Kentera, INN-oxybutynin

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ANEXO I
RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
1
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Kentera 3,9 mg / 24 horas, sistema transdérmico.
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada sistema transdérmico contém 36 mg de oxibutinina. A área do sistema transdérmico é de 39 cm²,
libertando uma quantidade nominal de 3,9 mg de oxibutinina por cada 24 horas
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Sistema transdérmico. O sistema transdérmico é uma película plástica transparente com um revestimento
adesivo, protegido por uma banda de libertação que tem de ser retirada antes da aplicação.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Tratamento sintomático da incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência das micções,
que pode ocorrer em doentes adultos com bexiga instável.
4.2
Posologia e modo de administração
O sistema transdérmico deve ser colocado numa área intacta e seca da pele, no abdómen, anca ou nádegas,
imediatamente após remoção da saqueta protetora. Deve ser escolhido um novo local para cada novo
sistema transdérmico, de modo a evitar a aplicação dum sistema num mesmo local num período de 7 dias.
A dose recomendada é de um sistema transdérmico de 3,9 mg aplicado duas vezes por semana (cada 3 ou
4 dias).
População idosa
Com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajustes de dose nesta
população. Contudo, Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais
sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na
farmacocinética (ver secção 4.4).
População pediátrica
A segurança e eficácia de Kentera na população pediátrica não foram estabelecidas. Kentera não é
recomendado para utilização na população pediátrica. Os dados atualmente disponíveis encontram-se
descritos na secção 4.8 mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica.
4.3
Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
2
Kentera é contraindicado em doentes com retenção urinária, doença gastrointestinal grave, miastenia
grave ou glaucoma de ângulo fechado, e em doentes em risco de terem uma destas patologias.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência hepática ou renal. A utilização de
Kentera em doentes com insuficiência hepática deve ser cuidadosamente monitorizada. Devem ser
avaliadas outras causas da micção frequente (insuficiência cardíaca ou doença renal) antes de iniciar o
tratamento com Kentera. Em caso de infeção urinária, deve ser iniciada terapêutica antibacteriana
adequada.
Retenção urinária: Os medicamentos anticolinérgicos devem ser administrados com precaução em
doentes com obstrução do fluxo da bexiga clinicamente significativa por causa do risco de retenção
urinária.
Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de
medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética.
No total, 496 doentes foram expostos a Kentera nos estudos aleatorizados, em dupla ocultação,
controlados com placebo e de prolongamento de segurança de 12 semanas e 14 semanas. Destes,
188 doentes (38%) tinham 65 anos ou mais de idade e não apresentaram diferenças globais na segurança
ou eficácia em comparação com doentes mais novos. Portanto, com base na evidência clínica atual, não se
considera necessário proceder a ajuste de dose em doentes idosos.
Alguns eventos anticolinérgicos do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central, como perturbações do
sono (por exemplo: insónias) e alterações cognitivas, foram associados à utilização de oxibutinina,
especialmente em doentes idosos. Devem ser tomadas precauções quando a oxibutinina é administrada
concomitantemente com outros medicamentos anticolinérgicos (ver também secção 4.5). Se o doente for
afetado por algum desses eventos, deverá considerar-se a descontinuação do medicamento.
Durante a utilização pós-comercialização, foram notificados outros eventos psiquiátricos que implicam
um mecanismo anticolinérgico (ver secção 4.8).
A administração oral de oxibutinina pode requerer as seguintes medidas preventivas, embora estes
acontecimentos não tenham sido observados durante os ensaios clínicos com Kentera:
Doenças gastrointestinais: os medicamentos anticolinérgicos podem originar uma diminuição da
motilidade gastrointestinal e devem ser utilizados com precaução em doentes com doenças
gastrointestinais obstrutivas devido ao risco de retenção gástrica e também em doenças como colite
ulcerosa e atonia intestinal. Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em
doentes com hérnia do hiato/refluxo gastroesofágico e/ou que tomam simultaneamente medicamentos (tais
como os bifosfonatos) que podem originar ou acentuar a esofagite.
Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com neuropatia
autonómica, défice cognitivo ou doença de Parkinson.
Os doentes devem ser informados que pode ocorrer prostração pelo calor (febre e insolação devido à
diminuição da transpiração), quando os anticolinérgicos, como a oxibutinina, são utilizados num ambiente
quente.
A oxibutinina pode acentuar os sintomas de hipertiroidismo, doença cardíaca coronária, insuficiência
cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, taquicardia, hipertensão e hipertrofia da próstata.
3
A oxibutinina pode levar à supressão das secreções salivares, o que pode resultar em cáries dentárias,
parodontose ou candidíase oral.
4.5
Interações medicamentosas e outras formas de interação
A administração concomitante de oxibutinina com outros medicamentos anticolinérgicos, ou com outros
agentes que competem para o metabolismo da enzima CYP3A4, pode aumentar a frequência ou a
gravidade de boca seca, prisão de ventre e torpor.
Os agentes anticolinérgicos podem alterar potencialmente a absorção de alguns medicamentos
administrados concomitantemente por causa dos efeitos anticolinérgicos sobre a motilidade
gastrointestinal. Como a oxibutinina é metabolizada pela isoenzima CYP 3A4 do citocromo P450, não
podem ser excluídas interações com medicamentos que inibam esta isoenzima. Isto deve ser tido em
consideração em caso de utilização concomitante de antifúngicos azóis (como por exemplo, o
cetoconazol) ou de antibióticos macrólidos (como por exemplo, a eritromicina) com a oxibutinina.
A atividade anticolinérgica da oxibutinina é aumentada pela utilização concomitante de outros
anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica, tais como a amantadina e outros
medicamentos antiparkinsónicos anticolinérgicos (como por exemplo, o biperideno, a levodopa), antihistamínicos, antipsicóticos (como por exemplo, as fenotiazinas, as butirofenonas, a clozapina), quinidina,
antidepressivos tricíclicos, atropina e compostos relacionados, tais como os antiespasmódicos atropínicos,
e dipiridamol.
Os doentes devem ser informados que o álcool pode aumentar o torpor causado pelos agentes
anticolinérgicos, tais como a oxibutinina (ver secção 4.7).
A oxibutinina pode antagonizar terapias procinéticas.
4.6
Gravidez e aleitamento
A quantidade de dados suficientes sobre a utilização do sistema transdérmico de oxibutinina em mulheres
grávidas é inexistente.
Os estudos em animais revelaram uma ligeira toxicidade reprodutiva (ver 5.3). Kentera não deve ser
utilizado durante a gravidez, a menos que seja claramente necessário.
Quando a oxibutinina é utilizada durante a amamentação, uma pequena quantidade é excretada no leite
materno. Desta forma, a utilização de oxibutinina durante a amamentação não é recomendada.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Como Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter
cuidado quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.5).
4.8
Efeitos indesejáveis
As reações adversas medicamentosas mais frequentemente notificadas foram reações no local de aplicação
ocorrendo em 23,1 % dos doentes. Outras reações adversas medicamentosas frequentemente notificadas
foram boca seca (8,6 %), obstipação (3,9 %), diarreia (3,2 %), cefaleias (3,0 %), tonturas (2,3 %) e visão
turva (2,3 %).
4
Lista das reações adversas em tabela
As reações adversas dos estudos clínicos de fase 3 e 4 estão listadas abaixo por classes de sistemas de
órgãos e frequência. As frequências são definidas como: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100,
<1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada frequência.
Incluem-se também as reações adversas pós-comercialização não observadas nos ensaios clínicos.
Classes de sistemas de órgãos
Frequência
Infeções e infestações
Frequentes
Pouco frequentes
Perturbações do foro
psiquiátrico
Pouco frequentes
Reações adversas
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Raros
Afeções oculares
Afeções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Vasculopatias
Doenças respiratórias,
torácicas e do mediastino
Doenças gastrointestinais
Frequentes
Frequentes
Infeção no trato urinário
Infeção no trato respiratório superior, infeção
fúngica
Ansiedade, confusão, nervosismo, agitação,
insónias
Reação de pânico#, delírio#, alucinações#,
desorientação#
Cefaleia, sonolência
Deterioração da memória#, amnésia#,
letargia#, perturbação da atenção#
Visão turva
Tonturas
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Palpitações
Urticária, afrontamentos
Rinite
Frequentes
Boca seca, obstipação, diarreia, náuseas, dor
abdominal
Desconforto abdominal, dispepsia
Dor lombar
Raros
Afeções musculosqueléticas e
dos tecidos conjuntivos
Doenças renais e urinárias
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Complicações de intervenções
relacionadas com lesões e
intoxicações
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Muito frequentes
Frequentes
Retenção urinária, disúria
Prurido no local de aplicação
Eritema no local de aplicação, reação no local
de aplicação, erupção cutânea no local de
aplicação
Lesão infligida
Pouco frequentes
# reações adversas pós-comercialização provenientes apenas de notificações pós-comercialização (não
observadas nos ensaios clínicos), tendo sido a frequência estimada com base nos dados de segurança dos
ensaios clínicos; estas reações adversas foram notificadas em associação com a utilização tópica de
oxibutinina (efeitos de classe dos anticolinérgicos).
As reações adversas consideradas como estando associadas à terapêutica anticolinérgica em geral, ou
observadas com a administração oral de oxibutinina, mas ainda não observadas com Kentera em ensaios
5
clínicos ou na pós-comercialização, são anorexia, vómitos, esofagite de refluxo, diminuição da sudorese,
golpe de calor, diminuição da produção de lágrima, midríase, taquicardia, arritmia, pesadelos, agitação,
convulsões, hipertensão intraocular e indução de glaucoma, paranoia, fotossensibilidade e disfunção erétil.
População pediátrica
Durante a utilização pós-comercialização neste grupo etário, foram notificados casos de alucinações
(associadas a manifestações de ansiedade) e perturbações do sono relacionados com a oxibutinina. As
crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do medicamento, especialmente às reações adversas do foro
psiquiátrico e do sistema nervoso central.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez
que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional
de notificação mencionado no Apêndice V.
4.9
Sobredosagem
A concentração plasmática de oxibutinina diminui dentro de 1 a 2 horas após remoção do(s) sistema(s)
transdérmico(s). Os doentes devem ser monitorizados até os sintomas desaparecerem. A sobredosagem
com oxibutinina tem estado associada a efeitos anticolinérgicos incluindo excitação do SNC, rubor, febre,
desidratação, arritmia cardíaca, vómitos e retenção urinária. Foi comunicada a ingestão de 100 mg de
cloreto de oxibutinina por via oral em associação com álcool por um rapaz de 13 anos que sofreu perda de
memória e por uma mulher de 34 anos que desenvolveu estupor, seguido de desorientação e agitação ao
despertar, pupilas dilatadas, pele seca, arritmia cardíaca e retenção urinária. Os dois doentes recuperaram
completamente com tratamento sintomático.
Nenhum caso de sobredosagem foi notificado com Kentera.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: antiespasmódico urinário, código ATC: G04B D04
Mecanismo de ação: a oxibutinina atua como um antagonista competitivo da acetilcolina nos recetores
muscarínicos pós-ganglionares, resultando no relaxamento do músculo liso da bexiga.
Efeitos farmacodinâmicos:
Em doentes com bexiga hiperativa, caracterizada pela instabilidade ou hiperreflexia do músculo detrusor,
os estudos de cistometria demonstraram que a oxibutinina aumenta a capacidade urinária máxima da
bexiga e aumenta o volume para a primeira contração do detrusor. Desta forma, a oxibutinina diminui a
urgência urinária e a frequência dos episódios de incontinência e de micção voluntária.
A oxibutinina é uma mistura racémica (50:50) de isómeros R e S. A atividade antimuscarínica reside
predominantemente no isómero R. O isómero R da oxibutinina mostra maior seletividade para os subtipos
muscarínicos M1 e M3 (predominantes no músculo detrusor da bexiga e na glândula parótida),
comparativamente ao subtipo M2 (predominante no tecido cardíaco). O metabolito ativo N-desetiloxibutinina - tem atividade farmacológica no músculo detrusor humano que é semelhante à da
oxibutinina em estudos in vitro, mas tem uma maior afinidade de ligação para o tecido da parótida do que
a oxibutinina. A forma de base livre da oxibutinina é farmacologicamente equivalente ao cloridrato de
oxibutinina.
6
Eficácia clínica:
Foi avaliado um total de 957 doentes com incontinência urinária de urgência em três estudos controlados
que compararam Kentera com o placebo, com a oxibutinina oral e/ou com as cápsulas de ação prolongada
de tolterodina. Foram avaliados a diminuição dos episódios semanais de incontinência, a frequência das
micções e o volume urinário total. Kentera melhorou consistentemente os sintomas da bexiga hiperativa
em comparação com o placebo.
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Kentera tem uma concentração de oxibutinina suficiente para manter uma difusão contínua durante os 3 a
4 dias de intervalo das doses. A oxibutinina é transportada através da pele intacta e passa para a circulação
sistémica por difusão passiva através do estrato córneo. Após a aplicação de Kentera, a concentração
plasmática de oxibutinina aumenta durante, aproximadamente, 24 a 48 horas atingindo concentrações
máximas médias de 3 a 4 ng/ml. As condições de estado estacionário são atingidas durante a segunda
aplicação do sistema transdérmico. Posteriormente, mantêm-se as concentrações de equilíbrio até
96 horas. A diferença entre a AUC e a Cmax da oxibutinina e do metabolito ativo N-desetiloxibutinina,
após a administração transdérmica de Kentera no abdómen, nádegas ou ancas não é clinicamente
relevante.
Distribuição
A oxibutinina é largamente distribuída nos tecidos corporais após absorção sistémica. O volume de
distribuição foi estimado em 193 l, após administração intravenosa de 5 mg de cloridrato de oxibutinina.
Metabolismo
A oxibutinina administrada por via oral é metabolizada essencialmente pelos sistemas enzimáticos do
citocromo P450, especialmente pela CYP3A4, que se encontra sobretudo no fígado e na parede do
intestino. Os metabolitos incluem o ácido fenilciclohexilglicólico, que é farmacologicamente inativo, e a
N-desetiloxibutinina, que é farmacologicamente ativa. A administração transdérmica da oxibutinina evita
o metabolismo de primeira passagem gastrointestinal e hepático, reduzindo a formação do metabolito
N-desetilo.
