UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MATEUS MACHADO ESTUDO SOBRE ALIANÇAS MERCADOLÓGICAS PARA A GUITTS COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA. Balneário Camboriú 2009 2 MATEUS MACHADO ESTUDO SOBRE ALIANÇAS MERCADOLÓGICAS PARA A GUITTS COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA. Monografia apresentada para a obtenção do título de Bacharel em Administração de empresas, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Dr. James Luiz Venturi Balneário Camboriú 2009 3 MATEUS MACHADO ESTUDO SOBRE ALIANÇAS MERCADOLÓGICAS PARA A GUITTS COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA. Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em Administração e aprovada pelo Curso de Administração de empresas da Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú. Área de Concentração: Administrativa Balneário Camboriú, 30 de junho de 2009. _________________________________ Prof. MSc. Dr. James Luiz Venturi Orientador(a) ___________________________________ Prof. MSc. Ricardo Titericz Avaliador(a) ___________________________________ Prof. MSc. Marcos Aurélio Batista Avaliador(a) 4 EQUIPE TÉCNICA Estagiário(a): Mateus Machado Área de Estágio: Marketing Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder Supervisor da Empresa: Luiz Fernando Zago Professor(a) orientador(a): Prof. Dr. James Luiz Venturi 5 DADOS DA EMPRESA Razão Social: Guitt’s Comércio de Móveis Ltda. Endereço: Rodovia BR101 Km 150 número 3030 Bairro Morretes Itapema - SC Setor de Desenvolvimento do Estágio: Administrativo Duração do Estágio: 240 horas Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Luiz Fernando Zago – Sócioproprietário Carimbo do CNPJ da Empresa: 09.009.560/0001-81 6 RESUMO O trabalho trata de estratégias mercadológicas envolvendo a empresa Guitt’s Comércio de Móveis Ltda., com seus potenciais parceiros, tais como construtoras, lojas de móveis planejados, empresas de iluminação, gesso, automação, arcondicionado e profissionais autônomos como arquitetos e designer de interiores, todos da cidade de Itapema e selecionados de acordo com a população conhecida através do cadastro pesquisado pela CDL (Centro de Dirigentes Lojistas) e lista telefônica. Para tal, abordou-se temas como: Conceitos de Marketing, Composto Mercadológico, Estratégias de Marketing como posicionamento estratégico e planejamento estratégico orientado ao consumidor, Plano de Marketing e Marketing de Relacionamento. Foi realizada uma pesquisa envolvendo 20 pessoas, através de um questionário estruturado, com questões de múltipla escolha, semi-aberta e de intenção. Para a analise dos resultados, foi utilizado gráficos de excel para facilitar as interpretações e comparações entre as respostas, verificando assim a coerência das respostas para um melhor resultado final do trabalho. Resultantes de uma população total de 49 pessoas, a amostra estudada totalizou 20 profissionais das quais o pesquisador acredita ser prováveis parceiros para a empresa em estudo. Assim, a pesquisa tem por objetivo realizar uma abordagem sobre quais ações de marketing que poderiam ser implantadas na Guitt’s Comércio de Móveis Ltda., respondendo consequentemente os objetivos específicos e o objetivo geral citado anteriormente. Nesta pesquisa, pode-se observar alguns resultados muito significativos, como por exemplo, a grande importância da diversidade dos produtos oferecidos na loja e a carência de um contato direto mais freqüente pela empresa para com seus parceiros. Palavras-chaves: Marketing. Estratégias. Alianças e parcerias. 7 RESUMEN El trabajo se ocupa de las estrategias de comercialización de la empresa que participen en el comercio Guitt Muebles Ltda.., Con sus socios potenciales, como la construcción, tiendas de muebles previsto, las empresas de iluminación, el yeso, la automatización, aire acondicionado y trabajo como freelance de diseño de interiores y arquitectos , todos de la ciudad de Itapema y seleccionados de acuerdo a la población conocido por el registro buscado por el CDL (Centro de Líderes de comerciantes) y la libreta de teléfonos. Para ello, se abordaron cuestiones tales como: Conceptos de Marketing, compuesto de Marketing, estrategias de marketing y posicionamiento estratégico y la planificación estratégica orientada al consumidor, Plan de Marketing y Marketing de servicios. Se realizó una búsqueda de la participación de 20 personas a través de un cuestionario estructurado, con preguntas de opción múltiple, de medio abierto y la intención. Para el análisis de los resultados, los gráficos de Excel se utiliza para facilitar la interpretación y la comparación entre las respuestas, por lo tanto, comprobar la coherencia de las respuestas a un mejor resultado final trabalho. Resultantes de una población total de 49 personas, la muestra incluyó 20 profesionales que el investigador cree que es probable que la empresa en socio estudo. Assim, la investigación apunta a lograr un enfoque en que acciones de marketing que se podría desplegar en el móvil del Comercio Ltda. Guitt., respondiendo en consecuencia el objetivo general y objetivos específicos citados anteriormente. En esta investigación, usted puede ver algunos resultados muy significativos, tales como la importancia de la diversidad de los productos ofrecidos en la tienda y la falta de una mayor frecuencia de contacto directo con la empresa a sus socios. Palabras clave: Marketing. Estrategias. Alianzas y asociaciones. 8 LISTA DE FIGURAS / TABELAS / QUADROS Figura 1 Matriz BCG 34 Figura 2 Importância para o Parceiro 41 Figura 3 Importância para o Cliente 41 Figura 4 Definição para Indicações 42 Figura 5 Prioridades 4 C(s) 43 Figura 6 Associação da Marca Guitt’s 44 Figura 7 Necessidade de Publicidade 45 Figura 8 Tipo de Mídia Sugerida para a Guitt’s 45 Figura 9 Grau de Relacionamento 46 Figura 10 Relacionamento com Concorrentes 47 Figura 11 Benefícios dos Concorrentes 48 Figura 12 Interesses para Parceria 49 Figura 13 Nível de Confiança da Guitt’s 50 Figura 14 Melhorias para Parcerias 51 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 10 1.1 Tema ....................................................................................................... 10 1.2 Problema ................................................................................................. 10 1.3 Objetivo Geral .......................................................................................... 11 1.3.1 Objetivos Específicos .............................................................................. 11 1.4 Justificativa .............................................................................................. 11 1.5 Contexto do Ambiente de Estágio ........................................................... 12 1.6 Organização do Trabalho ........................................................................ 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................... 15 2.1 Marketing.................................................................................................. 15 2.1.1 Conceito de Marketing.............................................................................. 15 2.1.2 Composto Mercadológico......................................................................... 19 2.2 Estratégia de Marketing ........................................................................... 21 2.2.1 Posicionamento Estratégico..................................................................... 21 2.2.2 Planejamento Estratégico Orientado ao Consumidor............................... 25 2.3 Plano de Marketing .................................................................................. 29 2.4 Marketing de Relacionamento ................................................................. 35 3 METODOLOGIA ...................................................................................... 38 3.1 Tipologia de Pesquisa ............................................................................. 38 3.2 Sujeito do Estudo ..................................................................................... 38 3.3 Instrumento de Pesquisa ......................................................................... 39 3.4 Análise e Apresentação ........................................................................... 39 3.5 Limitações da Pesquisa ........................................................................... 39 4 RESULTADOS ........................................................................................ 40 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 53 10 1 INTRODUÇÃO 1.1 Tema A grande importância que o marketing tem para o desenvolvimento das organizações e para a conquista de seus objetivos faz com que cada vez mais este assunto seja abordado e estudado profundamente. Segundo (KOTLER; ARMSTRONG, 2003), o bom marketing é essencial para o sucesso de toda organização, seja ela grande ou pequena, sem fins lucrativos, nacional ou global. É através do marketing que a organização se dedica e trabalha todas suas atenções a fim de oferecer benefícios para seus clientes, proporcionando o máximo de satisfação e consequentemente retorno financeiro para a empresa. Existe uma tendência de as empresas não verem mais seus clientes apenas como fornecedores de lucro e renda, mas como parceiros em uma relação de confiança mútua para o bem em comum (FURLONG, 1994). Cada vez mais, a preocupação das organizações em transformarem seus clientes em parceiros, através de estratégias específicas do marketing estudadas nesta monografia estão resultando em grandes conquistas neste ambiente muito competitivo. Segundo Miguel (2006), os objetivos da estratégia de marketing de relacionamento são acessíveis graças a necessidade da empresa ser competitiva para sobreviver no atual mundo dos negócios. A Guitt’s Comércio de Móveis tem esta preocupação. Através desta monografia tenta buscar como pode fazer com que clientes sejam seus parceiros. Como buscar parcerias para seus resultados se tornarem mais satisfatórios comparados com o atual. Com quem, onde buscar e quais vantagens e desvantagens para agir desta forma. 1.2 Problema Que possíveis estratégias poderiam ser adotadas para a formação de alianças mercadológicas na Guitt’s Comércio de Móveis Ltda? 11 1.3 Objetivo Geral: Identificar as possíveis estratégias para a formação de alianças mercadológicas na Guitt’s Comércio de Móveis Ltda. 1.3.1 Objetivos Específicos: - identificar possíveis parceiros; - quantificar os atores de referencia no processo de alianças; - descrever situações reais adotadas pelos concorrentes; - analisar o ambiente interno e ações desenvolvidas pela Guitts. 1.4 Justificativa: Itapema é o terceiro destino de turistas em Santa Catarina e nos últimos anos vem deixando de ser apenas uma praia de descanso para se constituir em uma das cidades que mais crescem na construção civil no estado. A localização de Itapema é privilegiada, na beira da duplicada BR-101, vizinha a Balneário Camboriú, a praia mais movimentada do sul do país. Distante pouco mais de meia hora de Florianópolis, é a porta de entrada dos municípios de Porto Belo e Bombinhas. De acordo com dados coletados pela prefeitura de Itapema, no ano de 2007 foram aprovados pelo setor de planejamento uma quantia de 164.110,78 metros quadrados de área a serem construídas na cidade, no ano de 2008 foram 311.307,29 metros quadrados e atualmente estão em andamento 370.772 metros quadrados sendo construídos com previsão de finalização entre 2009 a 2014. Devido a este cenário da qual favorece muito para o setor da construção civil, profissionais autônomos como arquitetos, designers, engenheiros, e comerciantes de móveis e decorações, a Guitts Interiores escolheu esta cidade para instalar, no ano de 2007, sua mais nova loja. Contudo, apesar deste cenário favorável, a Guitts tem a percepção de que poderia obter resultados mais significativos dos atuais. 