CÂNCER DE MAMA 1 Epidemiologia O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. Na região Sudeste, é o mais incidente entre as mulheres com um risco estimado de 68 casos novos por 100 mil mulheres. Sem considerar o tumor de pele não melanoma, o câncer de mama é o mais frequente nas mulheres da regiões Sul (67/100.000), Centro-Oeste (38/100.000) e Nordeste (28/100.000). Na região Norte é o segundo tumor mais incidente (16/ 100.000). Fonte: INCA 2 Conceito: Tumor maligno da mama, que engloba carcinoma in situ até carcinoma invasor. desde Fatores de risco: a idade continua sendo um dos mais importantes fatores de risco. história familiar – tanto materna quanto paterna em parentes de primeiro grau (mãe e irmã) acometidas antes de 50 anos; nulípara ou primigesta após 35 anos; menarca precoce (idade da menstruação)/menopausa tardia (após 50 anos); 3 uso de anticoncepcional – controvertida mas, * dosagens elevadas estrogênio (antigas pílulas), * início precoce – antes da 1ª gravidez. ingestão regular de álcool; exposição a radiações ionizantes - 35 anos; outras causas: não lactação; obesidade, dieta rica em gordura. 4 Sinais e sintomas: nódulos de vários tipos ou tamanhos (que crescem lenta ou rapidamente); retração da pele do mamilo; alterações da forma, tamanho, cor ou simetria; pele infiltrada por edema (enrugada); presença de sanguinolenta); secreção papilar (purulenta ou lesões de pele e subcutâneo; gânglios axilares; dor (último sintoma – estágio avançado). 5 CARCINOMA DUCTAL IN SITU MAMA A- ducto B –lóbulo C – ampola D – mamilo E – gordura F – músculo peitoral maior G – costela DETALHE A – células ductais normais B – células cancerosas ductais C – membrana basal D – lúmen (centro do ducto) Melhor prognóstico 6 CARCINOMA DUCTAL INVASIVO MAMA A – ductos B – lóbulos C – ampolas D - mamilo E – gordura F – músculo peitoral maior G – costelas DETALHE A – células normais ductos B – células ductais cancerosas além da camada basal C – membrana basal 7 CARCINOMA LOBULAR IN SITU MAMA A – ductos B – lóbulos C – ampolas D – mamilo E – gordura F – músculo peitoral maior G – costelas DETALHE A – células lobulares normais B – células lobulares cancerosas C – membrana basal 8 CARCINOMA LOBULAR INVASIVO MAMA A- ductos B – lóbulos C – ampolas D – mamilo E – gordura F – músculo peitoral maior G – costelas DETALHE A – células normais B – células lobulares cancerosas além da camada basal C – membrana basal 9 Diagnóstico do Câncer de Mama: exame físico geral – exame clínico das mamas; - autoexame das mamas mamografia - é a radiografia da mama que permite a detecção precoce do câncer, por ser capaz de mostrar lesões em fase inicial, muito pequenas (de milímetros); ultra-sonografia – não substitui a mamografia; punção-biópsia guiada – para exame citológico; biópsia por fragmento - Core Biopsy; 10 Mamografia: 11 Tratamento: vai depender do grau do tumor Mastectomia parcial ou tratamento conservador com radioterapia (carcinoma in situ); quadrantectomia - ressecção do tumor com uma margem limpa, mastectomia radical modificada – retirada de toda a mama dissecção axilar; quimioterapia; radioterapia; 12 Recomendações do Ministério rastreamento populacional: da Saúde para o Mulheres de 40 a 49 anos: o exame clínico anual das mamas. Mulheres de 50 a 69 anos: um exame mamográfico, pelo menos a cada dois anos. O exame clínico da mama deve ser realizado em todas as mulheres que procuram o serviço de saúde, independente da faixa etária, como parte do atendimento à saúde da mulher. Para mulheres de grupos populacionais considerados de risco elevado para câncer de mama (com história familiar de câncer de mama em parentes de primeiro grau) recomenda-se o exame clínico da mama e a mamografia, anualmente, a partir de 35 anos. (Fonte INCA). 13 Reabilitação: roupas: * sutiã de alças largas para distribuir melhor o peso facilitando o retorno venoso; * não usar roupas apertadas, * orientar o uso da prótese – melhor adaptação à nova condição; exercícios – tanto a falta como o excesso de uso do membro deverá ser evitado; evitar carregar peso; 14 Ministério da Saúde: Ações de controle do câncer de mama: Objetivo: detecção precoce de alterações que podem sugerir ou constituir uma neoplasia. * auto exame das mamas, * exame clínico das mamas, * exames complementares. 15 Auto-exame das mamas: Compreende três fases: INSPEÇÃO, PALPAÇÃO E EXPRESSÃO COMO FAZER O AUTO-EXAME? INSPEÇÃO 1. Em pé, em frente ao espelho. Observe o bico dos seios, a superfície e o contorno das mamas. 2. Em pé, em frente ao espelho, levante os braços. Observe se com o movimento aparecem alterações de contorno e superfície das mamas. Posicione as mãos na cintura em busca de alterações 16 PALPAÇÃO 3. Deitada, a mão direita apalpa a mama esquerda, com o braço esquerdo elevado atrás da cabeça. Faça movimentos circulares suaves apertando levemente com as pontas dos dedos. 4. Deitada, a mão esquerda apalpa a mama direita, com o braço direito elevado atrás da cabeça. Repita deste lado movimentos circulares apertando levemente com as pontas dos dedos. 17 EXPRESSÃO DOS MAMILOS 5. Por último, delicada realize a expressão dos mamilos e observe a saída de secreção purulenta ou sanguinolenta Quando realizar o auto-exame das mamas? •As mulheres que menstruam devem realizar o auto-exame após o sétimo dia do ciclo menstrual, ou seja, 7 dias após o início da menstruação. •Nas mulheres que estão na menopausa (não menstruam mais), deve-se escolher um dia do mês para realizar o autoexame, o que facilita a sua recordação. •Por exemplo, a Sra. X realiza seu auto-exame das mamas todo dia 10 de cada mês. Bibliografia: CARVALHO G. M. Enfermagem em ginecologia. São Paulo: EPU, 2004. 235p. FEBRASGO. Tratado de ginecologia. Rio de Janeiro: REVINTER, vol.1, vol.2, 2000. 1500p. MINISTÉRIO DA SAÚDE. O controle do câncer cérvicouterino e de mama. Brasília; 1994. www.inca.gov.br. 20