Sumário Introdução ............................................... Error! Bookmark not defined. Desenvolvimento ..................................... Error! Bookmark not defined. Energia Hidreletrica ....................................................................... 3 Energia Eolica ............................................................................... 5 Energia Termeletrica .................... Error! Bookmark not defined.8 Energia Solar............................................................................... 11 Energia Nuclear........................................................................... 13 Sustentabilidade ........................... Error! Bookmark not defined.0 Conclusão ............................................. Error! Bookmark not defined.2 Bibliografia............................................... Error! Bookmark not defined. 1 Introdução A energia elétrica é uma das formas de energia mais utilizadas no mundo. Ela é gerada, principalmente, nas usinas hidrelétricas, usando o potencial energético da água. Porém ela pode ser produzida também em usinas eólicas, termoelétricas, solares, nucleares entre outras. A energia elétrica é baseada na produção de diferenças de potencial elétrico entre dois pontos. Estas diferenças possibilitam o estabelecimento de uma corrente elétrica entre estes dois pontos. A energia elétrica, para chegar ao consumidor final, depende de uma eficiente rede elétrica, composta por fios e torres de transmissão. A energia elétrica é de fundamental importância para o desenvolvimento das sociedades atuais. Ela pode ser convertida para gerar luz, força para movimentar motores e fazer funcionar diversos produtos elétricos e eletrônicos que possuímos em casa (computador, geladeira, microondas, chuveiro, etc). A energia elétrica, produzida através das águas, sol e vento é considerada uma forma de energia limpa, pois apresenta baixos índices de produção de poluentes em todas as fases de produção, distribuição e consumo. Além disso, é uma fonte renovável, pois nunca irá se esgotar como acontecerá um dia com o petróleo. 2 Energia Hidrelétrica Nas usinas geradoras de energia elétrica que utilizam como princípio básico a água, ou seja, nas usinas hidrelétricas, o movimento do eixo do gerador é obtido com a queda de água. Graças a uma vazão controlada, a água que cai pela tubulação choca-se com as pás da turbina e faz com que gire o circuito fixado ao eixo do gerador. Funcionamento e processo de obtenção A energia hidrelétrica é obtida através do aproveitamento do potencial hidráulico de um rio. Para que esse processo seja realizado é necessária a construção de usinas em rios que possuam elevado volume de água e que apresentem desníveis em seu curso. A força da água em movimento é conhecida como energia potencial, essa água passa por tubulações da usina com muita força e velocidade, realizando a movimentação das turbinas. Nesse processo, ocorre a transformação de energia potencial (energia da água) em energia mecânica (movimento das turbinas). As turbinas em movimento estão conectadas a um gerador, que é responsável pela transformação da energia mecânica em energia elétrica. Caminho percorrido até nossas casas A água que é captada neste local é enviada por condutos metálicos até a Casa de Força, onde ficam as turbinas hidráulicas. Quando a água passa por elas, a potência hidráulica é transformada em potência mecânica e, quando passa pelo gerador, transforma a potência em eletricidade. Depois disso a energia segue pelas linhas de transmissão, aquelas torres que normalmente vemos perto das rodovias. Como as distâncias percorridas são grandes, é necessário aumentar substancialmente a voltagem para diminuir as perdas energéticas comuns neste processo. Ao chegar às subestações de distribuição, a energia elétrica tem a tensão reduzida nos transformadores para poder seguir pela rede de distribuição (os postes e fios existentes nas ruas de qualquer cidade). 