ELE401 – Circuitos Magnéticos CAPÍTULO II – MATERIAIS MAGNÉTICOS 2.1 INTRODUÇÃO Desde a antiguidade os gregos já conheciam o fato de que certas pedras tinham a capacidade de atrair pequenos pedaços de alguns metais. Como muitas destas pedras foram encontradas em Magnésia, na Ásia Menor, os gregos chamaram a substância de magnetita ou magnética. Esta substância (Fe3O4) constitui o que se chama na atualidade de “imãs naturais”. Por volta de 2630 a.C., os chineses perceberam que pequenas barras de um certo minério tinham a estranha propriedade de apontar sempre em direção ao pólo norte, o que levou à descoberta da bússola, que nada mais é do que um pequeno imã natural. Além dos imãs naturais, existem nos dias de hoje, imãs desenvolvidos pelas mãos do homem, são os chamados “imãs artificiais”. S N N S S N S N N S S N N S N S Figura 2.2 – Atração/Repulsão dos Pólos O que acontecerá se tentar dividir ao meio o imã apresentado à figura 2.1? Serão obtidos pólos norte e sul separados? Não, na realidade é impossível separar os pólos de um imã. Portanto, no caso da divisão ao meio, seriam obtidos dois novos imãs menores (com pólos norte e sul) e assim sucessivamente caso fossem realizadas novas divisões. A figura 2.3, a seguir, ilustra esta condição. N Um imã qualquer apresenta duas regiões bem distintas, próximas às quais as ações magnéticas são mais intensas; pode-se verificar esta propriedade jogando limalha de ferro nas proximidades de um imã em forma de barra. A limalha será atraída pelo imã e se concentrará em grande parte nas extremidades dele. Estas regiões são denominadas pólos do imã. A extremidade que aponta em direção ao norte é chamada de pólo norte do imã e a outra extremidade é o pólo sul. Os dois pólos de um imã, ou seja, os pólos norte e sul formam um “dipolo magnético”. Para se distinguir os pólos é costume hachurar o pólo norte, conforme ilustra a figura 2.1 a seguir. N S N S S N S Figura 2.3 – Inseparabilidade dos Pólos Portanto, os pólos norte e sul de um imã são inseparáveis. Isto ocorre porque a estrutura magnética mais simples que existe na natureza é o dipolo magnético elementar. Em outras palavras, os imãs, ou os materiais (de uma forma geral), possuem uma infinidade de dipolos magnéticos elementares, como àqueles apresentados esquematicamente à figura 2.4. Figura 2.1 – Pólos Norte e Sul de um Imã Figura 2.4 – Dipolos Magnéticos Elementares Os pólos de mesmo nome se repelem (observar figura 2.2), enquanto que os pólos de nomes contrários se atraem (conforme figura 2.3). Os dipolos magnéticos elementares (d.m.e.) são os responsáveis pelas propriedades magnéticas da matéria e estão associados aos elétrons. PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 1 ELE401 – Circuitos Magnéticos 2.2 CLASSIFICAÇÃO DOS QUANDO A IMANTAÇÃO CORPOS Os corpos podem ser classificados de acordo com o grau de orientação de seus dipolos magnéticos elementares, ou seja, eles podem ser classificados quanto a sua imantação. A seguir serão apresentadas três disposições possíveis para os dipolos magnéticos elementares. característica de imantação forte, outros não. É importante portanto que se faça uma classificação magnética para os mesmos. Isto pode ser realizado, dividindo-os em grupos diferenciados quanto à possibilidade de orientação dos dipolos magnéticos elementares. Esta classificação será realizada no item seguinte. 2.3 2.2.1 Corpo Fortemente Imantado A figura 2.5, a seguir, apresenta uma disposição típica de um corpo fortemente imantado. CLASSIFICAÇÃO MAGNÉTICA DOS MATERIAIS E SUBSTÂNCIAS Os materiais e substâncias são classificados magneticamente, ou seja, classificados de acordo com a capacidade de orientação dos d.m.e (maior ou menor). Costumam ser considerados três grupos distintos: ferromagnéticos, paramagnéticos e diamagnéticos. Estes grupos serão apresentados a seguir. 2.3.1 Materiais Ferromagnéticos Figura 2.5 – Corpo Fortemente Imantado Como pode ser observado, o corpo fortemente imantado é aquele que apresenta uma forte orientação dos dipolos magnéticos elementares. 