A Cidade como Mercado Exponor - Auditório B4 I 20 novembro - 9:30 às 13h Media Partner Organização Contactos Pr. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º, 4200-313 PORTO Tel.: 225 074 210 · Fax: 225 074 218/9 E-mail: [email protected]; Site: www.apcmc.pt Sumário 02 Editorial 04 05 06 08 09 10 12 13 14 15 16 17 18 DIVULGAÇÃO Barbot BASF BigMat Cobert Telhas Cosentino IteCons OLI Technal Schlüter®-Systems Teka Vicaima Vidromax Saint-Gobain 22 23 24 25 EVENTOS JRBotas Reynaers Roca Tintas 2000 26 ENTREVISTA Iberfibran 33 DOSSIER ECONÓMICO Inquérito de Conjuntura APCMC - 2º Trimestre de 2015 Estatísticas - Confidencial Imobiliário 35 DOSSIER MATERIAIS Artigo, Entrevistas 54 IMOBILIÁRIO LUXIMO’S - CHRISTIE’S 58 62 66 70 ARQUITETURA Parque Urbano de Arruda dos Vinhos Chalé das Três Esquinas Terminal de Cruzeiros de Leixões Casas em Movimento 74 REABILITAÇÃO Rodrigo Fonseca - Edifício Habitacional 30 APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo PUBLICAÇÕES APCMC DISPONÍVEIS NA APLICAÇÃO MULTITEMA USERNAME > APCMC PASSWORD > APCMC DE RENOVAÇÃO E REABILITAÇÃO FICHA TÉCNICA PROPRIEDADE, EDIÇÃO E COORDENAÇÃO GERAL APCMC Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9 E-mail: [email protected] Site: www.apcmc.pt NIPC: 500 969 221 2/ Diretor: Afonso Manuel Coutinho Caldeira Diretor Adjunto: José de Matos Colaboração: Vieira de Abreu Imagem: Bruno Costa Composição e Grafismo: Bruno Costa Comunicação, Marketing e Publicidade: Elsa Camelo; Alzira Correia Assinaturas: Susana Mendes Tel.: 225 074 210; E-mail: [email protected] PUBLICAÇÃO, PUBLICIDADE E DISTRIBUIÇÃO APC Associação do Comércio de Produtos e Equipamentos para a Construção Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218 EXECUÇÃO GRÁFICA MULTITEMA Rua do Cerco do Porto, 365/367 4300-119 Porto Tel.: 225 192 600; Fax: 225 192 698 Site: www.multitema.pt Registo no I.C.S. nº 111972 Depósito Legal nº 84434/94 Publicação Trimestral Tiragem: 5.000 Exemplares Preço: 3,75 Euros A Direção da Revista é responsável apenas pelos artigos publicados sem assinatura e também pela sua seleção. Os artigos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. Editorial Aquilo que quisemos sublinhar foi que o mais importante para as empresas do nosso sector será o de procurarem responder, internamente, às mudanças qualitativas do mercado e às novas exigências financeiras e da gestão, alargando ao mesmo tempo, que as que puderem ou o ambicionarem, a sua atividade nos mercados externos como forma de ultrapassar as óbvias limitações da dimensão do mercado nacional, cada vez mais pressionado pela concorrência das grandes cadeias internacionais. Mas a perturbação acabou mesmo por surgir, de caráter interno, vinda da dimensão política, podendo afetar a governabilidade e, sobretudo, a estabilidade das condições económicas, financeiras e regulamentares em que as empresas exercem a sua atividade. Se ainda é muito cedo para fazer conjeturas sobre o seu desenvolvimento, profundidade e impacto, a verdade é que a “crise” política já não deixará de ter consequências para a economia e para o nosso sector. AFONSO CALDEIRA (PRESIDENTE NAVEGAR DA APCMC) EM ÁGUAS AGITADAS Quando, no editorial anterior, chamámos a atenção para a eventualidade de virem “ a ocorrer perturbações externas, ou internas” suscetíveis de vir a afetar a “moderada” recuperação que o nosso sector tem experimentado desde final de 2013, parecia que estávamos a adivinhar complicações no horizonte Não foi o caso, mas pura e simplesmente uma chamada de atenção para as fragilidades, sobretudo financeiras e de competitividade, que continuam a caracterizar o nosso país e que não permitem sustentar, nem euforias assentes numa nova vaga de fundos comunitários, nem, muito menos, convicções de crescimento futuro garantido e sem mais percalços. Desde logo porque basta que ela exista, mesmo que venha a ser ultrapassada satisfatoriamente num futuro próximo, para que tenham sido introduzidos fatores de incerteza adicionais nos processos de decisão dos agentes económicos, que desde o primeiro dia influenciam os respetivos comportamentos, seja de investimento, seja de poupança, seja de consumo. Os efeitos negativos deverão começar a sentir-se nas próximas semanas e poderão, dependendo da evolução da situação, prolongar-se pelos meses seguintes. Disso, pelo menos, já ninguém nos livra. Mas poderá vir a ser pior. E quando pode ser, normalmente é! Da forma como se tem vindo a desenrolar o “diálogo” político entre os vários partidos, tudo indica que o processo de consolidação das contas públicas poderá ser interrompido, ou, pelo menos, que será prosseguido mas com alterações substanciais no quadro fiscal (e laboral?). Mesmo que não haja derrapagens nas contas públicas, o que seria naturalmente trágico, as empresas deverão esperar um agravamento nos fatores de custo, o aumento da fiscalidade e maiores dificuldades no crédito, ainda que, eventualmente, o volume de negócios não venha a ressentir-se e possa até dilatar-se por via dos fundos comunitários e da expansão temporária do consumo. Num cenário como este o mais importante será não perder a perspetiva da importância do reforço da solidez financeira e não descurar, nem o rigor na gestão, nem a atenção à adequação da resposta em termos de serviço a um mercado em mudança. /3 Divulgação Barbot associou-se ao Greenfest ARRANCOU NO PASSADO DIA 8 DE OUTUBRO, NO CENTRO DE CONGRESSOS DO ESTORIL, O GREENFEST, QUE ESTE ANO TEVE COMO TEMA A “CIDADANIA ATIVA”. AS TINTAS BARBOT ASSOCIAM-SE A ESTA 8ª EDIÇÃO, COMO EMPRESA PRODUTORA DE SOLUÇÕES AMIGAS DO AMBIENTE E ESCOLHAS CONSCIENTES NA HORA DE CONSTRUIR OU REABILITAR UM EDIFÍCIO. O Greenfest é uma plataforma de partilha de ideias e experiências, onde se dá voz a empresas, autarquias e cidadãos que contribuem, de alguma forma, para um futuro melhor. Sofia Miguel, diretora de marketing da Barbot, explica que “A Barbot foi uma das empresas pioneiras na adoção de práticas sustentáveis na sua produção, através do tratamento de resíduos industriais e redução da emissão de Compostos Orgânicos Voláteis. Além disso, temos desenvolvido produtos vocacionados para uma construção mais sustentável, seja a nível de soluções técnicas para eficiência energética como tintas mais amigas do ambiente.” 4/ Neste sector, destacam-se duas soluções de revestimento desenvolvidas pela Barbot de forma a proporcionar uma elevada performance energética e acústica - o Barbotherm e o Barbotherm Cork. O Sistema Barbotherm consiste numa solução de isolamento de elevada prestação térmica, que permite uma poupança energética na ordem dos 30%. Após o elevado sucesso deste sistema, a Barbot lançou uma nova solução, criada em parceria com a Amorim Isolamentos: Barbotherm Cork. Desenvolvido a partir de placas em aglomerado de cortiça expandida, o sistema oferece um elevado nível de isolamento térmico, mas também acústico. Este sistema é único porque utiliza produtos 100% produzidos em Portugal. Estas soluções tecnicamente avançadas, de elevada performance, são uma aposta segura de poupança. Assegurando a manutenção das temperaturas adequadas ao longo de todo o ano, evitam a intervenção de aparelhos climatizados, tornando realidade a existência de ambientes interiores onde o conforto e a poupança energética imperam. FONTE: YOUNGNETWORK PORTO BASF há 150 anos a criar química Este ano a BASF comemora 150 anos, faz o balanço e traça o rumo dos próximos anos. No programa de aniversário, a BASF coloca em foco três temas onde a química desempenha um papel fundamental: na vida urbana, na energia inteligente e na alimentação. Com mais de 10.000 profissionais na área da inovação e investigação, em 2014 a BASF investiu perto de 2 mil milhões de euros (1.884 M€) no desenvolvimento de novas tecnologias e produtos. Em Portugal, a BASF Portuguesa está presente em todas as indústrias de crescimento no país, principalmente nas indústrias automóvel, química e agrícola. “Temos 200 clientes em Portugal e assumimos com eles o compromisso de desenvolver produtos inovadores, sustentáveis e seguros para o ambiente. Estas têm sido as linhas mestras na conceção da nossa gama que conta com mais de 6.000 produtos”, sublinha Gunther Sthamer. Sede da BASF em Portugal Consciente da sua responsabilidade social e comprometida com a dinamização do que de melhor se faz em Portugal, a BASF apoia produtores de vinho nacionais na iniciativa Nectar Divino que lançou há quatro anos. “Neste concurso já demos oportunidade a mais de 50 produtores de promoverem os seus vinhos junto de importadores alemães e ingleses em eventos exclusivos de networking”, explica Gunther Sthamer. FONTE: BUSS COMUNICAÇÃO A BASF apoia a construção sustentável no Dubai com soluções inovadoras como o Glenium® SKY que prolonga o tempo de utilização do betão até 3 horas. A seguir endurece rapidamente A BASF cria química há 150 anos O DIRETOR-GERAL DA BASF PORTUGUESA, GUNTHER STHAMER, AFIRMA QUE “A PREVISÃO EM PORTUGAL CONTINUA A SER DE CRESCIMENTO”. A solidez alcançada no mercado nacional ao longo de 67 anos, uma estrutura de 65 colaboradores, 40 dos quais comerciais especializados em áreas de engenharia (química, agrónoma e civil), e o crescimento sustentado ao longo dos anos levam a multinacional alemã a apostar na sede portuguesa. “Graças a este desempenho e experiência, a BASF Portuguesa apoia ativamente as operações do grupo BASF em Angola”, diz o diretor-geral com satisfação. A BASF fornece sistemas de isolamento muito eficientes, graças às várias camadas de materiais avançados. Exemplo: East Hotel Dubai /5 Divulgação Número de sócios BigMat em Portugal continua a aumentar Neste âmbito, para a Canoliva, é muito importante a informação que receberá de todas as famílias de produtos que atualmente não trabalha e também o apoio do departamento de Marketing & Merchandising para poder implementá-las e desenvolver. São Martinho de Sande (Distrito de Braga) acolhe as instalações da Armando Salgado Oliveira. Este novo sócio da BigMat conta com uma grande oportunidade: a sua localização privilegiada que fica na concorrida estrada nacional N101, a 15 km de Braga e a 12 km de Guimarães. As origens da empresa aparecem com a comercialização de materiais de construção e areias em 1979. A sua posição de supremacia em relação aos seus concorrentes da região baseia-se, entre outras, nas suas espantosas instalações. O negócio foi implementado numa área de 5.000 m², conta com um armazém de 400 m² e outros exteriores com cobertura, além da exposição de 350 m² de material fino, pintura e bricolage. O pátio pavimentado, onde é armazenado o material de construção, tem uma área de 4.000 m². Os motivos que os levam a unirem-se a esta central de compras são muitos, porém o mais importante na decisão foi ter a possibilidade de poder comercializar os produtos da BigMat e contar com o apoio do grupo para se “reinventar” e competir no mercado atual. Receber o assessoramento especializado e personalizado dum departamento de Marketing & Merchandising em questões como o desenho da área de “self service” ou ampliar a oferta de produtos, também supõe grandes vantagens para o sócio da BigMat, que propiciaram que esta empresa familiar, dirigida pelo Armando Salgado e Ricardo Salgado, faça inclinar a balança para o lado da BigMat. COM A ADESÃO DA SANTIAGO & Cª, CANOLIVA E ARMANDO SALGADO OLIVEIRA, ESTA CENTRAL REFORÇA A SUA POSIÇÃO NO MERCADO LUSO, COM UM TOTAL DE TREZE SÓCIOS E VINTE PONTOS DE VENDA. A BIGMAT JÁ ANUNCIOU QUE PORTUGAL ERA, E CONTINUA A SER, UM DOS PRINCIPAIS OBJETIVOS DA FIRMA. OS ESFORÇOS FORAM RECOMPENSADOS, MOSTRANDO COMO O NÚMERO DE SÓCIOS SUPEROU AS EXPECTATIVAS MARCADAS. A Canoliva chega à BigMat com um “new look”, pois em breve este novo sócio transferir-se-á para uma nova instalação que ocupará uma área de 9.000 m². Neste novo projeto o armazém, a exposição e a área de “self-service” ocuparão 1.200 m². Em relação ao perfil de cliente da Canoliva, 80% é formado por profissionais, sendo o restante constituído por consumidores finais, principalmente estrangeiros que já estão habituados com o serviço DIY (Do It Yourself). Segundo as palavras de José Manuel Rodrigues (fundador e administrador da empresa), as razões que levaram à decisão de formar parte do grupo BigMat são: estarem apoiados por uma grande marca internacional, que os ajudará a diversificar as famílias de produtos para enfrentar as diversidades da atual conjuntura do sector; e beneficiar do “Know How” da BigMat. A Canoliva fica em Oliveira do Hospital (Distrito de Coimbra), conta com a certificação ISO 9001 desde o ano 2003 e está especializada na comercialização de canalização e infraestruturas de água para obras públicas. 6/ Com respeito a Santiago & Cª, esta dispõe de três pontos de venda na cidade de Trancoso, concentrando-se em diferentes famílias de produtos: 3000 m² dedicados à bricolage (jardim, ferramentas, proteção laboral e bricolage); material de construção que compreende três barracões de 2.000 m², 600 m², 500 m²; e um pátio de 5.000 m² localizados numa mesma área, onde também se comercializa ferro e gás butano. Esta empresa familiar, dirigida por António Santiago, é uma referência no mundo empresarial do distrito da Guarda, devido aos seus mais de 80 anos de história. Destaca-se pelo seu espírito empreendedor, pois em 1940 já importavam cimento da Bélgica de navio até o porto de Aveiro e de comboio até Trancoso. Conscientes de que para sobreviver há que se modernizar, optaram pela BigMat, pela sua imagem corporativa e também pelo poder de negociação com os fabricantes que possui um grupo internacional. Entre as suas ações imediatas está a remodelação do ponto de venda de materiais de construção. Neste sentido, consideram que o sucesso é algo garantido tendo o assessoramento do departamento de Marketing. A sua faturação divide-se entre 70% de profissionais e 30% de público particular. Além de materiais de construção, a Santiago & Cª também conta com negócios no sector têxtil, transportes e distribuição alimentícia. A atividade empresarial da BigMat na Península Ibérica começa em 1997 e distingue-se pelo grande valor agregado aos seus produtos e serviços, orientados tanto a profissionais como a particulares. Está composta de 214 sócios e 303 pontos de venda, que supõe mais de um milhão de metros quadrados de superfície de vendas. Está presente em todas as Comunidades Autónomas da Espanha e na Europa com centros na França, Checoslováquia, Eslováquia, Bélgica, Chipre, Itália e Portugal, com um total de mais de oitocentos pontos de vendas nos oito países citados. Cobert reforça produto-estrela do catálogo de telhas Divulgação A COBERT, LÍDER IBÉRICA NA PRODUÇÃO E COMERCIA- LIZAÇÃO DE TELHAS, PEÇAS E COMPONENTES, REFORÇOU OS PROCESSOS DE FABRICO DE UM DOS SEUS MODELOS-CHAVE: A TELHA LUSA. O produto passou por um reforço da sua estrutura interior e também das ligações, inovação que lhe confere uma resistência mecânica mais pronunciada. A empresa, que tem três unidades fabris em Portugal, tem vindo a reforçar o seu compromisso com a qualidade e durabilidade dos materiais, além do rigor nos acabamentos. É nesse sentido que surgem as melhorias ao modelo de telhas mais português do mercado. A telha Lusa, da gama “Lógica”, é fabricada através de processos avançados de cozedura a altas temperaturas e produzida com recurso a matérias-primas portuguesas de qualidade, resultando num produto de grande durabilidade e impermeabilidade. Para evidenciar estas características, a Cobert inseriu quatro alterações de reforço no interior da estrutura e nas ligações, o que facilita também o processo de montagem. Além do mais, a telha exibe agora o selo de qualidade deste modelo que cobre a maioria das casas portuguesas. Com a máxima resistência, a telha Lusa mantém as dimensões anteriores e continua disponível em mais de 10 opções de cores e brilho. A gama, que passou agora a marca registada, integra também as telhas “Marselha” e “Plana”. FONTE: VF COMUNICAÇÃO 8/ Sensa by Cosentino® lança seis novos granitos exóticos O GRUPO COSENTINO, COMPANHIA LÍDER NA PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE SUPERFÍCIES INOVADORAS PARA O MUNDO DA ARQUITETURA E DO DESIGN COM PRESENÇA EM PORTUGAL, INCORPORA UMA NOVA SÉRIE DE SEIS GRANITOS EXÓTICOS PARA SENSA BY COSENTINO®, A SUA GAMA DE BANCADAS DE GRANITO COM UMA PROTE- ÇÃO EXCLUSIVA CONTRA AS MANCHAS. Cosentino®, completando uma extensa oferta de pedras caracterizadas pela já citada alta resistência às manchas, por não requerer uma manutenção diária especial, a exclusividade de criar um design irrepetível e a tranquilidade de poder estar em contacto com os alimentos, uma vez que conta com a certificação NSF. Assim, a Cosentino aumenta de 10 a 15 anos a garantia certificada de Sensa by Cosentino® para oferecer um melhor nível de qualidade e serviço ao cliente final. FONTE: ULLED A propósito deste lançamento, a Cosentino reformulou a proteção anti-manchas, agora denominada Senguard NK. A solução melhorada permite um maior rendimento face a manchas resistentes, sendo especialmente eficaz em granitos brancos ou de tons claros. Esta inovação, conseguida pela área de I+D da Cosentino, permite que o granito repila líquidos, como a água ou o azeite, proporcionando uma proteção eficiente contra todo o tipo de manchas, e alargando a durabilidade do material sem que altere a aparência nem o tato da pedra. Indian Black, Black Beauty, Ice Blue, Glacial Blue, Bianco Antico e Orinoco, são os seis novos granitos que oferecem ao consumidor estética, funcionalidade e um design com veios únicos e exclusivos. Provenientes da Índia e do Brasil, os novos granitos aumentam a atual gama de quatorze tonalidades de Sensa by /9 Divulgação O ITECONS, Projeto “Promoção da Etiquetagem Energética de Produtos (PEEP)” está concluído EM CO-PROMOÇÃO COM O CENTI, TEM VINDO A DESENVOLVER UM PROJETO DENOMINADO “PROMOÇÃO DA ETIQUETAGEM ENERGÉTICA DE PRODUTOS” - PEEP, QUE CONTA AINDA COM A PARTICIPAÇÃO DA ADENE. Com este projeto, foi possível desenvolver um sistema de etiquetagem energética de produtos não regulados, nomeadamente de isolamentos/argamassas térmicas, de tijolos e blocos a utilizar em alvenaria e tintas. Este sistema veio permitir comparação do desempenho entre diferentes produtos da mesma família, facilitando assim a escolha de produtos que promovem uma maior economia de recursos energéticos, respondendo assim à legislação europeia em vigor (Diretiva 2010/30/UE). 