trastorno esquizotípico de la personalidad: una

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TRASTORNO ESQUIZOTÍPICO DE LA PERSONALIDAD: UNA REVISIÓN
ACTUALIZADA
SCHIZOTYPAL PERSONALITY DISORDER: AN UPDATE REVIEW
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ESQUIZOTÍPICA: UMA REVISÃO ATUALIZADA
Luana Rayra Monteiro Leite 1; Ana Paula de Araújo Ferreira 2; João Carlos Nascimento de Alencar 3;
Heloísa Karmelina Carvalho de Sousa 4; João Carlos Alchieri 5
1 Graduanda do curso de Psicologia da UFRN, Natal – RN.
2 Graduanda do curso de Psicologia da UFRN, Natal – RN.
3 Graduando do curso de Psicologia da UFRN, Natal – RN.
4 Mestra em Psicologia pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN e doutoranda em
Psicologia pelo Programa de Pós-graduação em Psicologia da UFRN, Natal – RN.
5 Doutor em Psicologia e Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da UFRN, Natal - RN.
[email protected]
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DSM-IV; Trastorno Esquizotípico de la Personalidad; revisión bibliográfica; comorbilidades;
diagnóstico.
DSM-IV; Schizotypal Personality Disorder; bibliography review; comorbidities; diagnostic.
DSM-IV; Transtorno de Personalidade Esquizotípica; revisão bibliográfica; comorbidades;
diagnóstico.
RESUMEN:
Este trabajo tiene por objetivo presentar una revisión actualizada sobre el trastorno esquizotípico de
personalidad (TEP). Las personas con TEP se caracterizan por tener ansiedad excesiva, aislarse y
expresar creencias extrañas y sin fundamentos. Pueden tener dificultades para expresar sus
pensamientos y sentimientos con coherencia, ser desconfiadas y paranoicas. Las personas que
presentan un TEP son alimentadas por un sistema de creencias internas que no requiere de validez
externa. Esta investigación se basa en artículos recientes (publicados en los últimos siete años) que
refieren al trastorno en sí mismo. También son abordadas variaciones de la personalidad
esquizotípica, realizando una breve contextualización histórica y analizando posibles comorbilidades
frecuentes del trastorno. Se presentan los principales síntomas, posibles etiologías y tratamientos
más recientes. Se realizó una revisión de la literatura con el propósito de agrupar informacion es
pertinentes sobre el TEP para esclarecer las principales diferencias con otros trastornos, enfatizando
los criterios diagnósticos de acuerdo con el DSM-IV-TR. Se observó que dichos criterios pueden ser
divergentes en ciertos lugares, como en Brasil, donde no se dispone de instrumentos psicológicos
adecuados para el diagnóstico. Por lo tanto, los trastornos de personalidad representan un
verdadero desafío para los especialistas, ya que existen discrepancias en el proceso evaluativo, lo
que dificulta arribar a un diagnóstico más preciso.
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TRASTORNO ESQUIZOTÍPICO DE LA PERSONALIDAD: UNA REVISIÓN
ACTUALIZADA
ABSTRACT:
This article has the proposal to show an updated review of the schizotypal personality disorder
(SPD), that has as main features: people with excessive anxiety, that remain isolated, with strange
and unfounded believes by science; They can have difficulty in express thoughts and feelings with
coherence. And, generally, they are distrusted and paranoic. Besides, the individuals with SPD have
a system of internal belief that do not require to be accept by the others. This study is based on
articles about SPD that went published in the last seven years. However, it is going to be showed
variations of the schizotypal personality, a short historical context and a discussion about possibles
comorbidities. In this study, will be present the main symptoms of the disorder, etiology and
treatment’s forms. A bibliography review was made to gather information about the SPD, clearing up
its main differences compared to another disorders, according to DSM-IV-TR. The criterions to the
diagnostic can be divergents in some places, like in Brazil, where there is not a proper psychological
test to its diagnostic. So, the personality disorders are a challenge to specialists nowadays, because
there are different forms to diagnostic.