12 Com apenas 2 anos no mercado de Itapema, a Guitts interiores possui concorrentes com mais tradição na cidade, obtendo grandes dificuldades para se estabelecer em meio a sociedade local e com profissionais da qual procura um relacionamento para eventuais parcerias. Na cidade de Itapema, de acordo o cadastro da CDL, são numeradas 6 lojas de móveis planejados, 2 empresas de ar-condicionado, 4 de instalação de gesso, 8 construtoras, 4 empresas de automação e 7 de iluminação. Existem na cidade, 8 designers de interiores e 10 escritórios de Arquitetura e Urbanismo, na qual se somariam as lojas citadas acima como potenciais possíveis parceiros para a Guitts Interiores. Com isso, procura-se através deste trabalho orientar e indicar possíveis ações para que a Guitts interiores atinja seus objetivos, através de ações mercadológicas que possam trazer mais resultados para e empresa. 1.5 Contexto do ambiente de estágio: A empresa Guitt’s Comércio de Móveis Ltda., foi fundada no dia 20 de setembro de 2007. Estrategicamente localizada ás margens da Rodovia Br 101, na cidade de Itapema, seus sócios-fundadores decidiram abrir sua terceira loja nesta localização pela alta aceleração do crescimento do mercado imobiliário na região. Apesar de possuir uma Razão Social independente, é considerada por seus sócios como a terceira loja de uma rede de lojas chamada Central dos Estofados Ltda., da qual uma localiza-se na cidade de Lages e outra em Balneário Camboriú. Com 1.400 metros quadrados de área de exposição, a Guitt’s possui um amplo espaço para ambientação dos móveis e decorações. Em um evento realizado no dia 19 de junho de 2008, foi firmada uma parceria com Arquitetos e Designers de Interiores da região, na qual foi oferecido os espaços da loja para cada profissional montar seu espaço a fim de poderem divulgar seu trabalho aos clientes da loja, garantindo em troca a recíproca destes profissionais para aumentar seu faturamento. Até então, pode-se dizer que os resultados esperados através desta ação não foram concretizados. A Guitt’ Interiores possui em sua equipe de vendas, 3 colaboradores, sendo uma jovem com certa experiência anterior no comércio varejista de roupas, de 13 mesmo público alvo da Guitts e que além de vendedora, exerce o papel de auxilio ao gerente geral. Outra pessoa da equipe se trata de um rapaz de 30 anos cursando Design de Interiores e que além de vendas, exerce o papel de projetista, realizando projetos em um programa chamado PROMOB, na qual a loja oferece para seus clientes a visualização em computador do espaço que está ambientando. A terceira pessoa de vendas é uma senhora com vasta experiência no ramo de móveis que adquiriu em uma loja na cidade de Tijucas. Além de vendedora, pela sua grande experiência auxilia também na aquisição dos produtos que a loja comercializa. No setor de apoio, trabalha um jovem que tem como função principal a montagem dos móveis e a organização do estoque, e como seus colegas uma senhora responsável pela limpeza e um vigilante que dá segurança á toda equipe. Gerenciando esta equipe um jovem de 27 anos com experiência de ter realizado um excelente trabalho quando aos 18 anos abriu seu próprio negócio em sua cidade natal no estado do Rio Grande do Sul que foi convidado a ficar responsável por este mais novo empreendimento da família Zago em Itapema. A Guitt’s busca oferecer à seus clientes tudo de mais moderno e sofisticado em se tratando de Móveis e Decorações fabricados no Brasil, produtos personalizados e em muitos dos casos totalmente exclusivos no estado de Santa Catarina. 1.6 Organização do trabalho: O presente trabalho é constituído por diversos capítulos, além das referencias bibliográficas consultadas. No capítulo 1 (um) um está o tema em estudo, objetivo geral e específicos, a definição do problema e suas justificativas, além da contextualização do ambiente do estágio. No capítulo 2 (dois), a fundamentação teórica, divididas no primeiro momento em Conceitos do Marketing e o Composto Mercadológico, com destaque para citações de Kotler, Mccarthy e Las Casas. No mesmo capítulo, subdividiu-se a Estratégia de Marketing no Posicionamento Estratégico, e no Planejamento Estratégico Orientado ao Consumidor, com destaques aos autores Dias, Ferrel, 14 Czinkota e Griffin. A seguir, ainda no capítulo 2 (dois), estudou-se o Plano de Marketing, destacando-se os autores Rocha e Ambrosio. Para finalizar este capítulo, foi estudado o Marketing de Relacionamentos, sendo Kotler novamente a principal fonte estudada. O capítulo 3 (três) reservou-se à metodologia, divididas em 5 partes. A primeira parte corresponde a Tipologia de pesquisa, da qual se refere a um caráter exploratório através de uma pesquisa qualitativa. Na segunda parte, indicou-se o sujeito do estudo, demonstrado através de 20 profissionais nas áreas de construção civil divididos por algumas características sinalizadas neste capítulo. O Instrumento de Pesquisa, através de um questionário com perguntas de múltipla-escolha, de intenção e semi-abertas foram mencionadas na terceira etapa da Metodologia. Na quarta etapa realizou-se uma análise e apresentação, onde descreveu-se como os dados foram apresentados. Para encerrar a Metodologia, foram descritas as limitações da pesquisa, na qual o pesquisador mencionou suas dificuldades para a realização deste trabalho. Em seguida, no capítulo 4 (quatro), mostrou-se os resultados da pesquisa, incluindo os questionários e análises individuais de cada pergunta com seus respectivos gráficos e interpretações. As Considerações Finais são o fechamento do trabalho. Neste quinto capítulo, obteve-se a percepção do trabalho e foram sugeridas medidas para a empresa estudada obter seus objetivos, através de várias ações mencionadas. 15 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 MARKETING 2.1.1 Conceito No Brasil, por volta de 1954, o termo marketing foi traduzido por mercadologia, no momento em que surgiram os primeiros movimentos para implantação de um curso específico em estabelecimento de ensino superior, e desde então tem sido adotada essa expressão (LAS CASAS, 1997). A palavra marketing significa mercado, que forma consumidores com necessidades similares que está disposto a trocar algo de valor com quem estiver disposto a oferecer bens ou serviços (MCCARTHY; JUNIOR, 1997). Entretanto, o termo em inglês significa ação no mercado, com uma conotação dinâmica de ação e não simplesmente de estudos do mercado, como a tradução sugere. Porém, uma importante característica diferenciada após esta definição é a postura dos comerciantes que devem considerar o consumidor como o ponto chave na criação de uma prestação de serviço ou produto (LAS CASAS, 1997). Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício. Seus objetivos são: conquistar novos consumidores, prometendo lucro, e manter consumidores atuais, propiciando satisfação (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Esta deve ser a postura que todos os níveis da organização devem-se incorporar, desde o mais alto executivo até o escalão mais baixo. Esta orientação é que diferencia as empresas modernas que utilizam o marketing como ferramenta para bons negócios, visando o cliente como fonte de criação para um novo produto ou serviço (LAS CASAS, 1997). A função do marketing mais do que qualquer outro departamento em uma organização, é de entender, criar, comunicar e proporcionar ao cliente valor e satisfação do produto ou serviço oferecido (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Segundo Las Casas (1997), no ano de 1960 a Associação Americana de Marketing definiu marketing como desempenho das atividades comerciais que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário. 16 Pode-se dizer que é uma orientação para a administração, onde procura explicitamente a satisfação do consumidor, atendendo a suas necessidades, levando em conta sua satisfação e bem-estar (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). Trata de identificar as necessidades do consumidor e desenvolver produtos que as satisfaçam, sendo que essas necessidades mudam constantemente a cada geração (CZINKOTA et al, 2001). “É uma função gerencial, que busca equilibrar a oferta da organização a demandas específicas do mercado, utilizando como ferramental um conjunto de princípios e técnicas. Um processo social regulado a oferta e a demanda de bens e serviços para atender às necessidades sociais” (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). Para Czinkota (2001), o bom marketing é essencial para o sucesso de toda organização, seja ela grande ou pequena, ou sem fins lucrativos, nacional ou global. O marketing está em toda nossa volta. Pode-se ver o resultado final dele em anúncios de TV, na sua revista, sua caixa de correspondência ou nas páginas da Internet. Em casa, na escola, no trabalho e nos locais de lazer, você está exposto ao marketing em praticamente tudo que faz. Contudo, existem muito mais sobre o marketing do que nossos olhos conseguem ver superficialmente. Por trás disto tudo, há um grande número de pessoas e atividades disputando sua atenção e seu dinheiro (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Durante muito tempo o marketing era visto como um enfeite ou uma forma de abrilhantar um produto acreditava-se que com a eficiência e qualidade do produto não havia necessidade de marketing (PADILHA, 2000). Com a expansão dos negócios nos anos 60 e 70, o mercado teve um grande povoamento, ocorrendo uma competição no mercado, e para combater essa competitividade o conceito de marketing evoluiu para o marketing estratégico, sendo uma busca pela vantagem competitiva sustentável satisfazendo as necessidades dos clientes (CZINKOTA, 2001). Muitas pessoas ainda pensam que marketing é apenas propaganda. Por todos os dias sermos bombardeados por comerciais de televisão, anúncios em jornais e revistas, campanhas de mala-direta, ofertas na Internet e campanhas de tele marketing, acabamos nos precipitando achando que marketing é apenas isto. No entanto, venda e propaganda é apenas uma parte do marketing, muito 17 importantes, mas apenas duas das inúmeras funções do marketing (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). A publicidade é a parte do glamour, o lado divertido, a arte, ela aparece mais, ela se relaciona com a mídia, por isso as pessoas logo pensam que o marketing é a propaganda. A venda somente é efetuada após um produto ser produzido. Portanto, o marketing deve ser entendido em satisfazer as necessidades do cliente antes mesmo de criar este produto. (PADILHA, 2000). Para a criação deste novo produto, os administradores devem fazer uma análise para avaliar as necessidades dos consumidores e determinar se há uma oportunidade lucrativa. Esta análise continua por toda a vida do produto, na busca de encontrar novos clientes e manter os clientes já conquistados diante de melhorias do mesmo produto (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). O marketing é uma orientação de gerenciamento que realça a satisfação do cliente, atividades utilizadas para implementar sua filosofia, um processo de planejamento e execução da concepção, do preço, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e das organizações (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). Realizado um bom trabalho, acaba-se percebendo as necessidades dos consumidores, desenvolvendo produtos que oferecem valor superior e preços vantajosos, distribuindo-os e promovendo-os de maneira eficiente, esses produtos serão vendidos mais facilmente (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Sendo então uma facilitação de trocas mutuas satisfatórias entre empresa, produto, cliente, mercado. Participando da concepção, precificação, promoção e distribuição de idéias, mercadorias e serviços (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). “Definimos marketing como um processo administrativo e social onde se obtêm suas necessidades e desejos, pela oferta e troca