56º Painel Telebrasil - 2012 A viabilidade futura do modelo de negócio da internet Tiago R. Monteiro Agenda 1 Principais conclusões do estudo europeu “A Viable Future Model for the Internet” 2 O mercado brasileiro e a tendência do consumo de dados 3 Análise sobre os investimentos de infraestrutura no Brasil 4 Alternativas para o desenvolvimento da internet sustentável A.T. Kearney 36/15073/dtp 2 1 A Viable Future Model for the Internet Embora integrada, a cadeia de valor da internet tem muitos players com diferentes tipos de interesses Não Exaustivo Provedores detentores de conteúdo Proprietários de direitos de media • • • • • • Vídeo Áudio Livros Jogos Conteúdo Adulto Conteúdo Editorial Provedores Serviços online/ Redes Sociais Comunicação Provedores de soluções/serviços tecnológicos Serviços tecnológicos • Web-hosting • Web-design/ desenvolvimento • Armazenagem Interface de usuário Conectividade1 Rede Core Aplicações • Software • Media Players • Internet browsers Conteúdo vertical/ Variedade Billing & Pagamentos Buscas Interconexão • Billing online e provedores de sistemas de pagamento Assinante Venda de acesso a internet Entretenimento Propaganda Usuário gerador de conteúdo • Texto Imagens/ Voz/ Vídeo (1) Provedores de Conexão = PC Fonte: Análise A.T. Kearney E-commerce • Agências online • Online ad networks/ exchanges • Publicidade de terceiros • Serviços de Ratings/ Analytics Dispositivos • • • • PCs Smart phones Consoles games Outros hardwares de acessos a Web • Sistemas operacionais A.T. Kearney 36/15073/dtp 3 1 A Viable Future Model for the Internet O atual modelo pressiona o equilíbrio das forças existentes impactando diretamente na relação entre os players Dimensões que pressionam os Provedores de Conexão Não Exaustivo Substitutos Fornecedores • A lealdade do cliente move-se em direção aos fabricantes de dispositivos • Desalinhamento entre fornecedores gera redes menos eficientes • Dependências de novas tecnologias vs. disponibilidade no mercado • Agilidade na implantação de tecnologias vs. payback.... (1) PC – Provedor de Conexão Fonte: Análise A.T. Kearney • Ameaça de bypass na intermediação de conteúdo/entretenimento devido ao OTT.... Provedores de conexão Competitividade • Acirramento da concorrência entre as operadoras • Diferenciação com baixo valor agregado, focado em preço.... Demanda • Tráfego crescente impactando exponencialmente os custos • Desequilíbrio de tráfego de rede pela assimetria de fluxos • Declínio do PSTN com erosão da rentabilidade da linha fixa.... 1. De acordo com nossa pesquisa os operadores de telecom tem retorno de capital entre 20% e 30% inferior à outros setores 2. Receita dos Provedores de Serviço Online cresce 2x mais rápido que o PC 3. A capitalização dos PCs1 e dos Provedores de Conteúdo próprio não refletem o crescimento da internet e o consequente aumento de tráfego A.T. Kearney 36/15073/dtp 4 1 A Viable Future Model for the Internet Apesar da preocupação com P2P e VoIP fica claro que conteúdos streaming em real time serão as principais fontes de tráfego Projeção do crescimento e do tipo de dados trafegados Petabytes/mês CAGRs 2010-2015 Total 22.571 33% Web e outros dados 28% Video 50% Compartilhamento de arquivo Jogos online 41% Comunicação por Video Comunicação por Voz 1% Dados 18% 17.886 13.729 10.231 7.499 5.519 2010 2011F 2012F 2013F 2014F 38% 18% 2015F Essa alteração no comportamento irá impactar na disponibilidade e velocidade da rede para os assinantes e provedores de conteúdo, serviços online etc Fonte: Cisco VNI, Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 5 1 A Viable Future Model for the Internet Esta nova dinâmica altera o modelo vigente, no qual o esforço de investimento era suportado pelo incremento de receita Desbalanceamento entre Tráfego, Custos e Receita Ofensores do desbalanceamento Tráfego, Receita