HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL RECIDIVA DE LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA EM TESTÍCULO CRIPTORQUÍDICO : RELATO DE CASO LUCCAS SANTOS PATTO DE GÓES SÃO PAULO 2011 LUCCAS SANTOS PATTO DE GÓES RECIDIVA DE LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA EM TESTÍCULO CRIPORQUÍDICO: RELATO DE CASO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Comissão de Residência Médica do Hospital do Servidor Público Municipal para obter o título de Residência Médica Área: Cirurgia Geral Orientador: Dr.ROBERTO IGLESIAS LOPES São Paulo 2011 Ficha Catalográfica Góes, Luccas Santos Patto de Recidiva de leucemia mielóide aguda em testículo criptorquídico/ Luccas Santos Patto de Góes – São Paulo 2011. 23p. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Comissão de Residência Médica do HSPM – SP, para obter o título de Residência Médica, na área de Cirurgia Geral. Descritores: Leucemia mielóide aguda, criptorquidia, tumor testicular. AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADO AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO. São Paulo, ____/____/____ Assinatura do Autor:____________________________________ E-mail do Autor: [email protected] FOLHA DE APROVAÇÃO LUCCAS SANTOS PATTO DE GÓES RECIDIVA DE LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA EM TESTÍCULO CRIPORQUÍDICO: RELATO DE CASO NATUREZA: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO OBJETIVO: TÍTULO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRURGIA GERAL HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO Prof Dr _________________________________________________ Prof Dr _________________________________________________ Prof Dr _________________________________________________ Resumo A leucemia mielóide aguda é uma patologia que acomete indivíduos jovens, sendo 50% dos casos até os 20 anos, com acometimento predominante de homens da raça branca. O tratamento pode ser feito com quimioterapia, e em caso de doador compatível, transplante de medula óssea, resultando em maior susceptibilidade desses pacientes a infecções oportunistas e neoplasias. O tumor testicular é comum na população adulta jovem, freqüentemente em homens entre 15 e 35 anos. Fatores predisponentes ao aparecimento desses tumores incluem criptorquidia, atrofia testicular pós-infecções e causas genéticas. A criptorquidia deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes para evitar complicações como torções testiculares, hérnias, infertilidade, além de malignização. O tratamento deve ser precoce com benefício da orquidopexia se realizada até os 12 anos de idade. Casos de criptorquidia não tratados precocemente frequentemente devem ser submetidos à orquiectomia devido ao risco elevado de malignização e quadro histológico desfavorável do testículo em termos de fertilidade. O caso relatado trata-se de um paciente com leucemia mielóide aguda, tratado com transplante de medula óssea alogênico, que desenvolveu uma massa inguinal direita endurecida. Após diagnóstico de criptorquidia direita, foram aventadas as hipóteses de neoplasia testicular germinativa primária ou recidiva de leucemia no testículo. A orquiectomia radical direita diagnosticou recidiva de leucemia mielóide aguda no testículo criptorquídico. Palavras – chave: Leucemia mielóide aguda, criptorquidia, tumor testicular. Abstract Acute myeloid leukemia is a disease that affects young individuals, 50% of cases up to 20 years, predominantly male Caucasians. As for his treatment it can be done with chemotherapy, and in case of compatible donor, bone marrow transplantation, and patients undergoing this procedure may develop opportunistic infections and tumors. The testicular tumor is most common in young adult population often in Caucasian men between 15 and 35 years. There are predisposing factors that influence the development of such tumors with cryptorchidism, testicular atrophy, post-infection and genetic causes. As for cryptorchidism it is usually found in newborns. It should be diagnosed and treated early to prevent complications such as testicular torsion, hernias, infertility, besides the malignancy. Your treatment should be initially early orchidopexy. Untreated cases of cryptorchidism should undergo early orchiectomy until age 12 because after this period may occur malignancy. This case is a patient with acute myeloid leukemia treated with