ARTIGO ORIGINAL ANÁLISE BIOMECÂNICA DO SALTO VERTICAL: ESTUDO COMPARATIVO ENTRE CRIANÇAS ESPORTISTAS E NÃO ESPORTISTAS ISSN: 2178-7514 Vol. 6 | Nº. 1| Ano 2014 Kinetic analysis of the vertical jump: a comparative study among athletes and non-athletes children Gustavo Celestino Martins1, Heleise Faria dos Reis de Oliveira1,3,4 Leandro Borelli Camargo 1,3, Fabio da Silva ferreira Vieira1,3 Dayna Karina Goberna Noda1,6,, Claudio Novelli5, Raul Marcel Casagrande1,2 , Guanis de Barros Vilela Junior1,3,5 RESUMO A eficiência no salto vertical é imprescindível para atletas de várias modalidades esportivas. Estudos mencionam que a velocidade de saída do solo é determinante para a altura do mesmo. O objetivo do trabalho foi comparar as variáveis cinéticas do salto vertical entre os alunos frequentadores das aulas de educação física escolar e alunos de iniciação esportiva. A amostra foi constituída por 46 crianças de 9 a 12 anos de idade, do gênero masculino, com idade média de 10,41 (± 1,08) anos, sendo 25 voluntários de uma Escola Estadual, que participavam das aulas de educação física (Grupo Controle) e 21 alunos de uma Escola de Iniciação Esportiva (Grupo Experimental). A aquisição dos dados foi realizada, utilizando uma plataforma de força e os demais cálculos realizados através das fórmulas da Mecânica Newtoniana. Na estatística descritiva das variáveis biomecânicas de impulso, velocidade de subida, tempo de subida e altura do salto (deslocamento vertical do Centro de Gravidade) pudemos verificar que os alunos do clube tiveram melhor resultado nas variáveis biomecânicas do que os alunos da escola, respectivamente: Impulso(N.s) 60,19 (± 23,15); 42,40 (± 20,55); Velocidade de subida(m/s) 1,16 (± 0,41); 1,13 (± 0,58); Tempo de subida(s) 0,22 (± 0,03); 0,19 (± 0,03); Altura do salto(m) 0,24 (± 0,07); 0,18 (± 0,05). Para as variáveis biomecânicas força média de impulsão vertical e pico de força, o resultado não foi diferente, alunos de iniciação esportiva tiveram melhores resultados do que alunos da escola, respectivamente: Força média de impulsão vertical (kgf) 71,86 (± 16,78); 59,53 (± 9,47); Pico de força (kgf) 163,56 (± 49,41); 129,84 (± 40,48). Os coeficientes de correlação significantes encontrados, com p<0,05 para as seguintes variáveis do grupo escola foram: Tempo de Subida (s) x Pico de Força (kgf); Altura do Salto (m) x Pico de Força (kgf) e Impulso (N.s) x Pico de Força (kgf), e p<0,01 para as seguintes variáveis: Força (kgf) x Tempo de Subida (s); Força (kgf) x Altura do Salto (m); Força (kgf) x Pico de Força (kgf); Velocidade de Subida (m/s) x Impulso (N.s) e Tempo de Subida (s) x Altura do Salto (m). Já para o grupo iniciação esportiva, com p<0,05 para as seguintes variáveis: Força (kgf) x Impulso (N.s), e p<0,01 para as seguintes variáveis: Força (kgf) x Pico de Força (kgf); Velocidade de Subida (m/s) x Impulso (N.s); Tempo de Subida (s) x Altura do Salto (m) e Impulso (N.s) x Pico de Força (kgf). Os resultados encontrados mostram que as crianças participantes da iniciação esportiva no clube, estão mais desenvolvidas, na perspectiva dos parâmetros biomecânicos avaliados.Palavras chave: flexibilidade; análise cinemática; crianças. Palavras chave: análise cinética, salto vertical, crianças. Autor de correspondência: Gustavo Celestino Martins Universidade Metodista de Piracicaba Rodovia do Açúcar Km 156, Bloco 7, Taquaral 13400-911 - Piracicaba, SP – Brasil E-mail: [email protected] Núcleo de Pesquisas em Biomecânica Ocupacional e Qualidade de Vida-CNPq / UNIMEP Faculdade de Medicina de Jundiaí / Hospital São Vicente de Paulo 3 Programa de Mestrado e Doutorado em Ciências do Movimento Humano da Universidade Metodista de Piracicaba – UNIMEP. 4 Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. 