Excreção
A oxibutinina é extensamente metabolizada pelo fígado - ver acima – sendo que menos de 0,1% da dose
administrada é excretada na urina sob forma inalterada. Além disso, menos de 0,1% da dose administrada
é excretada sob a forma do metabolito N-desetiloxibutinina.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos de toxicologia
aguda, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade local. A uma
concentração de 0,4 mg/kg/dia de oxibutinina administrada por via subcutânea, a ocorrência de anomalias
nos órgãos é significativamente aumentada, mas só é observada na presença de toxicidade materna.
Kentera fornece, aproximadamente, 0,08 mg/kg/dia. No entanto, na ausência do conhecimento da
associação entre a toxicidade materna e o efeito no desenvolvimento, a sua relevância para a segurança em
humanos não pode ser avaliada. No estudo da fertilidade em ratos por via subcutânea, não foram
comunicados efeitos nos machos, mas, nas fêmeas, a fertilidade foi comprometida e foi identificado um
NOAEL (nível de não observação de efeitos adversos) de 5 mg/kg.
Avaliação do Risco Ambiental
A substância ativa oxibutinina persiste no ambiente.
7
6.
6.1
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Lista dos excipientes
Revestimento de protecção
Poliéster/acetato de etil vinilo (PET/EVA) transparente
Camada central
triacetina
Solução adesiva de copolímero acrílico contendo faixas de 2-etilhexil acrilato N-vinilpirrolidona e
polímero de hexametilenoglicol dimetacrilato
Película de libertação
Poliéster siliconizado
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável
6.3
Prazo de validade
3 anos
6.4
Precauções especiais de conservação
Não refrigerar ou congelar.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
Os sistemas transdérmicos Kentera são embalados individualmente em saquetas de LDPE/papel laminado
e são fornecidos em caixas com calendário para o doente de 2, 8 ou 24 sistemas transdérmicos.
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.
6.6
Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Aplicar o sistema imediatamente após a remoção da saqueta protetora. Após utilização, o sistema
transdérmico ainda contem uma quantidade substancial de componentes ativos. Os componentes ativos
restantes do sistema transdérmico podem ter efeitos nocivos se entrarem em contacto com o ambiente
aquático. Por isso, após a remoção, o sistema transdérmico deve ser dobrado em dois, com as partes
adesivas para dentro para que a face que liberta o medicamento não esteja exposta ao ar, colocado na
saqueta de origem e então deitado fora cuidadosamente sem ser colocado ao alcance das crianças.
Qualquer sistema transdérmico quer tenha sido utilizado ou não deve ser deitado fora de acordo com as
exigências locais ou devolvido na farmácia. Os sistemas transdérmicos utilizados não devem ser deitados
na sanita nem em qualquer sistema de lixo líquido.
Atividades que podem conduzir a transpiração excessiva, ou à exposição à água ou a temperaturas
extremas podem contribuir para problemas de adesão. Não expor o sistema transdérmico ao sol.
8
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/03/270/001
EU/1/03/270/002
EU/1/03/270/003
9.
8 sistemas transdérmicos
24 sistemas transdérmicos
2 sistemas transdérmicos
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 15/06/2004
Data da última renovação: 15/06/2009
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia do Medicamento (EMA) http://www.ema.europa.eu
9
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada saqueta de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (equivalente a 100 mg de cloridrato de
oxibutinina) resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Gel em saqueta.
Gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Tratamento sintomático da incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência das micções,
que pode ocorrer em doentes adultos com bexiga instável.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
A dose recomendada é uma saqueta aplicada uma vez por dia, correspondente a uma dose administrada de
4 mg aproximadamente.
População idosa
Com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajustes de dose nesta
população. Contudo, Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais
sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na
farmacocinética (ver secção 4.4).
Compromisso renal
Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com compromisso renal.
Afeção hepática
Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com afeção hepática.
População pediátrica
A segurança e eficácia de Kentera na população pediátrica não foram estabelecidas. Kentera não é
recomendado para utilização na população pediátrica. Os dados atualmente disponíveis encontram-se
descritos na secção 4.8 mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica.
10
Modo de administração
Kentera deve ser aplicado sobre a pele seca e intacta do abdómen, braços/ombros ou coxas. Os locais de
aplicação devem ser rotativos. A aplicação não deve ser feita no mesmo local em dias consecutivos.
Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água
na hora seguinte à aplicação (ver secção 4.4).
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado.
4.3
Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
Kentera é contraindicado em doentes com retenção urinária, doença gastrointestinal grave, miastenia
grave ou glaucoma de ângulo fechado, e em doentes em risco de terem uma destas patologias.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Como o estrato córneo é o passo limitante da taxa de administração transdérmica, qualquer ferimento
proporcionaria um acesso direto à epiderme, aumentando potencialmente a absorção e facilitando a
migração do medicamento para a circulação sanguínea. Por conseguinte, Kentera não deve ser aplicado
sob uma zona de pele recentemente rapada ou danificada.
Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água
na hora seguinte à aplicação.
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado.
Não foi investigado o efeito de febre, exposição a fontes de calor externas, banhos de sol e sauna sobre as
características de absorção de Kentera.
Metabolismo comprometido
Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência hepática ou renal. A utilização de
Kentera em doentes com insuficiência hepática deve ser monitorizada cuidadosamente, uma vez que a
oxibutinina é extensivamente metabolizada no fígado. Devem ser avaliadas outras causas da micção
frequente (insuficiência cardíaca ou doença renal) antes de iniciar o tratamento com Kentera. Em caso de
infeção urinária, deve ser iniciada terapêutica antibacteriana adequada.
Retenção urinária
Os medicamentos anticolinérgicos devem ser administrados com precaução em doentes com obstrução do
fluxo da bexiga clinicamente significativa por causa do risco de retenção urinária.
A administração oral de oxibutinina pode requerer as seguintes medidas preventivas, embora estes
acontecimentos não tenham sido observados durante os ensaios clínicos com Kentera:
Doenças gastrointestinais
Os medicamentos anticolinérgicos podem reduzir a motilidade gastrointestinal e devem ser utilizados com
precaução em doentes com doenças gastrointestinais obstrutivas, por causa do risco de retenção gástrica, e
11
em casos de colite ulcerosa e atonia intestinal. Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados
com precaução em doentes com hérnia do hiato/refluxo gastroesofágico e/ou que tomam
concomitantemente medicamentos (como por exemplo, os bifosfonatos) que podem causar ou acentuar a
esofagite.
Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de
medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética.
No total, 496 doentes foram expostos a Kentera nos estudos aleatorizados, em dupla ocultação,
controlados com placebo e de prolongamento de segurança de 12 semanas e 14 semanas. Destes,
188 doentes (38%) tinham 65 anos ou mais de idade e não apresentaram diferenças globais na segurança
ou eficácia em comparação com doentes mais novos. Portanto, com base na evidência clínica atual, não se
considera necessário proceder a ajuste de dose em doentes idosos.
Alguns eventos anticolinérgicos do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central, como perturbações do
sono (por exemplo: insónias) e alterações cognitivas, foram associados à utilização de oxibutinina,
especialmente em doentes idosos. Devem ser tomadas precauções quando a oxibutinina é administrada
concomitantemente com outros medicamentos anticolinérgicos (ver também secção 4.5). Se o doente for
afetado por algum desses eventos, deverá considerar-se a descontinuação do medicamento.
Durante a utilização pós-comercialização, foram notificados outros eventos psiquiátricos que implicam
um mecanismo anticolinérgico (ver secção 4.8).
Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com neuropatia
autonómica, défice cognitivo ou doença de Parkinson.
Os doentes devem ser informados que pode ocorrer prostração pelo calor (febre e insolação devido à
diminuição da transpiração), quando os anticolinérgicos, como a oxibutinina, são utilizados num ambiente
quente.
A oxibutinina pode acentuar os sintomas de hipertiroidismo, doença cardíaca coronária, insuficiência
cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, taquicardia, hipertensão e hipertrofia da próstata.
A oxibutinina pode levar à supressão das secreções salivares, o que pode resultar em cáries dentárias,
parodontose ou candidíase oral.
4.5
Interações medicamentosas e outras formas de interação
A administração concomitante de oxibutinina com outros medicamentos anticolinérgicos, ou com outras
substâncias ativas que competem para o metabolismo da enzima CYP3A4, pode aumentar a frequência ou
a gravidade de boca seca, prisão de ventre e torpor. Como a oxibutinina é metabolizada pela isoenzima
CYP 3A4 do citocromo P450, não podem ser excluídas interações com medicamentos que inibam esta
isoenzima ou com conhecidos indutores da CYP 3A4. Isto deve ser tido em consideração em caso de
utilização concomitante de antifúngicos azóis (como por exemplo, o cetoconazol) ou de antibióticos
macrólidos (como por exemplo, a eritromicina) com a oxibutinina. A ingestão de sumo de toranja também
pode influenciar o metabolismo da oxibutinina.
Os medicamentos anticolinérgicos podem alterar potencialmente a absorção de alguns medicamentos
administrados concomitantemente por causa dos efeitos anticolinérgicos sobre a motilidade
gastrointestinal.
A atividade anticolinérgica da oxibutinina é aumentada pela utilização concomitante de outros
anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica, tais como a amantadina e outros
12
medicamentos antiparkinsónicos anticolinérgicos (como por exemplo, o biperideno, a levodopa),
anti-histamínicos, antipsicóticos (como por exemplo, as fenotiazinas, as butirofenonas, a clozapina),
quinidina, antidepressivos tricíclicos, atropina e compostos relacionados, tais como os antiespasmódicos
atropínicos, e dipiridamol.
A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool. Como
Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado
quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.7).
A oxibutinina pode antagonizar as terapêuticas procinéticas, como a cisaprida e a metocloparamida, e
deve ser evitado em caso de reduzidas condições de motilidade gastrointestinal.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Mulheres com potencial para engravidar/Contracepção masculina e feminina
As mulheres com potencial para engravidar devem fazer um teste de gravidez antes do início da
terapêutica e devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento.
Gravidez
A quantidade de dados suficientes sobre a utilização do gel tópico de oxibutinina em mulheres grávidas é
inexistente. Os estudos em animais revelaram uma ligeira toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Kentera
não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que seja claramente necessário.
Amamentação
A informação disponível mostra que a oxibutinina é excretada no leite dos ratos, mas desconhece-se se a
oxibutinina é excretada no leite humano. Não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a
amamentação.
Fertilidade
Não estão disponíveis dados sobre os possíveis efeitos da utilização da oxibutinina na fertilidade
masculina e feminina. Estudos de fertilidade em ratos sugerem uma margem de segurança seis vezes
maior em fêmeas e machos adultos a procriar, quando Kentera é administrado de acordo com a prescrição
(ver secção 5.3).
Os doentes submetidos a uma terapêutica com Kentera devem manter os locais da aplicação protegidos
com roupa, quando estiverem em contacto com mulheres lactantes ou grávidas ou com lactentes.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos deste medicamento sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos. Como
Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado
quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.5).
13
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
A segurança de Kentera foi avaliada em doentes com incontinência urinária de urgência num estudo de
Fase 3 aleatório, de dupla ocultação, controlado por placebo, em grupos paralelos que abrangeu
789 doentes (sendo que 389 doentes receberam Kentera e 400 doentes foram tratados com placebo).
A reação adversa comunicada mais frequentemente foi boca seca (Kentera 6,9%, placebo 2,8%). Outras
reações adversas comunicadas foram prurido no local da aplicação (Kentera 2,1%, placebo 0,8%),
dermatite no local da aplicação (Kentera 1,8%, placebo 0,3%), tonturas (Kentera 1,5%, placebo 0,5%),
cefaleia (Kentera 1,5%, placebo 2,8%), obstipação (Kentera 1,3%, placebo 1,0%) e prurido (Kentera
1,3%, placebo 1,3%).
Lista das reações adversas em tabela
As reações adversas dos estudos clínicos de fase 3 e 4 estão listadas abaixo por classes de sistemas de
órgãos e frequência. As frequências são definidas como: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100,
<1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada frequência.
Incluem-se também as reações adversas pós-comercialização não observadas nos ensaios clínicos.
14
Classes de sistemas de órgãos
Frequência
Reações adversas
Infeções e infestações
Pouco frequentes
Infeções do trato urinário
Doenças do metabolismo e da
nutrição
Perturbações do foro
psiquiátrico
Pouco frequentes
Hipocaliemia
Pouco frequentes
Ansiedade, confusão, nervosismo, agitação,
insónias
Reação de pânico#, delírio#, alucinações#,
desorientação#
Cefaleia, tonturas
Sonolência, disgeusia, sono de má qualidade,
tremor
Deterioração da memória#, amnésia#,
letargia#, perturbação da atenção#
Olho seco
Vertigens
Raros
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Afeções oculares
Afeções do ouvido e do
labirinto
Cardiopatias
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Vasculopatias
Doenças respiratórias,
torácicas e do mediastino
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Afeções dos tecidos cutâneos e
subcutâneos
Frequentes
Pouco frequentes
Doenças renais e urinárias
Perturbações gerais e
alterações no local de
administração
Pouco frequentes
Frequentes
Exames complementares de
diagnóstico
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Fibrilhação auricular, flutter auricular, arritmia
sinusal
Afrontamentos
Tosse, secreção aumentada das vias
respiratórias superiores
Boca seca, obstipação
Diarreia, náuseas, dispepsia, vómitos,
hemorróidas
Prurido
Erupção cutânea, xerose cutânea, erupção
pruriginosa
Disúria, hematúria, dor renal, retenção urinária
Prurido no local de aplicação, dermatite no
local de aplicação
Fadiga, edema periférico, pápulas do local da
aplicação, anestesia no local da aplicação,
eritema no local da aplicação, irritação no local
da aplicação, dor no local da aplicação,
pústulas do local da aplicação
Eletrocardiograma anormal, eletrocardiograma
com alteração, cloretemia anormal aumentada
# reações adversas pós-comercialização provenientes apenas de notificações pós-comercialização (não
observadas nos ensaios clínicos), tendo sido a frequência estimada com base nos dados de segurança dos
ensaios clínicos; estas reações adversas foram notificadas em associação com a utilização tópica de
oxibutinina (efeitos de classe dos anticolinérgicos).
As reações adversas consideradas como estando associadas à terapêutica anticolinérgica em geral ou
observadas com a administração oral de oxibutinina, mas ainda não observadas com Kentera em ensaios
clínicos ou na pós-comercialização, são anorexia, vómitos, esofagite de refluxo, diminuição da sudorese,
15
golpe de calor, diminuição da produção de lágrima, midríase, taquicardia, arritmia, pesadelos, agitação,
convulsões, hipertensão intraocular e indução de glaucoma, paranoia, fotossensibilidade e disfunção erétil.
