OCUPAÇÃO IRREGULAR E ALTERAÇÃO DA QUALIDADE AMBIENTAL DO BAIXO CURSO DOS RIOS MARANGUAPINHO/CE E CEARÁ/CE. LOUREIRO, Caroline Vitor Mestranda em Geografia, Universidade Federal do Ceará-UFC, Bolsista CAPES [email protected] MEIRELES, Antônio Jeovah de Andrade Orientador e Prof Dr do Departamento de Geografia – UFC [email protected] INTRODUÇÃO Entre as cidades de Fortaleza, Maranguape, Maracanaú e Caucaia, integrantes da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), e na divisa desses municípios encontra-se a bacia hidrográfica do rio Ceará. Composta pelos rios Maranguapinho e Ceará, é constituída por um conjunto de sistemas morfológicos caracterizados localmente pelo tabuleiro pré-litorâneo, pelas planícies fluvial, fluviomarinha e litorânea. Esses sistemas morfológicos possuem diferentes índices de estabilidade, possuindo determinadas aptidões ao uso e ocupação. O que se observou, no entanto, foi um cenário de desrespeito às limitações da natureza, quadro resultante do rápido crescimento demográfico da RMF. Para evidenciar as distintas formas de ocupação e apresentar usos adequados, foram definidos os índices de estabilidade de acordo com os aspectos geomorfológicos locais. Com a caracterização dos componentes morfológicos também foi possível evidenciar os fluxos de matéria e energia, fundamentais para reger ações integradas de planejamento e gestão em bacias hidrográficas inseridas em regiões metropolitanas. OBJETIVOS Este estudo objetiva avaliar como as formas irregulares de uso/ocupação do baixo curso dos rios Maranguapinho e Ceará tem afetado a qualidade dos geoambientes, buscando a partir dos resultados e análise da estabilidade do meio a indicação das potencialidades e limitações à ocupação humana, gerando subsídios para uma gestão adequada da área. METODOLOGIA O desenvolvimento da pesquisa consistiu, inicialmente, em uma análise preliminar de imagens Quick Bird, 2008, e também imagens Landsat 5 e Landsat 7 (2000) para análise regional da bacia hidrográfica. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 1 Foi utilizado um Global Position System (GPS) de navegação para marcação dos pontos de amostragem de cada unidade analisada. A marcação dos pontos foi realizada por meio de visitas in loco para reconhecimento da realidade terrestre. Fez-se um levantamento bibliográfico e cartográfico nos acervos literários da Universidade Federal do Ceará – UFC, Observatório das Metrópoles (Fortaleza), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, Laboratório de Planejamento Urbano e Regional – LAPUR/UFC e Laboratório de Cartografia Digital/UFC. Após análise dos materiais colhidos e visitas a campo, o estudo foi complementado com o uso de técnicas de geoprocessamento. As imagens foram trabalhadas nos programas de tratamento de imagens Image Analyst e MicroStation 7.0. RESULTADOS E DISCUSSÕES A RMF, atualmente com treze municípios foi criada em 1973, instituída e definida por força legal (Lei Complementar No 14/73. Aquiraz, Caucaia, Fortaleza, Maranguape e Pacatuba, compunham a primeira formação da RMF. Hoje fazem parte também os municípios de Chorozinho, Eusébio, Guaiuba, Horizonte, Itaitinga, Maracanaú, Pacajus e São Gonçalo. A centralidade exercida pelo município de Fortaleza é observada principalmente na distribuição do sistema rodoviário, como a duplicação de rodovias que partem da cidade. Formam-se grandes periferias urbanas no entorno da capital, tendo o crescimento acentuado da população urbana do Ceará concentrado nos municípios de Caucaia e Maracanaú (SILVA, 2009), os mais populosos do estado. Segundo dados da Fundação João Pinheiro as cidades de Caucaia e Fortaleza possuem respectivamente um déficit habitacional de 19,9% e 14,76%. Esses números resultam segundo Pequeno (2009) da maneira injusta como o espaço intra-urbano tem sido produzido. A RMF tem muitos de seus problemas habitacionais relacionados ao rápido crescimento populacional ocorrido nas últimas décadas, principalmente a partir da década de 1970. Fortaleza vem enfrentando um processo de intensa precariedade nas condições de moradia de sua população desde as últimas décadas do século XX (PEQUENO E ARAGÃO, 2009). Pequeno e Aragão (2009) relacionam o crescimento e ocupação desordenados da capital cearense a elementos como o fluxo migratório campo-cidade, a redistribuição espacial da população através de programas habitacionais, às migrações Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 2 intra-urbanas (deslocamento das populações do aluguel para as ocupações), à comercialização de loteamentos clandestinos desconsiderando as normas urbanísticas e à produção de espaços de segregação social. Desta forma se deu a ocupação