osteopenia em cães submetidos à terapia com fenobarbital

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IV SIMPÓSIO INTERNATIONAL DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM VETERINÁRIO - BELO HORIZONTE - 2014
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OSTEOPENIA EM CÃES SUBMETIDOS À TERAPIA COM FENOBARBITAL
Osteopenia in dogs submitted with phenobarbital therapy
Osteopenia en perros sometidos a tratamiento con fenobarbital
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Jéssica Yasminne Bernardo de LIMA ; Erika Juliana Gomes de OLIVEIRA1; Edson Fernando Mariz
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ALVES ; Ieverton Cleiton Correia da SILVA ; Isabelle Valente NEVES ; Nathália Ianatoni Camargo
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Rodrigues MAGALHÃES ; Lorena Adão Vescovi Séllos COSTA ; Fabiano Séllos COSTA
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Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal Rural de Pernambuco, [email protected]
Resumo
O uso contínuo de anticonvulsivantes promove osteoporose em humanos. Avaliaram-se
oito cães tratados com fenobarbital por no mínimo um ano. A análise densitométrica do
osso trabecular sugeriu a ocorrência de osteopenia em 50% dos cães avaliados. Os
presentes achados sugerem que, assim como em humanos, o uso prolongado de
fenobarbital afeta no metabolismo mineral ósseo em cães.
Palavras chave: tomografia; TC; epilepsia; barbitúricos; animais.
Abstract
Continuous administration of anticonvulsant drugs promotes osteoporosis in humans.
Eight treated with phenobarbital for a minimum period a year dogs were evaluated. The
densitometric analysis of trabecular bone suggested the occurrence of osteopenia in
50% of dogs evaluated. The present findings suggest, as in humans, prolonged use of
phenobarbital affects on bone mineral metabolism in dogs.
Keywords: tomography; CT; epilepsy; barbiturates; animals.
Resumen
La administración continua de fármacos anticonvulsivantes promueve la osteoporosis
en los seres humanos. Ocho perros tratados con fenobarbital durante un período
mínimo de un año fueron evaluados. El análisis densitométrico en el hueso trabecular
sugerido la aparición de osteopenia en 50% de los perros evaluados. Los presentes
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hallazgos sugieren que, como en los seres humanos, el uso prolongado de fenobarbital
afecta el metabolismo mineral óseo en los perros.
Palabras-clave: tomografía; TC; epilepsia; barbitúricos; animales.
Introdução
A análise da densidade mineral óssea (DMO) por tomografia computadorizada
(TC) permite a determinação precisa da radiodensidade óssea e está entre os métodos
de exames mais indicados para diagnosticar osteopenia e osteoporose (COSTA et al.,
2010). A diminuição da DMO pode ser iatrogênica decorrente do uso de alguns
fármacos utilizados na rotina (OHLERTH e SCHARF, 2007). O uso de fenobarbital em
humanos é um fator de risco para osteoporose (FELDKAMP et al., 2000).
O objetivo dessa pesquisa foi avaliar possíveis alterações na na radiodensidade
óssea de cães sob terapia prolongada de fenobarbital.
Metodologia
O presente trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA
– UFRPE), sob protocolo número 23082.019944/2012-35. Utilizou-se oito cães adultojovens sem distinção de raça ou sexo, com diagnóstico de epilepsia e que faziam uso
contínuo de fenobarbital por um período mínimo de 1 ano, com doses que oscilaram
entre 2,63 mg/kg e 15,63 mg/kg. Os exames de TC foram feitos com o aparelho GE HiSpeed FXI e protocolo com 120 kVp e auto mA na velocidade de uma rotação por
segundo. A aquisição das imagens foi obtida em cortes transversais de 2 mm de
espessura com filtro para partes ósseas. Após digitalização das imagens, identificou-se
o corpo vertebral da segunda vértebra lombar (L2). A estimativa da radiodensidade do
tecido ósseo foi realizada após obtenção do valor médio de radiodensidade de três
regiões de interesse de L2, sendo selecionadas do osso trabecular e do corpo vertebral
conforme metodologia descrita por Costa et al. (2010).
Resultados e Discussão
O fenobarbital é o fármaco de escolha no tratamento das crises convulsivas de
cães epiléticos (LORENZ e KORNEGAY, 2006). Este fármaco interfere no metabolismo
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da vitamina D, reduzindo os níveis séricos de cálcio e elevando o paratormônio,
causando estímulo para reabsorção óssea (FELDKAMP, 2000; SETH, 2004). Neste
estudo o valor médio de atenuação radiográfica do osso trabecular de L2 foi de 364±31
HU sendo inferior aos valores médios encontrados em cães hígidos adultos-jovens
(425±69 HU). Segundo orientações da OMS, valores inferiores a 1 e 2,5 vezes o desvio
padrão da média normal de indivíduos adultos-jovem, são considerados osteopenia e
valores abaixo de 2,5 vezes o valor de desvio padrão é considerado osteoporose.
Usando essa orientação para a espécie canina, foi observado um quadro de osteopenia
em 50% dos cães, porém nenhum cão apresentou osteoporose ou fratura patológica.
Conclusões
Assim como em humanos, sugere-se que o uso contínuo de fenobarbital
influencie na DMO de cães, entretanto novos estudos são necessários para melhor
esclarecimento dos efeitos no metabolismo ósseo nessa espécie. Recomenda-se
cautela no uso deste fármaco e monitoramento dos pacientes que fazem uso contínuo.
Referências Bibliográficas:
COSTA, L.A.V.S. et al. Bone demineralization in the lumbar spine of dogs submitted to
prednisone therapy. Journal of Veterinary Pharmacology and Therapeutics, v.33, n.6,
p.583-586, 2010.
FELDKAMP, J. et al. Longterm anticonvulsant therapy leads to low bone mineral
density-evidence for direct effects of phenytoin and carbamazepine on human
osteoblast-like cells. Experimental and Clinical Endocrinology & Diabetes, v.108, n.1,
p.37-43, 2000.
LORENZ, M. D., KORNEGAY, J. N. Convulsões, narcolepsia e cataplexia. In: LORENZ,
M.D.; KORNEGAY, J. N. Neurologia Veterinária. 4. ed., Barueri, SP, Manole, p. 323335, 2006.
OHLERTH, S.; SCHARF, G. Computed tomography in small animals – basic principles
and state of the art applications. The Veterinary Journal, v.173, n.2, p. 254-271, 2007.
SHETH, R. D. Metabolic concerns associated with antiepileptic medications. Neurology,
v.63, n.10, p.24-29, 2004.
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