2.2.2 Corpo Fracamente Imantado Um corpo fracamente imantado é aquele que demonstra uma ligeira orientação dos dipolos magnéticos elementares, como pode ser observado à figura 2.6, a seguir. Figura 2.6 – Corpo Fracamente Imantado São materiais que possibilitam uma orientação abundante para os seus dipolos magnéticos elementares, isto é, podem ser fortemente imantados quando da ação de um campo magnético externo. De uma forma geral, estes materiais tendem a alinhar seus d.m.e. de forma paralela ao campo magnético aplicado. Fenômeno deste tipo ocorre em materiais como: ferro, níquel, aço, cobalto, etc. 2.3.2 Materiais Paramagnéticos A característica magnética deste tipo de material é a de permitir apenas uma leve orientação dos d.m.e., de forma paralela ao campo magnético externo que lhe é submetido. Boa parte dos chamados materiais isolantes é classificada como paramagnética. Podem ser citados exemplos como: madeira, vidro, ar, etc. 2.2.3 Corpo Não Imantado 2.3.3 Materiais Diamagnéticos Diferentemente dos dois casos anteriores, pode-se dizer que em um corpo não-imantado a disposição dos dipolos magnéticos elementares é aleatória, ou seja, não há uma orientação definida. A figura 2.7, a seguir, ilustra esta condição. De forma semelhante aos materiais paramagnéticos, os diamagnéticos permitem apenas uma orientação muito fraca dos seus d.m.e., quando da ação externa de um campo magnético. Entretanto, estes materiais apresentam uma característica toda peculiar, que é de alinhar os d.m.e. de forma antiparalela ao campo exterior, ou seja, orientam os d.m.e. em sentido contrário ao campo magnético aplicado. São exemplos deste tipo magnético: a água, o cobre, a prata, o ouro, o diamante, etc. Figura 2.7 – Corpo Não Imantado Como pode ser observado nos exemplos anteriores, são classificados como diamagnéticos os chamados metais nobres (ouro, prata, cobre). Alguns materiais e substâncias podem assumir a PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 2 ELE401 – Circuitos Magnéticos Alguns materiais não permitem uma forte orientação dos d.m.e., outros permitem e outros ainda são encontrados na natureza com características magnéticas acentuadas. Os materiais que permitem uma forte orientação dos d.m.e. podem ser chamados de imãs, sendo caracterizados como artificiais ou naturais, conforme será visto no item seguinte. 2.4 d.m.e. Sendo submetidos a um campo externo, promovem um alinhamento dos d.m.e. no sentido deste campo, ficando então imantados. No caso da retirada do campo externo, uma parcela reduzida dos d.m.e. permanecerá com a orientação anterior, podendo-se dizer que o material praticamente perderá sua imantação. Exemplos de imãs artificiais transitórios: Ferro, ligas metálicas como o ferro-silício, etc. TIPOS DE IMÃ 2.5 Os imãs podem ser classificados em três tipos: imã natural, imã artificial permanente e imã artificial transitório. As principais características destes imãs serão consideradas neste item. 2.4.1 Imãs Naturais Imãs naturais são materiais com características magnéticas próprias, obtidas diretamente da natureza. Estes materiais, que foram utilizados inicialmente na confecção de bússolas, apresentam uma orientação bem definida dos dipolos magnéticos elementares (d.m.e.). Um exemplo de imã natural é o mineral magnetita (Fe3O4) 2.4.2 Imãs Artificiais Permanentes São materiais que apresentam comportamentos distintos quando da presença ou não de um campo magnético externo, ou seja: na ausência de um campo magnético externo estes materiais apresentam, de uma forma geral, uma disposição aleatória para os seus d.m.e. Sendo submetidos a um campo externo, tendem a alinhar os d.m.e. no sentido deste campo, ficando então imantados. Supondo agora que o campo externo seja retirado, boa parte dos d.m.e. permanecerá com a orientação anterior, podendo-se dizer, portanto, que o material permanecerá imantado. Esta característica de imantação residual (ou permanente) depende do tipo de material considerado. Exemplos de imãs artificiais permanentes: Algumas ligas metálicas como: aço, aço-carbono (aço com elevado teor de carbono), alnico 5 (liga composta por: alumínio, níquel e cobalto), etc. A experiência mostra que, acima de um determinado valor de temperatura os materiais ferromagnéticos perdem as suas propriedades magnéticas principais, ou seja, perdem a orientação de seus d.m.e. Este valor de temperatura é denominado “Ponto Curie” ou “Temperatura de Curie”, de um dado material. A tabela 2.1, a seguir, apresenta o ponto Curie e o ponto de fusão de alguns materiais ferromagnéticos importantes. Materiais Níquel Ponto Curie [ºC] Ponto de Fusão [ºC] 358 2566 Ferro 770 1535 Cobalto 1131 1480 Tabela 2.1 - Ponto Curie e Ponto de Fusão de Alguns Materiais 2.6 MAGNETISMO E ELÉTRONS Uma das formas dos elétrons gerarem campo magnético é através de seu deslocamento num fio. Os elétrons podem produzir campo magnético através de dois outros mecanismos, ambos relacionados a momentos dipolares magnéticos. • Momento dipolar magnético de spin; • Momento dipolar magnético orbital. 