Gênero e sexualidade nas práticas escolares ST. 7 Elaine Cardia

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Gênero e sexualidade nas práticas escolares ST. 7
Elaine Cardia Laviola
PUC/SP
Palavras-chave: Sexualidade infantil. Educação sexual. Educação infantil.
Reações de educadoras de creche diante de manifestações de sexualidade infantil
Quando educadoras de creche interpretam um comportamento infantil como uma expressão
de sexualidade; quando observam uma criança se masturbando e dizem para ela que, embora seja
gostoso tocar o próprio corpo, ela não pode fazer isso na sala de aula; quando explicam para as
crianças que meninos e meninas são diferentes; quando fornecem, ou não, informações sobre a
origem dos bebês; quando colocam limites ou desviam a atenção da criança para uma outra
atividade, elas estão educando sexualmente. Em outras palavras, a educação sexual ocorre quando
as educadoras identificam comportamentos das crianças como sendo sexuais e reagem de algum
modo, mesmo que seja ficando caladas, diante desses comportamentos.
Assim como Werebe (1977) e Figueiró (1996), consideramos educação sexual como toda
ação formal ou informal, consciente ou não, contínua ou eventual, sistemática ou não ordenada,
instrumental ou não, relativa ao tema da sexualidade humana, englobando valores, afetos, condutas
e prescrições que influenciam o modo como as pessoas sentem, concebem e vivenciam a
sexualidade desde o nascimento. Esta definição de educação sexual, bastante ampla, se diferencia
da conceituação de orientação sexual, essa sim, mais uma ação sistematizada e formal que ocorre
em tempo e espaço definidos e com objetivos determinados (Suplicy, 1993; GTPOS, ABIA, ECOS,
1994; Pinto, 1995), portanto mais específica, mas que, em nossa perspectiva, não abarca toda a
gama de situações vivenciadas na creche com crianças pequenas. De acordo com a conceituação, a
educação sexual não é organizada em horários ou temas, especialmente na creche, onde não existem
recortes disciplinares. Ela faz parte de um processo de educação global, que acontece no dia-a-dia,
nas múltiplas relações que ocorrem entre adultos, adultos e crianças e crianças entre si.
Tendo em mente a problematização que levantamos, bem como a complexidade deste debate
– criança pequena, sexualidade e educação sexual – fomos escutar educadoras de creches da cidade
de São Paulo acerca de suas reações diante do que identificavam como expressões de sexualidade
de crianças pequenas. O apoio teórico veio de John Gagnon (1977), especialmente de seu livro
Human Sexualities. Este autor está atento à multiplicidade de vozes e trajetórias que sustentam a
construção da sexualidade de uma pessoa, compreendendo a sexualidade como um campo de idéias
e experiências que vão sendo acumuladas ao longo do crescimento, em determinadas épocas e
lugares, por meio de um processo de aprendizagem social.
Para Gagnon, certos atos das crianças - como tocar os próprios genitais, falar certas palavras
ouvidas na rua ou em casa, perguntar de onde vêm os bebês ou brincar com outra criança de mostrar
os órgãos genitais – são interpretados como sexuais pelos adultos, gerando, habitualmente, reações
que dependerão de suas idéias e concepções sobre crianças e, particularmente, sobre sexualidade.
Este autor considera que os adultos ensinam às crianças como se portar publicamente, o que vestir,
o que falar e como tratar o sexo oposto, mas as crianças entre si vivem também experiências de
sexualidade em espaços menos supervisionados pelos adultos e extraem, desses momentos e
relacionamentos, novos elementos que ajudarão a compor suas crenças futuras sobre sexualidade.
Alguns autores brasileiros (Suplicy, 1990; Fernandes, 1995; Ribeiro, 1996), embora não
tenham desenvolvido uma teoria própria sobre sexualidade infantil, também compartilham a
concepção de Gagnon (1977) de que as crianças vão aprendendo o que é sexo e sexualidade através
dos comportamentos e significados que são fornecidos por seus pais, e ampliam-na, citando a
educadora na creche, como um adulto que, por meio de posturas, reações, opiniões, valores, medos,
preconceitos e sentimentos diante das manifestações infantis, também informa e auxilia a criança a
criar ou atribuir um sentido sexual para algumas ações.
Pensando nas proximidades e nas diferenças entre a creche e a casa, algumas perguntas
afloram: será que na creche, por exemplo, as crianças conseguem manter uma cultura sexual secreta
distante das educadoras? Ou será que as educadoras, especialmente por terem sob sua
responsabilidade várias crianças que dispõem, na creche, de poucos espaços de privacidade, não
acabam interferindo nas informações e comportamentos entre as crianças? Como as educadoras
apresentam para a criança distinções entre o papel social do homem e da mulher, considerando-se a
pouca presença de homens adultos (Saparolli, 1997) naquele espaço? Como as educadoras educam
sexualmente as crianças, que não são seus (suas) filhos (as), em espaço público, atuação revestida
de grande intimidade corporal e mediada por valores e afetos complexos e delicados?