3 Efeitos causados no Meio Ambiente Onde as usinas se instalam a natureza se transforma: o clima muda, espécies de peixes desaparecem, animais fogem para refúgios secos, árvores viram madeira podre debaixo da inundação... E isso fora o impacto social: milhares de pessoas deixam suas casas e têm de recomeçar sua vida do zero num outro lugar. No Brasil, 33 mil desabrigados estão nessa situação, e criaram até uma organização, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Comparando as usinas hidroelétricas com as nucleares ela não são tão ruins. Enquanto parte é beneficiado pelas usinas hidroelétricas, outra parte é prejudicada, pois não existe energia 100% limpa ou segura. Países que geram energia elétrica através de hidroelétricas O Brasil é um dos países que mais utiliza as hidrelétricas como forma de obtenção de energia, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá; o país, juntamente com o Paraguai, construiu Itaipu, a maior usina hidrelétrica do mundo. Isso é explicado devido ao grande potencial hídrico que o Brasil possui. Outros países que obtêm energia elétrica através de hidroelétricas são: EUA Canadá Brasil Alemanha China Egito Lituânia Moçambique Portugal Paraguai Reino Unido Rússia Suíça Venezuela 4 Energia Eólica Funcionamento e processo de obtenção da energia eólica A energia eólica é uma forma indireta de obtenção de energia do sol, uma vez que os ventos são gerados pelo aquecimento desigual da superfície da Terra pelos raios solares. Em outros termos, a energia eólica é a energia do movimento (cinética) das correntes de ar que circulam na atmosfera. A geração de energia elétrica ou mecânica (em moinhos ou cataventos para a realização de trabalhos mecânicos como o bombeamento da água) através dos ventos se dá pela conversão da energia cinética de translação pela energia cinética de rotação através do emprego de turbinas eólicas, quando o objetivo é gerar eletricidade, ou moinho e cataventos, quando o objetivo é a realização de trabalhos mecânicos. A energia eólica é uma forma de obtenção de energia de fontes totalmente renovável e limpa, não produz qualquer tipo de poluente. Sendo por isso, umas das principais apostas no campo das fontes renováveis de energia. Como é armazenada A energia eólica precisa ser armazenada para utilização quando a intensidade dos ventos não for suficiente para atender a demanda e, também, para aproveitar o excedente produzido quando a produção supera a demanda. Mas, também sabemos que a energia cinética dos ventos não pode ser armazenada, então deve ser feita sua conversão para outro tipo de energia armazenável. Assim, podemos dividir as formas de armazenamento indireto da energia eólica em dois grupos: as formas que armazenam a energia eólica convertida em energia mecânica e as formas que armazenam a energia eólica convertida em energia elétrica. A diferença entre as formas de armazenamento da energia eólica, mecânicos ou elétricos, é que na primeira (mecânico) são utilizados mecanismos que usam forças de natureza mecânica para realizar o armazenamento e, na segunda (elétrica), é usado o excedente da eletricidade gerada pela turbina para acionar os mecanismos de armazenamento. 5 Principais métodos de armazenamento indireto da energia eólica convertida em energia mecânica: Bomba (hidráulica): este sistema de armazenamento da energia eólica é composto por uma bomba conectada ao eixo de saída da turbina. Quando a turbina atinge determinada velocidade de rotação aciona o mecanismo da bomba que eleva determinada quantidade de água para um reservatório situado a uma altura específica, armazenando assim, a energia eólica – mecânica sob a forma de energia potencial da massa de água. Quando necessário, a água é escoada e aciona uma turbina hidráulica para que a energia acumulada possa ser usada. Nesses casos, a turbina costuma ser instalada logo acima da fonte de captação de água (que pode ser um poço) e a água pode também, ser armazenada para simples consumo ao invés de gerar eletricidade. Compressor (mecânica): este tipo de armazenamento se refere à conversão da energia eólica – mecânica em energia potencial armazenada sob a forma de ar comprimido (50-100 atmosferas). A compressão é feita por um mecanismo que utiliza o movimento de rotação das pás da turbina para comprimir o ar. Após comprimido o ar pode ser armazenado em recipientes próprios ou mesmo em estruturas geológicas que se encontram vazias após terem seu gás natural exaurido (empresas