Volume de tráfego • Modelo comercial atual não consegue capturar o valor correspondente ao tráfego gerado Elevada penetração Competição acirrada Baixos preços Aumento no uso Receita Custo Voz (dominante) • Aplicações de vídeo geram tráfego exponencial, apesar da pequena receita adicional gerada para os PC1 • Não há estímulos para que outros players da cadeia de valor otimizem a eficiência de suas redes • Acirramento da concorrência “segura” e muitas vezes decresce os valores cobrados pelos PC Dados (dominante) Tempo O atual modelo de negócio na internet não estimula Provedores de conteúdo (PC), Assinantes e Redes Sociais a otimizarem as suas respectivas redes (1) PC – Provedor de Conexão Fonte: Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 6 1 A Viable Future Model for the Internet No caso europeu, para suportar o aumento do tráfego será necessário investir cerca de €31bn acima da previsão inicial Projeção de incremento de CAPEX para atender a demanda de dados €Mn Rede Fixa1, 2 (Backhaul) Ilustrativo Rede Móvel3, 4 (Backhaul+acesso) 18.440 18.440 18.440 18.440 Capex Adicional Capex Previsto Capex Adicional Capex Previsto 5.984 12.627 5.548 5.097 4.630 12.034 10.759 5.238 2008 4.390 2009 6.721 1.484 7.590 7.898 8.250 2.352 2.661 3.013 5.238 5.238 5.238 5.238 5.238 2010 2011F 2012F 2013F 2014F 5.501 263 12.456 12.891 13.343 13.810 2008 2009 2010 2011F 2012F 2013F 2014F Dos quais, aproximadamente 68%, ou €21bn, do total do CAPEX incremental serão gastos pelas operadoras de telefonia móvel 1. Uso de CAPEX médio por PB/mês entre 2008-2009 aplicando uma redução de custo por otimização de 15% nos próximos anos. Uso de novas tecnologias não foram considerados e a manutenção do QoS foi mantida no mesmo nível; 2. Assumindo que 20% do total de CAPEX é dedicado para investimentos relacionados com a Internet; 3. Os dados de CAPEX entre 2006-2010 são oriundos do Relatório Oppenheimer e a projeção do CAPEX total móvel foi calculado aplicando a proporção ente o CAPEX de crescimento da rede e o CAPEX total (70%). Uma projeção mais conservadora que a Cisco utilizou para o crescimento do uso de dados; 4. Baseline CAPEX entre 2012-2014 foi extrapolado com base nos dados de 2006-2011 CAGR de 3,5% 7 A.T. Kearney 36/15073/dtp Fonte: Oppenheimer, Análise A.T. Kearney 1 A Viable Future Model for the Internet Com base nos investimentos em curso, mas sem receitas adicionais, o ROCE1 poderá cair Impacto nas operadoras telefonia fixa Impacto nas operadoras telefonia móvel ROCE 2014, % ROCE 2014, % 15 15 2009 ROCE 8.9 10 2009 ROCE 12% 10 9.4 ROCE 5 12% Modelo de crescimento ROCE 5 0 20% 25% 30% 35% Tráfego CAGR 2009-2014 0 65% 70% 75% 80% 85% Tráfego CAGR 2009-2014 Face aos desafios impostos pelo modelo atual da internet, as Telcos deverão buscar alternativas que permitam capturar um volume maior de receitas 1. Return On Capital Employed Fonte: Cisco VNI, A.T. Kearney Global Cost Benchmark, Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 8 2 Tendências para o mercado brasileiro No caso do Brasil, o número de assinantes pode mais que dobrar em relação a ‘11, atingindo cerca de 139 milhões em ‘15 Número de acessos para Banda Larga Móvel e Fixa Milhões de assinantes (Mercado Brasileiro) Banda Larga Fixa 2010-15e Banda Larga Móvel 2010-15e CAGR (2012-2015) +22% 101 CAGR (2012-2015) 85 +10% 14 17 19 21 114 23 63 25 41 21 2010 2011 Fonte: BMI; Análise A.T. Kearney 2012F 2013F 2014F 2015F 2010 2011 2012F 2013F 2014F 2015F A.T. Kearney 36/15073/dtp 9 2 Tendências para o mercado brasileiro No Brasil, os PCs terão que adequar-se ao rápido crescimento e alteração de perfil do tráfego... Projeção do mix de dados trafegados Petabytes/mês Fatos Brasil 1.876 CAGR (2012-2015) +53% • E-commerce registra crescimento no faturamento de 32% (R$1,05 bilhões) em Jan/121 em comparação com mesmo período de 2011 1.258 802 • O E-commerce em 2016 poderá atingir 4,3% do volume de vendas de todo o varejo brasileiro (R$36 bilhões) 526 352 230 2010 2011F Web e outros dados 2012F Video • Publicidade online cresceu 39% em Jan/12 em relação ao mesmo período em 2011 (mais de 6 mil campanhas) 2013F 2014F Compartilhamento de arquivo 2015F Jogos online • O CAGR de vídeo será cerca de 70% entre 2012 e 2015 e responderá por 66% de todo o tráfego em 2015 Comunicação por Video Comunicação por Voz Dados O Brasil cresce 1,8x mais rápido que a Europa com destaque para as redes móveis que irão movimentar mais de 190Pb/mês em ‘15 1. Referência a primeira quinzena do mês Fonte: Cisco VNI, IDG Now, e-bit, Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 10 2 Tendências para o mercado brasileiro … e a rápida adoção de novos hábitos de consumo na internet Perfil de usuário (Brasil) Facebook Numero de usuários Posição do Brasil no ranking mundial de usuários Número de utilizações Tempo gasto no site 37 MM 4. Maior crescimento em 2011, 298% 50% dos usuários acessam diariamente 7 horas por mês Youtube 80% dos usuários de internet (63,5 MM) Twitter Linkedin Portugal 1º 46,3 MM 6.8 MM Google.com EUA Google.com.pt Google.com 3º 1º Facebook.com 2º Facebook.com 4º 2º Brasil Youtube.com 4 3 25% dos 86 vídeos por usuários mês por tweetou no usuário último trimestre de 2011 - - 4 1º Youtube.com 5º 3º Google.com.br Sapo Portugal 4º 2º Yahoo.com Facebook.com 5º 3º Amazon.com Google.com - 4º Youtube.com 5º Uol.com.br 2,5 horas por mês No Brasil, cerca de 80% dos sites locais mais visitados da web são propriedade de provedores de serviços on-line dos EUA 1. O ranking é calculado à partir de uma combinação da média diária de visitantes e pageviews relativo à 30 dias passados Fonte: Alexia.com, Clipping de Notícias, Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 11 3 Análise dos investimentos em infraestrutura Para atender o aumento e tipo da demanda os PCs terão que elevar os investimentos nas redes fixas e móveis Necessidade de novos investimentos Capacidade de upgrades vs. atualização tecnológica Capacidade de upgrade Aumentar a capacidade da rede existente Upgrades tecnológicos Implantação de novas tecnologias, a fim de oferecer novos serviços Roll-Out de Fibra Redes Fixas Implantação do Fibre to Cabinet e Home para disponibilizar acesso e serviços em alta velocidade (30-100Mbps) Aumentar a capacidade das redes Core e Backhaul Redes Móveis LTE1 Atualização dos sites atuais e implantação de novos associados ao Backhaul Nova tecnologia de acesso de rádio para permitir maior velocidade de serviços de acesso móvel Além de novos serviços, a maior eficiência espectral do LTE significa que ele também será um meio mais eficiente de aumentar a capacidade da rede móvel 1. Estudo original “A Viable Future Modelo for the Internet” da A.T. Kearney contempla premissas sobre o LTE Fonte: Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 12 3 Análise dos investimentos em infraestrutura No Brasil, entre 2005 e 2011 foram investidos mais de 115 bilhões de reais nas redes fixas e móveis... Perfil dos investimentos1 Investimentos em telecomunicações (2005/11) R$Bn +3% 19 15 13 18 18 100% 100 25% 24% 18 6% 20% 14 21% 35% 49% 20% 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 TI Fixa Reparos Relacionado à internet Móvel Crescimento da rede Internet ...em extensão de rede, mas cada vez mais em capacidade motivada pela rápida penetração dos serviços de voz móvel e Internet 1. Baseado no estudo original “A Viable Future Modelo for the Internet” da A.T. Kearney Fonte: BuddeComm, Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 13 3 Análise dos investimentos em infraestrutura Possivelmente, a explosão e perfil da demanda de dados será tal que impactará de forma significativa... Capex necessário para financiar o tráfego adicional de internet1 