DESERTIFICAÇÃO EM BIOMA DE MATA ATLÂNTICA: AS IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS E À SAÚDE DA POPULAÇÃO Juliana Lemes da Cruz Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri Contato: 55 33 8438 7838 / [email protected] Brasil O município de Itambacuri está situado no Vale do Mucuri, a nordeste de Minas Gerais, no sudeste do Brasil. A escassez de água para consumo humano não é um problema recente, porém, apenas após sérios indícios da insustentabilidade da situação é que a questão tomou visibilidade pela gestão pública. O bioma de Mata Atlântica, caracterizado por densas florestas e rica biodiversidade, nesta região, sofre com a degradação ao longo dos anos por ação antrópica. Recentemente, esta área passou a integrar o conjunto de áreas susceptíveis à desertificação, a exemplo dos estados do nordeste do Brasil. No contexto rural, o monopólio dos recursos naturais na ótica dos latifundiários aliado à vulnerabilidade social, tencionam relações. À população, sem alternativas, resta a dependência estatal e/ou a inserção em programas de transferência de renda. Acrescido às implicações socioambientais, a escassez de água proporciona uma série de problemas relacionados à saúde, pois não se trata apenas da inexistência de água, mas, a inviabilidade de utilização da água disponível, tendo em vista os níveis de contaminação dos rios, córregos e mananciais. Os resíduos sólidos produzidos, inclusive dejetos humanos são comumente jogados nos cursos d’água, dada a ineficiência de uma política que atenda à demanda, dentre outras, por saneamento básico e educação ambiental, com foco na promoção da saúde.