bone marrow transplantation, who developed a right inguinal mass. On physical examination it was found that his testicle was not topic on this side and after image resources he was submitted to orchiectomy with a final diagnosis of recurrent acute myeloid leukemia in the undescended testicle. Keywords: Acute myeloid leukemia, cryptorchidism, testicular tumor. Sumário Introdução…………………………………………………….............................1 Relato de caso…………………………………………….................................4 Discussão.....................................................................................................6 Referências...................................................................................................10 Anexos..........................................................................................................13 Introdução A leucemia mielóide aguda (LMA) ocorre em mais de 50% dos casos até os 20 anos de idade, correspondendo a 20% das leucemias agudas em crianças, com predomínio na raça branca e 60% no sexo masculino. É uma síndrome mieloproliferativa que acomete a medula óssea e se caracteriza pela proliferação medular anárquica, progressiva, podendo acometer as linhagens mielóides (eritrócitos, granulócitos e plaquetas).1 Progressos limitados têm ocorrido na cura da LMA nas últimas décadas, sendo seu tratamento baseado principalmente em quimioterapia e caso de doador compatível, transplante de medula óssea (TMO). Existem múltiplos aspectos no cuidado do paciente transplantado com o objetivo de redução da morbimortalidade associado ao TMO. Devido às características dos pacientes transplantados (doença de base, imunossupressão), outras neoplasias e infecções oportunistas são freqüentes, portanto a avaliação clínica completa é mandatória.2, 3 Na população adulta masculina, o autoexame dos testículos é importante, pois o câncer testicular acomete mais freqüentemente homens entre 15 e 35 anos. Sua incidência é cerca de 4 a 5 casos para cada 100.000 homens por ano, sendo 4 vezes maior na raça branca. Existem fatores predisponentes que influenciam o aparecimento desses tumores tais com criptorquidia (testículos que não estão situados na bolsa escrotal), atrofia testicular pós-infecções e causas genéticas.4 Criptorquidia significa a ausência do testículo no seu lugar habitual, a bolsa escrotal. Representa uma das afecções mais comuns da infância, e acomete 0,8 à 1% de adultos jovens. Deve ser diagnosticada e tratada o quanto antes pois podem surgir complicações ao manter os testículos em um local anômalo representadas por torções testiculares, hérnias, infertilidade e a mais temida que é a malignização do testículo e sua conseqüente transformação em uma neoplasia. O tratamento cirurgico ideal é a orquidopexia, que deve ser realizada precocemente. Recomenda- se a realização de orquidopexia antes dos 12 anos com o intuito de reduzir o risco de malignização. Após esse período, a orquiectomia deve ser considerada, pois o risco de câncer de testículo aumenta 40 vezes em relação à população geral.5, 6 Os tipos mais freqüentes de neoplasia testicular, inclusive no caso de criptorquidia, são os tumores de células germinativas que correspondem a 90% dos casos. Os tumores não germinativos, que derivam de outros elementos do testículo, como células de Leydig, Sertoli e os sarcomas são mais raros. A taxa de cura situa-se em torno de 95 a 100% em estágios iniciais de tumores germinativos.7, 8 Outros tipos de tumores que podem acometer o testículo são leucemias e linfomas. Aproximadamente 4% dos pacientes pediátricos com linfoma podem ter comprometimento testicular. Pode ocorrer o envolvimento secundário do testículo em portadores de leucemia, cujo diagnóstico é confirmado através de biópsia testicular. O testículo é denominado "santuário" para as células tumorais, pois acredita - se na existência de uma barreira vascular que dificulta a ação da quimioterapia neste órgão, sendo a orquiectomia o tratamento padrão.9, 10, 11 O objetivo do trabalho é relatar um caso de recidiva de leucemia mielóide aguda em testículo criptorquídico não identificado em avaliação clínica inicial pré-transplante de medula óssea e as dificuldades no diagnóstico e tratamento desta patologia. De acordo com a literatura esse é o único caso de recidiva de leucemia mielóide aguda em testículo criptorquídico relatado. Relato de Caso Paciente de 23 anos do sexo