1 UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ UNOCHAPECÓ CRIAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE MODA COMO UMA AÇÃO DE BUZZ MARKETING PARA A LEVITTY MODAS JAFTER SAMUEL RODRIGUES VANDERLEI GROTH DE AZEVEDO Chapecó - SC, maio. 2010 2 Universidade Comunitária da Região de Chapecó Área de Ciências Sociais Aplicadas - ACSA Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda Disciplina: Projetos Experimentais 2 Professora: Caroline Delevati Colpo CRIAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE MODA COMO UMA AÇÃO DE BUZZ MARKETING PARA A LEVITTY MODAS Projeto Experimental apresentado à Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ, como parte dos requisitos para a obtenção do grau de Bacharel em Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda. Orientador: Prof. Esp. Hilário Junior dos Santos Chapecó - SC, maio 2010. 3 RESUMO O buzz marketing é uma estratégia criada para divulgar uma empresa ou serviço a fim de causar o efeito de divulgação “boca-a-boca” entre as pessoas levando ao consumo ou verificação do produto/serviço anunciado. Diante do problema encontrado no briefing da Levitty, surgiu a oportunidade de uso do buzz marketing, utilizando como ferramenta um catálogo de moda diferenciado, incomum e personalizado, a fim de valorizar os clientes e agregar valor à marca. Palavras-chave: buzz marketing, moda, conceito, personalização. 4 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 01 – capas personalizadas, de acordo com o cliente. ........................... 15 Figura 02 – detalhes do tecido inseridos no catálogo ...................................... 16 Figura 03 – detalhes das imagens internas 01 ................................................. 17 Figura 04 – detalhes das imagens internas 02 ................................................. 17 Figura 05 – detalhes das imagens internas 03 ................................................. 18 Figura 06 – ilustrações inseridas entre as páginas do catálogo ....................... 18 5 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................... 6 I – CLIENTE - BRIEFING ................................................................................... 8 II - ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO........................................................... 10 1 - OBJETIVOS E METAS ............................................................................ 10 2 - PÚBLICO-ALVO ...................................................................................... 10 3 - Estratégia e ferramenta utilizada ............................................................. 11 3.1 Estratégias de entrega do catálogo ao seu público ............................. 11 4 - JUSTIFICATIVA....................................................................................... 12 5 - ORÇAMENTOS ....................................................................................... 14 III - ESTRATÉGIA CRIATIVA .......................................................................... 15 1 CONCEITO CRIATIVO .............................................................................. 15 2 ROTEIRO .................................................................................................. 19 4. CONTROLE .............................................................................................. 20 4.1 Produção de Casting e figurino............................................................ 20 4.1.1 Casting.............................................................................................. 20 4.1.2 Figurino ............................................................................................. 20 4.2 Produção ............................................................................................. 21 4.3 Pós-produção ...................................................................................... 21 V – CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................... 23 Vi - REFERÊNCIAS ......................................................................................... 25 APÊNDICES .................................................................................................... 26 Páginas do catálogo ..................................................................................... 26 Projeto experimental I ................................................................................... 36 6 INTRODUÇÃO Todos os dias no mercado de vestuário, especialmente no varejo, as empresas precisam, cada vez mais, buscar alternativas que as diferenciem dos concorrentes, pois a máquina da moda não para. A cada estação surgem novas tendências, novas cores, novas texturas, novas combinações que atraem as pessoas. Para acompanhar tais mudanças, uma loja de moda precisa estar em constante atualização, em constante desenvolvimento e trabalho, para que não fique para traz no mercado. Todo abrem novas lojas, assim como também se fecham várias lojas. Portanto, para se manter no mercado hoje em dia, é preciso ir além do comum e do esperado, é necessário adotar uma postura de vanguarda e fazer a diferença. Não basta apenas vender, a loja tem que conquistar, tem que adotar estratégias que a façam ser lembradas pra sempre, como um ícone. Diversos são os caminhos que as lojas escolhem para se destacar, e uma das maneiras é o buzz marketing. Pouco utilizado ainda como estratégia de mídia no Brasil, este método consiste em disseminar uma informação através de uma ou várias ações pontuais, que se proliferam através dos clientes ou de formadores de opinião, trazendo resultados de forma rápida. É o que nós chamamos de propaganda de “boca-a-boca”. Este “boca-a-boca” pode ser feito espontaneamente, quando a empresa por si só conquista isto entre seus clientes, ou criada de forma estratégica, como é o nosso caso. Para tornar-se referência e conquistar seu espaço no 7 mercado, a loja Levitty aceitou o desafio de experimentar este novo método de divulgação. Portanto, o presente projeto abordará a aplicação de uma ação de buzz marketing para a Loja Levitty, utlizando-se de um catálogo de moda como principal ferramenta para se conseguir obter o resultado esperado entre seu público. 8 I – CLIENTE - BRIEFING A Levitty, comércio de confecções, situada na cidade de Chapecó/SC a mais de quatro anos, vem crescendo e se destacando entre as mais conceituadas lojas da cidade, trazendo marcas e modelos exclusivos. Desde a sua inauguração, a Levitty manteve uma postura diferenciada e de vanguarda diante do mercado. Em 2007, a loja passou por uma reestruturação, mudando a sua administração e se reposicionando em um local onde estivesse próximo do centro e de fácil acesso. Com a nova administração, a loja teve alguns investimentos em publicidade, alterando a marca, criando um novo conceito e redefinindo as diretrizes da empresa, tornando-a ainda mais atraente e requintada. Nos anos de 2008 e 2009, teve pequenos investimentos com mídia impressa, rádio e televisão. Sua presença em diversos eventos culturais como apoiador ou patrocinador, teve uma grande exposição de marca, tornando-a conhecida no mercado chapecoense Seu novo espaço representa de forma clara o novo posicionamento da loja a partir da nova administração. Um ambiente sofisticado, agradável e muito bem distribuído, atrai e conquista cada vez mais pessoas, que buscam um diferencial na hora da escolha da sua roupa. Seu público é exigente. Na sua maioria são mulheres de classe alta e média-alta, na faixa etária de 15 a 50 anos, que buscam um produto exclusivo e de alta qualidade. Grande parte do público possui ensino superior completo, ou está cursando algum curso de graduação. 