uma nova agenda de desenvolvimento

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"INOVAÇÃO E COMPETITIVIDADE:
UM ENFOQUE REGIONAL"
Abraham Benzaquen Sicsú
UMA NOVA AGENDA DE DESENVOLVIMENTO
• C,T &I tem assumido o locus, na Sociedade,
de pensar seu projeto de FUTURO
•Os países desenvolvidos e em desenvolvimento
têm colocado a Inovação e a questão Regional
no centro de suas políticas para o
desenvolvimento
• A incorporação crescente do conhecimento no
processo da inovação como desafio para os
menos desenvolvidos é o problema a ser
enfrentado
Inovação e Competitividade
“A qualidade dos cidadãos, o sucesso das
empresas e o nível de desenvolvimento das
nações dependem, em grande parte, da
forma como estas produzem, absorvem e
utilizam conhecimentos científicos e
inovações tecnológicas.”
IPEA (2005)
IDÉIAS FORÇA
1. O REGIONAL FAZ PARTE DA ESTRATÉGIA NACIONAL;
3. REGIONALIZAÇÃO NÃO É APENAS SINÔNIMO DE
DESCENTRALIZAÇÃO DE RECURSOS. É PRECISO UMA
POLÍTICA ESTRUTURADA;
5. AS
REGIÕES
PERIFÉRICAS
APRESENTAM
UMA
PROBLEMÁTICA MAIS CRÍTICA, NECESSITANDO DE
ENFOQUE PRIVILEGIADO;
7. INOVAÇÃO E REGIÃO INCLUI C&T STRITO SENSO, MAS
TAMBÉM ÁREAS ESTRUTURADORAS COMO EDUCAÇÃO,
CAPACITAÇÃO, POLÍTICA INDUSTRIAL, ENTRE OUTRAS.
A QUESTÃO REGIONAL
“Não creio que os incentivos fiscais e
mecanismos compensatórios institucionais já
existentes sejam suficientes para neutralizar os
vícios derivados do processo ampliado de
integração.
Portanto, mais do que nunca é urgente voltar à
concepção de planejamento, voltar à concepção
de construção persistente e cuidadosa de
capacitações baseadas no conhecimento”.
Prof. Luciano Coutinho
CONTEXTUALIZAÇÃO
 BUSCA DE POLÍTICAS PÚBLICAS ADEQUADAS PARA A
SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES REGIONAIS;
 ARTICULAÇÃO DIRETA ENTRE O PROJETO DE
DESENVOLVIMENTO E O SEGMENTO DE INOVAÇÃO;
 COMPREENSÃO DO PAPEL ESTRATÉGICO
EMPRESA – “Locus” da Inovação;
DA
 IMPORTÂNCIA DE ARTICULAR OS SISTEMAS
REGIONAIS DE C&T COM O SETOR PRODUTIVO
TENDÊNCIAS ATUAIS DE UM MUNDO EM
TRANSFORMAÇÃO
 UM PROCESSO QUE POR UM LADO BASEIA-SE NA
INTEGRAÇÃO EM NÍVEL MUNDIAL E POR OUTRO
VALORIZA
CARATERÍSTICAS
LOCAIS
COMO
VANTAGENS COMPETITIVAS
 NECESSIDADE DE UMA MELHOR DISTRIBUIÇÃO DE
INVESTIMENTOS E INICIATIVAS PARA A REDUÇÃO
DAS DESIGUALDADES REGIONAIS;
 GERAR UMA ARTICULAÇÃO ENTRE OS SISTEMAS
REGIONAIS E O SISTEMA NACIONAL DE INOVAÇÃO.
Tendências Internacionais das Políticas de
C&T&I (I)
Visão Estrutural
 Apoio público à P&D e à inovação e
comprometimento com o financiamento público
 Atenção a novas áreas do conhecimento
 Ênfase na colaboração público/privado e na formação
de redes
 Avaliação dos resultados e impactos das políticas
 Inclusão da dimensão Regional e Local
Tendências Internacionais das Políticas de
C&T&I (II)
Lógica da Inovação
 Incentivos para a colaboração entre empresas
 Mobilidade
institucional
de
pesquisadores
e
flexibilidade
 Empreendedorismo e promoção de novas empresas
 Ênfase na comercialização dos resultados da pesquisa
 Centros de excelência (cooperação universidade e
empresas)
POLÍTICAS DE REGIONALIZAÇÃO: OBJETIVO
 Delimitar e propor um conjunto de estratégias e
Recomendações de política regional voltadas para o apoio
ao desenvolvimento de atividades inovativas e de
capacitação tecnológica adequadas aos contextos
econômico-produtivos peculiares das sub-regiões do País.
COMO OBJETIVOS DIRETAMENTE
RELACIONADOS IDENTIFICAM-SE:
