D Notícias Publicação de distribuição gratuita e exclusiva nesta Reunião dia 11 rós ontras e P C Utilização das eritropoietinas Dr. Nuno Miranda Dr. Manuel Cunha Esplenectomia na PTI Dr.ª Catarina Geraldes Dr. Jorge Coutinho PUB dia 12 Novembro Ontem 2 | 12 Novembro 2011 Reunião Anual SPH Reunião Anual SPH hoje Dr. Pedro Farinha Anatomo-patologista no Centro Hospitalar de Lisboa Central «A proliferação das células tumorais é impulsionada pela interacção com o microambiente» Em entrevista, o Dr. Pedro Farinha, do Serviço de Anatomia Patológica do Centro Hospitalar de Lisboa Central, tece algumas considerações sobre a ligação entre o microambiente e o prognóstico dos linfomas – o tema da sua conferência, hoje, entre as 8h45 e as 9h30. Ana João Fernandes Nas doenças linfoproliferativas, são conhecidas várias disfunções das vias intracelulares resultantes de alterações genéticas subjacentes. Terá o microambiente algum papel relevante na patogénese dos linfomas? De facto, o principal interesse da investigação da biologia tumoral tem sido, até recentemente, destinado à compreensão das alterações genéticas características das células neoplásicas. No entanto, mais recentemente, o papel do microambiente tumoral na biologia e progressão das doenças linfoproliferativas tem assumido cada vez mais importância, com maior relevância nos linfomas folicular e de Hodgkin. Estudos in vitro e modelos experimentais, apoiados por estudos translacionais de expressão genómica e proteica (imuno-histoquímica) em biopsias de diagnóstico de doentes com linfoma, tornaram claro que, cada vez mais, a proliferação e sobrevivência das células tumorais não só são impulsionadas por mudanças genéticas, mas também, e possivelmente até mesmo de modo predominante, pela interacção com o microambiente. Expressão génica em imagiologia O Como se caracteriza o microambiente tumoral? O microambiente tumoral engloba vários tipos de células imunes acessórias e células do estroma que estabelecem interacções com as células tumorais. Caracteriza-se, tipicamente, como um microambiente que favorece a sobrevivência e crescimento tumoral e, por vezes, a resistência à terapêutica. Considera que, no futuro, à quimioterapia standard poderão associar-se agentes que interfiram ou modifiquem o microambiente? Sim. Compreender o papel do microambiente em neoplasias linfóides e o seu impacto na evolução clínica dos doentes estimulou um interesse renovado no desenvolvimento de agentes biológicos que perturbem as interacções de promoção do crescimento e sobrevivência entre células neoplásicas e não-neoplásicas, resultando numa potencial mudança de paradigma nas estratégias terapêuticas dos linfomas. Prof.ª Maria do Carmo Fonseca Directora do Instituto de Medicina Molecular da Faculdade de Medicina de Lisboa s gémeos verdadeiros não são realmente idênticos, os doentes portadores de mutações idênticas que causam distúrbios genéticos frequentemente desenvolvem diferentes sintomas e, numa população de bactérias geneticamente idênticas, algumas células não morrem por tratamento antibiótico. Este tipo de insensibilidade aos antibióticos é conhecido por ser não-hereditário e as células insensíveis podem espontaneamente mudar e tornar-se sensíveis. No caso das bactérias, tal variabilidade individual foi recentemente explicada, pelo menos em parte, por flutuações aleatórias (estocásticas) na expressão génica. No entanto, pouco se sabe sobre como os efeitos estocásticos contribuem para o aparecimento de células com características diversas (fenótipos) em organismos multicelulares, como ratos e humanos. Durante a expressão génica, a informação codificada no ADN é transcrita e processada para gerar ácidos ribonucleicos (RNA, na sigla inglesa) mensageiros que podem ser traduzidos em proteínas. A forma mais poderosa de estudar a expressão génica estocástica é monitorizar qualquer reacção envolvida na produção e degradação de RNA individual e proteínas em células isoladas. Alcançar uma compreensão mais profunda sobre a base das flutuações estocásticas em células individuais e de como esses processos estocásticos contribuem para o controlo de processos biológicos fundamentais, tais como a diferenciação de células estaminais, vai avançar significativamente o nosso conhecimento da genética humana e de doenças complexas. Esse conhecimento representa uma nova fronteira na Biologia e, con- OPINIÃO NOTA: A Prof.ª Maria do Carmo Fonseca profere hoje, entre as 12h30 e as 13h30, uma conferência sobre «Imagiologia intracelular». A sessão vai ser moderada pelo Prof. José Eduardo Guimarães, director do Serviço de Hematologia Clínica do Hospital de São João. sequentemente, vai fomentar o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas dirigidas à modulação inerente da heterogeneidade que causa ou contribui para doenças humanas. 3 hoje Reunião Anual SPH Conflito de interesses em debate CS Médicos, indústria farmacêutica e doentes são três vértices da actividade clínica e científica, cujas arestas devem ser equilibradas pela ética. Esta definição pode parecer consensual, mas a questão dos conflito de interesses continua a justificar o debate. Nesse sentido, decorre hoje, às 9h30, a mesa-redonda «No free lunch». Vanessa Pais M oderada pela Dr.ª Aida Botelho de Sousa (foto 1), presidente da Comissão Científica desta 13.