americanas estudam a possibilidade de armazenar o ar comprimido na camada de arenito – a 1000 m de profundidade - que é extremamente poroso). O ar armazenado, então, pode ser utilizado para a geração de energia mecânica ou elétrica através de expansões. Calor (efeito joule): o armazenamento da energia eólica sob a forma de calor se dá pelo aquecimento mecânico da água através do movimento de “pás” dentro do recipiente de armazenamento (que é isolado termicamente). A resistência da água ao atrito ocasionado pelas pás em movimento faz com que ela se aqueça, transformando a energia eólica em energia térmica. O armazenamento da água é feito em recipiente térmico próprio e pode ser feito com a água na forma líquida (água quente) ou na forma gasosa (vapor). Volante (mecânica): também chamado de “Flywheell”, ou ainda “volante mecânico”, seu funcionamento baseia-se na conversão da energia eólica em energia cinética do movimento de rotação do volante que poderá ser convertida, posteriormente, em qualquer outra forma de energia. 6 Efeitos causados no Meio Ambiente O único ponto fraco das turbinas que geram energia através dos ventos é a poluição sonora e a poluição visual. Esta última é menos impactante, e depende mais do ponto de vista particular de cada um. Mas a poluição sonora gerada pelas turbinas, de acordo com a especificação do equipamento, pode inviabilizar a construção destes sistemas muito próximos de regiões habitadas por causar desconforto aos moradores, desvalorizando as propriedades. Alteração nos componentes geoambientais (água, solo, morfologia, topografia e paisagem), alteração dos fluxos das marés Entretanto, existem modelos aero geradores de hélices de alta velocidade que produzem menor ruído e são até mais eficientes que os modelos de turbinas de múltiplas pás, mais barulhentos. Países que utilizam a energia eólica O alto custo da produção de energia, juntamente com as vantagens da energia eólica como uma fonte de energia renovável e amplamente disponível, tem levado vários países a estabelecer incentivos regulamentando e dirigindo investimentos financeiros para estimular a geração de energia eólica. Estudos da Associação Mundial de Energia Eólica avaliaram os anos de 2010 e o primeiro semestre de 2011, revelam que, ao todo, 86 países já utilizam essa fonte renovável para a produção de energia elétrica. Entre eles, destaca-se a China, que se tornou o país com maior capacidade instalada. 7 Energia Termelétrica Método de obtenção e funcionamento A energia termoelétrica é produzida por um gerador e transportada até os locais de consumo por linhas de transmissão. Este gerador é impulsionado pela energia resultantes da queima de um combustível. Ao queimar, o combustível aquece a caldeira com água, produzindo vapor com uma pressão tão alta que move as pás de uma turbina, acionando o gerador. Qualquer produto capaz de gerar calor pode ser usado como combustível, do bagaço de diversas plantas aos restos da madeira. Os combustíveis mais utilizados são: óleo combustível, óleo diesel, gás natural, urânio enriquecido (que dá origem à energia nuclear) e o carvão mineral. Quase todo o carvão mineral brasileiro é empregado na geração termoelétrica, uso que requer o controle de efluentes líquidos e resíduos sólidos, além de CO2 (gás carbônico), CO, reticulados, hidrocarbonetos, óxidos de enxofre e nitrogênio. Utilizando a energia nuclear, através de reações nucleares como a quebra (fissão) do urânio. Após o vapor ter movimentado as turbinas ele é enviado a um condensador para ser resfriado e transformado em água líquida para ser reenviado ao caldeirão novamente, para um novo ciclo. Esse vapor pode ser resfriado utilizando água de um rio, lago ou mar, mas causa danos ecológicos devido ao aquecimento da água e conseqüentemente uma súbita diminuição do oxigênio. 