População pediátrica
Durante a utilização pós-comercialização neste grupo etário, foram notificados casos de alucinações
(associadas a manifestações de ansiedade) e perturbações do sono relacionados com a oxibutinina. As
crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do medicamento, especialmente às reações adversas do foro
psiquiátrico e do sistema nervoso central.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez
que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional
de notificação mencionado no Apêndice V.
4.9
Sobredosagem
A sobredosagem com oxibutinina tem estado associada a efeitos anticolinérgicos, incluindo excitação do
sistema nervoso central (SNC), rubores, febre, desidratação, arritmia cardíaca, vómitos e retenção urinária.
Os doentes devem ser monitorizados até os sintomas desaparecerem. As concentrações plasmáticas de
oxibutinina começam a diminuir 24 horas depois da aplicação de Kentera. Foi comunicada a ingestão de
100 mg de oxibutinina por via oral em associação com álcool por um rapaz de 13 anos que sofreu perda de
memória e por uma mulher de 34 anos que desenvolveu estupor, seguido de desorientação e agitação ao
despertar, pupilas dilatadas, pele seca, arritmia cardíaca e retenção urinária. Os dois doentes recuperaram
completamente com tratamento sintomático.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Urológicos, antiespasmódicos urinários, código ATC: G04B D04.
Mecanismo de ação
A oxibutinina atua como um antagonista competitivo da acetilcolina nos recetores muscarínicos
pós-ganglionares, resultando no relaxamento do músculo liso da bexiga.
Efeitos farmacodinâmicos
Em doentes com bexiga hiperativa, caracterizada pela instabilidade ou hiperreflexia do músculo detrusor,
os estudos de cistometria demonstraram que a oxibutinina aumenta a capacidade urinária máxima da
bexiga e aumenta o volume para a primeira contração do detrusor. Desta forma, a oxibutinina diminui a
urgência urinária e a frequência dos episódios de incontinência e de micção voluntária.
A oxibutinina é uma mistura racémica (50:50) de isómeros R e S. A atividade antimuscarínica reside
predominantemente no isómero R. O isómero R da oxibutinina mostra maior seletividade para os subtipos
muscarínicos M1 e M3 (predominantes no músculo detrusor da bexiga e na glândula parótida),
comparativamente ao subtipo M2 (predominante no tecido cardíaco). O metabolito ativo N-desetiloxibutinina - tem atividade farmacológica no músculo detrusor humano que é semelhante à da
oxibutinina em estudos in vitro, mas tem uma maior afinidade de ligação para o tecido da parótida do que
16
a oxibutinina. A forma de base livre da oxibutinina é farmacologicamente equivalente ao cloridrato de
oxibutinina.
Eficácia clínica
A eficácia e segurança de Kentera foram avaliadas em doentes com incontinência urinária de urgência
num único estudo de Fase 3.
O estudo de Fase 3 foi um estudo de grupo paralelo, aleatório, de dupla ocultação e controlado por
placebo que abrangeu 789 doentes. O tratamento de 12 semanas em dupla ocultação incluiu aplicações
diárias de Kentera ou de gel de placebo idêntico. Esteve disponível um tratamento de 14 semanas em
aberto para um subgrupo de doentes que finalizaram o período de dupla ocultação. A maioria dos doentes
era de raça caucasiana (86,3%) e do sexo feminino (89,2%) com uma idade média de 59,4 anos (intervalo:
18 a 88 anos). Aproximadamente 75% dos doentes não fizeram qualquer tratamento farmacológico para a
incontinência.
Os doentes tratados com Kentera tiveram uma redução altamente significativa em termos estatísticos no
número de episódios de incontinência urinária por dia, desde o ponto basal ao endpoint (o endpoint
primário de eficácia), comparativamente ao placebo (p<0,0001), assim como para os endpoints
secundários: uma redução na frequência urinária diária média (p=0,0017) e um aumento no volume médio
de urina por vazio (p=0,0018). Também foram observadas melhorias significativas nas avaliações da
qualidade de vida efectuadas durante o estudo com Kentera.
Na seguinte tabela é apresentado um resumo da alteração média e mediana do ponto basal nos episódios
de incontinência diária (endpoint primário), da frequência urinária e do volume vazio de urina entre os
grupos de tratamento ativo e com placebo.
Alteração média e mediana do ponto basal nos episódios de incontinência, da frequência
urinária e do volume vazio de urina na Semana 12 (LOCF)
Parâmetros
Episódios de incontinência diária
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
Kentera
(N=389)
Média ± DP
Mediana
Placebo
(N=400)
Média ± DP
Mediana
5,4 (3,26)
4,7
-3,0 (2,73)
-2,7
<0,0001
5,4 (3,28)
-2,5 (3,06)
Frequência urinária diária
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
12,4 (3,34)
11,7
-2,7 (3,21)
-2,7
0,0017
12,2 (3,32)
-2,0 (2,82)
Volume vazio de urina (ml)
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
163,4 (65,85)
160,1
21,0 (65,33)
11,5
0,0018
167,9 (68,40)
3,8 (53,79)
--
160,6
0,0
Episódios diários de noctúria
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
2,5 (1,61)
2,3
-0,7 (1,40)
-0,7
0,1372
2,5 (1,71)
-0,7 (1,32)
2,3
-0,7
17
4,7
-2,0
-11,3
-1,7
--
--
Durante o tratamento em dupla ocultação foi observado um efeito positivo significativo na qualidade de
vida com Kentera, com base no Questionário de Impacto da Incontinência (QII). Estes resultados foram
evidentes depois do primeiro mês de tratamento e foram mantidos durante o tratamento em dupla
ocultação, como ilustra a seguinte tabela.
Alteração média (DP) desde o ponto basal para a pontuação total do QII e subescalas na
Semana 12 (LOCF)
Pontuação total
Kentera
(N=389)
-72,1 (80,01)
Placebo
(N=400)
-49,5 (76,59)
Valor-p
(Kentera vs.
Placebo)
0,0005
Subescala de viagem
-20,9 (25,55)
-15,1 (24,82)
0,0068
Subescala de atividade física
-18,0 (23,23)
-13,0 (21,68)
0,0078
Subescala de relações sociais
-15,2 (20,07)
-9,7 (19,27)
0,0019
Subescala de saúde emocional
-18,1 (21,96)
-11,8 (20,64)
0,0002
Pontuação
Também foram observados efeitos positivos importantes para cada domínio de subescala do QII e para
seis dos dez domínios de qualidade de vida, incluindo o domínio do impacto da incontinência, do King’s
Health Questionnaire (KHQ), como ilustrado na seguinte tabela.
18
Alteração média (DP) desde o ponto basal nas Pontuações do Domínio do KHQ na
Semana 12 (LOCF)
Percepção geral da saúde
Kentera
(N=389)
0,4 (12,23)
Placebo
(N=400)
0,1 (11,94)
Valor-p
(Kentera vs.
Placebo)
0,6528
Impacto da incontinência
-27,9 (30,02)
-21,3 (27,05)
0,0023
Gravidade de sintomas
-20,6 (22,90)
-15,8 (21,84)
0,0024
Limitações funcionais
-27,1 (29,24)
-21,3 (27,16)
0,0133
Limitações físicas
-20,2 (30,04)
-16,8 (28,12)
0,1064
Limitações sociais
-11,5 (24,40)
-10,3 (23,46)
0,4468
Relações pessoais
-11,2 (24,96)
-6,2 (19,77)
0,0489
Emoções
-11,7 (24,59)
-8,4 (24,89)
0,0649
Sono e energia
-15,6 (24,18)
-10,3 (22,42)
0,0061
Medidas de gravidade (coping)
-15,3 (21,40)
-11,1 (19,16)
0,0058
Domínio
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Kentera está formulado para aplicações diárias e é capaz de manter os níveis terapêuticos de oxibutinina
no sangue. A oxibutinina é transportada através da pele intacta e passa para a circulação sistémica por
difusão passiva através do estrato córneo. Após a aplicação de Kentera, a concentração plasmática de
oxibutinina aumenta durante 7 dias, aproximadamente, atingindo as concentrações máximas médias de 4 a
5 ng/ml. As condições de estado estacionário são atingidas depois do sétimo dia de administração. A
diferença entre a AUC e a Cmax da oxibutinina e do metabolito ativo N-desetiloxibutinina, após a
administração transdérmica de Kentera no abdómen, braços/ombros e coxas, não é clinicamente relevante.
Distribuição
A oxibutinina é largamente distribuída nos tecidos corporais após absorção sistémica. O volume de
distribuição foi estimado em 193 l, após administração intravenosa de 5 mg de cloridrato de oxibutinina.
Biotransformação
A oxibutinina administrada por via oral é metabolizada essencialmente pelos sistemas enzimáticos do
citocromo P450, especialmente pela CYP3A4, que se encontra sobretudo no fígado e na parede do
intestino. A expressão da CYP3A e da CYP3A4 pode variar imenso, até 40 vezes, devido ao polimorfismo
genético. Os metabolitos incluem o ácido fenilciclohexilglicólico, que é farmacologicamente inativo, e a
N-desetiloxibutinina, que é farmacologicamente ativa. A administração transdérmica da oxibutinina evita
19
o metabolismo de primeira passagem gastrointestinal e hepático, reduzindo a formação do metabolito
N-desetilo.
Excreção
A oxibutinina é extensamente metabolizada pelo fígado - ver acima - sendo que menos de 0,1% da dose
administrada é excretada na urina sob forma inalterada. Além disso, menos de 0,1% da dose administrada
é excretada sob a forma do metabolito N-desetiloxibutinina.
Transferência de pessoa para pessoa
O potencial de transferência dérmica da oxibutinina de uma pessoa tratada para uma pessoa não tratada foi
avaliado num estudo de dose única, em que os sujeitos tratados com Kentera estiveram em contacto
intenso com um parceiro não tratado durante 15 minutos quer com (N=14 casais) ou sem (N=12 casais)
roupa a proteger a zona da aplicação. Os parceiros não tratados desprotegidos (sem roupa) revelaram
concentrações plasmáticas detectáveis de oxibutinina (Cmax média = 0,94 ng/ml). Dois dos 14 sujeitos não
tratados que participaram no regime de contacto roupa/pele tiveram concentrações plasmáticas
mensuráveis de oxibutinina (Cmax < 0,1 ng/ml) nas 48 horas seguintes ao contacto com sujeitos tratados; a
oxibutinina não foi detectável nos restantes 12 sujeitos não tratados.
Efeitos do duche
O efeito do duche sobre a absorção da oxibutinina foi avaliado num estudo cruzado, aleatório em estado
estacionário sob condições de sem duche ou duche 1, 2 ou 6 horas depois da aplicação de Kentera (N=20).
Os resultados do estudo indicam que tomar duche passada uma hora não afecta a exposição sistémica
global à oxibutinina.
Utilização com protetor solar
O efeito do protetor solar sobre a absorção da oxibutinina, quando aplicado 30 minutos antes ou
30 minutos depois da aplicação de Kentera, foi avaliado num estudo cruzado, aleatório de dose única
(N=16). A aplicação concomitante de protetor solar, quer seja antes ou depois da aplicação de Kentera,
não teve qualquer efeito sobre a exposição sistémica da oxibutinina.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos de toxicidade
aguda, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade local. Foram
observadas reações adversas em estudos de embriotoxicidade realizados em coelhos. A uma concentração
de 0,4 mg/kg/dia de oxibutinina administrada por via subcutânea, a ocorrência de anomalias nos órgãos é
significativamente aumentada, mas só é observada na presença de toxicidade materna. No entanto, na
ausência do conhecimento da associação entre a toxicidade materna e o efeito no desenvolvimento, a sua
relevância para a segurança em humanos não pode ser avaliada. No estudo da fertilidade em ratos por via
subcutânea, não foram comunicados efeitos nos machos, mas, nas fêmeas, a fertilidade foi comprometida
e foi identificado um NOAEL (nível de não observação de efeitos adversos) de 5 mg/kg.
Avaliação do Risco Ambiental
A substância ativa oxibutinina persiste no ambiente.
6
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
20
Etanol (96%)
Glicerol
Hidroxipropilcelulose
Hidróxido de sódio (para ajuste do pH)
Água purificada
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3
Prazo de validade
2 anos.
6.4
Precauções especiais de conservação
Não refrigerar ou congelar.
Kentera contém álcool, é considerado inflamável e não deve entrar em contacto com lume.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
A saqueta é fabricada com um material laminado, revestido por múltiplas camadas de película
(polimetacrilato/copolímero de acrilonitrilo/adesivo/alumínio/polietileno de baixa densidade/papel).
Cada saqueta contém 1 g de gel.
Caixas de 30 saquetas.
6.6
Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Depois da abertura da saqueta e remoção do conteúdo, o gel deve ser utilizado de imediato.
Após a aplicação do gel, as mãos devem ser muito bem lavadas de imediato com sabão e água.
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado. Evite tomar banho,
nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à
aplicação.
Os produtos não utilizados ou os resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/03/270/004
30 saquetas
21
9.
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 15/06/2004
Data da última renovação: 15/06/2009
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet, no site da Agência
Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu/
22
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Kentera 90,7 mg/g gel
2.
COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada dose medida de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (equivalente a 100 mg de cloridrato
de oxibutinina) resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3.
FORMA FARMACÊUTICA
Gel.
Gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida.
4.
INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1
Indicações terapêuticas
Tratamento sintomático da incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência das micções,
que pode ocorrer em doentes adultos com bexiga instável.
4.2
Posologia e modo de administração
Posologia
A dose recomendada é uma dose medida do recipiente multidose com bomba doseadora, aplicada uma vez
por dia, correspondente a uma dose fornecida de 4 mg aproximadamente.
População idosa
Com base na evidência clínica atual, não se considera necessário proceder a ajustes de dose nesta
população. Contudo, Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais
sensíveis aos efeitos de medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na
farmacocinética (ver secção 4.4).
Compromisso renal
Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com compromisso renal.
Afeção hepática
Não existe experiência com a utilização de Kentera em doentes com afeção hepática.
23
População pediátrica
A segurança e eficácia de Kentera na população pediátrica não foram estabelecidas. Kentera não é
recomendado para utilização na população pediátrica. Os dados atualmente disponíveis encontram-se
descritos na secção 4.8 mas não pode ser feita qualquer recomendação posológica.
