BIOSSEGURANÇA - SARG RECOMENDAÇÕES PROVISÓRIAS - 12/05/2003 DEFINIÇÃO DE CASOS TIPOS DE PRECAUÇÃO A SEREM USADAS PADRÃO, CONTATO E AÉREA 1. PRIMEIRO ATENDIMENTO 1.1.Para o paciente • Utilizar máscara cirúrgica; • Manter o paciente em ambiente separado, durante toda a sua permanência na Unidade Hospitalar, preferencialmente em sala com pressão negativa e filtragem HEPA (precaução aérea). Na ausência desse sistema mantê-lo em quarto privativo com portas fechadas com mola e janelas abertas para área de não circulação; • Utilizar toalha de papel ao tossir ou espirrar. Descartar em saco branco leitoso com identificação de risco biológico (resíduo infectante) em lixeira com tampa-pedal. Para manejo dos resíduos ver a seguir. 1.2. Para o profissional de saúde: • Seguir as precauções padrão, de contato e aérea para todo caso suspeito de SARG. • Utilizar máscara N95 (ver especificação de EPIs anexo 1) e descartá-la após o uso (ver descarte dos EPIs a seguir). • Lavar as mãos antes e após o contato com o paciente e imediatamente após a retirada das luvas, com água e sabão comum. O álcool a 70% (álcool-gel ou glicerinado) poderá ser utilizado quando as mãos não estiverem visivelmente sujas. • Utilizar duas luvas de procedimento ao entrar no quarto. Não lavar as luvas. • Utilizar gorro, capote impermeável, longo, de mangas compridas, e fechamento por trás (ver especificação de EPIs anexo 1) e descartá-los após o uso; • Utilizar óculos (ver especificação de EPIs anexo 1) ou protetor facial de acrílico . Desinfetar, entre uso, com álcool a 70%, friccionando-o três vezes. 1.3. Para Limpeza e Desinfecção de Superfícies • deverá ser realizada após cada atendimento, e sempre que necessário, conforme rotina específica descrita em seguida. 2. INTERNAÇÃO 2.1. Para o paciente • Manter o paciente em quarto com antecâmara, pressão negativa, filtragem HEPA e banheiro privativo (se houver). • Na impossibilidade desse sistema colocar o paciente com máscara cirúrgica, em quarto privativo, portas fechadas com molas, janelas abertas para área onde não haja circulação de pessoas. • Evitar a circulação do paciente para fora de seu quarto. Quando necessária utilizar máscara cirúrgica; • Na porta do quarto sinalizar com os diferentes tipos de precauções necessárias (padrão, contato e aérea); • As roupas utilizadas pelo paciente devem ser recolhidas em “roll”, acondicionadas em hamper com tampa e saco plástico resistente a vazamentos. Imediatamente após a troca enviar à lavanderia em saco plástico fechado, devidamente identificado (SARG). A roupa deverá ser descontaminada antes da lavagem, através do uso de ácido peracético ou peróxido de hidrogênio, ou autoclavagem (121º C por 60 min.). 2.2. Para o profissional de saúde • Seguir as mesmas recomendações do 1º atendimento. 2.3. Para acompanhantes • Limitar a um acompanhante legal; • Orientar e verificar o cumprimento das recomendações de precauções padrão, de contato e aérea; • Utilizar máscara N95; • Lavar as mãos antes e após o contato com o paciente e imediatamente após a retirada das luvas, com água e sabão comum; • Utilizar luvas de procedimento, descartando-a logo após o uso, conforme rotina de descarte descrita a seguir; • Utilizar capote e descartá-lo após o uso; • Não permitir a entrada no hospital de acompanhantes de pacientes com suspeita de SARG que apresentem febre ou sintomas respiratórios; • Não é permitida a entrada de visitas; • Orientar a manutenção das mesmas condutas durante o cuidado ao paciente no ambiente familiar (utilização de máscara cirúrgica, luvas de procedimento e lavagem freqüente das mãos). 3. DESCARTE DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPIs) 3.1.Quartos com antecâmara • desprezar todos os EPIs (com exceção dos óculos) na antecâmara, em saco branco leitoso, em lixeira com tampa-pedal, com símbolo e inscrição de resíduo infectante. • A retirada da máscara na antecâmara só está indicada para locais com pressão negativa. Na sua ausência, só deve ser retirada após a saída da antecâmara. • Os óculos devem ser retirados e desinfetados na antecâmara, estando paramentado com a luva interna. • Higienizar as mãos com sabão comum após retirada da luva interna, ao final de todos os procedimentos. 