ESTUDO DE CASO “ARTRITE SÉPTICA”

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ESTUDO DE CASO “ARTRITE SÉPTICA”
Francisca Flávia Ramos Sousa-FACOE - UESPI
Noé Fontinele de Sousa-FACOE-UESPI
Ana Paula Veras Vieira-FACOE - UESPI
INTRODUÇÃO
Esse estudo foi desenvolvido pelos acadêmicos do Bloco VI do curso de
Enfermagem da Faculdade de Odontologia e Enfermagem - FACOE, visando à necessidade
de obtenção de um conhecimento holístico da afecção artrite séptica potencialmente danosa
para o indivíduo, se para este não forem prestados os devidos cuidados, bem como
conhecer a alguns pontos importantes como conceito, manifestações clínicas e tratamento,
entre outros.
A patologia artrite séptica, segundo Vieira (2000), é um processo inflamatório das
articulações causado principalmente por bactérias, podendo, entretanto ter outras causas
patogênicas, tais como: fungos, parasitas e vírus.
O mecanismo de interação entre o hospedeiro e o microorganismo ajuda ainda a
esclarecer por que algumas bacteremias desenvolvem artrite séptica, enquanto que outras
não resultam. Em relação a etiopatogenia, ressaltamos as condições que predispõem às
infecções, tais como o diabetes mellitus, alcoolismo, cirrose hepática, tumores malignos,
lúpus eritematoso sistêmico e imunodeprimidosm em infecção articular.
Entendendo o mecanismo fisiopatológico, suas causas e efeitos, podem-se oferecer
cuidados mais precisos e de maior valia atendendo as necessidades humanas básicas do
cliente. Atender as necessidades humanas básicas do referido cliente torna-se de suma
importância uma vez que uma ou mais dessas necessidades estando afetadas poderão
contribuir para um agravamento do estado geral do paciente com base na teoria das
Necessidades Humanas Básicas.
Segundo Wanda Horta (1979), a enfermagem saiu de sua fase empírica para a
científica desenvolvendo suas teorias sistematizando seus conhecimentos, pesquisando e
tornando-se dia a dia uma ciência independente, logo pode-se crer que várias são as teorias
que surgem para formar o leque de suporte científico do processo de enfermagem, sendo
escolhida para compor esse estudo a Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda
Aguiar Horta.
Os objetivos propostos neste trabalho foram os seguintes: Conhecer o processo de
enfermagem envolvido no tratamento da patologia em estudo artrite séptica, bem como
suas manifestações clínicas; orientar o paciente quanto aos cuidados a serem tomados no
tratamento de sua patologia; conhecer ações de enfermagem que proporcionem uma
melhoria no estado geral desse paciente e roporcionar ao paciente maior conforto e
cuidados, dentro do limite da sua patologia durante o tempo de sua internação.
METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de caso de natureza descritiva com abordagem qualitativa,
cuja pesquisa contou como sujeito a senhora F.E.V., 23 anos, paciente internada na
enfermaria 08, leito 01, da clínica médica do Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, natural
do município de Cocal da Estação - Piauí, Hipótese de diagnóstica Artrite Séptica.
Para coleta dos dados empregou-se o roteiro de entrevista com perguntas de caráter
exploratório, exame físico e consulta ao prontuário da paciente.
A entrevista foi solicitada por escrito com o consentimento para realização da
pesquisa, garantindo-lhe o anonimato e a liberdade de recusar ou retirar seu consentimento
em qualquer fase da pesquisa conforme desejasse, bem como ter acesso aos resultados
obtidos com a mesma.
Obedecendo a todos os aspectos legais e éticos necessários para realização da
pesquisa com os seres humanos, de acordo com a Resolução 196 de 10 de outubro de 1996,
do Conselho Nacional de Saúde, onde estão apresentadas as normas e diretrizes para com
seres humanos.
RESULTADOS
As necessidades que devem ser supridas visam à manutenção da saúde do
ser humano, entendendo-se como saúde bem-estar biológico, psíquico, emocional, social,
econômico e espiritual. Têm-se como necessidades a serem atendidas:
Necessidades Fisiológicas: Tidas como as inerentes para sobrevivência do ser
humano, as quais devem ser supridas acima de quaisquer outras, estas são: oxigênio,
líquidos, nutrição, temperatura corpórea, excreção, abrigo, repouso e sexo;
Necessidades de Segurança e Proteção: Nesse grau de necessidades são
avaliados os riscos para segurança física do paciente na qual a manutenção de sua
integridade deve ser assegurada e psicológica em que o bem estar psíquico deve ser levado
em conta, sendo avaliados os riscos existentes e potenciais.
