: tente ficar em pé com uma perna apoiada em cima da cama,
sentar ou agachar. Veja se o anel interno (fechado) está no fundo da camisinha.
1. Segure a camisinha com o lado aberto pendurado. Segure o lado externo da bolsa e aperte o anel interno com
o polegar e o dedo médio. Coloque agora o dedo indicador entre o polegar e o dedo médio e continue apertando
o anel interno. (fig.a)
2. Ainda apertando a camisinha com seus três dedos, separe os lábios vaginais com a outra mão e insira a
camisinha comprimida. Relaxe. Se a camisinha escorregar na hora de inserir, solte-a e comece de novo. (fig.b)
3. Empurre agora o anel interno e a bolsa pelo canal da vagina com o dedo indicador. (fig.c)
4. Certifique-se de que o anel interno esteja bem acima do osso púbico. Você pode sentir o osso púbico curvando
seu indicador quando estiver uns cinco centímetros dentro da vagina. (fig.d)
5. O anel externo (aberto) deve ficar para fora da vagina. (fig.e)
6. Retire a camisinha segurando-a pelo anel externo de modo a evitar entrar em contato com o esperma.
27
COMO COLOCAR
A CAMISINHA MASCULINA
B
a)
b)
d)
c)
COMO COLOCAR
A CAMISINHA FEMININA
b)
a)
d)
c)
e)
Lembre-se:
- A camisinha não diminui a sensibilidade e o prazer, é uma questão de hábito.
- Ela faz parte de um jogo sexual na relação entre parceiros, e pode ser usada
para estimular a criatividade e a fantasia, com saúde e segurança.
- O uso da camisinha é uma garantia, pois em qualquer tipo de relação evita o
contato com sangue, esperma e secreções do corpo do outro.
- A camisinha evita a gravidez indesejada e as DSTs.
- Usar camisinha é um ato de amor e respeito.
28
VULNERAB
VULNERABILID
VULNERABILIDADE
C
- VULNERABILIDADE / SITUAÇÃO DE RISCO
VULNERABILIDADE
É preciso entender o
conceito de
vulnerabilidade
identificando os
fatores
individuais
(autoconhecimento,
auto-estima,
autocuidado) e os
fatores sociais e
institucionais
(atendimento em
serviços públicos) que a
influenciam. Estes planos se
correlacionam, ou seja, a
falha em um ou mais desses
fatores explica o maior risco
de infecção pelo HIV, de
contaminação por doenças
sexualmente transmissíveis
e também da gravidez
não planejada.
SITUAÇÃO DE RISCO
A adolescência é uma das fases do
desenvolvimento humano, cercada por
muitas mudanças físicas, emocionais e
psicológicas. Tudo imerso em um meio
social complexo e que nem sempre
fornece iguais condições para um
desenvolvimento sadio e integral.
Por esta razão, a adolescência é
considerada um período de
grande vulnerabilidade para o
HIV/AIDS, para as DSTs e
também para a gravidez
não planejada.
Explicando melhor: a
conjuntura que se apresenta
para uma pessoa que se expõe em
situações de risco, somada ao
fato de viver numa comunidade
em situação precária, sem muitos
recursos e sem nenhum apoio de
serviços de saúde que orientem
e informem, leva essa pessoa a
uma situação de extrema vulnerabilidade.
Ou seja, ela está muito exposta e
sem defesas frente a situações
onde possa se contaminar.
29
É fácil perceber porque em países
subdesenvolvidos ou em desenvolvimento
os números da AIDS são expressivos. Fica
fácil entender também porque nas
comunidades das periferias metropolitanas,
onde prolifera a pobreza, o desemprego e
a violência, os números crescem a cada dia.
“Ah, isso não acontece
comigo”. Essa frase
ilustra bem a falta
de informação
dos adolescentes
que negam
a possibilidade
de contaminação
para si. Essa
negação leva
sempre a
comportamentos
arriscados,
principalmente
transar sem
camisinha.