Esta pesquisa teve por objetivo, então, a partir das falas das próprias educadoras sobre suas
vivências no trabalho com as crianças, apreender quais seriam as reações mais freqüentes das
educadoras; se haveria diferenças, ou não, no tipo de resposta dada ou postura adotada, de acordo
com o sexo da criança; e se existiriam diferenças ou contradições entre o discurso sobre sexualidade
infantil e a prática das educadoras na creche.
Foram entrevistadas 86 educadoras1 que atendiam, em 1998, a crianças na faixa etária de 2
anos a 3 anos e 11 meses e que atuavam em 86 creches que correspondiam, na época, a 12% do
universo2 de creches do município de São Paulo.
Aplicamos um questionário contendo 43 questões totalmente abertas, 31 fechadas (com
alternativas para respostas) e outras 40 questões em parte abertas e em parte fechadas.
As reações relatadas pelas educadoras das creches paulistanas foram classificadas em reações
permissivas, reações restritivas, reações de negação e em dúvida. As categorias3 criadas não
contêm julgamentos de valor. Não consideramos as reações permissivas como mais adequadas ou
corretas e nem as restritivas ou de negação como inadequadas. Procuramos apenas descrever as
reações que foram relatadas num dado contexto e que permitem ou possibilitam que ocorram
manifestações de sexualidade das crianças - permissivas - ou que restringem, punem, ameaçam,
limitam a ocorrência de manifestações - restritivas - aquelas que distorcem o sentido das
manifestações expressas pelas crianças ou que negam a ocorrência destas manifestações - de
negação - e, ainda, as que não esclarecem como a educadora reage, seja porque ela tem dúvidas,
seja porque acredita que mesmo diante de uma manifestação idêntica, a reação pode variar; ou ainda
porque afirma que sua reação é semelhante a que tem para com seus(suas) filhos(as) - em dúvida.
Com relação às educadoras que relataram o que as crianças de seus grupos não podiam fazer
(o que era proibido) em relação à sexualidade, as manifestações infantis não permitidas4 e mais
citadas foram: tirar, totalmente ou parcialmente (calça, shorts ou calcinha) a própria roupa ou a de
outras crianças exibindo o próprio órgão genital ou vendo o de outras crianças; tocar no próprio
órgão genital ou no de crianças de mesmo sexo ou de sexo oposto; beijar na boca crianças de
mesmo sexo ou de sexo oposto e simular relação sexual. A maior parte destas educadoras relatou
reações restritivas a estas manifestações (que eram ou deveriam ser proibidas), dizendo para as
crianças que não podiam fazer, colocando limites: “não deixo eles fazerem nada; pego no pé; separo
as crianças; tiro um de cima do outro; não gosto que façam; repreendo; chamo a atenção; não deixo
meninos e meninas ficarem muito tempo juntos sem a minha presença”, ou citou reações de
negação, procurando desviar a atenção da criança, oferecendo outras atividades ou brincadeiras.
Outras, se preocupando em não causar traumas nas crianças, procuravam falar com cuidado: “falo
com jeitinho, porque senão você cria um choque para a criança, uma espécie de trauma; não se pode
falar alto; procuro não assustar; não pode ser muito drástica; não faço escândalo; falei com
naturalidade, sem gritar ou mostrar que eu estava brava; gritar pode causar um trauma;...” .
Um pequeno número de educadoras relatou conversar com as crianças, procurando saber por
que estavam apresentando tal manifestação (se as crianças haviam visto algo na TV ou em casa), o
que estavam pensando no momento e poucas procuravam explicar para a criança por que elas não
podiam ou deviam fazer determinadas coisas, quase sempre alegando que elas ainda eram crianças e
que só quando crescessem é que poderiam fazê-las.
Algumas educadoras relataram não saber o que falar, nem o que fazer : “fico sem jeito; levei
um susto; acho que deveríamos receber orientação para isso; a gente não sabe o que fazer para
amenizar isso; chamei a educadora da outra sala e perguntei o que fazer”. Poucas educadoras
falavam que é feio ou que a criança poderia se machucar.