masculino apresentou diagnóstico de leucemia mielóide aguda em 2003. Foi submetido a transplante de medula óssea alogênico (doadora: irmã) em fevereiro de 2004. Evoluiu após 100 dias do transplante com doença enxerto vs hospedeiro, com placas esclerodermiformes difusas. Realizou tratamento com pulsoterapia com regressão parcial das lesões de pele. Após 5 anos do transplante, apresentou massa em região inguinal direita, endurecida, volumosa e fixa (figura 1). No exame físico, não foi palpado o testículo do lado ipsilateral da tumoração. Aventada a hipótese de neoplasia testicular associada à criptorquidia direita, com marcadores tumorais normais. A alfafetoproteína era de 2,5 ng/ml (normal até 7 ng/ml) e a gonadotrofina coriônica humana era normal (normal: BHCG < 3) . Evidenciado aumento da desidrogenase lática- 483 U/L (valor de referência 100 – 190 U/L ) . O Ultrassom doppler (figuras 2 A e B) revelou massa inguinal direita com trabeculações, hipoecogênica com hiperfluxo, sugestiva de neoplasia. O paciente foi submetido à tomografia computadorizada do abdômen e pelve com contraste endovenoso (figuras 3 A e B) realizada para estadiamento, revelando massa testicular direita com contiguidade pelo canal inguinal até o retroperitôneo ipsilateral, associada a hidronefrose à direita. Indicada orquiectomia radical direita (por inguinotomia) com a suspeita de tumor primário do testículo ou recidiva de leucemia mielóide aguda. No intraoperatório, o exame de congelação evidenciou linhagem epitelial com alto índice mitótico, porém sem definição do padrão histológico (figuras 4 A e B). O resultado anatomopatológico revelou infiltração difusa por leucemia mielóide aguda em testículo e linfonodo peritesticular (figuras 5 A e B). O paciente evoluiu bem no pós-operatório recebendo alta hospitalar no 2º dia pós-operatório, encaminhado para oncologia para terapia adjuvante. Discussão As leucemias agudas são síndromes mieloproliferativas, também denominadas leucoses. São neoplasias que acometem a medula óssea e se caracterizam pela proliferação medular anárquica, podendo acometer as linhagens mielóides (eritrócitos, granulócitos e plaquetas) ou linfóide, sempre alterando o sangue periférico. As leucemias agudas caracterizam-se pelo aparecimento de células blásticas indiferenciadas na circulação. O mielograma revela profusa infiltração destas células leucêmicas. Possuem mau prognóstico, evoluíndo agressivamente para o óbito quando não tratadas. Linfomas diferem de leucemia por acometerem a linhagem linforeticulohistiocitária (dentro da rede de drenagem linfática).1 As leucemias podem ser subdivididas em mielóide e linfóide. A leucemia mielóide aguda acomete indivíduos de todas as idades e raças, sendo mais de 50% dos casos até os 20 anos de idade. É a forma mais comum de leucose no adulto e compreende 10-15% dos casos de leucemia aguda na infância. É um evento raro acima dos 80 anos, verificando-se predomínio na raça branca e 60% dos casos no sexo masculino.12 O hemograma demonstra anemia normocrômica e normocítica, blastemia, oligocitemia, granulocitopenia, plaquetopenia (a maioria abaixo de 100.000 plaquetas/mm3). O mielograma revela as alterações de acordo com o tipo de leucemia, com citoquímica e colorações específicas (como mieloperoxidase, por exemplo) além de imunofenotipagem . A biópsia medular mostra se há fibrose, infiltração difusa ou não, edema ou necrose, sendo as condições anteriormente citadas de mau prognóstico. Os Bastonetes de Auer (inclusões eosinofílicas citoplasmáticas semelhantes a uma agulha) são considerados por alguns autores como patognomônica de LMA. O tratamento é baseado principalmente em quimioterapia e caso de doador compatível, transplante de medula óssea. O paciente transplantado deve receber cuidados especiais tais como imunossupressão para evitar a rejeição, a doença enxerto vs hospedeiro, com atenção para o aparecimento de infecções oportunistas e outras neoplasias.2, 3. No caso relatado o paciente desenvolveu uma recidiva da leucemia mielóide aguda no testículo criptorquídico, mostrando a fragilidade dos pacientes submetidos a TMO em desenvolver novos sítios de malignização. A criptorquidia ocorre em 2,5% dos nascidos vivos a termo do sexo masculino, estando associada com infertilidade, complicações agudas ( como escroto agudo ) e aumento da incidência de neoplasia maligna do testículo. A criptorquidia deve