 Colaborar para a formulação das políticas públicas,
através da introdução de um componente explícito de
atuação sobre o campo do desenvolvimento regional;
 Analisar experiências relevantes e sugerir novos
instrumentos para políticas regionais;
 Sistematizar o acervo de experiências relacionadas
diretamente com a política de desenvolvimento
regional e de inovações de âmbito sub-regional.
CONCEPÇÕES ATUAIS A SEREM FORTALECIDAS
a) CRITÉRIOS QUE PRIORIZAM REGIÕES PERIFÉRICAS A
EXEMPLO DO QUE TEM SIDO ESTABELECIDO NOS
FUNDOS SETORIAIS E FUNDOS HORIZONTAIS;
c) A IDÉIA DE ARRANJO PRODUTIVO COMO VETOR DE
REGIONALIZAÇÃO;
e) GESTÃO COMPARTILHADA COMO MECANISMO DE
DECISÃO.
VI- PROBLEMAS OBSERVADOS
CONSTATAÇÕES:
b) CONCENTRAÇÃO DA BASE NACIONAL DE C, T & I NO SUDESTE
DO PAÍS;
c) TENDÊNCIA À CONCENTRAÇÃO DOS NOVOS SETORES NAS
REGIÕES CENTRAIS DIFICULTANDO A INSERÇÃO DAS REGIÕES
PERIFÉRICAS NO NOVO PADRÃO DE DESENVOLVIMENTO;
d) BASE PRODUTIVA REGIONAL EXTREMAMENTE CONCENTRADA
EM PME’s, USUALMENTE DE GESTÃO FAMILIAR;
 PEQUENA INSERÇÃO NOS MERCADOS EXTERNOS DAS
EMPRESAS REGIONAIS;
 PEQUENA ARTICULAÇÃO ENTRE O SETOR DE C&T E O SETOR
PRODUTIVO.
A inovação tecnológica nas
empresas brasileiras
• A qualidade da inovação praticada pelas empresas
brasileiras está muito aquém do exigido para o
desenvolvimento do país.
• Segundo a PINTEC, das 72 mil empresas com mais
de dez empregados de propriedade do capital
nacional, apenas 1,7% inova e diferencia produtos.
Bem aquém dos países da OCDE.
• O desempenho insuficiente da produtividade do
trabalho no Brasil, está na raiz das limitações pelas
quais o país passou em termos de crescimento,
competitividade e qualidade de vida da população.
Conhecimento e Inovação no Brasil
 A produtividade média do trabalhador brasileiro dobrou
entre 1960 e 1980, mas permaneceu praticamente
estagnada a partir deste ano.
 No período em que a produtividade brasileira ficou
aproximadamente estagnada, a produtividade de muitos de
seus concorrentes continuou crescendo.
 Por exemplo, a produtividade do trabalhador da economia
industrial líder, os Estados Unidos, cresceu 40%.
 Coréia e Taiwan reduziram progressivamente sua distância
da produtividade norte-americana, atingindo, no ano de
2002, respectivamente 56% e 67% daquela.
Perfil de Capacitação de
Mão de Obra: Algumas Inadequações
• As dificuldades que as empresas brasileiras enfrentam para
inovar devem-se também à qualidade da mão-de-obra. As
empresas que inovam procuram mão-de-obra
relativamente mais escolarizada e especializada.
• Segundo o MEC, menos de 10% dos alunos universitários
estão na área de Engenharia e a maioria em cursos
tradicionais. Novas áreas e Outros Países
• O número de escolas técnicas e técnicos disponíveis é
ainda incompatível comparado com os países
desenvolvidos.
•
A escolaridade do trabalhador é menor.
PRINCÍPIOS PARA REGIONALIZAÇÃO
 ASPECTOS IMPORTANTES:
 CONSTITUIÇÃO
ECONOMIA;
DOS
CHAMADOS
NOVOS
SETORES
DA
 FUNDAMENTAL ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA DO CONJUNTO
DOS SETORES PRODUTIVOS;
 AMPLIAÇÃO DA CAPACITAÇÃO CIENTÍFICA E TECNOLÓGICA
REGIONAL;
 ESTÍMULO À P & D NO SETOR PRIVADO;
 A PROMOÇÃO DE MECANISMOS
MODERNIZAÇÃO DAS PMEs REGIONAIS.
QUE
ESTIMULEM
A
MODELO PROPOSTO
OBJETIVO: Inovação e Modernização que dê sustentação ao Desenvolvimento
Regional. Necessidade de Mudanças Institucional.
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
CAPACITAÇÃO