9 Por ser uma loja de marcas exclusivas, a sua concorrência direta é pouca, sendo formada por apenas uma loja (Palha de Seda), que já se encontra no mercado a mais de 25 anos, e também conta com venda de marcas e modelos exclusivos. Outras lojas, como Collci, Lorenci, Move, Hand’s Off, Fim de Século e Young Spirit, formam a rede de concorrentes indiretos. Por ser uma loja relativamente nova no mercado, a Levitty busca compensar esta vantagem, com relação ao tempo de mercado da concorrência, com um bom ambiente e um sistema de atendimento diferenciado. Possui algumas vantagens comparando com a concorrência, como a localização de esquina, em uma rua paralela à avenida, o que evita o fluxo intenso de veículos e a dificuldade em se estacionar próxima a loja. A organização do atendimento possibilita que o cliente seja bem atendido mesmo quando existe um grande fluxo de clientes na loja. Porém, ao analisar toda a situação do cliente, através do briefing levantado, desde as suas estratégias de comunicação até as marcas exclusivas que eles fornecem, e comparando isso com as novas configurações e tendências destas grifes atualmente, pode-se perceber alguns problemas de comunicação na formação de um diferencial frente seu público, que somado a um estudo informal do mercado local da moda em que se encontra a Levitty, percebe-se as mudanças drásticas que o ramo da moda pode tomar a cada nova estação ou lançamento de uma coleção e por isso, a criação de uma estratégia com uma forma de abordagem diferenciada é algo fundamental para se destacar e ficar a frente dos concorrentes. 10 II - ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO Pensando o catálogo de moda conceito como uma ferramenta de buzz marketing, é importante ter claro todos os detalhes que circundam essa ferramenta, bem como a sua apresentação para o cliente, a fim de alcançar os objetivos fixados. 1 - OBJETIVOS E METAS Avaliando na Levitty todo o diferencial de atendimento ao seu público e sua exclusividade de venda de algumas marcas, tornou-se necessário a criação de um catálogo de moda exclusivo e diferenciado, que fosse baseado nos conceitos e tendências da loja, a fim de se provocar uma ação de buzz marketing entre o seu público. 2 - PÚBLICO-ALVO Obedecendo as teorias básicas do buzz marketing e compreendendo a situação do mercado local, foram definidos como público-alvo desta ação os clientes que possuam uma cota mensal mínima de compras, estipulado em R$ 11 3.000,00 e também os formadores de opinião da cidade, ou influentes, que tenham ou não ligações políticas ou com imprensa, mas que são opinantes entre os clientes Levitty. 3 - ESTRATÉGIA E FERRAMENTA UTILIZADA Com a necessidade de se obter uma estratégia de divulgação que não fosse o uso das mídias convencionais, a fim de se obter um resultado que pudesse solucionar os problemas do cliente, o buzz marketing surgiu como a melhor estratégia para a atual situação em que a Levitty se encontra. Por ser uma estratégia de resultado rápido e que possibilita a criação de uma cultura ao redor da marca, percebeu-se até a possibilidade de provocar algumas exposições da mesma na imprensa, como comentários e divulgação indireta. Para dar início ao buzz marketing, foi escolhido como ferramenta principal, um catálogo de moda conceitual, que trouxesse a essência, os conceitos e a ideologia da loja. 3.1 Estratégias de entrega do catálogo ao seu público Para que o catalogo tenha uma apresentação que surpreenda, ampliando a sua ação de buzz marketing, foram sugeridos para a Levitty um evento exclusivo para tal. Neste evento de lançamento, seria realizado um desfile de modas, com roupas e maquiagem conceituais, além de uma apresentação lúdica das fotos do catálog e a apresentação do mesmo aos seus clientes. Com um coquetel ao final do evento, as discussões a respeito das individualidades propostas na capa do catálogo seriam ampliadas, aproximando o cliente Levitty a sua empresa e com isso reforçando a marca da loja. 12 4 - JUSTIFICATIVA A evolução e desenvolvimento do cenário atual da economia mundial criaram uma nova configuração de comunicação, usando de diversos meios e veículos novos para propagar e construir um conceito ao redor de uma marca. A percepção de uma marca pelo seu público reflete diretamente na realidade da empresa, e passa de forma indireta ou direta as principais características sensoriais do produto, que poderia ser um detalhe em couro no carro até um vinho que usa rolha específica para ser fechado. Tudo isso resulta na agregação de valor e qualidade à marca, e consequentemente constrói um conceito com aspectos positivos para a empresa. Pequenas marcas podem ter grandes resultados se aliadas a uma boa estratégia de comunicação que transmita de forma clara a idéia desejada. É possível que você se sinta muito atraído por uma foto fabulosa de uma maçã recém-colhida brilhando com o orvalho da manhã. Mas se conseguir sentir o cheiro e ouvir o som da fruta sendo fatiada acabará convencido. Acrescente a este quadro uma textura que seja capaz até de transmitir um sabor e você não hesitará em comprá-la. (LINDSTROM, 2007, p. 112). A imagem usada para estimular um desejo por uma marca pode ir além dos sentidos comuns usados pelo meio de comunicação, que é a visão, audição, tato, olfato e paladar. Usar esse recursos em uma dimensão imaginária, criada pelo próprio consumidor como uma idéia, cultura, status ou satisfação pessoal, reforça a idéia de transmitir um novo conceito para que a marca da Levitty seja disseminada entre seu público, criando uma ação de buzz marketing e consequentemente cause uma diferenciação da concorrência, tornando-a mais procurada pelo público, conquistando assim uma posição privilegiada no mercado. 