ª Reunião Anual da SPH, a mesa-redonda «No free lunch» tem como oradores o Dr. Jorge Melo, hematologista e membro do Centro de Estudos de Filosofia da Medicina do Instituto Português de Oncologia de Lisboa; o Prof. José Tavares de Castro (foto 2), director médico da farmacêutica Roche; e o Dr. Pedro Silvério Marques (foto 3), economista e membro da Comissão de Ética para a Investigação Clínica, que contribuem com as suas experiências para um debate que se adivinha animado e participado. Preparado essencialmente para responder a questões, deixando o papel de elencar problemas para a assistência, José Tavares de Castro considera importante relacionar a máxima que dá nome à mesa-redonda, em português «não 1 há almoços grátis», com os conflito de interesses. Esta é uma expressão que, na perspectiva do director médico da Roche, se tornou pejorativa: «A natureza da sociedade é transaccional e entidades diferentes têm interesses diferentes, pelo que a existência de um interesse, por si só, não é perversa, nem imoral, nem nãoética. Aquilo que é imoral, não-ético e constitui um conflito de interesses é a falta de transparência, ou seja, uma intenção ou uma agenda escondida. Se formos claros, não há conflito de interesses.» Por sua vez, Pedro Silvério Marques vê esta mesa-redonda também como uma possibilidade de os médicos entenderem que «o doente pode ser um contributo muito importante para uma relação mais equilibrada e não apenas a pessoa que está do outro lado da secretária à espera de receber indicações». O equilíbrio deve ser, Anemia aplástica e opção pelo transplante alogénico 2 3 na perspectiva deste economista, o objectivo a atingir nesta relação triangular em que cada uma das partes – médicos, indústria farmacêutica e doentes – tem interesses diferentes. De acordo com esta perspectiva, Pedro Silvério Marques pretende introduzir duas questões relacionadas com a sua experiência ao nível das organizações de doentes. Por um lado, a de que as novas limitações implementadas pela Agência Europeia do Medicamento, do ponto de vista deontológico ou de conflito de interesses, podem afastar estas organizações dos órgãos de decisão e avaliação, perdendo-se o seu contributo. Por outro lado, a questão da independência das organizações de doentes em relação à indústria farmacêutica, que «deve ser avaliada com base nos resultados das organizações que receberam apoio», defende o economista. CS Entre as 11h30 e as 12h30, o Prof. Manuel Abecasis profere uma conferência sobre as novas perspectivas no tratamento da anemia aplástica grave. Ana João Fernandes «E nquanto os resultados da imunossupressão nos doentes com anemia aplástica grave se têm mantido estáveis nos últimos 20 anos, em termos de sobrevida, os resultados do transplante alogénico, mesmo em caso de dadores não-relacionados, têm melhorado progressivamente na última década. Tal deve-se à introdução da tipagem HLA de alta resolução, que permite uma selecção mais adequada do dador, reduzindo os riscos associados ao transplante, e à melhoria dos meios de diagnóstico e das terapêuticas de suporte.» Esta afirmação é do Prof. Manuel Abecasis, director do Serviço de Hematologia do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa, em jeito de introdução à conferência que hoje profere, em substituição do Dr. Andrea Bacigalupo. 4 | 12 Novembro 2011 «De acordo com os dados do Grupo Europeu de Transplantes de Medula Óssea, os resultados de um transplante com dador não-relacionado nos doentes pediátricos são praticamente equiparáveis aos resultados de um transplante com dador relacionado adequadamente compatível. Este facto coloca a questão de se será válido optar, logo em primeira linha, por um transplante, em vez da terapia imunossupressora. Eu considero que sim: será lícito propor aos doentes com menos de 20 anos, com dador não-relacionado mas compatível, o transplante como primeira opção», afirma Manuel Abecasis. O especialista do IPO de Lisboa adianta que, «em doentes com mais de 40 anos e com um dador familiar compatível, os resultados da transplantação alogénica também melhora- ram substancialmente. Mas, nestes casos, os dados obtidos ainda não são suficientemente claros para considerar o transplante como primeira opção de tratamento», considera o conferencista. Ainda assim, «se o doente não tiver co-morbilidades significativas, o transplante deve ser considerado». «Sabemos que nem os doentes com anemia aplástica grave respondem ao tratamento com imunossupressores. E, dos 75% que respondem, cerca de metade terá uma recaída tardia da doença», sustenta o director do Serviço de Hematologia do IPO de Lisboa. E concluiu: «Quando se inicia a terapêutica imunossupressora, é legítimo procurar, em simultâneo, um dador compatível, para ter a opção do transplante no caso de a terapêutica farmacológica falhar.» 5 destaque de capa Reunião Anual SPH Esplenectomia e eritropoietinas: os prós e os contras O recurso à esplenectomia como terapêutica de segunda linha na trombocitopenia imune primária e a utilização das eritropoietinas no tratamento das doenças hemato-oncológicas são dois temas que ainda dividem os especialistas. Os benefícios e desvantagens de cada uma das práticas vão ser discutidos esta tarde, pelas 17h30, em duas sessões simultâneas de «Prós e Contras». Patrícia Raimundo P or comportar alguns riscos, a realização da esplenectomia em doentes com trombocitopenia imune primária (PTI, na sigla inglesa) que não obtêm resposta ao tratamento com corticóides, IG’s IV ou IG Rh tem sido contestada por alguns autores. Mesmo nas situações em que esta opção é considerada, a intervenção cirúrgica só é indicada ao fim de seis meses de tratamento de primeira linha. Certa de que este é um tema pouco consensual entre os hematologistas, a organização desta Reunião Anual decidiu convidar o Dr. Jorge Coutinho, assistente graduado de Hematologia Clínica no Hospital Geral de Santo António, no Porto, e a Dr.ª Catarina Geraldes, hematologista nos Hospitais da Universidade de Coimbra, para um vivo debate em género de prós e contras. Apoiado na experiência do Serviço de Hematologia do Hospital Geral de Santo António e em alguma literatura, Jorge Coutinho vai defender a realização da esplenectomia como tratamento de segunda linha na PTI. «O aparecimento dos agonistas da trombopoietina [TPO] tem levado a questionar o uso da esplenectomia. No entanto, penso que não há ainda conhecimento suficiente dos efeitos a longo prazo desses fármacos», alerta o hematologista. «Na minha opinião, no estado actual do nosso conhecimento, estes fármacos devem ser reservados aos doentes refractários à esplenectomia e aos que tiverem contra-indicação formal para este procedimento», conclui. Catarina Geraldes vai contestar o recurso à esplenectomia na PTI com base na ideia, suportada por alguns autores, de que «esta técnica cirúrgica não deverá ser realizada sem que antes se tenham esgotado todas as alternativas médicas». E acrescenta: «A esplenectomia é um procedimento irreversível e a maioria dos doentes esplenectomizados com PTI sintomática grave poderão não responder a muitas das terapêuticas imunossupressoras actualmente disponíveis e eventualmente necessárias em caso