Mortalidade por neoplasia maligna pulmonar no Estado

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MORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA PULMONAR NO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
SILVA, Shaiene N. da Costa1; GERMANO, Catiane Prado2; MORAES,
Ângela Nogueira3; PERUCIO, Daniele Teixeira4; OLIVEIRA Kelly de Moura5.
Palavras - chave: Neoplasia. Mortalidade. Tabagismo.
Introdução
O câncer é responsável por mais de 12% de todas as causas de óbitos no mundo:
mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da doença. A incidência das neoplasias é
decorrente de vários fatores, podendo ser, genéticos, ambientais e de modos de vida, como
tabagismo, inatividade física, alimentação inadequada, excesso de peso, consumo excessivo
de álcool, exposição a radiações ionizantes e a agentes infecciosos específicos.
Este trabalho teve como principal objetivo, analisar a incidência do câncer de pulmão
no RS, devido este ter se apresentado com o maior percentual de óbitos no estado dentre os
anos de 2004 a 2006.
Segundo Carneiro et al (2002), o principal agente etiológico do câncer de pulmão é o
tabagismo, com um longo período de latência entre o início e o surgimento do câncer, em
torno de 30 anos. Outros fatores etiológicos estão relacionados, como certos agentes químicos
(como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, níquel, cádmio, encontrados
principalmente no ambiente ocupacional), fatores dietéticos (baixo consumo de frutas e
verduras), doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica),
fatores genéticos e história familiar de câncer de pulmão.
No Brasil, o tabagismo é considerado um problema de saúde pública, pois contribui
para o aumento da incidência de câncer de pulmão, e outros tipos de câncer, tais como de
laringe, esôfago, boca e faringe. (GUERRA et al, 2005).
1
Acadêmica 4º Semestre Curso de Enfermagem UNICRUZ Acadêmica 4º Semestre Curso de Enfermagem UNICRUZ3
Acadêmica 4º Semestre Curso de Enfermagem UNICRUZ4
Acadêmica 4º Semestre Curso de Enfermagem UNICRUZ2
Metodologia
O estudo trata-se de uma revisão bibliográfica. Foram utilizados os descritores,
neoplasia, tabagismo e mortalidade, a pesquisa dos artigos foi realizada no site de busca
Scielo. Os dados foram obtidos do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do
Ministério da Saúde e são relativos a óbitos por Neoplasia maligna da traquéia, brônquios e
pulmões, de acordo com estado e o sexo no período de 2004 à 2006.
Foram observados os princípios de ética em pesquisa conforme resolução 196/96.
Em decorrência da extensão do território brasileiro, optou-se por analisar uma região
com índices mais elevados comparados as demais regiões. Possuindo um sistema de saúde
com registros de melhor qualidade.
Resultados e Discussão
A incidência e mortalidade por câncer de pulmão apresentam-se elevadas em todas as
regiões do mundo, onde persiste o consumo de cigarros. Segundo o Instituto Nacional do
Câncer (INCA), no ano de 2006, foi constatado que mais de 27.000 brasileiros foram afetados
pelo câncer de pulmão.
Para Barros et al (2006), o tabagismo é o principal agente causador do mesmo,
significando que mais de 24.000 casos poderiam ser evitados por ano no Brasil se ninguém
fumasse. Nos últimos anos a incidência no sexo masculino vem se tornando estável,
comparado ao sexo feminino, que teve um aumento gradativo, devido ao hábito de fumar.
Em ambos os sexos, o risco de câncer de pulmão está relacionado ao número de cigarros
fumados por dia, à duração do hábito de fumar (15 a 20 anos), ao modo de fumar (inalar) e
tipo de fumo.
O fumante é exposto a mais de 4 mil substâncias tóxicas. A cessação de fumar reduz
o risco de morte, pelo tabaco aumentando em 9 anos a sobrevida média de uma população. Os
não fumantes, ao conviverem em ambiente onde se fuma (fumantes passivos), passam a ter
maior risco de contrair e morrer de câncer de pulmão.
