leitura do relatório

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC
CONSELHO SUPERIOR – CONSU, 26 de fevereiro de 2016
PROCESSO N. 5/2016.
Conselheira Relatora: Prof.ª. Josanne Franscica Morais Bezerra
Trata-se da SOLICITAÇÃO DE HOMENAGEM PÓSTUMA À PROFESSORA
VALDELICE SOARES PINHEIRO NOMEANDO O BOSQUE DA UESC COM O
NOME DA PROFESSORA E A CONSTRUÇÃO DE UM MONUMENTO
COMPOSTO DE PEDESTAL CONTENDO POEMA POR ELA ESCRITO,
ENCIMADO POR ESCULTURA QUE A RETRATE, EM BRONZE.
A referida solicitação apresentada pelos professores Rita de Cássia Curvelo da
Silva e Adão Luiz Gomes Ornellas foi apreciada e aprovada por unanimidade em
Reunião Ordinária do Departamento de Filosofia e Ciências Humanas realizada no dia
17.02.2016, na sala 2202, localizada no 2° andar do Pavilhão Adonias Filho.
Após aprovação, a Professora Josanne Francisca Morais Bezerra, Diretora do
Departamento de Filosofia e Ciências Humanas - DFCH, em CI DFCH nº 56 de
17.02.2016, encaminhou o processo para a Reitoria, constando de 1.547 assinaturas de
pessoas da Comunidade Acadêmica, Regional, do Estado da Bahia e de outras Unidades
da Federação, solicitando as devidas providências institucionais, visando análise e
deliberação desse Egrégio Conselho Superior.
O processo foi acolhido pela Presidência do CONSU, que nos reapresentou a
matéria para, na condição de relatora, rememorar e apresentar Valdelice Soares Pinheiro
aos senhores Conselheiros.
Inicialmente destacamos que se trata do resgate das memórias afetiva e
intelectual desta UESC, da FESPI, da FAFI. Encontra-se nas memórias afetiva e
intelectual a capacidade de resgatar, reconhecer e reviver os sentidos e os significados
imbricados. Somos sujeitos envolvidos num estar-sendo dinâmico e renovador.
É este estar-sendo dinâmico e renovador que nos faz lembrar de Walter
Benjamim (1994), Sonia Kramer (1993) e Gilles Deleuze (1988, 1976) que refletem e
nos chamam à reflexão do quanto é importante o resgate do que é nosso, do que nos
pertence, do que fala de nós e fala por nós. Walter Benjamim nos diz que ambas - a
história e a memória -, “promovem a presença da fala de um passado vivo no qual o
1
sujeito tem um papel fundamental e que é possível refazer o passado, interligando-o
com o presente”. 1
Sonia Kramer nos diz que: “Os sujeitos no momento que contam, escrevem ou
falam sobre si e sobre outro, sobre a sua história vivida e sobre a história do outro, têm
a possibilidade de interagir e se inter-relacionar, refazendo caminhos, recompondo
rastros e recontando suas histórias, criando um novo passado a partir da vivência
coletiva do presente”. 2
E Gilles Deleuze em sua busca de reconstituição daquilo que estrutura o SER
nos apresenta as três teses essenciais que constituem o SER-HISTÓRIA, o SERMEMÓRIA, o SER-INTER; o SER-VERDADE e o SER-VIVO: A primeira, diz
respeito aquele que ama o verdadeiro; que ama o bom senso e o que pode ser
universalmente compartilhado. A segunda, diz que somos desviados do verdadeiro por
forças estranhas tais como paixões e interesses sensíveis que nos colocam no erro e nos
faz tornar o falso como verdadeiro. A terceira diz que, para pensar, precisamos apenas
de um método; um método que nos faça pensar bem e verdadeiramente. 3
É neste contexto que interliga HISTÓRIA, MEMÓRIA, INTERAÇÃO,
VERDADE e VIDA que conhecemos e sentimos o SER Valdelice Soares Pinheiro que
nasceu filha de Vital Alves Pinheiro e Marianna Soares Pinheiro, em Itabuna no dia 24
de janeiro de 1929, e faleceu em 29 de agosto de 1993.