de recidiva.» A especialista recorda ainda que podem existir complicações graves quando se recorre a esta cirurgia: «As mais frequentes 6 | 12 Novembro 2011 «Não há ainda conhecimento suficiente dos efeitos a longo prazo dos agonistas da trombopoietina e o seu efeito não é sustentado.» Dr. Jorge Coutinho, sobre a principal alternativa à esplenectomia como tratamento de segunda linha na PTI incluem hematoma peri-pancreático, abcesso subfrénico, infecção pneumocócica e sepsis.» Uso de eritropoietinas «abriu uma caixa de Pandora»? Na sala ao lado, o debate é outro e está relacionado com a utilização das eritropoietinas, que são estimulantes da eritropoiese. Apesar de confessar fazer parte do «grupo que é selectivo na utilização das eritropoietinas», no debate, o Dr. Manuel Cunha, hematologista no Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, vai apresentar as vantagens das eritropoietinas no tratamento das doenças hemato-oncológicas. «Para além de fazer referência a alguns dos artigos científicos mais relevantes na área, vou procurar reflectir a minha experiência pessoal e abordar, nas patologias mais frequentes, as potenciais vantagens das eritropoietinas», avança. O especialista conta ainda explorar questões práticas: «Vou tentar convencer os meus colegas de que os critérios de início, utilização e interrupção do tratamento com eritropoietinas devem ser cumpridos correctamente», alerta. Durante a discussão, Manuel Cunha vai contar com a oposição do Dr. Nuno Miranda, director clínico do Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa. «A eritropoietina é mais do que um estimulador da eritropoiese. Os seus efeitos são muito mais complexos e está demonstrada a sua capacidade para aumentar a sobrevivência das células neoplásicas. Existem mesmo estudos clínicos que apontam para um risco de progressão da doença oncológica em doentes tratados com eritropoietinas», defende Nuno Miranda. Este hematologista vai ainda apresentar alguns dos «efeitos secundários graves das eritropoietinas, mais especificamente os fenómenos tromboembólicos, com morbilidade e mortalidade associadas» e contestar estudos que alimentaram aquilo a que chama «a máquina de propaganda que foi gerada em torno da eritropoietina». Para o director clínico do IPO de Lisboa, a utilização das eritropoietinas «abriu uma caixa de Pandora», situação que importa compreender e discutir. «A esplenectomia é um procedimento irreversível e a maioria dos doentes esplenectomizados poderão não responder a muitas das terapêuticas imunossupressoras necessárias em caso de recidiva da PTI.» Dr.ª Catarina Geraldes «Os critérios de início, utilização e interrupção do tratamento com eritropoietinas devem ser cumpridos correctamente.» Dr. Manuel Cunha, a propósito dos riscos de suspender a administração das eritropoietinas «Existem estudos clínicos que apontam para um risco de progressão da doença oncológica em doentes tratados com eritropoietinas.» Dr. Nuno Miranda 7 hoje Reunião Anual SPH Novas intervenções em enfermagem A cromoterapia, a reabilitação na especialidade de Hemato-oncologia, a intervenção da enfermagem no sofrimento e no humor são os assuntos em destaque no Programa de Enfermagem de hoje. Vanessa Pais A melhoria contínua da qualidade do exercício profissional dos enfermeiros também passa por encontrar novas formas de intervenção. Por isso, este foi o tema escolhido para a mesa-redonda que encerra hoje, às 17h00, o Programa de Enfermagem desta 13.ª Reunião Anual da SPH. A primeira das «novas intervenções» a ser abordada é a cromoterapia, através da apresentação de um trabalho que mostra «como a cor se encontra presente no dia-a-dia profissional dos enfermeiros e a importância que esta assume no mundo em que vivemos, influenciando o comportamento e as emoções», sublinha a enfermeira Rosa Romão, coordenadora da Área Hemato-oncológica do Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) e responsável da Comissão Organizadora do Programa de Enfermagem. Em nome das comissões científica e organizadora do Programa de Enfermagem, Anabela Gama, Rosa Romão e Jorge Freitas agradecem a participação dos colegas enfermeiros A intervenção dos enfermeiros de reabilitação na especialidade de Hemato-oncologia será o segundo tema apresentado. Segue-se uma apresentação sobre a intervenção da enfermagem no sofrimento, cujo objectivo é «clarificar que intervenções de enfermagem aliviam o sofrimento dos doentes hemato-oncológicos», comenta Rosa Romão. A fechar o painel de conferências desta mesa-redonda, terá lugar a apresentação «Transformando o humor em intervenção de enfermagem». «Sabendo que o humor cumpre uma função única na vida das pessoas, seja qual for a situação em que se encontram, NOTA: Antes da mesa-redonda «À procura de novas formas de intervenção em enfermagem» decorre, entre as 14h30 e as 16h00, a sessão de Comunicações Orais de Enfermagem. De acordo com Anabela Gama, enfermeira-chefe do CHLC e responsável pela Comissão Científica do Programa de Enfermagem, «serão apresentadas quatro comunicações orais e estarão em exposição nove posters, dos quais serão seleccionados os quatro melhores para apresentação oral». este deve ser incluído na esfera de competências dos enfermeiros», considera a responsável pela Comissão Organizadora. Reunião dos Grupos de Interesse da SPH E ntre as 13h30 e as 14h30, decorrem, em simultâneo, as reuniões dos Grupos de Interesse da Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH). Na reunião do Grupo Português de Neoplasias Mieloproliferativas, anteriormente designado por Grupo Português de Leucemia Mielóide Crónica (LMC), vai falar-se, entre outras questões, sobre «o registo EUTOS (EUropean Treatment Outcome Study) da LMC, sobre a criação de um novo registo português para as neoplasias mieloproliferativas BCR-ABL negativas e sobre os programas de uso compassivo e de extended acess do inibidor do JAK2 Roxulotinib», adianta o coordenador do Grupo, Prof. António Almeida. Já na reunião do Grupo Português de Mieloma Múltiplo, de acordo com a sua co- 8 | 12 Novembro 2011 ordenadora, Dr.