Modo de administração
Kentera deve ser aplicado sobre a pele seca e intacta do abdómen, braços/ombros ou coxas. Os locais de
aplicação devem ser rotativos. A aplicação não deve ser feita no mesmo local em dias consecutivos.
Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água
na hora seguinte à aplicação (ver secção 4.4).
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado.
4.3
Contraindicações
Hipersensibilidade à substância ativa ou a qualquer um dos excipientes.
Kentera é contraindicado em doentes com retenção urinária, doença gastrointestinal grave, miastenia
grave ou glaucoma de ângulo fechado, e em doentes em risco de terem uma destas patologias.
4.4
Advertências e precauções especiais de utilização
Como o estrato córneo é o passo limitante da taxa de administração transdérmica, qualquer ferimento
proporcionaria um acesso direto à epiderme, aumentando potencialmente a absorção e facilitando a
migração do medicamento para a circulação sanguínea. Por conseguinte, Kentera não deve ser aplicado
sob uma zona de pele recentemente rapada ou danificada.
Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água
na hora seguinte à aplicação.
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado.
Não foi investigado o efeito de febre, exposição a fontes de calor externas, banhos de sol e sauna sobre as
características de absorção de Kentera.
Metabolismo comprometido
Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência hepática ou renal. A utilização de
Kentera em doentes com insuficiência hepática deve ser monitorizada cuidadosamente, uma vez que a
oxibutinina é extensivamente metabolizada no fígado. Devem ser avaliadas outras causas da micção
frequente (insuficiência cardíaca ou doença renal) antes de iniciar o tratamento com Kentera. Em caso de
infeção urinária, deve ser iniciada terapêutica antibacteriana adequada.
Retenção urinária
Os medicamentos anticolinérgicos devem ser administrados com precaução em doentes com obstrução do
fluxo da bexiga clinicamente significativa por causa do risco de retenção urinária.
A administração oral de oxibutinina pode requerer as seguintes medidas preventivas, embora estes
acontecimentos não tenham sido observados durante os ensaios clínicos com Kentera.
24
Doenças gastrointestinais
Os medicamentos anticolinérgicos podem reduzir a motilidade gastrointestinal e devem ser utilizados com
precaução em doentes com doenças gastrointestinais obstrutivas, por causa do risco de retenção gástrica, e
em casos de colite ulcerosa e atonia intestinal. Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados
com precaução em doentes com hérnia do hiato/refluxo gastroesofágico e/ou que tomam
concomitantemente medicamentos (como por exemplo, os bifosfonatos) que podem causar ou acentuar a
esofagite.
Kentera deve ser utilizado com precaução em doentes idosos, que podem ser mais sensíveis aos efeitos de
medicamentos anticolinérgicos de ação central e apresentar diferenças na farmacocinética.
No total, 496 doentes foram expostos a Kentera nos estudos aleatorizados, em dupla ocultação,
controlados com placebo e de prolongamento de segurança de 12 semanas e 14 semanas. Destes,
188 doentes (38%) tinham 65 anos ou mais de idade e não apresentaram diferenças globais na segurança
ou eficácia em comparação com doentes mais novos. Portanto, com base na evidência clínica atual, não se
considera necessário proceder a ajuste de dose em doentes idosos.
Alguns eventos anticolinérgicos do foro psiquiátrico e do sistema nervoso central, como perturbações do
sono (por exemplo: insónias) e alterações cognitivas, foram associados à utilização de oxibutinina,
especialmente em doentes idosos. Devem ser tomadas precauções quando a oxibutinina é administrada
concomitantemente com outros medicamentos anticolinérgicos (ver também secção 4.5). Se o doente for
afetado por algum desses eventos, deverá considerar-se a descontinuação do medicamento.
Durante a utilização pós-comercialização, foram notificados outros eventos psiquiátricos que implicam
um mecanismo anticolinérgico (ver secção 4.8).
Os medicamentos anticolinérgicos devem ser utilizados com precaução em doentes com neuropatia
autonómica, défice cognitivo ou doença de Parkinson.
Os doentes devem ser informados que pode ocorrer prostração pelo calor (febre e insolação devido à
diminuição da transpiração), quando os anticolinérgicos, como a oxibutinina, são utilizados num ambiente
quente.
A oxibutinina pode acentuar os sintomas de hipertiroidismo, doença cardíaca coronária, insuficiência
cardíaca congestiva, arritmias cardíacas, taquicardia, hipertensão e hipertrofia da próstata.
A oxibutinina pode levar à supressão das secreções salivares, o que pode resultar em cáries dentárias,
parodontose ou candidíase oral.
4.5
Interações medicamentosas e outras formas de interação
A administração concomitante de oxibutinina com outros medicamentos anticolinérgicos, ou com outras
substâncias ativas que competem para o metabolismo da enzima CYP3A4, pode aumentar a frequência ou
a gravidade de boca seca, prisão de ventre e torpor. Como a oxibutinina é metabolizada pela isoenzima
CYP 3A4 do citocromo P450, não podem ser excluídas interações com medicamentos que inibam esta
isoenzima ou com conhecidos indutores da CYP 3A4. Isto deve ser tido em consideração em caso de
utilização concomitante de antifúngicos azóis (como por exemplo, o cetoconazol) ou de antibióticos
macrólidos (como por exemplo, a eritromicina) com a oxibutinina. A ingestão de sumo de toranja também
pode influenciar o metabolismo da oxibutinina.
25
Os medicamentos anticolinérgicos podem alterar potencialmente a absorção de alguns medicamentos
administrados concomitantemente por causa dos efeitos anticolinérgicos sobre a motilidade
gastrointestinal.
A atividade anticolinérgica da oxibutinina é aumentada pela utilização concomitante de outros
anticolinérgicos ou medicamentos com atividade anticolinérgica, tais como a amantadina e outros
medicamentos antiparkinsónicos anticolinérgicos (como por exemplo, o biperideno, a levodopa),
anti-histamínicos, antipsicóticos (como por exemplo, as fenotiazinas, as butirofenonas, a clozapina),
quinidina, antidepressivos tricíclicos, atropina e compostos relacionados, tais como os antiespasmódicos
atropínicos, e dipiridamol.
A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool. Como
Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado
quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.7).
A oxibutinina pode antagonizar as terapêuticas procinéticas, como a cisaprida e a metocloparamida, e
deve ser evitado em caso de reduzidas condições de motilidade gastrointestinal.
4.6
Fertilidade, gravidez e aleitamento
Mulheres com potencial para engravidar/Contracepção masculina e feminina
As mulheres com potencial para engravidar devem fazer um teste de gravidez antes do início da
terapêutica e devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento.
Gravidez
A quantidade de dados suficientes sobre a utilização do gel tópico de oxibutinina em mulheres grávidas é
inexistente. Os estudos em animais revelaram uma ligeira toxicidade reprodutiva (ver secção 5.3). Kentera
não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que seja claramente necessário.
Amamentação
A informação disponível mostra que a oxibutinina é excretada no leite dos ratos, mas desconhece-se se a
oxibutinina é excretada no leite humano. Não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a
amamentação.
Fertilidade
Não estão disponíveis dados sobre os possíveis efeitos da utilização da oxibutinina na fertilidade
masculina e feminina. Estudos de fertilidade em ratos sugerem uma margem de segurança seis vezes
maior em fêmeas e machos adultos a procriar, quando Kentera é administrado de acordo com a prescrição
(ver secção 5.3).
Os doentes submetidos a uma terapêutica com Kentera devem manter os locais da aplicação protegidos
com roupa, quando estiverem em contacto com mulheres lactantes ou grávidas ou com lactentes.
4.7
Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos deste medicamento sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos. Como
Kentera pode causar torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter cuidado
quando conduzirem ou utilizarem máquinas (ver secção 4.5).
26
4.8
Efeitos indesejáveis
Resumo do perfil de segurança
A segurança de Kentera foi avaliada em doentes com incontinência urinária de urgência num estudo de
Fase 3 aleatório, de dupla ocultação, controlado por placebo, em grupos paralelos que abrangeu
789 doentes (sendo que 389 doentes receberam Kentera e 400 doentes foram tratados com placebo).
A reação adversa comunicada mais frequentemente foi boca seca (Kentera 6,9%, placebo 2,8%). Outras
reações adversas comunicadas foram prurido no local da aplicação (Kentera 2,1%, placebo 0,8%),
dermatite no local da aplicação (Kentera 1,8%, placebo 0,3%), tonturas (Kentera 1,5%, placebo 0,5%),
cefaleia (Kentera 1,5%, placebo 2,8%), obstipação (Kentera 1,3%, placebo 1,0%) e prurido (Kentera
1,3%, placebo 1,3%).
Lista das reações adversas em tabela
As reações adversas dos estudos clínicos de fase 3 e 4 estão listadas abaixo por classes de sistemas de
órgãos e frequência. As frequências são definidas como: muito frequentes (≥1/10), frequentes (≥1/100,
<1/10), pouco frequentes (≥1/1.000, <1/100), raros (≥1/10.000, <1/1.000); muito raros (<1/10.000). Os
efeitos indesejáveis são apresentados por ordem decrescente de gravidade dentro de cada frequência.
Incluem-se também as reações adversas pós-comercialização não observadas nos ensaios clínicos.
27
Classes de sistemas de órgãos
Frequência
Reações adversas
Infeções e infestações
Pouco frequentes
Infeções do trato urinário
Doenças do metabolismo e da
nutrição
Perturbações do foro
psiquiátrico
Pouco frequentes
Hipocaliemia
Pouco frequentes
Ansiedade, confusão, nervosismo, agitação,
insónias
Reação de pânico#, delírio#, alucinações#,
desorientação#
Cefaleia, tonturas
Sonolência, disgeusia, sono de má qualidade,
tremor
Deterioração da memória#, amnésia#,
letargia#, perturbação da atenção#
Olho seco
Vertigens
Fibrilhação auricular, flutter auricular, arritmia
sinusal
Afrontamentos
Tosse, secreção aumentada das vias
respiratórias superiores
Boca seca, obstipação
Diarreia, náuseas, dispepsia, vómitos,
hemorróidas
Prurido
Erupção cutânea, xerose cutânea, erupção
pruriginosa
Disúria, hematúria, dor renal, retenção urinária
Prurido no local de aplicação, dermatite no
local de aplicação
Fadiga, edema periférico, pápulas do local da
aplicação, anestesia no local da aplicação,
eritema no local da aplicação, irritação no local
da aplicação, dor no local da aplicação,
pústulas do local da aplicação
Eletrocardiograma anormal, eletrocardiograma
com alteração, cloretemia anormal aumentada
Raros
Doenças do sistema nervoso
Frequentes
Pouco frequentes
Raros
Afeções oculares
Afeções do ouvido e do labirinto
Cardiopatias
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Vasculopatias
Doenças respiratórias, torácicas
e do mediastino
Doenças gastrointestinais
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Afeções dos tecidos cutâneos e
subcutâneos
Frequentes
Pouco frequentes
Doenças renais e urinárias
Perturbações gerais e alterações
no local de administração
Pouco frequentes
Frequentes
Frequentes
Pouco frequentes
Pouco frequentes
Exames complementares de
diagnóstico
Pouco frequentes
# reações adversas pós-comercialização provenientes apenas de notificações pós-comercialização (não
observadas nos ensaios clínicos), tendo sido a frequência estimada com base nos dados de segurança dos
ensaios clínicos; estas reações adversas foram notificadas em associação com a utilização tópica de
oxibutinina (efeitos de classe dos anticolinérgicos).
As reações adversas consideradas como estando associadas à terapêutica anticolinérgica em geral ou
observadas com a administração oral de oxibutinina, mas ainda não observadas com Kentera em ensaios
clínicos ou na pós-comercialização, são anorexia, vómitos, esofagite de refluxo, diminuição da sudorese,
28
golpe de calor, diminuição da produção de lágrima, midríase, taquicardia, arritmia, pesadelos, agitação,
convulsões, hipertensão intraocular e indução de glaucoma, paranoia, fotossensibilidade e disfunção erétil.
População pediátrica
Durante a utilização pós-comercialização neste grupo etário, foram notificados casos de alucinações
(associadas a manifestações de ansiedade) e perturbações do sono relacionados com a oxibutinina. As
crianças podem ser mais sensíveis aos efeitos do medicamento, especialmente às reações adversas do foro
psiquiátrico e do sistema nervoso central.
Notificação de suspeitas de reações adversas
A notificação de suspeitas de reações adversas após a autorização do medicamento é importante, uma vez
que permite uma monitorização contínua da relação benefício-risco do medicamento. Pede-se aos
profissionais de saúde que notifiquem quaisquer suspeitas de reações adversas através do sistema nacional
de notificação mencionado no Apêndice V.
4.9
Sobredosagem
A sobredosagem com oxibutinina tem estado associada a efeitos anticolinérgicos, incluindo excitação do
sistema nervoso central (SNC), rubores, febre, desidratação, arritmia cardíaca, vómitos e retenção urinária.
Os doentes devem ser monitorizados até os sintomas desaparecerem. As concentrações plasmáticas de
oxibutinina começam a diminuir 24 horas depois da aplicação de Kentera. Foi comunicada a ingestão de
100 mg de oxibutinina por via oral em associação com álcool por um rapaz de 13 anos que sofreu perda de
memória e por uma mulher de 34 anos que desenvolveu estupor, seguido de desorientação e agitação ao
despertar, pupilas dilatadas, pele seca, arritmia cardíaca e retenção urinária. Os dois doentes recuperaram
completamente com tratamento sintomático.
5.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1
Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Urológicos, antiespasmódicos urinários, código ATC: G04B D04.
Mecanismo de ação
A oxibutinina atua como um antagonista competitivo da acetilcolina nos recetores muscarínicos
pós-ganglionares, resultando no relaxamento do músculo liso da bexiga.
Efeitos farmacodinâmicos
Em doentes com bexiga hiperativa, caracterizada pela instabilidade ou hiperreflexia do músculo detrusor,
os estudos de cistometria demonstraram que a oxibutinina aumenta a capacidade urinária máxima da
bexiga e aumenta o volume para a primeira contração do detrusor. Desta forma, a oxibutinina diminui a
urgência urinária e a frequência dos episódios de incontinência e de micção voluntária.
