Transferência de Calor

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Introdução
Condução
Convecção
Radiação
Transferência de Calor
Introdução e Modos de Transferência
Prof. Rodolfo Rodrigues
Universidade Federal do Pampa
BA000200 – Fenômenos de Transporte
Campus Bagé
08 de maio de 2017
Rodolfo Rodrigues
Transferência de Calor: Introdução
Fenômenos de Transporte
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Introdução
Condução
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Introdução à Transferência de Calor
Energia: Cinética, potencial, de pressão, térmica, etc;
Matéria: Sólido, líquido e gás;
Calor sensível e calor latente;
Transferência de calor ou simplesmente calor é a energia
térmica em trânsito devido a uma diferença de temperatura
no espaço;
Modos de transferência de calor: Condução, convecção e
radiação;
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Introdução à Transferência de Calor
Figura 1: Modos de transferência de calor: condução, convecção e radiação.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Condução
Convecção
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Introdução à Transferência de Calor
Tabela 1: Exemplos aplicados de transferência de calor.
Exemplos I
Engenharia de Computação
• Dissipadores ativos (por ex., em alumínio) em processadores de computador
por convecção natural;
• Dissipadores ativos em processadores de computador com cooler (convecção
forçada);
• Aquecimento de dispositivos portáteis devido ao uso intensivo;
• Processo de fabricação do chip a partir de silício;
• Soldagem de componentes eletrônicos;
• Dissipador de calor em processadores usando um líquido (water cooler);
• Sensor utilizado para medir fluxo térmico em uma superfície ou através de
um material laminado. Usado, por ex., para medir a velocidade de veículos.
Fonte: Turmas 2016/1.
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Figura 2: Dissipador de calor aletado e ventilador (esquerda) e microprocessador (direita).
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Tabela 2: Exemplos aplicados de transferência de calor (continuação).
Exemplos II
Engenharia de Produção
• Processo de soldagem;
• Gerador de vapor;
• Aquecimento solar aplicado a galpões avícolas;
• Processo de usinagem;
• Transferência de calor na interface metal-molde durante a fundição centrífuga;
• Soldagem por fricção;
• Forjamento a quente;
• Processo de laminação;
• Fabricação de arames;
• Processo de cozimento no beneficiamento de arroz;
Fonte: Turmas 2016/1.
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Tabela 3: Exemplos aplicados de transferência de calor (continuação).
Exemplos III
Engenharia de Energia
• Uso de placas fotovoltaicas (radiação);
• Ciclo combinado de combustão e geração de energia elétrica a partir de uma
turbina a vapor;
• Bombas de calor no aquecimento de piscinas;
• Condensação do vapor residual de uma termoelétrica;
• Sistema de calefação de uma residência;
• Coletor solar para aquecimento de água;
• Radiador de máquinas térmicas (fluido térmico: etilenoglicol);
• Transformador de tensão elétrica.
Fonte: Turmas 2016/1.
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O calor transferido pode ser representado por:
Taxa de calor, q, dada em J/s ou W e
Fluxo de calor, q00 , dado em W/m2 ;
Pode-se escrever:
taxa de calor =
diferença de temperatura
resistência à transferência
(1)
Taxa e fluxo de calor são relacionados por:
q
= q00
A
[W/m2 ]
(2)
onde A é a área de transferência de calor.
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Condução
Convecção
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Condução
Condução é a transferência de energia das partículas mais
energéticas para menos energéticas de uma substância
devido às interações entre partículas;
Não admite movimento global ou macroscópico mas
movimentos de translação aleatório, rotação e vibração das
moléculas (difusão);
Ocorre por 2 mecanismos: movimento de átomos (vibração
entre átomos adjacentes) e movimento de elétrons livres
(em um condutor elétrico);
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Condução
Figura 3: Associação da transferência de calor por condução à difusão de energia devido à
atividade molecular.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Convecção
Radiação
Condução
A equação da taxa é dada pela lei de Fourier.
Para uma direção x, tem-se:
qx
dT
= qx00 = −k
A
dx
[W/m2 ]
(3)
onde k é a condutividade térmica em W/(m.K).
Integrando a equação (3) para uma área constante em uma
parede plana (Fig. 3) e assumindo k constante, tem-se:
qx
A
x2
Z
Z
T2
dx = −k
x1
qx00 =
dT
(4)
T1
qx
T2 − T1
∆T
= −k
=k
A
x2 − x1
L
(5)
onde L é a espessura da parede.
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Condução
Figura 4: Transferência de calor unidimensional por condução.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Convecção
Radiação
Condução
k é função basicamente do tipo de material e da temperatura.
Tabela 4: Condutividades térmicas de alguns materiais a 300 K.
k , W/(m.K)
Substância
Gases
Ar
Amônia
Líquidos
Água
Etilenoglicol
Álcool etílico
Sólidos
Borracha dura
Cortiça
Amianto
0,0242
0,0218
0,569
0,265
0,182
0,151
0,043
0,168
Substância
Aço
Cobre
Alumínio
Isopor
Tijolo comum
Fibra de vidro
Compensado
de madeira
Concreto
k , W/(m.K)
45,3
388
202
0,04
0,72
0,043
0,12
1,4
Fonte: Geankoplis (2003) e Incropera et al. (2008).