13 Uma marca pode ser definida de diversas formas, pela perspectiva da empresa, pela sua forma, cor, símbolo ou design. Em um primeiro momento essa definição pode remeter a poucos ou nenhum significado, mas em uma segunda etapa, ela pode ser vista como um conjunto de atributos e expectativas de benefícios, como por exemplo, status para a inserção em um determinado grupo, valorização pessoal, satisfação do desejos, visão diferente do mundo, etc. Com a conquista destes atributos e benefícios ideológicos ou práticos diante do seu público-alvo, a Levitty poderá se utilizar de um catálogo como ferramenta para a criação de uma estratégia de buzz marketing, que contribua para a valorização da marca, e com isso crie um mundo diversificado de ideologias e valores, tornando-o mais atrativo e atingindo assim o seu públicoalvo de uma forma mais direta e ampla, como afirma o autor: O poder de um mundo possível, todavia, não depende só do fato de saber contar uma bela história. Em primeiro lugar, ela esta ligada ao sentido e aos valores que esta história evoca junto aos receptores. Se o mundo possível de Malboro fascinou tantos fumantes, é porque ele soube captar e colocar em cena a própria essência do consumo de cigarros: a virilidade adulta, o individualismo cool, a força de caráter o domínio de si e de seu ambiente (SEMPRINI, 2006, p. 307). Baseado nesses dados e em busca da solução dos problemas da loja Levitty vistos anteriormente, a elaboração de catálogo conceitual – no qual o foco não se detêm nas tendências das estações e sim nos conceito da loja, como principal ferramenta para uma ação de buzz marketing se torna fundamental para uma boa comunicação, fixação e disseminação da marca, sendo que esta estratégia trará principalmente a fixação da marca no público, formando um novo mundo de idéias, conceitos e significados, e assim, fortalecendo a sua imagem no mercado perante o consumidor e criando novas possibilidades de estratégias para divulgação da loja no mercado. 14 5 - ORÇAMENTOS Para a realização deste trabalho, foram orçados vários profissionais das áreas, mas pretende-se adequar o valor a qualidade que ele se propõe, com avaliação de portfólio e qualidade de impressão por exemplo. Descrição Produção de figurino (2 pessoas) Produção de make (maquiagem e cabelo) Modelos em duas diárias Modelos em uma diária Locação de peças de vestuário (15 looks) Locação do estúdio de fotografia Direção de fotografia Fotógrafo (incluindo tratamento da imagem Direção de arte – custo da agência Pré-impressão do modelo do catálogo Tecidos e confecção da capa personalizada Confecção e gravação de cases em madeira para acondicionar o catálogo Montagem da capa personalizada Criação e personalização dos chaveiros – parte do kit Logística de entrega aos clientes selecionados Custo final estimado por catálogo (120 unidades) Diárias 2 Valor unitário* R$ 350,00 Valor total R$ 1.400,00 1 R$ 650,00 R$ 1.300,00 2 4 2 R$ 320,00 R$ 320,00 R$ 120,00 R$ 1.280,00 R$ 1.280,00 R$ 1.800,00 2 R$ 200,00 R$ 400,00 2 2 R$500,00 R$3.100,00 R$ 1.000,00 R$ 6.200,00 X X R$6.000,00 3 unidades X R$ 144,00 R$432,00 R$60,00 R$180,00 3 unidades R$35,00 R$105,00 X R$35,00 R$105,00 3 R$2,00 R$6,00 Por catalogo R$5,00 X *Nesse item, os prestadores de serviços serão colocados como diárias. R$ 245,00 15 III - ESTRATÉGIA CRIATIVA Para que se possa executar um bom projeto, é preciso ter em mente alguns detalhes que são fundamentais dentro da construção final. 1 CONCEITO CRIATIVO Dentro de toda a proposta do catálogo, buscou-se valorizar no o que há de mais pessoal nos seus clientes, começando pela capa (figura 01): cada cliente receberá um exemplar com a capa confeccionada com um ou vários tecidos, personalizados com detalhes que demonstram um pouco da personalidade dos mesmos, como bordados, recortes ou acessórios de vestuário, além de ter o nome do impresso daquele que o receberá. Figura 01 – capas personalizadas, de acordo com o cliente. 16 Ao abrir as primeiras páginas, os presenteados perceberão que em suas mãos está uma peça única, com valores intrínsecos, detalhados pela renda e pela seda (figura 02), o que faz com que o mesmo seja delicado sem deixar de ser imponente. Figura 02 – detalhes do tecido inseridos no catálogo A cada troca de página (figura 03, 04, 05), os leitores verão imagens que buscam representar atitudes vividas por eles nos seus mais variados dias, como raiva, frustração, alegria, luxúria, romance, delicadeza, entre outros que só os leitores com suas referências pessoais podem perceber. Além disso, entre algumas páginas, folhas de papel translúcido (figura 06) com ilustrações leves e borradas buscam remeter o leitor a entender quais as intenções daquele catálogo, provocando assim uma maior probabilidade de manter o cliente Levitty dentro da proposta do catálogo. 17 Figura 03 – detalhes das imagens internas Figura 04 – detalhes das imagens internas 18 Figura 05 – detalhes das imagens internas Figura 06 – ilustrações inseridas entre as páginas do catálogo Sobre as fotos, elas foram executadas em fundo neutro, sendo este na cor branca, mas sem iluminação, dando tons variados na cor cinza, que é a mistura do preto e branco, escuro e claro, do sóbrio, mas que permite a sombra, o denso, mas acima de tudo, valoriza a forma e o posicionamento do modelo, representando assim como o comprador da Levitty sente-se nos mais variados dias. 19 Também busca-se não tratar a pele, marcas de expressão e outros detalhes como cicatrizes e arranhões, pois a intenção é, em primeira grandeza, mostrar quão humanos são os mesmos, com suas belezas e características muito pessoais. A proposta de vestuário das roupas, além de provocar os homens e mulheres que todos têm dentro de si, é mostrar também os desejos, os romances, tornar claro um pouco daquilo que pode ser escuro, mas tudo isso de forma lúdica, romântica e com uma pitada de comédia negra. Seguindo dentro desta intenção, haverá uma desconstrução da estética tradicional, usando assim como forte referência os grandes desfiles do mundo da moda, onde as tendências se apresentam nas intenções dos que pretendem usar uma determinada grife de roupas. Ao considerar que a Loja Levitty tem na sua proposta de atendimento a intenção de atender a todos sem diferenciação, principalmente no que se refere ao poder aquisitivo dos seus clientes, busca-se através de seus produtos, valorizar as diferenças de personalidade deles, com a intenção de tornar o catálogo uma proposta completamente conceitual, sem a intenção de mostrar roupas e sim quem as veste e por que as veste. 2 ROTEIRO Para a execução dos catálogos, foram dados os seguintes passos: no mês de março/2010 foram definidos os conceitos que referenciassem os públicos que compram na Levitty. Com essas informações, buscou-se bons profissionais que entendessem a proposta e, dentro de um orçamento, executassem o trabalho. No mês de abril/2010 realizou-se o casting de modelos, contratação de produção de maquiagem e cabelo, além do estúdio de fotografia e equipamentos, que nesse caso foram responsabilidade do profissional contratado. A execução do trabalho ocorreu no mês de maio/2010, em duas diárias de 8 horas cada, somando um total de com quatros modelos femininas e dois masculinos. 20 4. CONTROLE 4.1 Produção de Casting e figurino Para que o catálogo tivesse suas expectativas alcançadas, foram necessários a contratação de modelos, make-up (cabelo e maquiagem), figurinista que tivessem o mesmo olhar, as mesmas pecepções frente aos desafios propostos. 