ª Adriana Teixeira, os assuntos «em cima da mesa» serão «a elaboração dos programas de dois cursos sobre mieloma múltiplo que o Grupo vai organizar em 2012, um para clínicos gerais e outro para médicos internos de Hematologia e outras especialidades afins, bem como a eleição do novo coordenador do Grupo para o triénio 2012-2014». Na reunião do Grupo Português de Mielodisplasia, «será feito o balanço dos cursos organizados em 2010 e 2011 e será delineado o programa de um curso para 2012, havendo, ainda, tempo para discutir projectos futuros do Grupo, sendo que, no final, será feita a passagem de testemunho para o novo coordenador», afirma a Dr.ª Isabel de Sousa, actual coordenadora do Grupo. O Clube do Glóbulo Vermelho e do Ferro vai dedicar a sua reunião à «análise das propostas e conclusões surgidas na sequência do simpósio “Drepanocitose em Debate”, realizado em Lisboa, no dia 18 do passado mês de Junho, que juntou os especialistas nacionais que se dedicam à drepanocitose», indica a Dr.ª Celeste Bento, coordenadora do Grupo, juntamente com os Drs. José Barbot e Elsa Rocha. Segundo Celeste Bento, vão ser apresentadas e discutidas as Recomendações de Tratamento e Seguimento dos Doentes com Drepanocitose, um trabalho que está a ser efectuado por um grupo de hematologistas, pediatras e internistas, e será ainda planificado um simpósio a realizar em 2012. Vanessa Pais Reunião Anual SPH divulgação Perspectivas sobre o papel do dasatinib no tratamento da LMC À saída do simpósio «Dasatinib: da teoria à prática», que decorreu na passada quinta-feira, nesta Reunião Anual, o Notícias Diárias quis saber a opinião da assistência. Eis o que pensam alguns dos especialistas que assistiram à sessão sobre este inibidor da tirosina-cinase e o seu lugar no tratamento da leucemia mielóide crónica (LMC). Dr. José Alves do Carmo Dr.ª Adriana Teixeira Director do Serviço de Hematologia e Transplantação de Medula do Hospital de Santa Maria, em Lisboa Directora do Serviço de Hematologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra «O simpósio foi uma boa oportunidade para debater os dados actuais sobre os inibidores da tirosina-cinase de segunda geração e as suas mais-valias nos casos de resistência e intolerância à terapêutica de primeira linha. Entre eles, o dasatinib é um fármaco bastante potente e foi demonstrado que dá resposta quando o imatinib falha. A comunicação do Prof. Manuel Abecasis foi extremamente interessante, porque ajudou a clarificar a zona cinzenta que é a resposta sub-óptima à terapêutica. Uma resposta sub-óptima precoce, aos três ou aos seis meses, não é a mesma coisa do que uma resposta sub-óptima tardia e é nesses casos que a mudança para uma terapêutica de segunda linha é uma alternativa aliciante. Também gostaria de chamar a atenção para a comunicação do Prof. José Eduardo Guimarães, sobre o dasatinib na leucemia linfoblástica aguda (LLA) Filadélfia positiva (ph+), uma vez que se trata de uma doença sobre a qual os resultados terapêuticos são decepcionantes e é preciso encontrar alternativas.» «O dasatinib é um inibidor da tirosina-cinase de segunda geração com potencial aparentemente 300 vezes superior ao imatinib, que está a ser utilizado sobretudo nas situações em que deixa de haver resposta ao inibidor de primeira geração, por resistência ou intolerância. No entanto, já há aprovação para ser utilizado no tratamento de primeira linha, embora as guidelines ainda sejam um pouco omissas em relação a esse aspecto. A resposta molecular major ou completa do dasatinib na LMC é francamente boa. Uma das complicações que podem advir da utilização deste fármaco é o derrame pleural, sobretudo nos doentes que têm um estado imunológico alterado, mas, de resto, é bastante bem tolerado. E basta utilizar uma dose de 100 mg por dia. A segunda indicação do dasatinib – que também foi abordada no simpósio – é no tratamento da leucemia linfoblástica aguda (LLA) Ph+. A junção deste fármaco à terapêutica clássica com quimioterapia permite obter respostas completas de bom nível, as quais se considera que sejam mantidas. Por isso, esta terapêutica conjunta constituirá uma mais-valia para ganhar tempo até se encontrar um dador compatível para transplante alogénico de células progenitoras.» Dr. Ricardo Costa Dr. Fernando Príncipe Hematologista na Unidade de Oncologia do Hospital de Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro «N este momento, estamos com perspectivas muito boas em termos de terapêutica para a leucemia mielóide crónica, com os inibidores da tirosina-cinase. Reconheço vantagens nos inibidores de segunda geração, nomeadamente o dasatinib, com o qual temos alguma experiência em segunda linha, relativamente ao imatinib: rapidez de acção, obtenção de respostas significativas mais precocemente e o facto de haver menos doentes a não responder à terapêutica. A prática comum na minha Unidade é iniciar a terapêutica da LMC com imatinib e, em casos de escape ou falência, passar para o dasatinib. Normalmente, noutro tipo de patologias que não a LMC, tenho tendência para pedir aos colegas dos hospitais centrais e do Instituto Português de Oncologia que sigam os doentes que falham a terapêutica de primeira linha. Mas, no caso da LMC, não sinto essa necessidade, porque os doentes respondem muito bem ao dasatinib.» Hematologista no Hospital de São João, no Porto «U ma das ideias mais importantes do simpósio foi a de que o dasatinib constitui uma alternativa terapêutica em caso de resistência ou intolerância ao imatinib. Por isso, há que ter muito bem definidos os tempos e os critérios de resposta. Outra conclusão importante que retiro do simpósio é a indicação do dasatinib no tratamento de primeira linha dos doentes com leucemia linfoblástica aguda Ph+ e com invasão no sistema nervoso central. Considero, no entanto, que a dúvida persiste na inclusão dos critérios dos endpoints próprios das respostas sub-óptimas. Estes critérios foram definidos pela LeukemiaNet para o imatinib, mas o dasatinib é uma molécula mais activa e mais potente. Neste contexto, provavelmente, há critérios de resposta sub-óptima que se mantêm em termos de citogenética molecular, mas o endpoint da progressão aos 3, 6, 12 ou 18 meses terá de ser alterado.» 9 Divulgação Reunião Anual SPH Dr.ª María Eva Mingot Castellano Hematologista e hemoterapeuta no Hospital Regional Universitário Carlos Haya e docente na Universidade de Málaga, em Espanha «O romiplostim é um avanço promissor no tratamento da PTI» Na passada quinta-feira, no âmbito do simpósio promovido pela Amgen, a Dr.