Valdelice fez o Curso primário na Escola do Professor Belfort Saraiva, em
Itabuna; O Curso Secundário/Ginásio no Colégio Nossa Senhora da Piedade, em Ilhéus;
o Colegial/Normal no Instituto Municipal de Educação, em Ilhéus. Formou-se na
primeira turma de professoras daquela instituição de ensino. Licenciou-se em Filosofia
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Seu nome está intimamente ligado à vida universitária, à literatura e ao ato de
educar. Foi uma das idealizadoras e fundadoras da Faculdade de Filosofia de Itabuna FAFI, criada em 1960. Consta no JORNAL OFICIAL DE ITABUNA, datado de 4 de
outubro de 1969, Ano XXXI, 70 da República, nº 1834 – que o PODER EXECUTIVO,
publicou o DECRETO de nº 2325 de 16.09.1969, e nomeou-a como Diretora da FAFI
para o período de setembro de 1969 a setembro de 1972. Mais tarde a Faculdade de
Filosofia de Itabuna, junto com a Faculdade de Ciências Econômicas de Itabuna e a
Faculdade de Direito de Ilhéus, formaram a Federação das Escolas Superiores de Ilhéus
e Itabuna – FESPI, criada em 1973 dando, posteriormente, origem à Universidade
Estadual de Santa Cruz - UESC.
Na FESPI, além de desenvolver atividades de docência, também foi designada
pelo Diretor Geral, professor Aurélio Farias de Macêdo através da PORTARIA nº 32 de
2
07 de maio de 1986, a exercer a função de coordenadora do Centro de Estudos
Filosóficos – CEFI.
Tanto na FESPI quanto na UESC a professora Valdelice Pinheiro lecionou
Estética, Ontologia, Introdução a Filosofia, História da Filosofia. Costumava apresentar
aos seus alunos o Cadernos de Aulas, por ela construído e datilografado mostrando-nos
uma tessitura de palavra e de conceito repleta de Sensibilidade, Verdade, Essência!
Em um dos Cadernos de Aulas intitulado SER E EVOLUÇÃO, Valdelice
escreveu:
“Para meus alunos do II ano de Filosofia: Mais do que a postura mística,
ou religiosa, filosofar é buscar a perfeição. Só a Filosofia pressente o
Homem – O SER HOMEM-TODO. Por isso a sua grandeza e o seu
desprestígio. As agonias superficiais de um mundo de aparências, que se
ilude em uma objetividade duvidosa, levam o homem a recusar o essencial,
aquilo que é”.
E, em outro parágrafo, chama seus alunos a mais uma reflexão quando diz:
“A ciência (...), a economia (...), o macro e o microcosmo, a divindade
antecipada, o castigo profundo da culpa ancestral, a sociedade (...), o poder
de domínio, (...) a simplicidade, a justiça que governa (...) será tudo isso
uma parte de seu destino ou o homem perdido entre a vaidade de sua
divindade, nesse complexo de anjo rebelado, e a certeza de uma culpa
antiga, terá tido cortado, quebrado, desviado, em algum ponto de seu
caminho, o seu destino natural? Quem poderá sabê-lo se tudo parece tão
fora do seu fim?! Só a Filosofia, que é o impulso original para o SER, não
perdeu a sua rota, só ela no meio das agonias, das torpezas, e das
superficialidades humanas, acima e além de todas as violências, permanece
fiel a busca de verdades que ultrapassam a penumbra secreta dos
laboratórios”.
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Assim, Valdelice ia-nos chamando a uma vida na qual o SER, busca a
VERDADE do SER. Era, portanto, uma mulher inteira. Sua inteireza estava presente
em gestos simples manifestos no sorriso, no olhar, no silêncio, na quietude, na
singularidade e na sua comunicação com o mundo.
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Valdelice nos chamava a reflexão da reflexão e nos presenteava com um comviver límpido envolto numa alegria que promovia um saboroso compartilhamento de
ideias. Quem teve a alegria de conviver com ela jamais poderá esquecê-la. Talvez tenha
sido este sentimento de alegria na convivência, alegria por conviver que a fez escrever:
“Eu queria ficar na tua memória, não sei bem/como, não sei porque, mas queria ficar.
Ficar assim, numa presença indefinida, como o aroma/de uma rosa…”
E, assim, entre aulas, textos autorais e poesias aconchegadas no SER, ia-se
colocando entre nós, ou nós, íamos nos colocando em volta dela. Não nos cansávamos
de beber na fonte fecunda do saber que brotava de um momento chamado minuto, de
um minuto chamado instante, de um instante chamado Tempo que teimamos em não
deixar passar!
Na condição de professora apresentava um jeito singular, único, só dela,
inimitável. Envolveu-nos com aulas de vida, aulas nas quais o saber encontrou o sabor.