4.1.1 Casting O perfil dos modelos se adequou ao perfil do cliente, sendo jovens entre 17 e 30 anos, com a intenção de demonstrar a diversidade dos clientes da empresa. Para isso, foram selecionados dois homens, um com aparência jovial e outro com uma aparencia madura e com traços de rebeldia, demonstrados em tatuagens pelo corpo. Entre as mulheres, que foram três, uma representava o público mais team, isto é, um público mais adolescente, outra procurou representar o universo feminino dentro de um cotidiano, sem um perfil muito definido e por último, buscou-se uma modelo que interpretaria uma aparência incomum, justificada pela maquiagem e figurino, além de sua atitude nas fotografias. 4.1.2 Figurino Pensando na Levitty como uma loja multimarcas, não foram selecionados roupas que tornassem claras as grifes nas quais ela vende, e sim foram combinados com as propostas das fotos com os modelos. Quase todas as peças são da própria Levitty, mas algumas foram adquiridas em outras empresas pois as peças tradicionais em algumas fotos não estariam dentro do perfil proposto do catálogo. 21 4.2 Produção Nos dois dias de trabalho fotográfico, buscou-se iniciar dentro do horário as fotografias, mas antes houveram pequenas reuniões de pauta onde foram definidas as roupas e acessórios bem como a maquiagem e cabelo para cada conjunto. Durante a produção fotográfica, dependendo da necessidade de atingir uma determinada expressão plástica na imagem, a sessão fotográfica era interrompida para que nova reunião ocorresse e fossem feitos os ajustes necessários. 4.3 Pós-produção Após a soma de mais de setecentas imagens capturadas, tornou-se necessário fazer a exclusão de fotos que não combinassem com os estilos propostos e que tiveram problemas de foco e de outros detalhes que poderiam prejudicar o trabalho final. Com a escolha de um pouco mais de 30 imagens, nelas foram corrigidos a cor, detalhes e contrastes, sem a intervenção direta do diretor de arte na própria imagem, como a aplicação de ilustrações diretas. A proposta era usar o mínimo de artifícios na criação deste catálogo e assim foi mantida. Fez-se necessário a aplicação de cenas em papel translúcido, que além de mostrar delicadeza entre páginas que trocam de conceitos, buscavase situar o seu expectador aos locais ou momentos imaginários para que ele mergulhasse ainda mais na visão de si mesmo dentro daquelas páginas. Após a escolha, tratamento e impressão das fotos e das ilustrações, foram confeccionados as capas e os estojos do catálogo. As capas, sob a orientação do diretor de arte, foram confeccionadas por uma artesã e logo após foram anexadas ao corpo do catálogo em uma empresa especializada em encadernação. O estojo foi confeccionado por um marceneiro e forrado pela mesma artesã que costurou a capa. No estojo, foi gravada em baixo relevo a marca da Levitty (figura 07). 22 Figura 07 – detalhe do estojo com baixo relevo Muito do resultado do catálogo final é fruto da obra de artesãos conterrâneos da Levitty, tornando o mesmo uma forma de valorização dos profissionais vizinhos. 23 V – CONSIDERAÇÕES FINAIS Desde a primeira conversa com a Levitty, percebeu-se a necessidade de um trabalho que relacionasse a beleza, o estilo, a personalidade e outros valores que estão presentes dentro do ambiente da loja, que podem ser resumidos em dois detalhes: atendimento e exclusividade. O atendimento por que em todas as visitas, forçava e reforçava-se que ele era a grande diferença, e exclusividade, pois as peças que se encontram nos demonstradores são únicos, sem repetição. Nesse contexto, imaginou-se num primeiro momento um cliente seleto, pouco presente na empresa e no andar das reuniões de discussão do trabalho, mas notou-se exatamente o contrário. O cliente Levitty é um cliente assíduo, fiel a loja, e isso se dá devido ao seu atendimento diferenciado, simpático de tal forma que parece ser caseiro, de pessoas que se conhecem há muito tempo, mesmo que tenham se visto a apenas uma ou duas vezes. Somando todas essas informações, foi-se atrás, dentro da literatura, de um produto que provocasse uma reação positiva nos clientes Levitty, mas ao mesmo tempo que não fosse usual. Deveria ser criativo, exclusivo e que em cada embalagem tivesse nele um pouco da identidade de quem o receberia. E foi dentro deste contexto que surgiu o buzz marketing. Uma ação que provoca discussões nos grupos sociais através da difusão de uma informação ou produto entregue e que incentiva as pessoas falar a respeito da marca, trocar experiências, e relatar o que ganhou, sem mesmo saber o porquê, mas que as fez se sentirem especiais. 24 Contrapondo o buzz marketing no quesito custo total, que na teoria diz ser uma ação de baixo investimento e curto período de veiculação, esta ação para a empresa teria que ter investimentos maiores, pois os produtos Levitty, considerando as marcas e a qualidade dos mesmos, não poderiam passar batidos dentro do acabamento e do resultado final. Com todas essas informações em mãos, surgiu então a possibilidade da criação de um catálogo como uma ação de buzz marketing para a loja. Seria a primeira ação dentro do conjunto de ações que procedem a estratégia de buzz marketing, que poderiam ser muitas, como um desfile, coquetel na loja, ou pequenas informações disseminadas em locais públicos, provocando. Após a apresentação da proposta, muito discutida dentro da empresa sob os efeitos que ela teria, decidimos seguir o roteiro do nosso projeto inicial, mantendo as idéias conceituais, que era um projeto mais elaborado e com um custo mais alto. Este projeto vinha de encontro com o problema encontrado no briefing do cliente, que pedia algo incomum, que trouxesse resultados instantâneos e tornasse a loja mais conhecida entre seu público-alvo e agregasse valor à sua marca. Estas características foram alcançadas através da individualidade e da personalização de cada peça, valorizando o seu cliente, e com isso agregando valor a marca. Cada detalhe no tecido, cada peça, cada acessórios e a delicadeza na montagem, foram estudados cuidadosamente dando assim um toque pessoal e sentimental a cada catálogo. A experiência adquirida ao longo do desenvolvimento deste projeto, foi amadurecendo a cada etapa. Foram diversos problemas encontrados e que foram superados com criatividade e empenho da equipe. Desde a produção, a escolha do casting, as produções das fotos, a montagem do catálogo, o estudo das pessoas escolhidas para a elaboração das capas e a finalização do encarte, foram momentos tensos, de preocupação com o resultado final, para que cada peça fosse única e perfeita, para representar aquilo que realmente a Levitty pensa, sente e deseja. 25 VI - REFERÊNCIAS LINDSTRÖM, Martin. Brand sense: a marca multissensorial. Porto Alegre: Bookman, 2007. SEMPRINI, Andréa. A marca pós-moderna: poder e fragilidade da marca na sociedade contemporânea. Barueri, SP: Estação das letras, 2006. 26 APÊNDICES PÁGINAS DO CATÁLOGO Neste item as páginas serão dispostas de acordo com o catálogo, tipo livro aberto, de duas em duas, especificamente a partir do texto, sem incluir os tecidos. Página de texto – abertura do catálogo 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 PROJETO EXPERIMENTAL I Encontra-se junto do relatório o Projeto Experimental I, no qual dá a sustentação da viabilidade do catálogo. 