5 Faculdades Integradas Metropolitanas de Campinas - METROCAMP 6 Programa de Mestrado em Educação Física - UNIMEP 1 2 Análise biomecânica do salto vertical: estudo comparativo entre crianças esportistas e não esportistas ABSTRACT The efficiency of the vertical jump is indispensable to athletes from several sports modalities. The studies mention that the initial ascension speed from the floor is determining to the jump height. The purpose of this research was to compare the vertical jump kinetic variables between two groups, students attending regular scholar physical education classes and students engaged in a sports initiation program. The sample consisted of 46 children aged from 9 to 12 years old, male gender, average age 10.41 (+1.08) years, 25 of those being volunteers attending physical education regular classes in a State school (Control Group), and other 21 volunteers attending a sports initiation program (Experimental Group). The data acquisition has been performed through the utilization of a force platform, and the remaining calculations were run on Newtonian Mechanics formulas. Concerning the descriptive statistics of the following biomechanics variables: impulse; initial ascension speed from the floor; time of ascension; and the jump height (Centre of Gravity vertical displacement), we could verify that the volunteers attending the sports initiation program showed better biomechanics variables results than those ones from the school regular physical education classes, respectively: Impulse (N.s) 60.19 (± 23.15); 42.40 (± 20.55); Initial ascension speed (m/s) 1.16 (± 0.41); 1.13 (± 0.58); Time of ascension (s) 0.22 (± 0.03); 0.19 (± 0.03); Jump height (m) 0.24 (± 0.07); 0.18 (± 0.05). The result was no different to the biomechanics variables, vertical impulse average force, and peak force, where the volunteers attending the sports initiation program showed better results than the scholar ones, respectively: Vertical impulse average force (kgf) 71.86 (± 16.78); 59.53 (± 9.47); Peak force (kgf) 163.56 (± 49.41); 129.84 (± 40.48). For the scholar group variables, were found these significant correlation coefficients, as p<0.05: Time of Ascension (s) x Peak Force (kgf); Jump Height (m) x Peak Force (kgf), and Impulse (N.s) x Peak Force (kgf); and as p<0.01: Force (kgf) x Time of Ascension (s); Force (kgf) x Jump Height (m); Force (kgf) x Peak Force (kgf); Initial Ascension Speed (m/s) x Impulse (N.s), and Time of Ascension (s) x Jump Height (m). For the sports initiation program group, as p<0.05 for the following: Force (kgf) x Impulse (N.s), and p<0.01: Force (kgf) x Peak Force (kgf); Initial Ascension Speed (m/s) x Impulse (N.s); Time of Ascension (s) x Jump Height (m), and Impulse (N.s) x Peak Force (kgf). The findings show that the children engaged to the sports initiation program are better developed according to the evaluated biomechanics parameters. Keywords: kinetic analysis, vertical jump, children. 1. INTRODUÇÃO ativos, consequentemente, os que apresentaram melhor desempenho o deveram a uma maior A eficiência no salto vertical é imprescindível duração da fase concêntrica do movimento1. para atletas de várias modalidades esportivas; Não obstante, estudos mencionam que a estudos mostram que sujeitos que realizaram velocidade de saída do solo é preponderante atividades com potência muscular (saltos para a altura do salto e que esta depende, e corridas de velocidade) obtiveram maior sobretudo, da potência muscular1,2. êxito no salto vertical, quando comparados a A força “explosiva” representa o caso particular levantadores de peso e indivíduos fisicamente da manifestação das capacidades de velocidade Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol. 6 | Nº. 1 | Ano 2014 | p. 2 Análise biomecânica do salto vertical: estudo comparativo entre crianças esportistas e não esportistas e de força relacionadas com esforços o objetivo, por exemplo, através de uma únicos (saltos, lançamentos)3. A força explosiva plataforma de força, palmilhas específicas, e na atividade desportiva manifesta-se por meio tapetes de pressão, obtendo resultados como do trabalho muscular isométrico e dinâmico, no a força de impulsão do indivíduo, o impulso último caso, deverá ser superada a resistência durante o salto, o seu tempo de voo, dentre externa. outros. Com a análise cinética, podemos Desta forma, o atleta, durante o calcular a potência mecânica, as forças de movimento de explosão, realiza ao máximo a reação ao solo etc, podendo contribuir com força inicial, e a força aceleradora dependerá do dados valor da resistência externa e da força máxima locomotor humano5. muscular4. quantitativos sobre o movimento Em outro estudo6, foram analisadas 70 Sendo assim, é salutar recorrermos ao crianças com idades entre 8 a 11 anos, com o uso da biomecânica quando pesquisamos sobre objetivo de avaliar as variáveis biomecânicas o