RESUMO:
Este trabalho tem por objetivo apresentar uma revisão atualizada do transtorno de personalidade
esquizotípica (TPE). O TPE se caracteriza por indivíduos excessivamente ansiosos, que se mantêm
isolados, com crenças estranhas e infundadas pela ciência; podem ter dificuldade em expressar seus
pensamentos e sentimentos coerentemente; e são geralmente desconfiados e paranóicos. Além
disso, as pessoas que manifestam o TPE são alimentadas por um sistema de crenças internas e não
exigem que este sistema seja validado pelos outros. A pesquisa está baseada em artigos recentes
(publicados nos últimos sete anos) e que pautam principalmente o transtorno em si. No entanto,
ainda são abordadas variações da personalidade esquizotípica, uma breve contextualização histórica
e discorre sobre possíveis comorbidades presentes neste transtorno, também apresenta os
principais sintomas, possíveis etiologias e formas de tratamento. Uma revisão bibliográfica foi feita,
com o intuito de agrupar informações pertinentes a respeito do TPE, de modo a esclarecer as
principais diferenças com os demais transtornos, enfatizando nos critérios de seu diagnóstico, de
acordo com DSM-IV-TR. Observou-se que os discernimentos para o diagnóstico podem ser
divergentes, principalmente em locais onde não existe um instrumento adequado para tal
diagnóstico, como no Brasil. Assim, os transtornos de personalidade representam ainda hoje um
verdadeiro desafio para os especialistas, já que existem diferentes maneiras de se diagnosticar,
dificultando assim, a formação de uma análise mais precisa.
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INTRODUÇÃO
Os transtornos de personalidade são caracterizados por um padrão durável de vivência íntima
ou comportamento que se afasta acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, padrão
este hostil e firme, que tem seu início geralmente na adolescência ou começo da idade adulta. É
estável ao longo do tempo e gera aflição ou dano no funcionamento social, ocupacional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo em questão [1].
Alguns transtornos de personalidade foram conhecidos dos antigos, mas no que tange,
especificamente, o Transtorno de Personalidade Esquizotípica, sua história é uma construção
relativamente nova, que emergiu da sua relação com a esquizofrenia e progride através de esforços
para dizer exatamente onde as duas síndromes começam e terminam [2].
A personalidade esquizotípica foi, por um longo período, referida como esquizofrenia ou
borderline.
Somente quando uma amostra de psiquiatras foi convocada para discriminar
esquizofrenia e borderline, o Transtorno da Personalidade Esquizotípica nasceu oficialmente [2].
O Transtorno da Personalidade Esquizotípica (TPE) se caracteriza por um molde hostil de
déficits sociais e interpessoais, caracterizado por um agudo desconforto em se relacionar e reduzida
habilidade para relacionamentos íntimos, além de distorções cognitivas ou perceptivas e conduta
excêntrica [1], [3], [4].
O DSM-IV apresenta como critérios diagnósticos para o TPE os seguintes aspectos: a
presença de ideias de referência; crenças bizarras, estranhas, que influenciam o comportamento e
são inconsistentes com as normas da cultura; experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões
somáticas, pensamento e discursos bizarros; e desconfiança ou ideação paranóide. Afeto
inadequado, aparência e comportamento esdrúxulo; ausência de amigos íntimos ou confidentes e
ansiedade social excessiva que não diminui com a familiaridade associadas com temores paranóides,
ao invés de julgamentos negativos acerca de si próprio, também são requisitos primordiais no
diagnóstico. Além disso, é importante considerar a presença de ideias de referência excluindo os
delírios de referência nas pessoas que manifestam o transtorno supracitado. Tais ideias são
caracterizadas pela sensação de que incidentes casuais e acontecimentos externos têm um
significado particular e incomum, específico para a pessoa; e devem ser diferenciadas de um delírio
de referência, no qual uma crença é mantida com convicção delirante [1], [5].