ª María Eva Mingot Castellano reflectiu sobre que doentes com trombocitopenia primária imune (PTI, na sigla inglesa) podem beneficiar do tratamento com romiplostim, quando e como. Em entrevista, a especialista reiterou os principais tópicos da sua intervenção. Qual deve ser, no seu ponto de vista, a estratégia terapêutica para a trombocitopenia primária imune (PTI)? A estratégia terapêutica deve ser individualizada e as decisões acordadas entre o médico e o doente. O objectivo é obter um número suficiente de plaquetas, não necessariamente normal, mas capaz de prevenir ou parar os eventos hemorrágicos e proporcionar uma qualidade de vida aceitável, com um mínimo de toxicidade secundária ao regime de tratamento escolhido. O arsenal terapêutico da PTI tem-se centrado em torno de fármacos imunossupressores. Contudo, nos últimos anos, têm sido introduzidos novos conceitos, como a produção insuficiente de plaquetas na medula óssea. Que papel podem desempenhar os factores trombomiméticos no tratamento da PTI? De facto, os factores trombomiméticos podem desempenhar um papel bastante importante. É neste contexto que surge o romiplostim, um análogo peptídico da trombopoietina de segunda geração, como tratamento de segunda linha para doentes com PTI refractária ou com contra-indicações para esplenectomia. Os estudos de fase I em indivíduos saudáveis e de fase I-II e de fase III em doentes com PTI demonstraram o efeito dose-dependente do romiplostim. A sua administração é por via subcutânea, semanal e ajustada ao peso, começando com a dose de 1mcg/kg/semana até ao máximo de 10mcg/ kg/semana. Em termos de eficácia, este fármaco, nesta posologia, demonstrou nos estudos de fase III uma «resposta plaquetária duradoura» de 38% em doentes esplenectomizados e de 56% em doentes não-esplenectomizados. O que se considera por «resposta plaquetária duradoura»? Define-se por contagens de plaquetas superiores ou iguais a 50x109/l durante pelo menos seis semanas, no período das últimas oito semanas de tratamento, não estando associada à terapêutica de resgate. Os doentes que atingiram uma resposta plaquetária duradoura registaram uma redução em 52% das hemorragias com gravidade maior ou igual a 2 e uma redução em 49% das hemorragias de gravidade maior ou igual a 3, segundo a definição da versão 9.0 do MedDRA [Dicionário Médico para as Actividades Regulamentares]. Foram recentemente apresentados os resultados do estudo de extensão de cinco anos com um total de 292 doentes, que participaram nos ensaios iniciais de romiplostim1 . Que comentários lhe merecem? Com uma mediana de seguimento de 78 semanas, confirma-se uma taxa de resposta global de 94% sendo que, mais de 50% dos doentes mantiveram-na durante 90% do tempo de seguimento. A dose média utilizada foi de 4 μg/kg e as terapêuticas concomitantes foram suspensas ou reduzidas em 78%. O número, tipo e gravidade dos eventos adversos relatados permaneceram inalterados ao longo do tempo. 26% dos doentes sofreram efeitos adversos graves, mas apenas 3% destes efeitos foram associados ao fármaco. A incidência de eventos tromboembólicos foi de 6% e 1% dos doentes registaram aumento das fibras de reticulina, com resolução após a suspensão do fármaco. A qualidade de vida desses doentes melhorou, se bem que de forma significativa apenas no domínio da qualidade de vida total do questionário ITP-PAQ. A análise intermédia do estudo prospectivo aberto apresentada no último Congresso da Associação Europeia de Hematologia confirma estes resultados. Num total de 238 doentes e com uma mediana de seguimento de 18 semanas, parece existir uma redução significativa da mortalidade no grupo de doentes tratados com romiplostim versus terapêutica convencional ou placebo, embora não à custa de uma menor taxa de eventos hemorrágicos. Não foi possível estabelecer uma associação entre a causa de morte e o braço de tratamento. Dois outros estudos compararam a taxa de incidência de esplenectomia, de falência do tratamento e de eventos hemorrágicos em doentes adultos tratados com romiplostim e terapêutica convencional. Quais as principais conclusões destes trabalhos? Kuter et al. 2 compararam o tratamento com romiplostim versus terapêutica convencional em 234 doentes aleatorizados, tratados ao longo de 52 semanas, com um seguimento posterior de seis meses. A taxa de incidência de esplenectomia foi de 9% no grupo tratado com romiplostim e 36% no grupo da terapêutica convencional. Foi relatada uma incidência de falência do tratamento de 12% no grupo do romiplostim versus 30% no grupo da terapêutica convencional. Por seu turno, Stasi et al.3 descreveram uma redução dos eventos hemorrágicos e do uso de medicação preventiva dos mesmos em 67% nos doentes tratados com o romiplostim. Com base em toda esta informação, podemos concluir que o romiplostim é um avanço promissor no tratamento da PTI e perfila-se como um tratamento seguro e eficaz, sendo capaz de melhorar a qualidade de vida dos doentes com PTI crónica refractária. 1 Kuter D, et al. «Long-Term Efficacy and Safety of Romiplostim Treatment of Adult Patients with Chronic Immune Thrombocytopenia (ITP)»: Final Report from an Open-Label Extension Study. Blood 2010;116:abstract 68. 2 Kuter DJ, et al. «Romiplostim or standard of care in patients with immune thrombocytopenia». New England Journal of Medicine 2010;363(20):1889-99. Stasi R, Murali M, Michel M, Viallard JF, Giagounidis A, Janssens A, et al. «Evaluation of bleeding-related episodes in patients with chronic immune thrombocytopenic purpura receiving romiplostim or medical standard care». Blood 2009;114:abstract 1311. 