37 Universidade Comunitária da Região de Chapecó Área de ciências Sociais e Aplicadas - ACSA Curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda Disciplina: Projeto Experimental I Professora: Caroline Delevati Colpo CRIAÇÃO DE UM CATÁLOGO DE MODA CONCEITUAL COMO UMA AÇÃO DE BUZZ MARKETING PARA A LEVITTY MODAS Projeto de pesquisa apresentado a disciplina de Projeto Experimental 1 do curso Comunicação Social – Habilitação em Publicidade e Propaganda, da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ. Orientador: Prof. Esp.Hilário Junior dos Santos Chapecó – SC, dez. 2009 38 1 TEMA Criação de um catálogo de moda conceitual como uma ação de buzz marketing para a Levitty modas. 39 2 DELIMITAÇÃO Criação de um catálogo de moda para a loja de roupas Levitty, situada em Chapecó – SC, que será distribuído para um pequeno grupo de clientes baseado nos valores consumidos na loja, a fim de se obter uma ação de buzz marketing entre seu público. O desenvolvimento do projeto tem início em julho de 2009 e será concluído em abril de 2010. 40 3 PROBLEMA O crescimento de forma acelerada da economia e a busca por um espaço cada vez mais privilegiado no mercado, exige das empresas, indústrias e o comércio de todo o mundo a entrarem em uma competitividade, na qual a imagem apresentada ao consumidor é o principal fator de influência na hora da decisão entre os concorrentes. Em meio a essa disputa de mercado, a marca precisa se diferenciar, adotar uma nova identidade, moderna, com uma linguagem dinâmica, um design inovador, com cores que influenciem o público-alvo e formem através da marca os desejos do consumidor, e assim garantir um espaço no mercado. O uso das marcas no mercado contemporâneo tornou-se algo complexo, que vai além do simples fator de identificação e diferenciação de produtos. É a transmissão de signos, conceitos e informações através de símbolo, adquirindo uma nova configuração capaz de formar grupos e representar uma sociedade. Muitos já perceberam a necessidade de uma estratégia diferenciada de comunicação, que transmita influência e construa uma cultura ao redor da sua marca, tornando-a capaz de ir além da venda do produto, conquistando mercados e tornando-se essencial no dia-a-dia dos consumidores. Ao analisar a situação do cliente, através do briefing levantado, e comparar com as novas configurações e tendências de grandes grifes atualmente, pode-se ver alguns problemas de comunicação na formação de um diferencial para seu público, que, somado a um estudo informal do mercado local da moda em que se encontra a Levitty, percebe-se as mudanças drásticas que o ramo da moda pode tomar a cada nova estação ou lançamento de uma coleção, a criação de uma estratégia e uma forma de abordagem diferenciada é algo importante para se destacar entre os concorrentes. Ao analisar o histórico de ações de marketing e/ou publicitárias da Levitty modas, observa-se que a loja mantêm algumas ações como patrocínios de eventos culturais, publicações em revistas locais e jornais de circulação regional, deixando de lado estratégias diferenciadas para o seu público, que é bastante seleto, e ao 41 conhecer a importância em ter um canal de comunicação que se adapte ao seu público e a busca de um relacionamento mais próximo junto aos clientes, surge a oportunidade de criação de um catálogo institucional (que não mantêm o foco nas tendências sazionais) como uma estratégia de mídia, na qual a marca, a loja e seus conceitos serão traduzidos através de fotos, ilustrações e tipologias, levando toda a ideologia e as tendências da loja para o público, criando assim uma estratégia de buzz marketing. Baseado na analise dos problemas da loja, e nas novas configurações de relação entre loja e público, que percebemos o seguinte problema: Como provocar uma ação de buzz marketing através da criação de um catálogo conceitual da Levitty? 42 4 JUSTIFICATIVA A evolução e desenvolvimento do cenário atual da economia mundial criaram uma nova configuração de comunicação, usando de diversos meios e veículos novos para propagar e construir um conceito ao redor de uma marca. A percepção de uma marca pelo seu público reflete diretamente na realidade da empresa, e passa de forma indireta ou direta as principais características sensoriais do produto, que poderia ser um detalhe em couro no carro até um vinho que usa rolha para ser fechado. Tudo isso resulta na agregação de valor e qualidade à marca, e consequentemente constrói um conceito com aspectos positivos para a empresa. Pequenas marcas podem ter grandes resultados se aliadas a uma boa estratégia de comunicação que transmita de forma clara a idéia desejada. É possível que você se sinta muito atraído por uma foto fabulosa de uma maçã recém-colhida brilhando com o orvalho da manhã. Mas se conseguir sentir o cheiro e ouvir o som da fruta sendo fatiada, acabará convencido. Acrescente a este quadro uma textura que seja capaz até de transmitir um sabor e você não hesitará em compra-la. (LINDSTROM, 2007, p. 112). A imagem usada para estimular um desejo por uma marca pode ir além dos sentidos comuns usados pelo meio de comunicação, que é a visão, audição, tato, olfato e paladar, e usar recursos de uma dimensão imaginária, criada pelo próprio consumidor como uma idéia, cultura, status ou satisfação pessoal, reforçando a idéia de transmitir um novo conceito Para que a marca da Levitty seja disseminada entre seu público, criando uma ação de buzz marketing e consequentemente cause uma diferenciação da concorrência e seja mais procurada do público, conquistando assim uma posição privilegiada no mercado. Uma marca pode ser definida de diversas formas, pela perspectiva da empresa, pela sua forma, cor, símbolo ou design. Em um primeiro momento essa 43 definição pode não remeter a poucos ou nenhum significado, mas em uma segunda etapa, ela pode ser vista como um conjunto de atributos e expectativas de benefícios, como por exemplo, status para a inserção em um determinado grupo, valorização pessoal, satisfação do desejos, visão diferente do mundo, etc. Com a conquista destes atributos e benefícios ideológicos ou práticos diante do seu público-alvo, a Levitty poderá se utilizar de um catálogo como ferramenta para a criação de uma estratégia de buzz marketing, que contribua para a valorização da marca, e com isso crie um mundo diversificado de ideologias e valores, tornando-o mais atrativo e atingindo assim o seu público-alvo de uma forma mais direta e ampla, como afirma o autor: O poder de um mundo possível, todavia, não depende só do fato de saber contar uma bela história. Em primeiro lugar, ela esta ligada ao sentido e aos valores que esta história evoca junto aos receptores. Se o mundo possível de Malboro fascinou tantos fumantes, é porque ele soube captar e colocar em cena a própria essência do consumo de cigarros: a virilidade adulta, o individualismo cool, a força de caráter o domínio de si e de seu ambiente (SEMPRINI, 2006, p. 307). Baseado nesses dados e em busca da solução dos problemas da loja Levitty vistos anteriormente, a elaboração de catálogo conceitual – no qual o foco não se detêm nas tendências das estações e sim nos conceito da loja, como principal ferramenta para uma ação de buzz marketing se torna fundamental para uma boa comunicação, fixação e disseminação da marca, sendo que esta estratégia trará principalmente a fixação da marca no público, formando um novo mundo de idéias, conceitos e significados, e assim, fortalecendo a sua imagem no mercado perante o consumidor e criando novas possibilidades de estratégias para divulgação da loja no mercado. 