DISCUTINDO SEXUALIDADE NO EMBU DAS ARTES
2ª
RE Ed
VI i ç ã
SA o
DA
Elaboração: Programa de Informação, Educação e Comunicação em Saúde / Programa DST-AIDS
Programa Escola Promotora de Saúde / Programa de Saúde do Adolescente /
Programa de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde de Embu das Artes.
Publicação contemplada pelo FUMCAD - Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (Lei Municipal
nº 2031 de 02.01.2003), gerenciado pelo CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Arte / Ilustrações: Wanderley Ciuffi - Projeto Gráfico: João Lisanti Neto
PARCERIAS:
Teatro Popular Solano Trindade – Casa de Cultura Santa Tereza – Biblioteca Zumaluma
Escolas Estaduais e Escolas Municipais de Embu das Artes
APOIO: CEJAM – Centro de Estudos ”João Amorim”
FINANCIAMENTO: Ministério da Saúde
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA EM SEXUALIDADE E DST/AIDS
Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer de Embu
Diretoria de Ensino – Região Taboão da Serra
Universidade Federal de São Paulo - Programa de Integração Docente-Assistencial de Embu
PREFEITURA DA ESTÂNCIA TURÍSTICA DE EMBU DAS ARTES
Prefeito Geraldo Leite da Cruz
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Dr. Jorge Harada – Secretário Municipal de Saúde
Enfª. Isabel C. Pagliarini Fuentes – Secretária Adjunta
Dra. Laura Covello – Diretora Técnica
Dione Porto – Diretora Administrativa
João Lisanti Neto – Coordenador Programa Informação, Educação e Comunicação
Dr. Wolff Rothstein – Coordenador Programa DST/AIDS
Dra. Glaura César Pedroso – Coordenadora Programa Escola Promotora de Saúde
Dra. Cláudia Maria Chagas de Souza - Coordenadora Programa Saúde do Adolescente
Dra. Roseli Higa Onishi - Coordenadora Programa Saúde da Mulher
Kátia Paiva - Coordenadora Programa de Saúde Mental
Colaboração:
Jane Salazar / Priscila da Silva /José Francisco dos Santos / Otávio Filho - Técnicos / Arte Educadores
Roberta Torres /Ivoni Cirillo / Osvaldo Furlan - Psicólogos
João Leonel Belini - Suporte Unifesp / SMS-Embu
Prof. José Roberto Brêtas - Professor da Unifesp
2006
CENTRO DE REFERÊNCIA PARA DST/AIDS NO EMBU
UBS EMBU - Avenida Elias Yazbek 2500 - Centro
telefones 4704.3450 / 4704.5029 /4704.7781 ou 4704.2150
BIBLIOGRAFIA
- “Fala Garoto! Garota!”, nº 2 - Coord. DST/AIDS da Secr. de Estado da Saúde de São Paulo. (transcrição parcial).
- “Fala Educadora! Educador!” - Coordenação DST/AIDS da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
- Gewandsznajder, F. Sexo e Reprodução. Rio de Janeiro, Editora Ática. 1992.
- Wüsthof, R. Descobrir o Sexo. São Paulo, Editora Ática, 1994.
- Revista Ciência Hoje na escola V.2. Sexualidade: corpo, desejo e cultura. SBPC Rio de Janeiro. Editora Global. 2001.
- Tordjman G., Morand C. Primeiras Emoções Amorosas. São Paulo. Editora Scipione. 1992.
- Lima H. Educação sexual para adolescentes: desvendando o corpo e os mitos. São Paulo. Iglu Editora. 1994.
- Revista Aprendendo sobre AIDS e Doenças Sexualmente Transmissíveis. Brasília. Ministério da Saúde. 2001
MINISTÉRIO DA SAÚDE
APOIO
UNIFESP
Diretoria de Ensino Taboão da Serra
PATROCÍNIO
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Criança e do Adolescente (Lei Municipal nº 2031 de 02.01.2003),
gerenciado pelo CMDCA - EMBU
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
Este material foi impresso em: Capa - Papel Couchê Image Mate 210 g/m²;
Miolo - Papel Couchê Image Mate 90 g/m², produzidos pela Ripasa S/A Celulose e Papel.
Nossos produtos são fabricados em harmonia com o meio ambiente.
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