3 10 | 12 Novembro 2011 Prof. Philippe Rousselot Hemato-oncologista no Centre Hospitalier de Versailles (França) e vice-presidente da investigação clínica do France Intergroupe des Leucémies Myéloïdes Chroniques «O objectivo, para já, é evitar a progressão da LMC em todos os doentes» Em entrevista ao Notícias Diárias, o Prof. Philippe Rousselot, que esteve nesta Reunião Anual da SPH na passada quinta-feira, no simpósio Novartis Oncology afirmou que a chave para a cura da leucemia mielóide crónica (LMC) está em conseguir travar a progressão da doença, sublinhando a importância da resposta molecular no tratamento dos doentes com LMC Filadélfia positiva (Ph+). Vanessa Pais NO MIELOMA MÚLTIPLO, Quando se começou a dedicar à área [real-time polymerase chain reaction]. Paradoresposta molecular completa no limiar de PARA O12:54 PRIMEIRO da leucemia mielóide crónica (LMC) Fi-AF_Anuncio_210x297mm xalmente, copy.pdf é difícil quantificar com precisão oTRATAMENTO sensibilidade de 5 log, mantido por, pelo me1 10/24/11 PM ladélfia positiva (Ph+), alguma vez pen- número de doentes tratados com imatinib que E SEGUINTES, nos, dois anos. A interrupção do imatinib trasou que se pudesse falar sobre a sua obtiveram resposta molecular completa [RMC], duziu-se numa recaída molecular de 50% seis possível cura? tal como mostram os diferentes resultados do meses após a interrupção, enquanto a outra SALTE NOVA DIMENSÃO EFICÁCIA Não. Quando eu comecei a dedicar-me a estaPARA ensaioUMA IRIS, do estudo do Hamersmith Hospital DE metade dos doentes conservou uma resposta patologia, o tratamento farmacológico dispoou do estudo SPIRIT. Estas diferenças estão relamolecular completa sem tratamento, com um nível resumia-se ao interferão, pelo que era cionadas, talvez, com as populações de doentes, declínio de mais de seis anos. Foram estes reRCM Resumido. VELCADE 1 mg pó para solução injectável. VELCADE 3,5 mg pó para solução injectável. Indicações terapêudispneia de esforço, epistaxis, tosse, rinorreia, dor abdominal, estomatite, dispepsia, incontinência fecal, dor abdominal superior, em associação com Melfalano Prednisona é indicado no tratamento de doentes com mieloma múltiplo nãotambém ticas: VELCADE flatulência, distensão espasmodefinição diafragmático, ulceração oral, dor faringolaríngea, boca seca, edema periorbitário, urdifícil estabilizar oe doente e evitar a progressão mas comabdominal, a própria de RMC. sultados que motivaram a realização do estudo tratados previamente e que não sejam elegíveis para quimioterapia em alta dose com transplante de medula óssea. VELCADE é ticária, eritema pruriginoso, prurido, eritema, aumento da sudação, pele seca, eczema, fraqueza muscular, dores musculoesqueindicado no tratamento em monoterapia de doentes com mieloma múltiplo em progressão que tenham recebido pelo menos 1 léticas, dor nos membros, cãibras, artralgia, dor óssea, dores nas costas, edema periférico, compromisso da função renal, disúria, da LMC Ph+. cadade medula vez óssea. Posologia: astenia, fraqueza, letargia, arrepios, mal-estar, síndroma gripal, edema periférico, dor torácica, multicêntrico STIM (Stop Imatinib Trial). terapêutica prévia e que já tenham sido Com sujeitos ou o que conhecimento não sejam elegíveis para transplante dor, edema, diminuição do peso e Monoterapia: Adultos e idosos: A dose inicial recomendada de Bortezomib é de 1,3 mg/m de área de superfície corporal, duas aumento da desidrogenase láctica sérica. Pouco frequentes: Choque séptico, sepsis, meningoencefalite herpética, bacteriémia, maior patologia principalmente, De com os resultados dos últivezes por semana, durantedesta duas semanas (dias 1, 4, 8 e 11),e, seguida por um período de 10 dias dequanintervalo (dias 12-21). Devemacordo pneumonia pneumocócica, broncopneumonia, infecção do tracto respiratório superior e inferior, infecção associada a catéter, in(2),(3) decorrer pelo menos 72 horas entre doses consecutivas de VELCADE . Doentes com uma resposta completa confirmada devem fecção pleural, infecção por Haemophilus, infecção por citomegalovirus, influenza, mononucleose infecciosa, varicela, infecção do surgiram inibidores da tirosina-cinase, publicados e infecção com sua De acordo com os resultados do estu. Doentes que respondam ao tratamento e que não tenham alcançado umamos remissão estudos receber doisdo ciclos adicionais de VELCADEos tracto urinário, gastroenterite, infecção por Candida, fúngica,a nevralgia pós-herpética, candidíase oral, blefarite, infecção, completa devem receber um total de 8 ciclos de tratamento. A solução reconstituída é administrada em bólus intravenoso. O síndrome de lise tumoral, pancitopenia, neutropenia febril, anemia hemolítica, púrpura trombocitopénica, linfadenopatia, angioeser interrompido perantecomo o início de qualquer toxicidade não hematológica de Grau 3 ouexperiência, qualquer tratamento com VELCADE deveo dema, hipersensibilidade, hipersensibilidadeque, mediada por imunocomplexos, reacções potencialmente mediadas por imunocomprimeiro imatinib, tratamento de priconsidera num futuro do STIM, qual é o melhor critério para toxicidade hematológica de Grau 4, excluindo neuropatia. Uma vez desaparecidos os sintomas de toxicidade, o tratamento com plexos, secreção inapropriada de hormona antidiurética, hipercaliémia, caquexia, hipercalcémia, hipocalcémia, hipernatrémia, ser reiniciado com umae, redução de dose tarde, de 25%. Dor neuropática: no caso de doentes que apresentem dor VELCADE pode hiponatrémia, hipoglicémia, hiperuricémia, deficiência de vitamina B12, aumento meira linha, mais os inibidores da próximo, será possível ultrapassar as do apetite, hipomagnesemia, decidir hipofosfatemia, reiniciar o tratamento após a neuropática e/ou neuropatia periférica relacionada com bortezomib deverão ser consideradas modificações da posologia (consulagitação, delírio, alucinações, inquietação, variações de humor, alterações do estado mental, alterações do sono, irritabilidade, tar RCM completo). Populações Especiais: Afecção hepática: doentes com afecção hepática ligeira não requerem ajustes posolósonhos anormais, encefalopatia, síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível, paraplegia, hemorragia intracraneana, hetirosina-cinase segunda geração, aindaconvulsões, existentes namotora, abordainterrupção de um inibidor da tirosinagicos e devem ser tratados com a posologia de recomendada. Doentes com afecção hepática comecei moderada ou grave devemlimitações iniciar o morragia subaracnoidea, neuropatia periférica síncope, paresia, perturbação da atenção, aumento da activitratamento com uma dose reduzida de VELCADE (consultar RCM completo). Compromisso renal: não são necessários ajustes dade, ageusia, sonolência, enxaqueca, alterações cognitivas, movimentos não controlados, tonturas