Pessoas que manifestam esse tipo de transtorno aparentam serem diferentes, estranhas e
misteriosas. Mostram-se ansiosas em excesso diante de qualquer pessoa, portanto, preferem se
manter isoladas. Desta forma, costumam criar pensamentos que desenvolvem crenças esquisitas e
não comprovadas cientificamente [4]. Eles interpretam as relações interpessoais de forma
problemática e não se sentem cômodos nestas relações. Podem inclusive expressar infelicidade
devido à falta dessas relações, mas seus comportamentos sugerem uma falta de desejos de contato
íntimo [1].
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Indivíduos que manifestam este transtorno podem acreditar possuir poderes especiais para
descrever os fatos antes que eles ocorram ou para ler os pensamentos das outras pessoas. Podem
crer que têm um controle mágico sobre os demais [1]. E, muitas vezes, adotam estratégias como
hipervigilância e relutância em confiar nas pessoas, para compensar essas crenças [6].
Pacientes portadores do Transtorno de Personalidade Esquizotípico possuem uma deficiência
no sentimento de emoções prazerosas, como carinho, amor, orgulho e alegria, no entanto, essa
deficiência não existe quando se fala de emoções negativas [2].
Eles, muitas vezes, apresentam experiências ou sintomas psicóticos subclínicos, como
desconfiar ou acreditar que as pessoas estão falando sobre eles ou têm interesse de prejudicá-los.
Também não tem amigos e ficam ansiosos em situações sociais [6].
Há relatos de que o Transtorno da Personalidade Esquizotípica ocorre em aproximadamente
3% da população geral [1].
Dessa maneira, o presente artigo tem como objetivo levantar informações atuais acerca do
Transtorno de Personalidade Esquizotípica, enfatizando no seu critério de diagnóstico, assim como
outras particularidades.
DIFERENCIAIS
Alguns transtornos
de
personalidade podem
ser
confundidos
com
o transtorno
de
personalidade esquizotípica, dessa maneira, é importante distinguir entre esses transtornos com
base nas diferenças em seus aspectos característicos.
Embora os transtornos de personalidade paranóide e esquizóide possam também ser
caracterizados
por
distanciamento
social
e
afeto
restrito,
o Transtorno
da
Personalidade
Esquizotípica pode ser distinguido destes dois transtornos pela presença de distorções cognitivas ou
perceptivas e acentuada excentricidade ou esquisitice, como já foi dito anteriormente [1], enquanto
que os transtornos de personalidade paranóide e esquizóide comumente não apresentam estas
últimas características.
Na análise dos instrumentos que medem a esquizotipia observa-se a existência de pelo
menos duas dimensões totalmente distintas: a primeira denominada distorção da realidade e, se
assemelha a aspectos positivos dos sintomas esquizofrênicos. A segunda já se relaciona com os
sintomas negativos, podendo ser considerada uma dimensão de anedonia social e outros déficits
afetivos e de condução [7], [8].
A esquizotipia possui grande importância por sua capacidade de detectar pessoas vulneráveis
a desenvolver transtornos esquizofrênicos [3], [8], [9]. Seu diagnóstico possibilita a identificação de
uma vulnerabilidade para o desenvolvimento da esquizofrenia. Pois traços esquizotípicos favorecem
esta vulnerabilidade genética [8]. Um aspecto que diferencia esses dois transtornos é o fato das
experiências psicóticas das pessoas com personalidade esquizotípica normalmente serem menos
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perturbadoras do que as com personalidade esquizofrênica, causam ainda menor prejuízo funcional
e são apresentadas com menor clareza do que as dos pacientes com um diagnóstico de
esquizofrenia [6].
Não só o Transtorno da Personalidade Esquizotípica, como também os transtornos
esquizóides e paranóides da personalidade às vezes antecedem o início da esquizofrenia, portanto
de acordo com o DSM-IV não se sabe ao certo se estes transtornos de personalidade são simples
antecedentes da esquizofrenia ou se constituem um transtorno distinto prévio [1].
Estudos
realizados
indicam
que em
familiares
de
pacientes com
esquizofrenia
aparecem traços de personalidade esquizotípico com mais intensidade do que na população em
geral.