3.2 .Quartos sem antecâmara • descartar o capote, o gorro e a luva externa dentro do quarto. • Fora do quarto, desinfetar os óculos com álcool a 70% e retirar a máscara com a luva interna, descartando-a logo à seguir, com posterior lavagem das mãos. ATENÇÂO • Objetivando adequar à realidade nacional, o Grupo de Trabalho Estadual/GTE, em reunião em 16/04/2003, decidiram que as máscaras N95 de uso individual podem ser descartadas ao final de cada turno de trabalho. • Entre os períodos de uso, acondicioná-las em recipiente rígido, passível de sofrer desinfecção, tampado, sem amassá-las, devendo ser manipuladas com luvas de procedimento, tendo o cuidado para não haver contaminação interna. No entanto, descartá-las se visivelmente sujas ou deformadas. • O CDC orienta em situações de escassez de máscara N95 o uso de máscara cirúrgica ou protetor facial de acrílico, sobre a máscara N95, com descarte apenas da máscara cirúrgica. • O protetor facial de acrílico sofreria limpeza (água e sabão) e desinfecção com álcool a 70% para reutilização. 4. LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE SUPERFÍCIES: • O funcionário da limpeza deverá estar paramentado com máscara N95, capote de manga longa impermeável, luvas de procedimentos e luvas de borracha de cano longo por cima, óculos de acrílico, gorro e botas de borracha; • Fazer a limpeza úmida com água e sabão e desinfecção de pisos, paredes e janelas com hipoclorito a 1%; desinfecção das outras superfícies com álcool a 70%, após cada atendimento (no caso da sala de primeiro atendimento). A limpeza e desinfecção do banheiro deverão ser realizadas com luvas e panos diferentes; • Após a limpeza, se houver antecâmara: retirar as luvas de borracha colocá-las em saco plástico fechado para posterior desinfecção em área própria (Depósito de Material de Limpeza - DML). Descartar o gorro e o capote em lixeira na antecâmara. Desinfetar os óculos e as botas com álcool a 70%, descartar as luvas de procedimento e lavar as mãos ainda na antecâmara. Obedecer as recomendações para descarte da máscara N95, citadas anteriormente, calçar nova luva de borracha para transporte do material de limpeza para área própria (DML); • Na ausência de antecâmara, após a desinfecção do ambiente, retirar as luvas de borracha conforme descrição acima. Retirar e descartar o capote e o gorro dentro do quarto, sair e desinfetar os óculos e as botas com álcool a 70%. Proceder com a máscara N95 conforme indicado acima. Descartar a luva de procedimento, lavar as mãos e calçar nova luva de borracha para transporte do material de limpeza para área própria (DML); • Os utensílios de limpeza: baldes, rodos, panos de limpeza, mops deverão ser exclusivos para a higienização deste ambiente e, limpos e desinfetados em área própria com água, sabão e hipoclorito a 1%. 5. REPROCESSAMENTO DE MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES • Os produtos ou artigos médico-hospitalares usados para estes pacientes devem ser preferencialmente descartáveis; • No caso de reutilização acondicionar e transportar o material contaminado em recipiente rígido, lacrado e devidamente identificado (SARG); • O profissional que realizar o transporte, deverá estar paramentado com mesmos EPIs citados anteriormente; • Durante o recebimento e a limpeza do material na Central de Material e Esterilização, o profissional deverá estar paramentado como já descrito para limpeza e desinfeção. O uso de protetor facial de acrílico é recomendado. Os materiais deverão ser submetidos a rotina própria de desinfeção ou esterilização. 6. COLETA E TRANSPORTE DE LIXO • No manejo dos resíduos o profissional deverá estar devidamente paramentado; • Todos os resíduos provenientes de pacientes com suspeita de SARG deverão ser considerados infectantes, classificação grupo A. Portanto, os resíduos sólidos deverão ser armazenados em saco de lixo branco leitoso, idealmente resistentes a autoclavação, identificado com inscrição e símbolo material infectante, lacrado sempre que estiver preenchido até 2/3 de sua capacidade, transportado em containers rígidos, providos de roda e válvulas de dreno, para facilitar a limpeza e desinfecção. Todo o resíduo deverá sofrer autoclavação em 121ºC por 60 minutos em sacos próprios para este procedimento; • Os mesmos procedimentos deverão ser adotados para os resíduos perfurocortantes que deverão estar acondicionados em recipiente próprio, preenchido até 2/3 de sua capacidade, identificado como resíduo infectante e, submetido a autoclavação; • Todo o manejo deste resíduo deverá obedecer às normas de biossegurança para o nível classe de risco III; • Os resíduos líquidos só poderão ser desprezados no esgotamento hospitalar se este estiver conectado ao sistema de tratamento municipal. O serviço de saúde cujo esgotamento não está conectado ao sistema público deverá submeter os resíduos a estação de tratamento próprio. 