44 5 OBJETIVOS 5.1 GERAL Criar um catálogo de moda para a Levitty baseada nos conceitos e tendências da loja, a fim de se provocar uma ação de buzz marketing entre o seu público. 5.2 ESPECÍFICOS - Definir quais são os conceitos, ideologias e pensamentos principais da loja. - Identificar os aspectos atuais do mercado de moda e a posição em que a loja levitty se encontra nele. - Estudar as características do seu consumidor. - Elaborar um catálogo de moda conceitual para a loja. - Analisar a melhor forma de distribuição a fim de e obter um buzz marketing 45 6 REFERENCIAL TEÓRICO 6.1 COMUNICAÇÃO A comunicação é um termo que abrange vários aspectos, sendo que em um ponto de vista comum, é toda atitude e comportamento do ser humano e até não humano. O homem, portanto, não vive sem comunicação, sem se comunicar. Ao buscar um conceito sobre comunicação, verifica-se que desde a sua origem a comunicação foi usada para compartilhar/trocar informações. De acordo com Sousa (2004, p. 13-14), […] comunicar é, etimologicamente, relacionar seres viventes e, normalmente, conscientes (seres humanos), tornar alguma coisa comum entre estes seres, seja essa coisa uma informação, uma experiência, uma sensação, uma emoção, etc. Segundo Bairon (2002, p. 14) “a palavra comunicação traz a idéia de comunhão […] tornar comum, fazer saber, estabelecer comunhão por meio do intercâmbio de informações”. Partindo deste conceito de comunicação, surgem diversos pontos de vista em determinadas áreas, sendo tratada de maneira diferenciada por cada uma delas. Para a ciência da comunicação, a comunicação é tratada como algo comum, um processo social onde todos estão interagindo como receptor ou emissor, ocasionando o surgimento de um vínculo e torna-se indispensável para a sobrevivência do homem enquanto espécie. A comunicação é algo vivo, dinâmico e que se desenvolve e evolui constantemente, e é construída a partir de uma troca de idéias, de fatos, opiniões, que se transformam em palavras compartilhadas através da fala, que é um meio de comunicação. 46 Aristóteles propôs uma dinâmica sobre a comunicação, a fim de poder explicar como acontece de uma maneira bem simplificada: QUEM > DIZ O QUE > A QUEM Esta proposta de comunicação pode era uma forma de demonstrar como acontece o fluxo de informação na época, que era baseado principalmente nos discursos. Com a evolução da tecnologia, a comunicação foi agregando novas formas, e foi se adaptando às necessidades da sociedade, tornando-se cada dia mais algo indispensável para a evolução humana. Observando estas alterações e percebendo a necessidade de um novo modelo de comunicação, Harold Lasswell, por volta de 1948 propôs um novo modelo de comunicação baseado no de Aristóteles, que se apresentava da seguinte forma: QUEM > DIZ O QUE > EM QUE CANAL > A QUEM > COM QUE EFEITOS Este modelo é usado nos dias de hoje como uma base de comunicação. A grande evolução comparado ao modelo antigo de comunicação, foi o estudo dos efeitos que determinadas comunicações são capazes de causar em determinadas pessoas por determinados meios de comunicação, o que fez com que fosse repensado os meios de comunicação da época, um novo modelo foi adaptado a este modelo inicial, por Shannon e Weaver, onde ele definia uma fonte de informação inicial, uns transmissor, um receptor e um destino, que podemos comparar como o rádio, a TV ou a internet. O processo de comunicação interpessoal, a socialização, também teve grandes avanços juntamente com a evolução da comunicação tecnológica. Os campos de experiências pessoais em comum das pessoas, que antes era restrito devido a questões culturais, geográficas ou de experiências, se tornaram maiores, criando um grande número de afinidades e contribuindo para um aumento de socialização pessoal. 47 Assim como a linguagem verbal foi objeto de estudos por muitos anos, um outro tipo de linguagem de comunicação, a linguagem não-verbal, também é vista como um objeto de estudo por muitos leigos e estudiosos, e explorada de um modo simples e objetivo por muitos artistas plásticos, que exploraram a linguagem não verbal para transmitir uma mensagem a seus receptores. Pode-se supor então que a linguagem não-verbal como tudo aquilo que é dito através de signos, símbolos, comportamento ou ações, não usa nenhum tipo de comunicação convencional, como a fala ou a escrita. A fronteira entre comunicação verbal e não verbal é, as vezes, um pouco borrada. Exemplo disso é quando nos deparamos com a linguagem de sinais dos surdos. Os gestos que compõem essa linguagem são claramente lingüísticos, ou seja, verbais. Porém, os gestos são considerados frequentemente como comportamentos diferentes de palavras e, portanto, são não verbais (BAIRON, 2002, p. 23). Pode-se incluir na linguagem não-verbal elementos como os gestos, cores, postura, a face, o olhar, o toque, as roupas, os objetos, arquitetura, sinais, símbolos, enfim, tudo que for diferente de palavras, e muitas vezes podem partir de nós como uma forma inconsciente de comunicação, como por exemplo, as reações da face ao levar um susto ou ao ver uma foto de algo não comum. As linguagens verbais e não-verbais sempre foram exploradas pela publicidade de forma a buscar e estudar os consumidores, atingindo eles de modo consciente e inconsciente, a fim de obter melhores resultados. Com isso a comunicação se torna o principal fator na construção de uma imagem, transmitindo através de uma linguagem verbal a mensagem para o seu consumidor, e de uma forma não-verbal, os significados simbólicos, como ideologias, benefícios, podendo manter uma imagem contínua ou variante, sem perder suas atribuições. 