Aplicação dos critérios de acessibilidade um estudo de caso na

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APLICAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE ACESSIBILIDADE: UM ESTUDO DE CASO NA PÁGINA DO
FRAMEWORK DE PREÇO DE VENDA
APPLICATION OF ACCESSIBILITY PATTERNS: A CASE STUDY ON PAGE FRAMEWORK FOR
SALE PRICE
Jonathan Heverson Ribas
Victor Schnepper Lacerda
Simone Nasser Matos
Eliana C. C. Ishikawa
Resumo. Atualmente são poucas as páginas web que
apresentam conteúdos acessíveis de conformidade com os
padrões da W3C. Conscientes deste problema, o Grupo de
Pesquisa em Engenharia de Software da Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Campus Ponta Grossa, está
desenvolvendo um projeto que implementa diversos
métodos de validação de páginas da web, bem como
ferramentas assistivas na página do FRAMEMK – um
framework para otimização de preço de venda. Este artigo
mostra algumas recomendações de acessibilidade para o
desenvolvimento de páginas e os métodos e
procedimentos necessários para aplicá-las.
Palavras-chave: Acessibilidade, Ferramentas assistivas,
W3C.
Abstract. Currently there are few websites that have
content accessible in accordance with the standards of the
W3C. Therefore, the Research Group in Software
Engineering from the Technological University of Paraná,
Ponta Grossa Campus, is developing a project that applied
several methods of validating web pages, as well as
assistive tools on the FRAMEMK site - a framework for
optimization of the sales price. This article shows some
accessibility guidelines for the development of site and the
methods and procedures necessary to implement them.
Keywords: Accessibility, Assistive tools, W3C.
Revista Tecnológica
Maringá, v. 20. p. 13-23, 2011.
Aplicação dos critérios de acessibilidade: um estudo de caso na página do framework de preço de venda
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1. INTRODUÇÃO
Alguns usuários encontram dificuldades
no processo de navegação, como por
exemplo, pode-se citar as pessoas portadoras
de deficiência locomotora, as quais não
possuem habilidade suficiente para operar um
periférico - como teclado ou o mouse - e as
com deficiências visuais, que sentem
dificuldade em identificar ou até mesmo
enxergar os elementos de um sítio.
Segundo Baranauskas e Mantoan (2001),
“dispositivos especiais têm sido incorporados
ao hardware ou software facilitando o acesso
de todos e têm sido criadas aplicações
especiais para alguns tipos de deficiências do
usuário”.
Com o objetivo de tornar essa navegação
mais fácil e acessível, também foram
estabelecidas novas diretrizes para criação de
página tal como as recomendadas pela W3C
(World Wide Web Consorcium) (2001).
O W3C trata-se de um consórcio de
empresas de tecnologia cujo objetivo é
desenvolver
tecnologias
denominadas
padrões da web para a criação e a
interpretação dos conteúdos.
Para alcançar seus objetivos, o W3C
contém diversos comitês que estudam as
tecnologias existentes para a apresentação
de conteúdo na Internet e criam padrões de
recomendações para a utilização destas
tecnologias.
Os Padrões Web são um conjunto de
normas, diretrizes, recomendações, notas,
artigos, tutoriais e afins, de caráter técnico,
destinado
a
orientar
fabricantes,
desenvolvedores e projetistas para o uso de
práticas que possibilitem a criação de uma
web acessível a todos, independentemente
dos dispositivos usados ou de suas
necessidades especiais.
Quando se fala de normas para a Web,
trata-se, na prática, de três componentes
independentes: estrutura, apresentação e
comportamento, ou ainda de linguagens
estruturais (HTML, XML e XHTML), linguagens
de apresentação (CSS), modelos de objeto
(DOM), dentre outras.