10 / Foi lançada a fase experimental dos simuladores de desempenho energético, os quais se encontram disponíveis no site do Sistema de Etiquetagem Energética de Produtos, em www.seep.pt. Os simuladores pretendem dar a conhecer aos fabricantes o processo de etiquetagem energética, assim como permitir o teste dos seus produtos de forma a conhecer a respetiva classificação energética. Nesta fase, a sua utilização não possui custos associados ao utilizador nem restrições em termos do número de avaliações a efetuar. Incentiva-se o registo das empresas interessadas. O projeto foi desenvolvido ao abrigo do Sistema de Apoio a Ações Coletivas (SIAC) financiado pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade (COMPETE) no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Mais informações sobre o projeto PEEP em www.peep.uc.pt. Divulgação OLI é a marca eleita dos vencedores Prémios Construir 2015 Os cinco projetos galardoados nos “Prémios Construir 2015” que distinguiram, no início de outubro, os melhores do ano nas áreas da Arquitetura e Engenharia, têm em comum a escolha para os espaços de banho das soluções inovadoras e hidricamente eficientes da OLI. A nova sede da EDP, em Lisboa, eleita na categoria “Arquitetura: Melhor Projeto Público”, foi equipada com autoclismos interiores “OLI74 Simflex” e “OLI74 Autoportante”, placas de comando “Electrónica II” e “Slim” e estruturas de lavatório autoportante, urinol e bidé “Euro”. O Hotel Vincci Porto, considerado o “Melhor Projeto Recuperação”, conta com os autoclismos interiores “OLI74 Autoportante” e “OLI74 Simflex”. O Polo de Conhecimento em Tecnologias da Construção Sustentável da Universidade de Coimbra, o melhor na categoria “Construção: Construção e Sustentabilidade”, está equipado com autoclismos interiores “OLI74” e “OLI74 autoportante”, placas de comando “Slim” e torneiras. Já o Edifício Sede da Polícia Judiciária, vencedor na categoria “Imobiliário: Melhor Edifício de Escritórios”, selecionou as placas de comando de urinol “Electrónica”. 12 / O Palácio dos Condes de Murça, distinguido na categoria “Imobiliário: Melhor Edifício Residencial”, escolheu as Placas de Comando “Slim”. A OLI, líder ibérica na produção de autoclismos, é a empresa em Portugal, pelo segundo ano consecutivo, que mais patenteia na Europa, tendo investido 10 milhões em Investigação e Desenvolvimentos nos últimos cinco anos. A fábrica sediada em Aveiro trabalha ininterruptamente 24 horas por dia, sete dias por semana, e tem uma produção diária de cerca de 7800 autoclismos e 28 mil mecanismos que são exportados para 70 países dos cinco continentes. A OLI é a única empresa portuguesa a produzir autoclismos interiores. Em 2012, venceu o “Prémio Kaizen Lean” do Instituto Kaizen, na categoria “Excelência na Produtividade” pela eficiência operacional. A distinção reconhece a melhoria contínua e a inovação dos processos da OLI que se tornou uma referência mundial e uma marca de excelência. FONTE: AD COMMUNICATION Technal premiada pelo conceito de acústica ativa A MAIS RECENTE INOVAÇÃO DA TECHNAL, QUE APRESENTA UM SISTEMA PATENTEADO, INOVADOR E PIONEIRO NA OTIMIZAÇÃO ACÚSTICA, FOI DISTINGUIDA NO CONCURSO DE INOVAÇÃO BATIMAT 2015 COM A ATRIBUIÇÃO DE UMA MEDALHA DE PRATA. O conceito de atenuação acústica ativa baseia-se na combinação de tecnologias complementares "passiva" e "ativa", que fornecem níveis de atenuação acústica até 25 dB com a janela aberta, assegurando uma média de 300 vezes menos ruído para o interior. Uma redução que corresponde à passagem de ruído de uma rua movimentada para o nível de um escritório silencioso. Os visitantes da Feira Batimat, que decorre em novembro, poderão conhecer o protótipo desta nova solução no stand da Technal. Esta será a solução ideal para quem pretende manter o espaço ventilado, através da abertura de janelas, preservando-o de perturbações sonoras externas. Totalmente integrado no vão, o sistema "ativo/passivo" permite, na posição fechada, manter uma estética semelhante a uma janela convencional. FONTE: M PUBLIC RELATIONS Divulgação SISTEMA Novo Schlüter®-DITRA-HEAT-TB CONSTRUTIVO DE PISO RADIANTE ELÉTRICO, de. Ideal para renovações e reabilitações, permite a colocação até sobre bases críticas, como construções de madeira, betonilha fresca, etc., sem o receio de ocorrerem danos no revestimento de cerâmica ou nos cabos de aquecimento, resultantes de rápidas mudanças de temperatura. ELÉTRICA DE SUPERFÍCIE NO PAVIMENTO E PAREDES Desde o seu lançamento em 2013 que Schlüter®-DITRA-HEAT-E tem alcançado um sucesso enorme em todo o mundo. A versatilidade e facilidade de instalação fazem este sistema um complemento perfeito, especialmente na reabilitação de casas de banho. AGORA COM ISOLAMENTO TÉRMICO-ACÚSTICO INCORPORADO. CLIMATIZAÇÃO Schlüter®-DITRA-HEAT-E é um sistema de climatização elétrica do pavimento e paredes, que permite obter superfícies com um calor agradável, aquecidas de forma específica sempre que e onde o desejar. AGORA FOI TÃO FÁCIL REABILITAR E MODERNIZAR! Com uma altura de construção de apenas 7,5 mm, o novo Schlüter®-DITRA-HEAT-TB alia as funções já comprovadas de impermeabilização, desacoplamento e compensação da pressão de vapor, com o geotêxtil especial, que para além de atuar como isolamento acústico, favorece um comportamento de aquecimento mais rápido dos revestimentos de solo e de pare14 / CARACTERISTICAS COM ISOLAMENTO TÉRMICO-ACÚSTICO INCORPORADO, NUNCA • Ambiente agradável • Controlo exato • Duradouro e isento de manutenção • Fácil de colocar • Aquecimento rápido adequado para pessoas com alergias • Previne a formação de bolor • Invisível • Componentes de sistema certificados Divulgação Inovação Teka Tambor Softcare em Máquina de Lavar A TEKA, MARCA LÍDER EM ELETRODOMÉSTICOS EM PORTUGAL, APRESENTA A SUA NOVA GAMA DE MÁQUINAS DE LAVAR A ROUPA SPA. O NOME DESVENDA A SUA MAIOR PREMISSA: O ELEVADO CUIDADO COM OS TECIDOS, MESMO OS MAIS DELICADOS. Os novos equipamentos incorporam um inovador tambor - Tambor Softcare, desenvolvido com uma nova tecnologia de dinâmica de fluídos por computação. O resultado re flete-se numa menor resistência dos tecidos ao fluxo da água - até 20 vezes menor do que as máquinas convencionais. O cuidado na roupa é assim reforçado nas fases da lavagem, secagem e centrifugação. 16 / Esta funcionalidade é atestada pela certificação Woolmark®, um selo universal de qualidade atribuído após comprovação que o programa de lavagem de peças de lã permite manter a máxima suavidade na roupa, mesmo após dezenas de lavagens. Além disso, as novas máquinas são altamente eficientes, em performance e em poupança energética. A começar pela rapidez: basta premir um botão para que qualquer programa de lavagem reduza a sua duração em 30%. Por outro lado, a tecnologia inteligente nas máquinas de lavar roupa Teka permite que todos os seus modelos de livre instalação de 7 e 8 Kg tenham classificação A+++, assegurando o máximo rendimento de lavagem com o menor gasto possível de energia. De destacar ainda a preocupação com o design. Com linhas modernas, as novas máquinas distinguem-se pela porta de grandes dimensões - 48 cm, painel de controlo em LCD de última geração e pela elegância nos detalhes. Entre as novas máquinas, destacam-se os modelos SPA TKD 1480, SPA TKD 1280 e SPA TKD 1270 e, nas máquinas de secar roupa, os modelos SPA TKS 890 H e SPA TKS 850 C. Stained da Vicaima Novas Tendências OUTONO É SINÓNIMO DE REGRESSO À ROTINA, AO TRABALHO E DE MUDANÇAS A TODOS OS NÍVEIS. E COMO A MUDANÇA COMEÇA, MUITAS VEZES, PELA TRANSFORMAÇÃO DO INTERIOR DAS CASAS, A VICAIMA ACABA DE LANÇAR A GAMA STAINED, QUE APRESENTA SEIS NOVAS TONALIDADES EXCLUSIVAS PARA PORTAS DE INTERIOR, PENSADAS PARA QUEM SEGUE AS ÚLTIMAS TENDÊNCIAS DE DESIGN E DECORAÇÃO. Marina Grey, Dark Champagne, Nightfall Black, Deep Brown, Pastel Cream e Toffe Brown, são as tonalidades contemporâneas sugeridas pela Vicaima, com base em folha de madeira natural. Dos tons mais escuros, passando pelos castanhos e cinzas, as sugestões da Vicaima apresentam um toque texturado ou smooth, conferindo aos ambientes de interior, o toque de conforto e requinte que inspira sofisticação. As tendências de decoração para 2016 reforçam, não só a presença da madeira natural nos espaços interiores, como também a predominância do cinza, como a cor de eleição para conjugar a modernidade e tranquilidade que procura para o ambiente da sua casa. As sugestões da marca podem ser aplicadas em portas de interior, portas técnicas, roupeiros, painéis e peças para mobiliários, funcionando como o “apontamento final” para criar a harmonia perfeita no décor. A gama de tonalidades Stained está disponível para o sector habitacional e hoteleiro. Na vertente de projeto, a Vicaima disponibiliza também um serviço personalizado de aplicação de tonalidades customizadas, ajustadas à inspiração para o ambiente decorativo. FONTE: ATREVIA / 17 Divulgação A VIDROMAX, Vidromax traz a Portugal a impressão digital em vidro EMPRESA ESPECIALIZADA NA TRANSFOR- MAÇÃO DE VIDRO, LANÇA A PINTURA DIGITAL EM VIDRO PARA A ARQUITETURA NACIONAL. A Vidromax é detentora, de um equipamento exclusivo em Portugal que permite “imprimir” qualquer ilustração gráfica ou fotorealista em vidro plano ou curvo. Sara Nunes, Manager Diretor da Vidromax refere a importância deste equipamento para o mercado “este é um produto diferenciador do nosso portefólio, uma solução de impressão digital para projetos de excelência, com a tecnologia mais evoluída do sector, algo que só é possível graças à nossa parceria com a Dip-Tech”. A empresa israelita DIP-TECH é parceira da Vidromax e fornecedora desta tecnologia avançada, tendo vindo a Portugal, a convite da Vidromax, para apresentar esta solução aos gabinetes de arquitetura portugueses e referenciar case studies internacionais com esta tecnologia. 18 / Esta inovação aplica-se em fachadas de edifícios, clarabóias, janelas, portas, decoração de interiores, divisórias de escritórios... Permite também a pintura “dual point”, possibilitando que o vidro tenha duas interpretações diferentes, devido a impressões sobrepostas que dão uma determinada perceção do exterior dos edifícios e no interior outra. A Vidromax é uma empresa do grupo Activa, no qual a Jofebar também está inserida, sendo empresas complementares no mercado que operam. Recentemente participaram em conjunto na obra do Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões. Com 248 colaboradores o grupo Activa tem vindo a crescer exponencialmente através de soluções inovadoras que apresenta ao mercado de arquitetura e construção, revelando um forte player a nível internacional, visto sempre como uma mais-valia para os profissionais do sector. FONTE: GREEN MEDIA - AGÊNCIA DE COMUNICAÇÃO Divulgação Saint-Gobain comemora 350 anos Sobre a Saint-Gobain Em 2015, a Saint-Gobain comemora 350 anos, 350 razões para acreditar no futuro. Com a sua experiência e capacidade inovadoras, a Saint-Gobain, líder mundial no domínio da construção, projeta, produz e distribui materiais de construção e alto desempenho, fornecendo soluções inovadoras para os desafios do crescimento, da energia e da proteção do meio ambiente. Com um volume de negócios de 41 mil milhões de euros em 2014, a Saint-Gobain está presente em 66 países com mais de 180 000 trabalhadores. Em Portugal, o Grupo é representado por 14 marcas líderes nos seus mercados, operando maioritariamente nos mercados da construção e vidro automóvel. Louis XIV assinou as patentes criando a Fabrica Real dos Vidros, em outubro de 1665. Em todo o mundo, no dia 15 de outubro de 2015, os colaboradores da Saint-Gobain comemoraram este evento. Este dia materializou a ligação entre todos os funcionários da Saint-Gobain. Cada país e cada equipa celebraram o 350º aniversário à sua maneira: dias abertos, eventos de clientes, concursos, exposições, etc. Em Portugal o Grupo juntou os seus colaboradores em Pombal para um dia de partilha de conhecimentos e outras atividades. 350 Anos de História SÉCULO XVII: AS ORIGENS O rei Luís XIV de França, impulsionado pelo seu ministro Colbert, cria em 1665, uma Fábrica Real dos Vidros destinada a vencer a supremacia de Veneza no fabrico de espelhos. A primeira conquista histórica do Grupo é a entrega de espelhos da galeria com o mesmo nome, em Versailles. A Saint-Gobain entra, então, na história da França. SÉCULOS XVIII E XIX: O NASCIMENTO DA GRANDE EMPRESA. No século XVIII, os espelhos estão na moda e preço tornase mais acessível. Beneficiando de encomendas da realeza e do sector privado, a fábrica, que emprega mais de mil trabalhadores, moderniza-se e conhece uma crescente prosperidade durante este século. No século XIX, confrontada com uma forte concorrência internacional, a Saint-Gobain cria as suas primeiras oficinas fora de França e diversifica as suas atividades no sector químico. No final do século, as atividades químicas e do vidro equilibram-se. A Fábrica Real do Vidro beneficia do crescimento de uma nova arquitetura de ferro e do vidro, principalmente nas grandes instalações públicas: salões, estações, alas cobertas 20 / SÉCULO XX: A CONSTRUÇÃO DO GRUPO ATUAL: DA EMPRESA DO VIDRO À Os 350 Anos da Saint-Gobain MULTINACIONAL Doravante, a Saint-Gobain interessa-se por todos os tipos de produtos de vidro (garrafas, fibra, fibra de vidro, etc.). A revolução automobilística e a arquitetura moderna que oferecem grandes superfícies vidradas fornecem-lhe novas oportunidades. Em 1970, a Saint-Gobain funde-se com a empresa Pont-à-Mousson, fabricante de tubos de ferro fundido. É o surgimento de um novo estilo de gestão, a nacionalização (1982), seguida da privatização (1986), a intensificação dos esforços da procura, a chegada a novos países, o tempo de desinvestimentos e de aquisições. Entre as aquisições mais significativas, a da Norton, em 1990, posiciona a Saint-Gobain em materiais com elevado conteúdo tecnológico (abrasivos, cerâmica, plásticos) e aquela de Poliet (POINT. P, Lapeyre e Weber), em 1996, fê-la entrar no mundo da distribuição de materiais de construção. SÉCULO XXI: UMA REFERÊNCIA NA HABITAÇÃO SUSTENTÁVEL A Saint- Gobain centra a sua estratégia na habitação sustentável, continuando a servir muitos mercados industriais. Estando em forte expansão, o Grupo desenvolve-se constantemente nos países emergentes. O Grupo faz aquisições importantes para alargar a sua rede de distribuição de material de construção na Europa e para completar o seu portfólio de produtos (aquisição da British Plaster Board, em 2005 - gesso e placas de gesso - e da Maxit, em 2007 - argamassas industriais). Em 2015, a Saint-Gobain comemora os seus 350 anos. Um aniversário excecional que o Grupo celebra, valorizando sua história e virando-se para o futuro. As celebrações são marcadas por momentos altos: a digressão mundial dos pavilhões "Sensations Futures", um selo emitido pelos Correios, uma exposição on-line (www.saint-gobain350ans.com), um livro de aniversário, um jogo eletrónico e um dia de aniversário - 15 de outubro. Para mais informações sobre a Saint-Gobain, por favor visite o site da www.saint-gobain.com e a conta Twitter @saintgobain ou a aplicação para o tablet e telemóvel "Saint-Gobain Shareholder". / 21 Eventos JRBOTAS apresenta novidades num evento memorável Todas as marcas, também pelo seu carácter internacional, procuram desenvolver os seus produtos tendo como base os mais elevados standards de inovação tecnológica, qualidade e design. A nova campanha “Made by History” é a representação de tudo isto. A mudança que a empresa está a passar neste momento é o colmatar de muitos anos de experiência e de um relacionamento privilegiado com os profissionais do sector, principalmente na área da arquitetura. Esta nova campanha contou com a presença de vários profissionais do sector que em muito tem contribuído para tornar a arquitetura, a engenharia e a decoração, em áreas reconhecidas a nível internacional. Ana Menezes Cardoso, Cristina Santos Silva, Francisco Simões, Fernando Hipólito, João Barreto, João Reino, Leonor Romba, Mariana Romba, Nini Andrade Silva e Tiago Costa Luís foram os participantes da nova campanha, que poderá ser vista através da página de Facebook da JRBOTAS ou do site www.jrbotas.com. NO JRBOTAS CONTOU 250 PROFISSIONAIS DO SECTOR - ARQUITETOS, DECORADORES, DESIGNERS DE INTERIORES E ENGENHEIROS - NO SEU SHOWROOM NO ESTORIL, NUM EVENTO QUE DECORREU AO LONGO DE TODO O DIA. PASSADO DIA 17 DE OUTUBRO, A COM A PRESENÇA DE MAIS DE Também os representantes das marcas, não só os export managers mas também os CEOs, decidiram estar presentes para dar a conhecer o que de melhor se tem feito no sector. No decorrer deste dia foi apresentado o novo showroom, todas as novidades das marcas para 2015/2016, e foi ainda lançada a nova campanha “JRBOTAS: Made by History”. Para além de uma mudança integral de imagem, a JRBOTAS conta ainda com um showroom renovado e várias marcas novas. Aquela que é uma das empresas mais conhecidas na área da casa de banho, apresenta agora um portfólio de marcas internacionais alargado e capaz de desenvolver uma remodelação integral de qualquer tipo de projeto. A José Ricardo Botas, SA é agora JRBOTAS, Design & Home Concept. Poderá encontrar no seu showroom no Estoril, não só marcas para a casa de banho - Duravit, Fantini e Hansa - como também de saunas e banhos turcos - Effegibi - revestimentos de cerâmica e de pedra natural - Mutina e Salvatori - e ainda de portas interiores e de decoração - Pietrelli e Longhi. 22 / Reynaers Aluminium comemorou 50 anos de parcerias de sucesso A CELEBRAÇÃO DOS 50 ANOS DECORREU EM BRUXELAS NO PASSADO MÊS DE OUTUBRO E JUNTOU MAIS 800 CONVIDADOS ORIUNDOS DE 46 PAÍSES. Quando, em 1965, Jan Reynaers criou a Aluminium Construction Reynaers, em Duffel, na Bélgica, a empresa dedicava-se à produção de janelas e portas aplicando um sistema de alumínio auto concebido e facilmente processado, que resultou numa grande procura por outros fabricantes de caixilharia. 