Unidade 3 Esportes - Editora do Brasil

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Sugestões de atividades
Unidade 3
Esportes
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PORTUGUÊS
1
Português
1. Leia atentamente o trecho abaixo, retirado do texto Vendo com os ouvidos, desta unidade (página 97).
[...] o que mais me impressionou foram os rádios. Muitos torcedores assistiram ao
jogo com seus aparelhos grudados ao ouvido. Muitos mesmo. É uma mania local.
Mania que já foi comum no Sul e no Sudeste, mas que hoje é exceção na parte de
baixo do país. Vi rádios de todos os tipos pelo estádio Coaracy da Mata Fonseca:
pretos, prateados e coloridos, modernos e antigos, pequenos como um celular e
grandes como um notebook. Alguns torcedores os escutavam bem colados ao ouvido, outros preferiam deixá-lo um tanto longe e com o volume no máximo. Mas
os do lado não se incomodavam. Pegavam carona.
a) Destaque todas as formas verbais do texto. Em seguida, diga qual é o tempo verbal predominante.
Justifique sua resposta.
b) Identifique, na seguinte passagem do texto, o tempo verbal dos verbos destacados. Em seguida,
explique a diferença de aspecto entre eles.
Vi rádios de todos os tipos pelo estádio Coaracy da Mata Fonseca: pretos, prateados e coloridos, modernos e antigos, pequenos como um celular e grandes
como um notebook. Alguns torcedores os escutavam bem colados ao ouvido,
outros preferiam deixá-lo um tanto longe.
2. Leia o texto a seguir.
Quando reapareceu no alto do monte Olimpo, onde morava no mais lindo de
todos os palácios, Júpiter deu de cara com sua mulher, Juno. Nada, ou quase nada,
escapa da vigilância dos deuses. E se Júpiter tinha conseguido, com alguma artimanha,
esconder de Juno sua breve noite com a bela Alcmene, não pôde evitar a cólera da
esposa, que não perdera uma palavra da confissão do seu infiel esposo.
– Quer dizer que você me traiu de novo!
– Juno, desta vez, eu juro, foi por uma boa causa. Você sabe dos flagelos que
afligem os homens. Pois meu filho vai livrá-los deles!
– Não me venha com desculpas esfarrapadas, Júpiter. Mercúrio, seu cúmplice,
deve ter lhe falado da beleza de Alcmene e você não resistiu.
Juno estava bastante zangada com as repetidas infidelidades do marido.
Christian Grenier. Os doze trabalhos de Hércules. Tradução de Eduardo Brandão.
São Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 17-18.
1
Retire do texto dois verbos no pretérito mais-que-perfeito do indicativo. Explique em que situações
usamos esse tempo verbal. Em seguida, justifique por que ele foi usado no texto anterior.
3. Leia atentamente a letra de uma cantiga popular.
O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada
O cravo saiu ferido
E a rosa despedaçada.
O cravo ficou doente,
A rosa foi visitar,
O cravo teve um desmaio,
E a rosa pôs-se a chorar.
Relate, com suas palavras, a briga do cravo com a rosa, utilizando adequadamente o pretérito perfeito e
o pretérito mais-que-perfeito.
4. Você conhece a história de sua família? Sabe como seus pais se conheceram? Como era a vida deles quando crianças? Sabe de onde vieram seus avós e bisavós? A proposta agora é entrevistar algumas pessoas
de sua família, a fim de saber mais sobre sua história. Elabore um roteiro, prepare o gravador (pode ser
celular, tablet etc.) e grave as entrevistas. Em seguida, transcreva-as cuidadosamente e elabore um texto
de apresentação sobre cada entrevistado mencionando onde, quando e como se deu a entrevista. Por
último, acrescente fotografias antigas para ilustrar o trabalho.
2
Português
Gabarito
1. a) “[...] O que mais me impressionou foram os rádios. Muitos torcedores assistiram ao jogo com seus
aparelhos grudados ao ouvido. Muitos mesmo. É uma mania local. Mania que já foi comum no Sul e
no Sudeste, mas que hoje é exceção na parte de baixo do país.
Vi rádios de todos os tipos pelo estádio Coaracy da Mata Fonseca: pretos, prateados e coloridos,
modernos e antigos, pequenos como um celular e grandes como um notebook. Alguns torcedores
os escutavam bem colados ao ouvido, outros preferiam deixá-lo um tanto longe e com o volume
no máximo. Mas os do lado não se incomodavam. Pegavam carona.”
Tempos verbais – Verbos no presente: é. / Verbos no pretérito perfeito: impressionou, foram,
assistiram, vi, foi. / Verbos no pretérito imperfeito: escutavam, preferiam, incomodavam, pegavam. /
Verbo no infinitivo: deixá-lo (= deixar ele).
O tempo verbal predominante é o pretérito, pois o narrador relata uma situação que viveu no passado.
As ações já estão concluídas.
b) Vi está no pretérito perfeito e escutavam no imperfeito. A diferença é que o primeiro indica uma
ação concluída (ele viu os rádios, não os vê mais) e o segundo indica ação passada contínua, ou seja,
relata o que os torcedores faziam com os rádios ao longo do jogo.
2. No texto, o verbo perdera está no pretérito mais-que-perfeito. Usamos esse tempo verbal para relatar
ações acabadas, anteriores a outras também finalizadas; esse tempo verbal é uma espécie de “passado
do passado”. O narrador utilizou o pretérito mais-que-perfeito quando estava relatando diversos fatos que
ocorreram no passado. Observe que ele usou o pretérito perfeito em “não pôde evitar a cólera da esposa” e o mais-que-perfeito em “que não perdera uma palavra da confissão do seu infiel esposo”, ou seja,
primeiro Juno ouviu tudo o que Júpiter disse e, em seguida, Júpiter não pôde evitar a cólera da esposa,
irritada ao descobrir que havia sido traída novamente.
3. Professor, analise coletivamente as respostas elaboradas. Sugestão: a rosa foi visitar o cravo, que ficara
doente após uma briga entre os dois, ocorrida debaixo de uma sacada. Durante a briga, o cravo se ferira
e a rosa se despedaçara. No momento em que estava visitando o cravo, ele desmaiou e a rosa começou
a chorar.
4. Professor, aproveite esse momento para fixar o gênero textual entrevista e dar continuidade à produção
de texto elaborando biografias com os alunos. É também uma boa oportunidade para fazer um trabalho
interdisciplinar, englobando História, Geografia e Arte. O professor de Arte pode trabalhar com os alunos a
produção das ilustrações e/ou montagens de fotografias do trabalho, assim como todo o projeto gráfico. Os
professores de História e Geografia podem ajudá-los a compreender os deslocamentos que seus ancestrais fizeram e por que eles mudaram de cidade/estado/país. É um bom momento para estudar processos
migratórios que ocorreram no Brasil. Também é possível abordar a história do cotidiano, mostrando a eles
que a História não é construída só de grandes acontecimentos e que somos parte dela, somos seres históricos (e fazemos diferença). Além disso, o trabalho ajudará os alunos a compreenderem melhor sua família e
os docentes a entenderem melhor a família dos alunos.
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