8 Caminho percorrido e Armazenamento Mas estas usinas não têm somente desvantagens, as vantagens delas é que podem ser construídas próximas a centros urbanos, diminuindo as linhas de transmissões e desperdiçando menos energia. Também são usinas que produzem uma quantidade constante de energia elétrica durante o ano inteiro, ao contrário das hidrelétricas, que tem a produção dependente do nível dos rios. No Brasil, as térmicas complementam a Matriz energética de hidroelétricas, sendo ligadas apenas quando há necessidade (como em períodos de estiagem). Impactos no meio ambiente Um dos maiores problemas das usinas termoelétricas é a grande contribuição que elas têm com o aquecimento global através do efeito estufa e de chuvas acidas devido à queima de combustíveis. No caso de determinadas usinas que usam como fonte de calor energia nuclear, além da poluição térmica ainda existe o problema do lixo atômico. Elas poluem muito porque produz óxido de enxofre que reage com o oxigênio do ar formando ácido sulfuroso que por sua vez sofre oxidação formando o ácido sulfúrico que é o maior responsável pela produção da chuva ácida. A chuva ácida é arrastada por muitos quilômetros indo poluir outros locais. Os automóveis, as indústrias que produzem óxido de enxofre são os piores poluentes. Na realidade a chuva é ligeiramente ácida em locais onde há baixa poluição, porém o problema ocorre quando ela se torna muito ácida, porque atinge lagos matando peixes, atinge também a vegetação chegando ao ponto de abrir enormes clareiras nas matas. 9 Países que a utilizam As usinas termoelétricas constituem a principal forma de produção de eletricidade no mundo atualmente, representando cerca de 70% da produção mundial. Elas são amplamente utilizadas pelos países desenvolvidos, o que acirra os debates nas conferências internacionais sobre recursos naturais e o meio ambiente. No Brasil, onde o uso é predominantemente de usinas hidroelétricas, as termoelétricas atuam para abastecer as indústrias e também como fontes de reserva em casos de crise energética. Mesmo assim, elas não ultrapassam os 7,5% da produção nacional de eletricidade, e esse número só é alcançado quando todas as usinas estão em funcionamento no país. Os estados unidos e a índia têm desenvolvido tecnologia termoelétrica. Os dois países são campeões em produção de lixo. Logicamente queimar esse lixo e produzir energia resolve o problema de estocagem. 10 Energia Solar Funcionamento e obtenção Este tipo de energia é proveniente de uma fonte inesgotável: o Sol. Os painéis solares possuem células fotoelétricas que transformam a energia proveniente dos raios solares em energia elétrica. Tem a vantagem de não produzir danos ao meio ambiente. A geração de energia a partir da luz solar está diretamente ligada ao que se chama de "efeito fotovoltaico", observado pela primeira vez em 1893 pelo físico francês Alexandre-Edmond Becquerel. "Esse efeito consiste essencialmente na conversão de energia luminosa incidente sobre materiais semicondutores, convenientemente tratados, em eletricidade", esclarece o professor. É com base nele que se produzem os painéis solares, formados por células fotovoltaicas, que são dispositivos semicondutores com essa propriedade de captar a luz do Sol e transformá-la em energia, gerando uma corrente elétrica capaz de circular em um circuito externo. Armazenamento Em alguns casos, a eletricidade gerada é armazenada em uma bateria através de um controlador de carga que controla a velocidade com que esta bateria é carregada. Um inversor converte a energia gerada pelos painéis solares e posteriormente armazenada na bateria de corrente contínua em corrente alternada, o que torna utilizável nos lares, como uma fonte de energia elétrica direta. A energia gerada pode ser usada em qualquer equipamento elétrico ou eletrônico ou dispositivo carregador. Efeitos causados no Meio Ambiente A energia solar constitui uma das pedras fundamentais da energia limpa alternativa e, com as dificuldades diárias de se obter combustíveis fósseis cada vez maiores, pode representar uma solução viável para os problemas energéticos do mundo. Seu impacto ambiental constitui um dos principais argumentos de venda e quanto mais puder funcionar de forma eficaz, melhores suas chances de substituir combustíveis fósseis como fonte principal de energia. Embora muito positivo, o impacto ambiental 11 da energia solar pode ser sutil e seu efeito geral deve ser cuidadosamente considerado, à medida que nossos esforços para explorar o seu potencial de mudança se intensificam. Países que utilizam energia solar Alemanha Itália