48 6.2 MARKETING Enquanto a comunicação ganha novas configurações para se adaptar na realidade social e tecnológica do século XXI, o marketing busca adquirir novas formas e meios alternativos de alcançar o seu objetivo, que segundo Kotler (2004) é o estudo das necessidades do consumidor e consiste em como satisfaze-la. A evolução da comunicação trouxe consigo a diversificação de marcas e produtos. Com isso o marketing começou a desenvolver um papel importante, dando a oportunidade para as pessoas descobrirem o que vender e para quem vender. Para Kotler (2004) o marketing tende a segmentar o mercado, que ele define como “um conjunto de pessoas/empresas que compram ou poderão vir a comprar produtos ou serviços em determinada situação a fim de satisfazer uma determinada necessidade”. Com a possível segmentação do mercado, surgem novas necessidades e novas situações, fazendo com que seja possível novas estratégias de marketing para atingir ao público-alvo. Por outro lado, a segmentação do mercado obriga as empresas a focar as suas estratégias em uma parcela do mercado. A consideração e a definição de um mercado nos permitem definir o escopo da concorrência. O mesmo ato de selecionar necessidades potenciais, pessoas e situações leva ao descarte de necessidades, pessoas e situações em que n”ao poderemos estar presentes. Quando uma empresa adota uma categoria, ela assume a imutabilidade dos elementos que a compõem (necessidade, público-alvo, situação e produto). Normalmente, esses elementos deixarão de estar sob análise. (KOTLER, 2004, p. 39). Com essa segmentação, novas estratégias de marketing foram criadas, dando assim a oportunidade para determinados produtos atingirem vários nichos dentro do mesmo mercado, como por exemplo, o de roupas, onde a necessidade do ser humano de obter vestes para cobrir o corpo cria um vasto mercado, segmentado pelos estilos, cores, tamanhos, formas, etc. 49 Esta segmentação faz com que algumas grifes/lojas criem novas estratégias de marketing para atingir uma parte maior do mercado. Como o produto, a roupa, é o fator comum em todos segmentos, se cria novas necessidades, usos e situações, surgindo assim o marketing lateral (KOTLER, 2004, p. 85). Com o marketing lateral, é possível se criar novas formas de comunicar o mesmo produto, podendo assim atingir a várias segmentações do mercado ao mesmo tempo. 6.2.1 Buzz Marketing Como uma das estratégias de marketing lateral, o buzz marketing é ainda uma estratégia pouco utilizada pelas empresas, e consiste em criar uma propaganda do tipo boca-boca positiva em torno de um produto, transformando consumidores selecionados em veículos espontâneos de comunicação (SALZMAN, 2003, p. 15). O buzz marketing é uma estratégia barata de divulgação, pois se baseia em criar um evento que seja capaz de repercutir a marca de forma positiva entre o seu público, partindo dos próprios consumidores, o que reduz custos para a empresa. Por ser um meio barato de divulgação, o seu tempo de vida se torna curto, já que as mídias mais utilizadas para divulgação é a internet e o próprio contato humano. Por outro lado, esses meios tem a capacidade de uma resposta imediata do seu público, aumentando assim a capacidade de proliferação do buzz. Para CHETOCHINE (2006) o buzz marketing é uma estratégia nova, e ao contrário de outras estratégias, o buzz tem um futuro promissor dentro do mercado da comunicação. Não acontecerá com o buzz marketing o mesmo que acontece com outros tipos de marketing, que não duram – ou não duraram – mais do que um na ou o espaço de promoção, de um artigo em uma revista especializada ou de um livro; uma moda passageira. (CHETOCHINE, 2006, p. 4). 50 O buzz marketing há muito tempo já é usado, mesmo sem saber, para transmitir experiências de usuários com determinadas marcas. Estas experiências eram boatos prejudiciais, que acabavam interferindo diretamente nas vendas da empresa. Essa troca de informação pode ocorrer de duas formas entre os consumidores: de forma espontânea, que se da sem que seja pensada e que se baseia unicamente na experiência do usuário com o produto/marca; e de forma indireta, onde a empresa seleciona um grupo de formadores de opiniões e a partir deles se cria um buzz a respeito de determinado produto/serviço. A partir do momento em que se da início a uma ação de buzz marketing, é impossível interromper esta sequencia de atos que ele gera, seja positiva ou negativa. Como os usuários são responsáveis pela transmissão da idéia, inclusive colocando sob ela o seu ponto de vista particular, a empresa não tem como alterar a mensagem que esta sendo transmitida. Por mais que uma ação de buzz marketing tenha um período de vida relativamente curto comparado a outros meios, a sua abrangência é ilimitada. Ao mesmo tempo em que se cria um buzz no mercado local, pode-se criar um buzz na internet, onde a comunicação é instantânea e pode atingir níveis surpreendentes de expansão. Como o principal fator do buzz marketing, segundo Chetochine (2004) é provocar uma discussão em torno de uma marca ou produto, deve-se tomar o cuidado para que essa discussão seja dada de forma que traga benefícios para a marca. Para que o transmissor de opinião faça com que o produto seja visto de forma positiva, ele deve ter uma experiência positiva com a marca. Essa experiência se da através de uma ferramenta, seja o produto já existente ou algo específico criado para esta ação, que será o incentivador. Esta ferramenta deverá ser capaz de atrair os formadores de opinião a ponto de serem estimulados e se sentirem interessados pelo contexto e assim transformalos em transmissores da idéia e consequentemente nos criadores do buzz. 51 6.3 IMAGEM E MODA Antes de estudar a moda, é preciso entender como a ela se relaciona com as pessoas e como essas pessoas interagem e modificam suas percepções usando determinada roupa, ou frente aquela outra num intuito de se ver nela, ou de interpretar a personalidade daquele outro que a usa. A moda em seus estilos, conceitos e tendências, é antes de tudo uma imagem gerada sobre aquilo que o expectador vê e sente. Essa imagem é consciente pelo seu visual, que são suas cores, cortes, tecido; e inconsciente na forma de perceber o comportamento daquele individuo ou grupo que usa determinado estilo. Mas para entender melhor o conceito imagem, JOLY (1994, p3839) escreve em seu livro que não existe uma definição concreta no que se refere à imagem, mas que todos compreendem seu significado, especialmente por que ela é tudo aquilo que você vê, imagina e sonha, baseado num processo de representação. Dentro desta mesma linha de raciocínio, encontramos o pensamento de SANTAELLA e NÖTH (2005, p141), os quais nos dizem que: “Imagens são uma das mais antigas formas de expressão da cultura humana. Em oposição aos artefatos, que servem para fins práticos, elas se manifestam com função puramente sígnica”. Isto é, elas têm a intenção de representar algo como a personalidade, uma crítica social, poder, entre outros tantos atributos que aquele que se propõe a vestir-se pretende passar, mesmo que seja de forma inconsciente. Por isso, pode-se traduzir de forma simples que, toda e qualquer pessoa demonstra no conjunto de cores, peças e acessórios que veste, um pouco de seu estado de espírito, de sua personalidade e sua visão do mundo. Como diz JOLY (1994): O ponto comum entre as diferenciações da palavra “imagem” (...) parece claramente ser, antes de mais, o da analogia. Material ou imaterial, visual ou não, natural ou fabricada, uma “imagem” é antes de mais algo que se assemelha a qualquer outra coisa. JOLY (1994, p.38) Então, pode-se supor que a imagem no contexto figurativo, como dentro da pintura, fotografia ou de forma imagética, é sempre uma representação de alguma coisa. Não é o objeto em si, mas faz analogia àquilo, lembra da existência do objeto. 