Estimativa R$ Mn (Backhaul + acesso para Móvel e Backhaul para Fixo) Projeção Histórico +5.157 +5.460 6.213 6.277 5.588 5.649 Entre 2012 e 2014 estima-se que +5.749 o nível de investimento em 6.516 6.213 5.924Backhaul e Acesso fique 40% a +2.712 60% acima do trendline 3.015 +3.304 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 ...o nível de investimentos nas redes fixas e móveis para investimento na infraestrutura face a tendência histórica, caso modelo de negócio se mantenha 1. Rede fixa: projeções feitas com base no capex por PB/mês de 2011 e aplicando reduções de custo de 10% nos anos subsequentes; rede móvel: projeções consideram apenas rede 3G; capex mínimo calculado com base em crescimento linear do tráfego e capex máximo calculado com base em projeções de tráfego da Cisco (atenuadas) Fonte: Cisco, BuddeComm, análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 14 4 Alternativas para uma internet sustentável Um novo modelo econômico para a Internet é necessário para garantir a sua capacidade de resposta à demanda futura 1 Alteração das políticas de preços de venda 2 + Cobrança de acordo com o volume consumido 3 + Garantia de tráfego a partir de gestão diferenciada 4 + Acordos bilaterais para prover melhor qualidade dos serviços • Manutenção do atual modelo comercial, com inserções de regimes de preços diferenciados para o varejo, para tentar capturar a receita adicional, e consequentemente aumentar a receita média por usuário (ARPU) • Implementar a Cobrança do tráfego de dados transmitido semelhante à cobrança dos custos de interconexão das operadoras de telefonia. Os provedores de serviços online passam a pagar pelo tráfego gerado, e parte desse pagamento remunera a infraestrutura dos PCs1 • Possibilidade de aumentar as receitas por meio de níveis ofertas para cada tipo de tráfego (Vídeo, jogos etc) ou mesmo na simples priorização de tráfego para conteúdos específicos • Disponibilizar para os Provedores de Serviços Online recursos como Managers Services por meio de acordos bilaterais para melhorar a prestação de serviço para o usuário final. Esse modelo implica um aumento no pacote de serviços ofertados pelos PCs Contudo, nenhum destes modelos isoladamente permite responder às exigência de incremento de receitas impostos pelo dinamismo do mercado (1) PC – Provedor de Conexão Fonte: Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 15 4 Alternativas para uma internet sustentável Modelo 1: Alteração das políticas de preços de venda Fluxo de tráfego Provedor de acesso online Fluxo adicional de pagamento Provedor de conexão ao varejo Usuário final Última milha Provedor de Conexão Internet Core Aggregation / Backhaul RAN Tarifa de acesso: Aumento nos preços do varejo apoiados por politicas diferenciadas Exemplo de aplicação • Vodafone lançou uma tarifa de banda larga móvel na Espanha, que contém incentivos para o assinante utilizar a rede fora do horário de pico - os dados trafegados não são descontados do pacote contratado - ou mesmo ser desconectado quando a rede estiver congestionada – em troca de baixa fatura mensal Principais desafios • Adequar a elasticidade do preço para maximizar a captura da receita em um mercado tão competitivo e garantir o payback dos investimentos realizados na implementação do modelo • Identificar e cobrar do usuário apenas o tráfego gerado por ele (excluir pop-ups e anúncios de vídeo em páginas web que são ativados independente da ação do usuário) Fonte: Análise A.T. Kearney A.T. Kearney 36/15073/dtp 16 4 Alternativas para uma internet sustentável Modelo 2: Cobrança de acordo com o volume consumido Fluxo de tráfego Provedor de acesso online Fluxo adicional de pagamento Provedor de conexão ao varejo Usuário final Última milha Provedor de Conexão Internet Core Aggregation / Backhaul RAN O pagamento é passado até o provedor de