de produtos e valor” (KOTLER; ARMSTRONG, 2003). Segundo Dias (2006), o objetivo do marketing é conhecer e compreender tão bem o cliente que o produto ou serviço se adapte a ele e se venda por si só, deixando o cliente a ponto de comprar, e o marketing apenas disponibilizar o seu produto ou serviço. Além de ser um conjunto de atividades desempenhado por uma organização, é um processo social, onde existe em níveis micro e macro. O micro examina os 18 consumidores e as organizações que os envolve. O macro adota uma visão ampla de nosso sistema completo de produção-distribuição (MCCARTHY; JUNIOR, 1997). MICROMARKETING: é o desempenho de realizar os objetivos de uma organização, recorrendo das necessidades do consumidor ou cliente e dirigindo-lhes um fluxo de bens e serviços a partir de um fabricante ou produto. O marketing deve partir das necessidades dos consumidores potenciais, e não com o processo de produção. Assim sendo, é o marketing que deve determinar que bens e serviços devam ser desenvolvidos para posteriormente ser produzido, incluindo-se as decisões sobre o design de produto e embalagem, preços, política de transporte e estocagem, propaganda e vendas, garantias. MACROMARKETING: “bens e serviços de produtores e consumidores que iguale eficazmente a oferta e demanda e realize os objetivos da sociedade”. Para os autores, toda sociedade necessita de um sistema de macromarketing. O principal objetivo desse sistema é igualar as diferenças entre a oferta e a demanda e, ao mesmo tempo, realizar os objetivos da sociedade. Para isso, os planejadores governamentais decidem o que e quanto deve ser produzido e distribuído, por quem, quando, para quem e por que. A principal tarefa para os produtores é atender as quotas de produção que lhes forem atribuídas. Os preços são estabelecidos pelos planejadores governamentais e tendem a ser muito rígidos, não se alterando em função da oferta e da demanda (LAMB; HAIR; MCDANIEL, 2004). O planejamento governamental só pode funcionar relativamente bem à medida que uma economia seja simples e a variedade de bens e serviços seja pequena. Caso contrário não funciona por se tornarem mais complexas (MCCARTHY; JUNIOR, 1997). O colapso do comunismo na Europa Oriental nos mostra exatamente esta situação. Os cidadãos da antiga União Soviética não estavam satisfeitos com o plano do governo porque os produtos desejados não estavam disponíveis. Um sistema eficaz de macromarketing é necessário para o desenvolvimento econômico. Geralmente o aperfeiçoamento de marketing é o caminho do crescimento das nações menos desenvolvidas. O Macromarketing está preocupado com a maneira que a economia global funciona. Micromarketing foca as atividades das empresas individuais (MCCARTHY; JUNIOR, 1997). 19 2.1.2 Composto Mercadológico O composto de marketing descreve o conjunto de ferramentas à disposição da gerência para influenciar as vendas. Esta fórmula tradicionalmente é chamada de Quatro Ps (Product – produto, Price – preço, Place – ponto, Promotion – promoção). Os guardiões dos Quatro Ps argumentam que o Packaging (embalagem) está incluída no esquema como parte do Product (produto), e que a força de venda é ferramenta de Promoção, junto com propaganda, promoção de vendas, relações públicas e marketing direto (KOTLER, 2003). De acordo com Rocha e Christensen (1999), para o marketing, o produto transcende sua forma externa, pois o que a organização oferece deve ser visto não a partir do que ele é para a organização, mas a partir do que ele significa para o consumidor. O composto de marketing representa elementos controláveis de sua estratégia, mais precisamente em quatro áreas de decisões: produto, preço, distribuição e promoção, os Quatro Ps (CZINKOTA et al, 2001). Para que o marketing funcione, é preciso gerenciar o composto de marketing de maneira integrada. É importante selecionar as ferramentas de marketing apropriadas ao estágio do ciclo de vida do produto (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). Para o lançamento de um produto, por exemplo, a propaganda e publicidade produzirão melhor retorno nesta etapa. As promoções de vendas e as vendas pessoais tornam-se mais importantes durante o estágio de maturidade do produto. Na fase de declínio, a empresa deve intensificar as promoções de vendas, mas reduzir a propaganda, a publicidade e as vendas diretas (CZINKOTA et al, 2001). Para Westwood (1996), todo o produto possui um ciclo de vida. Desde a introdução, passando pela primeira etapa de crescimento, após vem a etapa do crescimento mais acelerado, a maturidade (onde o produto já atingiu um crescimento significativo e pode-se conquistar crescimento adicional desenvolvendo versões melhoradas do mesmo produto. Após estas etapas vem a saturação e o declínio, onde certamente a concorrência já deu resultado e o produto acabou por ser substituído por um novo. (WESTWOOD,1996.) 20 Continuando a falar dos 4 Ps, o P de ponto seriam os canais, previsão de vendas e logística. O P de promoção em: público-alvo, venda pessoal, propaganda, promoção de vendas, marketing direto e relações púlicas. E o P de Preço em: nível de preço, descontos, margens e financiamentos (AMBROSIO,1999). O preço define as condições básicas pelas quais o vendedor e o comprador estão dispostos a realizar a troca. Sob o ponto de vista da empresa, o preço pode ser visto como a compensação recebida pelos produtos e serviços que oferece ao mercado. Sob o ponto de vista do comprador, o preço expressa aquilo que ele está disposto a dar para obter o que a empresa lhe oferece. (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999. p.108) Existem muitas tentativas de acréscimos de P s por diversas partes, como por exemplo, no setor de serviços, onde se indaga fazer parte do Produto. Á medida que os serviços se tornam mais importantes, os profissionais de marketing de serviços sugeriram o acréscimo de 3 aos Quatro Ps originais, sendo o Pessoal, Procedimentos e Peculiaridades físicas (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). Outros sugeriram o acréscimo de Personalização ao mix de marketing. Afinal, os profissionais de marketing tinham de decidir o grau de personalização do produto, além do preço, do ponto e da promoção (KOTLER, 2003). Na opinião de Kotler (2003), a inclusão de Política e Relações Públicas (politics e public relations) seria incluída, por também influenciarem a capacidade de venda da empresa. Quando os profissionais de marketing raciocinam sob a abordagem dos Quatro Cs para os clientes-alvo, fica muito mais fácil definir os Quatro Ps (CZINKOTA et al, 2001). Segundo Kotler (2003), uma crítica muito freqüente é a de que os Quatro Ps representam à mentalidade do vendedor, não a mentalidade do cliente. Robert Lauterborn sugere que os vendedores deveriam primeiramente trabalhar com os 4Cs antes de partir para os Quatro Ps. Os Quatro Cs são: • Costomer value (valor para o cliente, ao invés de produto); • Customer costs (custos para o cliente, em vez de apenas preço); • Convenience (conveniência, em vez de ponto); • Communication (comunicação, em vez de promoção). Concluem-se assim os aspectos conceituais e o composto mercadológico, partindo agora para algumas estratégias de marketing. 21 2.2 ESTRATÉGIA DE MARKETING 2.2.1 Posicionamento Estratégico A qualidade do produto não garante o sucesso da empresa, “ninguém está interessado em comprar brocas, as pessoas compram furos”. Os furos poderão ser feitos com outra tecnologia, a empresa tem que evoluir, caso contrário não irá sobreviver (PADILHA, 2000). O bom uso de um produto necessita de um bom serviço. O marketing pode mostrar ao mercado a necessidade deste, viabilizando o interesse de incentivador ou de desestimulador do determinado produto (VAZ, 2003). A marca diferencia empresas e produtos, um profissional inteligente pode diferenciar seu produto apelando para o valor da marca, personalização da marca. Uma marca não substitui o aprendizado sobre as necessidades e as preferências específicas de cliente e seu atendimento (PEPPERS; ROGERS e DORF, 2001). Para Padilha (2000), para obtermos benefícios do marketing é preciso criar estratégias, ações e políticas, políticas do produto, de preços, de ponto comercial, de pessoas, de parcerias, e assim trilhar um caminho científico e comprovado. Adotar um posicionamento influencia as percepções dos consumidores, mostrando o local da oferta do produto, muitas empresas adotam uma posição única diferenciando o produto, ressaltando as diferenças entre o produto e a oferta de concorrentes, podendo alternar com o preço e qualidade, aplicação, usuários de produtos, categoria do produto ou concorrente (LAMB; HAIR e MCDANIEL, 2004). É de extrema importância deixar um canal aberto de relacionamento com o mercado e montar uma estratégia relacionada com seus interesses e objetivos (PADILHA, 2000). Então decidir o que fazer e como fazer, conhecer seus clientes, concorrentes e mercado, e definir o potencial do negócio. A estratégia tratará do desenvolvimento, pela empresa, de processos de tomada de decisões e de planejamento que a adaptem ás condições de mercado (CZINKOTA et al, 2001). Uma estratégia deve conter uma vantagem diferencial, uma característica ou atração que as ofertas competitivas não possuem, dando satisfação ou benefícios identificados pelos compradores, uma boa estratégia é aquela que não pode ser copiada pelos concorrentes (FERRELL et al, 2000). 22 Atualmente o mercado esta repleto de produtos de toda forma, modelo, estilo e ofertas que você procure, um leque de opções inimagináveis. Todos competindo entre si, estrangeiros, nacionais, literalmente um mar de escolhas. Levando a empresa a ter uma estratégia focada e definida, comunicar-se constantemente com clientes, empregados, acionistas (TROUT, 2005). Miranda (2002) lembra que a lei do foco nos objetiva representar uma palavra na mente, para ser eficiente a oferta há a necessidade de posicionamento quanto ao público a ser atendido. Tendo um foco no cliente, objetivando em longo prazo da organização, financeiras ou sociais, pode se conseguir um alto grau focal, mas não o foco cego! Necessitando uma investigação dos desejos e necessidades do cliente. E lembrando que somente estes clientes podem avaliar seu grau de satisfação, a qualidade de serviços oferecidos (HOOLEY; SAUNDERS e PIERCY, 2005). Ser percebido pelos clientes como o tal, o melhor, ter seu nome vinculado, é uma maneira de entrar na mente do consumidor, facilitando bem mais do que provar que seu produto é melhor do que o outro (TROUT, 2005). Devemos ter objetivos como consolidar participações no mercado, definir a estratégia e diminuir os riscos. Seja qual for o objetivo ele deve ter consonância com a missão econômica e com missão social organização (COBRA, 1994). Segundo Trout (2005), é de extrema importância que uma estratégia de marketing apresente seus planos de mercado, mas uma avaliação da concorrência é sempre vista como um item de competitividade explorando pontos fortes e fracos. O plano mostra as oportunidades mais promissoras no negócio da empresa, definindo programas de ação para atingir os objetivos visados. Estabelece como chegar ao sucesso, obter e manter as posições desejadas nos mercados identificados (COBRA, 1994). Tendo uma preparação, um planejamento de guerrilha tático. As táticas devem determinar estratégias, sendo construída de baixo para cima, de um conhecimento profundo e envolvimento com a tática real do próprio negócio. A estratégia é uma direção do marketing. Sendo então uma vantagem competitiva a ser alcançada, um estudo interno de tudo que envolve o negócio (TROUT, 2005). Escolher onde competir, onde investir seus recursos, atratividade do mercado para a empresa. Esta empresa necessita ter habilidades e competências para 23 competir, caso não haja esta base competitiva a empresa poderá fracassar diante de uma concorrência mais estabelecida (CZINKOTA et al, 2001). Já para Las Casas ( 2001) a