Há
poucos estudos
interculturais
em esquizotipia. É
possível
que
alguns
de
seus
componentes se distribuíam de maneira diferente em populações distintas a aquelas em que se tem
construído a maior parte dos instrumentos destinados a medi-la, e que essas diferenças podem ser
variadas entre esquizotipia e esquizofrenia. Assim, há a necessidade de destacar a necessidade
de levar em conta fatores culturais específicos para a população estudada para dar sentido à relação
entre esquizotipia e esquizofrenia [8].
É muito clara a importância de aspectos e experiências culturais e sociais em que vivem o
sujeito avaliado e que afetam a leitura de seu entorno e realidade pessoal. Se deve considerar que a
experiência do transtorno é incorporada nos universos locais da família, nas redes sociais e
instituições de trabalho e na comunidade. Há uma necessidade de realizar um estudo maior sobre a
composição dimensional de esquizotipia em amostras de populações culturalmente diferenciadas,
bem como a possibilidade de encontrar gradientes na intensidade com que seus componentes dão
conta das diferenças em esquizotipia entre pessoas precedentes de diferentes culturas [8].
Algumas características podem parecer serem as mesmas em diferentes transtornos, porém,
a explicação para tal comportamento em questão pode variar, isto é o que diferencia esses
transtornos que aparentemente são iguais.
Existem certas similaridades também entre o transtorno de personalidade esquizotípica e o
transtorno
de
personalidade
esquizóide.
Ambos
são
caracterizados
pela
hesitação
de
relacionamentos interpessoais, mas as pessoas com personalidade esquizotípica também tendem a
presenciar sinais psicóticos e distinções comportamentais pronunciadas, ao passo que aquelas com
transtorno de personalidade esquizóide apresentam-se afastadas, indiferentes e sem aspectos
notáveis [6].
TPE: ASPECTOS FUNDAMENTAIS PARA O DIAGNÓSTICO E TRANSTORNOS ASSOCIADOS
Os
indivíduos
com Transtorno
da
Personalidade
Esquizotípica freqüentemente
buscam
tratamento para os sintomas associados de ansiedade, depressão ou outros afetos disfóricos, ao
invés de para os próprios aspectos do transtorno da personalidade. Pessoas com este transtorno de
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personalidade podem apresentar episódios psicóticos principalmente em resposta ao estresse [1],
[6].
No que se refere a transtornos associados, este tipo de transtorno se apresenta com mais
freqüência simultaneamente com os transtornos de personalidade esquizóide, paranóide, esquiva e
borderline. Em alguns casos podem desenvolver-se sintomas psicóticos clinicamente significativos
que satisfazem os critérios para transtorno psicótico breve, transtorno esquizofreniforme, transtorno
delirante ou esquizofrenia. Mais da metade dos indivíduos podem ter uma história de pelo menos
um episódio depressivo maior. Cerca de 30 a 50% dos indivíduos diagnosticados com este
transtorno têm um diagnóstico concomitante de transtorno depressivo maior, quando admitidos em
um contexto clínico [1].
A
é
esquizotipia é
distribuído ao
longo de
considerada como
um
um
continuum dinâmico
de
constructo
multidimensional que
vulnerabilidade do
desenvolvimento
neurológico para a esquizofrenia. O interesse na avaliação da esquizotipia está focado na detecção
de indivíduos com susceptibilidade a distúrbios esquizofrênicos [9].
Para isso, há uma extensa quantidade de instrumentos que avaliam os traços esquizotípicos
com várias propriedades psicométricas. O Schizotypal Personality Questionnaire nas suas duas
versões, e as escalas do grupo da Universidade de Wisconsin, Perceptual Aberration Scale, Magical
Ideation Scale, Physical Anhedonia Scale e Revised Social Anhedonia Scale apresentam melhores
propriedades psicométricas que o resto das escalas. As medidas de esquizotipia teriam de melhorar
em
determinadas
questões relacionadas com o formato de
preditiva. Possíveis
linhas
de pesquisas
resposta, a confiabilidade teste-reteste e validade
futuras devem
levar
em
conta
a
aplicação
de
diferentes modelos estatísticos, o uso de tecnologia da informação e estudo em diferentes culturas
[9].