50 anos depois, já sob a gestão da segunda geração da família, a Reynaers está presente em mais de 70 países, emprega mais de 1500 colaboradores e tem um volume anual de negócios de 330M€. A viver um forte período de expansão, estão em curso as obras de ampliação para aproximadamente 24.000 m2 de área construída a ocupar pela sede, armazém principal e pelo Instituto Reynaers, um centro privilegiado de investigação, desenvolvimento de produto e ensaios. O arquiteto realçou que “apesar do contacto regular, não tinha a perceção correta do que realmente é a Reynaers. Ver in loco toda a estrutura e recursos associados ao desenvolvimento de produto, automação e ensaios foi uma experiência extremamente enriquecedora. Quanto à festa em si foi bestial divertidíssima. Foi espantoso perceber o universo de parceiros, técnicos e colaboradores da Reynaers em todo o mundo.” No evento do passado dia 16 de Outubro celebraram-se 50 anos de parcerias de sucesso numa noite memorável, vivida intensamente. Rui Silva, Director Geral na Fonseca & Silva, refere que “a festa teve imensa qualidade e esteve bem à altura do prestígio da Reynaers. Toda a equipa soube receber muito bem”. Acerca da visita ao Instituto Reynaers sublinha que “foi crucial para entender toda a estrutura a montante da colocação dos produtos no mercado. Uma visita muito positiva e tranquilizadora”. Também para José Magno, da VHM Coordenação de Projectos, SA “a visita ao Instituto Reynaers foi muito interessante”. / 23 Eventos ROCA, Roca apoia o projecto “Ecocasa/Sistema Gomos” EMPRESA DEDICADA AO DESIGN, PRODUÇÃO E COMERCIALIZA- ÇÃO DE PRODUTOS PARA O ESPAÇO DE BANHO, REFORÇA O SEU COMPROMISSO COM A CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL, APOIANDO O PROJETO “ECOCASA/SISTEMA GOMOS” ATRAVÉS DA DOAÇÃO DE EQUIPAMEN- TOS PARA OS ESPAÇOS DE BANHO. A EMPRESA CARACTERIZADA PELA PREOCUPAÇÃO COM AS QUESTÕES AMBIENTAIS, ASSUME MAIS UMA VEZ O COMPROMISSO COM A CONSTRUÇÃO AUTOSSUSTENTÁVEL E “ECO FRIENDLY”, SEM NEGLIGENCIAR A QUALIDADE E O DESIGN INERENTES À MARCA. Trata-se de um projeto que parte do conhecimento local, mobiliza o empreendedorismo regional e terá impacto nacional, sendo um dos dez finalistas ao Prémio Nacional de Indústrias Criativas. Na sessão de apresentação estiveram presentes Bruno Teixeira, presidente da AECA, e José Artur Neves, presidente da Câmara Municipal de Arouca. A visita ao edifício modelo pré-fabricado esteve disponível durante a apresentação. Segundo Bruno Teixeira, com este projeto foi possível criar uma ecocasa, T1 ou T4, que tem um tempo de criação em fábrica entre três a quatro meses e que é montada no terreno no período máximo de duas semanas. O preço-base é de 50.000 euros mais IVA por uma residência T1 com um nível de qualidade médio-alto, sendo que o orçamento final e os prazos dependem das especificações do cliente, de acordo com as suas exigências. Com esta iniciativa, pretende-se fazer um melhor aproveitamento dos recursos naturais disponibilizados, bem como de uma melhor utilização do know-how das empresas locais e dos seus materiais. O projeto “Ecocasa/Sistema Gomos”, desenvolvido pela Câmara Municipal de Arouca e a Associação Empresarial de Cambra, cuja apresentação decorreu em Arouca, é a primeira casa construída com o Sistema Gomos, que resulta de um projeto de I&D empresarial que consiste num sistema único de construção modular, permitindo com rapidez e simplicidade a montagem de uma habitação, de forma modular, com todos os acabamentos, infraestruturas e design moderno. As três ecocasas construídas com o Sistema Gomos têm como base a funcionalidade, a sustentabilidade e a economia. 24 / Grande Festa do Grupo Tintas 2000 A 19 DE SETEMBRO, NUMA GRANDE FESTA NA SUA SEDE E NA EXPONOR, A TINTAS 2000 COMEMOROU 35 ANOS DE ATIVIDADE, A TINTAS MARILINA COMEMOROU 85 ANOS E AMBRÓSIO & FILHA COMPLETOU 20 ANOS. A festa começou ao início da tarde com uma visita guiada à sede do Grupo 2000, e continuou noite fora com um jantar de gala na Exponor, seguido de um concerto do José Cid. Sala de jantar na Exponor De referir ainda que no passado dia 08 de outubro, na gala dos Prémios Móbis, que se realizou no Casino do Estoril, estiveram presentes mais de 300 convidados e o Grupo 2000 conquistou 3 distinções: • Prémio Marca para a Tintas 2000 na categoria Tintas Interiores. • Prémio Geração Gold para António Ambrósio. • Prémio Geração Empreendedora para Ana Ambrósio. Atuação de José Cid na festa do Grupo 2000 Ana e António Ambrósio na Gala dos Prémios Móbis / 25 Entrevista Vera Silva Diretora de Marketing da Iberfibran Estas alterações legislativas foram positivas para o sector, no entanto nos últimos anos a reabilitação urbana ganhou força e a legislação, que estava muito focada nos edifícios novos, não conseguiu adaptar-se a esta nova realidade tanto quanto desejável. A IBERFIBRAN, POLIESTIRENO EXTRUDIDO, SA, É O BRAÇO DO GRUPO FIBRAN PARA A PENÍNSULA IBÉRICA E FOI CONSTITUÍDA EM 2000, SENDO PIONEIRA EM PORTUGAL NO FABRICO DE PLACAS RÍGIDAS DE ESPUMA DE POLIESTIRENO EXTRUDIDO (XPS), A nível concorrencial houve muitas mudanças no mercado nos últimos anos. A saída e entrada de vários players em Portugal demonstra a dinâmica deste sector. Parece-me que as empresas adotaram posturas e estratégias a médio/longo prazo e focaram as suas atenções na exportação como forma de garantir a sua sustentabilidade. ISOLAMENTO TÉRMICO DE ELEVADA QUALIDADE E DESEMPENHO PREFERENCIAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL. AO A IBERFIBRAN É UMA EMPRESA EMPREENDEDORA, ÁGIL E FLEXÍVEL, CUJO CORE BUSINESS É O MERCADO DA CONSTRUÇÃO CIVIL. OPERA NO CANAL DE DISTRIBUIÇÃO B2B - BUSINESS TO BUSINESS - NUMA SEGMENTAÇÃO DIVERSIFICADA DE PARCEIROS DE NEGÓCIO DA CONSTRUÇÃO, ESPECIALISTAS EM ISOLAMENTO TÉRMICO, E VÁRIAS INDÚSTRIAS COMPLEMENTARES. E DOS SEUS PRODUTOS? A ORGANIZAÇÃO, COM SEDE E INSTALAÇÕES FABRIS EM OVAR, É EXCLUSIVAMENTE ESPECIALISTA NO FABRICO DE PLACAS RÍGIDAS POLIESTIRENO EXTRUDIDO (XPS), SOB A MARCA FIBRANXPS. DE ESPUMA DE REGISTADA A IBERFIBRAN ESTÁ NO MERCADO HÁ MAIS DE UMA DÉCADA. COMO VÊ A EVOLUÇÃO DO MERCADO, NÃO SÓ DO PONTO DE VISTA LEGISLATIVO COMO CONCORRENCIAL? Sim, a Iberfibran está em Portugal desde 2002 a produzir constantemente poliestireno extrudido, isolamento térmico, sob a marca FIBRANxps. Desde então a legislação relacionada com o sector tem evoluído tornando-se cada vez mais exigente. Quando digo exigente refiro-me à exigência em isolar cada vez melhor, com melhores produtos e maiores espessuras. Depois dos decretos-lei de 1990 e 2006 surgiu em 2013 o DL 118/2013 que, entre outras alterações, veio aumentar a exigência dos valores de U (Coeficiente de transmissão térmica) e, consequentemente, aumentar as espessuras dos isolantes térmicos. 26 / LONGO DOS ANOS AS EXIGÊNCIAS, TAL COMO AFIRMOU, TÊM VINDO A AUMENTAR. COMO TEM SIDO A ADAPTAÇÃO DA EMPRESA A Iberfibran pertence ao Grupo FIBRAN, que tem um centro de investigação e desenvolvimento numa das suas fábricas na Eslovénia. Aí são desenvolvidos novos produtos para dar respostas às exigências técnicas e de qualidade do mercado. Na Iberfibran, no nosso laboratório, vamos também fazendo alguns testes que nos permitem aperfeiçoar o produto. A procura de mais baixa condutibilidade térmica, a capacidade de produzir espessuras maiores e o acompanhamento das tendências do mercado, nomeadamente quanto à qualidade, têm sido os focos da empresa relativamente ao desenvolvimento de produtos. No entanto, há outros parâmetros como a qualidade do serviço, apoio ao cliente (na pré-venda e pós-venda) e serviço logístico que têm sido alvo de melhorias constantes adaptando-se a esta nova realidade mais exigente. A CRISE QUE O SECTOR DA CONSTRUÇÃO TEM VINDO A SENTIR TEM AFETADO MUITO O TECIDO EMPRESARIAL NACIONAL. TAMBÉM SENTE OS EFEITOS DESTA CRISE? NADO? A IBERFIBRAN E COMO SE TEM DIRECIO- Sim, a Iberfibran é uma empresa de referência do sector em Portugal e como tal também sentiu os efeitos da crise. No entanto, esse facto não esmoreceu o empenho de todos em ultrapassar esse período. A empresa focou-se na exportação, na abertura de novos mercados e em produzir produtos de maior valor acrescentado, nomeadamente para a indústria. Entrevista Essa exigência é normal e permite algum rigor e confiança no sector, no entanto, sabemos que entram em Portugal produtos que infelizmente não cumprem os requisitos legais. Este facto prejudica o mercado, não enaltece o produto e compromete o trabalho das empresas que primam pela qualidade. No que diz respeito à mão-de-obra, não há qualquer garantia que os produtos estão a ser corretamente aplicados. A fiscalização, nomeadamente em obras pequenas, é escassa e grande parte das vezes não consegue garantir o correto processo de aplicação. Os processos construtivos são complexos e apesar dos produtos cumprirem todos os requisitos exigidos por normas nacionais e/ou europeias, se a aplicação não estiver correta está em causa todo o sistema com possíveis consequências que podem ser muito graves. A Iberfibran promove recorrentemente ações de formação, quer nas suas instalações, quer em instalações dos seus clientes, onde apresenta regras de boa aplicação dos seus produtos. Ultimamente a Iberfibran tem apostado em ações que explicam como se aplica um produto específico, e que é bastante utilizado em reabilitação de fachadas, o nosso FIBRANxps ETICS GF. O retorno tem sido positivo, mas consideramos que ainda há muito trabalho a fazer. Com essa estratégia a Iberfibran tem conseguido ultrapassar as expectativas definidas internamente. O ano passado as exportações ficaram próximas dos 50% de faturação e este ano iremos melhorar quase todos os índices. O facto de a Iberfibran ter conseguido aumentar de forma sustentável a sua presença em mercados com potencial e de baixo risco tem permitido bons resultados quer em 2014, quer, acreditamos, em 2015. A REABILITAÇÃO TEM SIDO UMA DAS APOSTAS PARA A ALAVANCAGEM DO A IBERFIBRAN TAMBÉM CONSIDERA ESTA UMA SOLUÇÃO PARA REANIMAR O SECTOR? SECTOR. Sim, sem dúvida. Aliás, tem-se verificado uma grande aposta dos produtores de materiais de construção no desenvolvimento de produtos e soluções direcionadas para a reabilitação. Também a Iberfibran o tem feito apresentando produtos muito interessantes, nomeadamente para fachadas, como por exemplo o seu ETICS GF ou mesmo o mais recente SB. O facto de produzirmos e comercializarmos apenas um produto e não o sistema completo é uma desvantagem, no entanto temos tentado associar-nos a parceiros que podem completar o nosso produto por forma a apresentar ao cliente final uma solução completa. Esta estratégia não tem sido fácil de implementar, mas acreditamos que é uma estratégia a seguir. Neste momento estamos a desevolver um projeto internamente que com certeza trará novidades neste contexto, contudo ainda é precoce avançar mais sobre este tema. A MÃO-DE-OBRA QUALIFICADA É SEM DÚVIDA UM FATOR DIFERENCIADOR, NOMEADAMENTE NA REABILITAÇÃO. NÃO SERIA PERTINENTE OS FABRICAN- TES DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO PROMOVEREM NÃO SÓ OS SEUS PRO- DUTOS, MAS TAMBÉM A SUA CORRETA APLICAÇÃO? A IBERFIBRAN FÁ-LO? De facto, é curioso verificar que há uma enorme pressão para os fabricantes garantirem a qualidade dos seus produtos, nomeadamente através da sua certificação e marcação CE. 28 / O saber fazer é fundamental e tanto quanto sei não há instituições a ensinar o “saber fazer” nesta área. São quase sempre os produtores a terem esse papel, o que me parece escasso. ECONOMIA Inquérito de Conjuntura Estatísticas - Confidencial Imobiliário / 29 Economia Inquérito de Conjuntura 2º Trimestre de 2015 - Vendas face ao trimestre anterior aumentaram para a maioria das empresas - Quase metade das empresas inquiridas considerou o nível de atividade como “Bom” - As previsões para o 3º trimestre apontam para a continuidade do crescimento dos negócios APRECIAÇÃO GLOBAL O acréscimo das vendas no 2º trimestre do ano confirmou, de forma clara, a expetativa de continuidade no processo de recuperação do volume de negócios iniciado em 2014 e que fora retomado no trimestre anterior, após um final de ano menos positivo. A evolução mais favorável do desempenho das empresas do segmento armazenista que se vem registando desde final de 2013 e início de 2014, espelhou-se, de algum modo, na comparação das vendas com o período homólogo, que não obstante ter sido muito favorável, não foi tão espetacular como o salto observado na área das empresas retalhistas. 2º TRIMESTRE DE 2015 Em particular, o saldo das respostas extremas (SRE) no indicador “vendas” cifrou-se em +31,7% (que compara com +12,1% no trimestre anterior), com a percentagem das empresas que afirmou o respetivo aumento face ao período anterior a subir de 25,9% para 34,2%, enquanto as que referiram a sua diminuição baixou de 13,8% para escassos 2,5%. A apreciação relativa ao “nível de atividade” melhorou de forma ainda mais significativa, apresentando um SRE positivo (+38,3%, contra +12,7% no 1º trimestre de 2015). Com efeito, a percentagem dos inquiridos que classificaram a atividade como Boa aumentou de 28% para 44,7%, enquanto a percentagem que considerou a respetiva atividade com Deficiente diminuiu de 16% para apenas 6,4%. Indicadores Saldo das respostas extremas (%) Sector Armazenistas Retalhistas Vendas + 31,7 + 40,3 + 26,5 Existências + 2,5 + 5,5 + 0,8 Preços + 3,5 + 8,3 + 0,7 Atividade + 38,3 + 32,0 + 45,5 Vendas homólogas + 42,6 + 40,0 + 45,5 1º TRIMESTRE DE 2015 Indicadores VENDAS E STOCKS - 2º TRIMESTRE 2015 (SRE - saldo das respostas extremas) Saldo das respostas extremas (%) Sector Armazenistas Retalhistas Vendas + 12,1 + 11,5 + 12,8 Existências - 2,6 + 3,3 - 9,1 Preços + 12,9 + 18,0 + 7,2 Atividade + 12,0 + 12,5 + 11,1 Vendas homólogas + 8,0 + 25,0 - 22,3 De facto, neste 2º trimestre, o subsector retalhista registou no indicador “vendas homólogas” um SRE de +45,5% (contra -22,3% no trimestre anterior) a que correspondeu uma percentagem de 59,1% de respostas que afirmaram o aumento das vendas face ao 2º trimestre de 2014, enquanto no subsector armazenista o SRE foi ligeiramente menor (+40%), apesar de 60% das respostas referirem o aumento. O subsector armazenista, que tem apresentado o melhor desempenho ao longo dos períodos anteriores, revelou, uma vez mais, o maior progresso nas vendas, mas foi o subsector retalhista, que já tinha dado sinais de recuperação no trimestre anterior, que registou as apreciações mais positivas no nível de atividade. O aumento mais expressivo das vendas do que ambos os subsectores previam terá determinado a necessidade de reforçar os stocks, invertendo a tendência de correção em baixa que de forma sistemática se vinha observando sobretudo ao nível do subsector retalhista. Não obstante, o número de empresas que afirmaram o aumento das existências foi muito inferior ao das que aumentaram as vendas, deduzindo-se que, de uma forma geral, o nível de existências se encontrará atualmente mais adequado ao nível da atividade. 30 / Relativamente aos preços de venda, a evolução foi também positiva em ambos os subsectores, embora pouco expressiva e restrita, uma vez mais, a menos de 30% das famílias de produtos consideradas. Este comportamento deverá continuar a entender-se como favorável à defesa das margens de comercialização, sobretudo se tivermos em conta a diminuição dos preços dos combustíveis, cuja influência é muito relevante ao nível dos custos. As respostas no sentido do aumento dos preços de venda incidiram, principalmente, nos seguintes grupos de produtos: “tetos e divisórias, “tubagens e acessórios de ferro e cobre”, “tubagens e acessórios em plástico”, “portas metálicas, automáticas e automatismos para portas”, “aquecimento e refrigeração de água ou ambiente” e “aparelhos e equipamentos elétricos e eletrónicos diversos”. As respostas no sentido de descida limitaram-se aos “materiais básicos (cimento, cal, gesso, areia, pedra e brita)”, às “telhas, tijolos e outros produtos de barro vermelho e grés” e aos “produtos de fibrocimento (chapas para coberturas)”. 2º TRIMESTRE DE 2015 (variação dos valores do SRE - saldo das respostas extremas - face ao trimestre anterior) Variação do saldo das respostas Indicadores extremas em pontos percentuais Sector Armazenistas Retalhistas Vendas + 19,6 + 28,8 + 13,7 Existências + 5,1 + 2,2 + 9,9 - 9,4 - 9,7 - 6,5 Atividade Preços + 26,3 + 19,5 + 34,4 Vendas homólogas + 34,6 + 15,0 + 67,8 mestres anteriores, a prevalência das empresas armazenistas (28% das respostas), enquanto no segmento retalhista a utilização do crédito bancário foi referida por apenas 18,2%. Não se registaram respostas de empresas que indicassem a utilização do crédito para investimento Das empresas que recorreram ao crédito (23,4%), 6,4% consideraram “difícil” a sua obtenção, contra as restantes 17% que afirmaram ter sido “fácil”. A evolução da apreciação pelas empresas do respetivo “nível de atividade” foi, como afirmámos acima, claramente positiva em ambos os subsectores e acompanhou de perto a observada nas “vendas homólogas”. EVOLUÇÃO DO NÍVEL DE ATIVIDADE (SRE - saldo das respostas extremas) (sinal “-” indica pioria ou diminuição; sinal “+” indica melhoria ou aumento) Como já referimos, a evolução trimestral do sector apresentou, genericamente, um comportamento muito favorável em quase todos os indicadores, com exceção dos preços de venda. Recordamos todavia, que no que diz respeito às “existências” o sinal positivo significa um aumento relativo do “investimento” em stocks que, não sendo correspondido por um aumento proporcional das vendas (o que não é o caso), pode ser considerado um fator desfavorável para a rentabilidade da operação comercial. VARIAÇÃO DOS VALORES DOS SALDOS DAS RESPOSTAS EXTREMAS FACE AO TRIMESTRE ANTERIOR A evolução do indicador “vendas homólogas” foi ainda mais positiva, com destaque para as empresas do segmento retalhista. No conjunto do sector, 83% das respostas (contra 64% no período anterior) referiu a manutenção ou o aumento das vendas face ao 2º trimestre de 2014, enquanto apenas 17% afirmaram a respetiva diminuição. Entre as empresas retalhistas a percentagem de respostas que referiu o aumento foi, pela primeira vez em muito tempo, superior à dos que reportaram a diminuição (59,1% contra 13,6%), enquanto entre as empresas armazenistas se registaram três vezes mais respostas no item “aumento” (60%) que no item “diminuição” (20%). VOLUME DE VENDAS COMPARADO COM O MESMO PERÍODO DO ANO ANTERIOR (SRE - saldo das respostas extremas) O dado mais significativo deste período foi, na verdade, o aumento notável dos indicadores relativos à apreciação do “nível de atividade” e, particularmente, das “vendas homólogas”. As empresas cuja atividade foi “deficiente” assinalaram os fatores que consideraram mais prejudiciais. Neste trimestre, resumiram-se à “falta de encomendas” com 100% das respostas (contra 75% no trimestre anterior), e às “dificuldades de tesouraria” com 50%. O recurso ao crédito bancário para financiamento da atividade corrente manteve-se ao mesmo nível do trimestre anterior (23,4%, contra 24% das respostas), verificando-se, ao contrário dos dois tri- / 31 Economia As previsões para o 3º Trimestre de 2015 mostram a continuação de uma tendência positiva, embora de forma mais mitigada entre as empresas do subsector retalhista. De igual modo, o consumo de cimento no território nacional registou um aumento homólogo de 4,6% nos primeiros seis meses de 2015, invertendo umo ciclo de 7 anos consecutivos de quebras no consumo desta matéria-prima. PERSPETIVAS PARA O 3º TRIMESTRE DE 2015 Como referimos, o segmento da habitação é o que apresenta