determinação do mercado-alvo ajuda a facilitar a estratégia de marketing, sempre haverá alguém que não quer o que estamos oferecendo, o reconhecimento dos segmentos no mercado leva a grupos de consumidores específicos que queremos atingir, segmentando pode-se ter objetivos com base a uma análise do potencial de cada um. Após a identificação das características e necessidades dos consumidores, é preciso definir o estilo de vida, as características do uso dos produtos, demográficas, derivações da análise ambiental. Tais definições do mercado-alvo servem para correção de quaisquer problemas na estratégia, podendo incluir redução de preço, aumento de preço, atualização da mensagem da propaganda, aumento de uma nova característica de produto, consequentemente aumentando os benefícios, as mudanças tem trazido melhorias para o marketing (FERRELL et al, 2000). No Brasil existem 5,55 milhões de micro e pequenas empresas, a maioria atuando no comércio ou serviços, utilizando o porcentual de 50% de mão de obra. Tendo um papel importante e contribuem com exportações do país (DIAS, 2006). Um profissional de marketing, segundo o autor, necessita compreender as necessidades do mercado-alvo, desejos e demandas e trabalhar para chegar ao lucro, o consumidor procura sua satisfação, necessidades e desejos com produtos. Um ponto a seguir é a segmentação do mercado, onde encontraremos um públicoalvo para atingir. Uma reflexão sobre as variáveis do mercado que influenciam o consumidor, para selecionar, analisar e distribuir informações de marketing necessárias e oportunas para tomar decisões e chegar a um objetivo final. Tendo um sistema de informações de marketing, a empresa terá uma base para análises da situação real e para que a empresa se posicione em relação ao ambiente em que está inserida (DIAS, 2006). Após criar um planejamento estratégico, criar o posicionamento competitivo, deve-se implementar a estratégia (HOOLEY; SAUNDERS e PIERCY, 2005). A tática lida com as atividades do dia-a-dia da gestão do produto, determinação de preço, distribuição e comunicação de marketing como propaganda, a venda pessoal, a publicidade e a promoção de vendas (CZINKOTA et al, 2001). 24 De acordo com Cobra (1994), a concorrência sempre projeta uma sombra maior e mais ameaçadora do que realmente é. Às vezes a equipe de vendas é mais agressiva, graças ao treinamento e ao sistema de remuneração que a empurra. A imagem de marca também é uma forte vantagem competitiva. A competitividade envolve a compreensão dos concorrentes e obtenção de vantagens explorando as fraquezas, não atacá-los em todas as oportunidades doe a quem doer (CZINKOTA et al, 2001). Uma análise dos fatores externos que atuam no ambiente empresarial e a melhor escolha de atingir diferentes posições, a combinação de táticas apartir de uma análise das ameaças e oportunidades com pontos fortes e fracos analisados, a estratégia (LAS CASAS, 2001). A implementação do marketing é definida como um processo de execução da estratégia atingindo objetivos específicos. Apesar da implementação de marketing ser muito ampla e muito utilizada é pouco entendida. Um bom plano de marketing juntamente com uma boa implementação é a receita o sucesso. A implementação precisa ser eficaz para que haja sincronização com o plano de marketing (FERRELL et al, 2000). Ultrapassar barreiras para eficácia da estratégia e implementar com eficiência o planejamento do marketing estratégico interno, gerando uma mensagem unificada da marca para consumidores e funcionários, gerando melhorias no atendimento e satisfação para clientes e consequentemente satisfação dos funcionários. O valor do marketing interno nas estratégias de relacionamento voltadas para alianças estratégicas, competitividade e qualidade superior de serviços prestados (HOOLEY; SAUNDERS e PIERCY, 2005). O planejamento estratégico é um elemento fundamental para um posicionamento e melhor probabilidade de sucesso em longo prazo. Analisar o negócio e caminhos que levarão á este desempenho são ações fundamentais para uma organização ter sucesso em sua jornada (DIAS, 2006). Concluem-se assim as estratégias de marketing, partindo agora para o planejamento estratégico orientado diretamente ao consumidor. 25 2.2.2 Planejamento Estratégico Orientado ao Consumidor Uma empresa orientada para o consumidor concentra-se em descobrir o que os compradores desejam, e ao mesmo tempo atingir os objetivos da empresa, visando à satisfação do consumidor para alcançar um lucro em longo prazo. É preciso saber identificar o consumidor para orientá-los, conquistando trocas mais satisfatória. Para que ocorra essa orientação ao consumidor há a necessidade de criação da orientação do mercado. (FERRELL et al, 2000). A resposta rápida ás necessidades dos clientes exige funcionários munidos de autoridade e habilidade para resolver esta questão com firmeza e rapidez. A linha de frente é a chave para o desenvolvimento da fidelidade dos clientes em uma organização. O desempenho desses funcionários que determina a opinião dos clientes sobre a organização.(GRIFFIN, 1998). De acordo com Ferrell (2000) a orientação ao consumidor descentraliza a tomada de decisão, para facilitar o feedback dos consumidores. Uma empresa orientada ao consumidor dá a seus funcionários os recursos que necessitam para desempenhar suas tarefas, treina-os bem e confia no seu atendimento. Embora a satisfação do cliente seja primordial para qualquer empresa bemsucedida, constata-se que a satisfação isoladamente não é suficiente para conquistar a fidelidade do cliente. (GRIFFIN,1998) Produtos, bens, serviços, idéias, pessoas, é um conjunto de características e vantagens que têm a capacidade de satisfazer às necessidades e aos desejos dos consumidores, são benefícios valiosos. O valor real do produto é a habilidade de entregar benefícios que enriquecem a situação do comprador, por exemplo, pessoas não vão a uma festa para matar a sede, mas sim para atender suas necessidades de interação social, sendo que uma empresa procura no desenvolvimento do seu produto, sistemas e processos que a identifique e atenda as necessidades do mercado-alvo para serem bem-sucedidas. (FERRELL et al, 2000). Para Griffin (1998) a medida que um cliente desvia seu caminho e perde seu tempo para comprar seus produtos ignorando eventuais concorrentes, mesmo que isso signifique pagar mais pelos seus serviços, neste momento podemos dizer que foi conquistado um cliente fiel e parceiro. O valor, preço, é a quantidade de dinheiro que se paga por um produto, sendo alta o suficiente para cobrir os custos e dar lucro, e nem tão alta que impeça a venda 26 deste. Sendo muito importantes para suas decisões sobre que produto comprar e onde comprar, podendo ser relativamente baixo e economicamente viável. As estratégias de preço baixo são insustentáveis ao decorrer do tempo (FERRELL et al, 2000). Uma campanha publicitária pode identificar e diferenciar seus clientes, o comportamento da empresa em relação a clientes distintos é um fator importante. A mensagem que queira se passar a atingir o cliente é o primeiro passo a seguir. (PEPPERS; ROGERS e DORF, 2001). Tendo algumas estratégias de marketing relacionadas com produtos: - a inovação, uma novidade de serviço, produto no mercado-alvo; - as novas linhas de produtos, abrindo ao mercado a entrada da empresa como produtos diferenciados, mas relacionados, Mais utilizadas para diferenciação entre os concorrentes. - as extensões de linhas de produtos, complementam as linhas existentes, - mudanças nos produtos, melhorias, ou maiores valores com mudanças anuais, por exemplo, - reposicionamento, modificação do produto existente, visando novos mercados, - reduções de custos, modificação de produtos que oferecem desempenho parecido a preços mais baixos. Nos casos de restrições de recursos serem um problema significativo (FERRELL et al, 2000). É importante que um produto tenha aceitação e que possa ser identificado e reconhecido e diferenciado de outros produtos ou serviços, podendo ser através da mídia como outdoors, revistas, rádio, televisão, etc... (PEPPERS; ROGERS e DORF, 2001). Considerando que o produto, a marca, o mercado, tenha um ciclo de vida, como as vendas, os recursos, os investimentos e os lucros também variam no decorrer do tempo. Envolve este ciclo o crescimento e o declínio de um produto, podendo evoluir para uma moda passageira (FERRELL et al, 2000). Não apenas considerando o produto, mas o atendimento, flexibilidade e adaptação ás necessidades dos clientes é essencial para um sistema de marketing voltado para clientes fiéis. Outra maneira de conquistar estes clientes são os 27 recursos de bancos de dados, estreitando os relacionamentos individuais com os clientes. .(GRIFFIN, 1998). A medida que a empresa vai se direcionando ao seu mercado, ocorrerá um estreitamento no universo na qual se estará inserindo. Assim, a organização descobrirá o cliente certo, aquele que com regularidade fará negócios com a empresa e terá uma preferência por adquirir seus produtos. Em se tratando de curto prazo, estes clientes não serão os mais lucrativos, porém a longo prazo serão suas principais receitas. (GRIFFIN, 1998). Em conjunto com a idéia acima citada, para (HOOLEY; SAUNDERS e PIERCY, 2005), as empresas correm atrás de seus clientes, custe o que custar, sendo sua principal meta descobrir o que eles desejam para que assim possam se transformar em fornecedores fiéis de seu produto. O aumento da fidelidade dos clientes de uma empresa gera mais lucratividade, maior manutenção dos clientes e uma base financeira muito mais estável. Para isso, é necessário dar uma atenção especial para a manutenção destes clientes e executar constantemente este requisito (GRIFFIN,1998). A Web é um meio mais reconhecido como eficiente para estimular vendas diretas e gerar fidelidade de clientes, estudos realizados sobre anúncios na Web concluíram que as empresas que vendem produtos de baixo preço unitário tendem a concentrar mais na imagem da marca, e serviços de maior valor investem mais na criação de sites. Recomenda-se que não pratiquem venda direta ao consumidor, a destinação de 75% de verba para anunciar na Web e 25% para seu site, empresas de venda direta fica 50% para cada (PEPPERS; ROGERS e DORF, 2001). Para Dias (2006) a falta de conhecimento e planejamento prévio pesa muito, permitir uma melhor percepção dos movimentos do mercado e alternativas de desenvolvimento da empresa, diminuindo a possibilidade da empresa ser surpreendida com um cenário econômico adverso. Traçada a estratégia de marketing em cima de eventos e pontos de concentração do mercado, necessita perceber a necessidade do cliente. Segundo Griffin (1998), existem dez passos para um eficiente direcionamento de mercados mais lucrativos: - pesquisa de mercado: onde se identifica continuamente todos tipos de categoria de pessoas, ramos de atividades e suas experiências; 28 - segmentação do mercado: divisão de mercados em potencial em grupos de características comuns; - analise do mercado: analisar quem precisa, o que querem, o que temem e de quem compram; - estudo da concorrência: como os concorrentes bem-sucedidos vendem, como funciona para assim poder entender o que seus clientes estão procurando; - estratificação do mercado: classificar os diversos segmentos do mercado conforme as prioridades; - análise detalhada dos melhores mercados: descobrir tudo acerca dos clientes mais prováveis (o que lêem, tendências e maneira de pensar); - análise dos veículos de marketing mais eficientes: verificar quais tipos de mídia atinjam diretamente seu público e com maior freqüência; - teste dos mercados: contatar alguns clientes em cada um dos mercados de alto potencial para saber se realmente funcionará; - análise da viabilidade: estabelecer projeções e quotas de vendas em relação aos custos para verificação da viabilidade ou não do projeto; - escolha dos mercados: verificar quantos mercados serão viáveis e lucrativos, tratando esta escolha sempre em aberto, identificando e examinando continuamente novas oportunidades. O modelo 5-W também nos mostra um instrumento adaptado para análise de mercado-alvo para empresas que tem sua estratégia de marketing voltada ao consumidor. Os 5-W são: - Who (quem) é uma análise de características demográficas, geográficas e psicograficas para definir os mercados alvo da empresa. As influencias de filhos e esposas, por exemplo, podem também ser importantes nesta análise. - What (o que) envolve avaliação de como é consumido e descartado os produtos adquiridos, é importante avaliar a freqüência dos produtos consumidos. - Where (onde) é avaliado onde o consumidor esta adquirindo seus produtos. - When (quando) avalia a sazonal idade dos produtos da empresa, causado por produtos promocionais ou por produtos de época. - Why (porque) avalia o beneficio potencial que o produto esta oferecendo ao cliente. Este modelo facilita uma identificação das necessidades dos consumidores para uma estratégia de marketing (FERRELL et al, 2000). 