Aulas que, muitas vezes, se iniciavam com um tranquilo e incômodo silêncio em busca
de perguntas. Aulas que, muitas vezes, se iniciavam com a música clássica, a música
que tocava a alma e inquietava o espírito.
Ali, naquele lugar chamado sala de aula estavam: Valdelice, seus alunos, Johann
Bach, Ludwing Beethoven, Frederick Chopin... No Centro de Estudos Filosóficos
Valdelice Soares Pinheiro tínhamos a presença do saber, da busca do saber, do piano, da
filosofia, da poesia... Ali também, naquele lugar, ela nos descortinou poemas nos quais
a realidade e a sensibilidade se fizeram presentes em acorde de sonoridade singular.
Na condição de SER-POETISA... Poetisa, não! Não gostava que lhe chamassem
de poetisa, mas de poeta. Dizia que a palavra é feminina e que cabe aos dois gêneros.
Assim, sem se preocupar com a gramática imposta pelos homens, lançava-se ao mundo
das paixões e das ideias, do sensível e do incalculável.
Na condição de Poeta, publicou “De Dentro de Mim” (1961) e “Pacto” (1977), e
dois ensaios filosóficos: Ser e Evolução (1973) e Retomada (1984) que atualmente
encontram-se esgotados. No entanto, a maior parte do que escreveu, deixou inédito e
muito se perdeu em algum Tempo chamado Memória. Tudo era sentido e era motivo
para que escrevesse uma poesia ou rabiscasse seus desenhos que eram expressão da sua
alma de artista. Muitas vezes, a poesia e o desenho eram cúmplices como a raiz é
cúmplice da árvore!
Sua poesia de traço intimista, filosófico e humanista mostra uma sensível
preocupação com a natureza humana e as causas universalistas. Nela Valdelice falava
4
de valores, do Homem de Ontem, do Homem de Hoje, do Homem do Devir. Nela,
falava da transformação dos valores, da fraternidade, e nos conclamava a uma visão
reflexiva do mundo contemporâneo.
O que disseram e dizem sobre Valdelice Pinheiro?
Mércia Cruz (Especialista em Estudos Comparados em Literatura de Língua
Portuguesa); Mari Sousa (Graduada em Letras e Integrante do Grupo de Pesquisa
Identidade Cultural e Expressões Regionais (DLA-UESC); Naynara Tavares Moreira
(Pós Graduada em Literatura e Diversidade Cultural, pelo Departamento de Letras e
Artes, da Universidade Estadual de Feira de Santana); os romancistas e críticos
literários Adonias Filho e Cyro de Mattos, e a professora Maria de Lourdes Netto
Simões, assim se pronunciam:
Mércia Cruz, Mari Sousa e Naynara Tavares são unânimes em afirmar que “a
poesia de Valdelice Pinheiro é a expressão do eu-lírico da poetisa, denota
simplicidade, liberdade, busca existencial, é, portanto, uma poesia que anseia uma
verdade nova que contesta a falsa ordem. Afirmam ainda que sua voz é desencadeadora
do processo criador, está implícita no texto e diz respeito às inquietações, o eu-lírico, a
realidade re-criada pelo poeta”.
Para Adonias Filho, um dos grandes conhecedores e leitores de Valdelice, ela “é
uma poeta de percepção visual, que trabalhava o poema com inteligência, à sombra de
ideias e conceitos, na medida em que se arma e se processa no texto para se tornar voz
reflexiva”. Adonias salientou, por diversas vezes, que sua poesia apresentava “uma
poeta questionadora, dotada de instrumental filosófico plasmado numa alma sensível,
que somente ela, poderia compor”.5
Para Cyro de Mattos, Valdelice Pinheiro tem uma poesia dotada de
questionamentos que fazem do seu processo criador um conjunto equilibrado entre
poesia e ação, verso e matéria cotidiana, atestando, assim, o cunho filosófico que se
molda na visão crítica do mundo e num sensível espírito que toma a poesia como causa
maior que gesta o verso em cada respiração.