Assim, existe uma vasta variedade de instrumentos que avaliam e identificam esquizotipia e
propensão às psicoses. Muitos deles foram produzidos em inglês, porém, nenhum foi traduzido para
o português, exceto o questionário da personalidade esquizotípica [3], que por sua vez é o mais
utilizado para a avaliação da esquizotipia [5]. O SPQ – Questionário de personalidade esquizotípica,
foi produzido a partir do DSM-III-R e é composto por subescalas para os nove traços característicos
do transtorno esquizotípico. Possui ainda em sua estrutura 74 afirmativas que podem ser
respondidas com “sim” ou “não” [5].
Quando aplicados testes de avaliação psicológica em pacientes com transtorno de
personalidade esquizotípica, estes apresentam altas pontuações em abertura à experiência e
neuroticismo, e baixas pontuações em extroversão e socialização [4].
O diagnostico de TPE é considerado um importante fator de vulnerabilidade para o
desenvolvimento de esquizofrenia [5], [9], que tem um curso crônico e marcado por recaídas e
remissões, manifestando-se costumeiramente no inicio da idade adulta. Portanto, tendo em vista
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que indivíduos previamente diagnosticados como portadores de TPE tem risco aumentado para
esquizofrenia, o reconhecimento de indivíduos com TPE e seu engajamento em programas de
prevenção desse transtorno poderiam não só atenuar o sofrimento associado a ele, como diminuir
custos relacionados à terapia farmacológica e institucional dos novos casos [5]. Assim, torna-se
inquestionável a importância de um diagnóstico cada vez mais preciso e apurado.
Chapman Schizotypy Scales é outro instrumento de avaliação psicológica que avalia cinco
dimensões da esquizotipia, entre elas estão a anedonia física e social, pensamentos mágicos, não
conformidade impulsiva e distorções perceptiva. Já o Structured Interview for Schizotypy é um
instrumento com estrutura de entrevista que tem como intuito aferir em experiências esquizotípicas
[5].
A tradução para o português do SPQ foi feita por Hélio Tonelli (Psiquiatra, coordenador do
Ambulatório de Transtornos do Espectro da Esquizofrenia do Hospital Nossa Senhora da Luz),
revisada por Marcelo Daudt Von der Heyde, Cristiano Estevez Alvarez e Adrian Raine. E foi
retraduzida para o inglês por um tradutor profissional cego para o instrumento original. A versão
retraduzida do instrumento foi revista e aprovada pelo autor do instrumento. Estudos de validade,
confiabilidade
e
adaptação
cultural
na
população
brasileira
precisam,
contudo,
ser
feitos
adicionalmente [3].
O MCMI-III, por sua vez, foi desenvolvido em 1994, seguindo as atualizações do DSM-IV.
Vale salientar que a atualização do DSM-IV para o DSM-IV-TR envolveu apenas revisão textual, não
havendo modificação nos termos diagnósticos. A versão mais atual do MCMI é o terceiro
instrumento para avaliação da personalidade mais utilizado no contexto internacional, ficando atrás
apenas do Rorschach e do Minnesota Multiphasic Personality Inventory-II, em termos de produção
científica. No Brasil, nenhuma das versões do instrumento foi adaptada até então, embora estudos
com uma versão traduzida estejam em andamento [10]. Tornando-o pioneiro em tal aspecto, o que
aponta o escasso número de questionários propícios para diagnósticos específicos, já que não houve
outros, assim, torna-se necessário e imprescindível instrumentos adequados para diagnósticos de
transtornos de personalidade, sobretudo em lugares como o Brasil. Onde só existe um só
instrumento traduzido (SPQ) quando se trata do transtorno de personalidade esquizotípica [3], [5].