29 A não ser que se saiba da própria boca do cliente, nunca terá certeza de que as informações são totalmente válidas. Saber o que o cliente realmente deseja poderá evitar inúmeras perdas em um resultado final. (FURLONG, 1994). Para Griffin (1998), o ciclo de compra e fidelidade do cliente são divididos em cinco etapas: 1 a conscientização, 2 a compra inicial, 3 a avaliação pós-compra, 4 a decisão de comprar novamente e 5 a reaquisição. Para ser considerado um cliente fiel, o cliente deve percorrer inúmeras vezes as etapas 3, 4 e 5, rejeitando as ofertas dos concorrentes. Para compreender o comportamento do consumidor é necessário estudar como ele toma a decisão da compra, para então satisfazer suas necessidades e seus desejos, as mesmas que a empresa deve buscar e satisfazer. O ideal é suprir a necessidade aliado ao desejo deste consumidor. Um exemplo de necessidade e desejo é que qualquer carro nutri a necessidade, mas uma Ferrari satisfaz o seu desejo de potência e conforto (CZINKOTA et al, 2001). Portanto, dado os conceitos e idéias de estratégias de marketing, partimos a seguir para o Plano de marketing. 2.3 PLANO DE MARKETING Planejar é uma das principais funções de um administrador, ele ajuda no direcionamento das atividades da empresa, sendo essencial para qualquer empresa (LAS CASAS, 2000). O plano deve fornecer objetivos e estratégias com argumentos relacionados com pesquisas e análises do mercado atual e proporcionar uma estimativa de condições de funcionamento (DIAS, 2003). Plano de marketing é o documento que resume o planejamento de marketing. Este, por sua vez, é um processo de intenso raciocínio e coordenação de pessoas, recursos financeiros e materiais cujo foco central é a verdadeira satisfação do consumidor,e em conseqüência gerar os resultados esperados pela organização. (AMBRÓSIO, 1999). Para Las Casas (2001), um plano que faz parte do plano estratégico abrangente de uma empresa, deve ser feito com objetivos que forem estabelecidos 30 pela administração. O plano é usado para concretizar a criatividade, a imaginação e a inovação. As principais dificuldades entre pequenas e médias empresas é a pouca experiência dos empresários no ramo e acabam investindo todas suas reservas tendo o negócio sua única fonte de renda. Por isso é importante o controle de custos, dirigentes que não conhecem a composição de custos dos seus produtos ou serviços, acabam tendo dificuldades tendo que fechar sua empresa, ocorrendo a falência de 30% delas no 1º ano e 60% em 5 anos, resultando e, sentimento de tristeza e frustração, retornando este profissional para o mercado de trabalho (DIAS, 2006). O planejamento bem realizado permite ações rápidas e precisas, que é a força de uma empresa, e o plano de marketing orienta quando aparecem obstáculos imprevistos ou pouco prováveis para que seja solucionado, ou até mesmo o transforme em uma oportunidade. Sem planejar, corre-se o risco de parar no acostamento ou na contramão do mercado (AMBRÓSIO, 1999). A estratégia funcional consiste nas decisões departamentais, como recursos humanos, finanças, marketing; a estratégia operacional consiste naquelas decisões que são tomadas diariamente, para executar as estratégias funcionais (LAS CASAS, 2000). Segundo Ambrósio (1999), o plano de marketing sugerido é composto por oportunidade: definindo a situação e os objetivos; marketing estratégico: seleciona o alvo e posiciona o produto; marketing tático e ação de controle: especificação de características e o preço do produto. Empresários pontuaram as principais dificuldades encontradas como: falta de clientes, queda das vendas, concorrência muito grande, falta de capital e problemas de caixa, baixo lucro, inadimplência. E destacaram condutas úteis para administrar uma empresa como: planejamento prévio, melhor organização e gestão operacional em finanças e marketing, contínuo aprimoramento dos produtos e serviços, experiência anterior como empresário e no ramo, dedicação exclusiva ao negócio (DIAS, 2006). Os profissionais do marketing precisam definir o plano de marketing conjunto de ações táticas que devem estar atreladas ao planejamento estratégico da empresa, especifico para um produto, mercado, região (GOBE et al, 2005). 31 O plano de marketing deve ser orientado de maneira coerente com as estratégias gerais da empresa e revisado regularmente, suas seções incluem apresentação, descrição da situação geral atual do mercado, objetivos, estratégia, implementação, análises e resumos (DIAS, 2003). Para Ambrósio (1999), o planejamento de marketing é dividido em 3 etapas: planejamento estratégico, tático e operacional. No planejamento estratégico, se aborda questões globais, amplas, e de longo prazo, geralmente de responsabilidade do presidente e dos diretores da empresa. Ambrósio divide o planejamento estratégico em 10 etapas: definição do negócio, análise externa e interna, cenários, valores éticos, missão, visão, objetivos, estratégias e metas. Já para Rocha e Christensen (1999) o planejamento estratégico são tipicamente conduzidos para unidades de negócios nas empresas, ordenando a estratégia no sentido temporário. O modelo desenvolvido pelos professores da Harvard Business School, entre os quais C. Roland Chistensen, Kenneth Andrews e outros, é, até hoje, uma base conseitual importante para o adequado entendimento do processo de formulação da estratégia. Esse modelo consiste na indicação de que o processo estratégico é o resultado do equilíbrio de quatro elementos: oportunidades e ameaças ambientais, pontos fortes e fracos da empresa, valores dos responsáveis pela implementação da estratégia e expectativas da sociedade e responsabilidades da empresa. (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999. p. 270). O plano tático costuma se concentrar no médio prazo, geralmente no período de 12 meses, envolvendo uma unidade da organização que pode ser um departamento ou uma divisão, se preocupando com a interpretação do planejamento estratégico, aliando os planos financeiros, produtivos e recursos humanos. Por exemplo, se o plano estratégico define que deve-se aumentar a participação de mercado em determinado produto de 10% para 25% em um período de cinco anos, podemos resumir que remeterá nos seguintes planos táticos: - plano de marketing: lançar um produto novo a cada 18 meses; - plano financeiro: emitir ações para aumentar o capital; - plano de produção: construir uma fábrica nova; - plano de recursos humanos: contratar e treinar novos empregados. Geralmente, são responsabilidade de gerentes de departamentos estes planos táticos (AMBROSIO, 1999). 32 Igualmente ao planejamento estratégico, o plano tático também possui inúmeras alternativas, no entanto, qualquer que seja seu formato, o plano de marketing sempre deverá considerar a avaliação do mercado e da posição competitiva (conceito do produto e avaliação de oportunidades para o produto – concorrência, tecnologia, comportamento, tamanho e crescimento do mercado), avaliar as capacidades e recursos da empresa, o posicionamento do produto selecionando o grupo-alvo e avaliando as ofertas dos concorrentes. Após o posicionamento do produto, é realizado o programa de marketing, na qual são analisadas as características do produto, preço, estratégias de propaganda, promoções de venda, força de venda, orçamentos, pesquisa de marketing e distribuição dos produtos (ROCHA; CHRISTENSEN,1999). Segundo (AMBROSIO, 1999), o modelo de planejamento tático de marketing mais usado no mundo é os 4Ps idealizado por Jerome MacCarthy, da Universidade de Michigan dos EUA no final da década de 1950. Formado por quatro elementos essenciais do marketing: produto, ponto-de-venda, promoção e preço, no centro de tudo está o consumidor, alvo de todos os esforços de marketing. O consumidor é o ponto central, designa o início e o fim de todas as coisas. O plano operacional já por sua vez conta o curto prazo. Gerado a partir do planejamento tático, ele materializa-se sob forma de procedimentos, orçamentos, programas e regulamentos, cuidando das rotinas para assegurar que todas as pessoas executem as tarefas e operações determinadas pela organização (AMBROSIO, 1999). A execução da estratégia é a etapa fundamental de todo o processo de formular e implementar o plano de marketing. Muitos executivos esquecem que o propósito do dirigente não é apenas planejar, mas sim fazer com que a organização humana que ele dirige realize ações específicas para o sucesso de toda empresa. E todo esforço realizado no planejamento estratégico e tático se espelharão na execução destas estratégias (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999.) Ambrosio (1999) divide o processo de elaboração de um plano de marketing em quatro etapas. Na primeira, seria a definição do tema, onde se escolhe a diferenciação do produto ou serviço, a embalagem, o rótulo e o conteúdo. A segunda etapa consiste em um levantamento de informações e formação da equipe. Na terceira, é traçado os objetivos e prazos a serem realizados, e na quarta etapa é chegada a hora de realizar uma revisão das etapas anteriores e verificar a harmonia 33 e coerência dos dados. Além destas quatro etapas, Ambrosio afirma que a empatia com o consumidor deve-se levar muito em consideração, pois afinal de contas, todo este esforço de marketing é focado na satisfação do cliente. Um bom planejamento estratégico analisa as condições de mercado básicas que afetam o setor em que a empresa atua, devendo guiar atividades da empresa, verificar as variáveis do mercado que influenciam o comportamento do consumidor (DIAS, 2006). Dentro de um planejamento, destaca-se o Método de análise de portfólio de Produtos do BCG (desenvolvido pelo Boston Consulting Group – firma de consultoria norte-americana) (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). A Matriz BCG é um modelo para análise de um composto de produtos ou de unidades de negócio baseado no conceito de ciclo de vida do produto. Para garantir a criação de valor a longo prazo, a empresa deve ter um portfolio de produtos que contenha tanto mercadorias com altas taxas de crescimento no mercado e também mercadorias com baixo crescimento, que lhe faz gera receita (COLLETTI, 2006). Segundo (ROCHA e CHRISTENSEN, 1999), além de permitir uma visão de posição do composto de produtos da empresa, a matriz permite também projetar diferentes movimentos competitivos e os próprios movimentos estratégicos da empresa naturalmente em relação a taxa de crescimento do mercado e a participação relativa do seu produto dentro do mercado (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). Como o fluxo de caixa é um fator de muita importância nas organizações, e a capacidade de sua empresa de gerar dinheiro em caixa dependerá em grande parte do grau de domínio de mercado que você tem sobre seus concorrentes. Para isso foi criada a matriz BCG (WESTWOOD, 1996). A