maior dinamismo, tendo-se registado no 2º trimestre do ano uma subida de 14,4%, em termos homólogos, do número de licenças para construção de edifícios novos de habitação familiar. Este segmento é o principal responsável pelo incremento da construção nova, enquanto, por outro lado, as licenças para obras de reabilitação continuam a diminuir. Com efeito, as obras licenciadas para construções novas aumentaram 2,3% face ao 2º trimestre de 2014, mas as obras de reabilitação diminuíram 26,3%. Indicadores Saldo das respostas extremas (%) Sector Armazenistas Retalhistas Cart. Encomendas + 14,6 + 30,5 + 5,5 Vendas + 16,1 + 27,7 + 9,4 Enc. Forneced. + 15,1 + 25,0 + 9,4 Existências + 6,0 + 6,9 + 5,5 Conforme se pode inferir do quadro acima, as expetativas das empresas do subsector armazenista sugerem, à semelhança do que se observou no estudo anterior, uma elevada confiança no aumento das vendas. Na verdade, permanecemos sinais vindos do sector imobiliário e, também, da atividade da construção de edifícios, onde se registam crescimentos significativos quer nos trabalhos de renovação e reabilitação, quer na construção nova de habitação e de edifícios para o sector turístico. De salientar, igualmente, o aumento substancial registado desde o início do ano no crédito à habitação, que demonstra uma atitude diferente e mais favorável da banca relativamente ao sector imobiliário. Alguns dos indicadores relativos ao licenciamento de obras continuam a apresentar uma evolução positiva, registando-se no 2º trimestre do ano um aumento homólogo de 21,9% no número de fogos licenciados em construções novas para habitação, correspondendo a +5,7 p.p. face à variação registada no trimestre anterior (16,2%). VENDAS PREVISTAS E VENDAS REALIZADAS (saldo das respostas extremas) 32 / Esta diminuição sistemática do número de licenças para obras de reabilitação parece um paradoxo, atento o que nos é dado observar, mas isso dever-se-á, provavelmente, ao fato de uma grande maioria dos trabalhos nesta área não estarem sujeitos a licenciamento. Entretanto, confirmou-se o atraso generalizado na aplicação dos fundos do Portugal 2020, nomeadamente os que se destinam à regeneração urbana e à eficiência energética, caso em que ainda estão por aprovar os regulamentos dos respetivos instrumentos financeiros. Provavelmente, estes apoios só começarão a ficar disponíveis lá para o início de 2016, pelo que a retoma da atividade da construção até lá ainda continuará muito limitada, fundamentalmente ao crescimento do sector turístico e ao investimento direto estrangeiro no imobiliário, bem como à melhoria da situação de endividamento das famílias e ao crescimento do crédito à habitação. Estatísticas Confidencial Imobiliário HIATO ENTRE A OFERTA E A PROCURA RECUPERA PARA 23% NA AM PORTO No acumulado dos 12 meses entre o 2º trimestre de 2014 e o 1º trimestre de 2015, foi reportada ao SIR - Sistema de Informação Residencial, pelo conjunto de empresas de promoção e mediação imobiliária que integram este sistema, a transação de 721 imóveis residenciais na Área Metropolitana do Porto (AM Porto). O preço médio de venda destas transações fixou-se em 1.064 €/m² no período em análise, atingindo os 1.677 €/m² no caso dos fogos novos e os 890 €/m² para os usados. Os concelhos do Porto, Vila Nova de Gaia e Matosinhos figuraram mais uma vez como os principais mercados da área metropolitana nos 12 meses em estudo. No que respeita ao preço médio de venda, o concelho do Porto foi o que registou um valor mais elevado no período, de 1.321 €/m². Seguiu-se Matosinhos, com 1.074 €/m², sendo que Vila Nova de Gaia se apresentou como o mercado mais barato de entre estes três, com um preço médio de venda de 859 €/m². A comparação entre o preço médio das vendas realizadas e o valor médio da oferta disponível no mercado apontou, no 1º trimestre de 2015, para um gap de mercado de -23% na AM Porto, o que denota que as transações protagonizadas pela pool SIR nesta região se rea- lizaram a um preço 23% inferior ao valor médio dos fogos em oferta nesse mercado. Entre o 2º trimestre de 2014 e o 1º trimestre de 2015 este indicador apresentou uma recuperação de 3 pontos percentuais (p.p.) nesta região. Ao nível concelhio, o hiato entre a oferta e a procura atingiu, no 1º trimestre de 2015, os -27% no Porto e em Vila Nova de Gaia, mostrando-se menos acentuado em Matosinhos, onde se cifrou em -24%. Economia Estas incluíam 125 projetos de obras em edificado e 23 projetos de obras de escassa relevância, isto é, obras em edificado cujo alvará possui uma validade até 3 meses. Comparando com o 2º semestre de 2014, nos seis primeiros meses de 2015 a atividade de licenciamento decresceu em Lisboa, nomeadamente 16%, verificando-se o mesmo comportamento relativamente ao 1º semestre de 2014, sendo que neste caso se observou uma redução muito pouco significativa, de apenas 1,3%. LISBOA LICENCIA 158 PROJETOS NO 1º SEMESTRE DE 2015 Os dados relativos ao licenciamento de obras fornecidos pela Câmara Municipal de Lisboa (CM Lisboa) indicam que, no 1º semestre de 2015, foram emitidas licenças para 158 projetos de obras localizadas neste município. Tal como em 2014, também no 1º semestre de 2015 mais de 90% (mais concretamente 94%) dos projetos alvo de emissão de alvará era relativo a obras de reabilitação. Desagregando entre obras de reabilitação e de construção nova, a desaceleração desta atividade em Lisboa reflete essencialmente a evolução da emissão de licenças para o primeiro tipo de obras. Quer para as obras em edificado, quer para as obras de escassa relevância observou-se uma menor quantidade de licenças emitidas no 1º semestre de 2015 face ao 2º semestre de 2014. Já para as obras de construção nova, apesar da sua reduzida representatividade, a emissão de alvarás tem vindo a crescer ligeiramente no município de Lisboa. Com a procura a superar a oferta, os preços das casas continuaram a recuperar em todas em regiões. Mais, os últimos resultados sugerem que durante o mês de Agosto a taxa de crescimento dos preços da habitação acelerou em todos os mercados abrangidos pelo Housing Survey. Os respondentes continuam confiantes quanto à subida dos preços quer para os próximos três meses quer para os próximos 12 meses. De facto, durante o próximo ano, os inquiridos preveem que os preços subam 3% ao nível nacional e, em média, cerca de 5% ao ano durante os próximos cinco anos. MAIS PROCURA E OFERTA CONTIDA SUPORTAM A RECUPERA- ÇÃO DOS PREÇOS O RICS/PHMS de Agosto de 2015 mostra um desequilíbrio decorrente do aumento das instruções de compra (procura) e da queda das novas indicações de venda (oferta). Esse efeito suporta um aumento constante dos preços das casas. Do mesmo modo, no mercado de arrendamento, a sólida procura por parte dos arrendatários tem contribuído para um ligeiro aumento das rendas apesar de ainda se esperar uma tendência relativamente estável nos próximos meses. Por seu turno, o indicador de confiança nacional (um indicador composto pelas expetativas a 3 meses relativas a vendas e preços) subiu de +28 para +32, estendendo a sua trajetória positiva ao vigésimo segundo mês consecutivo. A Confidencial Imobiliária (Ci) é uma revista especializada na produção de estatísticas e bases de dados sobre imobiliário. Entre outros conteúdos, monitoriza o investimento imobiliário, tratando os dados do licenciamento municipal de obras emitido mensalmente pelas principais autarquias metropolitanas. Mais informação sobre a Ci disponível em www.confidencialimobiliario.com. 34 / MATERIAIS DE RENOVAÇÃO E REABILITAÇÃO artigo entrevistas / 35 Reabilitação Aplicação de UHPFRC no Reforço de Elementos de Betão Armado SANDRA NUNES ([email protected]), PROFESSORA AUXILIAR, CONSTRUCT-LABEST, FACULDADE DE ENGENHARIA (FEUP), UNIVERSIDADE DO PORTO MÁRIO PIMENTEL ([email protected]), PROFESSOR AUXILIAR, CONSTRUCT-LABEST, FACULDADE DE ENGENHARIA (FEUP), UNIVERSIDADE DO PORTO A engenharia civil tem um papel fundamental na promoção de uma sociedade sustentável, pilar importante da Estratégia Europa 2020, enquanto contribuinte para a criação de emprego e para o crescimento económico. Neste contexto, são necessários novos desenvolvimentos para mitigar o impacto humano no ambiente, melhorar a qualidade de vida e promover o uso eficiente dos recursos. A missão da engenharia civil contemplará cada vez mais o desenvolvimento de métodos e tecnologias para verificar e melhorar o comportamento das estruturas existentes, de modo a prolongar a sua vida útil e/ou aumentar a sua capacidade de carga. Em termos da construção nova, as estruturas de betão sustentáveis serão aquelas que apresentem grande durabilidade, exigindo apenas intervenções mínimas de manutenção preventiva com poucas ou nenhumas interrupções de funcionamento ao longo da sua vida útil, assim como a maior relação capacidade de carga/peso próprio da construção. A utilização dos recursos naturais será assim minimizada e a economia maximizada. Estes objetivos podem ser alcançados, entre outros, com o uso de novos materiais, tais como o betão de ultra-elevado desempenho reforçado com fibras (Ultra-High Performance Fibre Reinforced Cement Based Composites - UHPFRC). Este material proporciona uma combinação ótima de propriedades, como sejam a elevada resistência à compressão, o comportamento com endurecimento em tração e a muito baixa permeabilidade. O UHPFRC pode também ser auto-compactável facilitando a sua colocação em moldes, e o fabrico de elementos esbeltos e de geometria complexa. O UHPFRC emergiu em meados dos anos 90 e o conhecimento entretanto acumulado permitiu já a realização de algumas obras notáveis [1,2]. No entanto, é nas aplicações de reabilitação e reforço, ou no projeto de estruturas compósitas de betão e UHPFRC, que o uso deste material é mais eficiente e justificável. De facto, com a exceção das zonas sujeitas a exposição ambiental mais agressiva ou a cargas muito elevadas, as estruturas de betão armado mostram, em geral, um desempenho adequado. Desta forma, o conceito de base consiste em aplicar o UHPFRC apenas nas regiões da estrutura onde as suas notáveis propriedades em termos de durabilidade e resistência sejam completamente exploradas. Apesar deste conceito se aplicar de forma imediata ao reforço e reabilitação de vigas, pilares, túneis, paredes e lajes em betão armado, é nestas últimas que esta técnica tem conhecido mais sucesso [3], ver Figura 1, mesmo sem que existam ainda recomendações de projeto que enquadrem o seu uso. De facto, a experiência recente mostra que, no caso de lajes, podem ser realizadas grandes intervenções num período de tempo limitado, assegurando o mínimo de disrupção para o dono-de-obra e utilizadores da estrutura. Considerando ainda que tanto a resistência como a durabilidade da estrutura existente podem ser significativamente melhoradas, e que os trabalhos envolvidos não exigem muita mão-de-obra, esta técnica de reforço é competitiva do ponto de vista económico em aplicações de reparação/reforço, apesar do elevado custo unitário do material. 36 / Figura 1 - Aplicação de camadas de UHPFRC na reabilitação de estruturas de betão armado: (a) Camada de UHPFRC como impermeabilização (hU = 20 a 30 mm); (b) Camada de UHPFRC armada para reforço e impermeabilização (hU = 40 a 70 mm). O UHPFRC é um material cimentício avançado que incorpora uma dosagem corrente de 3% em volume de fibras de aço curtas de elevada resistência, com esbeltezas na ordem de 50 a 80, uniformemente distribuídas numa matriz de cimento ultra-compacta. Em geral, a matriz cimentícia é composta por cimento, sílica de fumo, areia fina (dmáx≤1mm) e uma razão água/ligante inferior a 0.2. Esta combinação fornece ao material um comportamento à tração caracterizado por um ramo linear elástico até valores da tensão de tração de 7 a 11MPa seguido por um ramo de endurecimento até níveis de extensão de 2 ‰ a 5‰ e tensões de pico da ordem de 9 a 15MPa [2] (ver Figura 2). O ramo endurecimento é geralmente acompanhado de microfissuras muito finas na camada de UHPFRC (ver Figura 3) e é fundamental em aplicações de reforço e reabilitação, na medida em que permite acomodar os efeitos das deformações restringidas sem comprometer a durabilidade. O endurecimento e a resistência à tração são essencialmente governados pela aderência das fibras à matriz e pela esbelteza, dosagem e orientação das fibras. Estes dois últimos aspetos dependem do comportamento reológico do material no estado fresco, do processo de colocação e da geometria do elemento estrutural, o que aponta claramente para a necessidade de controlar e avaliar a distribuição e orientação das fibras na estrutura final. Figura 2 - Comportamento à tração do UHPFRC desenvolvido na FEUP. Os resultados correspondem a uma dosagem de fibras igual a 3.0% Figura 3 - Microfissuras num provete de UHPFRC evidenciando a existência de endurecimento Os ensaios do material através de provetes recolhidos “in-situ” são demorados, dispendiosos e nem sempre são representativos do material aplicado na totalidade da estrutura. Os métodos não-destrutivos podem permitir um rápido controlo de qualidade do conteúdo em fibras e da sua orientação preferencial na camada de UHPFRC endurecido. No âmbito do projeto de investigação PTDC/ECM/122446/2010, desenvolvido na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), foi desenvolvido um método não-destrutivo baseado na medição da permeabilidade magnética do UHPFRC [4]. Na Figura 4 apresenta-se a sonda desenvolvida para o efeito juntamente com um medidor RLC necessário para o ensaio. O UHPFRC pode ser encarado como um compósito constituído por duas fases com propriedades magnéticas muito diferentes. A matriz é caracterizada por uma permeabilidade magnética μ semelhante à do ar (praticamente igual à do vácuo, μ0), independentemente da sua composição e idade. As fibras são caracterizadas por uma permeabilidade magnética μFe muito superior a μ0. Desta forma, é fácil de perceber que a medição de um parâmetro influenciado pela permeabilidade magnética do material compósito fornece informação acerca da dosagem e orientação das fibras. A permeabilidade magnética de um material é, em geral, expressa como a permeabilidade relativa (μr), que é o fator pelo qual a permeabilidade do material excede a do vácuo (µr=µ/µ0). Figura 5 - Distinção da dosagem e orientação das fibras em provetes de UHPFRC Tal como se pode observar na Figura 5, a representação gráfica dos resultados de μr obtidos em duas direções ortogonais (X e Y) permite distinguir claramente os grupos de provetes com uma orientação preferencial das fibras e os grupos de provetes correspondentes a cada uma das dosagens de fibras testadas. Na Figura 6 apresenta-se um resultado típico da aplicação do método sobre uma camada de reforço com vista a controlar as variações de dosagem das fibras. Figura 6 - Variação da dosagem de fibras numa camada de reforço com UHPFRC No âmbito do mesmo projeto de investigação foram ensaiadas vigas de betão armado e vigas de betão armado reforçadas com uma camada de UHPFRC, ver Figura 7 [5]. Os elementos foram ensaiados na configuração de viga isostática com um tramo em consola. Foram definidas duas configurações distintas para a secção transversal e para os vãos com o objetivo de obter roturas por flexão (série L) e roturas por corte (série V). Figura 4 - Sonda desenvolvida para avaliar a permeabilidade magnética do UHPFRC Os diagramas carga-deformação para os provetes das séries L e V estão apresentados na Figura 8. Os resultados obtidos para a série L (com roturas por flexão) permitiram concluir que não é necessária conexão mecânica entre a nova camada e o betão existente desde que a superfície de contacto tenha rugosidade suficiente. A resistência das armaduras na camada de reforço pôde ser totalmente mobilizada, não sendo inibida pela delaminação do reforço. O comportamento para cargas equivalentes às de serviço é excelente. / 37 Reabilitação Figura 8 - Comportamento estrutural de estruturas reforçadas: (a) Série L, sendo LS a laje original, LD uma laje monolítica com armadura e espessura igual às da laje reforçada, e L-RU a laje reforçada; Figura 7 - Betonagem da camada de UHPFRC: a) Vista da superfície tratada; Figura 8 - Comportamento estrutural de estruturas reforçadas: (b) Série V, sendo VD e V-RU vigas com a mesma armadura e espessura total, contendo a última uma camada de 5 cm de UHPFRC. Em suma, os resultados obtidos confirmam a potencialidade desta técnica. Para além disso, os resultados dos diversos ensaios de durabilidade confirmaram que este material apresenta uma elevada resistência à penetração de agentes agressivos. Figura 7 - Betonagem da camada de UHPFRC: b) UHPFRC auto-compactável. A ductilidade da rotura é sempre inferior à de uma estrutura monolítica de betão armado com as mesmas dimensões e armadura da estrutura compósita. Isto é devido à forte aderência entre o UHPFRC e as armaduras nervuradas. Os resultados obtidos para a série V (com roturas por corte) demonstram a grande eficiência da camada de UHPFRC no reforço ao corte de elementos sem armaduras de esforço transverso, tanto no aumento da capacidade de carga como da ductilidade associada à rotura. 