Espanha Consumo em 2011 19,0 Terawatt-hora (TWh) 9,4 TWh 9,1 TWh Consumo em 2010 11,7 TWh 1,9 TWh 7,1 TWh Variação 62,6% 394% 28,4% Fatia do total mundial 34,1% 16,9% 16,4% A Alemanha é de fato o país com maior capacidade de potência fotovoltaica instalada. Os painéis fotovoltaicos espalhados pelo país são um recorde mundial. Em média por ano, a Alemanha consegue suprir 20% das necessidades de eletricidade na produção fotovoltaica e já responde por 35% de toda energia solar produzida no mundo. O país europeu tem uma forte política de tarifas fixas e incentivos para estimular a energia solar e a instalação de equipamentos em casas particulares e empresas. O pesquisador da Universidade de Stuttgart, em Baden-Wurttemberg, Camilo Michalka, conta que um grande incentivo é o valor pago pela energia gerada pelas placas de uma residência, que chega a ser maior do que a energia que a mesma residência consome da rede elétrica. “Durante o dia, os painéis das residências estão gerando energia solar e jogando na rede elétrica. A distribuidora paga por essa energia. À noite quando as placas não estão mais gerando energia, elas consomem a que foi gerada pela rede elétrica, por um preço menor do que recebem ao fornecer a energia pela manhã”, explica Michalka. 12 Energia Nuclear Os átomos de alguns elementos químicos apresentam a propriedade, através de reações nucleares, transformarem massa em energia. Esse princípio foi demonstrado por Albert Einstein. O processo ocorre espontaneamente em alguns elementos, porém em outros precisa ser provocado através de técnicas específicas. Existem duas formas de aproveitar essa energia para a produção de eletricidade: A fissão nuclear, onde o núcleo atômico se divide em duas ou mais partículas, e a fusão nuclear, na qual dois ou mais núcleos se unem para produzir um novo elemento. A fissão do átomo de urânio é a principal técnica empregada para a geração de eletricidade em usinas nucleares. É usada em mais de 400 centrais nucleares em todo o mundo, principalmente em países como a França, Japão, Estados Unidos, Alemanha, Suécia, Espanha, China, Rússia, Coréia do Sul, Paquistão e Índia, entre outros. Segundo a WNA (Associação Nuclear Mundial, da sigla em Inglês), hoje, 14% da energia elétrica no mundo, é gerada através de fonte nuclear e este percentual tende a crescer com a construção de novas usinas, principalmente nos países em desenvolvimento (China, Índia, etc.). Os Estados Unidos, que possuem o maior parque nuclear do planeta, com 104 usinas em operação, estão ampliando a capacidade de geração e aumentando a vida útil de várias de suas centrais. França, com 58 reatores, e Japão, com 50, também são grandes produtores de energia nuclear, seguidos por Rússia (33) e Coréia do Sul (21). A maior vantagem ambiental da geração elétrica através de usinas nucleares é a não utilização de combustíveis fósseis, evitando o lançamento na atmosfera dos gases responsáveis pelo aumento do aquecimento global e outros produtos tóxicos. Usinas nucleares ocupam áreas relativamente pequenas, podem ser instaladas próximas aos centros consumidores e não dependem de fatores climáticos (chuva, vento, etc.) para o seu funcionamento. Além disso, o urânio utilizado em usinas nucleares é um combustível de baixo custo, uma vez que as quantidades mundiais exploráveis são muito grandes e não oferecem risco de escassez em médio prazo. Pesquisas de opiniões realizadas na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia demonstram que a população aceita a construção de novas usinas nucleares e a substituição de plantas antigas por novas. 