Utilizar padrões para a Web é
extremamente vantajoso pois proporciona
um maior controle sobre a página. Quando é
dito que uma página é compatível com os
padrões significa que o documento consiste
Revista Tecnológica
de HTML ou XHTML válido, utiliza CSS para layout, é
bem-estruturado e semanticamente correto. Esses
fatores podem garantir que o sítio seja acessado por
qualquer tecnologia assistiva ou dispositivo, seja ele
móvel, tátil, desktop etc.
Segundo Hogetop e Santarosa (2002), a evolução
das tecnologias assistivas é contínua e acontece
atualmente numa velocidade que impõe constantes
reformulações do conhecimento. Assim, sítios
construídos de acordo com estes padrões, custam
menos, funcionam melhor e são acessíveis a mais
pessoas, dispositivos e tecnologias assistivas – não
apenas nos navegadores, leitores de tela e
dispositivos sem fios atuais, mas também nos de
amanhã.
O presente artigo apresenta a descrição de
alguns critérios de acessibilidade e as etapas da
reestruturação pela qual o sítio do FRAMEMK passou,
realizada pelo grupo de pesquisa em engenharia de
software da Universidade Tecnológica Federal do
Paraná (Arcabomk 2010).
2. CRITÉRIOS DE ACESSIBILIDADE
Segundo Lee (2001) o poder da web está em sua
universalidade. O acesso feito por qualquer pessoa,
independentemente da sua incapacidade, é um
aspecto essencial.
O crescimento de usuários de internet vem
aumentando a cada ano, atraindo a atenção de
todos os tipos de pessoas, inclusive as portadoras de
deficiências, sejam deficiências cognitivas quanto
motoras. Estas pessoas necessitam de um auxílio
maior na operabilidade em páginas web (Lee 2001).
Mas, a acessibilidade web não se limita somente
as pessoas com deficiências. Ela envolve também as
pessoas comuns, que por algum motivo, como
inexperiência ou pela dificuldade de utilização da
interface, sentem dificuldade em navegar em
páginas da web.
Em um estudo recente feito por Conforto e
Santarosa (2002), está descrito que o número de
pessoas com necessidades especiais cresce em
todos os países, e que estas pessoas começaram a
reivindicar seu legítimo direito de ter acesso à
informação e, principalmente, a uma informação que
possa ser compreendida.
O acesso aos benefícios da Internet deve ser
otimizado buscando reduzir as discriminações e as
exclusões sem, com isso, prejudicar suas
características gráficas ou suas funcionalidades.
Para construir um padrão acessível, em 1999 a
W3C (World Wide Web Consorcium) criou um
conjunto de diretrizes, a chamada WCAG 1.0 (W3C
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Ribas. Lacerda, Matos e Ishikawa
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1999), descritas em um documento que
abrange várias recomendações para construir
uma página da web totalmente acessível.
Em 2008 este documento foi ampliado,
com o objetivo de aumentar a abrangência da
verificação, atingindo assim, um público mais
variado.
Esse novo projeto tem por princípio, além
de
especificar
recomendações
a
determinadas linguagens, criar um padrão de
acessibilidade para linguagens e tecnologias
que ainda não foram criadas.
A seguir citam-se quatro critérios em que
se agrupam esses princípios (W3C 2008):
1. Perceptível: A informação e os
componentes da interface do usuário
devem ser apresentados ao usuário em
formas que possam ser percebidos.
2. Operável: Os componentes de interface
de usuário e a navegação devem ser
facilmente operados pelo usuário.
3. Compreensível: A informação e a
operação da interface de usuário devem
ser compreendidos pelo usuário.
4. Robusto: O conteúdo tem de ser robusto
o suficiente para poder ser interpretado
de forma concisa por diversos agentes do
usuário, incluindo tecnologias assistivas,
como por exemplo, o leitor de voz.
Dentro
desses
princípios
existem
recomendações. Por existirem muitas
recomendações serão exemplificadas apenas
as do princípio Perceptível.
1. Perceptível
1. Alternativas em Texto: Fornecer alternativas
em texto para qualquer conteúdo não textual.
2. Mídias com base no tempo: Fornecer
alternativas para mídias com base no tempo.