última milha por meio de taxas de terminação com base nos preços no atacado para cada tipo/nível de carga Principais desafios Fonte: Análise A.T. Kearney • Exige um consenso entre todos os stakeholders a respeito da cobrança para todo o dado trafegado e, em último caso – não havendo acordo pode haver uma intervenção do órgão regulador • Desequilíbrio do poder de franchising das marcas (ex. Marcas de players online VS. Marcas dos Provedores de Conteúdo) • Transparência quanto ao método de cálculo e tarifa razoável para cobrança do tráfego em toda a cadeia de valor A.T. Kearney 36/15073/dtp 17 4 Alternativas para uma internet sustentável Modelo 3: Garantia de tráfego a partir de gestão diferenciada Fluxo de tráfego Provedor de acesso online Provedor de conexão ao varejo Fluxo adicional de pagamento Usuário final Última milha Provedor de Conexão Internet Core Aggregation / Backhaul RAN Preços diferenciados para garantir o QoS Principais desafios Fonte: Análise A.T. Kearney Acordos comerciais para distribuir receitas adicionais para os serviços End-to-End • Não estabelece incentivos para execução de melhores práticas e esforços para otimização de tráfego, não mitigando desta forma o atual problema estrutural da rede. • O conceito de priorizar tráfego de um em detrimento de outro pode encontrar limitações no âmbito regulatório uma vez que é contra a proposta de Neutralidade de rede existente em alguns países A.T. Kearney 36/15073/dtp 18 4 Alternativas para uma internet sustentável Modelo 4: Acordos bilaterais para prover melhor qualidade dos serviços Fluxo de tráfego Fluxo adicional de pagamento xx Serviços Provedor de conexão ao varejo Usuário final Public Internet Provedores de serviços online Última Milha Provedor de Conexão Internet Core Aggregation/ Backhaul RAN Rede privada Technology enabler Serviços de entrega de conteúdo Exemplo de aplicação Principais desafios Fonte: Análise A.T. Kearney Gestão de entrega dos serviços • Telstra hospeda determinados tipos de conteúdos (como YouTube) e não tarifa seus assinantes pelo tráfego gerado junto à estes sites. Este movimento da operadora diferencia o serviço de acesso dos seus assinantes em relação aos acessos classificados como básicos. • BT Content Connect: Um serviço recém-lançado pela BT destinado aos provedores de serviço de conteúdo de vídeo lhes permite pagar para ter o conteúdo em cache mais perto do usuário final, a fim de melhorar a qualidade da entrega e a experiência do usuário e para evitar congestionamentos • Implementar gestão de tráfego baseado no desempenho de um canal de comunicação, vinculando o preços com o QoS disponível A.T. Kearney 36/15073/dtp 19 4 Alternativas para uma internet sustentável Todos estes modelos devem ser enquadrados num debate emergente sobre a neutralidade de rede e sua interpretação Comparação de pontos de vista sobre a Neutralidade de Rede Princípios Ofcom Pro Acessibilidade Usuários tem acesso a todo o tipo de conteúdo, serviços & aplicações Pro Transparência Não-Discriminação ARCEP FCC Pro Pro Usuários tem acesso a todo o tipo de conteúdo, serviços & aplicações Usuários tem acesso a todo o tipo de conteúdo, serviços & aplicações Pro Pro Crítico o nível de transparência Crítico o nível de transparência Crítico o nível de transparência sobre as práticas de gestão de sobre as práticas de gestão de sobre as práticas de gestão de tráfego de rede aos stakeholders tráfego de rede aos stakeholders tráfego de rede aos stakeholders principais, incluindo principais, incluindo consumidores e principais, incluindo consumidores consumidores e provedores de provedores de online services e provedores de online services online services Neutral Regulação não ex-ante Neutral Pro Pro Não é permitido discriminar certo Não é permitido discriminar certo tipo de conteúdos, serviços ou tipo de conteúdos, serviços