inadequada das lagoas, rios e riachos de Fortaleza, gerando impactos diretos sobre estes ambientes. Destruição da mata ciliar, ocupação das planícies de inundação e lançamento de esgotos são alguns dos exemplos. Grande parte das bacias que compõem a bacia hidrográfica Metropolitana de Fortaleza não foge a esta regra, são exemplos as bacias dos rios Cocó e Ceará. O histórico traçado acima descreve a degradação e alteração da qualidade ambiental ao longo das bacias hidrográficas inseridas na RMF. Foram essencialmente relacionadas com a inexistência de um programa habitacional capaz de acompanhar o crescimento populacional, evitando a ocupação de áreas instáveis – predomínio dos processos morfogenéticos – do ponto de vista geoambiental. . A Figura 1, objeto desse estudo, engloba diferentes unidades geoambientais, portanto, diferentes estabilidades se aplicado aqui os estudos de Tricart (1970). Figura I- Objeto de estudo: Baixo curso dos rios Maranguapinho e Ceará Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 3 Elaborado por Meireles (2010) Os recursos hídricos que compõem este estudo, baixo curso dos rios Maranguapinho e Ceará, que juntamente com os demais recursos naturais formam os geoambientes Planícies litorânea, fluvial e fluviomarinha e Tabuleiro pré-litorâneo, englobam parte dos municípios de Caucaia e Fortaleza (ver Figura 2). Figura II – Compartime ntação ge oambie ntal Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 4 Elaborado por Loureiro (2010) A Planície litorânea pode ser descrita como uma superfície de formação recente, com influência direta da ação marinha, eólica, fluvial e pluvial. Contém largas faixas de praias, campos de dunas de diferentes gerações, mangues, linhas de falésias, planícies flúvio-marinhas, planícies lacustres e áreas de acumulação inundáveis (SOUZA, 1995;2007). São classificados por Meireles (2007) como representantes do Domínio dos depósitos sedimentares cenozóicos. Neste estudo compreende parte do litoral do município de Caucaia e o litoral oeste da cidade de Fortaleza. Planície fluvial é uma área relativamente plana, resultante de acumulação fluvial. Fica sujeita a inundações. Na conceituação de Souza (2007), bordejam as calhas dos rios e apresentam solos aluviais profundos imperfeitamente drenados e com possíveis problemas de salinização. Em nossa análise ela é representada pelo baixo curso do rio Maranguapinho, que vem a desaguar no rio Ceará. Segundo Souza (2007) a Planície fluviomarinha pode ser revestida ou não por manguezais, possuindo superfícies planas e parcialmente encharcada com solos indiscriminados de mangues. Na análise aqui realizada, é no rio Ceará que observamos a presença de uma Planície Flúviomarinha revestida por mangue. O Tabuleiro pré-litorâneo é uma superfície levemente inclinada em direção ao litoral. No estado do Ceará forma um amplo glacis de deposição de sedimentos Tércio – Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 5 Quaternários da Formação Barreiras. Há o predomínio de Neossolos quartzarênicos e Argissolos vermelho-amarelos. A maior parte da cidade de Fortaleza está assentada sobre o Tabuleiro. Neste estudo a porção de Tabuleiro analisada encontra-se no topo deste geossistema, compreendida na porção noroeste da cidade de Fortaleza. No Quadro I podemos observar a particularidades dos geoambientes estudados. Nos ambientes em estudo o que se observa é uma avanço da urbanização, refletido na presença de moradias em áreas instáveis e, portanto, em locais impróprios à construção e necessários à manutenção do equilíbrio ambiental. O fator resultante da soma desses processos é a alteração da qualidade ambiental das áreas em epígrafe e agravamento da vulnerabilidade dos mesmos. A qualidade ambiental é entendida, segundo Horberry (1984) apud Botelho e Silva (2004) como o estado do ar, da água, do solo e dos ecossistemas, em relação aos efeitos da ação humana. Na área em estudo as alterações dos elementos indicadores de qualidade ambiental agravam-se na medida em que a busca por moradias aumenta, gerando uma ocupação e apropriação do solo urbano de maneira desordenada. Ressalta-se que em 1970 a população de Fortaleza era de aproximadamente 857.980 habitantes (Fonte: IBGE, 1976), em 2001 2.141.402, contando atualmente com 2.505.552 habitantes (Fonte: IBGE, 2000). Um salto populacional não aliado a programas habitacionais eficientes. Nesse sentido fazemos uso das idéias de Botelho e Silva (2004) que sugerem que “É preciso entender qualidade ambiental como reflexo da ação do homem sobre o espaço e seus componentes em um dado momento.” (p. 154). O que se observou no baixo curso dos rios em estudo foi exatamente esse contexto histórico de evolução das demandas por solo urbano, sem o acompanhamento necessário de infra-estruturas adequadas e igualdade econômica, o que fez com que os menos abastados viessem a ocupar essas áreas acometidas por instabilidades naturais. A análise da dinâmica habitacional conduziu esse estudo a uma análise da vulnerabilidade ambiental dessa área, pois resulta na alteração do fluxo natural de energias do sistema aliado à ação antrópica. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 6 Tagliani (2003) define vulnerabilidade ambiental como uma maior ou menor susceptibilidade que um ambiente qualquer apresenta a um potencial impacto negativo provocado por ações antrópicas. A definição da vulnerabilidade ambiental de uma ambiente parte inicialmente das características naturais como geologia, geomorfologia, solo, vegetação e clima, que somados definem a estabilidade do meio. Quando o uso e ocupação desse ambiente não são condizentes com a aptidão do mesmo, há um desrespeito às limitações naturais, provocando impactos negativos que acometem a própria população responsável por este desrespeito, bem como áreas limítrofes. Quadro I – Geoambientes analisados PONTOS COORDENADAS 1 0545888 9591660 2 0540957 9586538 3 0544272 9586511 4 0546163 9590853 UNIDADE GEOAMBIENTAL Ge ossiste ma Planície litorâne a Planície fluviomarinha Planície fluvial Ge ofácie s Estuário Baixo curso Baixo curso Ge otopo Margem direita Mangue Margem direita PEDOLOGIA Neossolos Quartzarênicos Gleissolos Neossolos Flúvicos GEOLOGIA Depósitos sedimentares arenosos inconsolidados holocênicos Depósitos sedimentares mistos de materiais argiloso, rico em matéria orgânico Sedimentos areno-argilosos tipicamente continentais de idade holocênica Depósito tipicamente continental plio-pleistoceno. 167,4 hectares 1686,2 hectares 51,65 hectares 4715 hectares Áre a e m he ctare s Tabule iro pré -litorâne o Topo e borda do tabuleiro Topo Argissolos Vermelho-Amar elos VEGETAÇÃO Aspe cto florístico Vegetação de tabuleiro Manguezal Mata de várzea Vegetação de tabuleiro Estado de conse rvação Forte alteração Pouca alteração Alterada Desmatada HIDROLOGIA Nome do rio Rio Ceará Rio Ceará Rio Maranguapinho Ponto do Curso Baixo curso Baixo curso Baixo curso Bacia Hidrográfica Ceará Ceará Maranguapinho Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 7 ____________ _ ____________ _ ____________ _ Instável ECODINÂMICA Instável Instável Estável Com a ocupação inadequada dessas áreas, a alteração da qualidade dos ambientes e a transformação dos riscos naturais tiveram-se como consequência o agravamento da vulnerabilidade socioambiental. Deschamps (2004) considerou vulnerabilidade socioambiental como a coexistência de riscos ambientais e uma população em situação de vulnerabilidade social, ou seja, uma população em desvantagem social. O direcionamento final desta análise considerou a proposta de Mendonça (2002), uma análise do ambiente urbano associando os elementos naturais e sociais, pois eles coexistem no mesmo espaço, sendo um capaz de influenciar diretamente o outro. Mendonça (2002) enfatizou que na problemática ambiental urbana, dada sua complexidade, faz-se necessário essa apreensão do meio ambiente em toda sua amplitude, inserindo a perspectiva humana na abordagem ambiental, e salienta a importância atribuída à dimensão social dos problemas ambientais. Fazendo a inter-relação entre as características geoambientais da área de estudo e os processos antrópicos de ocupação do mesmo, enumeramos uma série de fatores que modificam as condições iniciais do ambiente, alterando ao mesmo tempo os indicadores de qualidade ambiental, se fizermos uso do pensamento de Horberry (1984), e as condições da qualidade ambiental, se pensarmos como Botelho e Silva (2004). Como resultantes dessa soma citamos os seguintes processos (Quadro II): Quadro II – Impactos ambientais observados Ge oambie nte s Impactos obse rvados Planície fluvial (rio Maranguapinho) Fixação de dunas; Construções na foz do rio; Ocupação da zona de berma por barracas (Figura 3); Ocupação inadequada das margens; Poluição por esgotos domésticos; Planície fluviomarinha (rio Ce ará) Assoreamento do rio; Ocupação inadequada das margens em um raio inferior ao que determina a lei; Poluição por resíduos sólidos e esgotos domésticos (Figura 4); Planície litorâne a Tabule iro pré -litorâne o Impermeabilização do solo; Desmatamento. Figura 3 – Fixação de dunas Figura 4 – Ocupação das margens Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 8 Fonte: Loureiro (2010) Fonte: Loureiro (2010) Como propostas para um uso e ocupação condizentes com a ecodinâmica, foram enumeradas as potencialidades e limitações dos geoambientes (Quadro III). É importante ressaltar que a Planície fluviomarinha abordada nesse estudo foi estabelecida como Área de Proteção Ambiental (APA). Trata-se de uma unidade de conservação de uso sustentável, criada por meio do DECRETO Nº 25.413, de 29 de março de 1999. Abrange uma área de 2.744,89 hectares na divisa dos Municípios de Fortaleza e Caucaia. A nomeação como APA resultou da vontade da sociedade por uma manutenção de sua qualidade de vida, pois a alteração da qualidade ambiental também afeta a qualidade de vida. Esta que revela um conceito fruto da reivindicação social. Leff (2009) a descreveu como, “[...] produto da sociedade “pós-materialista”, desviando a atenção das necessidades básicas promovidas pelas políticas do bem-estar do Estado, para a satisfação de necessidades de caráter mais qualitativo.”. (p. 320). Leff (2009) observou, ainda, que a reivindicação por uma melhor qualidade de vida anuncia a percepção da deterioração do bem-estar causada pela crescente produção de mercadorias e a homogeneização dos padrões de consumo, bem como, da degradação dos bens naturais comuns e da falta de acesso aos serviços públicos básicos. Há um paralelo entre a busca por comportamentos em harmonia com o ambiente e formas depredadores de aproveitamento dos recursos, o que cria uma demanda por análise e planejamento ambientais com uma visão holística, a fim de subsidiar Zoneamentos Ambientais e Sócio-Econômicos. Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 9 Quadro III – Compartimentação geoambiental e capacidade de suporte da área Unidade Ge oambie ntal Planície litorâne a Planície fluvial Planície fluviomarinha Tabule iro pré -litorâne o Capacidade de suporte Pote ncialidade s Ecoturismo; Lazer; Patrimônio paisagístico; Recarga de aqüíferos. Ecoturismo; Lazer; Pesca artesanal;Mineração controlada. Ecoturismo; Lazer; Biodiversidade; Pesca artesanal;Extrativismo controlado; Patrimônio paisagístico; Pesquisa. Ecodinâmica estável; Expansão urbana; Águas subterrâneas; Mineração controlada. Limitaçõe s Ecodinâmica instável; Restrições legais; Ecodinâmica instável. Salinidade; Solos com baixa fertilidade e inundáveis; Restrições legais; Ecodinâmica instável. Baixa fertilidade dos solos. CONCLUSÃO Esse estudo encontra-se em andamento, contendo, no entanto, alguns resultados preliminares visualizados no mapa das unidades geoambientais e a estabilidade dos mesmos, e as tabelas de impactos observados e capacidade de suporte da área, que podem subsidiar planos de gestão dos ambientes. A rápida e crescente urbanização da RMF, intensificada na década de 1970, acompanhada por uma falta de conhecimento sobre o espaço tem provocado uma alteração da qualidade ambiental dos geoambientes nela presentes. As margens fluviais são constantes alvos desse processo, e na RMF se destacam as dos rios Ceará e Maranguapinho. São espaços impróprios à ocupação humana, devido sua fragilidade ambiental, portanto são negligenciados pelo poder público. Nesse contexto, as populações menos abastadas buscam esses locais. As décadas de ocupação inadequada das margens fluviais dos rios em epígrafe têm acarretado problemas de alteração da vegetação, qualidade do solo e da água, ou seja, uma alteração na qualidade dos geoambientes presentes. São, portanto, de grande importância os estudos integrados da natureza e da sociedade, assim como já aconselha Ross (2006). Esses estudos denominados Análises e Diagnósticos Ambientais dão suporte técnico-científico para o gerenciamento das cidades. Um Realizado de 25 a 31 de julho de 2010. Porto Alegre - RS, 2010. ISBN 978-85-99907-02-3 10 planejamento urbano da RMF apoiado em Análises Ambientais que pensem o ambiente como um todo, de forma holística ou de conjunto (o natural e o social) pode vir a superar de anos de negligência com os geoambientes componentes das cidades, e, portanto, a recuperação dos mesmos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOTELHO, R. G. M.; SILVA, A. S. Bacia hidrográfica e Qualidade Ambiental. In: VITTE, A. C.; GUERRA, A. J. T. Reflexões sobre a Geografia Física no Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004:155-191. DESCHAMPS, M. V. Vulnerabilidade Socioambiental na Região metropolitana de Curitiba. Tese de Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento. UFPR, 2004, 155p. LEFF, E. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade, complexidade, poder. Tradução de Lúcia Mathilde Endlich Orth.7ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009, 494p. MEIRELES, A. J. de A. As unidades morfo-estruturais do Ceará. In: SILVA, J. B. da; CAVALCANTE, T. C.; DANTAS, E. W. C.; SOUSA, M. 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