3. Adaptável: Criar conteúdos que possam ser
apresentados de diferentes maneiras (por ex.,
um layout mais simples) sem perder informação
ou estrutura.
4. Discernível: Facilitar a audição e a visualização
de conteúdos aos usuários, incluindo a separação
do primeiro plano e do plano de fundo.
Dentro dessas recomendações existem ainda
pontos de verificação, que detalham ainda mais os
requisitos de uma página acessível, e como existem
muitos pontos dentro de uma recomendação. Neste
artigo será exemplificado somente os pontos da
recomendação Adaptável.
1. Perceptível
3. Adaptável
1. Informações e Relações: As informações, a
estrutura e as relações transmitidas através de
apresentação podem ser determinadas de forma
programática ou estão disponíveis no texto.
2. Sequência com Significado: Quando a
sequência na qual o conteúdo é apresentado afeta o
seu significado, uma sequência de leitura correta
pode ser determinada de forma programática.
3. Características Sensoriais: As instruções
fornecidas para compreender e utilizar o conteúdo
não dependem somente das características
sensoriais dos componentes, tais como forma,
tamanho, localização visual, orientação ou som.
Os pontos de verificação que foram
implementados na estrutura do sítio estão listadas
na tabela 1. Estas recomendações fazem parte dos
quatro princípios da WCAG.
Tabela 1 – Recomendações da WCAG relacionadas à estrutura do FRAMEMK.
Ponto de
Princípio
Recomendação
Descrição
verificação
Criar conteúdos que possam ser apresentados
1.3.1 Informações
de diferentes maneiras (por exemplo, um layout
1 Perceptível
1.3 Adaptável
e Relações
mais simples) sem perder informação ou
estrutura.
1.4.6 Contraste
Facilitar a audição e a visualização de conteúdos
1 Perceptível
1.4 Discernível
(Melhorado)
aos usuários, incluindo a separação do primeiro
plano e do plano de fundo.
3.2.3 Navegação
Fazer com que as páginas Web surjam e
3 Compreensível
3.2 Previsível
Consistente
funcionem da forma esperada.
2 Operável
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2.4 Navegável
2.4.4 Finalidade
do Link (Em
Contexto)
Fornecer formas de ajudar os usuários a
navegar, localizar conteúdos e determinar o
local onde estão dentro da página.
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Aplicação dos critérios de acessibilidade: um estudo de caso na página do framework de preço de venda
O trabalho de validação abrange muitos
outros critérios, e para aplicá-los foram
utilizados validadores, tal como o validador de
Html/XHtml (W3C Markup Validation 2010) e
o validador de CSS (W3C CSS Validation
Service 2010).
À medida que o código da página é
corrigido com a assistência dos validadores, a
página se torna mais acessível, porém a
aplicação dos critérios acima apresentados
necessita uma reestruturação da página,
objeto de estudo do presente artigo.
Dentre as mudanças efetuadas na
estrutura do sítio encontra-se a divisão e
organização das folhas de estilo, a organização dos
conteúdos do sítio por assunto, a remoção das tags
principais de cada página e o novo sistema de
indexação das páginas.
3. APLICAÇÃO DOS PONTOS DE VERIFICAÇÃO
O método de desenvolvimento deste trabalho foi
feito nas atividades e subatividades representadas
graficamente por meio do diagrama de atividades
UML (Unifield Modeling Language) (LIMA, 2009),
ilustradas na figura 1.
Figura 1 – Método de Desenvolvimento do Trabalho.
A atividade de Validar Página é responsável
por legitimar o código da página em uma
ferramenta de validação. Caso o código esteja
correto, a atividade que será executada é a
Publicar página. Do contrário, se erros forem
encontrados, a atividade Avaliar erros será
realizada.