7. SERVIÇO DE RADIOLOGIA 7.1. No leito • O técnico de radiologia deverá entrar no quarto paramentado, da mesma forma que os demais profissionais de saúde; • O chassi deverá ser envolvido em saco plástico, que será descartado em lixeira com saco branco leitoso; • Todos os aparelhos portáteis deverão ser submetidos à desinfecção com álcool a 70%, após a realização do exame. 7.2. Na sala de exame • O paciente deverá estar utilizando máscara cirúrgica; • O técnico de radiologia deverá estar paramentado, da mesma forma que os demais profissionais de saúde; • O chassi deverá ser envolvido em saco plástico, que será descartado em lixeira com saco branco leitoso; • Todos os aparelhos deverão ser submetidos à desinfecção com álcool a 70%; • Realizar limpeza e desinfecção da sala após a saída do paciente. 8. SERVIÇO DE LABORATÓRIO 8.1. COLETA E TRANSPORTE DE ESPÉCIMES CLÍNICOS • Os espécimes clínicos deverão ser coletadas no quarto do paciente, estando o profissional paramentado; • O material deverá ser transportado em recipiente térmico, rígido, com tampa, que não permita extravasamento de líquidos e que permita a desinfecção com álcool a 70% (não utilizar caixas de isopor, madeira ou papelão); • O recipiente deverá ter a identificação de “Substância infectante SARG”; • O profissional que realizar o transporte deverá estar utilizando máscara N95, capote e luvas de procedimento. ATENÇÃO OS MATERIAIS DEVEM SER PROCESSADOS EM LABORATÓRIOS DE BIOSSEGURANÇA 2 OU 3 COM PRÁTICAS NB-2 OU 3, CONFORME O PROCEDIMENTO • Realizar higienização das mãos antes e após o procedimento e retirada de luvas; • Fazer desinfecção com álcool a 70% de todas as superfícies antes e depois do procedimento; • Autoclavar todo o resíduo gerado durante a realização do exame; • Profissional uniformizado com uniforme específico do laboratório, não deve circular fora deste ambiente. A roupa deverá ser descontaminada, antes da lavagem, conforme descrito acima; • Utilizar máscara N95, protetor ocular, capote impermeável, além das luvas de procedimentos em qualquer manipulação de material biológico fora da cabine de fluxo laminar; • Qualquer procedimento que possa gerar aerossol (vortéx, sonificação, centrifugação, abertura de frascos com pressão interna maior que a externa, separação de aliquotas) deverá ser realizado em cabine de fluxo laminar (CFL) certificada, classe I (oferece proteção apenas ao profissional), IIB ou III (ver anexo 1), conforme procedimento. Mesmo na utilização de centrifuga selada recomenda-se que, se possível seja em capela de fluxo laminar; • Qualquer procedimento que se realize fora da CFL, deverá ser realizado com o máximo de cuidado para evitar exposição e estando paramentado com os EPIs citados anteriormente. Recomenda-se que estes procedimentos sejam efetuados em horários específicos, de baixo funcionamento, uma vez que todos os profissionais no ambiente deverão estar paramentados; • A OMS recomenda que o profissional esteja também paramentado, com exceção apenas para o uso do protetor facial de acrílico, mesmo quando está atuando em CFL; • A distensão do sangue periférico deverá ser realizada no quarto do paciente e transportada em recipiente próprio, plástico com tampa. Depois de fixado não oferece risco; • Para a coleta de soro recomenda-se que o sangue seja coletado em tubo com gel separador evitando-se a necessidade de centrifugação; • Para a gasometria o profissional deve seguir as mesmas recomendações de paramentação e transporte; • A utilização de parafilm, para a vedação dos tubos em alguns procedimentos é recomendada; • O coronavirus da SARG sofre redução em material biológico sob temperatura acima de 56ºC. Materiais que quando processados puderem ser pré-aquecidos aumentam a segurança durante o trabalho; • O transporte de materiais entre instituições deverá seguir as normas da IATA (www.funasa.gov.br); • Em caso de acidentes o laboratório deverá ser evacuado e mantido fechado até que os procedimentos de limpeza e desinfecção sejam completados. Procedimentos que devem ser realizados em Laboratório NB-3 com práticas NB-3: • Cultura viral de célula; • Manipulações que envolvem crescimento ou concentração do agente etiológico; • Inoculação em animal para recuperação do agente; • Protocolos envolvendo inoculação em animal para confirmação e caracterização do agente. 