matriz BCG sinaliza a participação de mercado de um produto ou a aceleração do crescimento ou queda em relação ao mercado e seus concorrentes. Quanto maior a participação e mais rápido o crescimento, melhor para a empresa (COLLETTI, 2006). Os produtos devem se colocar na matriz e classificados em: - ponto de interrogação ( sinaliza produtos de alto crescimento de mercado e baixa participação que necessita de um investimento financeiro para poder se tornar uma “estrela”); - estrela ( sinaliza produtos de alto crescimento de mercado e alta participação); - vaca caixeira ( indica produtos de baixo crescimento de mercado e 34 alta participação); - cães (também chamadas de abacaxis são produtos que estão no mercado de baixo crescimento e baixa participação, não gerando lucro e condenados ao desaparecimento (ROCHA; CHRISTENSEN, 1999). Figura 1: Matriz BCG Fonte: Colletti (2006) Com esta matriz, a seqüência perfeita para o desenvolvimento do produto é transformar os “pontos de interrogação” em “estrelas” e fazer com que estas tornemse por fim “vacas caixeira”. As “vacas caixeiras” e os malsucedidos “pontos de interrogação” se tornarão eventualmente em “abacaxis” (WESTWOOD, 1996). Após examinar o atual portfólio de produtos ou serviços, a empresa talvez descubra que não tem estrelas ou vacas caixeiras suficientes e precisará ser mais agressiva na busca de novos produtos ou mercados (KOTLER, 2002). De acordo com criador da Matriz BCG Bruce Henderson, Para ter sucesso, uma empresa precisa ter uma variedade de produtos com diferentes taxas de crescimento e diferentes participações no mercado. A composição deste mix é uma função do equilibrio entre fluxos de caixa. Produtos de alto crescimento exigem injeções de dinheiro para crescer. Produtos de baixo crescimento devem gerar excesso de caixa e ambos são necessarios simultaneamente (COLLETTI, 2006). 35 2.4 MARKETING DE RELACIONAMENTOS As trocas sociais realizadas durante as parcerias são a essência dos relacionamentos, direcionadas pelo auto-interesse e caracterizadas pela cooperação e reciprocidade com intenções de se obter benefícios econômicos recíprocos e ate resultados não econômicos. Quando compreendido e aperfeiçoado pelos participantes da parceria, não só melhoram o negócio como crescem acima dos concorrentes (MIGUEL, 2006). De acordo com Kotler (2002), é da natureza humana procurar conexões e de fazer parte mediante de relações pessoais com pessoas que possuam interesses em comum. Isso se aplica não somente na vida pessoal, mas observamos na vida dos negócios também. A maioria dos clientes gostam de trabalhar sempre com empresas que lhes passam confiança, e é através deste relacionamento que adquire-se esta qualidade. O desenvolvimento de relacionamentos mais fortes exige muito empenho, tempo e dedicação para os quatro alicerces que sustentam esse tipo de relacionamento: confiança, conhecimento dos clientes, acessibilidade para os clientes e tecnologia (KOTLER, 2002). A verdadeira intimidade com o cliente se estabelece na confiança, em uma relação aberta e com benefícios mútuos, havendo comprometimento na busca desses objetivos em comuns. O medo e a suspeita são os maiores obstáculos. Uma simples suspeita é suficiente para a frustração de uma parceria (WIERSEMA, 1996). A comunicação representa um papel significativo no desenvolvimento da segurança quanto a continuidade do relacionamento. Uma comunicação aberta representa grandes benefícios ás partes, como fruto de encorajamento de alto nível no comprometimento entre elas (MIGUEL, 2006 p. 286). A instauração de um processo de Relações Públicas implica levar a organização a um posicionamento coerente e sistemático na busca de resultados concretos e estabelecido como objetivos (PIZZINATTO, 2005). Os objetivos da estratégia de marketing de relacionamento são acessíveis graças a necessidade da empresa ser competitiva para sobreviver no atual mundo dos negócios (MIGUEL, 2006). 36 Para Kotler (2002), o foco de empresas prestadoras de serviços na manutenção de relacionamentos deve acontecer em níveis macro e micro. No nível macro, estão engajados as estratégias de relacionamento com consumidores, funcionários, fornecedores, clientes internos e elementos influenciadores como entidades governamentais e financeiras, por exemplo. No nível micro, o foco do marketing é passada na obtenção de uma única transação para o desenvolvimento de relações atuais a longo prazo. Em um marketing de relacionamento de intimidade com o cliente, a comunicação pode ocorrer de diversas formas inesperadas. Um exemplo seria um conselho de fornecedor versus cliente realizando um feedback honesto e construtivos, discutindo e compartilhando idéias e sugestões para o melhoramento dos produtos ou prestações dos serviços realizados para satisfazer cada vez mais o cliente (WIERSEMA, 1996). Segundo Morgan e Hunt (apud MIGUEL, 2006), confiança é a crença existente em um relacionamento no qual uma parte tem segurança quanto á confiabilidade e integridade da outra parte em uma troca. A confiança é um ingrediente indispensável para os relacionamentos de longo prazo. Quando uma parte acredita que a outra se apresenta com comportamento oportunista, esta perde a confiança anteriormente adquirida, provocando uma queda do comprometimento neste relacionamento e consequentemente o resultado acaba não sendo o mais satisfatório. Sem respeito e confiança mútuos, uma relação estará fadada ao fracasso (MIGUEL, 2006; WIERSEMA, 1996) A confiança se estabelece pelas atitudes e pela determinação da empresa para com a sociedade. Ela só é conquistada através de certo tempo havendo demonstrado credibilidade e confiabilidade, cumprindo o prometido de forma consistente e muito profissionalismo. A empresa pode aumentar de várias formas a confiança de seus clientes, enviando materiais relacionados com seu mailing de clientes, participando de seminários, convidar para reuniões de trabalho, oferecendo diversas opções para viver o interior da organização. Assim, o cliente se sentirá muito seguro e confiará cada vez mais naquilo que lhe é passado (KOTLER, 2002). As Relações Públicas se propõem a administrar a comunicação direcionando suas ações não somente para os clientes, mas focar também as ações para a credibilidade, ética e responsabilidade social, passando a imagem da organização como um todo para a sociedade em geral (PIZZINATTO, 2005). 37 Existe uma tendência de as empresas não verem mais seus clientes como apenas fornecedores de dinheiro ou “fermento” para os lucros, mas como parceiros em uma relação de confiança mútua para alcance dos objetivos e do sucesso. Um dos grandes objetivos das organizações são estimular seus clientes á recomendar seus produtos ou serviços, tornando-o assim um grande parceiro. Não há mal algum em encorajar o cliente a fazer recomendações positivas através de algum incentivo, por exemplo (FURLONG, 1994). Ao mesmo tempo em que um relacionamento forte de confiança e parceria com os clientes é importantíssimo para a organização, nem todos os clientes que merecem o desenvolvimento deste relacionamento mais consistente. A empresa conseguirá mais resultados focando um número reduzido de clientes com este tipo de relacionamento, pois exige muito recurso e tempo as vezes excessivos para tal. Com base na lucratividade, pode-se estar focando em clientes que não geram o lucro esperado e o investimento para este tipo de relacionamento pode ser demasiado para pouco retorno (KOTLER, 2002). Com isso, podemos observar a grande importância do marketing de relacionamentos para as organizações, aliadas a uma estratégia e um bem realizado plano de marketing. 38 3 METODOLOGIA 3.1 Tipologia de pesquisa: Esta pesquisa de caráter exploratório e trata-se de entrevistas com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado (GIL, 1999, p.43) e qualitativo, pois é uma representação simbólica atribuída a manifestações de um evento qualitativo, forma esta de quantificar este evento dando um caráter objetivo à sua observação (PEREIRA, 2001. p. 21). A coleta de dados deu-se através de uma pesquisa de campo, coletada no local de onde ocorrem os fatos da investigação de forma sistemática, sem qualquer tipo de manipulação e experimentação (LIMA, 2004, p.51). 3.2 Sujeito de estudo: A população que é a classe que constitui todos os elementos do universo da pesquisa, não necessariamente pessoas, pode abranger, por exemplo, os pássaros, espécies vegetais, profissionais especializados (ANDRADE, 1999. p. 126). Neste caso é representada pelos arquitetos e designers de interiores da cidade de Itapema (18), empresários de lojas do segmento de móveis planejados (6), iluminação (7), gesso (4), construtoras (8), empresas de automação (4) e arcondicionado (2), o que corresponde a uma população total de 49 pessoas. Entretanto, dada a dificuldade de identificação dos mesmos, a pesquisa terá como critério de amostra (determinada quantidade ou parcela de elementos de uma população total investigada), segundo Andrade (1999. p.136). Como critério de seleção de amostra, foram escolhidos os profissionais vinculados ao Núcleo de Designers da Associação Empresarial de Itapema, que corresponde a 10 (dez) profissionais e 10 (dez) gerentes e/ou empresários dos ramos citados acima (3- móveis planejados; 2 iluminação; 1 gesso; 3 construtoras e 1 automação), cujo critério foi a acessibilidade. Trata-se desta maneira de uma amostra não-probabilística intencional, onde os elementos são selecionados de acordo com a população estudada e não ao 39 acaso, assim contribuindo para os objetivos do investigador (PARKER; REA, 2002 p. 149). 3.3 Instrumentos de pesquisa: Os dados foram coletados pela aplicação de questionário na qual resulta de uma formulação e aplicação de uma série ordenada de questões por escrito e respondidas na ausência do pesquisador, enviada por meio do portador (LIMA, 2004, p.52). Este questionário é composto por 11 (onze) perguntas, sendo 7 (sete) de múltipla escolha, com respostas previamente concebidas, explorando as variáveis que interferem no fenômeno investigado; - 1 (uma) questão de intenção, na qual visa conhecer as posturas do individuo diante de certas circunstancias, de certas projeções e expectativas e determinados cenários previamente construídos; e 3 (três) questões semi-abertas, que dá oportunidade de o respondente elaborar uma alternativa de resposta capaz de traduzir com maior fidedignidade aquilo que pensa sobre o tema-problema investigado na medida que não se identifica com as alternativas propostas pelo instrumento de coleta. 3.4 Análise e apresentação: Foram utilizados para a realização das análises do trabalho, gráficos de todos os resultados das perguntas conforme questionário aplicado na pesquisa. Com isso, pôde-se realizar comparativos dos resultados das perguntas entre si, verificando se não existiam incoerência nas respostas dos entrevistados, não prejudicando o resultado final da pesquisa. Os dados apresentam-se no capítulo 4 (quatro) de acordo com cada pergunta do questionário, sendo indicados o número de respostas afirmativas para cada questão, incluindo análise individual e conjunta com seus devidos gráficos resultantes das respostas colhidas. 40 Como a pesquisa foi de caráter qualitativa, muitas informações adquiridas pelo pesquisador fora o questionário estão mencionadas nas analises finais do capítulo 4 (quatro) como um adicional ás respostas dos entrevistados. 3.5 Limitações da pesquisa: Por se tratar de uma amostra já conhecida pelo pesquisador, não observou-se muitas limitações para a realização desta pesquisa, salvo algumas exceções e evidentemente o não acesso a totalidade da população. Tentou-se coletar um número de entrevistados mais próximo possível da população total do estudo, porém alguns sujeitos do estudo não foram encontrados e outros não tiveram interesse na pesquisa, justificando falta de tempo e/ou simplesmente não entregaram o questionário a tempo de ser avaliado. 