A atividade Validar erros é composta por
três subatividades, sendo a primeira delas a
Analisar erros. Esta atividade consiste em
verificar os pontos do código que apresentam
erros, para então ser efetuada a segunda
atividade Pesquisar causa do erro. Nesta
atividade, são lidas as descrições dos erros
que podem levar a solução dos mesmos,
porém as vezes é necessário uma pesquisa
mais aprofundada no documento de
acessibilidade (W3C 2008).
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Depois de serem encontradas as causas são
testadas as soluções mudando o código, tarefas
pertencentes à última subatividade de Testar
possíveis soluções.
Completada a atividade Avaliar erros a página é
revalidada, o que torna o processo iterativo voltando
a atividade de Validar Página.
A seguir serão descritos como os pontos de
verificação foram analisados e implementados com a
ajuda
dos
validadores,
conforme
citado
anteriormente.
3.1 INFORMAÇÕES E RELAÇÕES
Esta recomendação requer que as informações, a
estrutura e as relações transmitidas através de
apresentação possam ser determinadas de forma
programática ou estão disponíveis no texto.
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Ribas, Lacerda, Matos e Ishikawa
Usa-se esta recomendação como base
para reestruturar o código fonte do sítio
FRAMEMK, pois no sítio as tags encontravam-
se fora da ordem de precedência, como por
exemplo, as tags <h1> e <h2>, ilustradas na figura 2.
Figura 2 – Exemplo de tags desordenadas.
Este problema é comum em sítios web não
validados, e pode ser corrigido ordenando as
tags pela sua ordem de precedência, como ilustra a
figura 3.
Figura 3 – Exemplo de tags ordenadas.
A tag “h1” possui um nível hierárquico
superior à tag “h2”, portanto, ela deve ser
apresentada antes. Somente pode ser usada a
tag “h2” quando houver uma tag anterior
denominada de “h1”.
Outro
exemplo
da
aplicação
desta
recomendação, foi a extração das tags “html”,
“body” e “head” pois detectou-se um erro de
duplicidade da estrutura das tags quando uma
página era incluída no sítio do FRAMEMK. A figura 4
ilustra este problema.
Figura 4 – Exemplo de código replicado.
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Aplicação dos critérios de acessibilidade: um estudo de caso na página do framework de preço de venda
A solução destes problemas problemas na
estrutura do código fonte permitiu ao sítio
FRAMEMK ter uma melhor interface gráfica e
adaptabilidade com os navegadores de
internet e tecnologias assistivas.
3.2 CONTRASTE (MELHORADO)
Este critério tem por objetivo tornar o
acesso a informação mais facilitado
independente do tipo de usuário. Logo, foi
aplicado à página por uma necessidade e não
um erro gerado pelo validador.
Para garantir uma maior acessibilidade para
portadores de deficiência visual, foram construídas
duas ferramentas de acessibilidade, mudando a
estrutura da interface do sítio. Estas estruturas
foram construídas em Java Script e permitem a
mudança da estrutura do texto e links de navegação
em tempo real.
Uma entidade construída foi para atender as
necessidades de pessoas com miopia e/ou
hipermetropia. Esta ferramenta consiste em
aumentar ou diminuir o tamanho da fonte do sítio
FRAMEMK. Estas mudanças de fonte estão ilustradas
na figura 5.
Figura 5 – Mudanças de fonte através da ferramenta de acessibilidade
A segunda estrutura utilizada no sítio
FRAMEMK foi construída para atender as
necessidades de pessoas que sofrem de
daltonismo. Esta consiste tirar o contraste da
página, deixando-a somente em preto e branco,
conforme ilustrado na figura 6.
Figura 6 – Mudanças de contraste através da ferramenta de acessibilidade
3.3 ARQUITETURA DO FRAMEMK
Este item trata de uma implementação
necessária para a aplicação da recomendação
3.2 Previsível.
3.3.1 Indexação das folhas de estilo e
estrutura do corpo.jsp
No antigo sítio do FRAMEMK, a folha de
estilos principal se encontrava em um único
arquivo e estava ligada a várias páginas,
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tornando-a grande e desorganizada, não estando em
conformidade com os padrões da W3C.