posturais, ciática, mononeuacreditar que poderíamos estar a idosos: caminhar com -cinase em caso de recaída molecular? deve ser administrado após o procedimento de diálise. Doentes Não há evidência quegem sugira a aos posológicos.a VELCADE ropatia,doentes alterações no discurso, síndromaLMC? de pernas cansadas, hemorragia ocular, visão anormal, xeroftalmia, conjuntivite, lacrinecessidade de ajuste posológico em doentes com mais de 65 anos de idade. População pediátrica: segurança e eficácia não mejo, fotofobia, irritação ocular, aumento do lacrimejo, hiperémia conjuntival, olhos inchados, surdez, acufenos, hipoacúsia, alteé administrado antes em bólus intravenoso commas, foram aindapara estabelecidas. Tratamentoda em associação: rações na audição, tamponamento paragem cardiopulmonar, enfarte do mio- quando o critério de recaída a cura LMC. VELCADE No entanto, de fa-em associação Sim, para isso, temoscardíaco, de passar de um paragem para-cardíaca, choque Nocardiogénico, estudo STIM, melfalano oral e prednisona oral para nove ciclos de tratamento de 6 semanas. Nos ciclos 1-4, VELCADE é administrado duas cárdio, angina de peito, angina instável, desenvolvimento ou exacerbação de insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência é administrado uma vezque por semana (dias 1, 8, 22 de vezes por semana (dias 1, 4, em 8, 11, 22, 25, 29 e 32). Nos ciclos 5-9, cardíaca, hipocinésia ventricular, edema pulmonar e edema agudoum do pulmão, bloqueio auriculo-ventricular larmos cura, temos deVELCADE ter em mente digma tratamento uniformizado para tra-paragem sinusal, molecular foi a perda da resposta molecular e 29). Melfalano e prednisona devem ser ambos administrados oralmente nos dias 1-4 da primeira semana de cada ciclo. Deve completo, taquicardia, taquicardia sinusal, taquicardia supraventricular, arritmia, fibrilhação auricular, palpitações, hemorragia ser considerada a redução de dose em 25% de Melfalano, no caso de neutropenia, ou trombocitopenia prolongada de grau 4 ou cerebral, vasculite, acidente vascular cerebral, hipertensão pulmonar, petéquias, equimose, púrpura, descoloração venosa, disteno objectivo, para já, é evitar a progressão da tamentosão adequado a cada resposta molecular. major [RMM], apenas 32% dos doentes reitrombocitopenia com hemorragia no ciclo anterior. O tratamento com VELCADE deve ser interrompido perante uma contagem de venosa, hemorragia de feridas, eritema, vermelhidão, falência respiratória, pneunomite, embolismo pulmonar, hipertensão plaquetas ≤30 x 10 /L ou ANC ≤0,75 x 10 /L no dia de administração de VELCADE (excepto no dia 1). Se várias doses de pulmonar, pneunomia intersticial, doença pulmonar aguda difusa infiltrativa, hemorragia pulmonar alveolar, paragem respiratória, patologia em(≥todos osa administração doentes. Só porquando Nesse está a ser feito detaquipneia, pa- sibilos, congestão niciaram o tratamento com um inibidor da ciclo são interrompidas 3 doses durante duas vezes semana ou ≥ 2o doses durante a ad- sentido, VELCADE num hipoxia, congestão pulmonar, derrame pleural,um asma, esforço alcalose respiratória, nasal, rouquidão, rinite, ministração semanal), a dose de VELCADE deve ser reduzida num nível. O tratamento com VELCADE deve ser interrompido hiperventilação, ortopneia, toracalgia, dor sinusal, sensação de aperto na garganta, tosse produtiva, colite isquémica, pancreatite conseguirmos é que de estaremos prontos para dronização, através do associada programa EUTOS [estudo tirosina-cinase. Tendo como critério a perda da perante o início de qualquer toxicidade não hematológica Grau 3 até serem resolvidos os sintomas de toxicidade para Grau 1 aguda, íleos paralítico, colite a antibióticos, colite, hematemese, diarreia hemorrágica, hemorragia gastrointestinal, ou para valores basais. Uma vez desaparecidos os sintomas de toxicidade, o tratamento com VELCADE pode ser reiniciado com hemorragia rectal, enterite, disfagia, desconforto abdominal, eructação, perturbações da motilidade gastrointestinal, dor oral, vóou de 1 mg/m para 0,7 mg/m ). Contra-indicações: uma redução num nível de dose 1,3 mg/m para seco,registo, alterações dostratamento hábitos intestinais, dor no esofagite, gastrite, refluxo gastroesofágico, dor gastrointestinal, hemortrabalhar no(desentido da1 mg/m cura. europeumitode ebaço, monitorização resposta molecular completa, esta proporção Hipersensibilidade ao Bortezomib, Boro ou a qualquer um dos excipientes; doença pulmonar aguda difusa infiltrativa e doença ragia gengival, dor gengival, hérnia do hiato, síndroma do cólon irritável, petéquias na mucosa oral, hipersecreção salivar, língua pericárdica. Precauções: Monitorização analítica e de toxicidade gastrointestinal. No caso dos doentes terem toxicidadeda hematosaburrosa, língua pálida, oclusão fecal, hepatite, hemorragia hepática, hipoproteinemia, hiperbilirrubinémia, síndrome de StevensLMC], com a expressão de resultados como foi de quase 60%. Há, portanto, uma parte dos lógica de grau 4, o tratamento deve ser descontinuado temporariamente e reiniciado como uma redução da dose após resolução Johnson, necrólise epidérmica tóxica, erupção cutânea eritematosa, reacção de fotossensibilidade, contusão, prurido generalizada mesma. Doentes que durante o tratamento tiveram acontecimentos hemorrágicos que colocaram a vida em risco, têm um do, eritema macular, eritema papular, psoríase, eritema generalizado, edema das pálpebras, edema da face, dermatite, alopécia, Que desafios persistem ao nível da pro- a relação da quantificação do BCR-ABL sobre o doentes cujo sinal molecular permanece abaifactor de risco mais elevado para futuras hemorragias. Monitorização cuidadosa dos sintomas de neuropatia. VELCADE pode alterações das unhas, palidez da pele, dermatite atópica, alteração na textura do cabelo, eritema de calor, sudorese nocturna, agravar o grau de neuropatia periférica preexistente. Cuidado especial no tratamento de doentes com factores de risco para pressão do soro, ictiose, nódulos cutâneos, espasmos musculares, fasciculações musculares ou sensação de peso, rigidez musda LMC? controlo ABL, com um do limiar da RMM e outra que se encontra convulsões. gressão Precaução em caso de síncope durante o tratamento com medicamentos associados a