13 Ambientalistas prestigiados como James Lovelock (autor da “Teoria de Gaia”) e Patrick Moore (fundador do Green Peace) são unânimes em declarar que não se pode abdicar da energia nuclear se pretendemos reduzir os riscos do aquecimento global e de todos os problemas relacionados a ele. Protocolo De Segurança 1. O acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera provoca o aquecimento global e suas catastróficas conseqüências cerca de 77% desses gases correspondem a CO2, dióxido de carbono, resultado inevitável da queima de combustíveis fósseis para gerar energia elétrica e para movimentar indústrias e veículos, desde automóveis a aviões e navios. Esta é à base da economia industrial moderna, desde a construção de uma máquina a vapor, capaz de girar uma roda, em 1781, por James Watt. 2. A redução das emissões de dióxido de carbono é essencial para impedir que a concentração de gases, que hoje alcança 391 partículas por milhão, ultrapasse 450 ppm. Este nível de concentração corresponderia a um aumento de 2ºC na temperatura, um limiar hoje considerado como o máximo tolerável, devido ao degelo das calotas polares e ao aquecimento dos oceanos o que, ao ocorrer de forma gradual e combinada, levaria à inundação das zonas costeiras de muitos países, onde vivem cerca de 70% da população mundial. 3. Todavia, desde a assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997, que estabeleceu metas para 2008-2012 de redução dessas emissões a níveis 5% inferiores àqueles verificados em 1990, a emissão de gases de efeito estufa aumentou. 4. 70% da energia elétrica nos Estados Unidos é gerada por termoelétricas a carvão e gás; 50% da energia elétrica produzida na Europa é gerada por termoelétricas a carvão e a gás; 80% da energia elétrica chinesa tem como origem termoelétricas a carvão. 5. Em grande medida, a solução da crise ambiental depende, assim, da transformação radical da matriz energética, em especial das usinas de geração de eletricidade de modo a que venham a utilizar fontes renováveis de energia. 14 6. Muito dos países que são importantes emissores de gases de efeito estufa que teriam de transformar suas matrizes energéticas (responsáveis por 70% das emissões desses gases), não têm recursos hídricos suficientes (China, Índia, Europa etc.) ou não têm capacidade para gerar energia eólica e solar economicamente, fontes que por serem intermitentes (a usina eólica funciona, em média, 25% do tempo e a solar somente durante período do dia) não asseguram continuidade de suprimento e nem sua energia pode ser armazenada. Mesmo a produção econômica de energia a partir da biomassa (etanol) se aplicaria mais à substituição de gasolina e diesel em veículos do que à produção de energia elétrica. 7. Resta, assim, a energia nuclear como solução viável para a geração de energia elétrica em grande escala, uma vez que estão superados os problemas ambientais e de segurança. A energia nuclear, que hoje responde por 20% da energia elétrica produzida nos Estados Unidos; 75% na França; 25% no Japão e 20% na Alemanha, é produzida, como se sabe, a partir do urânio. 8. Patrick Moore, fundador do Greenpeace, foi enfático ao declarar: “a energia nuclear é a única grande fonte de energia que pode substituir os combustíveis fósseis.” 9. 81% das reservas de urânio conhecidas se encontram em seis países. O Brasil tem a 6ª maior reserva de urânio do mundo, tendo ainda a prospectar mais de 80% do seu território e a estimativa é de que o Brasil pode vir a deter a terceira maior reserva do mundo. Cinco companhias no mundo produzem 71% do urânio. 10. O urânio na natureza se encontra em um grau de concentração de 0,7%. Para ser usado como combustível esse urânio tem de ser minerado, beneficiado, convertido em gás, enriquecido a cerca de 4%, reconvertido em pó e transformado em pastilhas, que é a forma do combustível utilizado nos reatores. 11. Este processo industrial é extremamente complexo e apenas oito países do mundo detêm o conhecimento tecnológico do ciclo completo e a capacidade industrial para produzir todas as etapas do ciclo. Um deles é o Brasil. 12. O Brasil combina, assim, a posse de reservas substanciais, e potencialmente muito maiores, com o conhecimento tecnológico e a capacidade industrial além de deter a capacidade industrial que permitiria produzir reatores. 15 13. Apesar da Agência Internacional de Energia Atômica prever um crescimento moderado da demanda por urânio enriquecido, o fato é que países como a China e a Índia necessitarão de instalar capacidades extraordinárias de usinas não poluentes para aumentar a oferta de energia elétrica sem aumentar de forma extraordinária suas emissões de CO2. A China planeja aumentar sua capacidade instalada total de geração de energia elétrica em 100.000 MW por ano, o que equivale a toda a atual capacidade brasileira. 