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Convecção
Radiação
Convecção
Convecção abrange 2 mecanismos: movimento molecular
aleatório (difusão) e movimento global ou macroscópico
do fluido (advecção);
Caso de interesse é da convecção pelo contato entre um
fluido em movimento a T∞ e uma superfície sólida a Ts ;
Uma consequência da interação fluido-superfície é o
surgimento de uma camada-limite térmica;
Convecção pode ser classificada de acordo com a natureza
do escoamento do fluido: convecção natural e convecção
forçada.
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Convecção
Radiação
Convecção
Figura 5: Desenvolvimento da camada-limite na transferência de calor por convecção.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Condução
Convecção
Radiação
Convecção
Na convecção natural (ou livre) o escoamento é induzido
por forças de empuxo devido a diferenças de densidades
causadas por variação de temperatura do fluido;
Na convecção forçada o escoamento é causado por meios
externos: bomba, ventilador ou vento atmosférico;
A equação da taxa é dada pela lei do resfriamento de
Newton:
qx
= qx00 = h (Ts − T∞ )
A
[W/m2 ]
(6)
onde h é o coeficiente convectivo (ou de película) em
W/(m2 .K).
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Convecção
Radiação
Convecção
(a)
(b)
Figura 6: Processos de transferência de calor por convecção: (a) convecção forçada e
(b) convecção natural.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Convecção
h é função da geometria do sistema, natureza do escoamento
e diferença de temperatura.
Tabela 5: Valores típicos do coeficiente de transferência de calor por convecção.
h, W/(m2 .K)
Processo
Convecção natural
Gases
Líquidos
Convecção forçada
Gases
Líquidos
Convecção com mudança de fase
Ebulição ou condensação
2–25
50–1 000
25–250
100–20 000
25 000–100 000
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Radiação
Radiação
Radiação é a energia emitida pela matéria que se encontrar
a uma temperatura diferente de zero;
A emissão pode ser atribuída a mudanças nas configurações
eletrônicas dos átomos/moléculas da matéria;
A energia é transmitida por ondas eletromagnéticas sem a
necessidade de um meio material para tanto;
Radiação ocorre mais eficientemente no vácuo;
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Radiação
Radiação
(a)
(b)
Figura 7: Troca por radiação: (a) em uma superfície e (b) entre uma superfície e uma
grande vizinhança.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Radiação
Radiação
A equação da taxa é dada pela lei de Stefan-Boltzmann:
Ereal
onde
q
00
= qmax
= σTs4
A max
q
00
= qreal
= εσTs4
=
A real
Emax =
[W/m2 ]
(7)
[W/m2 ]
(8)
E é o poder emissivo (W/m2 )
σ é a constante de Stefan-Boltzmann (5,67·10–8 W/(m2 .K4 ))
ε é a emissividade (0 ≤ ε ≤ 1)
Ts é a temperatura absoluta da superfície (K)
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Radiação
Radiação
Caso de interesse é da troca de radiação entre uma
superfície pequena a Ts e uma vizinhança a Tviz ;
A equação da taxa torna-se:
q
A
rad
00
4
= qrad
= εσ(Ts4 − Tviz
)
[W/m2 ]
(9)
00
= qrad
= hr (Ts − Tviz )
[W/m2 ]
(10)
ou
q
A
rad
de modo que o coeficiente de transferência de calor por
radiação hr é:
2
hr ≡ εσ(Ts + Tviz )(Ts2 + Tviz
)
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[W/m2 .K]
(11)
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Radiação
Tabela 6: Emissividade total, ε, de várias superfícies.
Superfície
Alumínio polido
Ferro polido
Ferro oxidado
Cobre polido
Placa de amianto
Pintura a óleo,
todas as cores
Água
Temperatura, K
Emissividade, ε
500
850
450
373
353
296
373
0,039
0,057
0,052
0,74
0,018
0,96
0,92–0,96
273
0,95
Fonte: Geankoplis (2003).
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Conversação da Energia
A conservação da energia em um volume de controle em
um dado instante:
Ėent − Ėsai + Ėg = Ėacu
(12)
Fonte: Incropera et al. (2008).
No regime permanente tem-se que:
Ėent − Ėsai + Ėg = 0
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(13)
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Resumo: Processos de Transferência
Tabela 7: Resumo de processos de transferência de calor.
Modo
Mecanismo
Equação da taxa,
W/m2
Condução
Difusão de energia
qx00 = −k
devido ao movimento
molecular aleatório
dT
∆T
=k
dx
L
Coeficiente
de transporte
k , W/(m.K)
Convecção
Difusão de energia
devido ao movimento
molecular aleatório
acrescido do movimento global
q00 = h (Ts − T∞ )
h, W/(m2 .K)
Radiação
Transferência de energia por ondas eletromagnéticas
4
q00 = εσ(Ts4 − Tviz
) ou
00
q = hr (Ts − Tviz )
ε
hr , W/(m2 .K)
Fonte: adaptado de Incropera et al. (2008).
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Exemplo: Condução em Parede de Forno Industrial
Exemplo 1.1
Figura 8: Condução em parede de tijolo refratário de um forno industrial.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Exemplo: Convecção/Radiação em Tubulação sem Isolamento
Exemplo 1.2
Figura 9: Convecção/radiação em uma tubulação de vapor d’água sem isolamento térmico.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Exemplo: Balanço de Energia em uma Superfície
Exemplo 1.7
Figura 10: Termorregulação da temperatura do corpo humano a diversas condições
térmicas externas.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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Exemplo: Resfriamento de Café em Recipiente Fechado
Exemplo 1.10
Figura 11: Processos de transferência de calor relevantes em um recipiente fechado
contendo café quente.
Fonte: Incropera et al. (2008).
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