Do grupo das educadoras que achavam que não havia nada proibido na creche com relação à
sexualidade, as respostas mais freqüentes foram: “eu deixo; tudo é normal; é natural; é um barato;
não peguei nada de anormal; não vi nada de diferente; eles não têm malícia; são muito pequenos;
são inocentes; não estão despertos para a sexualidade; não tem maldade; a sexualidade somente
desperta aos 4 anos; a malícia está nos adultos; é coisa de criança; até hoje não me deparei com
alguma coisa muito séria, algum problema; esse grupo não tem muita atração para sexo; estão na
fase da descoberta; se falar que não pode, eles vão fazer de novo; não falo que não pode fazer; não
há nada proibido a princípio; não dá para proibir; falar ‘não’ pode causar um bloqueio futuro na
criança; não acho que tenha nada que eu deva proibir; não sei falar o que é proibido; a criança tem
direito de fazer tudo; deixo eles bem à vontade; a gente não sabe o que é certo, o que pode proibir; a
gente não pode proibir, a gente pode ensinar; a gente aprendeu que para eles nada é proibido;
apenas observo”.
É importante destacar que, no total de citações, as reações permissivas atingiram praticamente
o dobro da freqüência das reações restritivas, revelando a princípio uma postura bastante liberal das
educadoras. Entretanto, relatos de reações permissivas predominaram diante de brincadeiras e
manifestações talvez consideradas, pelo olhar adulto, como menos relacionadas à sexualidade,
enquanto relatos de reações restritivas surgiram, com maior freqüência, diante de manifestações
que, talvez, de forma mais evidente, se relacionavam à sexualidade, à exposição corporal e aos
toques ou contatos mais íntimos, indo ao encontro do que Gagnon (1977) também apontava:
manifestações que ocorrem em lugares privados e entre crianças pequenas e do sexo oposto geram,
nos adultos, respostas mais suaves. Já manifestações em locais públicos, entre crianças de mesmo
sexo, mais velhas e que lembrem o ato sexual, tendem a gerar atitudes mais vigorosas por parte dos
adultos.
As reações de negação relatadas pelas educadoras tiveram uma incidência maior apenas em
relação às seguintes manifestações: toque nos próprios órgãos genitais; tentativa para fazer com que
a educadora toque no genital da criança e, apenas quando expressas por meninas; toque nos genitais
de outras crianças; masturbação e contato oral-genital.
De modo geral, não foram notadas diferenças nas reações das educadoras às manifestações de
sexualidade de meninos e de meninas e, as educadoras, em sua maioria (95,3%), também não
relataram propor atividades diferentes para meninos e meninas, nem reagir diferentemente a muitas
das manifestações relacionadas à sexualidade, expressas por meninos ou meninas. Apenas, diante
de seis manifestações ou brincadeiras apareceram diferenças nas reações de algumas educadoras
dependendo do sexo da criança: toque nos próprios órgãos genitais ou nos de outras crianças, beijos
na boca entre crianças do sexo oposto, ficar envergonhado(a) ao tirar a roupa na frente da
educadora, apresentar contato oral-genital e brincar de boneca.
Das brincadeiras, a de boneca foi a que apresentou maior diferença nas reações relatadas pelas
educadoras, caso fossem meninas ou meninos que estivessem brincando. Algumas citações das
educadoras questionavam a identidade de gênero da criança e evidenciavam uma concepção na qual
“é natural meninas brincarem de boneca” ou “boneca não é brinquedo para meninos”. Das
educadoras que relataram reagir igualmente, quando meninos ou meninas brincam de boneca,
algumas questionaram a concepção que impede que meninos e meninas tenham acesso ou possam
optar pelo brinquedo que desejem.
Quando as crianças perguntam sobre sexo, as educadoras, segundo os relatos, afirmam
responder na hora ou posteriormente, de forma que as crianças possam compreender. Na maioria
das vezes em que as crianças perguntam sobre a origem dos bebês; por que meninos e meninas são
diferentes ou por que meninos fazem xixi em pé e meninas sentadas, as educadoras respondem que
o bebê vem da barriga da mãe e como são chamados os órgãos genitais feminino e masculino. Essas
explicações sobre o nome dos órgãos genitais, entretanto, nem sempre levam em conta a informação
científica, com as educadoras nomeando esses órgãos a partir de apelidos e não diferenciando seus
sentidos para as crianças. O órgão genital feminino, embora seja o menos nomeado pela maioria das
educadoras para as crianças, apresentou, isoladamente, uma maior variedade de denominações
(trinta nomes ou apelidos citados) que o órgão masculino (dezessete nomes ou apelidos).
Retomando Gagnon (1977): a nomeação incorreta ou o fornecimento de palavras às crianças, sem
lhes explicar os significados, são duas outras formas de os adultos controlarem as informações
sobre sexo transmitidas aos pequenos.
Quando as crianças perguntam para as educadoras se elas têm filhos, são casadas ou têm
namorado, todas relataram ter reações bastante favoráveis ao comportamento das crianças, tanto
com meninos quanto com meninas, a maioria das educadoras respondendo a verdade. Nas ocasiões
em que as crianças comentavam sobre a intimidade de seus pais, poucas educadoras relataram
sugerir que elas não falassem sobre isso ou que procurassem outra atividade durante o momento de
intimidade sexual dos pais.