2.6.1 Campo Magnético Imantada de uma Barra Considere um condutor por onde passa uma corrente “i”, conforme ilustra a figura 2.8 a seguir. i 2.4.3 Imãs Artificiais Transitórios Estes materiais também apresentam comportamentos distintos quando da presença ou ausência de um campo magnético externo, a saber: na ausência de um campo magnético externo estes materiais apresentam, como os anteriores, uma disposição aleatória para os seus INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA Figura 2.8 – Condutor com Corrente A passagem da corrente pelo condutor dá origem a PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 3 ELE401 – Circuitos Magnéticos um campo magnético ao seu redor. Se a corrente for variável o campo magnético será variável. Se por outro lado a corrente for constante, o campo magnético também será constante. De acordo com o modelo de Ampère, todos os campos magnéticos, de uma forma ou de outra, provêm de correntes. Nos imãs naturais, e em outros materiais magnetizados, estas correntes se devem ao movimento intrínseco dos elétrons atômicos. Embora estes movimentos sejam complexos, pode-se admitir, para este modelo, que os movimentos sejam equivalentes a espiras fechadas, conforme ilustra a figura 2.9 a seguir. Substituindo a corrente por unidade de comprimento da bobina, n.i, pela corrente superficial de Ampère que lhe corresponde, por unidade de comprimento do imã, M, tem-se para o campo magnético no interior do imã, longe das extremidades, que: Bm = m 0 ⋅ M (2.2) Através deste modelo é possível fazer uma analogia entre o campo produzido no interior de uma bobina, quando por ela circula uma corrente “i”, ou seja: B0 = µ 0 ⋅ n ⋅ i Com o campo magnético no interior de um imã, produzido pela chamada corrente superficial de Ampère, Bm = m 0 ⋅ M Figura 2.9 – Movimento dos Elétrons em uma Barra Imantada Se o material for homogêneo, a corrente resultante, em qualquer ponto no interior da barra, é nula, graças ao cancelamento das correntes vizinhas. No entanto, em virtude de não haver cancelamento na superfície do material, o resultado destas espiras equivale a uma corrente periférica, denominada “corrente superficial de Ampère”. Esta corrente superficial é semelhante a uma corrente de condução real em uma bobina (ou solenóide) de espiras justapostas, ou seja, uma bobina de espiras muito próximas umas das outras. O campo magnético devido a uma corrente superficial é o mesmo que o provocado por uma corrente “superficial” em uma bobina. Portanto, “M”, no caso do imã natural, corresponde ao produto “ n ⋅ i ”, no caso de uma bobina ou solenóide. Assim, pode-se escrever que: M = n⋅i = 2.7 B0 = µ 0 ⋅ n ⋅ i = µ 0 ⋅ N ⋅i l (2.1) Esta aproximação será boa desde que o ponto considerado para o campo magnético não esteja próximo das extremidades da barra. (2.3) MAGNETISMO EM MEIOS MATERIAIS Considere um material (por exemplo o ferro) em forma de barra cilíndrica introduzida em uma bobina de “N” espiras, conforme ilustra a figura 2.10 a seguir. Seja “M” a corrente superficial de Ampère por unidade de comprimento da superfície de um imã linear cilíndrico. A grandeza correspondente na bobina é o produto “ n ⋅ i ”, sendo “n” o número de espiras por unidade de comprimento ( N / l ) e “i” a corrente que passa em cada espira. Na região interna de uma bobina, o campo magnético é aproximadamente igual a: N ⋅i l Figura 2.10 – Material Dentro de Uma Bobina Para uma corrente “i” injetado no ponto “a”, surgirá um campo magnético total “B”. Este campo magnético é formado pela ação da corrente “i” que passa pelas “N” espiras da bobina e pela ação da corrente superficial de Ampère, no material. Desta forma, pode-se analisar o comportamento do dispositivo da figura 2.10 anterior (na verdade um eletroímã) fazendo-se uma separação dos efeitos. Para tanto, considere inicialmente apenas a bobina PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 4 ELE401 – Circuitos Magnéticos de “N” espiras, conforme apresentado à figura 2.11 a seguir. A passagem da corrente pela bobina dará origem a um campo magnético “B0”, no seu interior, que poderá ser escrito como sendo: N ⋅i B0 = µ 0 ⋅ n ⋅ i = µ 0 ⋅ l (2.4) proporcionarão o surgimento de uma corrente superficial de Ampère por unidade de comprimento (M). Esta corrente superficial dará origem a um campo magnético “Bm”, conforme visto anteriormente (observar expressão 2.2). Portanto, o campo magnético total “B” será formado pela ação conjunta dos campos “B0” e “Bm”, ou seja: B = B0 + B m (2.7) Das expressões (2.2) e (2.6), pode-se escrever que: B = µ0 ⋅ H + µ0 ⋅ M (2.8) B = µ 0 ⋅ (H + M ) (2.9) Ou ainda, Figura 2.11 – Bobina de “N” Espiras com Corrente Onde: A equação (2.9) pode ser colocada ainda na seguinte forma vetorial: ( B = µ0 ⋅ H + M l = comprimento da bobina ) (2.10) Portanto, o campo magnético “B0” será produzido apenas pela passagem da corrente “i” na bobina. Onde: Definindo agora o produto “ n ⋅ i ” como sendo a intensidade de campo magnético (H), ou seja: B = Vetor densidade de campo magnético; N ⋅i H = n⋅i = l (2.5) Tem-se em (2.4) que: B0 = µ 0 ⋅ H (2.6) H = Vetor intensidade de campo magnético; M = Vetor de magnetização, sendo o seu módulo igual à corrente superficial de Ampère por unidade de comprimento (M). 