38 / Como exemplo de aplicação prática recente do UHPFRC no contexto da reabilitação de estruturas, é de destacar a obra de reforço dos viadutos de Chillon, na Suíça. Os viadutos de Chillon, abertos ao trânsito em 1969, são dois viadutos paralelos de betão pré-esforçado com 2150 m de comprimento, com vãos que variam entre 92 e 104 m, e cada um suportando uma faixa de rodagem com 12 m de largura (Figura 9). Cada viaduto possui 22 pilares e 2 encontros e está dividido em 5 estruturas independentes através de juntas de dilatação. A secção transversal consiste numa viga caixão constituída por um núcleo retangular oco com 5 m de largura e duas consolas laterais ocas com 4 m de vão, perfazendo uma largura total de 13 m. Após 45 anos de serviço, o betão dos viadutos começou a exibir os primeiros sinais da ocorrência de reações alcális-silica (ASR) que poderiam conduzir à deterioração da resistência do betão. Figura 9 - Viadutos de Chillon, Suíça Neste contexto, foi necessário limitar a exposição do betão à água, tendo em vista retardar a reação bem como reforçar a laje do tabuleiro em termos da sua resistência à flexão, corte e fadiga. Para tal, foi proposta a aplicação de uma camada de UHPFRC com 40 mm de espessura reforçada com armadura de modo a proporcionar o reforço e impermeabilização da laje necessários [6]. A camada de UHPFRC aplicada no viaduto de Chillon foi fabricada com uma mistura comercial pré-doseada, que contém 3,0% em volume de fibras de aço lisas (lf=14 mm; df=0,2 mm). A solução de reforço com UHPFRC revelou-se competitiva do ponto de vista económico, tanto em termos de custos diretos como de custos para os utilizadores. A intervenção foi também pouco invasiva, o que contribuiu para preservar o valor cultural destes viadutos. A competitividade desta solução deve-se ao facto de permitir satisfazer múltiplos requisitos, nomeadamente: A realização da intervenção de reforço num período de tempo curto foi particularmente importante neste caso, dado que estes viadutos integram uma das auto-estradas com maior intensidade de tráfego da Suíça. Isto foi conseguido à custa de um equipamento desenvolvido especificamente para a aplicação do UHPFRC (ver Figura 10). O custo total da intervenção rondou os 230CHF/m2 (cerca de 200€/m2 ao câmbio atual) [6]. O ensaio não-destrutivo desenvolvido na FEUP foi aplicado em diversas zonas da nova camada (Figura 11) com o objetivo de controlar a qualidade do UHPFRC aplicado ao longo do viaduto. Os resultados obtidos permitiram confirmar a dosagem nominal de fibras e indicaram igualmente uma ligeira orientação preferencial das fibras na direção longitudinal, provavelmente induzida pelo equipamento de betonagem. • Reforço da laje do tabuleiro no sentido transversal à flexão, corte e fadiga; • Aumento da resistência sobre os pilares e da rigidez na direção longitudinal; • Impermeabilização do betão de laje existente, limitando assim o desenvolvimento da ASR; • Aumento residual do peso próprio; • Período de intervenção curto (inferior a 30 dias úteis para um viaduto de 2150 m de comprimento), e bem abaixo daquele que seria requerido por soluções de reforço convencionais. Figura 10 - Equipamento usado para a descarga e nivelamento do UHPFRC aplicado na laje do tabuleiro / 39 Reabilitação Figura 11 - Ensaios com a sonda magnética na camada de UHPFRC aplicado no viaduto Chillon Conclusões A aplicação de uma camada exterior de UHPFRC (com ou sem armadura) tem-se revelado uma técnica muito eficiente para reforçar e aumentar significativamente a durabilidade de estruturas existentes de betão armado e pré-esforçado. Na ausência de armadura nestas novas camadas, o comportamento mecânico do material e o desempenho dos elementos estruturais reforçados dependem significativamente da distribuição e orientação das fibras. Foi desenvolvido na FEUP um método não-destrutivo que permite verificar facilmente a dosagem das fibras e a eventual orientação preferencial das mesmas em camadas de UHPFRC endurecido, já aplicado na estrutura. Em termos de construção nova, e particularmente na indústria da préfabricação, prevê-se também um aumento da utilização do UHPFRC num futuro, uma vez que este permite aumentar a sustentabilidade das estruturas através da satisfação das exigências técnicas necessárias para alongar o seu ciclo de vida útil e reduzir a pegada de CO2 relacionada com a sua construção. Esta linha de investigação continuará a ser desenvolvida no âmbito da Unidade de Investigação CONSTRUCT-LABEST da FEUP [7], centrando-se em questões de importância imediata para a indústria envolvida na produção e aplicação deste tipo de materiais. Agradecimentos Este trabalho foi financiado por Fundos FEDER através do Programa Operacional Factores de Competitividade - COMPETE e por Fundos Nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto PTDC/ECM/122446/2010. Os autores agradecem ainda a colaboração das empresas Secil, Omya Comital, Mc-Bauchemie, Sika, Chryso, KrampeHarex, Concremat, STAP e Rangel. 40 / Referências [1] AFGC. Ultra high performance fibre-reinforced concrete. Interim recommendations. 2002. [2] Fehling E, Schmidt M, Walraven J, Leutbecher T, Fröhlich S. Ultra-High Performance Concrete UHPC: Fundamentals, Design, Examples. Ernst & Sohn; 2014. [3] Brühwiler E. Rehabilitation and Strengthening of Concrete Structures Using Ultra-High Performance Fibre Reinforced Concrete. Struct Eng Int 2013;23:450-7. [4] Nunes S, Ribeiro F, Carvalho A, Pimentel M, Brühwiler E, Bastien-Masse M. Avaliação nãodestrutiva da dosagem e orientação das fibras em camadas de UHPFRC. BAC2015 - IV Congresso Ibero-Americano Sobre Betão Auto Compactável, Porto, 2015, p. 517-526. [5] Pimentel M, Nunes S, Lopes A. Análise experimental de elementos estruturais reforçados com uma camada de UHPFRC. BAC2015 - IV Congresso Ibero-Americano Sobre Betão AutoCompactável, Porto, 2015, p. 527-537. [6] Brühwiler E, Bastien-Masse M, Mühlberg H, Houriet B, Fleury B., Cuennet S, Schär P, Boudry F, Maurer M. Strengthening the Chillon viaducts deck slabs with reinforced UHPFRC. IABSE Conference, Genebra, 2015, p. 1171-1178. [7] CONSTRUCT-LABEST, Faculdade de Engenharia (FEUP), Universidade do Porto. http://www.fe.up.pt/labest. Entrevista Marcos Castro Diretor de Marketing da CIN COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DA SUA ATIVIDADE? O GRUPO CIN É UM DOS PRINCIPAIS INTERVENIENTES NO MERCADO DAS TINTAS E VERNIZES, LIDERANDO O MERCADO NACIONAL DESDE 1992 E O MERCADO IBÉ- RICO DESDE 1995. A EMPRESA PRETENDE A CIN atua no mercado das tintas e vernizes, e marca presença nos principais segmentos de mercado, ou seja, a construção civil, a indústria, e a proteção anticorrosiva. Somos líderes do mercado ibérico desde 1995 e, atualmente, a CIN é o 17º maior fabricante europeu de tintas e o 53º a nível mundial. FORNECER AS MELHORES SOLUÇÕES COM A MELHOR EQUIPA DO MERCADO DE TIN- TAS; SATISFAZER OS CLIENTES E LIDERAR, COM COMPROMETIMENTO À EXCELÊNCIA NO FORNECIMENTO DE PRODUTOS E SERVIÇOS INOVADORES DE QUALIDADE. MARCOS CASTRO, DIRETOR DE MARKECIN, EM ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, FALOU DA EMPRESA E DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM E ABORDOU TEMAS IMPORTANTES COMO A REABILITAÇÃO, A SUSTENTABILIDADE, E O MEIO AMBIENTE, ENTRE OUTROS. TING DA 42 / Com sete unidades fabris em países como Portugal, Espanha, França, Angola e Moçambique, exportamos para vários mercados da Europa Central, da América Latina, da África e da Ásia. Em 2014, a CIN atingiu um volume de faturação consolidada de 194 milhões de euros, o que representa uma subida de 4% face ao ano anterior. Para 2015, prevemos ultrapassar uma faturação consolidada de € 200 milhões, sendo que até à data estamos dentro dessa expectativa. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? QUE ESTRATÉGIAS DEVERÃO SER TOMADAS PELA EMPRESA? Podemos dizer que o mercado está a evoluir positivamente este ano. Em relação aos próximos anos, prevê-se que a reabilitação continue a ser o principal drive deste mercado, mas o seu comportamento será naturalmente muito influenciado pela situação económica, que ainda apresenta alguma instabilidade este ano. Especificamente para a reabilitação de edifícios do casco histórico das cidades, salientamos a nossa tinta Cinoxano Mineral que tecnicamente apresenta um comportamento particularmente indicado àquele tipo de edifícios e reproduz o aspeto mineral das tintas usadas na época em que essas casas foram construídas. QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? A CIN foi uma das primeiras empresas europeias a desenvolver produtos com menor impacte ambiental, sendo que as últimas inovações da CIN proporcionam aos nossos clientes diversas soluções de eficiência ou de menor impacto ambiental. Por exemplo, grande parte das soluções dos produtos da CIN são de natureza aquosa, que é menos agressiva para o meio ambiente e para os utilizadores. Atualmente, somos a única empresa no mercado a comercializar uma tinta “zero COV” em todas as cores - a tinta Inspira Zero COV. A CIN é também uma empresa certificada ambientalmente pela Norma ISO 14001 e, no âmbito dessa certificação, adotou diversas medidas de poupança energética, sustentabilidade ambiental ou racionalização de recursos, por exemplo. Da mesma forma, garantimos o estrito cumprimento de todas as leis e regulamentos dos organismos competentes à regulação da nossa atividade. QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOS SEUS CONCORRENTES? Em relação aos próximos anos, a retoma dos níveis de confiança e investimento será essencial para redefinir o que será o futuro do mercado face às novas circunstâncias, por isso esperamos que a tendência positiva se mantenha para 2016. CONSIDERA A REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONSTRUÇÃO? Julgamos que sim. Portugal viveu durante muitos anos uma situação anormal quando comparada com o resto da Europa, no que respeita a construção nova. Atualmente, estamos numa situação em que há um excesso de habitação em proporção à população que temos, pelo que não há procura para a construção nova. Neste sentido, atualmente, o foco é a reabilitação do edificado. A CIN é uma marca jovem, moderna, inovadora e que lança tendências de cor no mercado há mais de 15 anos consecutivos. É líder ibérico de vendas, tem uma excelente relação qualidade-preço, muitos dos seus produtos são premiados, distinguindo-se no mercado pela feliz confluência de todos estes fatores. O caminho da inovação e da sustentabilidade que temos vindo a trilhar resulta em soluções e produtos diferenciadores, para um consumidor exigente e informado, que conhece e valoriza o posicionamento da CIN. QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Atualmente, a CIN está já presente em vários mercados, como sejam a Europa Central, América Latina, África e Ásia, mas pretendemos continuar a reforçar a nossa presença noutros mercados externos. Exemplo disso mesmo é a recente consolidação da CIN no mercado francófono, onde estimamos atingir os 5 milhões de euros de vendas em 2016. Este projeto teve um crescimento significativo em 2014, dando origem a seis novas lojas em França, três na Bélgica e uma na Suíça, todas em regime de parceria/franchising. DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUE DESQUAIS AS SUAS CARACTERÍSTICAS? TACARIA PARA ESTE TIPO DE MERCADO? Destacamos o sistema cin-k - sistema de isolamento térmico pelo exterior - como uma mais-valia na reabilitação do edificado existente porque permite dotar as habitações antigas, que apresentam uma baixa eficiência térmica (devido à não utilização ou utilização de soluções de isolamento térmico pouco eficazes), de um renovado comportamento térmico altamente eficaz. / 43 Entrevista José Manuel Santos Administrador da Diera ESPECIALISTA EM VERNIZES, A DIERA PRODUZ PARA OS PRINCIPAIS FABRICANTES NACIONAIS DE PAVIMENTOS EM MADEIRA E CORTIÇA, E EXPORTA 20 EUROPA, ÁFRICA, ÁSIA E AMÉRICA. DIRETA OU INDIRETAMENTE PARA MAIS DE SES NA PAÍ- NESTA ENTREVISTA, JOSÉ MANUEL SANTOS, ADMINISTRADOR DA DIERA, FALA-NOS DA FORMA COMO A EMPRESA ESTÁ ORGANIZADA, DAS ESTRATÉGIAS TOMADAS PARA QUE HAJA UMA EVOLUÇÃO POSITIVA NOS PRÓXIMOS ANOS, DA REABILITAÇÃO, ASSIM COMO DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM NESTE ÂMBITO, ENTRE OUTOS TEMAS. COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DA SUA ATIVIDADE? Fundada em 1967, a Diera é uma empresa de matriz 100% portuguesa, que iniciou a atividade com uma unidade de produção limitada a um produto e duas referências. Hoje, com uma equipa de 60 pessoas e 3 unidades distintas de produção, produz e comercializa mais de 200 produtos, quer no domínio das argamassas (argamassa cola, argamassa de juntas, argamassas técnicas e argamassas de construção e reabilitação), quer no segmento dos revestimentos decorativos (tintas, vernizes e revestimentos plásticos espessos). Presente em todo o território nacional, a Diera exporta ainda diretamente para sete mercados internacionais, com especial incidência nos PALOP. 44 / QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? SA? QUE ESTRATÉGIAS DEVERÃO SER TOMADAS PELA EMPRE- Após alguns anos em que o mercado da construção atravessou uma crise profunda, que afetou principalmente o sector da construção nova, estamos finalmente a sentir um clima de retoma, apoiado em particular pelo ressurgimento do sector da reabilitação. Esta crise, apesar da sua gravidade e longevidade, teve alguns efeitos benéficos, nomeadamente na eliminação de muitas más práticas assentes no facilitismo e na expansão não sustentada do mercado. Permitiu também uma espécie de realinhamento do mercado para um sector há muito negligenciado em Portugal, que é o da reabilitação da construção existente, degradada e a necessitar urgentemente de medidas para a sua preservação. CONSIDERA A REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONSTRUÇÃO? Sem dúvida, arriscando mesmo dizer que o mercado da reabilitação, a par com a construção sustentada, será a raison d’être da construção civil neste século que se inicia. O final do século passado, e início do atual, foram férteis num crescimento desmedido do mercado da construção nova. Como resultado desse frenesim construtivo, cometeram-se muitas e terríveis asneiras no sector, seja a nível de planeamento urbanístico, design arquitetónico, qualidade dos materiais, ordenamento territorial, etc., frequentemente apoiadas e incentivadas por más políticas de apoios estatais e gestão duvidosa dos dinheiros públicos, com ilegalidades e suspeitas de corrupção a assolarem e a darem mau nome ao sector. A crise veio por um fim a quase tudo isto, e obrigou o mercado a focar-se, sob risco de colapsar sobre o seu próprio peso. A solução encontrada - e bem, a meu ver - foi a de procurar dar vida e cara nova a um parque habitacional e urbano degradado e negligenciado, assente em princípios de preservação arquitetónica de fachadas e materiais, respeitando processos construtivos antigos e de créditos firmados, e procurando soluções sustentáveis do ponto de vista ecológico, compatíveis com as obras antigas mas adaptadas à realidade e exigências das recentes normas de construção. O futuro passa, portanto, pela continuação e melhoramento destas práticas, e pela inovação constante na aplicação destes princípios. Só as empresas que melhor compreenderem esta articulação entre o passado e o futuro poderão sobreviver e prosperar. DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUE DES- TACARIA PARA ESTE TIPO DE MERCADO? CAS? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTI- A Diera possui muitos e bons produtos especialmente vocacionados para o mercado da reabilitação, destacando-se ainda a nossa capacidade de colaborar diretamente com as entidades envolvidas na obra (arquitetos, engenheiros, aplicadores) para desenvolver soluções personalizadas adaptadas às especificidades e necessidades do projeto em questão. No campo da reabilitação assente em princípios de preservação ambiental, destacamos os sistemas compósitos de isolamento térmico pelo exterior Dieratherm e Dieratherm+, compostos pelos produtos Diera TH Therm (cimento cola), Diera TH Argtec (argamassa de revestimento final), Primário RV Plascryl (primário promotor de adesão) e Diera RV Plascryl Médio/Fino (revestimento plástico espesso decorativo). Estes sistemas foram homologados pelo LNEC - Laboratório Nacional de Engenharia Civil (DH 932), e certificados com a Avaliação Técnica Europeia (ETA 14/0363), e constituem-se como soluções sustentadas de grande qualidade na reabilitação e isolamento térmico de edifícios e habitações, com excelentes prestações térmicas, estanquidade à água e resistência aos fungos, entre outras propriedades. / 45 Entrevista QUAIS OS PLANOS DA EMPRESA PARA OS PRÓXIMOS ANOS? A Diera quer ser parte ativa no desenvolvimento de Portugal e contribuir para o seu crescimento económico e social. Por isso, vamos continuar a privilegiar o nosso mercado e o nosso país espalhando soluções, experiência e conhecimento para ajudar a construir e reabilitar este país que é o nosso. Depois de estar no mercado internacional há quase 15 anos, com destaque para os PALOP, a Diera equaciona a formação de parcerias em mercados selecionados, como forma de expandir a sua marca e ao mesmo tempo beneficiar do know-how de elementos já presentes no mercado onde se quer inserir. QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? Desde a sua fundação que a Diera tem bem presente no seu ADN a preocupação com o meio ambiente, ou não fosse o nosso logótipo uma folha de hera estilizada. Ao longo dos anos, esta preocupação tem assumido várias vertentes, desde a plantação de 1.000 árvores na serra de Santa Justa em Gondomar em 2009, a compra de veículos a gás natural para utilização de colaboradores e mais recentemente de veículos elétricos para a área comercial, até à instauração de boas práticas de reciclagem e reaproveitamento dos seus resíduos e excedentes. No plano estratégico de negócio, esta preocupação tem-se traduzido no desenvolvimento de soluções sustentadas que potenciem a eficiência energética e a preservação ambiental, orientadas para a reabilitação com enfoque na preservação das características naturais das obras, muitas delas executadas há dezenas ou centenas de anos com os materiais naturais da época. A par disso, temos sempre em mente a utilização de matérias-primas que cumpram todas as regulamentações ecológicas dos vários mercados de atuação, e a procura constante de novas soluções menos agressivas para com o meio ambiente. QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOS SEUS CONCORRENTES? A Diera pode considerar-se um caso único no panorama das empresas de materiais de construção em Portugal, na medida em que, por força da sua vocação inicial na produção de vernizes e tintas, e posterior ampliação para a produção de argamassas cola, encontra-se atualmente dotada dos meios para desenvolver e produzir uma série de produtos que abarcam todos os estágios do ciclo de vida da obra desde o levantamento das paredes aos revestimentos e acabamentos finais. Como é natural, este binómio de desenvolvimento e produção para estes dois mercados complementares mas distintos permite-nos lançar soluções extremamente vantajosas para o consumidor, compatíveis e complementares entre si. 46 / Para o futuro, há que continuar a trilhar este caminho, que achamos ser o mais indicado, e continuar a apostar nas boas práticas de gestão e desenvolvimento, com um profundo respeito pelo nosso planeta, e uma atenção sem reservas à opinião dos nossos clientes e consumidores. E, acima de tudo, continuar a acreditar profundamente na qualidade do que fazemos, enquanto marca portuguesa, e a desbravar todos os trilhos para colocar o nosso nome e o de Portugal no mundo. WffiWy ywÌ zww{{ww {{ x{D Y w wWffiBwy ywÌ zww{{w{ wy{{w ¬z {y{{B{ z wz Bz{| w {y ywB{}wzwB }wwzw{wD Wfb_YWË)[iceX_b[ fkXb_YWË)[iZ_]_jW_i Yw wWff{ wwzwy wwwywD Wwy ywÌ }wwzw{wwzwz{ zw Wd{Yww } Wc{wD efwyG>{{ Wc{w? fwyH >{{ W[ ?B {ww{wwB ww }wwwy ywÌ zww{{wz{ | w{¢y{{{ wD Wy{z{z {w{{wzwwy{{Bwwz{ } {w zz{¢z B {xy {w {wÌ {{wz {{y zww{{wD Wd{Yww } Wc{w Wc{w Z {w D{wDNFFHFIGFG Z { Entrevista Ricardo Mota Diretor Marketing, Love Tiles e Margres A GRES PANARIA PORTUGAL É A MAIOR UNIDADE PRODUTIVA DO PORTUGAL, TENDO FATURADO MAIS DE 49 MILHÕES DE EUROS EM 2014, COM AS EXPORTAÇÕES A REPRESENTAREM 60% DO SEU NEGÓCIO. SECTOR CERÂMICO EM A GRES PANARIA FAZ PARTE DO PANARIAGROUP INDUSTRIE CERAMICHE S.P.A., UM DOS PRINCIPAIS PRODUTORES ITALIANOS DE MATERIAL CERÂMICO, COM MAIS DE 30 ANOS DE EXPERIÊNCIA NO FABRICO E VENDA DE PAVIMENTO E REVESTIMENTO PARA OS SEGMENTOS DE LUXO. NUMA ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, RICARDO MOTA, DIRETOR DE MARKETING DA LOVE TILES E DA MARGRES, FALOU SOBRE A EMPRESA E OS PRODUTOS, ABORDANDO AINDA TEMÁTICAS IMPORTANTES COMO A REABILITAÇÃO. 