2º ano do Ensino Médio Ciências Humanas e suas Tecnologias Geografia 3v Complexo Regional do Nordeste 3v Subdivisão regional: quadro natural A Região Nordeste apresenta grandes contrastes naturais, e humanos. Climaticamente apresenta o litoral úmido, com Clima Tropical Úmido, interior semiárido, Clima Tropical Semiárido, e na porção Oeste da região, Clima Equatorial. Apresenta concentração demográfica no litoral, Zona da Mata, primeira área de ocupação e região com maior desenvolvimento econômico. Complexo Regional do Nordeste 3v Subdivisão regional: quadro natural O Sertão constitui uma área pouco povoada e com constante movimento migratório relacionado a seca. Pela diversidade dos aspectos ambientais, sociais e econômicos o espaço Nordestino pode ser dividido em quatro sub-regiões: Zona da Mata, Agreste, Sertão e Meio Norte. Complexo Regional do Nordeste 3v Zona da Mata Zona da Mata - também conhecida como Litoral Continental, essa sub-região compreende uma faixa litorânea de até 200 quilômetros de largura que se estende do Rio Grande do Norte ao sul da Bahia. Apresenta a maior concentração populacional do Nordeste e é a sub-região mais urbanizada. O clima é Tropical Úmido (influenciado pela maritimidade) e o solo é fértil em razão da origem geológica e da regularidade de chuvas. Complexo Regional do Nordeste 3v Zona da Mata A vegetação natural é a Mata Atlântica, extremamente degradada. O cultivo da cana de açúcar (Ciclo da Cana de açúcar) é a principal atividade econômica praticada na Zona da Mata. Outras atividades econômicas desenvolvidas são: extração de petróleo, o cultivo de cacau (Sul da Bahia), café, frutas tropicais (voltadas para exportação), fumo, lavoura de subsistência. Complexo Regional do Nordeste 3v Zona da Mata Recentemente apresenta significativa industrialização (fábrica da Ford), especialmente na área do Recôncavo Baiano; destacase também a produção de sal marinho, principalmente no Rio Grande do Norte, além da atividade turística que atraí milhões de visitantes para as belas praias nordestinas. Obs.: o aumento da violência preocupa as autoridades pois impede maior crescimento do turismo na região; Complexo Regional do Nordeste Zona da Mata - Mangue Faixa de transição ou ecótone; Solo lodoso com alta salinidade (halófita); 3v Raiz escora Raiz aéreas (respiratória) Obs1.: todo litoral brasileiro menos no Rio Grande do Sul; Obs2.: o crescimento urbano desordenado na Zona da Mata prejudica especialmente o mangue; Obs3.: constitui um grande “berçário” de espécies de peixes, moluscos e crustáceos; Complexo Regional do Nordeste 3v Agreste Agreste - corresponde à área de transição entre o Sertão semiárido e a Zona da Mata, úmida e cheia de brejos. Essa sub-região é composta pelos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. A principal atividade econômica nos trechos mais secos do agreste é a pecuária extensiva; nos trechos mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária leiteira. Complexo Regional do Nordeste 3v Agreste Predominam as pequenas e médias propriedades com o cultivo do algodão, do café e do sisal (planta da qual se extrai uma fibra utilizada para fabricar tapetes, bolsas, cordas, etc.). A região composta por inúmeros centros econômicos, feiras regionais abastecendo inclusive a Zona da Mata Outro elemento de destaque é o turismo, com a realização de festas que atraem multidões, como, por exemplo, as festas juninas. Complexo Regional do Nordeste 3v Sertão Sertão - é uma extensa área de Clima Semiárido, relacionado ao “Polígono das Secas”. Compreende o centro da Região Nordeste, está presente em quase todos os estados (exceção é o Estado do Maranhão). Essa sub-região nordestina possui o menor índice demográfico, e maior movimento periódico populacional emigratório da Região. 3v Complexo Regional do Nordeste Sertão Os índices de pluviosidade são baixos e irregulares, com a ocorrência periódica de secas. A vegetação Caatinga. típica é a A bacia do rio São Francisco é a maior da região e a única fonte de água perene para as populações que habitam suas margens, é aproveitado também para irrigação e fonte de energia através de hidrelétricas como a de Sobradinho (BA). Complexo Regional do Nordeste 3v Quadro natural: Sertão e a Caatinga Espinhos (folha adaptada) Esbranquiçada (alto albedo) Mata arbustiva de pequeno, médio porte Xerófita (adaptada a seca), forte presença de cactos Obs.: solo raso e pedregoso com raízes profundas; Complexo Regional do Nordeste 3v Sertão As maiores concentrações populacionais estão nos vales dos rios Cariri e São Francisco (vales fluviais). A principal atividade econômica é a pecuária extensiva e de corte (currais). Outras atividades desenvolvidas no Sertão são: cultivo irrigado de frutas – uva/vinho, flores, cana de açúcar, milho, feijão, algodão de fibra longa (no Vale do Cariri, Ceará), extração de sal (litoral cearense e potiguar) e