2.8 Onde: B0 =Campo magnético no interior da bobina [ ] ou solenóide Wb / m 2 ; µ0 =Permeabilidade magnética do vácuo, de H =Intensidade [ A ⋅ E / m ]. valor igual a 4 ⋅ π ⋅ 10 −7 [H / m] ; de campo Nos materiais e substâncias paramagnéticas e diamagnéticas, existe uma proporcionalidade entre a corrente superficial de Ampère por unidade de comprimento (M) e a intensidade de campo magnético (H). Esta relação de proporcionalidade pode ser expressa por: magnético A expressão (2.6) apresenta o campo magnético causado apenas pela passagem da corrente pela bobina. Introduzindo o material cilíndrico na bobina, conforme indicado à figura 2.10 anterior, irá aparecer no interior deste material um campo magnético total “B”. Isto ocorre porque agora os dipolos magnéticos elementares estarão sujeitos à ação do campo externo “B0”, e desta forma SUSCEPTIBILIDADE E PERMEABILIDADE MAGNÉTICAS M = xm ⋅ H (2.11) Onde: xm = Constante de proporcionalidade entre “M” e “H”, definida como sendo a susceptibilidade magnética do material ou substancia (grandeza adimensional). Levando (2.11) em (2.9), obtém-se: PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO B = m 0 ⋅ (H + x m ⋅ H ) 5 ELE401 – Circuitos Magnéticos se apresentam dispostos de forma aleatória, sem indicar nenhuma orientação predominante. A figura 2.12 a seguir ilustra esta condição. Ou ainda, B = m 0 ⋅ (1 + x m ) ⋅ H (2.12) Definindo agora, m = m 0 ⋅ (1 + x m ) (2.13) De onde tiramos a relação, B = µ⋅H (2.14) Onde: Figura 2.12 – Disposição Aleatória dos D.M.E. µ = Permeabilidade magnética do material [H / m] b) Na presença de um campo magnético externo os dipolos magnéticos elementares se alinham fracamente e de forma paralela ao campo aplicado. A figura 2.13 a seguir ilustra esta condição. Da expressão (2.13), pode-se fazer a seguinte relação: 1 + xµ = µ µ0 (2.15) Como pode ser observado, o valor “ 1 + x m ” corresponde a relação da permeabilidade magnética do material pela permeabilidade magnética do vácuo. Assim sendo, “ 1 + x m ” pode ser chamada de permeabilidade magnética relativa do material, ou seja: µ µ r = 1 + xµ = µ0 B Figura 2.13 – Disposição Fracamente Orientada dos D.M.E. (2.16) c) Retirando o campo externo os dipolos magnéticos elementares voltam a uma disposição aleatória. A figura 2.14 a seguir ilustra esta condição. Portanto, a expressão (2.12) pode ser escrita ainda sob a forma: B = µ0 ⋅ µr ⋅ H = µ ⋅ H (2.17) Onde: µ r = Permeabilidade magnética relativa do material ou adimensional). substancia Definidas as diversas características magnéticas básicas para os materiais e substâncias, pode-se passar agora a uma análise do comportamento magnético dos materiais paramagnéticos, diamagnéticos e ferromagnéticos. 2.9 Figura 2.14 – Disposição Aleatória dos D.M.E. (grandeza PARAMAGNETISMO Este fenômeno está associado aos materiais e substâncias paramagnéticas. O paramagnetismo apresenta as seguintes características básicas: a) Na ausência de um campo magnético externo os dipolos magnéticos elementares PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO d) A disposição dos dipolos magnéticos elementares é sensível às variações de temperatura. Para elevadas temperaturas a orientação dos d.m.e. é extremamente fraca, devido às vibrações térmicas. e) Em temperaturas extremamente baixas, próximas do zero absoluto, os d.m.e. tendem a apresentar uma forte orientação, caracterizando um comportamento semelhante ao dos materiais ferromagnéticos; f) A susceptibilidade magnética é positiva e bastante reduzida, ou seja: 0 < x m <<< 1 6 ELE401 – Circuitos Magnéticos Isto ocorre porque a orientação dos d.m.e. é fraca e se apresenta de forma paralela ao campo magnético externo; g) A permeabilidade magnética é pouca coisa superior a permeabilidade magnética do vácuo, podendo-se considerar até que: Figura 2.17 – Disposição Aleatória dos D.M.E. µ ≅ µ0 d) A disposição dos dipolos magnéticos elementares é pouco sensível às variações normais de temperatura. Desta forma, a permeabilidade magnética relativa é praticamente unitária. e) A susceptibilidade magnética é negativa e bastante reduzida, ou seja: Exemplos de materiais paramagnéticos: Alumínio, oxigênio, ar, magnésio, madeira, plástico, tungstênio, cromo, titânio, etc. 2.10 DIAMAGNETISMO Este fenômeno está associado aos materiais e substâncias diamagnéticas. O diamagnetismo apresenta as seguintes características básicas: a) Na ausência de um campo magnético externo os dipolos magnéticos elementares se apresentam dispostos de forma aleatória, sem indicar nenhuma orientação predominante. A figura 2.15 a seguir ilustra esta condição. 