Cyro, no livro Itabuna, chão de minhas raízes, a descreve como “poeta que
elabora sua poesia com linguagem medida e despojada”. Sua poética, diz Cyro, “é de
grande conteúdo humano, de equilíbrio entre concepção e execução, harmonia entre
poema e ato, verso e matéria”. 6
A professora Maria de Lourdes Netto Simões, no livro Expressão Poética de
Valdelice Pinheiro, destaca que “Valdelice era uma pessoa muito especial, de uma
5
sensibilidade tão forte, que só aos artistas foi legado. Amava a natureza, acolhia-se
dela ou era acolhida por ela”.7
Dessa maneira, compreende-se através desses autores que Valdelice é a
expressão do eu-lírico, da simplicidade, da busca existencial, da verdade que contesta,
da inteligência que impõe uma voz reflexiva, a presença de uma alma sensível que se
equilibra na busca do SER-HOMEM-VIDA!
Em Itabuna, em Março de 2015, através da Academia de Letras de Itabuna –
ALITA-, tivemos o lançamento do livro O Canto Contido, organizado por Cyro de
Mattos. Esse momento marcou o encontro de uns e o reencontro de outros com a poesia
líquida, fluídica, sensível e transparente de Valdelice Pinheiro.
Na ocasião do lançamento do livro muitos expoentes das Letras e das Artes
falaram sobre Valdelice. Dos depoimentos, podemos citar as palavras de Helena
Parente Cunha (Professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro escritora
com mais de 20 obras publicadas); Ruy do Carmo Póvoas (Professor e Babalorixá);
Alfredo Pérez Alencart (Poeta e Professor da Universidade de Salamanca/Espanha) e
Sônia Maron (Juíza, Professora e Presidente da Academia de Letras de Itabuna).
Helena Parente falou de Valdelice da seguinte maneira: “A leitura da obra de
Valdelice me encantou, ela não precisa de muitas palavras para revelar a delicadeza de
seu ser e a sabedoria, às vezes triste, com que ela vê o mundo e a vida individual e
coletiva”.8
Ruy Póvoas na ocasião do lançamento do livro O Canto Contido, ressaltou em
seu discurso que “Valdelice construiu-se e propiciou aos que viveram ao seu redor, um
viver de prudência igual às cobras e de simplicidade igual aos pombos”.
Alfredo Pèrez Alencart, ao saber do lançamento da obra O Canto Contido que
reúne as obras de Valdelice, além de anunciar o fato por 20 minutos na TV e na Rádio
Al Dia, disse também que “Se trata de uma autora, de uma poeta de verdade,
merecedora de ser conhecida por quem gosta de apreciar a boa poesia, construindo
com saber e sensibilidade, seus poemas que são verdadeiras pérolas”.
E Sônia Maron falando sobre Valdelice, numa entrevista por ocasião do
lançamento do livro nos diz:
“Quando você gosta profundamente de uma pessoa e quando ela é
importante para você, para sua vida, tudo o que você disser cheira a
suspensão. Valdelice era uma pessoa singular, diferente do comum das
pessoas, até uma frase dela cheirava poesia. Ela esteve presente na vida da
6
FAFI, da FESPI e da UESC, enriqueceu a cultura de Itabuna e não pode
passar despercebida. Uma pessoa como Valdelice não desaparece, tanto é
que em sua lápide está escrito: Transpasso o tempo e nesse verso me
eternizo”. 9
Não mais falando sobre O Canto Contido, mas remetendo-me a Carta para
Valdelice, encantei-me com a escrita e a sensibilidade de Sônia Maron quando assim
escreveu:
“Minha amiga.
(...) Guido Ceronet, amigo de Norberto Bobbio, disse que: “O homem que
pensa de verdade escreve cartas aos amigos”.
E em outro trecho dessa carta diz:
“Há alguns anos não conversamos, embora você seja presença constante
em minha vida. A mesma afirmação fez um amigo comum, Soane Nazaré
de Andrade, na cerimônia destinada a formalizar o nome do pedaço de
chão onde ele e você ajudaram a construir a UESC”.
Ainda na Carta, encontramos um lindo trecho cujas palavras foram ditas pelo
professor Soane Nazaré de Andrade que me atrevo a propagar na escrita desse parecer:
Disse ele na ocasião da cerimônia de batismo do Campus que recebeu seu nome:
“O que sinto, neste dia 30 de abril de 1994, é que nada se fez em vão. O
passado se insere no presente. Até os nossos mortos convivem conosco e
não raro apontam-nos o caminho. Quem ousaria dizer que Valdelice está
morta? Valdelice está aqui. Sinto-a por inteiro no espírito e na força da
Universidade, não só no Centro de Estudos Filosóficos Valdelice Soares
Pinheiro, mas em cada pessoa, em cada espaço, em cada matéria deste
Campus, todo ele, espírito de Valdelice”. 10
As pessoas que falaram sobre Valdelice nos aproximaram de uma mulher que
encanta e revela: prudência, singularidade, sabedoria em linguagem perolada, presença
constante que aponta caminhos e se eterniza porque transpassa.