14. Caso os países desenvolvidos não aumentassem sua produção industrial e pudessem assim ser mantidos os atuais níveis de geração de eletricidade e, portanto, de emissão de gases e os grandes países emergentes também não aumentassem suas emissões atuais de gases (e portanto mantivessem sua produção atual, com crescimento econômico zero) o nível de limiar do aumento de temperatura, 2ºC seria atingido muito antes do previsto,e até ultrapassado. 15. Assim, é necessário e urgentíssimo diminuir a emissão de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, manter o crescimento econômico/social elevado para retirar centenas de milhões de seres humanos da situação abjeta de pobreza em que vivem. Isto só é possível através da geração de energia elétrica a partir do urânio. Para gerar 1Kw de energia elétrica, uma usina a carvão gera 955gramas de CO2; uma usina a óleo 818g; uma usina a gás gera 446g e a usina nuclear 4g (quatro!) de CO2. 16. Portanto, os países grandes produtores de energia terão de mudar sua matriz energética, cuja base hoje é combustíveis fósseis, para utilizar combustíveis renováveis e não-fósseis como a energia nuclear que é a única que atende aos requisitos de regularidade, de suprimento, de economia e de localização flexível. 17. Todavia, os extraordinários interesses das grandes empresas produtoras de petróleo, de gás e de carvão dos países que detém as principais jazidas desses combustíveis fósseis: carvão (Estados Unidos e China); gás (Rússia e EUA); e petróleo (Arábia Saudita, etc.) e os custos, difíceis de exagerar, de transformação de suas matrizes energéticas e de seus hábitos de consumo, tendem a influenciar as considerações dos técnicos que elaboram aquelas estimativas conservadoras da Agência Internacional de Energia – AIE, que prevêem o contínuo uso de 16 combustíveis fósseis e um pequeno aumento de demanda por energia nuclear nos próximos anos. 18. Apesar de tudo, a deterioração das condições climáticas e fenômenos extremos farão com que a urgência de medidas de reorganização econômica se imponham, inclusive pela pressão dos cidadãos sobre os governos apesar da contra-pressão dos interesses das mega-empresas. Assim, apesar daquelas estimativas modestas, o mercado internacional para urânio enriquecido será extremamente importante nas próximas décadas, caso se queira evitar catástrofes climáticas irreversíveis. 19. Certas iniciativas dos países nucleares, sob o pretexto de enfrentar ameaças terroristas, podem afetar profundamente as possibilidades de participação do Brasil nesse mercado. 20. Essas iniciativas se caracterizam por procurar concentrar nos países altamente desenvolvidos a produção de urânio enriquecido e de impedir sua produção em outros países, em especial naqueles países que detêm reservas de urânio e a tecnologia de enriquecimento. Em outros países, que são a maioria, o tema não tem importância, e serve apenas para criar meios de pressão sobre os primeiros. Isto afeta diretamente o Brasil, do ponto de vista econômico e de vulnerabilidade política. 21. Por outro lado, esses países procuram restringir por todos os meios a transferência de tecnologia, procuram impedir o desenvolvimento autônomo de tecnologia e procuram conhecer o que os demais países estão fazendo, sem revelar o que eles mesmos fazem. O Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda com a AIEA, previsto pelo TNP (Tratado de Não Proliferação) é um instrumento poderoso, em especial naqueles países onde há capacidade de desenvolvimento tecnológico, como é o caso do Brasil. Onde não há esta capacidade não tem o Protocolo nenhuma importância, nem para os que dele se beneficiam (os Estados nucleares) nem para aqueles que a suas obrigações se submetem (os Estados nãonucleares que não detêm urânio, nem tecnologia, nem capacidade industrial e que são a maioria esmagadora dos Estados do mundo). 