9. ANATOMIA PATOLÓGICA • Equipamentos de proteção individual: uniforme específico do setor, máscara N95; gorro; protetor facial de acrílico; capote longo, de mangas compridas e fechamento no punho, impermeável, com fechamento posterior; duas luvas cirúrgicas, botas de cano longo. A utilização de máscara com pressão positiva com proteção para tuberculose (PAPR – "Powered Air Purifying Respirators", com filtro HEPA) é recomendada quando da utilização de serras ou outros procedimentos que gerem aerossol e, para profissional que tenha barba; • Descartar os EPIs em área própria contígua à sala de necropsia (antecâmara) em recipiente adequado, conforme descrito em resíduos. Na ausência de antecâmara descartar dentro da sala, próximo a saída. • Lavar as mãos imediatamente após a retirada das luvas; • Necessidade de área com chuveiro, próxima a sala de necrópsia, para banho dos profissionais após procedimentos; • Sala de necropsia com sistema de exaustão para área sem circulação, pressão negativa, mínimo de 12 trocas de ar/hora, sem recirculação do ar. Sistema de fluxo laminar com filtragem HEPA está indicado, embora continue requerendo a completa paramentação dos profissionais; • Cabines de fluxo laminar devem ser disponibilizados para procedimentos de exame e manuseio de materiais pequenos; • Recomendada a utilização de serras com sistema de aspiração para reduzir a geração de partículas e aerossóis; • Os materiais uma vez fixados ou colocados em formol não apresentam risco; • Proceder à limpeza e desinfecção ambiental após procedimento com hipoclorito de sódio a 1% e álcool a 70%. 10. TRANSPORTE DE PACIENTES • O profissional deverá utilizar máscara N95, protetor ocular, capote e luvas de procedimentos; • O paciente deverá utilizar máscara cirúrgica; • Os EPIs, bem como os resíduos gerados durante o transporte deverão ser descartados em saco plástico branco leitoso, lacrado e devidamente identificado. O resíduo deverá ser deixado na unidade de destino do paciente, devendo, no entanto, comunicar para o correto procedimento; • A higienização do veículo utilizado no transporte deverá ser realizada na unidade de destino do paciente em área apropriada; • O funcionário que realizar a limpeza do veículo, deverá utilizar os EPIs recomendados para limpeza do ambiente (máscara N95, protetor ocular, luvas e capote); • Realizar limpeza com água e sabão e desinfecção com hipoclorito de sódio a 1% para superfícies não metálicas ou álcool a 70 % para superfícies metálicas do veículo de transporte. O quartenário de amônio poderá ser substitutivo ao hipoclorito a 1%. ATENÇÃO Os profissionais de saúde que apresentarem febre ou sintomas respiratórios no período de 14 dias após o contato com pacientes da SARG deverão imediatamente se comunicar imediatamente a Vigilância Epidemiológica do Município, a CCIH ou o serviço de Saúde Ocupacional da unidade, na ausência destes serviços. 11. MEDIDAS DE PRECAUÇÃO PARA O PACIENTE NO DOMICÍLIO • O paciente deverá ficar em quarto separado dos demais membros da casa e utilizar máscara cirúrgica; • O quarto deverá ser mantido com portas fechadas e janelas abertas para área de não circulação; • A temperatura deverá ser aferida duas vezes ao dia; • Os fômites devem ser lavados separadamente com água e sabão, podendo ser utilizado por outras pessoas após higienizados; • Os contatos domésticos deverão fazer higienização das mãos antes e depois de entrar em contato com o paciente; • A limpeza do ambiente domiciliar deverá ser realizada regularmente e sempre que necessária; • O resíduo gerado poderá ser descartado como resíduo comum; • Apenas uma pessoa deverá prestar cuidados ao paciente dentro da casa. ANEXO 1 1. Especificação dos Equipamentos de Proteção Individual • Máscara de proteção facial - tipo respirador, para partículas, sem manutenção, com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de até 0,3µ (máscara N95, N 99, N100, PFF2 ou PFF3); • Capote impermeável – de manga longa, com fechamento nas costas e gramatura 50 g/m2; • Óculos de proteção – de acrílico com proteção lateral, de policarbonato, com dispositivo anti embaçante e tratamento antiarranhão; • Luvas de procedimento - de látex, descartáveis, não estéreis; • Gorro. 2. Cabines de Fluxo Laminar indicadas para SARG Tipo Padrão de fluxo do ar Apropriada para organismos dos níveis de segurança Proteção ao produto Classe I com Entrada de ar frontal e exaustão via filtro dutos para o HEPA para o ambiente através de dutos para 2e3 Não exterior o exterior. 30% do ar é recirculado, e 70% exaurido Classe II B 1 através de filtro HEPA e dutos para o 2e3 Sim exterior Sem recirculação, 100% de exaustão através Classe II B 2 2e3 Sim de filtro HEPA e dutos para o exterior 70% do ar é recirculado, e 30% exaurido Classe II B 3 através de filtro HEPA por dutos para o 2e3 Sim exterior Entrada e saída do ar feita através de 2 filtros Classe III HEPA e outros dispositivos de segurança, se 3e4 Sim necessário. * Adaptado de Campos, A. Cabines de Segurança Biológica. In: Valle, T. & Telles, J.L. Bioética Biorrisco, 1 ed., Rio de Janeiro, Editora Interciência, 2003, p.279-292.