Test report - Universidade de Lisboa

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“Ping -Pong”, por Camila Cossermelli
(Teste e relatório por Camila Cossermelli)
Disciplina “Introdução ao Multimédia” do curso de Arte e Multimédia
Faculdade de Belas-Artes, Universidade de Lisboa
Esta proposta consiste na criação de uma animação, em que se alude aos
diferentes argumentos utilizados por cientistas, políticos, escritores e economistas para
defender as suas teorias acerca do Aquecimento Global.
“Ping-Pong” é o resultado de toda a informação que chega até o público,
informação esta que passa por resultados de pesquisas, gráficos, números e provas, para
depois ser invalidada por novas teorias e factos.
Esta animação deverá ser constituída por palavras ou pequenos segmentos de
frases que aparecem, intercaladamente, nos lados direito e esquerdo do ecrã, de fundo
verde. Cada um desses lados corresponde, evidentemente, a uma corrente de teorias que
explicam o Aquecimento Global. As palavras e frases não são claras quanto ao tema a
que se referem, mas são claramente antonímicas. O paradoxo é criado com a entrega de
demasiada informação (contraditória) ao espectador, que acabará por ficar ciente da
contenda entre os dois lados da moeda, mas que não conseguirá extrair informação útil
que o ajude a entender cada um desses lados.
Quanto à visibilidade e status do sistema, estes dois conceitos não são
aplicáveis a este projecto, visto que não existe interacção entre o vídeo e o espectador.
Pelo mesmo motivo, o controlo do utilizador, a ajuda e documentação, a prevenção
de erros e as mensagens para recuperação de erros não podem ser aplicados nesta
animação.
Já a correspondência entre o sistema e a realidade, esta é feita através do uso
de palavras e conceitos que são familiares ao espectador, e aparecem em ordem lógica e
de clara compreensão. Do mesmo modo e pela mesma razão, existe, pois, consistência
na linguagem utilizada.
Quanto à memória do espectador, a subtil sobrecarga de informação
transmitida na animação faz parte do efeito que se pretende ter sobre quem a vê. Deste
modo, não se espera que o espectador se lembre de toda a informação que lhe aparece
do início ao fim do vídeo, mas sim que fique ciente de que não as poderá lembrar.
Não existe flexibilidade ou eficiência no uso deste projecto, uma vez que não se
trata de um situação de interactividade entre vídeo e espectador. Não estarão disponíveis
quaisquer tipos de comando, tais como aceleradores, desvios ou atalhos.
O carácter minimalista da estética da animação (letras pretas sobre fundo
verde) facilitará a sua leitura e compreensão e não desviará as atenções da mensagem
que se pretende passar.
Por fim, a maior potencialidade deste projecto, e onde reside todo o seu
interesse, deve-se ao facto da animação não denunciar directamente o tema do
Aquecimento Global, mas sim sugeri-lo de uma forma dissimulada e paradoxal. No
entanto, se essa abordagem se tornar muito indirecta, corre-se o risco de o tema inicial
se perder ao longo da execução do projecto.
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