41 4 RESULTADOS Neste capítulo, apresentam-se as questões que foram abordadas, com as respectivas possibilidades de resposta, a análise desta respostas e o gráfico correspondente, quando aplicável. 1- De acordo com as alternativas a seguir, quais seriam, em ordem de maior importância (1 para a mais importante e 5 para a menos importante), para você e seus clientes? a) Para Você: ( ) qualidade e design do produto ( ) preços e prazos de pagamento ( ) acesso a loja e disponibilidade de produtos ( ) promoções e propaganda que melhoram a imagem da loja ( ) bom atendimento b) Para seu Cliente: ( ) qualidade e design do produto ( ) preços e prazos de pagamento ( ) acesso a loja e disponibilidade de produtos ( ) promoções e propaganda que melhoram a imagem da loja ( ) bom atendimento ORDEM DE IMPORTANCIA PARA VOCE: qualidade e design do produto bom atendimento Figura 2: Importância para o parceiro Fonte: o autor ORDEM DE IMPORTANCIA PARA SEU CLIENTE: qualidade e design do produto bom atendimento Figura 3: Importância para o cliente Fonte: o autor Observa-se que, o entrevistado divide sua preferência entre a qualidade e design do produto com o bom atendimento. Já no ponto de vista do seu cliente, se preocupa mais com a questão do bom atendimento, sendo que de 20 entrevistados, 42 15 escolheram esta opção como a mais importante. Isto porque, a escolha do produto por muitas vezes se dá pelo próprio entrevistado, pois seus clientes lhes dão carta-branca para a escolha dos móveis e decorações. Isto se pode justificar a maior importância do atendimento para o cliente, e o design do produto para o entrevistado. 2- Para você, o que realmente define a escolha na indicação para um cliente uma determinada loja de móveis e decoração? Assinale até 3 alternativas. (15) Diversidade de Produto ( 5 ) Qualidade do produto (15) Design inovador dos produtos (10) atendimento do vendedor ( 5 ) prestação de serviço de entrega e instalação ( 0 ) preço ( 0 ) localização da loja ( 5 ) relacionamento com vendedores e gerência ( 5 ) reserva técnica – comissões ( 0 ) pontuação para premios ( 0 ) flexibilidade de troca de produtos ( 0 ) Outra: __________________ OQUE REALMENTE DEFINE A ESCOLHA NA INDICAÇÃO PARA UM CLIENTE Diversidade de Produto 15 Qualidade do produto 10 Design inovador dos produtos 5 0 atendimento do vendedor 1 prestação de serviço de entrega e instalação Figura 4: definição para indicações Fonte: o autor O design inovador e a diversidade de produtos são o que realmente definem as indicações para uma loja. De acordo com esta questão, dos 20 entrevistados, 43 15 assinalaram estes dois itens como características de definição para uma indicação em uma loja de móveis e decorações. O bom atendimento, prestação dos serviços e o bom relacionamento, aliado com comissões justas, em menor escala, também ajudam a conquistar estas parcerias, mas para os entrevistados, o que realmente os leva a indicar as lojas são o design inovador e diversidade dos produtos. 3-Qual destes itens você gostaria que uma empresa priorizasse para atender seu cliente? (15) Coustumer Value – Valor para o cliente - Produto ( 0 ) Coustumer Costs – Custo para o cliente - Preço ( 0 ) Convenience – Conveniência – Ponto ( 5 ) Communication – Comunicação – Promoção PRIORIDADE PARA A LOJA ATENDER SEU CLIENTE Coustumer Value – Valor para o cliente - Produto Coustumer Costs – Custo para o cliente - Preço Convenience – Conveniência – Ponto Communication – Comunicação – Promoção Figura 5: prioridades 4 C(s) Fonte: o autor Pode-se observar que o Custo para o cliente não foi mencionado sequer uma vez, o mesmo acontece com a conveniência. Uma justificativa pode ser dada pelo fato de que o publico da qual a Guitts está pesquisando ser de pessoas da classes A e B, na qual suas prioridades historicamente se dão pela qualidade e bom atendimento, deixando em segundo plano a questão financeira. O ponto ou conveniência são resolvidos com o bom atendimento que a loja oferece ao ir até o cliente e/ou facilitando e personalizando horários especiais de atendimento e também podemos levar em consideração que este público possui locomoção 44 própria e não se importa e se deslocar um pouco mais para adquirir produtos mais específicos e diferenciados. O valor para o cliente, caracterizado pelo produto de maior valor agregado é a característica mais predominante e consequentemente é o que estes profissionais buscam nas lojas de móveis e decorações para oferecer à seus clientes. 4- A marca é um grande diferencial dos produtos. Para você, quando lhe vem em mente a marca “GUITTS”, você associa com o que? (20) Móveis e decorações ( 0 ) Qualidade ( 0 ) Inovação ( 0 ) Diversidade ( 0 ) Tecnologia ( 0 ) Aliança ( 0 ) Bons serviços ( 5 ) Atendimento diferenciado ( 0 ) Custo x benefício ( 0 ) Outra__________________ Móveis de decoração GUITTS É ASSOCIADA A... Qualidade Inovação Diversidade Tecnologia Aliança Bons serviços Atendimento diferenciado Custo x benefício Figura 6: associação da marca Guitts Fonte: o autor Em se tratando da marca, pode-se observar que a Guitts está totalmente associada a “Móveis e decorações”, pois 100% dos entrevistados tiveram esta 45 resposta, e alguns ainda adicionando o atendimento diferenciado como característica marcante da Loja. Isto pode ser explicado pelo fato de que em todos os outoors e materiais de divulgação, a Guitts sempre usa as palavras Moveis e Decorações logo em seguida da logomarca. Esta seria uma questão na qual poderia ser melhorado, pois até aqui, o que esta sendo muito valorizado para formação de parcerias é a diversidade dos produtos e o bom atendimento. Portanto, a Guitts deveria realizar alguma ação para que a marca se associe mais com os itens de bom atendimento e diversidade dos produtos. 5- A publicidade transmite todo um glamour e arte de um produto. Você pensa que a Guitts necessitaria de mais publicidade para conquistar mais parcerias? (20) sim ( 0 ) não ( ) talvez Que tipo de publicidade? (10) Contato direto ( 0 ) Rádio (15) Jornal/revista ( 0 ) Internet (e-mail/WEB) ( 0 )Outra___________________ QUE TIPO DE MÍDIA? A GUITTS NECESSITA DE MAIS PUBLICIDADE? 20 Contato direto 15 Jornal/revista 10 5 0 S1 sim não Figura 7: necessidade de publicidade Fonte: o autor Figura 8: tipo de mídia sugerido para Guitts Fonte: o autor De acordo com esta questão, existe uma grande necessidade da Guitts em realizar mais campanhas de publicidade e principalmente em Revistas especializadas no ramo de Moveis e Decorações. Para muitos dos entrevistados, 46 seria muito bom que a Guitts estivesse em revistas como Casa Vogue e Casa Claudia, por exemplo, pois são estas revistas que seus parceiros acompanham e são estas revistas que seus clientes acabam procurando quando estão necessitando deste tipo de serviço. Divulgando neste tipo de mídia acaba passando mais credibilidade e confiança para quem lê, valorizando assim a marca Guitts. E este é um tipo de mídia bem direcionada para o público alvo da loja. O contato direto também foi mencionado nesta questão, na qual a loja deve ser preocupar e melhorar neste sentido. 6- Como você avalia seu relacionamento entre você e a Guitts? ( 0 ) Não sinto nenhum tipo de relacionamento diferenciado ( 5 ) Existe, mas sem abertura para idéias e sugestões; (10) Profissional, com abertura para idéias e sugestões. ( 5 ) Outra - pouco contato direto RELACIONAMENTO COM A GUITTS: Não sinto nenhum tipo de relacionamento diferenciado Existe, mas sem abertura para idéias e sugestões; Profissional, com abertura para idéias e sugestões. pouco contato direto Figura 9: Grau de relacionamento Fonte: o autor Mais uma vez sentiu-se a necessidade da Guitts em melhorar o contato direto, pois mesmo não havendo esta alternativa como resposta, 25% dos entrevistados mencionaram esta resposta como uma melhoria a ser realizada. Podemos observar, em contrapartida, que a Guitts oferece abertura para idéias e sugestões para a maioria dos seus parceiros, mas não foram em sua totalidade. 47 7- Você possui um relacionamento mais aberto com outras lojas? (10) sim (10) não RELACIONAMENTO MAIS ABERTO COM OUTRAS LOJAS? 10 8 6 4 2 0 sim não Figura 10: relacionamento com concorrentes Fonte: o autor Nesta questão pode-se notar que 10 entrevistados possuem um bom relacionamento com outros fornecedores que não a Guitts, e outros 10 possuem um relacionamento mais aberto com a loja, apesar de grande parte desta amostra confessar seu interesse em outras lojas pelo fato de que já possuem um relacionamento mais duradouro por se tratarem de lojas com tradição e a mais tempo no mercado em comparação com a Guitts. Neste caso, seria interessante uma ação de marketing para conquistar estes 10 que tem um bom relacionamento com outros fornecedores, não esquecendo dos já conquistados. 8- Quais os tipos de benefícios e vantagens que as outras lojas do segmento lhes oferecem? (15) Reserva Técnica – comissões; ( 3 ) participação de eventos; ( 2 ) prêmios; (15) ter a disposição uma variedade de produtos em um só lugar; (10) ser atendido conforme sua expectativa; 48 BENEFICIOS QUE OS CONCORRENTES ESTAO OFERECENDO: Reserva Técnica – comissões; participação de eventos; prêmios; ter a disposição uma variedade de produtos em um só lugar; ser atendido conforme sua expectativa; Figura 11: benefícios dos concorrentes Fonte: o autor Os benefícios que mais prevalecem de outras lojas para seus parceiros são as comissões oferecidas e a disponibilidade de produtos em um só lugar, facilitando o trabalho do designer, arquiteto ou lojista, pois assim economiza tempo para a aquisição destes produtos. O bom atendimento, participação em eventos e premiações também são benefícios oferecidos, porém em menor escala. 9- A cooperação entre profissionais e empresas se dá através da reciprocidade entre elas. Para você, qual seria o maior interesse de uma Guitts? ( 10) Reserva Técnica – comissões; ( 0 ) participação de eventos; ( 3 ) prêmios; (15) ter a disposição uma variedade de produtos em um só lugar; ( 5 ) ser atendido conforme sua expectativa; parceria com a 49 MAIOR INTERESSE PARA TORNAR-SE PARCEIRO: Reserva Técnica – comissões; participação de eventos; prêmios; ter a disposição uma variedade de produtos em um só lugar; ser atendido conforme sua expectativa; Figura 12: interesses para parceria Fonte: o autor A praticidade de ter a disposição uma grande variedade de produtos em um só lugar é o sonho de consumo dos entrevistados. É claro que o bom atendimento deverá acompanhar este quesito, mas o maior interesse destes profissionais é a variedade de produtos a sua disposição. Não menos importante, os valores das reservas técnicas, como são chamadas as comissões, também definem se este profissional indicará ou não a loja para seu cliente. Todos estes itens andam juntos, pois não adianta ter os melhores produtos do mundo e não oferecer uma recompensa para o profissional que este não será seu parceiro. Também não adianta oferecer centenas de benefícios para o profissional e não ter a disposição produtos da qual o cliente final não irá se interessar. 