FUVEST – ABSOLUTISMO – HISTÓRIA GERAL

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FUVEST – ABSOLUTISMO – HISTÓRIA GERAL
Prof. Rodolfo Neves
1. (Fuvest 93) O mundo greco-romano e o mundo ocidental moderno criaram colônias ultramarinas e
usaram o trabalho escravo.
Indique as diferenças entre esses dois períodos históricos no que se refere à colonização e à
escravidão.
2. (Fuvest 91) O Absolutismo na Inglaterra definiu-se nos governos de Henrique VIII e Elizabeth I,
monarcas da dinastia Tudor. Estabeleça a correlação entre Absolutismo, Reforma Anglicana e
Mercantilismo na época Tudor.
3. (Fuvest 89) A política econômica do Estado Moderno Absolutista, conhecida por Mercantilismo,
atingiu seu pleno apogeu no século XVII. Aponte e explique duas de suas características.
4. (Fuvest 85) Em alguns países da Europa, na segunda metade do século XVIII, surgiram monarcas
que emprestaram feição nova ao velho Absolutismo.
a) Como são chamados esses monarcas ?
b) Que novo estilo de governo propuseram ?
c) Cite o nome de dois deles, indicando os respectivos reinos.
5. (Fuvest 98) A partir da época moderna observa-se, em países da Europa ocidental, um progressivo
fortalecimento das monarquias nacionais. Descreva as principais características políticas e
econômicas desse processo entre os séculos XVI e XVII.
6. (Fuvest 2006) Felipe II, rei da Espanha, entre 1556 e 1598, não conseguiu impedir a revolta dos
holandeses (Países Baixos setentrionais). Luís XIV, rei de França, entre 1643 e 1715, não conseguiu
conquistar a Holanda. Nos dois enfrentamentos, estiveram em jogo concepções político-religiosas
opostas e estruturas socioeconômicas distintas.
Explique
a) essas concepções político-religiosas opostas.
b) essas estruturas socioeconômicas distintas.
7. (Fuvest 96) A que se pode atribuir a primazia portuguesa nos descobrimentos e na expansão
marítima moderna?
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8. (Fuvest 85) Portugal, nos séculos XV e XVI, exerceu importante papel no cenário europeu graças ao
pioneirismo de sua navegação pelo Atlântico.
a) Qual o objetivo da política portuguesa de incentivo à navegação?
b) Cite duas inovações nas técnicas de navegação adotadas pelos portugueses.
c) Quais as vantagens econômicas colhidas por Portugal nessas viagens?
9. (Fuvest 2001) "Em suma, a combinação de eficiência técnica e convicção mística, submetidas ambas
à expansão comercial e ao poder político foi a característica (...) da conquista espanhola na América."
David A. Brading, Orbe indiano.
Com base no texto, estabeleça as relações entre:
a) avanços tecnológicos e expansão comercial;
b) poder político da Coroa Espanhola e Igreja Católica.
10. (Fuvest 2003)
Observe o mapa e explique:
a) Por que não estão representados todos os continentes?
b) Quais os conhecimentos necessários na época, final do século 15, para se confeccionar um mapa
com essas características?
11. (Fuvest 97) Nos dois séculos iniciais da era moderna (XV e XVI), a Itália e a Espanha ocupavam
posição de liderança na Europa, e a Holanda e a Inglaterra tinham um papel secundário; nos dois
séculos seguintes, essas posições se inverteram.
Indique as razões dessa inversão.
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12. (Fuvest 2000) Durante a Idade Moderna, pensava-se que todas as riquezas do mundo estavam
numa posição estática e constante, razão pela qual o comércio era tido como uma atividade em que
havia um ganhador e um perdedor, sendo o seu resultado equivalente a uma soma zero (+1-1=0).
Baseando-se nestes princípios, os Estados modernos atuaram no comércio internacional sob a
orientação de uma política econômica.
a) Que nome foi dado a esta política econômica?
b) Quais foram seus principais elementos constitutivos?
13. (Fuvest 2004) "O ouro e a prata que os reis incas tiveram em grande quantidade não eram
avaliados [por eles] como tesouro porque, como se sabe, não vendiam nem compravam coisa alguma
por prata nem por ouro, nem por eles pagavam os soldados, nem os gastavam com alguma
necessidade que lhes aparecesse; tinham-nos como supérfluos, porque não eram de comer. Somente
os estimavam por sua formosura e esplendor e para ornamento [das casas reais e ofícios religiosos]".
Garcilaso de la Vega, Comentários Reais, 1609.