0 > x m >>> −1 Isto ocorre porque a orientação dos d.m.e. é fraca e se apresenta de forma antiparalela ao campo magnético externo; f) A permeabilidade magnética é pouca coisa inferior a permeabilidade magnética do vácuo, podendo-se considerar até que: µ ≅ µ0 Desta forma, a permeabilidade magnética relativa é praticamente unitária, ou seja: µr ≅ 1 Exemplos de materiais diamagnéticos: Bismuto, cobre, diamante, ouro, prata, sódio, hidrogênio, dióxido de carbono, nitrogênio, água, mercúrio, etc. Figura 2.15 – Disposição Aleatória dos D.M.E. b) Na presença de um campo magnético externo os dipolos magnéticos elementares se alinham fracamente e de forma antiparalela ao campo aplicado. A figura 2.16 a seguir ilustra esta condição. B 2.11 FERROMAGNETISMO O ferromagnetismo é um fenômeno que ocorre em materiais e substâncias como: Ferro, níquel, cobalto, ligas metálicas [Aço, Aço-Carbono (aço com maior teor de carbono), Ferro-Silicio (96% Fe, 04% Si), Mumetal (77% Ni, 16% Fe, 5% Cu, 2% Cr), Alnico 5 (24% Co, 14% Ni, 8% Al, 3 Cu), Permalloy (55% Fe, 45% Ni)]. A característica fundamental dos materiais ferromagnéticos é a de admitir com facilidade elevadas magnetizações. De uma forma geral, o ferromagnetismo apresenta as seguintes propriedades básicas: Figura 2.16 – Disposição Fracamente Orientada dos D.M.E. c) Retirando o campo externo os dipolos magnéticos elementares voltam a uma disposição aleatória. A figura 2.17 a seguir ilustra esta condição. PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO a) Os dipolos magnéticos elementares são agrupados em diversos setores, formando regiões dentro do material, com orientação bem definida. Este agrupamento de d.m.e. é chamado de “domínio magnético elementar” e é uma propriedade básica dos materiais ferromagnéticos. A figura 2.18 7 ELE401 – Circuitos Magnéticos ilustra esta condição. Figura 2.21 –Orientação Residual dos Domínios Magnéticos Figura 2.18 – Domínios Magnéticos Elementares b) Para um material que não tenha sofrido qualquer imantação, os domínios magnéticos elementares se apresentam dispostos de forma aleatória, conforme ilustra a figura 2.19 a seguir. Portanto os materiais ferromagnéticos tendem a ficar com uma imantação residual ou remanescente. e) Os materiais ferromagnéticos perdem as suas propriedades de orientação dos domínios magnéticos elementares, quando submetidos a elevadas temperaturas. A temperatura limite para a perda de imantação destes materiais é chamada de “ponto Curie” ou “temperatura de Curie”. A partir desta temperatura os materiais ferromagnéticos apresentam propriedades magnéticas semelhantes as dos materiais paramagnéticos. Figura 2.19 – Disposição Aleatória dos Domínios Magnéticos Obs.: Uma exceção importante é a dos imãs naturais, que apresentam orientação “in natura” dos domínios magnéticos elementares. c) Supondo que o material do item anterior seja submetido a um campo magnético externo, haverá uma tendência de orientação rápida dos domínios magnéticos elementares, de forma paralela ao campo aplicado. A figura 2.20 ilustra esta condição. 2.11.1 Curva de Saturação Seja o dispositivo composto por uma bobina e um núcleo de material ferromagnético, da figura 2.22 a seguir. B Figura 2.22 – Bobina com Material Ferromagnético Figura 2.20 –Orientação dos Domínios Magnéticos Elementares d) Considerando agora a retirada do campo magnético externo, haverá uma perda da orientação dos domínios magnéticos elementares que poderá ser pequena ou elevada, dependendo do tipo de material empregado. Esta condição está retratada à figura 2.21 a seguir. Para uma corrente contínua “i” injetado no ponto “a”, obtém-se um campo magnético “B”. Aumentando-se gradualmente o valor desta corrente, haverá uma elevação também gradual do campo magnético “B”. Na verdade, o que está ocorrendo, é uma orientação lenta dos domínios magnéticos elementares do material. Quando praticamente todos estes domínios estiverem orientados, mais difícil ficará o incremento no campo magnético total que circunda o dispositivo. Neste ponto diz-se que o material está chegando a saturação. Portanto, a saturação de um material corresponde à condição de quase totalidade de orientação dos domínios magnéticos elementares. PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 8 ELE401 – Circuitos Magnéticos A figura 2.23, a seguir, ilustra a condição de saturação ocorrida no material, com o aumento do valor da corrente “i”. “B” e “H”. Assim sendo, pode-se dizer que: nos materiais ferromagnéticos a permeabilidade magnética ( µ ) é variável, devido a saturação. Na figura 2.24, o valor “HS” corresponde a intensidade de campo magnético saturante, ou seja, o valor de “H” para o qual o material começa a sofrer o efeito da saturação. A densidade de campo magnético correspondente vale “BS”. A tabela 2.2 a seguir