Para este problema foi necessário dividir a página
original em várias páginas, por exemplo, o cabeçalho
e o menu foram separados em uma única página,
assim por diante. Para manter a estrutura da página
os pedaços foram incluídos em uma única página
chamada “corpo.jsp”.
A figura 7 ilustra essa divisão pelo diagrama de
componentes da página “corpo.jsp”.
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Ribas, Lacerda, Matos e Ishikawa
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Figura 7 – Diagrama da página corpo.jsp
Os componentes “linkAnterior.js” e
“rodapé.jsp” do diagrama, pertencem ao
pacote “corpo.jsp”, porém são ligados à
página “index.jsp”, porque é necessário
manter a ordem em que os componentes de
interface aparecem na tela, conceito que será
explicado no próximo item deste artigo.
Com a divisão das páginas foi possível dividir o
CSS, que também se encontrava em um único
arquivo, relacionando as partes com as páginas que
compõe o arquivo “corpo.jsp”.
A figura 8 ilustra o diagrama de componentes da
divisão das Folhas de estilo.
Figura 8 – Diagrama de componentes do CSS
A figura 9 ilustra visualmente a divisão das páginas que compõe o “corpo.jsp”.
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Aplicação dos critérios de acessibilidade: um estudo de caso na página do framework de preço de venda
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Figura 9 – Separação dos elementos da página
3.3.2 Navegação Consistente
A inclusão dessas páginas na página
“corpo.jsp”, atende o ponto de verificação
3.2.3
Navegação
Consistente
da
recomendação 3.2 Previsível. Esse ponto de
verificação descreve que a ordem em que os
componentes de interface aparecem na tela
não deve ser mudada, a menos que essa ação
seja de conhecimento do usuário, criando
assim um padrão de interface.
O
componente
“index.jsp”
é
correspondente à página índice do sítio, o
pacote “CSS” corresponde à ligação da
página índice às folhas de estilo, o pacote
“corpo” é correspondente aos elementos da
página principal, assim montando uma
estrutura que atende ao ponto de verificação
porque a página “index.jsp” incluirá o “corpo.jsp”
antes de todas as outras páginas, nunca alterando a
ordem da interface da página inicial. Esta
implementação também está ilustrada na figura 14
do item 3.4.1 deste artigo.
3.4 FINALIDADE DO LINK (EM CONTEXTO)
Para obedecer esta recomendação, foi necessário
alterar a lógica de ligação das páginas do sítio
FRAMEMK, pois na versão anterior, as páginas eram
adicionadas dentro de uma indexação fixa, incluindo
as páginas conforme uma variável passada por
parâmetro no navegador. Esta passagem de
parâmetro está ilustrada na figura 10.
Figura 10 – Passagem de parâmetro pelo sítio antigo do FRAMEMK.
Esse tipo de indexação fixa não atende ao
critério 2.4 Navegável, pois os usuários,
utilizando ou não uma ferramenta como o
leitor de voz, não conseguem se localizar ou
identificar
a
página
pelo
endereço
apresentado.
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3.4.1 Ferramenta de indexação
No sítio antigo, tinha-se por base um arquivo
denominado “Conteudo.jsp”, onde se encontravam
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todas as referências dos links e inclusões das
páginas, conforme ilustrado na figura 9.
O código do arquivo, “Conteudo.jsp” está ilustrado na Figura 11.
Figura 11 – Parte do conteúdo do arquivo Conteudo.jsp.
Este mecanismo funciona com a criação de
uma variável dinâmica que “inclui” as outras
páginas por meio de uma chamada no navegador,
ilustrado na figura 12.
Figura 12 – Exemplo de endereçamento do sítio novo.
O código desta nova implementação está escrito na Figura 13.
Figura 13- Novo Código.
A diferença é que a adição de uma nova
página ao sítio é feita através de inclusão de
um link em um nível acima da página criada,
ou seja, seu pai. Já no método anterior era
necessário criar um novo índice dentro da
estrutura de múltipla escolha, o que dificulta
o processo de manutenção da página.