ser pesquisada sempre em indivíduos do sexo masculino ao nascer, e seu tratamento instituído até os doze anos, pois após esse período o risco de neoplasia testicular se eleva em até 40 vezes.5, 6 Nosso paciente possuía uma história de criptorquidia não diagnosticada, com risco de neoplasia maligna do testículo aumentado. Em nosso caso, o tumor testicular não corresponde ao observado na literatura, que mostra que em casos de malignização de testículo criptorquídico, o tipo mais comum é tumor testicular de células germinativas.5, 6 Os tumores testiculares são frequentes na população adulta jovem, tendo incidência anual de 4 em 100.000 pessoas, onde 95% são germinativos, sendo subdividido em seminomas ( 50% ) e não seminomas ( 50% ). Os seminomas desenvolvem-se nos túbulos seminíferos dos testículos e são classificados em 3 tipos: seminoma clássico (80%), anaplásico (10%) e espermatocítico (10%) Os tumores não germinativos, que derivam de outros elementos do testículo, como células de Leydig, Sertoli são mais raros (em torno de 5%). A taxa de cura situa-se em torno de 95 a 100% em estágios iniciais de tumores germinativos.7, 8 . Neste caso relatado podemos observar um tipo raro de neoplasia que corresponde a menos de 0,5% dos casos de tumor testicular, causada pela infiltração de leucemia/linfoma do testículo. O subtipo mais freqüente de leucemia a envolver o testículo é a leucemia linfóide. Na população adulta jovem com leucemia linfóide aguda, até 5% dos pacientes podem ter acometimento primário ou recidiva no testículo.11 Há na literatura, relatos de caso de recidiva de leucemia linfóide aguda em testículo após transplante de medula óssea, em que a quimioterapia e radioterapia mostraram – se ineficazes, sendo realizada orquiectomia como tratamento para remissão da doença.13, 14 Em relação à leucemia mielóide aguda o acometimento testicular é extremamente raro, com poucos casos relatados, principalmente pediátricos onde o envolvimento concomitante da medula ocorreu posteriormente em quase todos os casos. Nesses casos, o tempo entre a remissão e a recidiva testicular variou de 4 a 60 meses com uma média de 21 meses.9 Em nosso caso, o intervalo foi de 5 anos. A literatura mostra que o acometimento testicular das leucoses deve ser tratado com orquiectomia, devido a uma barreira vascular que dificulta a ação da quimioterapia neste órgão. O testículo é denominado de "santuário" para as células tumorais, que irão continuar a se multiplicar mesmo em vigência de quimioterapia.9. 10. 11 No caso relatado, a orquiectomia foi indicada pela presença de tumoração testicular, indefinida, pois os marcadores tumorais não tiveram elevação. A tomografia de abdômen e pelve deve ser realizada em casos de tumores testiculares para estadiamento buscando adenomegalias retroperitoneais principalmente, pois são as cadeias linfonodais mais acometidas nas neoplasias testiculares.7 A congelação intraoperatória foi realizada com intuito de confirmar a presença de malignidade da lesão, visto que a literatura mostra que tanto a presença de recidiva de leucemia mielóide aguda como um tumor primário do testículo deve ser abordado com orquiectomia, podendo ser complementado o tratamento com quimioterapia adjuvante, guiada pelo resultado anátomo-patológico.9, 10, 11 O caso relatado foi abordado e conduzido conforme as recomendações da literatura, com a peculiaridade da recidiva da leucemia mielóide aguda, evento incomum, ter ocorrido em um paciente com criptorquidia, o que dificultou ainda mais o diagnóstico. Referências 1- VILELA, L.; BOLAÑOS-MEADE, J. Acute myeloid leukaemia: optimal management and recent developments. 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Figura 2 B: Ultrassom Doppler com hiperfluxo na massa tumoral. Figura 3 A: Tomografia de abdômen e pelve com contraste endovenoso revelando massa testicular direita com contigüidade para canal inguinal ipsilateral. Figura 3 B: Hidronefrose à direita pela compressão tumoral da massa escrotal, que se estendia ao retroperitônio. Figura 4 A: Orquiectomia radical direita de massa inguinal direita referente a tumoração em testículo criptorquídico. Figura 4 B: Massa testicular e linfonodo peritesticular após orquiectomia. Figura 5 A: Histologia demonstrando hiperproliferação celular anárquica sugestiva de leucemia. Figura 5 B: Imunohistoquímica com mieloperoxidase revelando leucemia mielóide aguda. .