BIOLOGIA DA CONSERVAÇÃO IBB021 AULA 2: BIODIVERSIDADE • NIVEIS DE BIODIVERSIDADE - Genética - Organismo - Ecológica • PADRÕES DE BIODIVERSIDADE - mudanças temporais da diversidade - distribuição da diversidade BIBLIOGRAFIA: CAPITULO 2 e 16 “Conservation for All” Ehrlich & Sodhi 2010 CAPITULO 2 “Principles of Conservation Biology” Meffe & Carroll 1998 BIODIVERSIDADE = DIVERSIDADE BIOLÓGICA • Termo criado na década dos 80 • Uso popular do termo após 1992 • Definida pela Convenção da Diversidade Biológica em Rio de Janeiro em 1992 como: Biodiversidade: “A variabilidade dos organismos vivos incluindo ecossistemas terrestres, aquáticos y marinos assim como os elementos que compõem os complexos ecológicos incluindo a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas” Elementos da Biodiversidade Diversidade Genética Diversidade Organismos • Populações • Indivíduos • Cromosomos • Nucleótidos / Genes Diversidade Ecológica • Zonas Biogeográficas • Biomas • Provincias • Ecoregiões • Ecossistemas • Habitas • Populações • Dominios e Reinos • Phyla • Familias • Generos • Especies • Subespecies • Populações • Individuos Diversidade Genética 1) Componentes da codificação genética que estruturam os organismos: Nucleótidos - Genes - Cromosomos Número de cromossomos Tamanho do genoma 0.0023 pg Fungo 1400 pg Ameba Valor - C Número de genes 1750 genes Bactéria ~25.000 genes plantas e animais Diversidade Genética http://en.wikipedia.org Myrmecia pilosula 2 cromossomos http://en.wikipedia.org Ophioglossum reticulatum até 1260 cromossomos Diversidade Genética 2) Variação na configuração genética: • Indivíduos: entre indivíduos de uma mesma população • Populações: entre populações de uma região Pop 1 Pop 3 Pop 2 DIVERSIDADE DE ORGANISMOS Composta por toda a jerarquia taxonómica e seus componentes • Domínios e Reinos • Eukariota • Phyla • Animalia • Chordata • Classe • Mammalia • Ordem • Primates • Famílias • Hominidae • Géneros • Homo • Espécies • H. sapiens • Subespécies • Populações • Indivíduos • H. sapiens sapiens H. sapiens neanderthalensis • Populações (e.g. Brazil) • Individuos (na sala de aula) DIVERSIDADE DE ORGANISMOS • Contem uma das medidas de diversidade mais comuns - número de espécies (RIQUEZA) Mas, sabemos sempre quantas espécies existem em um lugar determinado? Ou sabemos, o que é uma espécie? Espécies crípticas? Como definimos uma população? Por que é importante tentar responder essas perguntas para a Conservação da Biodiversidade? DIVERSIDADE DE ORGANISMOS • Procariontes: estima-se que existem milhões de espécies Tabela de: Conservation for All. Capítulo 2 DIVERSIDADE DE ORGANISMOS Como são estimados os números de espécies? - extrapolações - opinião de expertos - discrição de padrões temporais de espécies - proporção de espécies não descritas em amostras - com base em áreas bem estudadas - padrões da distribuição de abundância de espécies - padrões de tamanho corporal - padrões de relações tróficas DIVERSIDADE DE ORGANISMOS Terry Erwin, (Smitsonian Tropical Institute) em 1981 estimou o número de espécies de insetos em mais de 30 milhões de espécies Hoje são descritas em media 13.000 espécies por ano!!! 6-7 spp de aves / ano 25-30 spp mamíferos / ano DIVERSIDADE ECOLÓGICA • Zonas Biogeográficas • Biomas • Províncias • Ecoregiões • Ecossistemas • Habitas • Populações DIVERSIDADE ECOLOGICA Ecoregiões: Grandes unidades de área que contem assembléias de espécies delimitadas geograficamente com condições ambientais geograficamente distintivas DIVERSIDADE ECOLOGICA Olson et al 2001 DIVERSIDADE ECOLOGICA Olson et al 2001 DIVERSIDADE ECOLOGICA Olson et al 2001 MEDIDAS DA BIODIVERSIDADE BIODIVERSIDADE NÚMERO HETEROGENEIDADE Ilha 1 3 espécies Índices: Riqueza COMPOSIÇÃO Ilha 2 3 espécies Diversidade Similaridade Como medir a Biodiversidade? Medidas que consideram a abundância relativa das espécies: Índice de Simpson Índice de Shannon Como Medir a Biodiversidade? Medidas que consideram a composição de espécies: Diversidade ! : riqueza de espécies em uma localidade Diversidade " : substituição de espécies “turnover” entre localidades Um dos índices usados é: Diversidade #: riqueza regional (pool de espécies disponíveis) Medição no tempo Acumulação de espécies de aves na Inglaterra com o tempo Como medir o padrão de diversidade quando existe “substituição” de espécies no tempo? Como diferenciar esse padrão de substituição “natural” de perturbações humanas? Magurran et al (2010) PADRÕES TEMPORAIS DE BIODIVERSIDADE http://en.wikipedia.org Primeiro registro fóssil (Stromatolitos) datam de 2.7 bilhões de anos PADRÕES TEMPORAIS DE BIODIVERSIDADE Mudança da diversidade ao longo do tempo Figura de “Conservation for All” Capitulo 2 PADRÕES TEMPORAIS DE BIODIVERSIDADE PADRÕES TEMPORAIS DE BIODIVERSIDADE PADRÕES ESPACIAS DA BIODIVERSIDADE Espécies Gêneros Famílias Diversidade de aves em diferentes níveis taxonômicos “Hotspots” Ordem Thomas et al 2008 PADRÕES GLOBAIS DE RIQUEZA Grenyer et al. (2006). PADRÕES GLOBAIS DE RIQUEZA • Latitude: aumento da riqueza de espécies em direção de latitudes baixas (ártico - trópicos) • padrão generalizado • mecanismos propostos - produtividade - energia no ambiente - variação climática vs. estabilidade - variação topográfica (barreiras) • Altitude / Profundidade: diminuição da riqueza de espécies com a altitude ou profundidade Biodiversidade e Conservação • É essencial entender os diferentes elementos da diversidade • Genética / Organismo / Ecológica • É essencial entender as mudanças temporais da diversidade • eventos de extinção e recuperação da diversidade ao longo da historia • nova extinção em massa? Pode ser correlacionada com as atividades humanas? • É essencial entender os padrões espaciais da distribuição da biodiversidade (macroecológicos e inventários locais) Biodiversidade e Conservação Bibliografia da Aula Sodhi & Ehrlich (2010) Conservation for All. Oxford University Press. Capítulo 1 / Capitulo 16 Olson et al (2001) BioScience 51 (11): 933-938 Magurran et al (2010) Trends in Ecology and Evolution 25(10): 574-582 Wake & Vredenburg (2008) PNAS 105(15):11466-11473 Thomas et al (2008) Global Ecology and Biogeography, (Global Ecol. Biogeogr.) 17: 340–351