10- Para você, a Guitts lhe passa credibilidade e confiança para uma provável parceria? (14) Totalmente que sim ( 4 ) Pode sim ( 2 ) Não tenho certeza ( 0 ) Talvez não ( 0 ) Sinceramente não 50 A GUITTS PASSA CONFIANÇA PARA REALIZAR PARCERIA? Totalmente que sim Pode sim Não tenho certeza Talvez não Sinceramente não Figura 13: nível de confiança da Guitts Fonte: o autor A credibilidade da Guitts está em alta. Dos 20 entrevistados, 14 confiam totalmente na empresa, 4 apenas “acreditam” e 2 não tem certeza. A confiança e credibilidade, para um bom relacionamento é fundamental. Nesta questão, a Guitts está muito bem. 11- No seu ponto de vista, o que a Guitts interiores precisa melhorar para que possa ser um grande parceiro seu? ( 5 ) melhorar seu mix de produtos ( 0 ) melhorar seu atendimento ( 5 ) pagar porcentagem maior de comissões (10) fazer parte de um núcleo de decorações ( 6 ) outra opção – fazer mais contatos diretos 51 O QUE A GUITTS PRECISA MELHORAR PARA QUE POSSA SER SEU PARCEIRO melhorar seu mix de produtos melhorar seu atendimento pagar porcentagem maior de comissões fazer parte de um núcleo de decorações fazer mais contatos diretos Figura 14: melhorias para parcerias Fonte: o autor Até aqui, podemos observar que a grande importância que estes pesquisados dão para uma parceria são a diversidade de produtos que podem encontrar em um só lugar. Este é um ponto na qual a Guitts deve se preocupar, pois dos 20 entrevistados, 5 indicaram como um ponto a ser melhorado. Outra questão muito mencionada foi a importância do bom atendimento. Nesta questão, a Guitts está muito bem, pois nenhum entrevistado solicitou a melhoria deste item, apesar de sua grande importância para a decisão de um relacionamento mais estreito. Porém, fazer parte de um núcleo de decoração é um fator de grande relevância, pois atrai mais parceiros através de seu histórico e seu cadastro de profissionais e passa mais credibilidade para a loja, além de oferecer, através do núcleo, premiações, eventos e mais publicidade para todos envolvidos. Os contatos diretos novamente foram mencionados sem nem estar nas alternativas. A Guitts deve periodicamente entrar em contato com estes possíveis parceiros para ser lembrado, pois eles mesmos acreditam que o contato direto deve ser melhorado. Com isto conclui-se o capítulo, e percebe-se como havia ações de grande relevância nas quais a empresa não estava desenvolvendo, e com a pesquisa tornou-se mais explícito. Tais ações, como uma verificação mais aprofundada sobre os possíveis núcleos de decorações da região, suas vantagens e desvantagens, ações de um marketing de relacionamento mais estreito e eficiente com seus 52 parceiros em potencial e um estudo e elaboração de sua marca para uma adequação a seus objetivos. No capítulo seguinte, seguirá as considerações finais com suas abordagens e mais detalhamentos das possíveis ações sugeridas por este autor. 53 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho de conclusão de curso abordou como temática principal as estratégias mercadológicas, cuja problemática era as possíveis estratégias para a formação de alianças mercadológicas na Guitt’s Comércio de Móveis Ltda., resultando no objetivo geral de identificar estas possíveis estratégias para a formação de alianças mercadológicas nesta empresa, da qual ressente desta dificuldade para conquistar suas metas. Para atender o objetivo geral, apontou-se alguns objetivos específicos, assim, o primeiro era identificar os possíveis parceiros, e o segundo que era quantificar os autores de referencia no processo de alianças, na qual foram respondidos por uma pesquisa concedida pela CDL (Centro de Dirigentes Lojistas) da Cidade de Itapema, com um resultado de uma população de 49 profissionais. Estes profissionais estão divididos em: 8 (oito) arquitetos, 10 (dez) designers de interiores cadastrados no Núcleo de Designers de Interiores da ACITA, 6 (seis) empresários de lojas do segmento de móveis planejados, 7 (sete) empresas de iluminação, 4 (quatro) de gesso, 8 (oito) construtoras, 4 (quatro) empresas de automação e 2 (duas) de arcondicionado. Foram escolhidas empresas e profissionais que trabalham com imóveis novos ou reformas, desde seu início (construtora, arquitetos e designers), passando por acabamentos (empresas de gesso, iluminação, automação e ar-condicionado) até o cliente escolher e definir os móveis e decorações. O terceiro objetivo específico era descrever situações reais adotadas pelos concorrentes, na qual foram, respondidas em algumas questões do questionário, onde perguntou-se, por exemplo, se os entrevistados tinham um relacionamento mais estreito com os concorrentes e as vantagens e benefícios que estes lhes oferecem. Os benefícios que mais prevaleceram de outras lojas para seus parceiros são as comissões oferecidas e a disponibilidade de produtos em um só lugar, facilitando o trabalho do designer, arquiteto ou lojista, pois assim economiza tempo para a aquisição destes produtos. O bom atendimento, participação em eventos e premiações também são benefícios oferecidos, porém em menor escala. Em relação ao relacionamento dos entrevistados com os concorrentes da Guitts, pode-se perceber que a metade deles possui um bom relacionamento com 54 estes fornecedores, ainda afirmando que seu interesse em outras lojas é pelo fato de que já possuem um relacionamento mais duradouro por se tratarem de lojas com tradição e a mais tempo no mercado em comparação com a Guitts. O último objetivo específico tratava-se de analisar o ambiente interno e ações desenvolvidas pela Guitts. Este objetivo foi respondido através de uma realização interna de Benchmarking com os colaboradores da empresa. Neste Benchmarking observamos a grande união e dedicação de todos os colaboradores, desde a responsável pela limpeza até os sócios-proprietários. O ambiente interno é muito favorável e promissor. Foram colocadas em pauta, principalmente, situações de atendimento ao cliente, desde sua captação até uma pós-venda, as etapas de um fechamento de negócio e principalmente as melhorias a serem discutidas e realizadas posteriormente. As primeiras dificuldades que o grupo expôs foi a do baixo índice de visitas na loja. Por se tratar de uma loja não centralizada, em uma localização mais afastada do centro da cidade, acredita-se que o fluxo de movimento dentro da loja seja prejudicado por este fato. Com isso, concluímos que a captação de parcerias com outros profissionais para aumentar este fluxo na loja seja ainda mais importante como prevíamos anteriormente. Até o momento, a Guitts Interiores tinha como ações desenvolvidas para este objetivo apenas o envio de emails para alguns profissionais da qual já haviam visitado a loja e um evento realizado nos interiores da loja no ano de 2008, direcionado para arquitetos e designers já cadastrados através da CasaCor (evento de arquitetura e urbanismo da cidade de Florianópolis). Estas ações não deram os resultados esperados, pois de 30 convidados, compareceram apenas 7 e destes, poucos deram seqüência de trabalho na empresa. Neste evento, foi oferecido ao profissional que obtivesse maior número de indicações (pontos) durante um período de 1(um) ano, uma viagem com acompanhante para Buenos Aires. Para conquistar estes profissionais, além das observações citadas acima, pode-se tomar como base de estudo para futuras ações as preferências dos profissionais entrevistados, tais como, por exemplo, a extrema importância por estes profissionais em relação a diversidade de produtos oferecidos em um só lugar, como mostram os gráficos 4, 10 e 11 e concluiu-se nas respostas 3, 8 e 9 do questionário. 55 Além da diversidade dos produtos, o design inovador também é um fator, em se tratando de produto, que o entrevistado indicou como fundamental para a escolha da loja, como mostra no gráfico 3. A primeira sugestão, portanto, seria de realizar uma nova pesquisa com estes profissionais para buscar entender que tipos de produtos eles buscam, quais suas preferências e qual o mix de produtos ideal para que comecem a indicar clientes para a loja. Pois como afirmam (HOOLEY, SAUNDERS e PIERCY, 2005), as empresas correm atrás de seus clientes, custe o que custar, sendo sua principal meta descobrir o que eles desejam para que assim possam se transformar em fornecedores fiéis de seu produto. Em relação a marca “GUITT’S”, pode-se observar no gráfico 5 da pergunta 4 que esta marca está totalmente vinculada a “móveis e decorações”. De certo modo, acredito ser muito positivo, pois é realmente isto que a loja oferece e comercializa para seus clientes. Mas será que só isso realmente que seus parceiros e clientes esperam da loja? É importante que um produto tenha aceitação e que possa ser identificado e reconhecido e diferenciado de outros produtos ou serviços, podendo ser através da mídia como outdoors, revistas, rádio, televisão, etc... (PEPPERS, ROGERS, DORF; 2001). Como pode-se observar no questionário, o cliente deseja, além de bons produtos, um bom atendimento e design inovador. A segunda sugestão, portanto, seria realizar uma ação, junto a uma agencia de publicidade, a fim de fazer com que a marca seja vinculada a estas características – design e inovação, além de identificar que a loja possui um belo mix de produtos. Aproveitando o gráfico 6 e 7, na qual os próprios entrevistados indicam revistas especializadas como uma fonte de publicidade (Casa Vogue e Casa Claudia), por exemplo, pois são estas revistas que seus parceiros acompanham e são estas revistas que seus clientes acabam procurando quando estão necessitando deste tipo de serviço. Divulgando neste tipo de mídia acaba passando mais credibilidade e confiança para quem lê, valorizando assim a marca Guitts. E este é um tipo de mídia bem direcionada para o público alvo da loja., coloca-se nesta sugestão a utilização desta ferramenta para tal ação. Ainda em relação a segunda sugestão, nota-se o sentimento dos entrevistados em um melhoramento no contato direto da loja para com estes, como 56 pode-se observar nos gráficos 8 e 13, na qual mesmo não havendo esta opção como resposta, muitos indicaram esta como uma alternativa de melhoria. Para isso, juntamente com a sugestão citada acima da contratação de uma agencia de publicidade, é de extremo interesse da empresa que dê a devida importância para estes contatos mais diretos e pessoais, elaborando algum plano para que isso ocorra com mais freqüência e eficácia possível. Pois como afirma Kotler (2002), o desenvolvimento de relacionamentos mais fortes exige muito empenho, tempo e dedicação para os quatro alicerces que sustentam esse tipo de relacionamento: confiança, conhecimento dos clientes, acessibilidade para os clientes e tecnologia. Por fim, como última sugestão, seria em relação aos benefícios citados na pergunta 8 do questionário com respostas mostradas através do gráfico 10. Observa-se, que os concorrentes utilizam de comissões (Reserva Técnicas), eventos e prêmios, entre outros, para conquistar as devidas parcerias com profissionais do ramo de arquitetura e design de interiores. A Guitt’s, até o momento, não teve bons resultados utilizando destas ferramentas para alcançar seus objetivos. Para isso, além das sugestões já citadas anteriormente, pode-se observar que uma alternativa seria o ingresso da empresa em algum núcleo de decoração, como indicou-se no gráfico 13. Portanto, a sugestão seria questionar estes profissionais em qual núcleo estes freqüentam, e por seguinte, pesquisar como funcionam, o que exigem, quais são as condições para fazer parte do núcleo, bem como suas vantagens e desvantagens. Com isso, acredita-se que a loja possa oferecer ainda mais benefícios para seus clientes e parceiros, afim de conquistar seus objetivos dentro deste segmento. Percebe-se então o cumprimento dos objetivos específicos que por sua vez respondem ao objetivo geral, que era identificar as possíveis estratégias para a formação de alianças mercadológicas nesta empresa. Com isso, também o problema foi respondido, ou seja, as estratégias da empresa para a formação destas alianças mercadológicas a serem desenvolvidas foram citadas acima. Além disso novas questões de pesquisa poderão ser desenvolvidas, tais como análise de satisfação dos clientes e um estudo científico para o aprimoramento do pós-venda. 57 REFERÊNCIAS AMBRÓSIO, V. Plano de marketing passo a passo. Rio de Janeiro: Reichmann & Affonso, 1999. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução a metodologia do trabalho cientifico: elaboração de trabalhos na graduação. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999. COBRA, M. Administração de vendas. 4.ed. São Paulo: Atlas, 1994. COLLETTI, JOSÉ. Matriz BCG (Boston Consulting Group). 2006. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/matriz_bcg/13017/. 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