Com base no texto, aponte:
a) As principais diferenças entre o conjunto das idéias expostas no texto e a visão dos conquistadores
espanhóis sobre a importância dos metais preciosos na colonização.
b) Os princípios básicos do mercantilismo.
14. (Fuvest 99) Em 1651, por ocasião de uma visita da frota inglesa ao porto de Cadiz, Espanha, o
almirante Blake provocou a irritação de Felipe IV, quando este último soube que aquele declarara, em
praça pública, que "graças ao exemplo dado por Londres, todos os reinos iriam aniquilar a tirania e
tornar-se repúblicas. A Inglaterra já o tinha feito; a França seguia o mesmo caminho; e considerandose que a natural indolência dos espanhóis tornava mais lento o seu movimento, dava a eles dez anos,
antes a que no país explodisse a revolução".
a) A que acontecimentos históricos o almirante Blake se referia ao mencionar os exemplos da
Inglaterra e da França?
b) A previsão de Blake com relação à Espanha veio a realizar-se?
15. (Fuvest 88) Na Europa do século XVI a religião foi usada como instrumento de fortalecimento do
poder político, tanto nos Estados católicos quanto nos protestantes. Explique esse processo nos casos
da Espanha e da Inglaterra.
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16. (Fuvest 93) Na Europa Ocidental dos nossos dias, em conseqüência do processo de integração,
verifica-se um problema parecido com o que existiu durante a Baixa Idade Média. Trata-se do
problema de articulação das três esferas do poder político: o poder local, o poder do Estado-Nação e
o poder supranacional. Hoje, se a integração se concretizar, ela será feita, ao contrário do que
ocorreu no fim da Idade Média, em prejuízo do poder do Estado-Nação. Indique:
a) quem exercia cada uma das três esferas do poder durante a Baixa Idade Média?
b) qual delas, no fim deste período histórico, se sobrepôs às demais; por quê?
17. (Fuvest 2003) "A palavra [escravidão] carrega (...) a história dolorosíssima de vários milênios,
durante os quais, em quase todos os cantos do mundo, o mais cruel e desumanizador sistema de
recrutar e controlar trabalho predominou sobre todos os demais. Tão ampla foi sua vigência no
espaço e no tempo que hoje todos, na Europa, na Ásia, na África e nas Américas, fora de grupos como
os pigmeus ou os bosquímanos, somos descendentes de escravos e de senhores e mercadores de
escravos".
(Alberto da Costa e Silva, "A manilha e o libambo".)
Partindo da afirmação do autor, destaque as particularidades da escravidão na Antigüidade e na
Época Moderna, indicando suas semelhanças e diferenças.
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GABARITO
1. Na antiguidade as colônias tinham autonomia política e eram pontos estratégicos como bases
militares e(ou) comerciais. Eram pontos de afluxo migratório de excedentes populacionais. A
escravidão, de modo geral, era resultante de dívidas ou produto de guerras. Os escravos eram
utilizados no setor produtivo e doméstico. Muitos escravos gregos se notabilizaram por tomarem
parte importante na educação dos filhos de senhores romanos.
Na época moderna as colônias são parte fundamental na política econômica mercantilista. São
fornecedores obrigados de produtos para a metrópole e são mercados consumidores forçados de
produtos da metrópole. A escravidão foi praticada contra os índios americanos e negros africanos.
Foram utilizados na produção em grandes propriedades. O comércio e o tráfico de escravos poderia
ser também um fator de enriquecimento da metrópole.
2. O Absolutismo atingiu seu apogeu com estes governantes através da submissão da Igreja aos
interesses do Estado, como a da concessão de monopólios aos burgueses e da política de colonização
da América.
3. Intervencionismo do estado, planejando a economia.
Balança comercial favorável visando a acumulação primitiva do capital.
4. a) Déspotas esclarecidos.
b) Reformas de cunho burguesas.
c) José II - Áustria e Catarina, a Grande - Rússia.
5. Política: O absolutismo monárquico caracterizou-se como um modelo de Estado de conciliação dos
interesses da burguesia, da nobreza feudal e da Igreja, onde o rei concentrava os poderes da
administração, da justiça e do exército, além de estimular a economia.
Economia: Os Estados Nacionais estimulavam o comércio através das práticas mercantilistas como
forma de superar as demais nações na concorrência internacional. Tais práticas constituíam-se
basicamente no metalismo (acumulação de metais preciosos para a cunhagem de moedas), nas leis
protecionistas e os monopólios, no intervencionismo estatal na economia, na balança comercial
favorável e no sistema colonial.