Necessidade de Auto-Estima: Necessidade em que o indivíduo tem em relação a
si perante os demais componentes com quem interage, na qual a sua competência,
confiança e fortalecimento em si mesmo são peças chaves;
Necessidade de Realização Pessoal: É o fortalecimento máximo de seu ego,
chegando à margem do pleno desenvolvimento de seu potencial;
Deve-se entender que a enfermagem como um agente integrador que
segundo Wanda implementa estados de equilíbrio, previne estados de desequilíbrio e
reverte estados de desequilíbrio em equilíbrio por meio da assistência ao ser humano. Com
base nessa teoria pode-se elaborar o processo de enfermagem que caracteriza-se pelo
conjunto de ações de caráter tecno-científico e integradas que visam a assistência
humanizada ao ser humano. O processo de enfermagem subdivide-se em etapas
interdependentes e ordenadas, citadas a seguir:
1.
Histórico de enfermagem: É o levantamento dos dados do paciente;
2.
Diagnóstico de enfermagem: A partir do histórico, levantam-se os
problemas de enfermagem existentes, observando as necessidades básicas afetadas
para através destes elaborar um diagnóstico de enfermagem ;
3.
Plano assistencial: Plano com metas e ações de enfermagem
elaborado para suprir as necessidades deficientes apontadas pelo diagnóstico;
4.
Plano de cuidados: Coordenação das ações e efetivação das mesmas,
elaboradas no plano assistencial;
5.
Evolução de enfermagem: Levantamento diário do estado do
paciente, permitindo uma avaliação das respostas ao plano de cuidados elaborados,
dessa forma reformulando-o e estabelecendo novas ações se necessário;
6.
Prognóstico de enfermagem: Estimativa, com base nas evoluções e
respostas do paciente, quanto seu grau de independência da assistência prestada.
Apartir de informações colhidas no histórico de enfermagem foi possível identificar
os principais problemas bem como as necessidades afetadas e construção de diagnósticos
pertinentes. O plano assistencial elaborado teve como base os referidos diagnósticos.
Foi possível programar ações de enfermagem que vieram atender as necessidades da
paciente no ambiente hospitalar. Ao final das ações realizadas percebeu-se uma melhor
resposta da paciente ao tratamento prestado pela equipe de enfermagem. Na ato da análise
do processo aplicado observou-se uma melhora no quadro clínico da paciente e certa
independência do serviço de enfermagem
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na análise dos resultados obtidos observou-se que os mesmos foram satisfatórios e
foi possível concretizar os objetivos propostos neste trabalho. A escolha do plano de
cuidados adequada para o tipo de patologia ocorreu de forma criteriosa e tinha como meta
proporcionar uma assistência qualificada e com eficácia sendo que ao termino do estudo
concluímos com êxito nossa meta principal
Foi possível demonstrar o processo de enfermagem, fundamentado na teoria das
necessidades básicas de Wanda Horta, aplicado de forma criteriosa em um paciente
acometido da afecção artrite séptica, as fases desse processo elucidaram o papel da
enfermagem diante do paciente portador dessa enfermidade bem como conhecer as causas,
efeitos e tratamento das mesmas, assim como compreender quais necessidades são as mais
afetadas e necessitam de maior atenção por parte da equipe multiprofissional de saúde,
sobretudo a equipe de enfermagem, responsável direta por esses cuidados a serem
prestados.
O importante foi estabelecer que quando se trata de um paciente com esta afecção,
devem-se reconhecer suas repercussões para o mesmo, entendendo e estabelecendo um
processo criterioso e sistematizado que visa os melhores cuidados possíveis para assegurar
suas necessidades humanas básicas até torná-lo independente desta assistência através do
ensino do auto-cuidado, reabilitando-o de modo que o próprio paciente torne-se parte do
processo de cura e manutenção de um estado de saúde positivo, estando o par de todas as
informações disponíveis para este fim e habilitado para colocá-las em prática.
REFERÊNCIAS
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enfermagem do adulto. Porto Alegre - RS: Artmed, 2002.
BRUNNER & SUDDARTH. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 10ª edição. Rio
de Janeiro - RJ: EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A., 2005.
Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação - 20012002/organizado por North American Nursing Association; trad. Jeanne Liliane Marlene
Michel. Porto Alegre - RS: Artmed, 2002.
Grande dicionário de enfermagem atual/ coord. Francisco Mario Viceconti Costa. Rio de
Janeiro - RJ: Revic Editorial Ltda. e R.B.E. Editorial Ltda., 2004.
HARRISON, Medicina interna, 7.ª edição. EDITORA GUANABARA KOOGAN S.A.
1977.
HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de enfermagem. São Paulo - SP: EPU, 1979.
RANG, H. P...[et al.] Farmacologia. 5ª edição. Rio de Janeiro - RJ: Elsevier Editora Ltda.
2003.
ROBBINS. Patologia estrutural e funcional. 6ª edição. Rio de Janeiro - RJ: EDITORA
VIEIRA, Edílson Suzana, 1.ª ed. Editora BEM, 1987., Editora:GUANABARA KOOGAN
S.A., 2000.
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