apresenta valores das densidades de campo magnético “BS”, bem como permeabilidades magnéticas relativas ( µ r ), para alguns materiais ferromagnéticos. Material Camp Mag. [B] Perm. Relat. [ µ r ] Ferro 2,16 5500 Ferro Silício 1,95 7000 Permalloy 1,60 25000 Mumetal 0,65 100000 Figura 2.23 – Curva de Saturação (B x i) do Material Da equação (2.5), tem-se que: N ⋅i H = n⋅i = l Tabela 2.2 - Valores de “BS” e “ µ ” para a Alguns Materiais Tomando o valor da corrente, vem: i= H ⋅l N Como, o número de espiras (N) e o comprimento (l) da bobina, são constantes, existe uma relação de proporcionalidade entre a corrente (i) e a intensidade de campo magnético (H). Desta forma, a curva de saturação do material pode ser modificada, simplesmente através de mudança de escala na sua abscissa. Esta condição é apresentada à figura 2.24. 2.11.2 Ciclo de Histerese No dispositivo da figura 2.22, considere uma corrente alternada senoidal “i” (do tipo apresentado à figura 2.25 a seguir), sendo injetada no ponto “a”. Figura 2.25 – Corrente Alternada Senoidal Figura 2.24 – Curva de Saturação (B x H) do Material Como pode ser observada, até a saturação do material, a permeabilidade magnética permanece praticamente constante. A partir daí seu comportamento passa a ser eminentemente variável, caracterizando uma não-linearidade entre A passagem desta corrente pela bobina dará origem a um campo magnético variável “B”. A corrente “i” é proporcional a intensidade de campo magnético “H”, desta forma, à medida que a corrente varia, a intensidade de campo magnético também varia. Esta variação irá ocasionar uma alteração no campo magnético total do dispositivo. A figura 2.26, a seguir, mostra como será o comportamento do campo magnético “B”, para um ciclo completo da corrente alternada senoidal representada pela figura 2.25. PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 9 ELE401 – Circuitos Magnéticos Na figura 2.27, podem ser observados os seguintes valores: Br = Magnetismo Residual ou Remanescente, é a densidade de campo magnético que permanece no material após a retirada do campo magnético externo, ou seja, quando a corrente “i” se anula. Corresponde a orientação remanescente dos domínios magnéticos elementares do material; Figura 2.26 – Curva B x H (Ciclo de Histerese) O ponto (1) corresponde à condição inicial, a corrente é nula e o material não apresenta qualquer imantação. O ponto (2) está associado à condição de máxima corrente no sentido positivo. Para este valor de corrente tem-se o valor máximo positivo da densidade de campo magnético (Bmáx). No ponto (3), a corrente se anula e o material mantém um magnetismo residual ou remanescente (Br) positivo, ou seja, permanece uma determinada orientação dos domínios magnéticos elementares. A partir deste último ponto, até (4), a corrente cresce negativamente até atingir seu máximo valor. No ponto (4) tem-se a correspondente densidade de campo magnético máxima em sentido contrário (ou negativa). Finalmente em (5), a corrente se anula novamente, restando no material um magnetismo residual (Br) negativo. Ao percurso fechado da figura 2.26 (curva B x H) dá-se o nome de “ciclo de histerese”. Portanto, a cada ciclo da corrente alternada “i” corresponde um ciclo da curva B x H. A figura 2.27 a seguir apresenta, com maiores detalhes, alguns valores importantes de densidade de campo magnético (B) e de intensidade de campo magnético (H), do ciclo de histerese. Bmáx = Densidade de Campo Magnético Máxima, corresponde ao máximo valor de campo magnético no material. É produzido pelo valor máximo da corrente “i” na bobina; Hc = Força Coercitiva ou Coerciva, é a intensidade de campo magnético necessária para eliminar o magnetismo residual ou remanescente do material. Com relação à polarização, pode-se observar na figura 2.27 as seguintes características dos materiais ferromagnéticos: 1º Quadrante B (+) e H (+) ⇒ Mesmos Sentidos 2º Quadrante B (+) e H (-) ⇒ Sentidos Opostos 3º Quadrante B (-) e H (-) ⇒ Mesmos Sentidos 4º Quadrante B (-) e H (+) ⇒ Sentidos Opostos Tabela 2.3 - Características dos Materiais Ferromagnéticos Os sentidos opostos, verificados nos quadrantes pares (2º e 4º), ocorrem devido ao processo de desimantação do material, ou seja, a eliminação do magnetismo residual através da inversão no sentido da corrente “i” (e consequentemente a inversão da intensidade de campo magnético “H”). 