o turismo nas cidades litorâneas. Complexo Regional do Nordeste 3v Sertão A indústria baseia-se no polo têxtil e de confecções. Políticas públicas são necessárias para o desenvolvimento socioeconômico no Sertão nordestino, proporcionado qualidade de vida para sua população. Destaque para atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste - SUDENE. Complexo Regional do Nordeste 3v Quadro natural: massas de ar do Brasil e Sertão Nordestino Obs.: a semiaridez do Sertão Nordestino é provocada pela Circulação Geral da Atmosfera (região final de massas de ar), agrava a chuva orográfica; Complexo Regional do Nordeste 3v Sertão Chuva Orográfica (provocada pelo relevo) Barlavento úmido Sotavento seco Chapada da Borborema Sertão Zona da Mata Obs.: a semiaridez do Sertão Nordestino é provocada pela Circulação Geral da Atmosfera (região final de massas de ar), agrava a chuva orográfica; Complexo Regional do Nordeste 3v Polígono das secas A seca no sertão nordestino, está entre as questões mais graves do Brasil. Há séculos os governos têm tentado resolvêla, sem sucesso. As políticas de combate à seca no Nordeste remontam à época do Império. D. Pedro 2º determinou a construção de açudes, entre outras ações, para diminuir os efeitos da estiagem, entre os anos 1877 e 1879. O próprio imperador declarou: "Não restará uma única jóia na Coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome". Complexo Regional do Nordeste 3v Polígono das secas Em 1951, um grupo de estudiosos determinou os limites da região atingida por estiagens periódicas, que passou a ser chamada Polígono das Secas. A ampliação da área da seca está relacionada à forma de ocupação humana nessa região, desde o século 16. O principal fator foi desmatamento excessivo que deu fim à vegetação em torno das nascentes dos rios. Isso mesmo: sem as árvores, secam o rio e a fonte de onde vem a água. Complexo Regional do Nordeste 3v Polígono das secas Indústria da seca A seca do Nordeste está ligada à falta de políticas que realmente funcionem em benefício da população. Durante a estiagem, o governo federal socorre os estados atingidos com envio de dinheiro para ser aplicado nessas áreas, cestas básicas para a população, perdão total ou parcial das dívidas de empréstimos tomados por empresários e fazendeiros. Complexo Regional do Nordeste 3v Transposição das águas do Rio São Francisco O projeto de transposição do São Francisco surgiu com o argumento sanar essa deficiência hídrica na região do Semiárido através da transferência de água do rio para abastecimento de açudes e rios menores na região nordeste, diminuindo a seca no período de estiagem. O projeto prevê a retirada de 26,4m³/s de água (1,4% da vazão da barragem de Sobradinho) que será destinada ao consumo da população urbana de 390 municípios do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte através das bacias de Terra Nova, Brígida Pajeú, Moxotó, Bacias do Agreste em Pernambuco, Jaguaribe, Metropolitanas no Ceará, Apodi, Piranhas-Açu no rio Grande do Norte, Paraíba e Piranhas na Paraíba. Complexo Regional do Nordeste 3v Transposição das águas do Rio São Francisco O Eixo Norte do projeto, que levará água para os sertões de Pernambuco, Paraíba, Ceará e rio Grande do Norte, terá 400 km de extensão alimentando 4 rios, três sub-bacias do São Francisco (Brígida, Terra Nova e Pajeú) e mais dois açudes: Entre Montes e Chapéu. O Eixo Leste abastecerá parte do sertão e as regiões do agreste de Pernambuco e da Paraíba com 220 km aproximadamente até o Rio Paraíba, depois de passar nas bacias do Pajeú, Moxotó e da região agreste de Pernambuco. Complexo Regional do Nordeste 3v - Meio Norte ou Mata dos Cocais Meio-norte - constitui uma faixa de transição entre a Amazônia e o Sertão semiárido, é composta pelos estados do Maranhão e oeste do Piauí. A vegetação natural dessa área é a Mata de cocais, carnaúbas (árvore da vida) e babaçus, em sua maioria. É economicamente pouco desenvolvida, prevalece o extrativismo vegetal, praticado na mata de cocais remanescente (babaçu), agricultura tradicional de algodão, cana de açúcar e arroz, além da pecuária extensiva. Obs.: a Mata dos Cocais sofre degradação pelo o avanço da cultura soja transgênica na região; Complexo Regional do Nordeste 3v - Meio Norte ou Mata dos Cocais O avanço da cultura de soja, voltada ao mercado externo tronou-se viável por causa da implantação do Corredor de Exportação Norte. Extensa área geográfica formada por dezenas de cidades atendidas de forma multimodal transporte, que integra rodovias, hidrovias e ferrovias. O Corredor de Exportação foi criado para permitir o escoamento das safras agrícolas do Meio Norte e Centro-Oeste através do Porto de Itaqui, em São Luiz, no Maranhão. Obs.: a Mata dos Cocais sofre degradação pelo o avanço da cultura soja transgênica na região; Complexo Regional do Nordeste Subdivisão regional geoeconômica 3v