FORMAS DE TRATAMENTO
O que se refere aos transtornos de personalidade é um tema relativamente recente dentro do
campo da mudança de comportamento. No caso do transtorno de personalidade esquizotípico, a
situação ainda apresenta-se mais indefinida, precisamente por sua relação com os transtornos
psicóticos (tanto quanto ou ainda mais imprecisos que os transtornos de personalidade) [11].
Visto a dificuldade no que se refere ao TPE, tem sido necessária uma atuação simultânea,
com diferentes procedimentos, em cada um dos diferentes problemas de comportamento. Contudo,
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em muitos casos torna-se necessário selecionar entre as aparições dos diferentes problemas de
comportamento, especificamente aquelas que supostamente podem causar maiores repercussões
negativas e que, também, poderia ser tratada de modo mais imediato [11].
É importante ressaltar ainda a relação que pode existir entre a dinâmica familiar e as
distintas alterações presentes no Transtorno da Personalidade Esquizotípica. Cabe ressaltar também
que, por exemplo, na esquizofrenia a terapia familiar é um ingrediente fundamental na intervenção
e parece bastante clara a ideia que uma alta emoção expressada tem uma relação importante com
as recaídas nestes clientes. No caso do transtorno esquizotípico estes aspectos também parecem ser
importantes. Além disso, o comportamento familiar pode estar favorecendo determinadas condutas,
relacionadas com o comportamento perturbador do sujeito [11].
Não é simples desenvolver um bom relacionamento terapêutico, visto as peculiares do
transtorno, mas um exame regular dos objetivos compartilhados e da ambivalência, em relação à
mudança, pode ajudar. A terapia, que tem como alvo crenças e táticas características e utiliza
retribuição verbal e experimentos comportamentais, pode encurtar o sofrimento e aprimorar a
qualidade de vida desses indivíduos. É importante lembrar que os inícios da terapia cognitiva, como
o realce na colaboração e na descoberta orientada, facilitam o trabalho com esse grupo de pacientes
e tornam o sucesso mais provável [6].
Cabe ressaltar a escassez de pesquisas sobre as características cognitivas e comportamentais
de pessoas com diagnóstico de transtorno de personalidade esquizotípica [6]. Conclui-se que novas
pesquisas devem ser feitas a cerca do transtorno, e sobre o próprio tratamento.
CONCLUSÕES
Conforme foi possível observar neste artigo acerca do transtorno de personalidade
esquizotípica, diferente de alguns transtornos da personalidade, este não foi conhecido dos antigos
por se tratar de uma construção relativamente nova, pois surgiu de uma relação com a
esquizofrenia. Ele é de imensa importância para detectar pessoas vulneráveis ao desenvolvimento
de transtornos esquizofrênicos.
No entanto, foi possível perceber que não apenas este, mas os transtornos da personalidade
esquizóide
e
paranóide
também
podem
anteceder
a
esquizofrenia
e,
portanto,
possuem
similarmente uma relação com esta.
Foram perceptíveis ainda as principais características que constituem a esquizotipia, suas
semelhanças com outros transtornos e as respectivas diferenciações entre eles, o que nos
possibilitou uma melhor clareza acerca dos aspectos principais ou mais evidentes de cada
transtorno.
As formas de diagnóstico são vastas, no entanto, o fato de a maioria dos instrumentos de
avaliação psicológica ser produzidos em outros países dificulta nosso manuseio destes, entretanto,
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possuímos um instrumento de avaliação especificamente da esquizotipia, o SPQ – Questionário de
Personalidade Esquizotípica, que é o mais utilizado no Brasil para o diagnóstico da esquizotipia.
Outro importante fator descoberto foi a relevância do diagnóstico da esquizotipia para a identificação
de pessoas susceptíveis a distúrbios esquizofrênicos.
Então consideramos que ainda devem ser realizadas outras pesquisas relacionadas ao TPE
para que aspectos mais relevantes acerca deste sejam desvendados, inclusive para que suas
características tão intrinsecamente relacionadas às da esquizofrenia possam ser esclarecidas de
forma cada vez mais sólida.
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