A oxibutinina é uma mistura racémica (50:50) de isómeros R e S. A atividade antimuscarínica reside
predominantemente no isómero R. O isómero R da oxibutinina mostra maior seletividade para os subtipos
muscarínicos M1 e M3 (predominantes no músculo detrusor da bexiga e na glândula parótida),
comparativamente ao subtipo M2 (predominante no tecido cardíaco). O metabolito ativo N-desetiloxibutinina - tem atividade farmacológica no músculo detrusor humano que é semelhante à da
oxibutinina em estudos in vitro, mas tem uma maior afinidade de ligação para o tecido da parótida do que
29
a oxibutinina. A forma de base livre da oxibutinina é farmacologicamente equivalente ao cloridrato de
oxibutinina.
Eficácia clínica
A eficácia e segurança de Kentera foram avaliadas em doentes com incontinência urinária de urgência
num único estudo de Fase 3.
O estudo de Fase 3 foi um estudo de grupo paralelo, aleatório, de dupla ocultação e controlado por
placebo que abrangeu 789 doentes. O tratamento de 12 semanas em dupla ocultação incluiu aplicações
diárias de Kentera ou de gel de placebo idêntico. Esteve disponível um tratamento de 14 semanas em
aberto para um subgrupo de doentes que finalizaram o período de dupla ocultação. A maioria dos doentes
era de raça caucasiana (86,3%) e do sexo feminino (89,2%) com uma idade média de 59,4 anos (intervalo:
18 a 88 anos). Aproximadamente 75% dos doentes não fizeram qualquer tratamento farmacológico para a
incontinência.
Os doentes tratados com Kentera tiveram uma redução altamente significativa em termos estatísticos no
número de episódios de incontinência urinária por dia, desde o ponto basal ao endpoint (o endpoint
primário de eficácia), comparativamente ao placebo (p<0,0001), assim como para os endpoints
secundários: uma redução na frequência urinária diária média (p=0,0017) e um aumento no volume médio
de urina por vazio (p=0,0018). Também foram observadas melhorias significativas nas avaliações da
qualidade de vida efectuadas durante o estudo com Kentera.
Na seguinte tabela é apresentado um resumo da alteração média e mediana do ponto basal nos episódios
de incontinência diária (endpoint primário), da frequência urinária e do volume vazio de urina entre os
grupos de tratamento ativo e com placebo.
Alteração média e mediana do ponto basal nos episódios de incontinência, da frequência
urinária e do volume vazio de urina na Semana 12 (LOCF)
Parâmetros
Episódios de incontinência diária
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
Kentera
(N=389)
Média ± DP
Mediana
Placebo
(N=400)
Média ± DP
Mediana
5,4 (3,26)
4,7
-3,0 (2,73)
-2,7
<0,0001
5,4 (3,28)
-2,5 (3,06)
Frequência urinária diária
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
12,4 (3,34)
11,7
-2,7 (3,21)
-2,7
0,0017
12,2 (3,32)
-2,0 (2,82)
Volume vazio de urina (ml)
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
163,4 (65,85)
160,1
21,0 (65,33)
11,5
0,0018
167,9 (68,40)
3,8 (53,79)
--
160,6
0,0
Episódios diários de noctúria
Ponto basal
Alteração desde o ponto basal
Valor-P vs. placebo
2,5 (1,61)
2,3
-0,7 (1,40)
-0,7
0,1372
2,5 (1,71)
-0,7 (1,32)
2,3
-0,7
30
4,7
-2,0
-11,3
-1,7
--
--
Durante o tratamento em dupla ocultação foi observado um efeito positivo significativo na qualidade de
vida com Kentera, com base no Questionário de Impacto da Incontinência (QII). Estes resultados foram
evidentes depois do primeiro mês de tratamento e foram mantidos durante o tratamento em dupla
ocultação, como ilustra a seguinte tabela.
Alteração média (DP) desde o ponto basal para a pontuação total do QII e subescalas na
Semana 12 (LOCF)
Pontuação total
Kentera
(N=389)
-72,1 (80,01)
Placebo
(N=400)
-49,5 (76,59)
Valor-p
(Kentera vs.
Placebo)
0,0005
Subescala de viagem
-20,9 (25,55)
-15,1 (24,82)
0,0068
Subescala de atividade física
-18,0 (23,23)
-13,0 (21,68)
0,0078
Subescala de relações sociais
-15,2 (20,07)
-9,7 (19,27)
0,0019
Subescala de saúde emocional
-18,1 (21,96)
-11,8 (20,64)
0,0002
Pontuação
Também foram observados efeitos positivos importantes para cada domínio de subescala do QII e para
seis dos dez domínios de qualidade de vida, incluindo o domínio do impacto da incontinência, do King’s
Health Questionnaire (KHQ), como ilustrado na seguinte tabela.
31
Alteração média (DP) desde o ponto basal nas Pontuações do Domínio do KHQ na
Semana 12 (LOCF)
Percepção geral da saúde
Kentera
(N=389)
0,4 (12,23)
Placebo
(N=400)
0,1 (11,94)
Valor-p
(Kentera vs.
Placebo)
0,6528
Impacto da incontinência
-27,9 (30,02)
-21,3 (27,05)
0,0023
Gravidade de sintomas
-20,6 (22,90)
-15,8 (21,84)
0,0024
Limitações funcionais
-27,1 (29,24)
-21,3 (27,16)
0,0133
Limitações físicas
-20,2 (30,04)
-16,8 (28,12)
0,1064
Limitações sociais
-11,5 (24,40)
-10,3 (23,46)
0,4468
Relações pessoais
-11,2 (24,96)
-6,2 (19,77)
0,0489
Emoções
-11,7 (24,59)
-8,4 (24,89)
0,0649
Sono e energia
-15,6 (24,18)
-10,3 (22,42)
0,0061
Medidas de gravidade (coping)
-15,3 (21,40)
-11,1 (19,16)
0,0058
Domínio
5.2
Propriedades farmacocinéticas
Absorção
Kentera está formulado para aplicações diárias e é capaz de manter os níveis terapêuticos de oxibutinina
no sangue. A oxibutinina é transportada através da pele intacta e passa para a circulação sistémica por
difusão passiva através do estrato córneo. Após a aplicação de Kentera, a concentração plasmática de
oxibutinina aumenta durante 7 dias, aproximadamente, atingindo as concentrações máximas médias de 4 a
5 ng/ml. As condições de estado estacionário são atingidas depois do sétimo dia de administração. A
diferença entre a AUC e a Cmax da oxibutinina e do metabolito ativo N-desetiloxibutinina, após a
administração transdérmica de Kentera no abdómen, braços/ombros e coxas, não é clinicamente relevante.
Distribuição
A oxibutinina é largamente distribuída nos tecidos corporais após absorção sistémica. O volume de
distribuição foi estimado em 193 l, após administração intravenosa de 5 mg de cloridrato de oxibutinina.
Biotransformação
A oxibutinina administrada por via oral é metabolizada essencialmente pelos sistemas enzimáticos do
citocromo P450, especialmente pela CYP3A4, que se encontra sobretudo no fígado e na parede do
intestino. A expressão da CYP3A e da CYP3A4 pode variar imenso, até 40 vezes, devido ao polimorfismo
genético. Os metabolitos incluem o ácido fenilciclohexilglicólico, que é farmacologicamente inativo, e a
N-desetiloxibutinina, que é farmacologicamente ativa. A administração transdérmica da oxibutinina evita
32
o metabolismo de primeira passagem gastrointestinal e hepático, reduzindo a formação do metabolito
N-desetilo.
Excreção
A oxibutinina é extensamente metabolizada pelo fígado - ver acima - sendo que menos de 0,1% da dose
administrada é excretada na urina sob forma inalterada. Além disso, menos de 0,1% da dose administrada
é excretada sob a forma do metabolito N-desetiloxibutinina.
Transferência de pessoa para pessoa
O potencial de transferência dérmica da oxibutinina de uma pessoa tratada para uma pessoa não tratada foi
avaliado num estudo de dose única, em que os sujeitos tratados com Kentera estiveram em contacto
intenso com um parceiro não tratado durante 15 minutos quer com (N=14 casais) ou sem (N=12 casais)
roupa a proteger a zona da aplicação. Os parceiros não tratados desprotegidos (sem roupa) revelaram
concentrações plasmáticas detectáveis de oxibutinina (Cmax média = 0,94 ng/ml). Dois dos 14 sujeitos não
tratados que participaram no regime de contacto roupa/pele tiveram concentrações plasmáticas
mensuráveis de oxibutinina (Cmax< 0,1 ng/ml) nas 48 horas seguintes ao contacto com sujeitos tratados; a
oxibutinina não foi detectável nos restantes 12 sujeitos não tratados.
Efeitos do duche
O efeito do duche sobre a absorção da oxibutinina foi avaliado num estudo cruzado, aleatório em estado
estacionário sob condições de sem duche ou duche 1, 2 ou 6 horas depois da aplicação de Kentera (N=20).
Os resultados do estudo indicam que tomar duche passada uma hora não afecta a exposição sistémica
global à oxibutinina.
Utilização com protetor solar
O efeito do protetor solar sobre a absorção da oxibutinina, quando aplicado 30 minutos antes ou
30 minutos depois da aplicação de Kentera, foi avaliado num estudo cruzado, aleatório de dose única
(N=16). A aplicação concomitante de protetor solar, quer seja antes ou depois da aplicação de Kentera,
não teve qualquer efeito sobre a exposição sistémica da oxibutinina.
5.3
Dados de segurança pré-clínica
Os dados não clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos de toxicidade
aguda, toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade local. Foram
observadas reações adversas em estudos de embriotoxicidade realizados em coelhos. A uma concentração
de 0,4 mg/kg/dia de oxibutinina administrada por via subcutânea, a ocorrência de anomalias nos órgãos é
significativamente aumentada, mas só é observada na presença de toxicidade materna. No entanto, na
ausência do conhecimento da associação entre a toxicidade materna e o efeito no desenvolvimento, a sua
relevância para a segurança em humanos não pode ser avaliada. No estudo da fertilidade em ratos por via
subcutânea, não foram comunicados efeitos nos machos, mas, nas fêmeas, a fertilidade foi comprometida
e foi identificado um NOAEL (nível de não observação de efeitos adversos) de 5 mg/kg.
Avaliação do Risco Ambiental
A substância ativa oxibutinina persiste no ambiente.
33
6
INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1
Lista dos excipientes
Etanol (96%)
Glicerol
Hidroxipropilcelulose
Hidróxido de sódio (para ajuste do pH)
Água purificada
6.2
Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3
Prazo de validade
2 anos.
6.4
Precauções especiais de conservação
Não refrigerar ou congelar. Conservar a bomba doseadora em posição vertical.
Kentera contém álcool, é considerado inflamável e não deve entrar em contacto com lume.
6.5
Natureza e conteúdo do recipiente
O recipiente multidose é composto por um frasco exterior em polipropileno com um revestimento em
polietileno de baixa densidade (LDPE), uma bomba doseadora em polipropileno com juntas de etilenopropileno-dieno-monómero (EPDM) e uma cápsula de fecho em polipropileno.
Cada recipiente multidose contém, pelo menos, 30 gramas de Kentera e dispensa 30 doses medidas de
1 grama.
Kentera está acondicionado numa caixa contendo 1 recipiente multidose com bomba doseadora.
6.6
Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Antes de utilizar a bomba pela primeira vez, o recipiente multidose deve ser carregado. Para carregar a
bomba, pressione completamente o mecanismo da bomba várias vezes até visualizar o gel. A seguir,
pressione a bomba mais uma vez e elimine essa dose de medicamento para assegurar a administração de
doses exactas. A bomba já está carregada e pronta para utilizar. Depois de concluir o passo do
carregamento, restarão 30 doses completas na bomba. A dose medida deve ser aplicada de imediato.
Volte a posicionar sempre a pequena cápsula de fecho protetora com firmeza na ponta do adaptador da
bomba e a tampa da bomba grande sobre o topo da bomba após cada utilização. Se a bomba ficar
descarregada durante a utilização (nenhum gel é fornecido depois de pressionar a bomba), repita os
passos acima indicados para recarregar a bomba.
Após a aplicação do gel, as mãos devem ser muito bem lavadas de imediato com sabão e água.
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com a roupa, depois do gel ter secado. Evite tomar banho,
nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação com água na hora seguinte à
aplicação.
34
O recipiente multidose vazio deve ser descartado de acordo com as exigências locais.
7.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
8.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/03/270/005
9.
1 recipiente multidose com bomba doseadora
DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 15/06/2004
Data da última renovação: 15/06/2009
10.
DATA DA REVISÃO DO TEXTO
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet, no site da Agência
Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu/
35
ANEXO II
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO
DO LOTE
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
36
A.
TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO
LOTE
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
BT51 3RP
Irlanda do Norte
B.
CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
•
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento sujeito a receita médica.
•
CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO
MEDICAMENTO
Não aplicável.
•
OUTRAS CONDIÇÕES
Sistema de farmacovigilância:
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado deve assegurar que o sistema de farmacovigilância,
apresentada no Módulo 1.8.1 da Autorização de Introdução no Mercado, está implementado e em
funcionamento antes e enquanto o produto estiver no mercado.
37
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
38
A. ROTULAGEM
39
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
CAIXA (contém 2, 8 e 24 sistemas transdérmicos)
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Kentera 3,9 mg / 24 horas sistema transdérmico
oxibutinina
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S)
Cada sistema transdérmico liberta 3,9 mg de oxibutinina por cada 24 horas. Cada sistema transdérmico de
39 cm2 contém 36 mg de oxibutinina.
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Excipientes: triacetina, adesivo acrílico (contendo faixas de 2-etilhexil acrilato; N-vinilpirrolidona e
polímero de hexametilenoglicol dimetacrilato).
Revestimento de proteção: película de poliéster/acetato de etil vinilo; película de poliéster siliconizado
(PET).
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
2 sistemas transdérmicos
8 sistemas transdérmicos
24 sistemas transdérmicos
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Unicamente por via transdérmica.
Não utilizar se o selo da saqueta estiver quebrado.
Aplicar imediatamente após remoção da saqueta.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
Dom/Qua
Seg/Qui
Ter/Sex
Qua/Sab
Qui/Dom
Sex/Seg
Sab/Ter
Aplique um novo sistema transdérmico Kentera duas vezes por semana (todos os 3 a 4 dias).
40
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não refrigerar ou congelar.