2.11.3 Materiais Magnéticos Duros e Moles a) Materiais Magnéticos Duros. Estes materiais apresentam características básicas: as seguintes Ciclo de Histerese Apresentam elevado magnetismo residual o que implica na necessidade de uma elevada força coercitiva. Consequentemente a área do ciclo de histerese é grande, como pode ser observado através da figura 2.28 a seguir. Aplicação São utilizados como imãs permanentes e em dispositivos e equipamentos que requerem elevado grau de magnetismo residual, como: alto-falantes, telefones, medidores, etc. Figura 2.27 – Ciclo de Histerese PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 10 ELE401 – Circuitos Magnéticos histerese está associada às perdas no núcleo, que são indesejáveis em equipamentos de alto rendimento (perdas reduzidas), como é o caso dos transformadores e das máquinas rotativas. A seguir estão listados alguns exemplos de materiais magnéticos moles: Ferro, Aços-Doces (aços com baixos teores de carbono), Ferro-Silício (96% Fe, 4% Si), Mumetal (77% Ni, 16% Fe, 5% Cu, 2% Cr), Permalloy. 2.12 CORRENTES PARASITAS OU DE FOUCAULT Figura 2.28 – Ciclo de Histerese dos Materiais Magnéticos Duros Seja o condutor com corrente “i” variável, mostrado à figura 2.30 a seguir. A seguir estão listados alguns exemplos de materiais magnéticos duros: Aço-Carbono (aço com maior teor de carbono), Alnico 5 (24% Co, 14% Ni, 8% Al, 3% Cu), Alcomax (24% Co, 14% Ni, 8% Al, 3% Cu, 1% Nb), Bismanol (MnBi). b) Materiais Magnéticos Moles. Estes materiais apresentam características básicas: as seguintes Ciclo de Histerese Apresentam magnetismo residual bastante reduzido, o que implica na necessidade de uma força coercitiva de pequena intensidade. Consequentemente a área do ciclo de histerese é reduzida, como pode ser observado através da figura 2.29 a seguir. Figura 2.30 – Condutor com Corrente A corrente “i” variável dá origem a um campo magnético variável ao redor do condutor. Seja aproximar deste condutor uma determinada espira fechada. Através do princípio da indução eletromagnética sabe-se que, um campo magnético variável dá origem a uma f.e.m. induzida. Portanto, irá aparecer na espira uma f.e.m. induzida e como a espira está fechada haverá circulação de uma corrente. Este fato pode ser verificado à figura 2.31 a seguir. Figura 2.29 – Ciclo de Histerese dos Materiais Magnéticos Moles Aplicação Por apresentarem reduzidas áreas dos ciclos de histerese, os materiais magnéticos moles são utilizados na confecção de núcleos de transformadores e máquinas elétricas rotativas. Como será visto posteriormente, a área do ciclo de Figura 2.31 – Espira Fechada Próxima de um Condutor com Corrente PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 11 ELE401 – Circuitos Magnéticos Seja agora aproximar do condutor uma determinada barra de ferro cilíndrica. Esta barra estará sujeita à ação do campo magnético variável (B), como pode ser observado à figura 2.32 a seguir. e = F.e.m. induzida na “espira”; r = Resistência da trajetória fechada (“espira”). Estas correntes induzidas no material (“i”) são chamadas de “correntes parasitas” ou “correntes de Foucault” e provocam: • Perdas por efeito Joule; • Aquecimento magnético); • Redução na orientação magnéticos elementares. do material (núcleo dos domínios Na maioria das aplicações, as correntes de Foucault são indesejáveis. Desta forma, é importante desenvolver um procedimento para evitá-las. Figura 2.32 – Barra Cilíndrica Próxima de um Condutor com Corrente Nos núcleos magnéticos maciços, como aquele da figura 2.32, são encontradas imperfeições. Algumas delas formam trajetórias fechadas, como espiras, e apresentam uma determinada condutância elétrica. A presença de um campo magnético variando através destas pequenas “espiras” (ver figura 2.33) dará origem a correntes elétricas induzidas. As correntes parasitas (ou de Foucault) podem ser reduzidas através da laminação do núcleo magnético. O efeito deste processo pode ser verificado à figura 2.34 a seguir. Figura 2.34 – Laminação do Núcleo Magnético Da figura 2.34, vê-se que através da laminação do núcleo magnético é possível aumentar as resistências elétricas das trajetórias fechadas (r) e consequentemente reduzir a intensidade das correntes parasitas (i). Notar que entre cada lâmina ou chapa existe uma película isolante, que causa a elevação das resistências das “espiras”. Figura 2.33 – Barra de Ferro Cilíndrica com Imperfeições 2.13 PERGUNTAS PROPOSTAS Responda as seguintes perguntas: Estas correntes induzidas, circulando no material, causam perdas por dissipação de calor (efeito Joule). Portanto, quanto maior o número de trajetórias e quanto maiores forem as suas condutâncias (ou menores as suas resistências), maiores serão as perdas no núcleo, pelo efeito Joule. 2) O que elementares? Para uma determinada trajetória fechada (“espira”), tem-se que: 3) Como são classificados os corpos quanto à imantação? i= e r Onde: I = Corrente induzida na “espira”; Responda as seguintes perguntas: 1) Por quê não se consegue isolar o pólo norte do polo sul, em um imã natural? 4) (2.10) são os dipolos magnéticos Qual é o significado de imantação? 