Corrigir
Distorções
Históricas de Base;
 Constituir a Base de
R.H. para os setores
Nodais;
 Articular a melhoria em
quantidade e qualidade da
formação do operariado;
 Investir na ampliação
do ensino médio, técnico e
vocacional.
EMPREENDEDORISMO
E GESTÃO
INFRAESTRUTURA
TECNOLÓGICA
 Programas de apoio à mudança
cultural
do
empresariado
regional;
 Redes virtuais;
 Programa de modernização
específico para as PME’s;

Programa
tipo
CRC’s
australianos ou da NSF para as
regiões;
 Mudança no perfil dos parques
e incubadoras;
 capital de risco para os setores
nodais.
 Apoio a cadeia e arranjos
produtivos;
 Investir na articulação e em
Projetos Cooperativos.
 Excelência e Relevância;
 Centros de Excelência local,
regional e nacional, articulados
em Redes.
Ampliar a localização nas
Regiões dos Centros do MCT.
MECANISMOS E INSTRUMENTOS COM VIÉS
REGIONAL
• FUNDOS SETORIAIS;
• ARRANJOS PRODUTIVOS;
• SUBVENÇÃO E FORMAÇÃO
PROFISSIONAL PARA EMPRESAS;
• PROGRAMAS DE CAPACITAÇÃO COM O
VIÉS DE MODIFICAR SITUAÇÕES
CONSOLIDADAS HISTORICAMENTE;
• PROGRAMAS ESTRUTURAIS BÁSICOS.
MECANISMOS E INSTRUMENTOS A SEREM
EXPLORADOS
• Parceria público e privado
e ampliação de recursos das
• Estabilidade
FAPs
de Gestão: compartilhada
• Modelo
envolvendo atores distintos com interesses
conflitantes
INOVAÇÃO, CAPACIDADE TECNOLÓGICA E
DESENVOLVIMENTO (DAS REGIÕES PERIFÉRICAS)
I. Inovação nos Setores “Tradicionais” da Economia

Necessária para elevação da produtividade geral da economia

Envolve a absorção/introdução, pelas empresas, de tecnologias
já aplicadas em outros mercados

Depende muito da capacidade de gestão dos pequenos
empresários e do nível de instrução geral da força de trabalho
(importância da universalização do ensino)

Requer atenção especial e atuação deliberada de apoio do setor
público
II. Inovação nos setores mais dinâmicos da economia
mundial
Foco
“Densidade tecnológica” como fator de dinamismo na economia
mundial
Desenvolvimento e Comércio Exterior: exportar ou morrer??
Problema a Enfrentar
Aceleração da Mudança técnica como fator re-alimentador de
Dependência tecnológica das regiões periféricas
CONCLUSÕES
1.
Nos últimos anos, diante da globalização e da abertura da
economia brasileira, a estrutura produtiva passou a conviver
mais intensamente com as pressões de mercado no sentido da
elevação dos níveis de produtividade.
2.
Nesse Quadro é fundamental a articulação do setor de C&T com
o Projeto de Desenvolvimento
3.
Essa carência é, em geral, mais acentuadas em Regiões menos
desenvolvidas tendo em vista a insuficiente infra-estrutura
tecnológica, o menor nível de escolaridade da mão-de-obra, a
menor capacitação empresarial, etc.
4.
Dentro do quadro exposto, as ações necessárias para a
aproximação do segmento de C&T com o projeto de desenvolvimento
regional são múltiplas e bastante diversificadas.
5.
A análise das cadeias produtivas revela que a definição de uma
estratégia para o desenvolvimento regional deve passar pela solução de
limitantes observados nos sistemas locais de inovação.
6. Dentre esses, se destacam:
•
A fraca cooperação e baixo nível de articulação dos agentes
locais que constituem a cadeia produtiva;
•
O ainda baixo nível de investimentos, principalmente em
desenvolvimento e engenharia;
•
A infra-estrutura técnico-científica que não atende as
principais demandas do setor produtivo;
•
A necessária mudança de perfil gerencial que leve em
consideração as transformações que vêm ocorrendo no
mercado. A necessária mudança de perfil de formação de
pessoal que leve em consideração as transformações que
vêm ocorrendo na dinâmica da competitividade.
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