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/03/270/001 <8 sistemas transdérmicos>
EU/1/03/270/002 <24 sistemas transdérmicos>
EU/1/03/270/003 <2 sistemas transdérmicos>
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
41
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
kentera
42
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
SAQUETA (Contém 1 sistema transdérmico)
1.
NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Kentera 3,9 mg / 24 horas sistema transdérmico
oxibutinina
Unicamente por via transdérmica.
2.
MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Aplicar imediatamente após remoção da saqueta.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
3.
PRAZO DE VALIDADE
EXP:
4.
NÚMERO DO LOTE
Lote:
5.
CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
Contém 1 sistema transdérmico.
6.
OUTRAS
Não refrigerar ou congelar.
43
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
CAIXA (Contendo 30 saquetas)
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta
oxibutinina
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S)
Cada saqueta de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (como cloridrato) resultando numa
quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia.
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Excipientes: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para ajuste de pH) e água
purificada.
Consultar o folheto informativo para mais informações.
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Gel
30 saquetas de 1 grama.
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Aplicar imediatamente após a abertura.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
Apenas uso cutâneo.
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
44
8.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não refrigerar ou congelar.
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/03/270/004 <30 saquetas>
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
kentera gel
45
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
ROTULAGEM DA SAQUETA
1.
NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta
oxibutinina
Uso cutâneo
2.
MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
3.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4.
NÚMERO DO LOTE
Lote
5.
CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
1 grama
6.
OUTRAS
46
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
RECIPIENTE MULTIDOSE COM BOMBA DOSEADORA
1.
NOME DO MEDICAMENTO
Kentera 90,7 mg/g gel
oxibutinina
2.
DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ATIVA(S)
Cada dose medida de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina (como cloridrato) resultando numa
quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia.
3.
LISTA DOS EXCIPIENTES
Excipientes: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para ajuste de pH) e água
purificada.
Consultar o folheto informativo para mais informações.
4.
FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Gel
1 recipiente multidose com bomba doseadora de 30 gramas
5.
MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Aplicar imediatamente depois de o gel ter sido dispensado pela bomba.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
Apenas uso cutâneo.
6.
ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO
FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7.
OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
47
8.
PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9.
CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não refrigerar ou congelar. Conservar a bomba doseadora em posição vertical.
10.
CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO
UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE
APLICÁVEL
11.
NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
12.
NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/03/270/005 <1 recipiente multidose com bomba doseadora>
13.
NÚMERO DO LOTE
Lote
14.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15.
INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16.
INFORMAÇÃO EM BRAILLE
kentera gel
48
B. FOLHETO INFORMATIVO
49
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Kentera 3,9 mg / 24 horas sistema transdérmico
Oxibutinina
Leia atentamente este folheto antes de utilizar Kentera.
-
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer outros efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
Neste folheto:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
O que é Kentera e para que é utilizado
Antes de utilizar Kentera
Como utilizar Kentera
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Kentera
Outras informações
1.
O QUE É KENTERA E PARA QUE É UTILIZADO
Kentera é utilizado em adultos para controlar os sintomas de incontinência de urgência e/ou aumento da
frequência e urgência de urinar.
Kentera funciona ao permitir que a bexiga se expanda e acomode mais urina.
2.
ANTES DE UTILIZAR KENTERA
Não utilize Kentera:
-
Se tem hipersensibilidade (alergia) à oxibutinina ou a qualquer outro componente de Kentera.
Se tem uma doença rara chamada miastenia grave que faz com que os músculos do corpo fiquem
fracos e cansados facilmente.
Se sofre de esvaziamento incompleto da bexiga durante a micção, a utilização de oxibutinina pode
agravar este problema. Deve informar o seu médico deste problema antes de utilizar Kentera.
Se tem problemas de digestão causados por um esvaziamento incompleto do estômago após uma
refeição, deve consultar o seu médico antes de utilizar Kentera.
Se sofre de glaucoma ou se tem antecedentes familiares de glaucoma, informe o seu médico.
Tome especial cuidado com Kentera:
Se tiver algum dos seguintes problemas:
Problemas de fígado;
Problemas de rins;
50
-
Dificuldade em urinar;
Bloqueio intestinal;
Fezes ensanguentadas;
Fraqueza muscular generalizada;
Deglutição dolorosa.
Como o tratamento com oxibutinina pode causar uma redução da transpiração, existe um risco aumentado
de febre e insolação se estiver exposto a temperaturas ambientes elevadas.
Kentera não é recomendado para utilização em crianças ou adolescentes.
Ao utilizar Kentera com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
A aplicação concomitante do sistema transdérmico Kentera com a toma de outros medicamentos que
tenham efeitos similares, tais como boca seca, prisão de ventre e torpor, pode aumentar a frequência e a
gravidade dos efeitos secundários sentidos.
A oxibutinina pode tornar o trato digestivo mais lento e, por conseguinte, influenciar a absorção de outros
medicamentos orais, ou a utilização deste medicamento juntamente com outros medicamentos pode
aumentar o efeito da oxibutinina. Especialmente:
Cetoconazol, itraconazol ou fluconazol (utilizados no tratamento das infeções fúngicas).
Eritromicina, um antibiótico macrólido (utilizado para tratar infeções bacterianas).
Biperideno, levodopa ou amantadina (utilizados para tratar a doença de Parkinson).
Anti-histamínicos (utilizados no tratamento de alergias, tais como a febre dos fenos).
Fenotiazinas ou clozapina (utilizadas para tratar doenças mentais).
Antidepressivos tricíclicos (utilizados para tratar a depressão).
Dipiridamol (utilizado para tratar os problemas de coagulação de sangue).
Atropina e outros medicamentos anticolinérgicos (utilizados no tratamento de doenças de estômago,
tais como a síndrome do intestino irritável).
Ao utilizar Kentera com alimentos e bebidas
A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Kentera não deve ser utilizado durante a gravidez, exceto se completamente necessário.
Quando a oxibutinina é utilizada durante a amamentação, uma pequena quantidade é excretada no leite
materno. Por conseguinte, não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Como Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva, os doentes devem ser aconselhados a ter
prudência ao conduzir veículos e utilizar máquinas.
51
3.
COMO UTILIZAR KENTERA
Utilizar Kentera sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico
se tiver dúvidas.
Aplique um novo sistema transdérmico Kentera duas vezes por semana (todos os 3 a 4 dias) segundo as
instruções de utilização. Mude o sistema transdérmico nos mesmos dois dias de cada semana, por
exemplo, cada domingo e quarta-feira ou cada segunda-feira e quinta-feira. Impresso no interior da sua
embalagem de Kentera encontrará um calendário para o ajudar a lembrar-se dos dias de administração.
Anote os dias que decidiu utilizar e lembre-se sempre de mudar o sistema transdérmico Kentera nos
mesmos dois dias da semana que escolheu no calendário. Assegure-se que só utiliza um sistema
transdérmico de cada vez e use-o sempre até ser o momento de aplicar um novo.
Onde aplicar
Aplique o sistema transdérmico numa área de pele limpa, seca e intacta do seu abdómen, ancas ou
nádegas. Evite colocar o sistema transdérmico na zona da cintura para evitar que roupa apertada se
esfregue contra o sistema transdérmico. Não exponha o sistema transdérmico ao sol. Coloque o sistema
transdérmico debaixo da sua roupa. Mude de sítio com cada nova aplicação. Não aplique o sistema
transdérmico no mesmo local do seu corpo durante, pelo menos, uma semana.
Como aplicar
Cada sistema transdérmico vem embalado individualmente numa saqueta fechada. Por favor leia as
informações que se seguem antes de começar a utilizar Kentera.
Para utilizar Kentera:
Passo 1: Escolha um local para o sistema transdérmico que esteja:
-
Lavado há pouco tempo, mas seco e frio (espere uns minutos depois de ter tomado um banho ou
duche quente).
Sem pó de talco, creme ou óleo.
Sem feridas, erupções ou outras irritações da pele.
52
Passo 2: Abra a saqueta que contém o sistema transdérmico.
-
Rasgue-a ao longo das setas marcadas no lado direito da saqueta como demonstrado no desenho
abaixo.
Não corte a saqueta com tesoura, pois pode estragar o sistema transdérmico que se encontra no
interior.
Tire o sistema transdérmico para fora da saqueta.
Aplique imediatamente na pele; não manter nem guardar o sistema transdérmico fora da saqueta
fechada.
Passo 3: Aplique uma metade do sistema transdérmico na pele.
-
Cuidadosamente dobre o sistema transdérmico e retire a primeira banda de proteção, que cobre a
superfície adesiva do sistema transdérmico.
Sem tocar na face que cola, pressionar firmemente o sistema transdérmico, com a face adesivo
contra a parte do abdómen, ancas ou nádegas que escolheu previamente para o colocar.
53
Passo 4: Aplique a segunda metade do sistema transdérmico na sua pele.
-
-
Dobre o sistema transdérmico sobre ele mesmo. Faça pressão na banda exterior com firmeza.
Empurre um pouco a banda exterior para a frente de maneira a descolar um canto.
Agarre no canto descolado e retire a segunda camada de proteção. Tente não tocar na parte adesiva
do sistema transdérmico.
Com a ponta dos dedos, faça pressão sobre o sistema transdérmico contra a pele. Faça pressão
durante, pelo menos, 10 segundos para ter a certeza que está bem colocado. Assegure-se que toda a
área do sistema transdérmico, mesmo os cantos, adere perfeitamente.
Deite fora as bandas protetoras.
Tomar banho, duche, nadar e praticar desporto:
Deve usar cada sistema transdérmico sempre até ser altura de colocar um novo. Banhos, duches, natação e
desporto não perturbam o Kentera desde que não esfregue o sistema transdérmico ao lavar-se. Evite a
imersão prolongada em água quente, que pode descolar o sistema transdérmico.
Se o sistema transdérmico se descolar:
Se o sistema transdérmico começar a descolar-se, faça pressão com a ponta dos dedos. O sistema
transdérmico está concebido de maneira a voltar a colar. O descolamento completo acontece muito
raramente. Se tal acontecer tente repô-lo no mesmo local. Se o sistema transdérmico voltar a colar
completamente, deixe-o no lugar. Se não, tire-o e coloque um novo sistema transdérmico num novo local.
Qualquer que seja o dia em que isto aconteça, continue com o seu programa que marcou na sua
embalagem de sistemas transdérmicos, de duas vezes por semana.
Caso se tenha esquecido de substituir o seu sistema transdérmico após 3-4 dias:
Logo que se lembrar, retire o sistema transdérmico antigo e coloque um novo num outro local no seu
abdómen, ancas ou nádegas. Qualquer que seja o dia em que isto aconteça, continue com o seu programa
de duas vezes por semana, mesmo se tiver que mudar o sistema transdérmico mais cedo que os 3-4 dias
habituais.
Como retirar
Quando mudar de sistema transdérmico, retire o antigo sistema transdérmico lentamente. Dobre-o ao meio
(lados que colam juntos) e deite-o fora, sem o colocar ao alcance das crianças e animais domésticos. É
possível que a pele se encontre avermelhada, no local da aplicação. Esta cor desaparecerá algumas horas
depois de ter retirado o sistema transdérmico. Se a irritação continuar contacte o seu médico.
Se ficar na pele algum resíduo de adesivo depois de ter retirado o sistema transdérmico lave o local com
água morna e sabão suave. Uma pequena quantidade de óleo para bebé também serve para remover algum
54
resíduo excessivo. Auréolas de adesivo que se tornem sujas podem precisar de toalhetes para remoção de
adesivos, disponíveis em farmácias. Não deverá utilizar álcool ou outros solventes que podem irritar a
pele.
Após utilização, o sistema transdérmico ainda contém quantidades substanciais de componentes ativos. Os
componentes ativos restantes do sistema transdérmico podem ter efeitos nocivos se entrarem em contacto
com o ambiente aquático. Por isso, depois da remoção, o sistema transdérmico deve ser dobrado em dois,
com as partes adesivas para dentro para que a face que liberta o medicamento não esteja exposta ao ar, e
deve ser colocado na saqueta de origem e depois deitado fora cuidadosamente sem estar ao alcance das
crianças. Qualquer sistema transdérmico quer tenha sido utilizado ou não deve ser deitado fora de acordo
com as exigências locais ou devolvido à farmácia. Os sistemas transdérmicos utilizados não devem ser
deitados na sanita nem em qualquer sistema de lixo líquido.
Se utilizar mais Kentera do que deveria
O doente não deve aplicar mais do que um sistema transdérmico em cada ocasião.
Caso se tenha esquecido de utilizar Kentera
Aplique um sistema transdérmico Kentera assim que der por falta dele, ou se tiver falhado o dia marcado
para a aplicação.
Se parar de utilizar Kentera
A sua incontinência de urgência pode voltar e pode sentir um aumento da frequência de urinar, se decidir
parar de usar o sistema transdérmico. Continue a utilizar Kentera, enquanto o seu médico aconselhar.
Fale com o seu médico ou farmacêutico, caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Kentera pode causar efeitos secundários, no entanto, estes não se
manifestam em todas as pessoas.
A frequência dos possíveis efeitos secundários, abaixo indicados, é definida de acordo com a seguinte
convenção:
Muito frequentes (afeta mais de 1 em 10 utilizadores)
Frequentes (afeta 1 a 10 em 100 utilizadores)
Pouco frequentes (afeta 1 a 10 em 1.000 utilizadores)
Raros (afeta 1 a 10 em 10.000 utilizadores)
Muito raros (afeta menos de 1 em 10.000 utilizadores)
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
Efeito secundário muito frequente
comichão em redor do local de administração do sistema transdérmico
Efeitos secundários frequentes
vermelhidão ou erupção cutânea no local de administração do sistema transdérmico
boca seca
prisão de ventre
diarreia
indisposição
55
-
mal-estar no estômago
dor de cabeça ou sonolência
infeções do trato urinário
visão turva
tonturas
Efeitos secundários pouco frequentes
infecão do trato respiratório superior ou infeções fúngicas
ansiedade
confusão
nervosismo
agitação
dificuldade em dormir
palpitações
afrontamentos
dor de costas
retenção urinária
dificuldade em urinar
constipação comum
lesão acidental
Efeitos secundários raros
reação de pânico
confusão mental
alucinações
desorientação
deterioração da memória
perda de memória
cansaço fora do normal
falta de concentração
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto,
fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. Ao comunicar efeitos
secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
5.
COMO CONSERVAR KENTERA
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Kentera após o prazo de validade impresso na saqueta e na caixa.
Não refrigerar ou congelar.