ou aplicações aplicações Con Con Não é permitido discriminar certo Apenas em situações que exijam tipo de conteúdos, serviços ou práticas de gestão de tráfego aplicações razoáveis(e.g. spam/virus) Gestão de tráfego Apenas intervir em caso de abuso discriminado Open Open Con Diferenciação Potencialmente possível sem impor QoS mínimos Potencialmente possível sem impor QoS mínimos Não é permitida a diferenciação de preço/qualidade Fontes: Eléments de réflexion et premières orientations sur la neutralité de l'internet et des réseaux, ARCEP, May 2010; Comments of the Open Internet A.T. Kearney 36/15073/dtp 20 coalition - FCC No. 09-93, FCC, Oct 2009; Traffic Management and Net Neutrality, Ofcom, Jun 2010 4 Alternativas para uma internet sustentável Globalmente, os reguladores atendem a preocupações de impacto económico e transparência ao nível dos usuários Comparação de pontos de vista sobre a Neutralidade de Rede Principio Acessibilidade Ofcom - - ↑ CRTC × × Tranparência NãoDiscriminação FCC × × Bundesnetzagentu ↑ - ↑ Gestão de tráfego Diferenciação × - Neutral ↑ Open Pro Con × × Subtel Anatel × × ARCEP × ↑ × × CNC MIC ↑ - ACCC Governo providencia a rede Fonte: Eléments de réflexion et premières orientations sur la neutralité de l'internet et des réseaux, ARCEP, May 2010; Comments of the Open Internet A.T. Kearney 36/15073/dtp 21 coalition - FCC No. 09-93, FCC, Oct 2009; Traffic Management and Net Neutrality, Ofcom, Jun 2010 4 Alternativas para uma internet sustentável Nenhuma opção por si só é suficiente e dependerá muito da posição do operador na cadeia de valor/posição de mercado ■ O modelo de desenvolvimento enfrenta dois desafios importantes: (1) existem poucos incentivos para determinados participantes da cadeia de valor utilizarem a rede de banda larga de forma eficiente; (2) os provedores de conexão não têm tido a capacidade de monetizar ou aproveitar completamente o crescimento de tráfego motivado pelos novos negócios e comportamentos de consumo em ambiente internet ■ Consequentemente existe diferentes eixos estratégicos que os operadores deverão explorar: – Two sided market player, que reforce o seu poder de plataforma comercial e técnica que permita balancear as oportunidades e equilíbrios de preço entre Online service provider e utilizadores – Repensar sobre o potencial de algumas das alavancas que estão ao seu alcance como optimização de Capex, ferramentas de gestão de tráfego (como DPI, QoS), diferenciação de serviços a partir de segmentação clientes, revisão de ofertas, campanhas/promoções... – Rever alternativas e portfolio de investimento de capital em função do potencial de retorno, preferencialmente ao longo da cadeia – Repensar sobre modelos de partilha e controlo/”ownership” sobre atividades tradicionalmente de telecomunicações A.T. Kearney 36/15073/dtp 22 A.T. Kearney é uma empresa global formada por indivíduos colaborativos, inovadores e com visão de futuro, que produzem resultados imediatos e significativos, gerando diferenciais competitivos transformadores para nossos clientes no longo prazo. Somos reconhecidos pelo talento dos nossos colaboradores e pelo espírito de cooperação com os nossos clientes na resolução de problemas, bem como na identificação de soluções práticas e sustentáveis. Desde 1926, somos assessores de confiança em assuntos relacionados à agenda do CEO em organizações líderes no mundo nas principais indústrias e setores. Os escritórios da A.T. Kearney estão localizados nos maiores centros de negócio em 39 países. No Brasil desde 1993 e no México desde 1995, temos hoje uma forte e experiente equipe de mais de 100 consultores para atender a região da América Latina. Américas Atlanta Calgary Chicago Dallas Detroit Houston Mexico City New York San Francisco São Paulo Toronto Washington, D.C. 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