22. A concordância do Brasil com a assinatura de um Protocolo Adicional ao TNP permitiria que inspetores da AIEA, sem aviso prévio, inspecionassem qualquer instalação industrial brasileira que considerassem de interesse além das instalações nucleares (inclusive as fábricas de ultra centrífugas) e o submarino nuclear, e 17 tivessem acesso a qualquer máquina, a suas partes e aos métodos de sua fabricação, ou seja, a qualquer lugar do território brasileiro, quer seja civil ou militar, para inspecioná-lo, inclusive instituições de pesquisas civis e militares. Ora, os inspetores são formalmente funcionários da AIEA, mas, em realidade, técnicos altamente qualificados, em geral nacionais de países desenvolvidos, naturalmente imbuídos da “justiça” da existência de um oligopólio nuclear não só militar, mas também civil, e sempre pronto a colaborar não só com a AIEA, o que fazem por dever profissional, mas também com as autoridades dos países de que são nacionais. 23. O Protocolo Adicional e as propostas de centralização em instalações internacionais da produção de urânio enriquecido são instrumentos disfarçados de revisão do TNP no seu pilar mais importante para o Brasil, que é o direito de desenvolver tecnologia para o uso pacífico da energia nuclear. Esta foi uma das condições para o Brasil aderir ao TNP, sendo a outra o desarmamento geral, tanto nuclear como convencional, dos Estados nucleares (Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra), como dispõe o Decreto legislativo 65, de 2/7/1998: “a adesão do Brasil ao presente Tratado está vinculada ao entendimento de que, nos termos do artigo VI, serão tomadas medidas efetivas visando à cessação, em data próxima, da corrida armamentista nuclear, com a completa eliminação das armas atômicas”. 24. Todavia, desde 1968, quando foi assinado o TNP, para cá os Estados nucleares, sob variados pretextos, aumentaram suas despesas militares e incrementaram de forma extraordinária a letalidade de suas armas não só nucleares como convencionais e assim, portanto, descumpriram as obrigações que assumiram solenemente ao subscrever o TNP. E agora desejam rever o Tratado para tornar sua situação ainda mais privilegiada, seu poder de arbítrio ainda maior e a situação econômica e política dos países não nucleares ainda mais vulneráveis diante do exercício deste arbítrio. 25. Ao contrário da maior parte dos países que assinaram o Protocolo Adicional, o Brasil conquistou o domínio da tecnologia de todo o ciclo de enriquecimento do urânio e tem importantes reservas de urânio. Só três países Brasil, Estados Unidos e Rússia têm tal situação privilegiada em um mundo em que a energia nuclear terá de ser à base da nova economia livre de carbono, indispensável à sobrevivência da 18 humanidade. Aceitar o Protocolo Adicional e a internacionalização do enriquecimento de urânio seria um crime de lesa-pátria. 19 Sustentabilidade Sustentabilidade é um termo usado para definir ações e atividades humanas que visam suprir as necessidades atuais dos seres humanos, sem comprometer o futuro das próximas gerações. Entre as usinas a considerada mais sustentável, é a usina de energia solar. Os painéis solares com células voltaicas, cujo principal componente é o silício, captam a energia do sol que pode ser usada em residências para aquecer a água e ambientes, além de, de forma indireta, produzir energia elétrica. Entre os impactos ambientais, temos os que ocorrem somente na extração e no processamento do silício. Infelizmente o custo da instalação desse tipo de geração de energia ainda continua elevado, não sendo acessível para a maioria da população. Mas o custo da construção dos painéis solares vem diminuindo e, com o tempo, o gasto inicial é compensado pela economia na conta de energia elétrica convencional. Distribuição média do consumo doméstico de energia elétrica no Brasil 20 21 Conclusão Com esse trabalho concluímos toda a importância da energia, e as diversas formas de se obter, porém a produção e o consumo de energia exercem sobre o ambiente, efeitos (incluindo a produção de calor e eletricidade, os serviços, a indústria e os transportes). Entre esses fatores incluem-se a emissão de gases poluentes, a produção de resíduos dentre outros contribuintes para as alterações climáticas, a destruição dos ecossistemas naturais, a degradação do ambiente antropico e provocando efeitos nocivos para a saúde humana. A energia é necessária, e para não prejudicar muito o meio ambiente, o melhor é utilizar das energias renováveis. 22 Bibliografia (s.d.). 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