Explicar na “hora e corretamente” para a criança o que ela pergunta foi a forma considerada,
pelas educadoras, como a mais adequada ou ideal de se agir diante das manifestações de
sexualidade das crianças na creche. Oferecer outras atividades ou brinquedos, distrair, fingir que
não viu - reações que consideramos como de negação - e conversar com as crianças sobre o corpo
humano e a origem dos bebês, não mostrando o corpo das próprias crianças, foram também reações
citadas e avaliadas como apropriadas pelas entrevistadas.
Muitas educadoras que responderam, no ínicio da entrevista, que não proibiam nada ou que
não havia nada a ser proibido com relação à sexualidade no grupo de crianças, relataram, ao longo
do questionário, inúmeras reações restritivas, inúmeros “falo que não pode”. Se as manifestações
das crianças “são normais, naturais”, se as crianças “não têm malícia, são inocentes ou estão na fase
da descoberta”, como afirmado por várias educadoras, surpreende haver tantas manifestações não
permitidas ou consideradas como “um problema, um imprevisto, uma questão que exige
encaminhamento médico”. A contradição, entre um discurso sobre sexualidade infantil e ações
práticas, pôde ser percebida.
Várias reações atribuem às manifestações das crianças o poder de provocar a perda de amor
ou ameaça, ou mesmo, repreensão mais veemente, por parte das educadoras, dos pais… “a tia não
gosta; papai do céu5 não gosta; vou contar para sua mãe; papai do céu castiga; falo que vou pôr de
castigo; mando a criança pensar no que fez; peço para a criança encostar na parede; falo que vou
passar sabão na língua; digo que vou cortar a língua; falo que vai machucar; falo que vai nascer
bichinho na boca…”.
Muitas reações de negação relatadas pelas educadoras também dão mostras de como é difícil
lidar com a sexualidade na creche : “fingir que não viu; distrair a criança ou oferecer outra
atividade”, por exemplo, parecem ser formas de lidar com a situação que, em alguns casos,
permitem a manifestação da criança e, em outros, a reprimem, mas que encobrem para a criança que
aquela manifestação foi considerada pela educadora como sexual e evitam que o adulto tenha que se
posicionar de uma forma mais enfática ou coerente diante daquela ação. A forma mais comum de
resposta dos adultos às manifestações infantis, segundo Gagnon (1977), aparece em alguns relatos.
Distraindo a criança, os adultos diferenciam uma determinada manifestação que eles significam
como sexual, mas não a nomeiam para a criança, não dizem para ela por que a ação não deveria
ocorrer.
Embora as dificuldades do dia-a-dia da creche sejam inúmeras e outros temas ganhem
destaque ou sejam considerados prioritários, reforçar a necessidade de formação do educador de
creche em educação sexual, é tanto defender a sua profissionalização, visando proporcionar às
crianças um atendimento de melhor qualidade, quanto reconhecer que toda criança (inclusive a
menor de 6 anos) tem direito a esta educação (Calderone, 1977 apud Constantine & Martinson,
1984; Goldberg, 1988; ONU, 1995).
Referências
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novas perspectivas. São Paulo: Livraria Roca, 1984.
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GTPOS, ABIA, ECOS (tradução e adaptação). Guia de orientação sexual - diretrizes e metodologia
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GUNDERSEN, Bjorn Helge; MELAS Per Steinar; SKAR Jens E. Comportamento sexual da
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Floyd M. Sexualidade infantil: novos conceitos, novas perspectivas. São Paulo: Editora Roca, pp.
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WEREBE, Maria José G. A educação sexual na escola. Lisboa: Moraes Editores, 1977.
1
As educadoras entrevistadas tinham idade média de 34 anos e, em sua maioria, viviam ou acumulavam experiência
conjugal. Três estavam grávidas na ocasião da entrevista.
2
Não foram incluídas nesse universo, as creches que não apresentavam vínculo com a Prefeitura do Município de São
Paulo, ou seja, as particulares com fins lucrativos e as creches de empresas.
3
As categorias reações permissivas e reações restritivas basearam-se no estudo norueguês de Gundersen e
colaboradores (1984). Entretanto, diferentemente dos pesquisadores noruegueses, tivemos de distribuir algumas
respostas em outras categorias também, criando então, as categorias reações de negação e em dúvida.
4
As manifestações não permitidas se referem, na maioria dos casos citados, aos comportamentos que ocorrem, mas que
são reprimidos ou punidos pelas educadoras, mesmo que somente se fale para a criança que não deve ou não pode fazer.
5
Praticamente só há menção à religião nas reações das educadoras frente à expressão, por parte das crianças, de
palavrões.
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