Esse sistema é implementado através da
criação de uma variável dinâmica, por
exemplo, se for necessário criar uma nova
página dentro do “contexto do aplicativo”,
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basta somente criar um novo link dentro desta
página.
Vale
também
ressaltar
que
a
nova
implementação é mais simples e menor que a
antiga, pois a variável String dispensa o uso do
comando de múltipla escolha do método anterior. A
figura 14 além de complementar a explicação do
item 3.2.2 deste artigo, também mostra a
implementação da variável dinâmica pelo diagrama
de pacotes.
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Aplicação dos critérios de acessibilidade: um estudo de caso na página do framework de preço de venda
Figura 14 – Diagrama da página índice
Como já observado na figura 14, a variável
“Pagina.jsp” representa o novo sistema de
indexação do sítio. O pacote “paginas”
denotado no diagrama da figura 14
representa as páginas dos outros conteúdos do sítio,
ilustrado na figura 15.
Figura 15 – Diagrama do pacote páginas
Cada componente citado na figura 15 é um
conteúdo do menu horizontal do sítio. Por
exemplo, o componente “areas.jsp” é
correspondente á página “Áreas de atuação”,
o
componente
“ferramentas.jsp”
corresponde à página “Ferramentas”, etc.
Os pacotes “Contexto do aplicativo” e
“Padroes de projeto” foram criados pela
necessidade de dividir as páginas contidas
dentro desses temas, atendendo também a
recomendação de navegabilidade porque no
sítio antigo do framework a navegabilidade
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era totalmente centralizada, dificultando a procura
de algum arquivo ou documento.
As páginas restantes que estão denotadas dentro
deste pacote são apenas páginas que podem ou não
conter arquivos, porém geralmente são páginas
pequenas que só contém um pequeno conteúdo.
Dentro destes dois pacotes há outros pacotes e
uma página que liga estes à página de nível superior,
como ilustra a figura 16.
Subsequente cada pacote dentro do pacote
“Padroes de projeto” contém outros pacotes e uma
outra página que liga estes pacotes a um nível
superior.
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Ribas, Lacerda, Matos e Ishikawa
Figura 16 – Diagrama do pacote “Padrões de projeto”
4. CONCLUSÕES
No presente artigo, foram apresentados
os critérios que relevantes à reestruturação
do sítio do FRAMEMK.
Todas as mudanças realizadas tiveram
como
base
as
recomendações
de
acessibilidade web (WCAG). Essas mudanças
geraram uma melhor interface e organização
tanto para o usuário quanto para o
desenvolvedor e tecnologias assistivas.
É importante ressaltar que existem outras
recomendações que foram implementadas no
sítio do FRAMEMK, porém não exigiram uma
reestruturação. O sítio do FRAMEMK ainda
está em processo de mudança, um banco de
dados será implementado ainda no final deste
ano, podendo assim ter sua estrutura
modificada novamente para atender à nova
necessidade.
As mudanças na estrutura do sítio do
FRAMEMK foram satisfatórias para os
desenvolvedores, pois agora com a nova
estrutura, é mais fácil localizar arquivos e
documentos, então pode-se concluir que um
sítio com um padrão de estrutura traz uma
melhora de custo e benefício também para o
seu desenvolvedor. Apesar deste tipo de sítio
ter um processo mais lento de construção, a
manutenção e a adaptação de novas
tecnologias é mais rápido comparado aos
sítios construídos sem nenhum planejamento.
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BARANAUSKAS, M.C.C. & MANTOAN, M.T.E.
Acessibilidade em ambientes educacionais:
Revista Tecnológica
Agradecemos a Fundação Araucária pelo apoio
financeiro concedido ao aluno pesquisador e a
Universidade Tecnológica Federal do Paraná –
Campus Ponta Grossa no que tange ao ambiente de
desenvolvimento do sistema.
Maringá, v. 20. p. 13-23, 2011.
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