A prevenção do câncer de pulmão deve ser prioritária, pelo combate ao tabagismo e
adoção de dieta rica em vegetais verdes e frutas, tais redução do consumo de álcool e à prática
de atividades físicas regulares.
Os dados obtidos pelo Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério
da Saúde informam que o índice de mortalidade no Rio Grande do Sul, do câncer de pulmão,
traquéia, brônquios, encontra-se bem elevados comparados aos demais tipos de câncer,
considerando 2627 casos de neoplasias do aparelho respiratório contra 861 casos de
neoplasias do estomago, em relação ao sexo há relevância no sexo masculino.
As estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o ano de 2010 e 2011,
no Rio Grande do Sul, referentes ao câncer de pulmão, traquéia e brônquios, são para o sexo
masculino e feminino, respectivamente, 2710 e 1250 casos novos.
Sendo assim, para se obter uma redução dos novos casos, programas prioritários devem ser
desenvolvidos, visando à luta contra o tabagismo e a promoção de uma alimentação sadia.
Conclusão
De acordo, com o que foi analisado pode-se concluir que para haver uma redução do
número de casos novos e dos óbitos causados pelo câncer de pulmão, será necessário o
desenvolvimento de programas eficazes, para o combate ao tabagismo e campanhas de
incentivo para que a população tenha uma alimentação saudável, e tendo assim, o controle dos
fatores de risco que levam a progressão acelerada da incidência do câncer e sua mortalidade.
No entanto, para que se tenha uma qualidade de vida melhor, quanto mais cedo for
diagnosticado o câncer maior serão as chances de cura.
É de fundamental importância que haja um controle do registro de câncer no Brasil,
para que os dados sejam atualizados constantemente, para o planejamento e avaliação das
ações de controle.
O enfermeiro pode atuar na prevenção primaria visando o controle do tabagismo,
desde a iniciação até a cessação do mesmo, divulgação de informações, entre outros. Na
realização de ações educativas à comunidade, o profissional enfermeiro deve dar prioridade
ao público jovem, para que não iniciem o consumo do tabaco, passando as informações
necessárias do mesmo. Em relação, a população fumante, o enfermeiro deve apoiar no
processo de cessação de fumar, com orientação e aconselhamento a respeito dos malefícios do
uso de derivados do tabaco.
Lembrando-se que o profissional deve dar exemplo aos demais, parando de fumar, ou
abster-se de fumar na presença da comunidade em que se esta atuando.
Referências Bibliográficas.
BARROS, João Adriano; Diagnóstico precoce do câncer de pulmão: o grande desafio.
Variáveis epidemiológicas e clínicas, estadiamento e tratamento. Scielo. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1806-37132006000300008&script=sci_arttext>.
Acesso em: 18 de set. 2010.
CARNEIRO, Ana Paula Scalia; Câncer de pulmão em trabalhadores expostos à sílica. Scielo.
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010235862002000400008>. Acesso em: 18 de set. 2010
GUERRA, Maximiliano Ribeiro; GALLO, Cláudia Vitória de Moura; AZEVEDO, Gulnar;
MENDONÇA, Silva. Risco de câncer no Brasil: tendências e estudos epidemiológicos mais
recentes. Revista Brasileira de Cancerologia. 2005. Disponível em:
<http://www.eteavare.com.br/arquivos/81_392.pdf>. Acesso em: 12 de set. 2010.
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no Brasil. Disponível em <http://www.inca.gov.br/cancer/epidemiologia/estimativa2010/>.
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<http://www.inca.gov.br/cancer/prevencao/>. Acesso em: 18 de set. 2010.
Ministério da Saúde. Informações de saúde: indicadores de saúde. Disponível em:
<http://www.datasus.gov.br/>. Acesso em: 10 set. 2010
Mirra. A.P. Epidemiologia do câncer de pulmão. Sociedade Paulista de Pneumologia e
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2010.
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