arquitetura do ferro - SOL

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TH3 – Teoria, História e Crítica
da Arquitetura e Urbanismo III
Arquitetura
do Ferro
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Escola de Artes e Arquitetura
Curso de Arquitetura e Urbanismo
Prof. Ana Paula Zimmermann
Arquitetura do Ferro
• Concreto é conhecido desde Roma antiga – misturava
cimento com entulho ou pedras
• Utiliza-se o ferro forjado desde a Idade Média
• Ferro forjado ou ferro batido: é ferro com uma pequena
quantidade de carbono. É resistente, maleável, dúctil e
facilmente soldável. Deve ser conformado a quente (forja)
e depois pode ser martelado numa bigorna ou em prensa.
• Desenvolvimento econômico determina novas
necessidades: transporte eficiente (estradas de ferro
→ carvão → mistura acidental leva ao aço), pontes e
viadutos
• Aço: liga de ferro e carbono, mais leve e mais
resistente
• Desenvolvimento da engenharia, do cálculo, das
escolas especializadas
• Séc. XIX – ferro forjado, ferro fundido, aço
Ponte sobre
o Firth of
Forth
Escócia –
1880-90
• Usada nas obras de engenharia: pontes, viadutos,
ferrovia, edificações.
• Cimento associado ao aço: concreto armado.
• Séc. XIX e início XX – edificações funcionais
• Forma segue a função: o critério para a determinação
da forma do edifício era a função a ser desenvolvida
nele, o espaço era pensado apenas em relação à sua
praticidade.
• Domínio da engenharia, visão funcionalista, materiais
modernos expostos.
• 1º uso de elementos pré-fabricados – transporte
facilitado, produção em grande quantidade e baixo
custo
• Menor tempo de construção
• Volume grande, peso aparente pequeno
• Espaço interno/externo integrados visualmente
• Luminosidade natural
• 1853 – ELISHA OTIS CRIA O ELEVADOR
• 1857 – primeiro elevador para pessoas é instalado
no edifício Haughwout Emporium (5 andares) em
New York, estando em funcionamento ainda hoje.
• 1858 – Henri Labrouste – projeta reforma e ampliação
da Biblioteca Nacional de Paris, aplicando o ferro em
todos os seus elementos de composição arquitetônica
• novos problemas de construção, novas soluções
• No Século XIX começam a aparecer edifícios que não
tinham nada a ver com o passado. Suas novas linhas
surgem de necessidades novas, criadas pelas grandes
cidades, múltiplos meios de comunicação e uma
indústria sempre em crescimento.
• Todos esses edifícios tem uma coisa em comum: são
concebidos para a mera função de organizar a
distribuição de grandes quantidades de mercadorias.
OS MERCADOS
• Os grandes mercados centrais foram um dos
problemas que primeiro apareceram e que
encontraram sua adequada solução.
• Os aspectos sanitários
de uma construção
amplamente aberta,
tanto estruturalmente
com grandes vãos,
quanto ambientalmente
com grande ventilação e
iluminação natural,
fizeram da opção pela
estrutura de ferro mais
do que uma escolha
econômica, uma
decisão funcional.
• Antes mesmo de
1840, em Boston,
Saint Louis e New
York ergueram-se
edifícios comerciais
de vários
pavimentos, que
reuniam várias lojas
sob um mesmo teto
e combinadas de tal
maneira que dois ou
mais corpos
edificados poderiam
unir-se formando
um conjunto
somente.
• Foi o Magasin au bom marché em Paris, de Eiffel e
Boileau, que revolucionou esse tipo de edifício, rasgando
o seu interior em todos os pavimentos permitindo o livre
fluxo de luz natural em todos os sentidos influenciando
profundamente os demais que se seguiram.
• Na linha do Magasin au Bom Marché surge a loja
Printemps de Sédille em Paris (1881-1889) e a Carson,
Pirie e Scot de Louis Sullivan em Chicago (1900).
PRINTEMPS
• A Galeria Orleans (1840) é a primeira galeria comercial a
criar uma rua coberta. A esta se seguiram as galerias
Saint-Hubert em Bruxelas (1846) de Cluysenaer, Passage
em São Petersburg em 1848, e, Vittorio Emanuelle II em
Milão (1865-1877).
GALERIA SAINT-HUBERT
GALERIA ORLEANS
• VITTORIO EMANUELLE II
PASSAGE
As grandes exposições
internacionais
• Na segunda metade do Século XIX, à
medida que a indústria ia
realizando sua maior expansão, as
exposições da produção industrial
proporcionaram àquela arquitetura
mais criadora, as melhores
oportunidades de se realizar.
• A história das grandes exposições
está dividida em dois períodos. O
primeiro se inicia e termina em
Paris, indo de 1798 a 1849.
• Iniciam-se como celebração da proclamação da
liberdade de trabalho da Revolução Francesa sobre as
corporações de ofício e possuiam carater
exclusivamente nacional.
• O segundo período ocupa a segunda metade do Século
XIX, marcado sobretudo por uma concepção
econômica liberal: pelo livre comércio, livre
comunicação e melhoramento na produção através da
livre concorrência.
• Toma um caráter internacional. A história das grandes
exposições constitui ao mesmo tempo a história das
construções em ferro. Os dois edifícios que sintetizam
melhor este período são o Palácio de Cristal de 1851,
em Londres, e a Galeria das Máquinas de 1889 em
Paris.
• Palácio de Cristal, 1851 – Joseph Paxton. Construído no
Hyde Park, Londres, para a Exposição Internacional (feira
do progresso industrial).
• Foi a 1ª grande estrutura toda em ferro e vidro (tipo casa
de vegetação) com grandes vãos livres.
Galeria das Máquinas,
1889 em Paris.
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