Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 9 Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 10 10º ENCONTRO DO GRUPO BRASILEIRO DE RECICLAGEM EM PRÓTESE E IMPLANTE Presidente Prof. Dr. Eduardo Miyashita Vice-Presidente Profa. Dra. Regina Tamaki Tesoureiro Prof. Dr. Humberto Lago de Castro Secretária Profa. Dra. Marina Amaral Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 11 Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 12 10º ENCONTRO DO GRUPO BRASILEIRO DE RECICLAGEM EM PRÓTESE E IMPLANTE Humberto Lago de Castro Coordenador do 10º Encontro do GBRPI COMISSÃO ORGANIZADORA Alfredo Mikail Melo Mesquita Aline Barcellos Anderson Almeida Castilho Carolina Martinelli Caroline Cotes Eduardo Miyashita Eduardo Pelizzer Estevão Tomomitsu Kimpara Fellippo Ramos Verri Joel Santiago Júnior Marina Amaral Pedro Henrique Corazza Regina Tamaki Ronaldo Luís Almeida de Carvalho Sandra Lúcia Dantas de Moraes Tarcísio José de Arruda Paes Júnior Vanessa da Cruz Macedo Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 13 Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 14 Lançamento do Livro Prótese Sobre Implante – Baseado em Evidências Científicas Coordenadores: Eduardo Piza Pellizzer, Estevam Tomomitsu Kimpara, Eduardo Miyashita Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 15 Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 16 RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 17 IDENTIFICAÇÃO DE MICRO-ORGANISMOS E SUSCETIBILIDADE À SOLUÇÃO DE RICINUSCOMMUNIS E HIPOCLORITO DE SÓDIO: DNA-CHECKBOARD. Badaro MM*, Salles MM, Leite VMF, Arruda CNF, Oliveira VC, Nascimento C, Souza RF, Paranhos HFO, Silva-Lovato CH. Faculdade de Odontologia de Riberão Preto (USP). Objetivando identificar os micro-organismos presentes no biofilme de próteses totais e ação antimicrobiana de uma solução experimental de Ricinuscommunis e hipoclorito de sódio em diferentes concentrações sobre eles, 64 participantes com (n=24) ou sem (n=40) candidíase foram orientados a escovar as próteses com escova específica e sabão neutro 3 vezes/dia por 3 minutos e imergi-las nas soluções (Hipoclorito de sódio 0,25%-S1 e 0,5%-S2; R. communis 10%-S3; Salina–S4: controle) por 20 minutos, 1 vez/ dia. As soluções foram utilizadas por 7 dias de forma cruzada e randomizada, com períodos de washout de igual duração. Amostras do biofilme foram coletadas no baseline e após cada período experimental para detecção dos micro-organismos pela técnica de hibridização do DNA-checkerboard. A comparação da quantidade total de micro-organismos (Pool) após uso das soluções foi realizada pelo modelo linear generalizado e a da quantidade de cada espécie, pelo teste de Friedman (p<0,05). 43 micro-organismos foram identificados. Não houve diferença entre grupos com e sem candidíase (p=0,748) ou interação inflamação/solução (p = 0,979). Entre soluções (p=0,041), G3 (488,72) causou redução semelhante a G2 (461,45) e G1 (365,93) na contagem total de micro-organismos. Houve diferença entre soluções para 34 das 38 espécies de bactérias e 01 das Candidaspp.. O R. Communis por apresentar efetividade aproximada ao Hipoclorito de sódio contra micro-organismos diversos demonstra viabilidade de uso clínico para próteses totais convencionais ou overdentures e parciais removíveis. Palavra-chave: Biofilmes; Higienizadores de dentadura; Análise microbiológica. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 18 REMOÇÃO DE IMPLANTE EM REGIÃO ESTÉTICA: QUANDO A POSIÇÃO INTERFERE NO RESULTADO FINAL Freitas BN*, Matsumoto W, Antunes RPA, Trivellato AE, Sverzut, CE, Hotta TH. Faculdade de Odontologia de Riberão Preto (USP). A perda de elementos dentais, principalmente, na região anterior da boca pode gerar um grande desconforto estético, além de potencialmente afetar as funções de mastigação, deglutição e fonética. O objetivo desse caso clínico foi demonstrar que um implante em posição inadequada pode ser removido e novo planejamento cirúrgico realizado, possibilitando a reabilitação protética. Paciente apresentou-se com ausência dos dentes 12 e 13 e entre eles, um implante direcionado para vestibular. A opção de tratamento foi remoção deste implante e colocação de outro na região do dente 13. Imediatamente, uma restauração provisória foi ajustada à nova condição bucal, mantendo suas funções até a osseointegração do implante. Posteriormente, foi realizado o condicionamento do tecido gengival por meio de acréscimo de resina autopolimerizável na coroa provisória e nova prótese sobre implante com cantilevermesial foi instalada. O resultado final foi um implante bem posicionado que permitiu uma prótese funcional e estética. Concluiu-se que o posicionamento do implante é muito importante no resultado final da reabilitação protética. Palavra-chave: Implantes Dentários; Reabilitação Bucal; Prótese Dentária Fixada por Implante. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 19 AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DA AÇÃO DO Β TRICÁLCIO FOSFATO PARA PREENCHIMENTO DE DEFEITOS PERI-IMPLANTARES CRÍTICOS Machado JPL*, Queiroz TP , Luvizuto ER, Okamoto R, Faloni APS Santos PL. Universidade do Sagrado Coração. A proposta deste estudo foi avaliar a efetividade do β-fosfato tricalcio no processo de reparo de defeitos peri-implantares em tíbia de coelhos, por meio da análise imuno-histoquímica. Quinze coelhos receberam 1 ostectomia em cada tíbia por meio de trefina de 6.1 mm de diâmetro. Em seguida, foram utilizadas as fresas lança e helicoidais no preparo dos leitos receptores e 1 implante foi instalado. Os defeitos ósseos foram preenchidos de acordo com os grupos: I-coágulo sanguíneo; II - β-fosfato tricalcio (Cerasorb®). Os animais foram submetidos a eutanásia nos períodos de 15, 30 e 60 dias pós-operatórios. Em seguida, os espécimes foram submetidos ao processamento laboratorial de rotina e realizou-se a análise imunohistoquímica para a expressão das proteínas osteoprotegerina (OPG), ligante do receptor ativador do fator nuclear êB (RANK-L) e fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP) para elucidação do processo de degradação do Cerasorb®. Os resultados, foram submetidos ao teste de Mann-Whitney (p=0,05), e mostraram que para a expressão de OPG, o Grupo II apresentouse maior com diferença estatística significativa em relação ao Grupo I, nos período de 15 e 60 dias ( p=0,002). Na expressão da RANKL, o Grupo II apresentou valores elevados em relação ao Grupo I, somente no período de 15 dias (p=0,002). De forma semelhante o Grupo 2 apresentou a expressão da TRAP maior do que a do grupo 1, no período de 30 dias ( p= 0,026). Assim concluiu-se que o biomaterial atua como um bom osteocondutor. Palavra-chave: Osseointegração. Implante Dentário; Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 Substitutos ósseos; 20 RESOLUÇÃO CIRÚRGICA DE IMPLANTES DENTÁRIOS INSTALADOS EM POSIÇÃO DESFAVORÁVEL EM REGIÃO ESTÉTICA Reis ENRC*, Borges-Deus CD, Lima VN, Gomes-Ferreira PHS, Bonardi JP, Silva LF, Garcia-Junior IR. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). A reabilitação oral através da instalação de implantes dentários é hoje um procedimento corriqueiro e bem fundamentado na literatura vigente, sendo realizado frequentemente na clínica odontológica com sucesso. Porém, falhas no planejamento ou na execução da técnica cirúrgica podem levar a casos desastrosos, que apesar da boa estabilidade e osseointegração, o implante não proporcionará meios viavéis para a restauração protética satisfatória devido ao seu posicionamento inadequado. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico da paciente V. B. C. do gênero feminino, de 43 anos de idade, que compareceu à clínica implantodontia da Faculdade de Odontologia de Araçatuba-Unesp, queixando-se do insucesso de seus implantes. Foi observado implantes em região ântero-superior em posição desfavorável para reabilitação protética. Foi decidido realizar a remoção dos implantes com o removedor Retriever, instalação imediata de novos implantes com o auxílio de guia cirúrgico em posição favorável, e simultaneamente, foi realizado enxerto ósseo com Bio-Oss, membrana Bio-Gide e enxerto gengival livre com intuito de preenchimento e ganho de volume. Após quatro meses à paciente retornou para acompanhamento e instalação de prótese provisória. Palavra-chave: Dental Implants; Dental Esthetics; Oral Surgery. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 21 RESISTÊNCIA DE UNIÃO DE UM CIMENTO RESINOSO AUTOADESIVO À DENTINA APÓS DIFERENTES TRATAMENTOS DE SUPERFÍCIE Oliveira B*, Godas AGL, Suzuki TYU, Briso ALF, Santos PH. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O objetivo deste trabalho foi avaliar a resistência de união, pelo teste de microtração, da interface adesiva dentina/cimento resinoso após diversos tratamentos na superfície dentinária. Vinte e oito molares humanos hígidos foram seccionados perpendicularmente ao longo eixo, expondo a superfície dentinária, e então polidos com lixa de granulação 600. Amostras foram divididas em quatro grupos (n=7), de acordo com o tipo de tratamento (controle, gluconato de clorexidina 2%, ácido poliacrílico 25% e solução dispersiva 23ppm de nanopatícula de prata). Blocos pré-polimerizados de resina TPH (Dentsply) foram cimentados sobre a superfície dentinária utilizando cimento resinoso auto-adesivoRelyX U200 (3M ESPE). Valores de resistência de união a microtração (MPa) foram mensurados após 24 horas do processo de união. Padrão de fratura foi analisado em microscopia óptica e amostras representativas dos dentes fraturados foram levadas à microscopia eletrônica de varredura. Dados obtidos foram submetidos a teste estatístico de normalidade e as médias foram comparadas pelo teste Kruskal-Wallis (α=0.05). Os maiores valores de resistência de união foram encontrados para o grupo tratado com ácido poliacrílico (13,34 ± 6,36 MPa). Os menores valores de resistência de união à microtração foram encontrados para o grupo com solução de clorexidina (4,71 ± 2,19 Mpa). Concluiu-se que as soluções irrigadoras foram capazes de alterar a resistência de união na interface cimento resinoso autoadesivo/superfície dentinária. Palavra-chave: Resincements; TensileStrength; Dentin. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 22 IMPORTÂNCIADO RESTABELECIMENTO DA DVO PARA TRATAMENTO DE MORDIDA CRUZADAANTERIOR: CASO CLÍNICO Alves SV*, Serafini AGF, Pagnano VO, Ferracioli RCSR, Bezzon OL. Faculdade de Odontologia de Riberão Preto (USP). A Reabilitação Oral consiste em tratamentos com soluções protéticas que visam melhorar a saúde bucal do paciente, quando se encontra comprometida. Paciente de 45 anos de idade, gênero masculino, compareceu à Clinica de Especialização em Prótese Dentária da FORPUSP, queixando da sua dificuldade na mastigação e estética. Após a realização dos exames clínico, radiográfico e dos modelos de estudo em articulador, constatou-se que o paciente apresentava classe III de Angle, ou seja, mordida cruzada anterior, arcada superior totalmente dentada, além de arcada inferior Classe I de Kennedy. Entretanto, quando avaliado na posição de relação cêntrica, apresentava mordida de topo, o que sugeria que parte da mordida cruzada era causada por protrusão mandibular. O objetivo desse trabalho é reportar um caso clínico em que com o restabelecimento da Dimensão Vertical de Oclusão (DVO), com próteses convencionais, foi possível descruzar a mordida anterior... Procedeu-se inicialmente à elaboração do enceramento de diagnóstico e planejamento do caso. Foi realizada a confecção de PPFs unitárias superiores e PPR inferior, restabelecendo função e estética ao sistema estomatognático. Conclui-se que a Reabilitação Oral com diferentes tipos de próteses pode trazer conforto e satisfação ao paciente, mesmo sem a utilização de conduta mais invasiva, como a cirurgia ortognática. Palavra-chave: Maloclusão de Angle Classe III; Planejamento de prótese dentária; Reabilitação bucal. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 23 RELATO DE CASO CLÍNICO: ESTÉTICA E FUNÇÃO COM PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL Tonin BSH*, Aguiar EA, Raspa AC, Pagnano VO, Mattos MGC. Faculdade de Odontologia de Riberão Preto (USP). Dentre as variadas formas de reabilitação dental, em arcadas parcialmente desdentadas, muito se tem relatado sobre o tratamento com implantes, porém, nem sempre é a melhor opção. Devemos levar em consideração alguns fatores limitantes desse tipo de tratamento, tais como: quantidade não suficiente de tecido ósseo, doenças sistêmicas, fatores psicológicos e custo. Analisando por esse ponto de vista uma alternativa bastante viável é o tratamento com prótese parcial removível (PPR). Muitas críticas depreciativas são feitas a respeito da estética desse tipo de prótese, mas um planejamento bem realizado pode minimizar essa desvantagem. O objetivo deste trabalho é descrever o caso clínico de uma paciente de 51 anos, melanoderma, que compareceu à clínica de PPR da FORP-USP com queixa pela vestibularização dos incisivos superiores após a perda de dentes posteriores. HM de hipertensão, gastrite e artrose. Ao exame clínico e análise dos modelos de estudo em articulador, observou-se grande inclinação dos incisivos superiores, protrusão da maxila, perda de múltiplos elementos dentais, ausência de selamento labial e perda da DVO. Optou-se pela confecção de próteses provisória para recuperação de DVO e instalação de PPR imediata superior. Concluímos que ainda hoje, a reabilitação oral com PPRs é de grande auxílio na prática clínica e pode trazer grandes benefícios estéticos além dos funcionais. Palavra-chave: Prótese Parcial Removível; Prótese Dentária; Estética Dentária Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 24 ANÁLISE CLÍNICA E TOMOGRÁFICA DE REABILITAÇÃO TOTAL MAXILAR POR CIRURGIA GUIADA – CONTROLE DE UM ANO Saraiva FC*, Santos LP, Santiago Junior JF, Mattos TB, Mattos JB, Gulinelli JL. Universidade do Sagrado Coração. O objetivo foi avaliar a eficácia clínica e as variações volumétricas do nível ósseo utilizando a tomografia computadorizada de reabilitações totais implantossuportadas após cirurgia guiada com e sem carga imediata. A primeira tomografia foi realizada imediatamente após a cirurgia (T0) e a segunda após um ano da reabilitação (T1). Dezesseis pacientes foram incluídos neste estudo e um total de 92 implantes instalados em maxila. Todos os implantes instalados apresentaram conexão do tipo cone Morse, o comprimento médio foi de 12,48 mm e 3,6 mm de diâmetro. O torque médio de inserção foi de 41,61 N. Houve perda de 01 implante (1,08%). A taxa de sucesso em 1 ano foi de 98,92%. A reabsorção óssea marginal média foi de 0,8 mm (DP = 0,5 mm). No grupo de pacientes sem carga a espessura da parede vestibular apresentou diferença estatística significativa nos períodos analisados, p<0.001 assim como na espessura da parede lingual, p<0.001. No grupo de pacientes com carregamento imediato, as espessuras das paredes vestibulares apresentaram redução; paredes vestibulares p=0,001. Não houve diferença na parede lingual. A superfície vestibular mostrou a maior diminuição de espessura (1,3 mm) comparada as demais. As complicações registradas foram: fratura da coroa/ prótese (25% / 4 pacientes) e afrouxamento do parafuso do pilar (6,25% / 1 paciente). O método de tratamento para maxilas desdentadas totais com cirurgia guiada é previsível, com uma elevada taxa de sobrevivência do implante. O carregamento imediato favorece a manutenção da parede óssea vestibular. Palavra-chave: Implante Dentário; Maxila; Tomografia. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 25 ANÁLISE DAS PROPRIEDADES MICROESTRUTURAIS DE LIGAS BINÁRIAS EXPERIMENTAIS DE TITÂNIO-ZIRCÔNIO PARA APLICAÇÕES BIOMÉDICAS Morais BRG*, Fogaça JF, Cordeiro J, Barão VAR, Faverani LP, Gonçalves WG. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O objetivo deste estudo foi avaliar as propriedades microestruturais de ligas experimentais de Titânio-Zircônio (Ti-Zr) em três concentrações (em %) de Zr (5, 10 e 15), em comparação com titânio comercialmente puro (Ticp) e liga Ti-6Al-4V. Assim, 5 discos de cada tipo de material foram confeccionados e submetidos a padronização de superfície polidas ou texturizadas pela técnica de duplo ataque ácido (ácido nítrico, sulfúrico e clorídrico). A caracterização microestrutural foi realizada pela microscopia eletrônica de varredura (MEV), microscopia de força atômica (MFA), microdurezaVickers (VHS) e espectrometria de energia dispersiva (EED). As imagens da MEV e AFM das ligas Ti-Zr, Ticp, Ti-6Al-4V com superfície polida apresentou uma superfície lisa e plana. As ligas de Ti com superfície texturizada com ácido apresentou estriações em toda a superfície, com a microestrutura rugosa bem evidente, similares entre os grupos. A microdureza foi menor para o Ticp (polido e texturizado) (p<0,05), enquanto que as ligas de Ti apresentaram os maiores valores de microdureza porém sem diferenças significativas entre eles (Ti-6Al-4V, Ti-5Zr, Ti-10Zr e Ti-15Zr) (p>0,05). Conclui-se que a liga Ti-Zr apresenta propriedades favoráveis como material para as aplicações biomédicas e, novos estudos deverão analisar a biocompatibilidade desta liga. Palavra-chave: Titânio; Zircônio; Teste in vitro. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 26 Diagnóstico e tratamento da perda de dimensão vertical de oclusão por meio de prótese parcial removível overlay Raile PN*, Seabra DC, Curylofo, PA, Pagnano, VO. Faculdade de Odontologia de Riberão Preto (USP). A perda de contatos estáveis e o desgaste excessivo dos dentes podem ocasionar redução da Dimensão Vertical de Oclusão (DVO) e alterações no sistema estomatognático. Nesses casos é fundamental o correto restabelecimento das relações intermaxilares para um prognóstico favorável do plano de tratamento. Sendo assim, a prótese parcial removível (PPR) overlay se apresenta como um recurso útil tanto na fase de diagnóstico, como na de tratamento de pacientes com DVO diminuída, consistindo ainda em uma alternativa altamente conservadora. O objetivo deste trabalho é apresentar casos clínicos em que houve necessidade do restabelecimento de DVO, utilizando-se PPRs overlays provisórias e definitivas. Os resultados foram altamente positivos do ponto de vista de diagnóstico e tratamento, principalmente em relação à restauração das funções mastigatória, fonética e estética adequadas, além do conforto ao paciente. Conclui-se que a PPR overlay mostra-se como uma alternativa eficiente, reversível e econômica para tratamento de pacientes parcialmente edêntulos. Palavra-Chave: Dimensão Vertical, Prótese Parcial Removível, Reabilitação Bucal Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 27 INFLUÊNCIA DOS IMPLANTES CURTOS NA DISTRIBUIÇÃO DE TENSÕES PERI-IMPLANTARES: ANÁLISE POR CORRELAÇÃO DE IMAGEM DIGITAL Peixoto RF*, Tonin BSH, Macedo AP, Faria ACL, Tiossi R, Mattos MGC. Faculdade de Odontologia de Riberão Preto (USP). Este estudo avaliou a influência de diferentes implantes (curtos e convencionais) e materiais de revestimento estético (cerâmica e resina) na distribuição de tensões geradas por próteses parciais fixas (PPFs), por meio da correlação de imagem digital (CID). Para tanto, quatro modelos em resina de poliuretano foram confeccionados, com o dente 44 em resina e os dentes 45, 46 e 47 substituídos por implantes curtos (4 x 5 mm) e/ou convencionais (4 x 11 mm). Os grupos deste estudo foram: G1 (2 implantes convencionais [45 e 46] e 1 curto [47]), G2 (1 implante convencional [45] e 2 curtos [46 e 47]), G3 (3 implantes curtos) e G4 (3 implantes convencionais). As PPFsmetalocerâmicas (C) e metaloplásticas (P) foram parafusadas sobre os minipilares. Carga oclusal distribuída (250N) foi aplicada e as tensões foram comparadas qualitativa e quantitativamente. PPFsmetalocerâmicas e metaloplásticas geraram tensões semelhantes em todos os grupos (p>0,05). A concentração de tensões foi maior no G3C e G3P, atingindo valores máximos de -1271,50 µS e -1026,88 µS, respectivamente. O G4 (C = 275,14 µS; P = -254,44 µS) gerou a melhor distribuição de tensões. Conclusão: O material de revestimento das PPFs não influenciou na distribuição de tensões. Adicionalmente, a combinação de implantes curtos e convencionais (G2) parece ser uma alternativa viável. Palavra-chave: Implantes Dentários; Prótese Dentária Fixada por Implante; Materiais Dentários. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 28 USO DA TOMOGRAFIA DE COERÊNCIA ÓPTICA NA INSPEÇÃO DE POROSIDADES EM PRÓTESES TOTAIS USANDO DOIS CICLOS DE POLIMERIZAÇÃO Casado BGS*, Monteiro GQM, Leao RS, Campello SL, Gomes ASL, Santiago-Junior JF, Morares SLD. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Avaliar o grau de porosidades internas da resina acrílica ativada termicamente, polimerizada por dois ciclos distintos, através da tomografia de coerência óptica (OCT). Pacientes desdentados totais superiores (14), foram reabilitados com próteses totais convencionais na disciplina de prótese total FOP/UPE. A polimerização das próteses foi realizada em polimerizadora pneumática digital (60lb), de acordo com o tipo de ciclo: Curto de 4hs (700C - 2h/1000 - 1h); Longo de 11hs (700C - 9h/1000 - 30min). As próteses foram então analisadas num sistema de OCT SweptSource (1300nm) em quatro regiões pré-determinadas: rafe palatina; margem gengival do incisivo central; região de tuberosidade; região de borda. O valor de porosidade (%) foi obtido por métodos clássicos de processamento digital da imagem, que compreende, filtragem, realce e técnicas de binarização. Para gerar uma imagem binária, foi realizada uma contagem de pixels de acordo com o sinal: \”0\” = preto/regiões porosas; \”1\” = regiões brancas/sólido). Os dados foram submetidos ao teste de Mann Whitney e Kruskal Wallis (p>0,05). Não foram observadas diferenças estatísticas entre a quantidade de porosidades para cada região avaliada (p> 0,05). Para os ciclos de polimerização estudados, não houve diferença estatisticamente significante em relação à quantidade de porosidades na base da prótese. Dessa forma, o tempo decorrido para cada ciclo deve ser considerado para otimizar o processamento das próteses; e a OCT pode ser utilizada como uma alternativa viável na inspeção de porosidades internas de bases protéticas. Palavra-chave: Optical Coherence Tomography; Complete denture; Porosity. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 29 TAXA DE SOBREVIDA DE IMPLANTES CURTOS (D”7MM): REVISÃO SISTEMÁTICA COM META ANÁLISE DE ESTUDOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS. Uehara PN*, Matsubara VH, Igai F, Sesma N, Mukai MK, Laganá DC, Araújo MG. Faculdade de Odontologia de São Paulo (USP). O objetivo desta revisão sistemática foi comparar as taxas de sobrevida e perda óssea ao redor dos implantes curtos com implantes longos colocados em área enxertada de região posterior da maxila e mandíbula. A busca eletrônica foi realizada em três bases de dados (MEDLINE - Pubmed, Scopus e Cochrane) até março de 2015 para identificação de ensaios clínicos randomizados que avaliassem a taxa de sobrevida de implantes curtos d”7 mm com tempo de acompanhamento de no mínimo 12 meses. Para meta análise foi calculada a Razão de risco (RR) com Intervalo de confiança (IC) de 95%, estes dados foram usados para reunir os resultados da taxa de insucesso dos implantes para cada grupo de tratamento. Para as alterações do osso marginal ao redor dos implantes foi calculado a Média das diferenças (MD) com IC (95%). Cinco estudos clínicos randomizados que continham os critérios de inclusão foram analisados quantitativamente e qualitativamente. A RR entre os grupos de implantes curtos e implantes longos foi 0.51 (95% IC: 0.19 a 1.40), I²=0 e Chi²=2.07, o que representa uma taxa de sobrevida mais favorável para os implantes curtos, porém sem significância estatística (p=0.19). Para a perda óssea marginal MD foi -0.13 mm (95%IC: -0.24 a 0.09) o que favorece o grupo teste com significância estatística (p=0.02). Os estudos apresentaram maior heterogeneidade para o parâmetro perda óssea em relação a taxa de sobrevida. Portanto, implantes curtos e longos apresentaram taxas de sobrevida semelhantes enquanto o nível de perda óssea em implantes curtos foi mais favorável do que os implantes longos. Palavra-chave: Implantes dentários; Taxa de sobrevida; Revisão sistemática. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 30 QUALIDADE DE VIDA ASSOCIADA À SAÚDE BUCAL E CONDIÇÃO SÓCIO DEMOGRÁFICA: PERCEPÇÃO DE POPULAÇÃO DE BAIXA RENDA NO SERTÃO Souto Maior J*, Leão RS, Santiago Junior J, Melo GQ, Pereira F, Moraes SLD. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Avaliou-se aspectos sócio demográficos, saúde bucal e qualidade de vida de população de baixa renda, assistida pelo projeto de extensão Resgatando Sorrisos (Universidade de Pernambuco). Aplicou-se um questionário, validado em português (OHIP 14), aliado a inquérito sócio demográfico e ficha de exame clínico intra-oral. A amostra (n= 396), definida através de cálculo estatístico (“BiostatisticalAnalysis”/Jerrold H. Zar) retirados de 5600 moradores da região. Os instrumentos foram aplicados para duas pessoas, por casa, maiores de 18 anos em condições (física e mental) de responderem à pesquisa, na presença de 1 examinador e 1 entrevistador. Os resultados apontam que 74,75% da amostra era do gênero feminino, a idade média foi de 42,48 anos; 59,6% com nível fundamental e 27,1% analfabetos; 63% apresentavam alguma necessidade restauradora, 59,5% periodontal e 43,3% cirúrgica; 63,8% tinham perda dentária parcial, 22.8% desdentados totais e 8.8 % tinham a dentição completa; 51,6% dos desdentados totais eram analfabetos e 85.7% recebiam até 1 salário mínimo; 59,3% dos desdentados totais, e mais da metade daqueles que apresentavam alguma necessidade seja ela restauradora, periodontal ou cirúrgica, atribuíram uma percepção positiva da sua qualidade de vida. Conclui-se que na população estudada há um elevado índice de perda dentária, sendo a condição bucal um fator que não interfere na qualidade de vida para a maioria dos indivíduos. Palavra-chave: Saúde bucal; Arcada edêntula; Qualidade de vida. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 31 AVALIAÇÃO DO REPARO ÓSSEO PERIIMPLANTAR NO MODELO OSTEOPORÓTICO TRATADO COM MEDICAÇÃO ANTIRREABSORTIVA Gomes-Ferreira, PHS*, Yogui FC, Oliveira D, Ramalho-Ferreira G, Polo TOB, Faverani LP, Okamoto R. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O objetivo deste trabalho foi avaliar a interferência de um medicamento antirreabsortivo na expressão de proteínas da matriz extracelular durante a osseointegração em ratos osteoporóticos. Utilizou-se três grupos experimentais: Controle, constituído por ratos submetidos à cirurgia fictícia e alimentados com dieta balanceada; OST-ST, ratos castrados, alimentados com dieta pobre em cálcio (osteoporóticos) sem tratamento medicamentoso; OST-TRAT, ratos castrados, alimentados com dieta pobre em cálcio (osteoporóticos) tratados com medicação antirreabsortiva. Cada animal recebeu um implante em cada metáfise tibial. A eutanásia dos animais foi realizada aos 14 e 42 dias após a instalação dos implantes. As peças foram processadas laboratorialmente para a realização da análise Imunoistoquímica. As proteínas analisadas foram: RUNX2, Osteopontina (OP), Osteocalcina (OC) e WNT. As imunomarcações para RUNX2 e OP mostraram a presença de células da linhagem osteoblástica junto ao tecido ósseo neoformado, assim como para OC caracterizando maior mineralização nos grupos Controle e OST-TRAT. No grupo OST-ST, observou se discreta presença de células positivas para RUNX2 e OC. A proteína WNT apresentou marcação moderada nos grupos Controle e OST-TRAT e mostrou-se discreta no grupo OST-ST. Sendo assim, pode-se concluir que a terapia com a medicação antirreabsortiva aumenta a expressão de células da linhagem osteoblástica e da proteína Wnt durante a osseointegração em ratos osteoporóticos. Palavra-chave: Osseointegração, Osteoporose, Implante dentário. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 32 AVALIAÇÃO IN VITRO DA ADESÃO MICROBIANA EM DIFERENTES RUGOSIDADES DE SUPERFÍCIE DE RESINA ACRÍLICA PARA PRÓTESE OCULAR Sousa CA*, Andreoti AM, Machado JC, Moreno A, Santos DM, Duque C, Goiato MC. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). As características da superfície do material usado na confecção de próteses oculares são fundamentais no processo de retenção bacteriana. Dessa forma, este estudo teve como objetivo avaliar a adesão de microrganismos da cavidade anoftálmica em prótese ocular de resina acrílica e comparar esta adesão em diferentes rugosidades da superfície da resina e em diferentes períodos de tempo. Foram confeccionadas 432 amostras em resina acrílica, divididas em 6 grupos de acordo com os polimentos: superfície não polida (controle); com lixa de granulação 1200; com lixa 1200 e solução diamantada (1200S); com lixa 800; com lixa 400 e com lixa 120. Foi realizada análise da rugosidade e caracterização das superfícies por Microscopia de Força Atômica. As amostras foram inoculadas com um dos microrganismos avaliados: S. epidermidis, o S. aureus e o E. faecalis. A contagem UFC/ml para cada microrganismos foi realizada após 4, 24 e 48h de crescimento bacteriano. A partir disso, observamos que para E. faecalis, todos os grupos diferiram do controle, mas não entre si, exceto 1200S x 400. Para S. aureus, todos os grupos diferiram do controle e 1200S teve os menores valores de adesão. Para S. epidermidis, todos os grupos diferiram do controle nos tempos 4 e 48h, e o grupo 1200S diferiu do controle em todos os tempos, tendo os menores valores de adesão, após 24 e 48h. Conclui-se que a rugosidade de superfície da resina acrílica influencia diretamente na adesão microbiana. Por ser a superfície de maior lisura superficial e menor rugosidade, o grupo (1200S) apresentou os menores valores de adesão. Palavra-chave: Prótese ocular; Resinas acrílicas; Biofilmes. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 33 ESTUDO COMPARATIVO DE PILARES PROTÉTICOS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE ELEMENTOS FINITOS 3D Tribst JPM, Toyama DY*, Dal Piva AMO, Marinho RMM, Bottino MA, Borges ALS. Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos (UNESP). O presente estudo avaliou as microdeformações e a distribuição de estresse no osso mandibular sob a influência de diferentes pilares em implantes de conexão hexagonal externa (HE). Através do software Rhinoceros (versão 4,0 SR8, McNeel América do Norte, Seattle, WA, EUA), uma mandíbula humana desdentada foi modelada e na região posterior, os implantes foram instalados com 3 mm de distância entre eles. Dois modelos idênticos de implante regular padrão com conexão HE (1,2 mm de altura, 3,75 mm de diâmetro e 13 mm de comprimento) foram modelados seguindo os dados do fabricante (EFF Dental Componentes, São Paulo, Brasil) e, divididos em dois grupos: PC (Pilar Convencional com parafuso de fixação passante) e PS (Pilar Sólido com parafuso em peça unitária). Uma barra metálica, seguindo as dimensões da norma ISO 14801, foi fixada sobre os pilares através de parafusos de retenção e utilizada como aplicador de carga (200N). A fixação ocorreu no osso cortical e as geometrias foram importadas para o software ANSYS (ANSYS 16,0, ANSYS Inc., Houston, TX, EUA) em formato STEP. Os materiais foram considerados isotrópicos, homogêneos e linearmente elásticos, apresentando módulo de Young, coeficiente de Poisson e contatos colados. Um teste de convergência de 10% da malha determinou o número total de elementos e os valores de estresse foram analisados seguindo o critério de Von misses. Concluiu-se que o grupo PC apresentou valores de estresse mais homogêneos e de menores microdeformações, o que pode sugerir um menor dano ao tecido ósseo quando comparado com o grupo PS. Palavra-chave: Implantes dentários; Análise de Elementos Finitos; Prótese Dentária Fixada por Implante. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 34 EFEITO DA APLICAÇÃO DE LASER DE BAIXA INTENSIDADE E ÁCIDO ZOLEDRÔNICO NO PROCESSO DE REPARO ÓSSEO. De Vitto M*, Buchignani VC, Germano EJ, Santos LM, Gulinelli JL, Santos PL. Universidade do Sagrado Coração. O objetivo foi avaliar o processo de reparo ósseo em tíbia de ratas tratadas com ácido zoledrônico e submetidos à laser terapia de baixa potência, por meio de análise histomorfométrica. Para isto foram utilizadas 20 ratas, distribuídas de acordo com o tratamento: Grupo 1- administração de soro fisiológico; Grupo 2- tratadas LASER terapia de baixa potência ; Grupo 3tratadas com ácido zoledrônico; e Grupo 4- tratadas com ácido zoledrônico e LASER terapia de baixa potência. O droga ácido zoledrônico administrado na dose de 0,035 mg/Kg a cada duas semanas por 8 semanas. Em seguida, foram confeccionados os defeitos ósseos de 2 mm nas tíbias dos animais de todos os grupos. Os defeitos ósseos no grupo 2 e 4 foram irradiados com LASER de baixa potência no pós-operatório imediato. Após os períodos 14 e 28 dias os animais foram submetidos eutanásia para análise histomorfométrica. Na comparação intergrupos, no período de 14 dias, o grupo 1 (mean ± SD = 45,2 ± 18,56%) apresentou menor formação óssea quando comparado ao grupo 2 (mean ± SD = 64,13 ± 3,51%) (p=0,358) e 4 (mean ± SD = 78,22 ± 15,2%) ( p= 0,049). O grupo 3 (mean ± SD = 20,99 ± 7,42%), apresentou menor quantidade de tecido ósseo neoformado, com diferença significativa, quando comparado ao grupo 1 (p=0,002), 2 e 4 (pd”0,001). Já no período de 28 dias, o grupo 1 apresentou menor quantidade de tecido ósseo neoformado, na comparação com os demais grupos com valor de p = 0,020. Assim foi possível concluir que a terapia com LASER associada ao ácido zoledrônico é efetiva na estimulação da neoformação óssea em defeitos criados cirurgicamente em ratas. Palavra-chave: Bisfosfonatos; Reparo ósseo; LASER terapia. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 35 ATUAÇÃO DO ALENDRONATO DE SÓDIO NO PROCESSO DE REPARO ÓSSEO PERIIMPLANTAR Oliveira D*, Yogui FC, Gomes-Ferreira PHS, Ramalho-Ferreira G, Polo TOB, Faverani LP, Okamoto R. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O alendronato de sódio, medicamento da classe dos bifosfonatos, possui ação anti-reabsortiva e atualmente é o medicamento mais usado no tratamento da osteoporose. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atuação deste medicamento na expressão de proteínas da matriz extracelular na região periimplantar de ratas osteoporóticas. Foram utilizadas 30 ratas divididas nos grupos experimentais: SHAM: ratas submetidas à cirurgia fictícia e alimentadas com dieta balanceada; OVX-ST: ratas submetidas à ovariectomia bilateral e alimentadas com dieta pobre em cálcio e, OVX-ALE: ratas submetidas à ovariectomia bilateral, alimentadas com dieta pobre em cálcio e tratadas com alendronato de sódio através de gavagem (0,1 mg/kg/dia). Na metáfise tibial direita de cada rata instalou um implante com superfície lisa e, na esquerda, com superfície tratada. A eutanásia dos animais foi realizada aos 14 e 42 dias após a instalação dos implantes. Para a análise imunoistoquímica foram utilizadas as proteínas: RUNX2, fosfatase alcalina e osteopontina. As imunomarcações para OP e RUNX2 mostraram a presença de células da linhagem osteoblástica junto ao tecido ósseo neoformado nos grupos SHAM e OVX-ALE. No grupo OVX-ST observou discreta presença de células positivas para RUNX2 presentes no tecido conjuntivo reparacional. A ALP apresentou imunomarcação moderada no grupo OVX-ST, mas, apresentou-se discreta nos grupos SHAM e OVX-ALE. O tratamento com alendronato de sódio melhora a característica do osso formado durante o processo de reparo ósseo na região periimplantar. Palavra-chave: Osseointegração; Alendronato; Osteoporose. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 36 SOLUÇÃO ESTÉTICA PARA ESPAÇOS EDÊNTULOS ANTERIORES POR MEIO DE PRÓTESE REMOVÍVEL ROTACIONAL Curylofo PA*, Raile PN, Motta MFJF, Pagnano VO. Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (USP). A Prótese Parcial Removível (PPR) tem papel fundamental na Reabilitação Oral, sobretudo no nosso país, em que grande parte da população não tem condições financeiras e, algumas vezes, anatômicas, sistêmicas ou psicológicas, para ser submetida ao tratamento com implantes. Entretanto, um dos grandes problemas relacionados à PPR se relaciona à estética em casos de perda de dentes anteriores. Um dos recursos para reabilitação dos pacientes que apresentam essa perda é a utilização da prótese denominada rotacional, que apresenta duplo eixo de inserção. O objetivo deste trabalho é apresentar casos clínicos em que houve necessidade de reposição de dentes anteriores em que foi indicado esse tipo de prótese. Os resultados tanto estéticos como funcionais foram bastante satisfatórios. Conclui-se que a prótese rotacional é uma alternativa eficiente, conservadora, e econômica para a reabilitação de espaços edêntulos anteriores. Palavra-chave: Prótese Parcial Removível; Estética; Reabilitação Bucal. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 37 EFEITO DA PERFURAÇÃO DA MEMBRANA DO SEIO MAXILAR SOBRE A INTEGRAÇÃO DE IMPLANTES DENTÁRIOS. ESTUDO EM COELHOS Lima VN*, Ferreira S, Jacob RGM, Magro-Filho O, Garcia-Junior IR. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). Relatos mostram abandono do procedimento de elevação da membrana sinusal ao detectar uma perfuração. Isso porque o prognóstico de da exposição do implante à cavidade sinusal é de difícil previsão. O objetivo foi avaliar a influencia da perfuração da membrana sinusal na integração de implantes dentários instalados em seio maxilar de coelhos após a elevação da membrana sinusal íntegra e perfurada por meio da ELCOI e a AON. Vinte implantes dentários foram instalados em seio maxilar após a elevação da membrana sinusal ou de sua perfuração. A eutanásia foi realizada aos 7 e 40 dias. Na TC casos sugestivos de processo inflamatório sinusal forma encontrados. Na comparação da ELCOI intra grupo nos diferentes períodos, os valores foram estatisticamente significante para MI e MP (p < 0,05). Para a AON, no período de 40 dias os valores de para MP e MI (p < 0,05) assim como na comparação dentro do mesmo grupo em períodos diferentes, os valores de ELCOI para MI (p < 0,05), mas o mesmo não foi observado para MP. Foi possível concluir que a perfuração da membrana interferiu no processo de integração óssea dos implantes, no entanto, não comprometeu de forma a contraindicar o procedimento. Palavra-chave: implante dentário; seio maxilar; levantamento de seio maxilar. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 38 DISCOPEXIA DA ATM E REABILITAÇÃO POR PRÓTESES TOTAIS COM DENTES EM CÚSPIDE 0º: RELATO DE CASO Leão RS*, Guerra CMF, Vasconcelos BCE, Silva Júnior EZ, Casado BGS, Moraes SLD. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Este trabalho tem como objetivo relatar um caso clínico de associação entre tratamento cirúrgico de disfunção temporomandibular e reabilitação com próteses totais (PTs) utilizando dentes não-anatômicos (cúspide 0o), em paciente com luxação recidivante anterior da articulação têmporomandibular (ATM) e persistente movimentação mandibular não controlada. Paciente do gênero feminino, 73 anos, compareceu ao ambulatório de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) com quadro de instabilidade articular, lassidão ligamentar e luxações crônicas recidivantes. Esta já havia passado por dois procedimentos cirúrgicos anteriores em outro serviço, entretanto sem sucesso. Foi instituído um plano de tratamento baseado na instalação de uma mini-âncora nas ATMs da paciente através do procedimento de discopexia. As luxações foram sanadas, porém a falta de controle mandibular mesmo em menor grau após a cirurgia, impossibilitava o uso das próteses em função e inclusive em repouso, causando na mesma, desconforto muscular, alimentar e de caráter social. Assim foi planejada a confecção de duas PTs convencionais com dentes em cúspide 0o, por um protocolo clínico abreviado de 3 sessões, na tentativa de melhor estabilidade das próteses. Após a reabilitação protética com dentes não-anatômicos, a paciente passou a utilizar as mesmas sem queixa de deslocamento, tanto em repouso como em função, melhorando sua qualidade de vida, sugerindo uma boa indicação dos dentes em cúspide 0o para o caso, assim como para casos semelhantes. Palavra-chave: Prótese Total; Temporomandibular; Dente Artificial Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 Transtornos da Articulação 39 RESISTÊNCIA DE UNIÃO ENTRE DOIS CIMENTOS RESINOSOS E ZIRCÔNIA Y-TZP, AVALIAÇÃO EM CURA DUAL E AUTOPOLIMERIZÁVEL Leão RS*, Montes MAJR, Santiago Júnio JF, Casado BGS, Jardim VBF, Carvalho EIF, Moraes SLD. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. O objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito do uso do adesivo Single Bond Universal e jateamento com óxido de alumínio (50 μm) na resistência de união ao cisalhamento entre dois cimentos resinosos (RelyX U200 e Ultimate) e a Zircônia Y-TZP, no modo de cura dual e autopolimerizável. Cilindros (3,5mm x 16mm x 7mm) foram confeccionados em zircônia Y-TZP pelo sistema CERCON CAD/CAM e divididos em dois grupos, para cada cimento utilizado, tanto para cura dual como para a química. Cada grupo foi subdividido em 4 subgrupos (n=10), de acordo com o tipo de tratamento de superfície indicado: adesivo+jateamento, apenas adesivo, apenas jateamento e grupo controle (sem adesivo e sem jateamento). A superfície cimentante dos cilindros foi planificada com lixas d’água de gramatura 320, 600 e 1200 em politriz e limpos em cuba ultrassônica. Foi realizado o tratamento de superfície para cada grupo seguido da cimentação de acordo com as orientações do fabricante, sob um dispositivo delineador. Após a cimentação os testes foram executados em máquina de ensaio universal (KRATOS) por meio de teste de tração. Os métodos estatísticos usados foram ANOVA três fatores, t-Student, F de Levene e Shapiro-Wilk (SPSS versão 21) (p=0,05). Todos os grupos com cura dual se apresentaram melhores e estatisticamente diferentes dos grupos de cura química. O melhor resultado foi encontrado no grupo do cimento U200, cura dual com adesivo e jateamento (p=0,015). Para este cimento o uso do adesivo e jateamento melhorou a resistência de união mesmo se tratando de um cimento autoadesivo. Palavra-chave: Yttria-stablized tetragonal zircônia; surfasse treatment; bond strength. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 40 ESTUDO CLÍNICO LONGITUDINAL SOBRE A HIPERSENSIBILIDADE DENTAL PÓS-OPERATÓRIA EM DENTES RESTAURADOS COM FACETAS Cavalcante AB*, Souza FI, Martini AP, Melo RAC, Araújo NS, Rocha EP. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O objetivo deste estudo clínico foi avaliar a ocorrência da hipersensibilidade dental pós-operatória em dentes restaurados com facetas, por meio do Teste Sensorial Quantitativo (QST). Os fatores do estudo foram os cimentos resinosos em 2 níveis (Rely X Veneer [RV], VariolinkVeneer [VV]), a face (vestibular e palatina) em dois níveis e o tempo de estudo (t) em 5 níveis [baseline (antes dos preparos dentários) comparados com: (t0) 24h após a cimentação, (t1) 7, (t2) 15, (t3) 30 e (t4) 60 dias após t0], sendo a variável de resposta a hipersensibilidade dental pós-operatória. 28 facetas foram instaladas sendo: 15 com RV, 13 com VV, cimentadas de acordo com o Split-mouth design. Os dentes foram submetidos ao teste de limiar de sensibilidade por sensação ao frio através do aparelho estimulador TSA II no baseline e nos 5 tempos de análise. O QST não mostrou aumento da sensibilidade dentária após a instalação das restaurações em nenhum dos tempos do estudo para os dois cimentos utilizados (p>0,05). Na comparação entre as faces analisadas não houve diferença estatística significante em nenhum dos tempos do estudo (p>0,05). Entretanto na análise subjetiva por escores, os pacientes relataram a ocorrência de hipersensibilidade dental na ingestão de líquidos frios até t3. O teste objetivo não apurou diferença estatisticamente significativa no limiar de sensibilidade ao frio dos dentes restaurados independente do cimento utilizado. Apesar da elevada subjetividade da avaliação por escores, a hipersensibilidade dental pósoperatória relatada pelos pacientes foi de curto prazo. Palavra-chave: Sensibilidade da dentina; facetas dentárias. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 41 AVALIAÇÃO DE PRÓTESES TOTAIS MANDIBULARES SOBRE IMPLANTES IMEDIATOS EM INDIVÍDUOS COM HISTÓRIA DE PERIODONTITE CRÔNICA Silva TSO*, Gomes JA, Sartori IAM, Able FB, Freitas AR, Albuquerque Júnior RF, do Nascimento C. Faculdade de Odontologia de Riberão Preto (USP)/ Faculdade de Odontologia do Piauí. O objetivo deste estudo foi avaliar os parâmetros clínicos e microbiológicos de implantes imediatos instalados em indivíduos com história de periodontite crônica para a reabilitação com próteses totais fixas mandibulares. Catorze indivíduos (60,14 ± 7,69) foram incluídos nesta investigação e acompanhados até 8 meses de função. Parâmetros microbiológicos e clínicos foram avaliados antes da extração dos dentes (T0) e após 4 (T1) e 8 (T2) meses. Trinta e nove espécies microbianas, incluindo espécies periodontopatogênicas e Candida spp. foram detectadas e quantificadas por meio da técnica DNA Checkerboard. Níveis moderados a elevados de espécies patogênicas e não-patogênicas foram encontradas colonizando dentes e sítios relacionados aos implantes. Nenhuma diferença em relação às contagens microbianas totais ou individuais foram encontradas ao longo do tempo (p>0,05). Valores de profundidade de sondagem dos dentes (T0: 3,05 ± 1,45) foram maiores quando comparados com implantes (T1: 1,81 ± 0,56; T2: 1,66 ± 0,53; p <0,001). Altas taxas de sangramento foram encontrados para dentes e implantes, com os maiores valores para dentes (p <0,0001). Não houve diferenças nos valores de reabsorção óssea marginal. Contagens totais e individuais de espécies-alvo não diferiram entre dentes e implantes ao longo de 8 meses de investigação. As proporções médias de espécies patogênicas e não-patogênicas permaneceram inalteradas, e nenhuma complicação clínica foi relatada ao longo do tempo. Palavra-chave: Prótese dentária fixada por implante; Microbiologia; Periodontia. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 42 REAÇÃO ALÉRGICA RELACIONADA A IMPLANTES DENTÁRIOS: RELATO DE CASO Lima VN*, Statkievicz C, Felipini RC, Ervolino E, Faverani LP. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). Os tecidos bucais quando agredidos, respondem de forma a desenvolver granulomas piogênicos, úlceras, erosões, edema. Apesar de bem tolerado, o titânio (Ti) em uma pequena parcela de paciente apresenta-se como um agressor ao organismo ocasionando o desenvolvimento de uma reação alérgica. Paciente do gênero masculino procurou clínica odontológica para tratamento reabilitador com implantes na região dos dentes 34, 35 e 36. Após 5 meses foi realizada a instalação dos cicatrizadoresde Ti, em que depois de sete dias a mucosa alveolar apresentou lesão do tipo epúlide, avermelhada, com edema encobrindo os cicatrizados na região do 35 e 36. A primeira conduta foi uma biópsia na qual foi observada um processo inflamatório com presença de eosinófilos indicando uma reação alérgica. Já na região do 34 não foi observado a mesma alteração devido a presença de gengiva queratinizada que tem a capacidade de proteger a região nos casos de alergia aos metais. Após 7 dias da biópsia, novamente formou-se epúlide encobrindo os cicatrizadores o que nos levou a seguir o tratamento com a aplicação de cerâmica em uclas de plástico. Após 10 dias, já foi observada regressão da lesão. A prótese fixa foi instalada sobre os implantes e o paciente mantem-se em acompanhamento clínico-radiográfico de 2 anos, sem recidivas ou alterações ósseas periimplantares. Assim, a descrição da alergia ao titânio vem sendo apresentada em estudos, através da avaliação clínicas e histopatológicas. Palavra-chave: Implantação Dentária; Alergia e Imunologia; Hipersensibilidade. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 43 ANÁLISE DA SATISFAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES REABILITADOS COM PRÓTESES TOTAIS Vila-nova TEL*, Leão RS, Araújo VA, Machado-Filho FM, Vieira ARLM, Moraes SLD. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. O objetivo desta pesquisa foi avaliar o impacto na qualidade de vida de 35 pacientes desdentados bimaxilares reabilitados com próteses totais convencionais na Faculdade de Odontologia de Pernambuco. Dois questionários validados em português, OHIP-14 (Oral Health Impact Profile – short form) e o OHIP-Edent (Oral Health Impact Profile for EdentulousPatients), foram aplicados em três momentos: antes da confecção das próteses, uma semana após a sua instalação e após 90 dias de uso, por dois pesquisadores treinados. A análise estatística descritiva utilizando distribuição de frequência e porcentagem foi utilizada e oscore obtido para cada questão foi comparado entre os períodos propostos utilizando teste não paramétrico, de Wilcoxon (pareado). Os resultados em ambos os questionários após 7 dias de usomostraram menor pontuação na maioria dos domínios, principalmente aqueles relacionados aos aspectos psicológicos, entretanto o domínio dor apresentou elevação do seu score. Após o período de adaptação de 3 meses, todos os domínios obtiveram as menores pontuações quando comparada aos períodos anteriormente analisados. Tanto o instrumento OHIP-14 quanto o OHIP-Edent indicaram que há uma melhora na qualidade de vida para os diferentes períodos avaliados, sendo os melhores índices alcançados com 90 dias, evidenciando a importância das reabilitações protéticas e do acompanhamento dos pacientes quanto a adaptação das próteses. Palavra-chave: Qualidade de vida; prótese total; edentulismo. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 44 AVALIAÇÃO DO REPARO ÓSSEO NA INTERFACE OSSO/ IMPLANTE EM RATOS PINEALECTOMIZADOS Polo TOB*, Palin LP, Momesso GA, Faverani LP, Okamoto R. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O presente estudo teve como objetivo investigar a interface osso / implante em ratos pinealectomizados tratados com melatonina. Foram utilizados 30 ratos, machos, adultos foram divididos em 3 grupos: controle (CO), pinealectomizados (PnX) e pinealectomizado com melatonina (PNXm). Após 30 dias da Pinealectomia, um implante foi instalado em cada tíbia e a eutanásia foi realizada aos 42 dias. As amostras foram submetidas a histomorfométrica (ELCOI e AON), biomecânica (de torque reverso), microtomografia e análise imunoistoquímica. Os dados quantitativos foram submetidos à análise estatística (P <0,05). Para os resultados histométricos, valores ELCOI para PNX foram menores quando comparados com PNXm (P = 0,0393), enquanto AON não mostrou diferença entre os grupos (P = 0,761). Os valores de torque reverso não mostraram diferença entre os grupos PNX e PNXm (P = 0,5000), e as interações CO vsPNXm, e CO vs PNX mostraram diferença significativa (P <0,05). Os parâmetros volumétricas BV/TV (P = 0,933); Tr.N (P = 0,933); Tb.Th (P = 0,933), Tb.Sp (P = 0,200) não apresentaram diferença estatística. A imunomarcação para OPG, RANKL, TRAP e osteocalcina mostrou similaridade entre os grupos, apesar da PNXm parece assemelhar-se às condições fisiológicas (CO). Portanto, a melatonina melhorou a remodelação óssea na região peri-implante em ratos pinealectomizados. Palavra-chave: Melatonina; Implantes Dentários; Glândula Pineal. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 45 EFEITO DA RADIAÇÃO IONIZANTE, SIMULANDO RADIOTERAPIA, NAS PROPRIEDADES DE CERÂMICAS Y-TZP Silva PNF*, Yamamoto LT, Manea S, Gonçales OL, Tango RN. Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos (UNESP). No presente estudo, avaliou-se o efeito de diferentes tipos de lavagens e exposição à radiação ionizante , simulando a radioterapia, na resistência à flexão de 4 pontos, transformação de fase cristalina e alteração de cor da cerâmica policristalina de Y-TZP. Desta maneira, foram confeccionados 114 barras de zircônia estabilizada parcialmente por ítrio - Cercon®Zirconia e InCeram 2000 YZ cubes (ISO 6872). Metade das amostras de Y-TZP foram irradiadas com radiação gama 60Co, em etapa única de 70 Gy. Foi realizado o teste de resistência à flexão EMIC (1 mm/min, 1000 kg) e para a alteração de cor Y-TZP foi utilizada o sistema CieLab com o uso do EasyshadeCompact, com leituras anteriormente e posteriormente à radiação ionizante. Os dados de resistência (MPa) e de cor foram submetidos a ANOVA e ao teste de Tukey. Partes da amostras (n = 3) foram submetidas aos testes: DRX e MEV. Para resistência à flexão de 4 pontos, observou o maior valor para a YZ com lavagem em álcool isopropílico associado à radiação ionizante. Para coloração, os parâmetros: cerâmica e lavagem. Conclui-se que o método de limpeza com álcool e água seguido de queima limpeza apresentaram maiores valores de resistência à flexão após a exposição à radiação ionizante para a cerâmica Cercon assim como os menores valores de variação de cor para as cerâmica estudadas. Palavra-chave: Zircônio; Radiação. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 46 NÍVEL DE ESCOLARIDADE E CONDIÇÃO DE SAÚDE BUCAL Machado-Filho FM*, Casado BGS, Silveira MMF, Santos MCMS, Tamaki R, Monteiro GQM, Santiago-Junior JF, Moraes SLD. Faculdade de Odontologia de Pernambuco. O objetivo da pesquisa foi realizar um levantamento das condições de saúde bucal de uma comunidade da cidade de Arcoverde-PE. Através de um projeto de extensão da FOP/UPE, uma equipe de alunos e professores realizaram visitas à famílias de baixa renda (n=418 pessoas). Os usuários responderam a um questionário baseado nas condições de saúde bucal da população brasileira (SB 2010). Os dados foram tabulados e analisados considerando p<0.05. A amostra foi composta por 27,5% do gênero masculino e 72,5% feminino e idade média de 36,3 anos. O número médio de anos na escola foi de 5,04, onde 15,5% nunca frequentaram a escola. A renda salarial média foi de R$ 592,37. Da amostra, 25,11% relataram sentir dor entre média e alta, nos últimos 3 meses. Foi realizada uma análise dos dentes (média/por pessoa): cariados: 9,5; restaurados: 8; perdidos: 16; indicados para extração: 11,5. Uma análise do número de dentes cariados e grau de escolaridade verificou que pacientes com 0 a 4 anos de estudo apresentaram maior índice de cárie quando comparados aos que apresentaram acima de 7 a 9 anos de estudo. Em análise comparativa dos gêneros houve uma diferença estatística na comparação do número de dentes restaurados para mulheres quando comparados com homens (p=0,009). Conclui-se que a população analisada apresentou nível desfavorável de qualidade de saúde bucal assim como baixo nível socioeconômico. O nível de escolaridade influenciou significativamente na redução do número de dentes cariados, portanto políticas para promoção de saúde bucal e educação devem ser incentivadas. Palavra-chave: Saúde bucal; Políticas públicas; Cárie dentária. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 47 INFLUÊNCIA DO TRATAMENTO COM ÁCIDO ZOLEDRÔNICO E A OSTEONECROSE MANDIBULAR NA REABILITAÇÃO MAXILOFACIAL Momesso GAC*, Stringhetta-Garcia CT, Okamoto R, Ervolino E, Dornelles RCM. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O Ácido Zoledrônico (ZOL) é bifosfonato utilizado no tratamento de tumores, mestástases ósseas e osteoporose, no entanto seu uso prolongado está relacionado à osteonecrose mandibular após a criação de defeitos ósseos na cavidade bucal. Neste estudo foi avaliado a atuação do ZOL no processo de regeneração óssea alveolar de ratas Wistar senis submetidas ou não a terapia de reposição hormonal com E2. Durante o envelhecimento (18-20 meses), os animais foram submetidos à terapia hormonal e receberam NaCl (0,15M) ou ZOL (70 µg/kg), constituindo os grupos experimentais: OM (óleo de milho)/NaCl; E2 (17 β-estradiol; 300 μg/mês)/ NaCl; OM/ZOL e E2/ZOL. Após 28 dias da exodontia do primeiro molar inferior, coletou-se as mandíbulas para análises histológica e imunoistoquímica (TRAP, RANK, OPG, MMP9 e Caspase-3). Através da análise histológica envidenciou-se neoformação óssea, reeptelização da mucosa alveolar e vitalidade óssea nos grupos OM/NaCl e E2/NaCl. Entretanto, nos animais que receberam ZOL foi detectada a ocorrência de osteonecrose com reparo alveolar deficiente. Por outro lado, a análise imunoistoquímica sinaliza equilíbrio nas expressões das proteínas nos animais estrogenizados associado ou não ao ZOL, sendo que nos animais senis que receberam ZOL (OM/ZOL) foi verificado aumento na imunomarcação para MMP9. Desta forma, pode-se concluir que o tratamento com ZOL associado à criação de ferida cirúrgica prejudica o turnover ósseo, propiciando osteonecrosemandibular que pode ser potencializado pela idade e atenuado com terapia esteroidal. Palavra-chave: Osteonecrose associada a bifosfonatos; Estrógeno; Regeneração óssea. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 48 EFEITO DA APLICAÇÃO DE GLAZE COMO TRATAMENTO DE SUPERFÍCIE EM UMA ZIRCÔNIA ODONTOLÓGICA Ramos NC*, Reis AFN, Bottino MA, Souza ROA, Melo RM. Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos (UNESP). O objetivo deste trabalho foi avaliar a aplicação de glaze (vitrificação) seguida de condicionamento ácido para tratamento de superfície de uma cerâmica à base de zircônia Y-TZP. Foram confeccionadas 120 amostras de zircônia retangulares divididas em dois grupos, com a aplicação de glaze na superfície e sem aplicação. Esses grupos foram ainda subdivididos em grupos com a utilização de primer contendo MDP ou não e grupos envelhecidos termicamente ou não. Sob os tratamentos de superfície, foram criados cilindros de cimento resinoso (Variolink II) com interface adesiva entre cimento e zircônia de 7 mm² de área adesiva. Todos os espécimes foram ensaiados com teste de cisalhamento com fio numa máquina de ensaios universal (EMIC). O grupo de zircônia sem tratamento com glaze obteve valores mais baixos em todos os subgrupos, os subgrupos sem termociclagem foram estatisticamente semelhantes, com média de 4,99 MPa com primer sem MDP e 7,04 MPa com MDP. Os grupos com aplicação de glaze mostraram resultados estatisticamente significantes superiores, sem termociclagem, o subgrupo sem MDP obteve média de 18,65 MPa e com MDP a média 12,67 MPa. Com termociclagem, os resultados do grupo sem MDP foram de 17,87 MPa. Imagens de perfilometria óptica mostram a remoção parcial da camada vítrea após o condicionamento ácido. A técnica utilização do glaze como tratamento de superfície se mostrou como uma boa opção, sendo melhor que o tratamento convencional utilizando o primer à base de MDP mesmo após o envelhecimento. Palavra-chave: Cerâmica; Vitrificação; Resistência ao Cisalhamento. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 49 INFLUÊNCIA DA ESPLINTAGEM DE COROAS CIMENTADAS EM IMPLANTES CONE MORSE Gomes JML*, Lemos CAA, Verri FR, Batista VES, Mello CC, Cruz RS, HFF Oliveira, Pellizzer EP. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O objetivo deste estudo foi avaliar a distribuição de tensões em implantes cone morse, pilares e tecido ósseo de próteses fixas implantossuportadas de 3 elementos cimentadas, variando a forma da coroa (unitárias ou esplintadas), utilizando a metodologia dos elementos finitos tridimensionais não linear. Foram confeccionados 2 modelos utilizando os softwares Invesalius e Rhinoceros, com um bloco ósseo, com 3 implantes CM nas posições dos dentes 14, 15 e 16, (4x11,5mm, 4x10mm e 4x10mm), respectivamente. Cargas axiais de 400N e oblíquas de 200N foram aplicadas em pontas de cúspide, sendo supridas as cúspides palatinas superiores na carga oblíqua. A análise de elementos finitos foi realizada no programa FEMAP e Neinastran, e os resultados visualizados através de mapa de von Mises para os implantes/pilares (I/P), e tecido ósseo pelo mapa de tensão máxima principal. Os resultados no carregamento axial mostraram que a esplintagem das coroas favoreceu as tensões entre os I/P, principalmente no carregamento oblíquo, reduzindo as tensões na região de 1ºM. Quanto aos mapas de tensão máxima principal sobre o carregamento axial não foram observadas diferenças significativas para a distribuição de tensões no tecido ósseo cortical; porém, no carregamento oblíquo, a esplintagem contribuiu para a redução das tensões de tração na região do 1º molar. Por esta metodologia foi possível concluir que a esplintagem de próteses cimentadas sobre implantes do tipo cone morse favoreceu a redução de tensões no I/P e tecido ósseo, principalmente no carregamento oblíquo. Palavra-chave: Análise de Elementos Finitos; Prótese Dentária Fixada por Implante; Implante Dentário. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 50 REABILITAÇÃO ORAL ESTÉTICA ATRAVÉS DA REGENERAÇÃO ÓSSEA GUIADA Gomes JML*, Mazaro JVQM, Zavanelli AC, Alexandre RS, Lemos CAA, Nóbrega AS, Verri FR, Pellizzer EP. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). A regeneração tecidual guiada (RTG) é empregada em situações clínicas em que implantes apresentam fenestrações principalmente na região vestibular. Além disso, a obtenção de um resultado satisfatório tem se tornando cada vez mais desafiador, pelo nível de exigência dos pacientes e pela complexidade na seleção dos materiais e técnicas. Os sistemas metalfree são uma possibilidade que permitem alcançar resultados eficientes e satisfatórios do ponto de vista estético. O Objetivo do trabalho é apresentar a técnica da RTG para resolução de defeito ósseo na região do elemento 11, abordando o protocolo de execução. Paciente, sexo feminino, compareceu a clínica de reabilitação oral, com queixa de insatisfação com o seu sorriso. Ao exame clínico foi observado ausência do dente 11, e alteração de cor e forma dos elementos 13 ao 23. O planejado foi a instalação de um implante cone morse A11 (3,5 x 11mm - Ankylos, Dentsply) associado ao biomaterial (Bio-oss) e membrana na parede vestibular da na região do elemento 11, através da técnica de regeneração óssea guiada. Após a osseointegração, realizou-se a cirurgia de reabertura e, confeccionou-se um provisório. Após 2 meses de acompanhamento, realizou-se a confecção da prótese definitiva utilizando a cerâmica de dissilicato de lítio (E-max PressIvoclarvivadent), em toda região anterior superior. A conclusão do caso clínico mostrou que a técnica de RTG associada ao emprego de sistemas metal free apresenta desempenho satisfatório para reabilitação, com previsibilidade e longevidade dos resultados funcionais e estéticos. Palavra-chave: Regeneração Tecidual Guiada; Implante dentário; Cerâmica Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 51 EFEITO DOS SISTEMAS DE RETENÇÃO E ESPLINTAGEM DAS COROAS PELO MEF-3D Lemos CAA*, Verri FR, Santiago-Júnior JF, Mello CC, Cruz RS, Oliveira HFF, Gomes JML, Pellizzer EP. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O objetivo foi avaliar a influência dos sistemas de retenção (cimentada x parafusada) e confecção das coroas (unitárias x esplintadas) na distribuição de tensões por meio da metodologia dos elementos finitos tridimensionais não linear. Quatro modelos foram simulados com auxílio dos Invesalius, e Rhinoceros, possuindo um bloco ósseo com 3 implantes cone morse na região dos dentes (14,15,16), com 4,0mm de diâmetro e comprimentos (7,0mm; 8,5mm; 10mm), suportando prótese de 3 elementos. Os modelos foram processados pelos programas FEMAP, e NEiNastran utilizando força de 400N axial e 200N oblíqua. Os resultados foram plotados em mapas de tensão de von Mises (implantes e componentes) e tensão máxima principal (tecido ósseo). As tensões sobre o tecido ósseo também foram submetidas à análise de variância (ANOVA) e pós-teste Tukey (p<0,05). As próteses cimentadas apresentaram melhor distribuição de tensões nos componentes no carregamento oblíquo, enquanto que a esplintagem das coroas favoreceu a redução das tensões no último implante. Em relação à distribuição das tensões no tecido ósseo as próteses cimentadas foram superiores às parafusadas (p<0,001); porém, a esplintagem foi significativo somente nas próteses parafusadas (p=0,009), não havendo influência sobre as próteses cimentadas (p=0,107). As próteses fixas implantossuportadas cimentadas são mais favoráveis na distribuição de tensões nos implantes/componentes e tecido ósseo; entretanto, a esplintagem é efetiva somente nas próteses parafusadas sobre o carregamento oblíquo. Palavra-chave: Prótese dentária; Implantes dentários; Análise de elementos finitos. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 52 REABILITAÇÃO ORAL UTILIZANDO SISTEMA TUBO-PARAFUSO PARA CORREÇÃO DE IMPLANTES MAL POSICIONADO Lemos CAA*, Zavanelli RA, Zavanelli AC, Mazaro JVQ, Nobrega AS, Gomes JML, Verri FR, Pellizzer EP. Faculdade de Odontologia de Araçatuba (UNESP). O planejamento reverso é importante uma vez que pode ajudar o profissional a evitar problemas durante a instalação do implante, pois o mal posicionamento afeta a biomecânica, estética, e consequentemente, a longevidade do tratamento reabilitador. O objetivo deste trabalho foi relatar um caso clínico de reabilitação oral com próteses metal free e próteses sobre implantes utilizando o sistema tubo-parafuso para correção de implantes mal posicionados. O paciente procurou tratamento dentário com queixa de “dentes encurtados e falta de estética”. Após a anamnese e o exame clínico foram constatados desgastes excessivos nas incisais dos dentes anteriores e perda da dimensão vertical, além da presença de implantes instalados na região dos dentes 13, 14, 15 e 24. No exame radiográfico foi constatado um posicionamento inadequado do implante da região do dente 13, necessitando sua correção. O paciente manifestou interesse pelo tratamento protético, porém, sem que isso demandasse novas intervenções cirúrgicas. Dessa forma, foi proposta a reabilitação oral com a recuperação da dimensão vertical através de próteses fixas metal free na região anterior. Nas próteses sobre implante foi utilizado o sistema do tipo tubo-parafuso para a correção da inclinação do implante, uma vez que as próteses foram esplintadas devido o comprimento dos implantes, e a utilização de uma prótese em cantiléver. Concluímos que o sistema tuboparafuso pode ser utilizado em situações nas quais pretende-se obter a reversibilidade do sistema, não sendo necessárias novas intervenções cirúrgicas. Palavra-chave: Prótese dentária; Implantes dentários; Reabilitação bucal. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 53 CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO MECÂNICA DE PARTÍCULA DO TIPO NÚCLEO-CASCA DE SÍLICA COM PRATA ADICIONADA À RESINA ACRÍLICA Sacorague SCMC*, Cristovan FH, Paes-Junior TJA. Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos (UNESP). O objetivo desta pesquisa foi sintetizar e caracterizar partículas do tipo núcleo casca de sílica recobertas com nanopartículas de prata, e avaliar a influência destas quando incorporadas à resina acrílica termicamente ativada e reembasador rígido. As partículas de sílicas foram sintetizada pelo método de hidrólise controlada de TEOS em meio alcoólico, e em seguida recobertas com nanopartículas de prata em duas molaridades (10 mmols e 30 mmols). Os pós obtidos após a secagem foram incorporados às resinas em duas concentrações: 0.5% e 2%. Barras retangulares (n=9) de 30x10x3mm, tanto em resina como em reembasador, foram confeccionadas para o teste de resistência a flexão três pontos, rugosidade e ângulo de contato. Amostras sem partículas foram confeccionadas como controle. As partículas foram analisadas em microscopia eletrônica de varredura com EDS, difratômetro de Raios-X, microscopia eletrônica de transmissão, e analisador de partícula. As fotomicrografias mostraram que as partículas de 10 milimols apresentam uma distribuição mais homogênea e com menor agregação de prata do que as de 30 milimols. A resistência a flexão foi afetada negativamente, em ambos materiais, com a adição de 2% de partículas, independente da molaridade. A adição das partículas não alterou a molhabilidade da superfície dos materiais, nem a rugosidade, exceto do grupo de reembasador com partículas de 10mmols, em ambas concentrações. Conclui-se que em baixa concentração as partículas não afetam as características mecânicas e de superfície da resina acrílica ou do reembasador. Palavra-chave: Dióxido de Silício; Prata; Bases para dentadura. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 54 ANÁLISE DA RESISTÊNCIA DE UNIÃO ENTRE PINOS DE FIBRA DE VIDRO E DENTINA INTRARRADICULAR, SUBMETIDOS À CICLAGEM MECÂNICA Lima LC*, Carvalho RLA, Martinelli CSM, Junqueira RB, Carvalho RF, Kimpara ET. Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos (UNESP). Objetivo deste estudo foi avaliar a resistência de união entre dentina intrarradicular e pinos de fibra de vidro (PFV), com diferentes comprimentos, cimentados com dois tipos de cimento resinoso. Foram selecionados 60 dentes bovinos unirradiculares, de comprimento radicular superior a 18 mm. Os espécimes foram tratados endodonticamente (escalonados até a lima 45) e obturados com pasta a base de cimento resinoso. Foi selecionado um sistema de PFV (White Post DC). Os condutos foram desobturados, variando o comprimento (n=20): 14, 10 e 06 mm. Foi realizado o tratamento de superfície no PFV, a cimentação foi realizada com 2 cimentos (n=10): resinoso dual e resinoso autoadesivo. A reconstrução coronária foi realizada utilizando uma matriz de poliacetato e resina composta micro-híbrida. O envelhecimento foi realizado em máquina de ciclagem mecânica (1.200.000 ciclos, carga = 90 N e frequência = 4 Hz). Após a ciclagem, as raízes foram seccionadas perpendicularmente em lâminas de 1 mm (cervical, média e apical). Foi selecionado o teste mecânico push-out. A carga foi aplicada na superfície do PFV, utilizando uma ponta cilíndrica (Ø=0,8 mm) e velocidade de 0,5 mm/min. As secções do espécime foram avaliadas em estereomicroscópio, para classificação do modo de falha. Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância ANOVA 2 fatores e o Teste de Tukey (α=0,05). Concluiu-se que pinos de fibra de vidro com maior comprimento têm maiores valores de resistência de união. Palavra-chave: Cimento de resina; Retentor Intrarradicular. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 55 COROAS DE DISSILICATO DE LÍTIO PARA DENTES ANTERIORES SUPERIORES: RELATO DE CASO CLÍNICO Monteiro JB*, Barcellos ASP. Instituto de Ciência e Tecnologia de São José dos Campos (UNESP). O objetivo é descrever a confecção de duas coroas totais à base de dissilicato de lítio, que é uma alternativa para dentes anteriores que apresentam restaurações insatisfatórias de resina composta, agregando boas propriedades mecânicas e estéticas. Paciente do sexo feminino, 46 anos de idade, relatou insatisfação com a cor dos dentes 11 e 21, os quais tinham tratamento endodôntico adequado e planejou-se a confecção de duas coroas totais, associadas ao pino de fibra de vidro e núcleo de resina composta. Foram feitos modelos de estudo numa primeira consulta clínica, posteriormente foram feitos: o isolamento absoluto, a desobstrução dos condutos radiculares e a cimentação dos pinos de fibra de vidro. Depois da confecção dos núcleos de preenchimento, foram feitos os preparos dentários e as coroas provisórias. Após uma semana, foi realizada a moldagem funcional e a escolha da cor. Na terceira sessão, as superfícies internas das cerâmicas foram condicionadas com ácido fluorídrico e o silano aplicado. A superfície coronária foi condicionada com ácido fosfórico, seguida da aplicação de adesivo dentário e do cimento resinoso dual. As restaurações foram posicionadas e fotoativadas. Após duas semanas, a paciente foi chamada para o controle, observando-se ótimo resultado estético e harmonia entre as restaurações e dentes adjacentes. Através de um adequado planejamento, é possível estabelecer a harmonia do sorriso e mimetizar o tratamento restaurador dos dentes naturais adjacentes a partir da confecção de restaurações cerâmicas livres de metal à base de dissilicato de lítio. Palavra-chave: Materiais Dentários; Prótese Dentária; Cerâmica; Cimentação. Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 56 PREMIAÇÃO DOS TRABALHOS APRESENTADOS Painéis Científicos 1º Lugar – Trabalho: Avaliação do reparo ósseo na interface osso/ implante em ratos pinealectomizados Apresentador: Tárik Ocon Braga Polo (Prêmio –Passagem de ida e volta para o IADR 2017 São Francisco - Califórnia / EUA) 2º Lugar – Trabalho: Avaliação de próteses totais mandibulares sobre implantes imediatos em indivíduos com história de periodontite crônica Apresentador: Thalisson Saymo de Oliveira Silva 3º Lugar – Trabalho: Avaliação do reparo ósseo periimplantar no modelo osteoporótico tratado com medicação antirreabsortiva Apresentador: Pedro Henrique Silva Gomes Ferreira 4º Lugar – Trabalho: Identificação de micro-organismos e susceptibilidade à solução de Ricinus communis e hipoclorito de sódio: DNA-Checkboard Apresentador: Mauricio Malheiros Badaró Painéis Clínicos 1º Lugar – Trabalho: Reabilitação oral utilizando sistema tubo-parafuso para correção de implantes mal posicionados Apresentador: Cleidiel Aparecido Araujo Lemos (Prêmio – Aparelho de irrigação intraoral - Oraljet) 2º Lugar – Trabalho: Discopexia da ATM e reabilitação por próteses totais com dentes em cúspide 0º. Relato de caso Apresentadora: Rafaella de Souza Leão Revista Odontológica de Araçatuba, v.37, n.3, SUPL 03, Janeiro/Junho, 2016 57