48 / COMO CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DA SUA ATIVIDADE? A Grés Panaria Portugal foi constituída em 2006, fruto da fusão entre empresas com uma história de mais de 20 anos no sector da cerâmica plana. Detém as marcas de pavimento e revestimento cerâmico Margres e Love Tiles. O balanço é extremamente positivo e sustentado numa política de constante investimento em equipamentos modernos e tecnologicamente avançados, que permitem a criação de produtos de elevada qualidade e design com um forte carácter decorativo. Atualmente, a nossa equipa comercial está presente em mais de 113 países espalhados pelos 5 continentes, dando apoio a um universo de mais de 2.000 clientes selecionados. Toda esta estrutura comercial permite que a Gres Panaria Portugal tenha um volume de exportações superior a 60%. QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? QUE ESTRATÉGIAS DEVERÃO SER TOMADAS PELA EMPRESA? O mercado da construção passou por algumas dificuldades nos últimos anos, tendo o período de 2011 a 2013 sido aquele que mais impacto teve nas nossas vendas. Felizmente, como resultado de um processo de otimização dos recursos materiais e humanos feito em 2013, estamos nesta altura com um crescimento na ordem dos 18%, o que nos trás bastante confiança para o futuro. A empresa vai continuar a apostar na qualidade dos produtos e no design de vanguarda, alicerçado num constante investimento em tecnologia, que pretendemos que contribua para a consolidação das nossas marcas no mercado de revestimentos e pavimentos cerâmicos de gama média e média-alta. CONSIDERA A REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONSTRUÇÃO? Sem dúvida. Basta olhar para o nosso parque habitacional e verificar que existe uma oferta bastante superior à procura. Esta situação, associada a uma menor capacidade de compra, faz com que as pessoas permaneçam mais tempo nas suas residências, diminuindo a percentagem de pessoas que compram nova habitação. DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUE DESTACARIA PARA ESTE TIPO DE MERCADO? QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTICAS? Sem dúvida o Grés Lâmina, conhecido por muitos como Kerlite. Este produto, pelas suas características inovadoras é sem dúvida o ideal para remodelações, pelo facto de ter apenas 3 mm de espessura, elevada resistência e grandes formatos que podem ir até 3x1 m. É um material fácil de cortar e aplicar o que permite que sejam feitas obras sem ruído, pó, sem necessidade de mudar os alizares das portas e sem necessidade de as pessoas que aí habitam terem de abandonar a residência durante as obras. Por todas estas razões é o material ideal para remodelações. / 49 Entrevista QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUS- TENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? Esta é uma preocupação existente desde sempre. Procuramos reduzir ao mínimo o impacte ambiental da nossa atividade, por meio da constante pesquisa de total eco sustentabilidade no local de trabalho, nas matérias utilizadas e nos processos produtivos: • Reutilizamos 98% da água residual proveniente do ciclo produtivo; Diferenciamo-nos por uma incessante e incansável procura do novo e do belo, através da perceção das tendências dos sectores que definem e marcam as orientações do mercado: moda, mobiliário, etc. Desta forma, conseguimos antecipar as tendências desses sectores e passá-los para as coleções a lançar, nomeadamente escolha de cores e padrões, marcando desta forma as tendências do mercado. Diferenciamo-nos por ter uma gama completa de soluções: • Reutilizamos 100% do caco cru resultante do ciclo produtivo; • produtos em monoporosa pasta branca, grés esmaltado, grés porcelânico e grés lâmina; • Reciclamos externamente 100% do caco cozido; • formatos que vão do 30x30 cm até aos 300x100 cm; • Temos emissões atmosféricas inferiores aos VLE; • produtos com espessuras que vão dos 3 mm aos 20 mm; • Os materiais utilizados para a embalagem de produto são recicláveis. • vários tipos de acabamentos. Queremos contribuir para que vivamos num mundo melhor. Este é o nosso esforço quotidiano e a nossa responsabilidade social. ANOS? QUAIS QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOS SEUS CONCORRENTES? Diferenciamo-nos pela qualidade absoluta e indiscutível dos nossos produtos e pelo serviço rápido e eficaz. 50 / OS PLANOS FUTUROS DA EMPRESA PARA OS PRÓXIMOS Os planos são os de continuar a crescer através do aumento do volume de faturação em países que nesta altura são residuais. Este aumento nas vendas será suportado na nossa estrutura comercial que nesta altura foi aumentada com a entrada de prospetores em vários países de forma a podermos chegar junto dos prescritores. Entrevista Luís Silva Diretor de Marketing da Saint-Gobain Weber QUE ANÁLISE FAZ DO MERCADO E COMO PREVÊ A SUA EVOLUÇÃO PARA OS PRÓXIMOS ANOS? DAS PELA EMPRESA? QUE ESTRATÉGIAS DEVERÃO SER TOMA- A Saint-Gobain Weber considera que o mercado evoluirá de forma positiva e continuará muito dependente da renovação e reabilitação. Neste domínio, a empresa pretende manter a sua estratégia já existente sob o desígnio “Renoweber” que significa continuar a desenvolver e apresentar soluções de renovação e reabilitação suportadas por serviços dedicados, com destaque ao apoio constante aos profissionais da construção, como distribuidores e construtores de forma a realizar as opções mais adequadas. Adicionalmente, assumem-se as exigências ao nível da térmica como uma vertente especifica de necessidade, pelo que a empresa também se apresenta ao mercado com o seu conceito de “Paredes Eficientes” que, novamente, implica apresentar soluções e serviços que integram toda a parede como elemento construtivo. CONSIDERA A TRUÇÃO? REABILITAÇÃO COMO O MERCADO FUTURO NA CONS- Conforme já indicado, a Saint-Gobain Weber considera que o mercado evoluirá de forma positiva e continuará muito dependente da renovação e reabilitação. Não há grandes alternativas DENTRO DA GAMA DE PRODUTOS QUE POSSUEM, QUAL AQUELE QUE QUAIS AS SUAS CARACTERÍSTICAS? DESTACARIA PARA ESTE TIPO DE MERCADO? A WEBER, LÍDER MUNDIAL NO DESENVOLVIMENTO DE ARGAMASSAS INDUSTRIAIS DESENVOLVIDAS PARA O MERCADO DA CONSTRUÇÃO E 50 PAÍSES, ATRAVÉS DO DIRETOR DE MARLUÍS SILVA, DEU UMA ENTREVISTA À REVISTA “MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO”, ONDE ALÉM DE FALAR DA EMPRESA E DOS PRODUTOS QUE COMERCIALIZAM, ABORDOU VÁRIAS TEMÁTICAS IMPORTANTES PARA O SECTOR DA CONSTRUÇÃO. RENOVAÇÃO EM MAIS DE KETING, COMO DE? CARACTERIZA A EMPRESA E QUE BALANÇO FAZ DA SUA ATIVIDA- A Saint-Gobain Weber Portugal é uma empresa que integra um grupo internacional, mas com foco na adaptação de soluções a nível local. Desta forma, consegue, simultaneamente, apresentar soluções adequadas às exigências de mercado local com utilização de toda a sua experiência também internacional. A Saint-Gobain Weber espera que o seu trabalho realizado ao longo das últimas décadas tenha contribuído para uma evolução positiva ao nível da construção em Portugal, pela inovação que tem apresentado e pelo apoio na evolução dos profissionais intervenientes neste domínio. 52 / A Saint-Gobain Weber apresenta várias soluções para este mercado. Todas fazem parte de gamas específicas em função da necessidade, seja colagem (gamas weber.col e weber.color), revestimento e renovação de fachadas (gamas weber.rev e weber.cal), isolamento térmico (gama de sistemas weber.therm), pavimentos (gama weber.floor e soluções com Leca®), impermeabilização e reparação/proteção de betão (gamas weber.dry, weber.tec e weber.rep). Apresentam-se, de seguida, alguns exemplos que tipificam intenções específicas da Saint-Gobain Weber indicadas nas questões anteriores: 1.weber.col clean light, uma argamassa-cola adequada às necessidades de renovação, que permite a colagem de cerâmico sobre cerâmico. Neste produto, estão intrínsecas as preocupações da empresa a nível de procurar facilitar o trabalho dos aplicadores já que se trata de um produto ligeiro, sem emissão de poeiras e, sobretudo, de uma trabalhabilidade superiormente reconhecida pelos mesmos. 2.weber.therm aislone, uma argamassa de reboco/regularização com desempenho térmico capaz de garantir uma substituição de painéis isolantes. A sua constituição compreende utilização de cal e as suas propriedades gerais tornam possível a sua compatibilidade com suportes antigos. Mais acresce o seu contributo para aumento de conforto pelo desempenho térmico melhorado. 3.weber.cal antique, argamassa de cal e cal hidráulica perfeitamente adaptada à maioria dos suportes antigos, a nível mecânico, químico e físico sem, contudo, alterar profundamente as práticas de execução o que garante uma rentabilidade de trabalho similar às argamassas correntes. Não obstante ser um caminho longo que só agora está a dar passos com maior relevo, a empresa já é reconhecida pela sua contribuição a este nível. QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES DIFERENCIADORES DA EMPRESA FACE AOS SEUS CONCORRENTES? 4.Leca® Uno, um enchimento constituído por ligantes minerais e agregados leves Leca®. A sua curva granulométrica, a sua leveza e propriedades a nível mecânico permite a sua aplicação com espessuras até 20 cm num passo único rentabilizando processos construtivos ao nível de execução. QUAL A POLÍTICA DA EMPRESA RELATIVAMENTE À CONSERVAÇÃO E SUS- TENTABILIDADE DO MEIO AMBIENTE? A Saint-Gobain Weber considera este tema como prioritário no desenvolvimento das suas soluções. Nos últimos anos, não tem medido esforços para concretizar um conjunto de ações concretas capazes de favorecer a conservação e sustentabilidade do meio ambiente. Desde logo, a sua política interna tem o objetivo claro de produzir zero resíduos. O desenvolvimento das suas soluções incorpora, em caderno de encargos, avaliação ao nível da utilização de recursos, incorporação de materiais reciclados, avaliação do ciclo de vida dos seus produtos, agora também com destaque para o seu fim de vida. Esta estratégia já está a dar os seus frutos, por exemplo, pela incorporação nas suas argamassas de areias de leito fluidizado da indústria do papel ou pela substituição parcial de cimento por alternativas com emissões inferiores de CO2. A diferenciação da empresa não está exclusivamente num ou outro fator. Antes, é o resultado de um conjunto de ações a vários níveis que têm o cliente sempre como alvo que se apresenta como uma força maior. Por exemplo, as suas soluções são o resultado de uma experiência de grupo única, capaz de prover materiais inovadores mas que têm de responder às necessidades do mercado. Entre elas, está também a necessidade de um acompanhamento constante considerando que as exigências e os desafios em obra são uma constante; por isso, a empresa apresenta uma rede técnico-comercial e um serviço pós-venda com uma cobertura geográfica pormenorizada. QUAIS OS PLANOS FUTU- ROS DA EMPRESA PARA OS PRÓXIMOS ANOS? Seguir o seu foco de sempre, isto é, continuar a prover aos profissionais da construção, produtos e serviços que tornem o seu trabalho mais fácil. / 53 Imobiliário LUXIMO’S - CHRISTIE’S PENDICULARMENTE À RUA DE ACESSO ONDE, RELACIONA DIRETAMENTE A Por uma questão de controlo da intensidade da luz e de privacidade, foi introduzido um sistema de portadas de correr em lâminas de madeira, que funciona também como elemento atenuador da presença do vidro, criando uma simbiose entre a pureza do construído e a materialidade natural da madeira, presente no pinhal que serve de pano aquando da aproximação à casa. Os volumes superiores muito depurados e balanceados sobre os inferiores, rasgam-se completamente para poente e para nascente, ficando a nascente o corredor de acesso aos quartos e a poente os quartos com vista para o mar. O projeto divide-se em dois volumes: o piso inferior integra-se na geometria do lote, permitindo que o piso superior interaja mais diretamente com o ambiente envolvente e alinhamentos com as construções vizinhas. ESTE PROJETO RESUME-SE A UMA ARTICULADA RELAÇÃO ENTRE ELE- MENTOS CONSTRUÍDOS COM O LOCAL E A RELAÇÃO DESSES ELEMENTOS COM A LUZ E A PAISAGEM. O PISO TÉRREO DA CASA ARTICULA-SE PER- PISCINA E JARDIM COM AS ZONAS SOCIAIS. 54 / Volumetricamente, é criada uma torção entre os dois pisos, libertando o deck superior, de acordo com as diferenças programáticas: garagem e serviços na cave, áreas sociais no piso térreo e ambiente privado no piso superior. Realçado pela cor natural e textura, tantos os materiais de acabamentos exterior e interior são adequados ao ambiente agressor da maresia. Aço inoxidável, alumínio, madeira exótica envernizada e paredes pintadas de branco, contribuem para o requerido conforto e durabilidade como princípio arquitetónico. PRINCIPAIS ACABAMENTOS • Caixilharias: aço inoxidável e alumínio • Pavimento: madeira exótica envernizada • Escadas: madeira envernizada • Paredes: interiores e exteriores pintadas a cor branca • Quartos: portadas das janelas de correr em lâminas de madeira SUSTENTABILIDADE • Classificação energética E; • Cuidado dimensionamento e proteção solar dos vãos exteriores, com ensombreamento natural através do afastamento dos vãos da linha de fachada; / 55 Imobiliário • Desenho elementar dos interiores, com espaços amplos e com a utilização de tonalidades claras, aumentando a eficiência da iluminação natural e consequentemente da iluminação artificial; • Utilização de materiais naturais como madeiras e pedras com baixo índice de energia integrada; • Fachada em betão branco aparente, com alvenaria e isolamento térmico de alta densidade obtendo-se uma grande inércia térmica no interior e a consequente estabilização da temperatura; • Caixilharias com corte térmico e vidro duplo com rutura térmica; • Utilização de iluminação de baixo consumo. ASPETOS GERAIS • Aquecimento central e Ar condicionado; • Lareira na sala; • Cozinhas lacadas em alto brilho, pavimentos e tampos em mármore travertino; • Pavimento em soalho hard-maple; • Carpintarias em hard-maple; • Roupeiros nos quartos com iluminação interior; • Portas pivotantes; • Portadas interiores de madeira; • Rodapés embutidos em mármore branco; • Videoporteiro a cores. 56 / Arquitetura Parque Urbano de Arruda dos Vinhos CAMPOS COSTA ARQUITETOS E PARATELIER SÃO VENCEDORES DO 1º CONCURSO PARA O PARQUE URBANO DE ARRUDA DOS VINHOS. A PROPOSTA VENCEDORA FOI ELEITA POR UNANIMIDADE. PRÉMIO DO DESCRIÇÃO DA PROPOSTA O Parque das Rotas define-se como um momento numa rede de percursos, marcado e caracterizado pontualmente por diferentes programas ao longo da margem esquerda do rio Grande da Pipa. Desta margem é possível contemplar os vinhedos existentes na margem oposta. O programa do parque organiza-se em três diferentes instantes: um de entrada e ligação com a área urbana; outro definido pelo parque infantil com acesso à área residencial e, por último, um miradouro sobre os vinhedos marcando o acesso ao percurso definido ao longo do rio. 58 / O ponto de acesso principal é marcado através de uma plataforma em granito que a certo ponto se transforma numa escadaria de blocos de betão, uma plateia sobre o rio que nos transporta para uma cota inferior e define um limite em granito junto à água do rio. Para além deste acesso principal, são definidos outros pontos de acesso, secundários, cada um com a sua própria função. A partir daqui, um percurso principal é traçado por um alinhamento de freixos ao longo do rio, deste percurso caminhos espontâneos conduzem-nos a trilhos de ligação. Sobre o rio são marcados dois atravessamentos. Como forma de complementar e apoiar estes vários percursos, é inserido um programa condensado, presente pontualmente ao longo do parque. Pequenas arquiteturas são inseridas estrategicamente nos principais pontos de cruzamento de percursos ciclo-pedonais. São estes pontos de apoio e informação, aluguer e manutenção. Ao longo de todo o parque propõe-se a consolidação dos taludes existentes através da plantação de espécies arbustivas autóctones, assim como a plantação arbórea em alinhamento com o percurso principal do rio. O principal objetivo do parque das rotas, para além de marcar Arruda dos Vinhos como um ponto de passagem turístico e cultural, é aproximar as pessoas, relembrando-lhes a importância daquele lugar e da sua verdadeira identidade. / 59 Arquitetura FICHA TÉCNICA • Designação: Concurso para o Parque Urbano de Arruda dos Vinhos - Parque das Rotas de Arruda dos Vinhos • Função: Parque Urbano • Localização: Arruda dos Vinhos • Promotor: Câmara Municipal Arruda dos Vinhos • Data da conclusão da obra: Não prevista EQUIPA • Campos Costa Arquitectos + Paratelier • Mónica Ravazollo, Arquiteta Paisagista (Arquitetura Paisagista) • Pedro Campos Costa, Arquitecto (Arquitetura) • Miguel Lourenço, Engenheiro Civil (Todas as Especialidades) COLABORADORES • Giulia Mollame • Katarzyna Augustyniak • Marija Burum • Francesca Baldinucci • Caterina Dubini • Mariana Fartaria 60 / Arquitetura Chalé das Três Esquinas O “CHALÉ DAS TRÊS ESQUINAS” É UM EDIFÍCIO ÚNICO, DOCUMENTANDO A HISTÓRIA E A DIÁSPORA DA REGIÃO ONDE SE INSERE, COMBINANDO A ARQUITETURA E O DESENHO URBANO PORTUGUESES DO SÉCULO COM UMA INESPERADA INFLUÊNCIA ALPINA. XIX Esta influência chega ao país por via de uma vaga histórica de portugueses regressados do Brasil, influenciados pela cultura centro-europeia, dominante no contexto da segunda revolução industrial brasileira. Concebido como um anexo ao pequeno palácio a que encosta, e situado no coração das muralhas romanas e medievais de Braga, este é um edifício particularmente ensolarado, com duas frentes, uma voltada para a rua e para Oeste e outra voltada para um agradável e valorizado pátio de interior de quarteirão a Este, desfrutando de luz natural ao longo de todo o dia. 62 / A identidade do edifício, no entanto, perdeu-se em 120 anos de pequenas intervenções não qualificadas, resultando numa sobre compartimentação que o encerrou para a rua e para a luz. A sua fachada foi igualmente adulterada: caixilharia moderna