7
É esse transpassar que nos aproxima das nobres e contemplativas palavras de
Lourival Pereira Júnior (Poeta, Ex-aluno de Val, e Professor da UESC) quando nos diz
em nossos diálogos:
"Somos cúmplices de uma existência que vingou neste Campus. Digo que
somos cúmplices porque tenho a certeza de que cada vida que aqui pulsa e
vinga serve de alimento para a esperança de perenidade possibilitada por
uma homenagem, mesmo que póstuma. Se Nietzsche está certo ao afirmar
que "alguns já nascem póstumos" então, posso dizer, que este parece ser o
caso de nossa tão saudosa e querida poeta - Valdelice Soares Pinheiro".
Em nome da
História
e da
Memória,
em nome da
Verdade
e da
Saudade, em nome da Vida e do Bosque, estamos solicitando ao CONSU que
delibere favoravelmente o pleito que encaminhamos posto que, Valdelice, em seu
poema Ecologia, nos diz:
Eu queria dormir
dentro
das árvores
e sonhar os seus sonhos,
viver os seus amores.
Eu queria morar
dentro
das árvores e viver a justiça
de suas raízes
Eu queria morrer
dentro
das árvores
e participar da glória
de renascer do chão,
como semente.
Este é meu parecer
S.M.J
Josanne Francisca Morais Bezerra
Conselheira, Relatora
Reunião Conselho Superior – CONSU, em 26 de fevereiro de 2016.
8
REFERENCIAS HISTÓRICAS:
Setor de Pessoal da UESC/pasta funcional da professora Valdelice Soares Pinheiro
OUTRAS REFERÊNCIAS:
8
SITE Google/Academia de Letras de Itabuna/Helena Parente. Entrevista, 2016.
5
SITE Google/Academia de Letras de Itabuna/Cyro de Mattos.Entrevista, s/d
SITE Google/Academia de Letras de Itabuna/Adonias Filho.Entrevista, s/d
9
You Tube/ Entrevista Sonia Maron/Lançamento do livro O Canto Contido.
Entrevista, 2015.
Http://www. Uesc.br/icer/artigos/reflexõesvozepoesia.pdf/2016
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
-1 BENJAMIN, Walter. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e
história da cultura. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 29.
-3 DELEUZE, Gilles. Nietzsche a e filosofia. Trad. Ruth Joffily e Edmundo Fernandes
Dias. Rio de Janeiro: Editora Rio, 1976, p. 46.
-10 GURIATÃ - Revista da Academia de Letras de Itabuna, nº 1 maio de 2015.
-2 KRAMER, Sonia. Por entre as pedras: arma e sonho na escola. SãPaulo: Ática, 1993,
p. 32.
-6 MATTOS, Cyro. Itabuna, Chão de minhas raízes, prosa e poesia. Salvador: Oficina
do Livro, 1998.
-4 PINHEIRO Valdelice. Ser e Evolução, Ilhéus, FESPI, 1973, p. 2-3.
- 7 SIMÕES, Maria de Lourdes Netto. Expressão poética de Valdelice Pinheiro / 2. ed. Ilhéus : Editus, 2007.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS:
-BOBBIO, Norberto. O tempo da memória, 4ª edição, Rio de Janeiro: Campus, 1977.
-DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Trad. Luiz Orlandi e Roberto Machado. Rio
de Janeiro: Graal, 1988.
-Livreto – “Personalidades que contribuíram para história de Itabuna" produzido pela
FTC - Faculdade de Tecnologia de Itabuna por ocasião da implantação naquela
instituição do projeto "Bancos da História"./s/d.
9
- MOREIRA, Naynara Tavares. O canto da cigarra: a poesia cósmica e existencialista
de Valdelice Soares Pinheiro/Dissertação de Mestrado/Mestrado em Literatura e
Diversidade Cultural, pelo Departamento de Letras e Artes, da Universidade Estadual
de Feira de Santana, 2007.
- PINHEIRO, Valdelice. De dentro de mim. Itabuna, edição particular,1961.
- PINHEIRO, Valdelice. Pacto. Rio de Janeiro: Olímpica, 1977.
- PINHEIRO, Valdelice. Retomada: Revista FESPI: Ilhéus, ano II, n 3, jan/jun, 1984.
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