1 Tolerância ao Exercício na DPOC Depleção nutricional na DPOC

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DEPLEÇÃO DA MASSA MAGRA DO CORPO E
CAPACIDADE FUNCIONAL DE EXERCÍCIO EM
PACIENTES COM DPOC
Suzana E Tanni, Fernanda F Sanchez, Paulo A Lucheta, Márcia M
Faganello, Nilva G Pelegrino, Irma Godoy
Disciplina de Pneumologia
Departamento de Clínica Médica
Unesp
Faculdade de Medicina de Botucatu
Clínica
Médica
Tolerância ao Exercício na DPOC
hDiminuição da tolerância ao exercício
ƒ Limita o desempenho durante as atividades da
vida diária
ƒ Está associada com menor sobrevida
Pinto-Plata, Eur Respir J 2004
Depleção nutricional na DPOC
ƒ IMC < 21 kg/m2 ocorre em aproximadamente 14%
dos pacientes
ƒ Depleção muscular: índice de massa magra do
corpo (IMMC) <16 kg/m2 (homens) e 15 kg/m2
(mulheres)
9 25% dos pacientes com estádio GOLD 2 e 3 e em mais
de 40% dos pacientes com GOLD IV
Anker, Clínical Nutrition 2006
1
Desnutrição e mortalidade em DPOC
ƒ Diminuição de massa magra sistêmica (MMC) (bioimpedância)
Schols, Am J Clin 2005
ƒ Valores área muscular
(antropometria)
do
braço
(AMB)<P25
Soler-Cataluna , Chest 2005
ƒ Valores área muscular da coxa < 70 cm2 (TC) e
VEF1<50%
Marquis, Am J Respir Crit Care Med 2002
Tolerância ao Exercício e Desnutrição
ƒ Maioria dos estudos com cicloergometria (VO2max)
ƒ A capacidade máxima de exercício está reduzida em pacientes
com depleção nutricional
Baarends, Eur Respir J 1997 -Palange, Chest 1998
Yoshikawa, Chest 1999
Tolerância ao Exercício e Desnutrição
ƒ Ausência de associação entre o IMC e a porcentagem
do peso ideal a DP6
Gray-Donald, Am J Respir Dis 1989
Oga, Heart & Lung 2002
ƒ Acúmulo de gordura e não perda de MMC associada
com limitação funcional (DP6)
Eisner , Respir Res 2006
2
Diferenças entre caminhar e pedalar
ƒ Resposta ventilatória, dispnéia e
fadiga
muscular
durante
a
caminhada e o exercício no
ciclogergômetro
Palange, J Appl Phys 2000
Man, Am J Respir Crit Care Med 2004
Pepin, Am J Respir Crit Care Med 2005
Hipótese
As diferenças fisiológicas e de sintomas entre o
caminhar e o pedalar podem modular a influência da
depleção da MMC na distância caminhada em 6
minutos
OBJETIVO
Avaliar a influência da depleção de MMC sistêmica
na capacidade funcional de exercício avaliada pelo
teste de caminhada de seis minutos (TC6) em
pacientes com DPOC
3
CASUÍSTICA
62 Pacientes
36 pacientes sem
depleção de MMC
ƒ
26 pacientes com
depleção de MMC
DEPLEÇÃO: IMMC <15 kg/m2 (mulheres) e <16 kg/m2 (homens)
Schols, Am J Clin Nutr 2005
MÉTODOS
ƒ
Espirometria: pré e pós-broncodilatador
ƒ
Oximetria de pulso
ƒ
Dispnéia: MMRC e BDI
ƒ
Composição do corpo (antrop e BI)
ƒ
Qualidade