em alumínio e caixas de estore exteriores modificaram a estereotomia dos vãos, a escala do edifício e dos seus detalhes, e rompeu com a leitura original da rua. O objetivo do projeto foi, assim, clarificar os espaços e funções do edifício recuperando a imagem, as técnicas construtivas e o programa (essencialmente habitacional) originais e, simultaneamente, adequando-o às formas de viver contemporâneas, devolvendo-o à cidade e, potencialmente, alicerçando um modelo para intervenções de reabilitação futuras no bairro da Sé. Seguindo essa estratégia, a glória inicial da fachada foi recuperada: a caixilharia original, em madeira, foi recolocada, e o minucioso beirado decorado restaurado. No interior recuperou-se a distribuição espacial e funcional originais, preservaram-se as escadas, o soalho, assim como a estrutura da cobertura, foi refeito sobre a estrutura existente em madeira e introduziu-se mármore de Estremoz no rés-do-chão e em todas as superfícies a impermeabilizar. O programa pedia a convivência entre um espaço de trabalho e um programa de habitação. Tirando partido de uma diferença de cotas de 1,5 m entre a rua e o interior do quarteirão foi possível colocar o espaço de trabalho no piso térreo, beneficiando da relação com a rua e banhando-se com a luz do entardecer. O programa doméstico relaciona-se com a praça do interior do quarteirão e a luz de Nascente. A praça interior é pontuada por várias laranjeiras, providenciando uma deliciosa sobra durante o verão e apresentando um animado espetáculo no inverno, cobertas de laranjas. Dada a reduzida área de implantação do edifício, seguiu-se a estratégia original de hierarquizar as áreas por pisos. A escada estreita-se a cada lance, comunicando a mudança de natureza dos espaços a que dá acesso. A geometria da caixa de escadas filtra eficazmente a relação visual entre os dois programas deixando, no entanto, que a luz natural dos pisos superiores ilumine o espaço de trabalho. O primeiro piso reservou-se para as zonas sociais da habitação. Recusando-se a tendência natural para a compartimentação, permitiu-se que a caixa de escadas definisse os perímetros da sala e cozinha, mantendo-se uma planta aberta e iluminada ao longo de todo o dia, com luz de Nascente pela cozinha, zenital pela caixa de escadas e de Poente pela sala. / 63 Arquitetura Subindo os últimos e estreitos lances de escada chega-se à zona de dormir, espaço onde o protagonismo é entregue à cobertura, cujo sistema construtivo é mantido aparente, embora pintado de branco. Do outro lado da caixa de escadas situa-se um quarto de vestir, apoiado por uma instalação sanitária. O tema visual da casa é a cor branca, sistematicamente repetida nas paredes, tetos, carpintarias e mármore. O quarto de vestir é a surpresa no topo do edifício. Tanto o piso como o sistema construtivo da cobertura apresentam-se na sua cor natural, as portas dos armários que constituem todo o seu perímetro são construídas no mesmo material. O quarto de vestir apresenta-se, assim, como uma pequena caixa de madeira, contrapondo a caixa branca do prédio e sendo contraposta pela pequena caixa de mármore da instalação sanitária. Citações TIAGO DO VALE "Logo durante nossa primeira visita percebemos que o prédio pedia, desesperadamente, duas coisas: primeiro que o libertassem de toda a construção avulsa que o sufocou e que comprometeu a clareza e a lógica com que originalmente organizava os seus espaços; e em seguida (o que, em muitos aspetos, também é um sintoma da mesma maleita) que se permitisse à luz que permeasse os seus espaços. 64 / Como em tudo, o melhor compromisso está sempre entre os dois extremos, informado por ambos: um restauro estrito e cego pode produzir um objeto arquitetónico interessante e honesto, mas é necessário ceder em algum ponto se queremos que o edifício seja capaz de dar resposta aos requisitos das formas de viver contemporâneas, que são dramaticamente diferentes das de há 120 anos. Essa resposta é, em última análise, a derradeira missão de um edifício (e aquilo que o mantém vivo). Quando a passagem do tempo é generosa com uma construção, qualifica-a e valoriza-a, acrescentando novas qualidades às originais, anotando o seu percurso no tempo. Ilustra como a forma como nos relacionamos com os espaços onde vivemos muda e evolui incessantemente, o que é enormemente enriquecedor e uma experiência maravilhosa de arquitetura. Assim, regressando a este caso em particular, tentamos cometer a desonestidade terna de oferecer ao prédio uma história mais feliz, com um percurso mais generoso do que aquele que realmente sofreu. Recuperamos e destacamos as suas interessantíssimas características originais introduzindo, ao mesmo tempo, elementos e ideias capazes de conduzir, passo a passo, esta casa desde a sua fundação até aos dias de hoje, perfeitamente ajustada ao modo de habitar contemporâneo." "No fundo, a nossa opção foi elementar: restaurar as suas condições originais mas com a subtileza (digo-o assim, embora seja este o ponto mais fundamental do processo) de acrescentar algo para além do restauro cego, capaz de devolver esta casa à sua função, ao uso (vivido com genuína qualidade de vida), à rua, à cidade, e ao tempo de hoje, e fazê-lo dotando-a de flexibilidade suficiente para que se mantenha útil e viva por outros 120 anos. A escuridão acabou por ser a consequência derradeira da compartimentação sistemática a que o prédio foi sujeito. Era preciso maximizar tanto a luz como a transparência para permitir que o edifício respirasse." "A tipologia original do prédio, tipicamente oitocentista na sua matriz e tendo também em conta que o prédio foi, desde logo, concebido para um uso flexível é, por si só, muito permissiva e aberta, capaz de dar resposta a praticamente qualquer tipo de programa de arquitetura. Portanto nunca nos ocorreu outro caminho senão o de ser fiel à sua natureza original, tanto na arquitetura como nas soluções técnicas, como na organização e distribuição do programa. Recuperamos não apenas os materiais mas também os usos de cada espaço. E mesmo quando introduzimos materiais novos como fizemos com o mármore de Estremoz fizemo-lo com o critério de se ajustar à sua natureza e ao seu contexto histórico." "Neste caso, o tempo não lhe foi (ao prédio) generoso. Muitas vezes um arquiteto encontra-se dividido na tentativa de dar resposta aos desafios de uma requalificação, seduzido entre a honestidade conceptual de um restauro cego e estrito e a desonestidade conceptual de se permitir à liberdade de alterar um pouco a narrativa do edifício para permitir que o seu desenho possa ir mais longe num ou noutro aspeto em particular. E, mesmo assim, não é coisa pequena: função, usos, pessoas, ruas, cidades, são coisas que, sem cansaço e sem pedir desculpa, permanentemente vão mudando a forma como se relacionam com a sua envolvente construída". PRÉMIOS Vencedor nos Architizer A+ Awards 2015 Vencedor no Building of The Year Awards 2014 Menção Honrosa Prémio IHRU 2014 Selecionado para o Prémio Nacional de Arquitectura em Madeira 2015 Nomeado para o Prémio Nacional de Reabilitação Urbana 2014 Nomeado para os Prémios Construir 2014 Nomeado para os Prémios Reabilitação na Construção 2014 FICHA TÉCNICA Arquitetura - Tiago do Vale Arquitectos Local - Sé, Braga Construção - Constantino & Costa Ano de projeto - 2012 Ano de construção - 2013 Área de implantação - 60 m² Área de construção - 165 m² Fotografia - João Morgado / 65 Terminal de Cruzeiros de Leixões Fotografia: Egidio Santos Arquitetura O NOVO TERMINAL DE CRUZEIROS DE LEIXÕES, CONSIDERADO O MELHOR EMPREENDIMENTO IMOBILIÁRIO NA CATEGORIA DE COMÉRCIO, SERVIÇOS E LOGÍSTICA, PELOS PRÉMIOS SIL 2015, NASCE NO PLANO ESTRATÉGICO DE DESENVOLVIMENTO PORTUÁRIO DE 2004, PROCURANDO UMA SÍNTESE AMBIVALENTE ENTRE INCREMENTO DE EFICÁCIA PORTUÁRIA E AUMENTO DA INTEGRAÇÃO URBANA DE LEIXÕES. Concretamente, é um agregado de ações composto por um novo cais de cruzeiros, para navios até 320 m, um porto de recreio para 180 embarcações, o edifício do Terminal, com aproximadamente 15.000 m² área útil, que inclui também o Polo do Mar da Univer sidade do Porto, um arruamento e demais espaços públicos de ligação à cidade. 66 / O processo de desenvolvimento do projeto corresponde a um maturado faseamento programático, espacial e construtivo que se traduziu em quatro tempos principais: o primeiro, o do estudo prévio com as diretrizes funcionais e formais preliminares; o segundo, da complementar obra portuária e do espaço público de ligação à cidade; o terceiro, correspondente à remodelação suscitada pelo programa da UP; e finalmente, o quarto, o do rigor das condições de funcionalidade, normativa e segurança e da precisão construtiva e orçamental, específicas dos projetos base e de execução. A parte mais visível da intervenção é o edifício, implantado junto ao sector curvo do molhe, e constitui uma rótula que recebe e lança os fluxos dos navios, do porto de recreio e da cidade, tornando-os interactuantes no interior. É deste modo que se constituem os elementos laminares, também curvilíneos, que servem estas quatro vocações que se combinam numa forma unitária. Fotografia: Egidio Santos Fotografia: Egidio Santos Fotografia: João Ferrand Fotografia: Egidio Santos Na cave estão um autoparque, os espaços de apoio aos navegantes do porto de recreio, um biotério e áreas técnicas principais. No piso 0 encontra-se o átrio comum, espaços das operações dos serviços portuários e áreas de serviço para cargas e descargas, além dos diversos cais para os diferentes modos de transporte. No piso 1 situam-se os principais espaços que conectam ao navio, como a sala de embarque e a passagem do desembarque, diretamente à manga fixa, mas também à pala dirigida ao passeio à cota alta do molhe. O piso 2 dispõe de 14 laboratórios, 50 salas de apoio. É acessível pelo público que pode tomar conhecimento genérico da atividade dos laboratórios. O piso 2a é composto por 22 gabinetes. Por fim, no piso 3, encontra-se o espaço de divulgação científica, também disponível para vários eventos, uma sala nobre e um pequeno espaço para um restaurante em 2 níveis. Também neste piso e no nível 3a existem diversos gabinetes e espaços administrativos. Todos os pisos são acompanhados de sanitários, dependências de serviço e áreas técnicas. No exterior encontra-se um terraço e uma bancada acessíveis ao público. No interior, no núcleo central de pé direito total, sob uma grande claraboia, desenvolve-se uma rampa em espiral que serve e liga as diversas funções. O Edifício do Terminal de Cruzeiros está assente sobre estacaria e é maioritariamente em betão armado. Os materiais de acabamento são fundamentalmente o granito que liga a nova intervenção ao molhe sul, o vidro e as superfícies cimentícias, predominantemente de cor branca e o revestimento cerâmico que recobre todas os elementos laminares. Excecionalmente existe um teto acobreado, um espaço aveludado cobalto e algumas superfícies revestidas a painéis metálicos dourados. No exterior, o espaço público é marcado pelas superfícies em granito, e pelo basalto para os rodados. O arruamento longilíneo que serve diferentes modos de circulação, predispõe-se para a relocalização do Titan, antigo guindaste a vapor do Porto de Leixões. / 67 Fotografia: Egidio Santos Arquitetura O Jardim do Senhor do Padrão será ligeiramente prolongado denunciando o convite à entrada pública. O Porto de Leixões usufrui de uma situação geográfica privilegiada no contexto da fachada atlântica da Europa, região de cruzamento de principais rotas entre o continente americano e o europeu, em particular das duas dominantes regiões de cruzeiros, o Báltico e o Mediterrâneo. O crescimento da indústria de cruzeiros no mundo, em particular na Europa, e o aumento da capacidade dos navios, enfatizou a necessidade de Leixões dar resposta a uma procura que já se regista hoje e terá tendência a crescer, de navios com comprimento acima dos 250 m que passavam ao largo de Leixões e não nos podiam visitar nas anteriores condições. Com a construção do novo cais com 340 m de comprimento, inaugurado em abril de 2011, Leixões passou a acolher a maior parte dos navios de cruzeiros da atual frota mundial. 68 / O potencial turístico e ambiental que o Porto e Norte representam, a par das demais cidades marítimoportuárias atlânticas, favorece o desenvolvimento de produtos diversificados e diferenciadores relativamente à oferta de outros destinos e regiões. Os cruzeiros temáticos baseados nos vinhos têm em Leixões um porto de escala privilegiado. Outro dos fatores chave para Leixões é a proximidade ao Aeroporto Internacional Francisco Sá Carneiro, que pelas ligações diretas a vários destinos europeus, aos EUA e ao Brasil, aliada à capacidade hoteleira disponível no destino Porto, permitem potenciar a valência do futuro Terminal de Cruzeiros de Leixões como porto de turnaround, isto é, porto de início e fim de viagens para navios de cruzeiro. Fotografia: Egidio Santos Fotografia: Egidio Santos FICHA TÉCNICA • Autor do Projeto: Arq. Luís Pedro Silva • Valor do Investimento: 50.000.000 € • Área total de construção: 20.000 m² dos quais 60% da APDL e 40% da UP • Vidros: 6.500 m² dos quais 2.700 exteriores e 3.800 interiores • Movimento de terras (escavação): 5.696 m³ • Betão: 18.500 m³ • Aço em armaduras: 3.700 toneladas • Aço e estruturas metálicas: 304 toneladas Fotografia: Egidio Santos • Cofragens: 62.852 m² • Cortina de contenção em secadeira: 300 m lineares • Estacas de fundação: 2.150 m lineares • Micro estacas tubulares: 1.660 m lineares • Mosaico cerâmico no exterior: 15.980 m² • Número de azulejos total: cerca de 1 milhão • Espaços laboratoriais: 55 • Altura do edifício: 40 m • Número de pisos: 7 • Número de pisos em contacto com o mar: 1 • Número de trabalhadores em obra: 260 / 69 Arquitetura CASAS Casas em Movimento EM MOVIMENTO É UM CONCEITO DE ARQUITETURA VIVA, INOVA- ÇÃO E SUSTENTABILIDADE QUE INTERAGE COM A NATUREZA, MAIS PROPRIAMENTE COM O SOL, QUE SE FUNDE COM A ENVOLVENTE E FUNDA- MENTALMENTE QUE SE ADAPTA ÀS NECESSIDADES DO MOMENTO E DAS FAMÍLIAS. UM PROJETO PIONEIRO NO MUNDO INTEIRO. Da autoria de Manuel Vieira Lopes, a solução “Casas em Movimento” nasceu em 2008 no âmbito do projeto Lidera da Universidade do Porto, dando origem a uma spin-off e tendo sido estabelecido um protocolo de parceria com a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto. EFEITO GIRASSOL Apresentando dois movimentos de rotação combinados - movimento de rotação da própria casa e movimento de rotação da sua pala revestida a painéis fotovoltaicos - a solução “Casas em Movimento” é autossustentável na resposta às necessidades energéticas e espaciais dos seus habitantes. Retira potencial do Sol, fonte de energia, e da mutação dos espaços, resposta às necessidades do quotidiano do século XXI, através de espaços desenhados pelo Sol e que dele se alimentam. 70 / A criação da “Casas em Movimento” teve como alicerce a utilização de conceitos de sustentabilidade e a sua incorporação na arquitetura dos edifícios. Um dos principais fatores a nível da sustentabilidade é a utilização de recursos energéticos de fonte natural, limpa e renovável, como por exemplo o Sol. Por esta razão, a cobertura do edifício é preenchida com painéis fotovoltaicos e esta movimenta-se em seguimento do Sol como um girassol. O efeito girassol é criado através da combinação de dois movimentos: movimento de rotação do próprio edifício, que gira aproximadamente 180° de nascente para poente ao longo do dia, e o movimento de rotação da cobertura foto- voltaica que inclina de forma a garantir um ângulo normal desta superfície em relação ao Sol (ângulo esse que otimiza a produção de energia fotovoltaica). Da rotação combinada do edifício e da coberta fotovoltaica, resulta uma produção de 25 000 kWh/ano de energia elétrica, cerca de 5 vezes a energia consumida em média numa habitação de tipologia T2. COBERTURA FOTOVOLTAICA Como uma árvore de folha caduca cuja copa se modifica com as estações do ano, a cobertura da casa tem posições distintas, permitindo a criação de sombras no Verão e a incidência de Sol no Inverno. Os movimentos articulados da cobertura móvel foram desenhados de forma a otimizar a captação fotovoltaica e controlo dos efeitos de sombreamento (luminosidade interior vs conforto térmico), permitindo dessa forma alcançar um ganho de iluminação em 30% e um ganho térmico entre 60% e 80%. Esta ação da cobertura é permitida graças à utilização de dois eixos. Durante os meses de calor, em que o Sol é indesejado no interior da habitação, a cobertura roda segundo um eixo colocado na estrutura inferior do edifício. / 71 Arquitetura 72 / Desta forma, o movimento de inclinação da cobertura sombreia a fachada e impede o calor da radiação solar de entrar na habitação. Nos meses frios a radiação solar é bem-vinda no interior da habitação para aquecê-la e reduzir o consumo de energia para manter o conforto térmico. Por esta razão, no Inverno a cobertura move-se segundo um eixo colocado na parte superior da estrutura do edifício. Desta forma não ocorre sombreamento da fachada e permitese o aquecimento passivo da habitação recorrendo a uma fonte de energia natural e renovável, o Sol. De salientar que esta combinação de movimentos permite obter as vantagens enunciadas a nível de conforto térmico sem prejudicar a otimização da produção fotovoltaica. ADAPTABILIDADE DOS ESPAÇOS O conceito de adaptação através do movimento não se aplica apenas a aproveitamentos energéticos mas também na utilização dos espaços interiores e exteriores. Os espaços interiores adaptam-se aos habitantes, oferecendo divisões transformáveis pela mobilidade de uma parede que as aumenta, diminui e transforma no seu tamanho e nos seus limites. A parede desloca-se através de um sistema de movimentação assistida. Com recurso à parede móvel é possível dividir os espaços permitindo a sua transformação constante. No mesmo espaço é, por isso, possível criar um quarto, uma sala de estar, uma sala de jantar ou um escritório. Esta polivalência de espaços permite uma superior eficiência na utilização da área útil disponível. Outro aspeto vivenciado no interior dos edifícios “Casas em Movimento” é a integração dos espaços nas rotinas diárias dos seus utilizadores. Pegando no exemplo de uma família, de manhã quando as pessoas têm horários diferentes e usualmente pouco tempo para conviver, a cozinha apresenta um espaço pequeno, mais prático, e isolado do resto da habitação. Desta forma é possível tomar o pequeno-almoço de forma rápida e sem perturbar os restantes habitantes que podem encontrar-se ainda em repouso. À hora do almoço a cozinha encontra-se de frente para o exterior e possibilita, nos dias em que as condições climatéricas o permitam, utilizar o espaço exterior para uma refeição agradável junto à natureza. Ao final do dia, altura típica de reunião da família, a cozinha funde-se com a sala criando assim condições ótimas para o convívio de todos os elementos da família. Não ocorre separação entre aqueles que estão a cozinhar e os restantes que se encontram à espera. No exterior do edifício os movimentos também são utilizados para criar espaços. O movimento da cobertura fotovoltaica cria um terraço no patamar superior do edifício. Para além deste espaço, no Verão o movimento da cobertura promove sombreamento em frente ao edifício e cria um espaço exterior coberto. CONCEITO EVOLUTIVO Outra característica diferenciadora da "Casas em Movimento” é o sistema evolutivo que procede da construção modular, o que significa que se podem adicionar ou retirar módulos à casa para que esta se torne maior ou menor, consoante as necessidades da família. A título de exemplo, com a chegada de um novo membro família pode adicionar-se um novo espaço (um módulo), sendo que quando esse membro crescer e pretender sair de casa, pode levar o módulo consigo e desenvolvê-lo noutro local. Desta forma, cria-se uma construção sustentável, perfeitamente ajustada às necessidades da família. / 73 Reabilitação Reabilitação Edifício Habitacional As três fases de conceção JOÃO APPLETON | [email protected] PEDRO RIBEIRO | [email protected] JOÃO PAVIA SARAIVA | [email protected] RESUMO O artigo tem como objetivo apresentar as várias fases de reformulação de um edifício de habitação existente em Lisboa, na Rua Rodrigo da Fonseca. O edifício, construído em 1910, apresentava características que o inseriam no período Arte Nova. Numa primeira fase de planeamento da intervenção, era objetivo do Dono de Obra preservar essas características como forma de valorização intrínseca do edifício. No decorrer da obra, já numa fase avançada, após conclusão da intervenção estrutural, ocorreu um violento incêndio que resultou na destruição total do edifício com exceção das suas fachadas. No seguimento deste acontecimento, iniciou-se uma terceira fase de conceção que visou a reconstrução do edifício já sem a necessidade de preservar quaisquer elementos arquitetónicos que não as fachadas, e sem constrangimentos relacionados com o aproveitamento da estrutura. Palavras-chave: Reabilitação, reforço, reconstrução. Numa segunda fase, esse objetivo foi abandonado e iniciou-se a obra prevendo-se uma preservação parcial dos elementos arquitetónicos relevantes, mas obedecendo aos constrangimentos resultantes da preservação da estrutura, em particular, das paredes interiores e pavimentos. 