O sistema transdérmico usado deve ser dobrado ao meio, com as partes adesivas para dentro para que a
face que liberta o medicamento não esteja exposta ao ar, colocado na saqueta de origem e, então, deitado
fora cuidadosamente sem ficar ao alcance das crianças. Qualquer sistema transdérmico, usado ou não,
deve ser deitado fora de acordo com as exigências locais ou devolvido à farmácia. Os sistemas
transdérmicos usados não devem ser eliminados na sanita nem em qualquer sistema de lixo líquido.
56
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Kentera
A substância ativa é oxibutinina. Cada sistema transdérmico liberta 3,9 mg de oxibutinina por cada
24 horas. Cada sistema transdérmico de 39 cm2 contém 36 mg de oxibutinina.
Os outros componentes são: Cada sistema transdérmico contém triacetina e uma solução adesiva acrílica.
A oxibutinina, a triacetina e o adesivo acrílico estão revestidos por uma película de proteção transparente
em PET/EVA e cobertos por uma banda de libertação de poliéster siliconizado.
Qual o aspecto de Kentera e conteúdo da embalagem
Kentera é um sistema transdérmico e está acondicionado em caixas contendo 2, 8 e 24 sistemas
transdérmicos. Cada sistema transdérmico está coberto por uma película de proteção transparente, no lado
do sistema que está revestido com os componentes farmacêuticos. A película de proteção deve ser retirada
antes da aplicação do sistema transdérmico.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da
autorização de introdução no mercado.
België/Belgique/Belgien
Eurocept BV
Tél/Tel: +31 (0) 35 528 8377
Luxembourg/Luxemburg
Eurocept BV
Tél/Tel: +31 (0) 35 528 8377
България
Nicobrand Limited
Великобритания (Обединеното кралство)
Teл.: +44 (0) 28 7086 8733
Magyarország
Nicobrand Limited
Nagy-Britannia
Tel.: +44 (0) 28 7086 8733
Česká republika
Herbacos Recordati s.r.o.
Tel: +420 466 741 915
Malta
Nicobrand Limited
Ir-Renju Unit
Tel: +44 (0) 28 7086 8733
Danmark
Orion Pharma A/S
Tlf: +45 49 12 66 00
Nederland
Eurocept BV
Tel: +31 (0) 35 528 8377
Deutschland
Recordati Pharma GmbH
Tel: +49 (0) 731 7047 0
Norge
Orion Pharma AS
Tlf: +47 40 00 42 10
57
Eesti
Nicobrand Limited
Ühendkuningriik
Tel: +44 (0) 28 7086 8733
Österreich
Haemo- Pharma Consult GmbH
Tel: +43 (0) 2689 3116 0
Ελλάδα
Recordati Hellas Pharmaceuticals A.E.
Τηλ: +30 210-6773822
Polska
Nicobrand Limited
Wielka Brytania
Tel.: +44 (0) 28 7086 8733
España
Laboratorios Gebro Pharma, S.A.
Tel: +34 93 205 86 86
Portugal
Jaba Recordati S.A.
Tel: +351 21 4329 500
France
Laboratoires BOUCHARA-RECORDATI
Tél: +33 (0) 1 45 19 10 00
România
Nicobrand Limited
Marea Britanie
Tel: +44 (0) 28 7086 8733
Ireland
Recordati Ireland Ltd.
Tel: +353 (0) 21 4379400
Slovenija
Nicobrand Limited
Velika Britanija
Tel: +44 (0) 28 7086 8733
Ísland
Nicobrand Limited
Bretland
Sími: +44 (0) 28 7086 8733
Slovenská republika
Herbacos Recordati s.r.o.
Česká republika
Tel: +420 466 741 915
Italia
Innova Pharma S.p.A.
Tel: +39 02 48787.1
Suomi/Finland
Orion Corporation
Puh/Tel: +358 10 4261
Κύπρος
Recordati Hellas Pharmaceuticals A.E.
Ελλάδα
Τηλ: +30 210-6773822
Sverige
Orion Pharma AB
Tel: + 46 8 623 64 40
Latvija
Nicobrand Limited
Lielbritānija
Tel: +44 (0) 28 7086 8733
United Kingdom
Orion Pharma (UK) Ltd
Tel: +44 (0) 1635 520300
Lietuva
Nicobrand Limited
Jungtinė Karalystė
Tel: +44 (0) 28 7086 8733
Hrvatska
Nicobrand Limited
Ujedinjeno Kraljevstvo
Tel: +44 (0) 28 7086 8733
Este folheto foi aprovado pela última vez em
58
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos (EMA) http://www.ema.europa.eu
59
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Kentera 90,7 mg/g gel em saqueta
Oxibutinina
Leia atentamente este folheto antes de utilizar Kentera.
-
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer outros efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
Neste folheto:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
O que é Kentera e para que é utilizado
Antes de utilizar Kentera
Como utilizar Kentera
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Kentera
Outras informações
1. O QUE É KENTERA E PARA QUE É UTILIZADO
Kentera contém a substância ativa oxibutinina e é utilizado em adultos para controlar os sintomas de
incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência de urinar.
Kentera funciona ao permitir que a bexiga se expanda e acomode mais urina.
2. ANTES DE UTILIZAR KENTERA
Não utilize Kentera
-
Se tem hipersensibilidade (alergia) à oxibutinina ou a qualquer outro componente de Kentera.
Se tem uma doença rara chamada miastenia grave que faz com que os músculos do corpo fiquem
fracos e cansados facilmente.
Se sofre de glaucoma ou se tem antecedentes familiares de glaucoma, informe o seu médico.
Se tem dificuldade em esvaziar a bexiga.
Se é incapaz de ter movimentos intestinais completos.
Tome especial cuidado com Kentera
Se tiver algum dos seguintes problemas:
Problemas de fígado;
Problemas de rins;
Dificuldade em urinar;
Bloqueio intestinal;
60
-
Fezes ensanguentadas;
Fraqueza muscular generalizada;
Deglutição dolorosa;
Impossibilidade de esvaziar a bexiga ao urinar;
Retenção de alimentos no estômago após as refeições;
Idade superior a 65 anos;
Secura de boca crónica que tenha resultado em doença periodontal ou infeções fúngicas orais;
Doença nervosa que afeta as funções involuntárias do corpo, incluindo o ritmo cardíaco, tensão
arterial, transpiração e digestão;
Problemas com a memória, linguagem ou capacidades cognitivas;
Uma doença neurológica progressiva caracterizada pelo tremor dos músculos em descanso, rigidez,
lentidão de movimentos, perda de equilíbrio e um andar arrastado;
Tiroide hiperativa que pode causar aumento de apetite, perda de peso ou suores;
Estreitamento dos vasos sanguíneos que fornecem sangue e oxigénio ao coração;
Problemas de coração que possam causar falta de ar ou inchaço nos tornozelos;
Batimento cardíaco irregular;
Batimento cardíaco mais acelerado;
Tensão arterial alta;
Próstata aumentada.
Como o tratamento com oxibutinina pode causar uma redução da transpiração, existe um risco aumentado
de febre e insolação se estiver exposto a temperaturas ambientes elevadas.
Crianças e adolescentes
Kentera não é recomendado para utilização em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Ao utilizar Kentera com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
A aplicação concomitante de Kentera com a toma de outros medicamentos que tenham efeitos similares,
tais como boca seca, prisão de ventre e torpor, pode aumentar a frequência e a gravidade dos efeitos
secundários sentidos.
A oxibutinina pode tornar o trato digestivo mais lento e, por conseguinte, influenciar a absorção de outros
medicamentos orais, interferir nas terapêuticas dos movimentos intestinais, e a utilização deste
medicamento juntamente com outros medicamentos pode aumentar o efeito da oxibutinina.
Especialmente:
Cetoconazol, itraconazol ou fluconazol (utilizados no tratamento das infeções fúngicas).
Eritromicina, um antibiótico macrólido (utilizado para tratar infeções bacterianas).
Biperideno, levodopa ou amantadina (utilizados para tratar a doença de Parkinson).
Anti-histamínicos (utilizados no tratamento de alergias, tais como a febre dos fenos).
Fenotiazinas, butirofenona ou clozapina (utilizadas para tratar doenças mentais).
Antidepressivos tricíclicos (utilizados para tratar a depressão).
Quinidina (utilizada para tratar ritmos cardíacos anormais).
Dipiridamol (utilizado para tratar os problemas de coagulação de sangue).
Atropina e outros medicamentos anticolinérgicos (utilizados no tratamento de doenças de estômago,
tais como a síndrome do intestino irritável).
Ao utilizar Kentera com alimentos e bebidas
61
A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool.
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Fale com o seu médico antes de utilizar Kentera, se estiver ou puder estar grávida, ou estiver a planear
engravidar. Não deve utilizar Kentera se estiver grávida, a não ser por indicação do seu médico.
Se for uma mulher em idade fértil, deve fazer um teste de gravidez antes de utilizar Kentera. Deve utilizar
algum método contracetivo, quando estiver a utilizar Kentera.
Uma pequena quantidade de oxibutinina administrada oralmente é excretada no leite materno. Por
conseguinte, não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação.
Mantenha os locais de aplicação protegidos com roupa quando estiver em contacto com mulheres
lactantes ou bebés lactentes.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva. Tenha um cuidado especial quando conduzir ou
utilizar máquinas.
3.
COMO UTILIZAR KENTERA
Utilizar Kentera sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico
se tiver dúvidas.
A dose habitual é uma saqueta, aplicada uma vez por dia sobre pele seca e intacta na zona do abdómen,
braços/ombros ou coxas, que fornece 4 mg de oxibutinina em 24 horas.
Importante: Kentera só pode ser aplicado na pele. Kentera não pode ser ingerido. Evite o contacto com
os olhos, nariz, feridas abertas, pele recentemente rapada e pele com erupções ou outras zonas não
aprovadas para a aplicação de Kentera.
Passo 1. Os locais de aplicação aprovados para Kentera são as zonas sombreadas apresentadas na
Figura A. Estas são o abdómen (zona do estômago), braço/ombro e coxa.
Escolha um local aprovado para a aplicação de Kentera. Apenas aplique Kentera sobre pele
intacta.
Os locais de aplicação devem ser rotativos. Não deve aplicar Kentera no mesmo local em dias
consecutivos. Rodar os locais de aplicação aprovados em cada dose pode ajudar a reduzir o risco
de desenvolvimento de irritações cutâneas. Não aplique Kentera numa zona que não seja
aprovada.
62
Figura A:
Frente
Atrás
Passo 2. Lave as mãos com sabão e água antes de aplicar Kentera.
Passo 3. Lave a zona onde irá aplicar Kentera com sabão e água.
Deixe secar completamente a zona.
Passo 4. Suavemente friccione Kentera na pele até secar.
Não continue a friccionar depois de Kentera ter secado. Se aplicar Kentera no estômago, tenha
cuidado para evitar a zona em redor do umbigo. Ver Figura B.
Figura B:
Passo 5. Após a aplicação de Kentera, lave imediatamente muito bem as mãos com sabão e água.
Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação
com água na hora seguinte à aplicação.
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado.
Como usar as saquetas:
Passo 1. Abra a saqueta precisamente antes de utilizar. Ver Figura C.
63
Figura C:
Verta todo o conteúdo da saqueta na sua mão (palma da mão ou pontas dos dedos) ou diretamente sobre o
local da aplicação. (Ver Figura D).
Aperte a saqueta desde o fundo até à abertura. Repita até a saqueta estar vazia. A quantidade de gel em
cada saqueta deverá ter o tamanho de uma moeda pequena (20 mm de diâmetro) sobre a pele.
Figura D:
Passo 2. Cuidadosamente, elimine a saqueta aberta, para evitar que crianças ou animais sejam expostos
ao fármaco.
Se utilizar mais Kentera do que deveria
Não deve aplicar mais do que uma saqueta durante um período de 24 horas.
Caso se tenha esquecido de utilizar Kentera
Aplique uma única dose assim que se aperceber que falhou uma aplicação.
Se parar de utilizar Kentera
A sua incontinência de urgência pode voltar e pode sentir um aumento da frequência de urinar, se decidir
parar de usar o gel. Continue a utilizar Kentera, enquanto o seu médico aconselhar.
Fale com o seu médico ou farmacêutico, caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Kentera pode causar efeitos secundários, no entanto, estes não se
manifestam em todas as pessoas.
64
A frequência dos possíveis efeitos secundários, abaixo indicados, é definida de acordo com a seguinte
convenção:
Muito frequentes (afeta mais de 1 em 10 utilizadores)
Frequentes (afeta 1 a 10 em 100 utilizadores)
Pouco frequentes (afeta 1 a 10 em 1.000 utilizadores)
Raros (afeta 1 a 10 em 10.000 utilizadores)
Muito raros (afeta menos de 1 em 10.000 utilizadores)
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis)
Efeitos secundários frequentes
dor de cabeça
tonturas
boca seca
prisão de ventre
comichão
comichão, inflamação ou dor no local da aplicação
Efeitos secundários pouco frequentes
infeção na bexiga
ansiedade
confusão
nervosismo
agitação
dificuldade em dormir
níveis baixos de potássio no sangue, que podem causar fraqueza muscular, contrações ou ritmo
cardíaco anormal
preocupação
sonolência, entorpecimento
sabor persistente na boca, alteração e sensação anormal do paladar (isto é, sabor metálico na boca)
sono perturbado
tremores
sensação de areia nos olhos, picadas
tonturas ou sentir-se a “andar à roda”
batimento cardíaco irregular
batimento cardíaco irregular rápido
pele acentuadamente vermelha
tosse
aumento de muco, mucosidade
fezes moles ou aguadas
indisposição, enjoos
indigestão, azia
vómitos
inchaço dos vasos sanguíneos em redor do ânus
erupção na pele
pele seca
erupção na pele com comichão
dor ou dificuldade ao urinar
sangue na urina
dor de rins
início retardado ou lento do fluxo urinário
cansaço, exaustão
inchaço dos tornozelos, pés ou dedos dos pés
pequenos nódulos no local da aplicação
65
-
dormência no local da aplicação
vermelhidão no local da aplicação
irritação no local da aplicação
dor no local da aplicação
nódulos com pus no local da aplicação
electrocardiograma anormal (ECG ou EKG, teste do coração)
alteração no ECG ou EKG
níveis elevados de cloretos no sangue
Efeitos secundários raros
reação de pânico
confusão mental
alucinações
desorientação
deterioração da memória
perda de memória
cansaço fora do normal
falta de concentração
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto,
fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. Ao comunicar efeitos
secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
5.