de
vida:
Saint
George´s
Respiratory
Questionnaire (SGRQ)
ƒ
Teste de caminhada de seis minutos
ƒ
Índice BODE
ƒ
Índice de Comorbidades de Charlson
MÉTODOS
Área muscular do membro superior e inferior - TC
Heymsfield, Annals Inter Med 1979
Lukaski , Am J Clin Nutr 1987
4
Força muscular periférica
Uma repetição máxima –1RM
Bíceps
Tríceps
Powers & Howley, 2000
Leg Press
Análise estatística
ƒ
Comparação entre grupos: Teste t ou Mann-Whitney
ƒ
Correlação: Pearson ou Spearman
ƒ
Regressão múltipla: Forward Stepwise Regression
Características dos pacientes com DPOC
V a lo r P
N ã o - d e p le t a d o s
(N = 3 6 )
D e p le t a d o s
(N = 2 6 )
Id a d e , a n o s
6 3 .1 (9 .9 )
6 5 .5 ( 8 .3 )
= 0 .3 4
G ê n e ro , M /F
2 6 /1 0
1 6 /1 0
= 0 .4 8
V E F 1 ( % p r e v is to )
5 9 .8 (2 4 .5 )
4 9 .0 (1 8 )
= 0 .0 6
S p O 2 (% )
9 3 .0 ( 9 0 .5 – 9 5 .0 )
9 3 .0 ( 8 8 .0 - 9 4 .0 )
= 0 .3 7
IM C ( k g /m 2 )
2 8 .8 ( 2 5 .4 - 3 2 .6 )
2 2 .5 ( 2 0 .2 - 2 3 .6 )
< 0 .0 0 1
4 4 .9 ( 5 .2 )
3 9 .9 ( 6 .9 )
< 0 .0 0 1
M M C (k g )
M G (k g )
MMRC
S G R Q e s c o re to ta l (% )
Ìn d ic e B O D E
C h a rls o n
2 9 .5 ( 9 .9 )
2 0 .5 ( 5 .8 )
< 0 .0 0 1
1 .0 ( 1 . 0 – 2 .0 )
1 .0 (1 .0 – 2 .0 )
= 0 .1 6
3 9 .5 (1 7 .8 )
4 0 .0 ( 1 8 .6 )
= 0 .9 0
2 .0 ( 0 . 5 – 4 .0 )
3 .0 (1 .0 – 4 .0 )
= 0 .4 0
3 .0 (1 .3 )
3 .3 ( 1 .0 )
= 0 .3 3
5
Força e massa musculares de MMII e MMSS
Pacientes sem
depleção de
MMC
Pacientes com
depleção de
MMC
N=36
N=26
Valor P
ASTMS
43.6 ± 9.7
28.8 ± 8.2
Bíceps kg
21,5 ± 5,1
16,4 ± 5,6
<0,001
<0,001
20,5 ± 4,6
16,0 ± 5,7
41,0 ± 9.1
29.8 ± 6.9
<0.001
87,9 ± 21,3
71,9 ± 19,5
<0,05
Tríceps kg
ASTMI
Leg Press kg
<0.001
Força muscular ajustada para massa
1,2
Depletados
Não-Depletados
Força Muscular (kg/cm2)
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
Bíceps
Leg Press
Distância percorrida em seis minutos
700
140
Depletado
Não-Depletado
DP6, m
100
500
80
400
60
300
DP6, % do previsto
120
600
40
200
20
0
1
2
3
4
5
6
6
Associação entre a DP6 e massa muscular de
MMII e sensação de dispnéia
ASTMI
MMRC
BDI
0,33*
- 0,25*
0,27*
DP6, m
*p< 0,05
Coeficiente de regressão ajustado e intervalo de confiança de 95% para a
associação entre a distância percorrida em seis minutos, VEF1, MMRC
Variável
Determinante
Coeficiente
95% IC
VEF1
0.15 (0.002; 3.07)
R2
Adjustado
DP6 (m)
Valor P
<0.002
0.39
MMRC
- 0.23 (-37.1; -0.11)
<0.002
Conclusão
• Os resultados indicam que a MMC é a principal
determinante
da
força
muscular
periférica;
entretanto, a capacidade funcional de exercício
parece ser limitada principalmente pela sensação
de dispnéia em pacientes com DPOC
7
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