52 Assim, essa forma de ver através da representação proporciona a possibilidade de que, através de imagens, as pessoas possam ser sensibilizadas a sentirem-se dentro de um determinado comportamento ou roupa, e com isso também verem-se na possibilidade de melhorar sua imagem ao vestirem-na, e é neste contexto entra a fotografia, pois ver uma fotografia é invariavelmente ver uma imagem representada através de traços e cores num pedaço de papel, na tela do computador, na televisão, em um catálogo ou em outro suporte. Ampliando mais ainda a discussão da fotografia dentro da moda, é possível perceber que ela, com o passar do tempo, tornou-se um dos elementos de construção do conceito da peça, da campanha e/ou marca. Com a fotografia, nesse caso pensando na representação, cada vez mais as empresas investem em uma forma de linguagem, de atitude e de comportamento, trazendo para o seu público consumidor uma forma de representá-lo. Como diz MARRA (2008 p09) “A moda se faz na fotografia, e a fotografia de moda está na moda”. Reforçando isso ainda temos WOLFENSON (2009) que diz: Uma grande fotografia de moda deve nos impactar com sua força, nos envolver em seu teatro de situações fragmentadas, nos jogar nas viagens de sonho que ela sugere, não nos deixar passar em branco diante dela. WOLFENSON, 2009 p67 E para que isso ocorra, é preciso antes de tudo, entender o conceito que se quer passar, entender essas tramas de emoções e singularidades que essa fotografia precisa sugerir, promovendo assim a marca daquele que se propõe a fazer esse trabalho. Para que se possa entender o que significa conceito dentro da moda, usa-se das palavras de BRAGA (2006) que diz que o conceito é tudo aquilo que está por detrás da imagem, da peça de roupa ou da tela de pintura, “é a poética e não a poesia, a teoria e não a concretização mediante a prática” (BRAGA, 2006 p55). Em outras palavras, pode-se dizer que conceituar a fotografia como uma imagem de moda é dar um nome, um estilo ou um comportamento diante do que fora registrado. Mas no mundo da moda, a fotografia precisa de um suporte que se relacione de forma amigável, que some junto com as imagens e mostre o interesse que o estilista ou empresa quer deixar como mensagem e estilo. Nesse contexto entra o catálogo, que dentro da moda pode ser de diversos tamanhos e materiais, mas 53 basicamente é um livro com poucas páginas e com imagens impressas, textos e ilustrações que demonstram os produtos a serem divulgados. Segundo CESAR (2000 p69) o catálogo não pode ter uma linguagem promocional, ele tem como função básica provocar o interesse daquele que o tem a ir à loja, querer ver o produto pessoalmente. Ainda segundo o autor, o catálogo não valoriza os detalhes em si do objeto nele inserido, mas a representação que ele quer dar ao seu usuário, “o catálogo, antes de tudo, é uma vitrine, uma opção de sonhos e de vontades” (CESAR, 2000 p69), e pode-se prever que a junção do conceito, catálogo e moda pode trazer bons benefícios aos que nisso investem. A moda, sendo ela o elemento principal do projeto experimental, resume-se de forma simples aos que EMBACHER escreve: A moda é essencial para o mundo moderno, faz parte da trama que liga o nosso organismo cultural. Se é possível pensá-la como algo coercitivo, que nega a própria individualidade, uma vez que é movida pela imitação, é também possível pensá-la como capaz de expressar o individual (EMBACHER, 1999 p16) E é nesse intuito de saber que a moda convive com as pessoas, das mais as menos interessadas no assunto, na sua forma de referenciar seus estilos, sejam eles iguais ao todo e ao mesmo tempo diferentes dele, que esse projeto se propõe em fazer um catálogo conceitual de moda, transmitindo de forma intrínseca aos clientes da empresa Levitty os conceitos que abordam suas roupas e suas ideologias e seus conceitos, nas mais variadas marcas vendidas por ela. 54 7 METODOLOGIA Após o contato com o cliente e a realização de um briefing, percebeu-se a necessidade de ampliar o relacionamento dele com o cliente, ampliando o vínculo e dando mais valor ao consumidor frequente da loja. Ao identificar este problema, percebeu-se que a criação de um catálogo conceitual atemporal (não baseado na sazonalidade das estações do ano) poderia atingir o interesse do cliente. Para isso, serão produzidas fotografias com modelos contratadas, em locações diversas (internas e externas) sob condições de cenografias e iluminações diferentes, mas que sempre remetam ao que foi contextualizado no briefing. Após a captura das fotografias, as imagens passarão por uma edição digital e a montagem do catálogo em si. Alem disso, considerando que o catálogo terá um intuito conceitual sobre a empresa Levitty, estudar-se-á esses BRAGA que cita ele relacionado a moda. Também será discutido a imagem como forma de representação, onde SANTAELLA e NÖTH acompanhados de JOLY discutirão sobre a função sígnica da imagem, tanto na forma estética, na roupa e vestuário como na impressa. Para que a distribuição do catálogo ocorresse de forma que pudesse atingir as necessidades do cliente, foi pesquisados alguns autores sobre marketing e consequentemente buzz marketing. Nos livros de Kotler encontramos um método de marketing, que ajudaria a montar uma estratégia diferenciada de marketing, e que era explicado por ele no seu livro “Marketing Lateral”. Com um embasamento sobre o marketing, a pesquisa nos autores XXX e XXX trouxe o conhecimento do buzz marketing e quais os métodos que esta estratégia usava para se destacar entre as demais. Como o buzz marketing é feito de forma pequena a fim de se obter grandes resultados, a metodologia de se trabalhar com o catálogo é a impressão de poucas quantidades em um material de ótima qualidade, incluindo papéis finos e acabamentos diferenciados. A distribuição será feita baseada no consumo de cada 55 cliente na loja, a fim de que se atinja os formadores de opinião e os disseminadores de idéias e com isso se consiga o resultado do buzz marketing. Após esta distribuição, que poderá ocorrer em um coquetel de mudança de estação dedicado a estes clientes, será sugerido algumas estratégias para que possa se dar continuidade a esta estratégia, e com isso a loja consiga atrair novos clientes. 56 8 CRONOGRAMA Atividades go/09 et/09 ut/09 ov/09 ez/09 ev/10 ar/10 br/10 ai/10 un/10 ul/10 Levantamento de referencial teórico Contato cliente Briefing e diagnóstico Definição dos objetivos Fechamento do projeto levantamento de produção modelos, - figurino e locação produção de fotografias ilustração e - pré impressão Elaboração Relatório Apresentação em banca 57 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AAKER, David A; Marcas. São Paulo: Negócio Editora, 1998. BAIRON, Sergio; Comunicação & Marketing. São Paulo: Editora Futura, 2002. BRAGA, João. 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