salto vertical, pois é uma área de investigação das atividades da educação física na infância que apresenta diferentes métodos para avaliar o que aumentassem a saúde óssea em meninos movimento humano, sob o ponto de vista das e leis da mecânica clássica. questionários; a mensuração da massa e da meninas, utilizando como métodos: Um método recorrente na biomecânica é estatura; e 12 diferentes tipos de saltos. Como a análise cinética, cujo movimento é estudado à instrumentos para avaliação dos dados desses luz da mecânica Newtoniana, buscando relações saltos, foi utilizada uma plataforma de força causais entre as variáveis. Para realizar a análise montada na superfície do piso, onde os dados cinética, é usual recorrer-se à dinâmica inversa. foram coletados por 8 segundos em 300Hz. Usam-se o conhecimento da cinemática do A partir desses saltos foram medidas: a força movimento (acelerações/velocidades lineares máxima de reação do solo; as taxas de força e angulares), a informação antropométrica dos máxima; o tempo de força máxima; e o valor segmentos (centro de massa, massa, momento de pico, identificado através da inclinação de inércia, dimensões), e das forças externas da curva força-tempo. Em uma pesquisa7 aplicadas ao sujeito em movimento (forças de utilizando análise cinética, foram avaliados 44 reação do solo resultante da interação pé/solo) garotos entre 11-19 anos, com o objetivo de para calcular as forças de reação e momentos determinar a força isocinética e resistência, a articulares5. força isométrica, e a potência anaeróbia para Nesse método podemos mensurar variáveis de acordo com o movimento e crianças e adolescentes saudáveis da Arábia Saudita. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol. 6 | Nº. 1 | Ano 2014 | p. 3 Análise biomecânica do salto vertical: estudo comparativo entre crianças esportistas e não esportistas O objetivo secundário foi avaliar os efeitos caráter transversal, que utilizou dados objetivos da idade em relação às características antro- através de análise cinemática e cinética do salto pométricas da força e do desempenho anaer- vertical. óbio. Utilizaram-se nesse estudo métodos como medição de estatura e massa, teste de de 9 a 12 anos de idade, do gênero masculino, flexibilidade, salto vertical usando um tapete com idade média de 10,41 (± 1,08) anos, sendo para medição, força isométrica através de um 25 voluntários da Escola Estadual Profa. Nancy dinamômetro, medidas de força isocinética e de Rezende Zamarian, que participavam das por fim o teste de Wingate. Como resultados, aulas regulares de educação física (Grupo Con- constatou-se um aumento relativo à idade na trole) e 21 alunos da escolinha de Basquetebol da força e potência muscular, e foram encontradas Associação Esportiva Mocoquense, de escolas altas correlações entre idade, força e índices diferentes, porém todos da cidade de Mococa/ anaeróbios. SP (Grupo Experimental). Sabendo que para se Entretanto, em uma pesquisa8 foi utilizada a caracterizar como especialização esportiva pre- análise cinética para avaliar o efeito do trans- coce, a criança teria no mínimo três aulas sema- porte e colocação de carga nas costas entre as nais com duração mínima de 2 horas cada aula, crianças de 10 anos, avaliando as forças de é possível dizer que os alunos do clube fazem reação do solo em crianças, as quais foram parte de uma iniciação esportiva, pois a carga de submetidas às cargas em dois pontos da parte treinamento dos mesmos são duas sessões sema- das costas, inferior e superior, cujos resultados nais, com duração de 1hora e meia cada aula9. mostraram uma redução na força do primeiro pico e na velocidade da caminhada nos mem- naram o Termo de Consentimento Livre e Es- bros inferiores. clarecido (TCLE) e a pesquisa foi aprovada Portanto, pesquisar a biomecânica do salto pos- pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNIMEP sibilita a compreensão, para além das óbvias, (protocolo 15/10), estando de acordo com a da sua capacidade funcional e de sua saúde. Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Desta forma, o objetivo deste estudo foi com- Saúde (CNS). parar as variáveis cinéticas do salto vertical entre dois grupos, o controle (alunos de uma sujeitos subiam sobre a plataforma de força e a escola pública) e o experimental (alunos que partir da posição ortostática realizavam a tarefa fazem iniciação esportiva em um clube). usando o balanço natural dos membros superi- A amostra foi constituída por 46 crianças Os responsáveis pelas crianças assi- Para a realização dos saltos verticais, os ores para executá-la. A plataforma de força utili2. MATERIAIS E MÉTODOS zada foi marca EMG System do Brasil, modelo Estudo quantitativo, exploratório, de 400, com taxa de aquisição de dados de 500 Hz. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol. 6 | Nº. 1 | Ano 2014 | p. 4 Análise biomecânica do salto vertical: estudo comparativo entre crianças esportistas e não esportistas O software Dataq (Texas Instruments) foi utili- cantes entre os grupos. A correlação de Pearson zado para tratamento dos dados de força onde o foi aplicada entre as variáveis estudadas. Em filtro, tipo passa-baixa, de Butterworth de 10Hz todos os testes estatísticos realizados foi ado- foi utilizado para minimização de ruídos. tado nível de significância p< 0,05. O tamanho A partir dos dados de força obtidos via do efeito foi de 0,73, considerado grande, pois hardware foram calculados os valores do im- indica que 77% dos sujeitos do grupo experi- pulso, da velocidade de subida no instante que mental (Clube) excederam o pico de força o sujeito perde o contato com a plataforma, do grupo controle (Escola), de acordo com os tempo de subida, a força média que cada cri- critérios propostos por Lindenau et al10. ança exerce sobre a plataforma durante a preparação para o salto, o pico de força e o deslo- 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO camento vertical do centro de gravidade (CG), recorrendo às equações da mecânica clássica. tratégia de discutir os resultados à medida que O Teste t foi utilizado para averiguar se os dados os mesmos são apresentados. Para facilitar a leitura optou-se pela es- apresentam diferenças estatisticamente signifiTabela 1: Média e Desvio Padrão das variáveis analisadas para ambos os grupos. Grupo Impulso (N.s) Clube Velocidade inicial de subida (m/s) 60,19 (± 23,15) 1,16 (± 0,41) Escola 42,40 (± 20,55) Tempo de subida (s) 0,22 (± 0,03) Deslocamento do CG (m) 0,19 (± 0,03) 0,18 (± 0,05) 1,13 (± 0,58) 0,24 (± 0,07) A tabela 1 mostra a estatística descritiva impulso se refere à integral da força em função do das variáveis biomecânicas de impulso, velocidade tempo e, portanto, não deve ser confundido com de subida, tempo de subida e altura do salto. Pode- o sentido errôneo, mas bastante comum para se se verificar que os alunos do clube tiveram melhor referir à altura do salto ou até mesmo a força de resultado nas variáveis biomecânicas. Esses impulsão vertical. Sendo assim, valores elevados resultados, possivelmente são devido ao fato dos pelo impulso podem ser resultado de um maior alunos do clube serem maiores e por fazerem parte tempo de contato e/ou maiores picos de força. Em de uma iniciação esportiva, ou seja, eles passam por estudo que avaliou o impulso vertical de crianças treinamentos de força o tempo todo, mesmo sem de 7 a 11 anos de uma rede pública de ensino, e irem para uma academia, e como o movimento os resultados encontrados, foram comparados realizado foi o salto, os mesmos realizam diversos através do teste t com os alunos da escola e do saltos em uma sessão de treinamento, e com isso, clube desse estudo. Os resultados obtidos mostram provavelmente, eles por estarem mais habilitados estatisticamente que há diferença significativa em com o movimento, pode ter um efeito positivo na p<0,05 entre ambos os estudos11. realização do mesmo. É importante ressaltar, que biomecanicamente o Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol. 6 | Nº. 1 | Ano 2014 | p. 5 Análise biomecânica do salto vertical: estudo comparativo entre crianças esportistas e não esportistas Tabela 2 - Média, Desvio Padrão e Pico da Força de Reação Vertical do solo Clube Força Média Reação Vertical do solo (kgf) 71,86 (± 16,78) Escola 59,53 (± 9,47) Grupo A tabela 2 mostra a estatística descritiva Pico de Força (kgf) 163,56 (± 49,41) 129,84 (± 40,48) esportiva. Tais resultados apresentaram das variáveis biomecânicas força de reação diferenças estatisticamente significantes entre vertical que o solo exerce sobre os indivíduos os dois grupos, entretanto o pico de força e seu valor máximo (pico de força). Estes foi