74 / 1 - INTRODUÇÃO O edifício foi mandado construir no ano de 1910, com características construtivas que se inserem no período Arte Nova. O edifício foi construído no seguimento do processo de urbanização das Avenidas Novas, numa fase em que os construtores recorriam a soluções construtivas mais pobres, as paredes de frontal vão sendo substituídas por paredes de tabique e as secções dos diversos elementos estruturais vão sendo reduzidas. • Execução de lâmina de betão armado de reforço das paredes na base, ao nível do piso 0 (garagem). 2 - CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL • Execução de núcleos de betão armado, complementados com treliça metálica vertical, para travamento global nos dois saguões. Estruturalmente, o edifício era suportado por paredes periféricas de alvenaria de pedra. Interiormente, a estrutura era composta por paredes de frontal vazados e por alguns alinhamentos de paredes de alvenaria de tijolo e ainda algumas divisórias de tabique. Ao nível do piso térreo os alinhamentos estruturais das paredes interiores de frontal estavam apoiados numa malha de vigas e pilares metálicos, com secções muito diversas. • Colocação de perfis metálicos horizontais para reforço das fachadas aos níveis dos pisos. • Reforço dos cunhais com pregagens horizontais embebidas. • Cintagem do edifício no topo com lintel de betão armado pregado à parede. • Reforço das paredes de frontal na base onde os esforços são superiores, por duplicação dos elementos resistentes. Figura 1: Fachada do edifício e estrutura metálica da garagem Os pavimentos eram compostos na sua generalidade por vigamentos de madeira. No tardoz existiam varandas de construção mais recente em betão armado. A estrutura apresentava antes da intervenção um estado de conservação médio, que em algumas situações comprometia já o bom desempenho estrutural, sendo de destacar o apodrecimento de elementos de madeira constituintes de paredes e pavimentos e a degradação generalizada da estrutura das varandas. 3 - FASE 1 - PRESERVAÇÃO TOTAL Numa primeira fase de abordagem à intervenção de reabilitação era intenção do Dono de Obra concretizar o máximo aproveitamento dos elementos estruturais e arquitetónicos existentes. O programa arquitetónico previa assim a conservação e restauro dos revestimentos de paredes e tetos, e de elementos decorativos da fachada. Contemplava ainda o aproveitamento do piso térreo para garagem e a substituição das varandas de tardoz. A solução mais económica para reforço dos pavimentos com maiores vãos seria a colocação de um perfil metálico transversal de suporte a meio vão. No entanto, esta solução implicaria o não aproveitamento do revestimento dos tetos, pelo que se previu a colocação de perfis metálicos longitudinais de pequena secção intercalados com os vigamentos existentes, colocados de cima para baixo, após remoção dos soalhos. Não era possível adotar vigamentos de madeira, uma vez que para o vão existente a altura da secção seria superior ao espaço disponível entre a cota do soalho e do teto. Seria também necessário intervir de forma profunda ao nível do piso térreo, uma vez que a transformação do espaço em garagem implicava a supressão de todos os pilares centrais, para assegurar o espaço de circulação automóvel necessário, ou seja, era necessário reforçar a grelha de suporte e as fundações remanescentes. A solução encontrada foi o encamisamento com betão armado das vigas e pilares metálicos a manter. As sapatas dos pilares encamisados seriam alargadas e reforçadas com microestacas. Após a execução da solução seria possível remover os pilares centrais, alterando o sistema estático da estrutura. Do ponto de vista estrutural verificou-se que o edifício tinha duas debilidades relevantes: I) reduzida resistência sísmica devido a deslocamentos exces- sivos e forças elevadas nas paredes estruturais; II) para os pavimentos com maiores vãos as secções dos viga- mentos de madeira eram insuficientes face às exigências regulamentares atuais. A concretização do reforço sísmico com todas as limitações existentes resultou na adoção de um conjunto de soluções que permitiram incrementar de forma significativa o nível de resistência sísmica do edifício, sendo de destacar as seguintes soluções: Figura 2: Reforço de frontais na base e estrutura metálica de suporte na base; estrutura da garagem após reforço e remoção dos pilares centrais Previu-se ainda a substituição da cobertura existente que se encontrava fortemente degradada e limitava a utilização do piso de esteira. Para esse efeito previu-se o prolongamento em altura das paredes de frontal e a execução de uma estrutural metálica suportada nessas paredes e nos lintéis de periferia. / 75 Reabilitação camada protetora (rebocos, tetos falsos, etc.), para colocações de redes de águas e eletricidade/telecomunicações, deixando exposta a estrutura de madeira das paredes de frontal e dos pavimentos. Figura 3: Edifício após remoção da cobertura; nova estrutura metálica da cobertura 4 - FASE 2 - PRESERVAÇÃO PARCIAL Numa 2ª fase, antes do início da intervenção, o Dono de Obra prescindiu do objetivo de preservar a totalidade dos elementos construtivos e decorativos relevantes, concentrado apenas em algumas zonas mais nobres a necessidade de preservação de elementos de revestimento. Esta opção possibilitou a remoção da generalidade dos tetos e reforço dos pavimentos de forma mais económica, intercalando vigamentos de madeira entre os existentes, com maior secção. Os novos vigamentos foram apoiados em perfis colocados nas fachadas, que também contribuem para o reforço sísmico por efeito de cintagem. A intervenção passou assim a ter um carácter de urgência, e visava numa primeira fase assegurar a segurança da estrutura remanescente, pelo que se executou uma estrutura metálica interior de contenção das fachadas complementada com uma lâmina de reboco armado nas paredes a manter. Foi então possível desenvolver um novo projeto, sem restrições de qualquer tipo que não fosse garantir a compatibilidade com a estrutura da garagem. A nova estrutura foi assim prevista inteiramente em betão armado. Os pisos serão realizados com lajes maciças fungiformes com 0.20 m de espessura, diretamente apoiados em pilares e paredes. Do ponto de vista sísmico o edifício dependerá das paredes de fachada reforçadas com lâminas de reboco armado e de novas paredes de betão de armado. Figura 5: Delaminação do betão de recobrimento; inicio da execução da estrutura de contenção 6 - CONCLUSÕES Figura 4: Reforço de pavimentos com vigamentos de madeira (esq.); com perfis metálicos para preservação dos tetos (dir.) 5 - FASE 3 - RECONSTRUÇÃO APÓS O INCÊNDIO Numa fase avançada da obra, em que praticamente toda a intervenção estrutural estava concluída bem como os trabalhos de redes, deflagrou durante a noite um violento incêndio, que teve como consequência o colapso total da estrutura interior do edifício e provocou severos danos nas paredes de fachada, que todavia se mantiveram sem colapsar. Entre outros danos, são de destacar a desagregação das pedras superficiais da alvenaria por calcinação e a delaminação do betão de recobrimento das estruturas de betão executadas nas fachadas. A estrutura do teto da garagem, que já tinha sido reforçada com encamisamento da estrutura com betão armado manteve-se sem danos. A origem do incêndio não foi identificada mas verificou-se que a segurança contra o incêndio da estrutura naquela fase da obra estava diminuída, uma vez que ainda não se tinha iniciado a colocação de revestimentos que poderiam servir de 76 / O projeto de reabilitação do edifício na Rua Rodrigo da Fonseca, aqui apresentado, passou por várias fases de conceção, com diversos níveis de constrangimentos resultantes da decrescente necessidade de conservação dos revestimentos interiores. Esta alteração possibilitou a execução de soluções de reforço mais económicas, com a desvantagem de descaracterizar a matriz estética original do edifício. Independentemente da facilidade de executar as diversas soluções, conclui-se que é possível proceder ao reforço das estruturas constituintes de um edifício desta época garantindo a sua segurança fase às exigências regulamentares atuais. 7 - REFERENCES [1] European Committee for Standardization (CEN) (2005) Eurocode 5: Design of timber structures - Part 1-1: General - Common rules and rules for buildings. CEN, Brussels. [2] Instituto Português da Qualidade (IPQ) (2010) Eurocódigo 3 - Projecto de estruturas de aço - Parte 1-1: Regras gerais e regras para edifícios RODRIGO DA FONSECA 49 VAI REFORÇAR OFERTA DE HABITAÇÃO PREMIUM JUNTO À AVENIDA DA LIBERDADE A zona da Avenida da Liberdade terá a sua oferta de habitação reforçada muito em breve. Ficará concluída em Janeiro a intervenção de reabilitação do edifício Rodrigo da Fonseca 49, um imóvel centenário localizado na rua com o mesmo nome e que trará a Lisboa um conjunto residencial de prestígio. O projeto pretende distinguir-se pela oferta residencial de exceção mas também como um edifício charmoso que conjuga a personalidade clássica das suas linhas arquitetónicas com as exigências da modernidade. Promovido pela Selecta, o projeto representa um investimento de cerca de 9 milhões de euros e está a ser comercializado em co-exclusividade pelas consultoras JLL e Cobertura, que estão a dinamizar a colocação das unidades residenciais junto do mercado nacional e internacional. O Rodrigo da Fonseca 49 é um edifício que data originalmente de 1910. Apresenta uma traça muito caraterística da época que foi preservada, restaurando-se e mantendo-se os seus elementos históricos mais emblemáticos. Os trabalhos estão praticamente concluídos e o resultado são seis apartamentos de tipologias T3, T5+1 e T5+2, com áreas entre 180 e 325 m² e pés-direitos originais que podem, em alguns casos, chegar aos 4 metros. As janelas de grande amplitude serão uma imagem de marca dos apartamentos, que dispõem de equipamentos e acabamentos de elevada qualidade e recorrem a materiais de grande nobreza. Outra vantagem deste empreendimento é o facto de todos os apartamentos disporem de dois lugares de estacionamento em cave, um atributo especialmente relevante numa zona central da cidade onde a oferta de parqueamento é bastante limitada. O Rodrigo da Fonseca 49 situa-se na rua Rodrigo da Fonseca, uma das artérias na zona imediata de influência da luxuosa Avenida da Liberdade, beneficiando ainda da proximidade a outros destinos comerciais e culturais muito em voga na capital, como são os casos da Rua Castilho e do Príncipe Real. FONTE: Cobertura - Sociedade de Mediação Imobiliária / 77 Moradas AGÊNCIAS Atrevia Portugal Rua Dr. Alberto de Macedo, 27 4100-027 Lisboa Tel.: 213 240 227 E-mail: [email protected] Site: www.atrevia.com Buss Comunicação Rua 8 de Setembro, 9º Casalinhos de Alfaiata 2560-428 Silveira - Torres Vedras Tel.: 261 938 487; Fax: 261 938 661 E-mail: [email protected] Site: www.buss.pt Cobertura - Sociedade de Mediação Imobiliária, SA Rua Rodrigo da Fonseca, 14 1250-192 Lisboa Tel.: 213 121 520; Fax: 213 121 521 E-mail: [email protected] Site: www.cobertura.pt Green Media - Ag. de Comunicação Av. D. João V, 17, 1º Esq 1250-089 Lisboa Tel.: 214 120 868 E-mail: [email protected] Site: www.greenmedia.pt M Public Relations Edifício Alto das Amoreira Rua Joshua Benoliel, 6, 4º C 1250-133 Lisboa Tel.: 211 546 120 Site: www.mpublicrelations.pt Ulled Av. Duque Loulé, 123, Studio 4.6 1069-152 Lisboa Tel.: 213 502 490; Fax: 213 559 287 E-mail: [email protected] Site: www.ulled.com VF Comunicação Av. Fontes Pereira de Melo, 31, 4C 1050-117 Lisboa Tel.: 213 570 436 E-mail: [email protected] Site: www.vfcomunicacao.com 78 / YoungNetwork Rua Fernando Vaz, 12 A 1750-108 Lisboa Tel.: 217 506 050 Fax: 217 506 051 E-mail: [email protected] Site: www.youngnetwork.net ARQUITETURA APDL - Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo Av. da Liberdade 4450-718 Leça da Palmeira Tel.: 229 990 700 Fax: 229 990 701 E-mail: [email protected] Site: www.apdl.pt Arquitectura - Tiago do Vale Arquitectos Rua Dom Frei Caetano Brandão, 121 4700-031 Braga Tel.: 253 295 027 E-mail: [email protected] Site: www.tiagodovale.com Campos Costa Arquitectos Rua dos Sapateiros, 44, 3º Drt. 1100-579 Lisboa Tel./Fax: 213 420 605 E-mail: [email protected] / [email protected] Site: www.camposcosta.com Casas em Movimento Rua Júlio de Matos, 828/882 4200-465 Porto Tel.: 220 731 312 E-mail: [email protected] Site: www.casasemmovimento.com DIVULGAÇÃO BigMat Iberia, SA Av. de los Pirineos, 7, 1ª Planta 28703 San Sebastián de Los Reyes Espanha Tel.: 00034 916 237 160 E-mail: [email protected] Site: www.bigmat.es ITeCons Pólo II da Universidade de Coimbra Rua Pedro Hispano, s/n 3030-289 Coimbra Tel.: 239 798 949 Fax: 239 798 939 E-mail: [email protected] Site: www.peep.uc.pt FEUP - Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto Rua Dr. Roberto Frias, s/n 4200-465 Porto Tel.: 225 081 400 Fax: 225 081 440 E-mail: [email protected] Site: www.fe.up.pt Oliveira & Irmão, SA Travessa de Milão, Esgueira 3800-314 Aveiro Tel.: 234 300 200; Fax: 234 300 210 E-mail: [email protected]; Site: www.oli.pt Gres Panaria Portugal, SA Zona Industrial de Aveiro, Ap. 3002 3801-101 Aveiro Tel.: 234 329 700 Fax: 234 302 090 E-mail: [email protected] / [email protected] Site: www.margres.com / www.lovetiles.com Schlüter® Systems Rua do Passadouro, 31 3750-458 Fermentelos Tel.: 234 720 020; Fax: 234 240 937 E-mail: [email protected] Site: www.schluter.pt Teka Portugal, SA Estrada da Mota, Apartado 533 3834-909 Ílhavo - Aveiro Tel.: 234 329 500 E-mail: [email protected] Site: www.teka.pt DOSSIER MATERIAIS DE RENOVAÇÃO E REABILITAÇÃO CIN - Corporação Ind. do Norte, SA Avenida Dom Mendo, 831, Ap. 1008 4471-909 Maia Tel.: 229 405 000; Fax: 229 485 661 E-mail: [email protected] Site: www.cin.pt Diera - Fábrica de Revestimentos, Colas e Tintas, Lda Rua D. Marcos da Cruz, 1223 Apartado 3037 4450-730 Leça da Palmeira Tel.: 229 983 350; Fax: 229 983 368 E-mail: [email protected] Site: www.diera.pt Saint-Gobain Weber Portugal Zona Industrial da Taboeira 3800-055 Aveiro Tel.: 234 101 010 Fax: 234 301 148 E-mail: [email protected] Site: www.weber.com.pt ECONOMIA Banco de Portugal Rua do Comércio, 148 1100-150 Lisboa E-mail: [email protected] Site: www.bportugal.pt Ci - Confidencial Imobiliário Rua Gonçalo Cristóvão, 185, 6º 4049-012 Porto Tel.: 222 085 009 Fax: 222 085 010 E-mail: [email protected] Site: www.confidencialimobiliario.com Instituto Nacional de Estatistica Av. de António José de Almeida 1000-043 Lisboa Tel.: 218 426 100 Fax: 218 454 083 E-mail: [email protected] Site: www.ine.pt Moradas ENTREVISTA Iberfibran Av. 16 de Maio, ZI Ovar 3880-102 Ovar Tel.: 256 579 670 Fax: 256 579 674 E-mail: [email protected] Site: www.fibran.com.pt EVENTOS Fábrica de Tintas 2000, SA Zona Industrial Maia I - Sector VII Apartado 1053 Rua Joaquim Silva Vicente, Lote 128 4470-434 Maia Tel.: 229 436 800 Fax: 229 436 819 E-mail: [email protected] Site: www.tintas2000.pt JRBotas Design & Home Concept Rua Antoine de Saint-Exupéry Alapraia 2765-043 Estoril Tel.: 214 667 110 E-mail: [email protected] Site: www.jrbotas.com 80 / Reynaers Aluminium, SA Parque Industrial Manuel da Mota Lote 6, Apartado 234 3100-905 Pombal Tel.: 236 209 630 Fax: 236 219 435 E-mail: [email protected] Site: www.reynaers.pt Roca, SA Ponte da Madalena 2416-905 Leiria Tel.: 244 720 000 Fax: 244 722 373 E-mail: [email protected] Site: www.roca.pt PRÓXIMA EDIÇÃO ECOINOVAÇÃO IMOBILIÁRIO LUXIMO´S - Christie´s International Real Estate Av. Brasil, 227 4150-152 Porto Tel.: 224 057 008 Fax: 224 027 052 E-mail: [email protected] Site: www.luximos.pt RESERVE JÁ! Foto: Margrés plano 2016 Ecoinovação APCMC Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção Eficiência Energética Material Reabilitação e Renovação Pç. Francisco Sá Carneiro, 219, 3º, 4200-313 Porto Tel.: 225 074 210; Fax: 225 074 218/9 E-mail: [email protected] www.apcmc.pt Novos Materiais e Tecnologias