5) Como são classificados magneticamente os materiais e substâncias? 6) PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO O que é um imã natural? 12 ELE401 – Circuitos Magnéticos 7) Quais são os tipos de imãs artificiais? 8) Qual é a diferença básica entre um imã artificial permanente e um imã artificial transitório? 9) Qual é o significado do ponto Curie? 10) Como surge o campo magnético em um imã natural? 11) O que é a corrente superficial de Ampère? Qual é o seu efeito? 12) Determine o campo magnético no interior de um solenóide ou bobina. 13) Qual é o significado da intensidade de campo magnético? Como determiná-la? 14) O que acontece quando se introduz um material ferromagnético dentro de uma bobina com corrente? 15) Qual é a diferença entre densidade de campo magnético e intensidade de campo magnético? Como são representadas? Quais as suas unidades usuais? 16) Qual é o valor da permeabilidade magnética do vácuo? Como é representada? 17) Qual é magnetização? o significado do vetor de 18) O que é a susceptibilidade magnética de um material? Como é representada? Qual é a sua unidade? 27) Por quê as substâncias diamagnéticas possuem ? 28) Por quê as substâncias paramagnéticas possuem ? 29) O que é o ferromagnetismo? 30) O que elementares? são os domínios magnéticos 31) Por quê os materiais ferromagnéticos são facilmente imantados? 32) Cite exemplos ferromagnéticos. 33) de materiais O que são as ligas metálicas? 34) Como é a influência da temperatura nos materiais ferromagnéticos? 35) Por quê ocorre a saturação do campo magnético em um material ferromagnético? 36) Qual é o significado da curva de saturação de um material ferromagnético? Como pode ser obtida? 37) A permeabilidade magnética de um material ferromagnético é constante? Explique. 38) Qual é o significado de não-linearidade? 39) O que é uma curva de magnetização? 40) Qual é o significado do ciclo de histerese? Como pode ser obtido? Explique. 19) A susceptibilidade magnética é definida para todos os materiais? Por quê? 41) O que remanescente? 20) O que é a permeabilidade magnética? Como é representada? Qual é a sua unidade usual? 42) 21) O que é a permeabilidade magnética relativa? Como é representada? Qual é a sua unidade usual? 44) Qual é a importância do magnetismo remanescente? Cite exemplos. 22) Qual é a diferença entre a permeabilidade magnética e a susceptibilidade magnética? Faça uma demonstração matemática. 23) Quais são as principais características dos materiais paramagnéticos? 24) Quais são as principais características dos materiais diamagnéticos? 25) Cite exemplos de substâncias e materiais paramagnéticos? 26) Cite exemplos de substâncias e materiais diamagnéticos? é magnetismo residual ou O que é força coerciva ou coercitiva? 43) O que pode ser feito para eliminar o magnetismo residual de um material? Explique! 45) Que valor define a densidade de campo magnético máxima, no ciclo de histerese? 46) Quando submetidos a um campo magnético externo, os materiais ferromagnéticos sempre orientam os seus domínios magnéticos elementares de forma paralela ao mesmo? Explique detalhadamente. 47) Em termos de magnetização, qual é o efeito de uma corrente alternada senoidal? 48) Quais são as características básicas de um material magnético duro? Onde são usados? 49) PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO Quais são as características básicas de um 13 ELE401 – Circuitos Magnéticos material magnético mole? Onde são usados? 50) O que são as correntes de Foucault? 51) Como surgem as correntes de Foucault? 52) Como reduzir as correntes de Foucault? 53) Quais são os feitos das correntes de Foucault? 54) Qual é a diferença entre correntes de Foucault e correntes parasitas? 55) Qual é o significado de cada um dos símbolos a seguir: B, H, n, N, µ , µ 0 , µ r , x m , L, λ ? 56) Quais são as dimensões seguintes parâmetros e variáveis: usuais dos B, H, n, N, µ , µ 0 , µ r , x m , L, λ ? 2.14 BIBLIOGRAFIA [1] Milton Gussow, “Eletricidade Básica”, Coleção Schaum, Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda, 1985. (Cap. 9 - págs. 217 a 229); [2] Paul A. Tipler, “Física”, Volume 02a, Editora Guanabara Dois S.A., Segunda Edição, 1986. (Cap. 29 - págs. 803 a 819); [3] David Halliday e Robert Resnick, “Fundamentos de Física” , Parte 03 Eletromagnetismo, LTC - Livros Técnicos e Científicos Editora Ltda, 1991. (Cap. 34 - págs. 241 a 257); [4] L. Bessonov, “Applied Electricity for Engineers”, MIR Publishers - Moscow, 1973. (Cap. 3 - págs. 89 a 95); [5] Syed A. Nasar, “Máquinas Elétricas”, Coleção Schaum, Editora McGraw-Hill do Brasil, Ltda, 1984. (Cap. 1 - págs. 01 a 05); [6] Encyclopedia Britannica, “Magnetism”. PEDRO PAULO DE CARVALHO MENDES / MAURICIO CAMPOS PASSARO 14