inferior ao de um estudo que analisou 19 resultados atestam que provavelmente os meninos na faixa etária entre 6 a 11 anos, tendo valores superiores para os sujeitos do clube, como força de reação vertical do solo média de sejam consequência de sua média de idade 111,8 kgf, quando todos realizaram um salto na superior e o seu nível de aptidão física melhor plataforma de força12. devido à participação no programa de iniciação Tabela 3 - Correlações de Pearson que foram significantes para o grupo de alunos da escola. Correlação de Pearson Força (kgf) x Tempo de Subida (s) Força (kgf) x Altura do Salto (m) Força (kgf) x Pico de Força (kgf) Velocidade de Subida (m/s) x Impulso (N.s) Tempo de Subida (s) x Altura do Salto (m) Tempo de Subida (s) x Pico de Força (kgf) Altura do Salto (m) x Pico de Força (kgf) Impulso (N.s) x Pico de Força (kgf) r - 0,603** - 0,594** 0,602** 0,779** 0,998** - 0,495* - 0,494* 0,504* *Correlação Significativa em p < 0,05. **Correlação Significativa em p < 0,01 Na tabela 3, constatamos a existência de foram quatro também: força x pico de força; quatro correlações negativas (força x tempo velocidade de subida x impulso; tempo de de subida; força x altura do salto; tempo de subida x altura do salto e impulso x pico de subida x pico de força e altura do salto x pico força. Estas correlações positivas possibilitam de força). Tal fato evidencia que existe uma afirmar que existe uma proporcionalidade razão inversamente proporcional entre os pares direta entre cada par de variáveis, ou seja, de variáveis, ou seja, quanto maior uma delas, quando uma aumenta, a outra também aumenta menor a outra será. As correlações positivas ou vice-versa. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol. 6 | Nº. 1 | Ano 2014 | p. 6 Análise biomecânica do salto vertical: estudo comparativo entre crianças esportistas e não esportistas Tabela 4 - Correlações de Pearson que foram significantes para o grupo de alunos do clube. Correlação de Pearson r Força (kgf) x Impulso (N.s) Força (kgf) x Pico de Força (kgf) Velocidade de Subida (m/s) x Impulso (N.s) Tempo de Subida (s) x Altura do Salto (m) Impulso (N.s) x Pico de Força (kgf) 0,531* 0,686** 0,698** 0,998** 0,735** * Correlação Significativa em P < 0,05 **Correlação Significativa em P < 0,01 . Na tabela 4 é possível verificar a significância positiva em p< 0,05 entre as variáveis biomecânicas, 5. REFERÊNCIAS que para os sujeitos dessa pesquisa, essa correlação 1. UGRINOWITSH C, Tricoli V, Rodacki ALF, Batista M, Ricard MD. Influence of training background on jumping height. J Strength Cond Res 2007;21(3):848-852. 2. LINTHORNE NP. Analysis of standing vertical jumps using a force platform. Am J Phys 2001;69(11):1198-1204. 3. ZAKHAROV, A. Ciência do treinamento desportivo. Traduzido por: Antonio Carlos Gomes. Rio de Janeiro: Grupo Palestra Sport, 1992. 4. VERKHOSHANSKI, I. Treinamento Desportivo: teoria e metodologia. Porto Alegre: Artmed, 2001. GALLAHUE, D.L.; OZMUN, J.C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adolescentes e adultos. Traduzido por: Maria Aparecida da Silva Pereira Araújo, São Paulo: Phorte,2001. 2. WEINECK, J. Treinamento ideal. 9ed. São Paulo: Manole, 1999. 3. HERCULANA-HOUZEL, S. O cérebro em transformação. 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CONSIDERAÇÕES FINAIS No presente estudo realizou-se análise cinética do salto vertical. Como limitações do mesmo podemos citar a transversalidade e o número de sujeitos da pesquisa. Foi notório no estudo que as crianças do clube, estão mais desenvolvidas, fator esse que pode estar relacionado ao fato dos mesmos serem um pouco mais velhos e de participarem de um programa de iniciação esportiva, pois, pelo menos sob o ponto de vista biomecânico, ficou evidente as vantagens que a iniciação esportiva proporciona às crianças. Revista CPAQV – Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida | Vol. 6 | Nº. 1 | Ano 2014 | p. 7 Análise biomecânica do salto vertical: estudo comparativo entre crianças esportistas e não esportistas 8. LIMA, D.F. Treinamento precoce e intenso em crianças e adolescentes. Belo Horizonte: Health, 2000. 9. DARIDO, S.C.; FARINHA, F.K. Especialização Precoce na Natação e seus efeitos na idade adulta. Revista Motriz, 1(1), pp. 96-106, 1995. 10. 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