6. a) Enquanto a Espanha e a França representavam o absolutismo monárquico e o catolicismo, a
Holanda representava o ideal republicano burguês e o calvinismo.
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b) Espanha e França estruturavam-se como sociedades aristocráticas e estratificadas, em decorrência
dos remanescentes feudais, enquanto a Holanda já se constituia como uma sociedade de classes,
predominantemente burguesa e ligada às atividades mercantís e financeiras.
7. Tradição pesqueira, precoce centralização monárquica, posição geográfica privilegiada e apoio aos
estudos náuticos.
8. a) Chegar às Índias e conquistar o mercado de especiarias.
b) As embarcações maiores e as velas mais rápidas.
c) Entrepostos comerciais na África e as especiarias.
9. a) O desenvolvimento econômico europeu iniciado na Baixa Idade Média (séculos XI a XV) produziu
grandes transformações sociais e políticas (surgimento e consolidação da burguesia, desenvolvimento
urbano, formação e fortalecimento das monarquias nacionais). A partir do século XV, a necessidade
de consolidação do Estado Nacional, associada aos interesses da burguesia mercantil, impulsionou a
expansão comercial, que foi ainda beneficiada diretamente pelos avanços das ciências náuticas
(invenção da caravela, aperfeiçoamento da cartografia, utilização da bússola e do astrolábio) e das
técnicas bélicas (o uso da pólvora foi fundamental para o domínio europeu sobre as regiões que
seriam exploradas comercialmente).
b) Na Espanha, a Igreja Católica foi o principal elemento de coesão do Estado Nacional, justificando a
sua existência como força de combate aos "infiéis". A expansão comercial espanhola foi apoiada por
essa instituição, segundo o ideal cruzadista de expansão religiosa, combate aos "infiéis" e conversão
dos "gentios".
10. a) A Oceania ainda não tinha sido descoberta pelos europeus e a América, embora já tivesse sido
alcançada por Colombo em 1492, ainda era considerada parte das Índias.
b) Matemática ( principalmente Geometria), Geografia, Astronomia e Cartografia.
11. A decadência das cidades italianas com a transferência do eixo econômico do Mediterrâneo para
o Atlântico. Decadência da mineração nas colônias espanholas e do Império Habsburgo.
12. a) Mercantilismo
b) Metalismo, balança comercial favorável, protecionismo monopólios estatais, intervencionismo do
Estado na regulamentação da economia e exploração de colônias (Sistema Colonial).
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13. a) Para os incas estruturados uma economia agrária e amonetária, os metais preciosos só tinham
importância na confecção de adornos, já para os espanhóis estruturados na economia capitalista
mercantilista e organizados num Estado Absolutista, a acumulação de metais preciosos representava
a mais importante fonte de riqueza e poder, sobretudo do Estado.
b) Metalismo ou bulionismo (acumulação de metais preciosos), balança comercial favorável,
protecionismo alfandegário, intervencionismo estatal na economia e exploração de colônias (sistema
colonial) pelas potências econômicas européias (metrópoles).
14. a) Em relação à Inglaterra o almirante Blake se refere à Revolução Puritana (1649) que instalou a
República liderada por Oliver Cromwell. Em relação à França refere-se às Frondas, associações de
burgueses e nobres, contrárias à política fiscal do Cardeal Mazarino.
b) Não, pois a monarquia absoluta espanhola manteve-se até o século XIX, abalada com a presença de
Napoleão Bonaparte no trono espanhol e as revoluções liberais que liquidaram o absolutismo
monárquico.
15. Foi na Espanha e nas suas colônias que a inquisição encontrou maior projeção, sendo largamente
utilizada.
Na Inglaterra, Henrique VIII era chefe de estado e da igreja anglicana.
16. a) O poder local era exercido pela nobreza e cidades autônomas; o poder Estado-Nação pelo rei, e
o poder supranacional pelo papa.
b) O Estado-Nação com o apoio da burguesia, o enfraquecimento da nobreza, as guerras e a nova
realidade econômica.
17. Diferenças: Na Antigüidade, o escravo podia ser adquirido mediante compra, quitação de dívidas
ou como prisioneiro de guerra; na Época Moderna, o escravo era capturado em seus territórios de
origem ou comprados. Na Antigüidade, a escravidão constituía o próprio modo de produção; na
Época Moderna, ela passa a ser um dos componentes do processo de acumulação primitiva, no
quadro da formação do capitalismo.
Semelhanças: Nos dois períodos, o escravo não possuía direitos e a escravidão constituía-se na base
da mão-de-obra. O escravo tinha um valor de mercado e geralmente sofria tratamento desumano.
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