Equilíbrio dos dentes

Propaganda
86
ARCOS DENTAIS PERMANENTES E OCLUSÃO DENTAL
Equilíbrio dos dentes
Os dentes de cada arco apresentam os chamados “pontos de contato” (Fig. 1-7),
que na verdade passam a ser superfícies ou áreas de contato* com o tempo e
que são muito importantes para a manutenção do equilíbrio, mas, além disso,
existem forças que incidem sobre os dentes e que podem alterar esse equilíbrio. Dentre elas destacamos as forças exercidas por músculos da mastigação
(músculo masseter, músculo temporal, músculo pterigóideo medial), as quais
determinam o contato entre os dentes antagonistas*.
Analisaremos a seguir os diversos sentidos nos quais essas forças ocorrem.
Sentido horizontal (direção vestíbulo-lingual) – nos dentes anteriores, a musculatura labial exerce uma força na face vestibular, que deve ser equilibrada
pela força exercida pela língua na face lingual. Já nos posteriores, a musculatura jugal é que age na face vestibular, devendo ser equilibrada pelas forças exercidas pela língua na face lingual (Figs. 3-7 e 3-8).
Sentido horizontal (direção mésio-distal) – o equilíbrio no sentido mésiodistal é devido aos pontos de contato; a perda de um único dente ou parte dele
pode alterar esse equilíbrio (Fig. 3-9). O dente imediatamente distal ao espaço
vago tende a se deslocar em direção a ele.
Sentido vertical – o equilíbrio nesse sentido é mantido graças aos dentes antagonistas, que impedem a extrusão do dente, bem como pelo próprio ligamento periodontal que impede a intrusão do dente no alvéolo, isto é, o aprofundamento deste no interior da substância óssea esponjosa.
Figura 3-7 – Equilíbrio vestíbulo-lingual dos dentes anteriores mantidos pela ação da língua e lábios, conforme indicam as setas (desenho feito por Élica Patricia Ribeiro).
Figura 3-8 – Equilíbrio vestíbulo-lingual dos dentes posteriores mantidos pela ação da língua e bochecha, conforme indicam as setas (desenho feito por Élica Patricia
Ribeiro).
87
Figura 3-9 – A ausência do primeiro molar no arco inferior altera o equilíbrio dos dentes
de ambos os arcos. Notar exagerada inclinação dos molares inferiores e extrusão do primeiro molar superior.
Oclusão* dental
Em parceria com Roelf J. Cruz Rizzolo
(Figs. 3-10, 3-11, 3-12 e 3-13)
GUIA DE ESTUDO 8
1 Leia uma vez o bloco 2, a seguir.
2 Responda, escrevendo, às seguintes perguntas: Quais
são os aspectos fundamentais do engrenamento dental em uma oclusão normal? Dê exemplos. Na posição de máxima intercuspidação, em quais fossetas
ocluem as cúspides vestibulares dos dentes posteriores inferiores? E as cúspides linguais dos dentes superiores posteriores? Na posição de máxima intercuspidação em quais cristas ocluem as cúspides vestibulares dos dentes posteriores inferiores? E as cúspides
linguais dos dentes superiores posteriores? O que significa lado de trabalho e lado de não trabalho em
movimentos excêntricos da mandíbula? Faça um resumo ou um esquema ou um modelo ou o que quiser
para explicar oclusão dental.
3 Leia novamente e confira se as respostas estão corretas.
4 Se as respostas estiverem erradas ou incompletas,
volte aos itens 1 a 3. Se estiverem corretas, passe para
o item 5.
5 Leia de novo, agora mais atentamente. Troque idéias
com os colegas. Examine crânios dentados de adultos.
Examine modelos de arcos dentais feitos em gesso ou
resina e coloque-os em oclusão. Consulte outros livros de anatomia dental e repare bem em suas ilustrações.
6 Leia ainda uma vez mais o bloco 2 para destacar os
detalhes que julgar mais importantes.
Download