COMO CONSERVAR KENTERA
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Kentera após o prazo de validade impresso na saqueta e na caixa após VAL. O prazo de
validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não refrigerar ou congelar.
Kentera contém álcool e é considerado inflamável. O medicamento não deve entrar em contacto com
lume.
Aplique imediatamente após a abertura da saqueta. Elimine as saquetas vazias e o produto não utilizado de
acordo com as exigências locais.
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Kentera
-
A substância ativa é oxibutinina. Cada saqueta de 1 grama de gel contém 90,7 mg de oxibutinina,
resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia.
-
Os outros componentes são: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para
ajuste de pH) e água purificada.
66
Qual o aspecto de Kentera e conteúdo da embalagem
Kentera é um gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida que se encontra
acondicionado em saquetas de dose única. Cada saqueta contém 1 g de gel. Cada caixa contém 30
saquetas.
A saqueta é fabricada com um material laminado, revestido por múltiplas camadas de película.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
Este folheto foi aprovado pela última vez em
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu
67
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Kentera 90,7 mg/g gel
Oxibutinina
Leia atentamente este folheto antes de utilizar Kentera.
-
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detetar quaisquer outros efeitos secundários não
mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
Neste folheto:
1.
2.
3.
4.
5.
6.
O que é Kentera e para que é utilizado
Antes de utilizar Kentera
Como utilizar Kentera
Efeitos secundários possíveis
Como conservar Kentera
Outras informações
1.
O QUE É KENTERA E PARA QUE É UTILIZADO
Kentera contém a substância ativa oxibutinina e é utilizado em adultos para controlar os sintomas de
incontinência de urgência e/ou aumento da frequência e urgência de urinar.
Kentera funciona ao permitir que a bexiga se expanda e acomode mais urina.
2.
ANTES DE UTILIZAR KENTERA
Não utilize Kentera
-
Se tem hipersensibilidade (alergia) à oxibutinina ou a qualquer outro componente de Kentera.
Se tem uma doença rara chamada miastenia grave que faz com que os músculos do corpo fiquem
fracos e cansados facilmente.
Se sofre de glaucoma ou se tem antecedentes familiares de glaucoma, informe o seu médico.
Se tem dificuldade em esvaziar a bexiga.
Se é incapaz de ter movimentos intestinais completos.
Tome especial cuidado com Kentera
Se tiver algum dos seguintes problemas:
Problemas de fígado
Problemas de rins
Dificuldade em urinar
Bloqueio intestinal
Fezes ensanguentadas
Fraqueza muscular generalizada
68
-
Deglutição dolorosa
Impossibilidade de esvaziar a bexiga ao urinar
Retenção de alimentos no estômago após as refeições
Idade superior a 65 anos
Secura de boca crónica que tenha resultado em doença periodontal ou infeções fúngicas orais
Doença nervosa que afeta as funções involuntárias do corpo, incluindo o ritmo cardíaco, tensão
arterial, transpiração e digestão
Problemas com a memória, linguagem ou capacidades cognitivas
Uma doença neurológica progressiva caracterizada pelo tremor dos músculos em descanso, rigidez,
lentidão de movimentos, perda de equilíbrio e um andar arrastado
Tiroide hiperativa que pode causar aumento de apetite, perda de peso ou suores
Estreitamento dos vasos sanguíneos que fornecem sangue e oxigénio ao coração
Problemas de coração que possam causar falta de ar ou inchaço nos tornozelos
Batimento cardíaco irregular
Batimento cardíaco mais acelerado
Tensão arterial alta
Próstata aumentada
Como o tratamento com oxibutinina pode causar uma redução da transpiração, existe um risco aumentado
de febre e insolação se estiver exposto a temperaturas ambientes elevadas.
Crianças e adolescentes
Kentera não é recomendado para utilização em crianças ou adolescentes com menos de 18 anos de idade.
Ao utilizar Kentera com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
A aplicação concomitante de Kentera com a toma de outros medicamentos que tenham efeitos similares,
tais como boca seca, prisão de ventre e torpor, pode aumentar a frequência e a gravidade dos efeitos
secundários sentidos.
A oxibutinina pode tornar o trato digestivo mais lento e, por conseguinte, influenciar a absorção de outros
medicamentos orais, interferir nas terapêuticas dos movimentos intestinais, e a utilização deste
medicamento juntamente com outros medicamentos pode aumentar o efeito da oxibutinina.
Especialmente:
Cetoconazol, itraconazol ou fluconazol (utilizados no tratamento das infeções fúngicas).
Eritromicina, um antibiótico macrólido (utilizado para tratar infeções bacterianas).
Biperideno, levodopa ou amantadina (utilizados para tratar a doença de Parkinson).
Anti-histamínicos (utilizados no tratamento de alergias, tais como a febre dos fenos).
Fenotiazinas, butirofenona ou clozapina (utilizadas para tratar doenças mentais).
Antidepressivos tricíclicos (utilizados para tratar a depressão).
Quinidina (utilizada para tratar ritmos cardíacos anormais).
Dipiridamol (utilizado para tratar os problemas de coagulação de sangue).
Atropina e outros medicamentos anticolinérgicos (utilizados no tratamento de doenças de estômago,
tais como a síndrome do intestino irritável).
Ao utilizar Kentera com alimentos e bebidas
A oxibutinina pode causar torpor ou visão turva. O torpor pode aumentar com o consumo de álcool.
69
Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Fale com o seu médico antes de utilizar Kentera, se estiver ou puder estar grávida, ou estiver a planear
engravidar. Não deve utilizar Kentera se estiver grávida, a não ser por indicação do seu médico.
Se for uma mulher em idade fértil, deve fazer um teste de gravidez antes de utilizar Kentera. Deve utilizar
algum método contracetivo, quando estiver a utilizar Kentera.
Uma pequena quantidade de oxibutinina administrada oralmente é excretada no leite materno. Por
conseguinte, não é recomendada a utilização de oxibutinina durante a amamentação.
Mantenha os locais de aplicação protegidos com roupa quando estiver em contacto com mulheres
lactantes ou bebés lactentes.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Kentera pode produzir torpor, sonolência ou visão turva. Tenha um cuidado especial quando conduzir ou
utilizar máquinas.
3.
COMO UTILIZAR KENTERA
Utilizar Kentera sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico
se tiver dúvidas.
A dose habitual é o conteúdo de uma dose dispensada pelo recipiente multidose com bomba doseadora,
aplicada uma vez por dia, sobre a pele do abdómen, braços/ombros ou coxas, que fornece 4 mg de
oxibutinina em 24 horas.
Importante: Kentera só pode ser aplicado na pele. Kentera não pode ser ingerido. Evite o contacto com
os olhos, nariz, feridas abertas, pele recentemente rapada e pele com erupções ou outras zonas não
aprovadas para a aplicação de Kentera.
Passo 1. Os locais de aplicação aprovados para Kentera são as zonas sombreadas apresentadas na Figura
A. Estas são o abdómen (zona do estômago), braço/ombro e coxa.
Escolha um local aprovado para a aplicação de Kentera. Apenas aplique Kentera sobre pele
intacta.
Os locais de aplicação devem ser rotativos. Não deve aplicar Kentera no mesmo local em dias
consecutivos. Rodar os locais de aplicação aprovados em cada dose pode ajudar a reduzir o risco
de desenvolvimento de irritações cutâneas. Não aplique Kentera numa zona que não seja
aprovada.
70
Figura A:
Frente
Atrás
Passo 2. Lave as mãos com sabão e água antes de aplicar Kentera.
Passo 3. Lave a zona onde irá aplicar Kentera com sabão e água.
Deixe secar completamente a zona.
Passo 4. Suavemente friccione Kentera na pele até secar.
Não continue a friccionar depois de Kentera ter secado. Se aplicar Kentera no estômago, tenha
cuidado para evitar a zona em redor do umbigo. Ver Figura B.
Figura B:
Passo 5. Após a aplicação de Kentera, lave imediatamente muito bem as mãos com sabão e água.
Evite tomar banho, nadar, tomar duche, praticar exercício físico ou molhar o local da aplicação
com água na hora seguinte à aplicação.
Recomenda-se que proteja o local da aplicação com roupa, depois de Kentera ter secado.
Como utilizar o recipiente multidose com bomba doseadora:
É importante ler e seguir estas instruções sobre a correta utilização da bomba Kentera.
Passo 1. Antes de utilizar a bomba pela primeira vez, deve carregar a bomba Kentera. Para carregar a
bomba, pressione completamente o mecanismo da bomba várias vezes até visualizar o gel. A
seguir, pressione a bomba mais uma vez e elimine essa dose de medicamento para assegurar a
administração de doses exatas. A bomba já está carregada e pronta para utilizar. Depois de
concluir o passo do carregamento, restarão 30 doses completas na bomba.
71
Passo 2. Pressione completamente a bomba para a mão (palma da mão ou dedos) ou diretamente para o
local da aplicação. A quantidade de gel de uma bombada deverá ter o tamanho de uma moeda
pequena (20 mm de diâmetro) sobre a pele. Aplique como indicado acima. Volte a posicionar
sempre a pequena cápsula de fecho protetora com firmeza na ponta do adaptador da bomba e a
tampa da bomba grande sobre o topo da bomba após cada utilização. Se a bomba ficar
descarregada durante a utilização (nenhum gel é fornecido depois de pressionar a bomba), repita
os passos acima indicados para recarregar a bomba. Após a administração de 30 doses, elimine a
bomba Kentera. A bomba de Kentera deve ser eliminada no lixo doméstico de modo a evitar
uma aplicação acidental ou ingestão por membros da casa ou animais de estimação.
Se utilizar mais Kentera do que deveria
Não deve aplicar mais do que uma única dose medida durante um período de 24 horas.
Caso se tenha esquecido de utilizar Kentera
Aplique uma única dose assim que se aperceber que falhou uma aplicação.
Se parar de utilizar Kentera
A sua incontinência de urgência pode voltar e pode sentir um aumento da frequência de urinar, se decidir
parar de usar o gel. Continue a utilizar Kentera, enquanto o seu médico aconselhar.
Fale com o seu médico ou farmacêutico, caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento.
4.
EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Kentera pode causar efeitos secundários, no entanto, estes não se
manifestam em todas as pessoas.
A frequência dos possíveis efeitos secundários, abaixo indicados, é definida de acordo com a seguinte
convenção:
Muito frequentes (afeta mais de 1 em 10 utilizadores)
Frequentes (afeta 1 a 10 em 100 utilizadores)
Pouco frequentes (afeta 1 a 10 em 1.000 utilizadores)
72
-
Raros (afeta 1 a 10 em 10.000 utilizadores)
Muito raros (afeta menos de 1 em 10.000 utilizadores)
Desconhecido (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis).
Efeitos secundários frequentes
dor de cabeça
tonturas
boca seca
prisão de ventre
comichão
comichão, inflamação ou dor no local da aplicação
Efeitos secundários pouco frequentes
infeção na bexiga
ansiedade
confusão
nervosismo
agitação
dificuldade em dormir
níveis baixos de potássio no sangue, que podem causar fraqueza muscular, contrações ou ritmo
cardíaco anormal
preocupação
sonolência, entorpecimento
sabor persistente na boca, alteração e sensação anormal do paladar (isto é, sabor metálico na boca)
sono perturbado
tremores
sensação de areia nos olhos, picadas
tonturas ou sentir-se a “andar à roda”
batimento cardíaco irregular
batimento cardíaco irregular rápido
pele acentuadamente vermelha
tosse
aumento de muco, mucosidade
fezes moles ou aguadas
indisposição, enjoos
indigestão, azia
vómitos
inchaço dos vasos sanguíneos em redor do ânus
erupção na pele
pele seca
erupção na pele com comichão
dor ou dificuldade ao urinar
sangue na urina
dor de rins
início retardado ou lento do fluxo urinário
cansaço, exaustão
inchaço dos tornozelos, pés ou dedos dos pés
pequenos nódulos no local da aplicação
dormência no local da aplicação
vermelhidão no local da aplicação
irritação no local da aplicação
dor no local da aplicação
nódulos com pus no local da aplicação
73
-
electrocardiograma anormal (ECG ou EKG, teste do coração)
alteração no ECG ou EKG
níveis elevados de cloretos no sangue
Efeitos secundários raros
reação de pânico
confusão mental
alucinações
desorientação
deterioração da memória
perda de memória
cansaço fora do normal
falta de concentração
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste folheto,
fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro. Também poderá comunicar efeitos secundários
diretamente através do sistema nacional de notificação mencionado no Apêndice V. Ao comunicar efeitos
secundários, estará a ajudar a fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
5.
COMO CONSERVAR KENTERA
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Kentera após o prazo de validade impresso no recipiente multidose com bomba doseadora e na
caixa após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não refrigerar ou congelar. Conservar a bomba doseadora em posição vertical.
Kentera contém álcool e é considerado inflamável. O medicamento não deve entrar em contacto com
lume.
Aplicar imediatamente após o fornecimento da dose do recipiente multidose com bomba doseadora.
Elimine os recipientes multidose vazios de acordo com as exigências locais.
6.
OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Kentera
-
A substância ativa é oxibutinina. Cada dose medida de 1 grama de gel contém 90,7 mg de
oxibutinina, resultando numa quantidade nominal de aproximadamente 4 mg/dia.
-
Os outros componentes são: etanol (96%), glicerol, hidroxipropilcelulose, hidróxido de sódio (para
ajuste de pH) e água purificada.
Qual o aspecto de Kentera e conteúdo da bomba
Kentera é um gel hidroalcoólico transparente, suave, incolor e inodoro de secagem rápida que se encontra
acondicionado num recipiente multidose com bomba doseadora. Cada recipiente multidose contém, pelo
menos, 30 gramas de Kentera e dispensa 30 doses medidas de 1 grama. Cada embalagem contém
1 recipiente multidose com bomba doseadora.
74
O recipiente multidose é composto por uma garrafa exterior com revestimento, um fecho com bomba
doseadora e uma cápsula de fecho.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Nicobrand Limited
189 Castleroe Road
Coleraine
Irlanda do Norte
BT51 3RP
Este folheto foi aprovado pela última vez em
Informação pormenorizada sobre este medicamento está disponível na Internet no site da Agência
Europeia de Medicamentos http://www.ema.europa.eu
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