hipotensão ou emgene caso de decular, edema articular, rigidez juntamente articular, dor na região glútea, edema, dor limiar no maxilar, compromissoxo agudo da função renal, comprodesidratação. VELCADE deverá ser descontinuado nos doentes que desenvolverem Síndrome de Leucoencefalopatia Posterior misso da função renal, oligúria, cólica renal, hematúria, proteinúria, retenção urinária, aumento da frequência urinária, dificuldade Apesar dacuidadosa extraordinária do imatinib decasos sensibilidade dedorcópias noqueda, meio-termo. Reversível (SLPR). Monitorização de doentes com factoreseficácia de risco ou doença cardíaca. Foram notificados raros de micção, cólica (definido renal, incontinênciapelo urinária, número urgência miccional, testicular, disfunção eréctil, hemorragia das muco-Estas observações levantam a de doença pulmonar aguda difusa infiltrativa de etiologia desconhecida tais como pneumonite, pneumonia intersticial, infiltração sas, inflamação das mucosas, neuralgia, flebite no local de injecção, inflamação relacionada com extravasamento, sensibilidade pulmonar e Síndroma Dificuldade Respiratória Aguda (SDRA). Desenvolvimento agudo agravamento de insuficiência eritema no local de injecção, sensação de frio, sensação de opressão torácica, dorquestão no peito, dor na virilha, e dosde inibidores da tirosina-cinase deou segunda docardígeneaumentada, ABL detectadas na amostra). de sensação um controlo intrínseco da doença aca congestiva, prolongamento do intervalo QT. Descontinuar no caso de reacções potencialmente mediadas por imunocomplexos de aperto torácico, aumento da alanina aminotransferase, aumento da aspartato aminotransferase, aumento da bilirrubina no graves, por geração exemplo, reacçãono de tipo doença do soro, poliartrite com erupção cutânea e glomerulonefrite proliferativa. sangue, aumento da fosfatase alcalina sérica, aumento da creatinina sérica, aumento da ureia sérica, aumento da gama-glutamil- de efectores imunes que, se tratamento da LMC, apenas uma No nosso grupo, optámos por testar os efeiresidual através Monitorização cuidadosa de doentes com compromisso renal. Os doentes com afecção hepática devem ser cuidadosamente transferase, aumento da amilase sérica, alterações das provas de função hepática, diminuição da contagem de glóbulos vermemonitorizados relativamente a toxicidades. Monitorização cuidadosa de doentes em risco de síndroma de lise tumoral. Precaução lhos, diminuição da contagem de glóbulos brancos, diminuição do bicarbonato no sangue, frequência cardíaca irregular, aumento pequena parte dos doentes obtém negatividatos da interrupção do imatinib emdos doentes com caracterizados, poderão representar um eleSubanálise estudos MM-009 e MM-010: quando Bortezomib é administrado com medicamentos inibidores do CYP3A4 e do CYP2C19 ou indutores do CYP3A4. Precaução da proteína C reactiva, diminuição do fosfato no sangue, aumento de peso, complicações relacionadas com cateterização, dor quando o Bortezomib é associado a substractos do CYP3A4 e CYP2C19. Interacções: estudos in vitro indicam que o Bortezomib após o procedimento, hemorragia após o procedimento e queimaduras. Raros: neuropatiaprévias autonómica, zosteraté oftálmico, Impacto do número de terapêuticas noherpes tempo à progressão sinal1A2, BCR-ABL RTQ-PCR LMC fase crónica e que tinham uma mento-chave para a cura da LMC. é um inibidorde fraco do das isoenzimas 2C9, 2C19, 2D6 e detectado 3A4 do citocromo P450por (CYP). Durante os ensaios clínicos, foram rela- em sintomas de diminuição da fracção de ejecção do ventrículoobtido esquerdo de novo, pericardite, arritmia ventricular, taquicardia ventri® ® ® Revlimid maior duração de resposta para um controlo mais prolongado.(1) ® A escolha reconhecida para a 2ª linha de tratamento do Mieloma Múltiplo. 2 ® ® ® ® ® ® ® ® ® ® 9 9 ® ® ® ® ® 2 2 2 2 ® C M ® Y CM CY CMY K tados casos de hipoglicemia e hiperglicemia em doentes diabéticos que estavam a tomar hipoglicemiantes orais. Efeitos indesejáveis: Muito frequentes: herpes zoster, trombocitopenia, neutropenia, anemia, anorexia, neuropatia periférica, neuropatia periférica sensitiva, parestesia, cefaleias, dispneia, vómitos, diarreia, náuseas, obstipação, eritema, mialgias, fadiga e febre. Frequentes: pneumonia, bronquite, sinusite, nasofaringite, herpes simplex, leucopenia, linfopenia, desidratação, hipocaliemia, hiperglicemia, Edição:de neuropatia periférica, tonturas, disgeusia, disestesia, confusão, depressão, insónia, ansiedade, polineuropatia, agravamento hipostesia, tremor, visão turva, dor ocular, tonturas, hipotensão, hipotensão ortostática e postural, flebite, hematoma, hipertensão, D Notícias cular, síndrome de insuficiência respiratória aguda (SIRA), embolismo periférico, falência hepatica, dermatose neutrofílica aguda ® dex (n = 133) leucocitoclástica). 2ª linha REVLIMID febril (Síndrome de Sweet), erupção cutânea vasculítica+(incluindo vasculite Titular da autorização de introdução no mercado JANSSEN-CILAG INTERNATIONAL NV, Turnhoutseweg, 30, B-2340 Beerse, Bélgica. Para mais informações, por favor, contactar o Representante Local do Titular de Autorização de Introdução no Mercado: Janssen-Cilag Farmacêutica, Lda. Reunião organizada por: Patrocinadores: Estrada Consiglieri Pedroso, 69 A 2734 – 503 Barcarena. Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados. Antes de prescrever consulte® o RCM completo; RCM resumido de VELCADE®, Versão 8.0. p Av. Almirante Reis, n.º 114, 4.º E 1150 - 023 Lisboa Tel.: (+351) 219 172 815 [email protected] Tratamento Continuado www.esferadasideias.pt Controlo Prolongado C-P-REV-OTH-0149-20111004 MY 17,1 meses dex (n = 220) ≥ 3ª linha REVLIMID +Sociedade = 0,026 10,6 meses Portuguesa de Hematologia Secretariado 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 meses Veranatura - Conference Organizers Rua Augusto Macedo, Nº 12-D - Esc. 2 Direcção: Madalena Barbosa Revlimid 5 mg /10 mg /15 mg /25 mg cápsulas, contendo lenalidomida. Revlimid em combinação com a dexametasona (len/dex) é indicado para o tratamento de doentes com mieloma múltiplo 10 mg 1x/dia* 1600-503 Lisboa ([email protected]) (MM) que tenham recebido pelo menos um tratamento anterior. Posologia: a dose inicial de lenalidomida recomendada é de 25 mg, uma vez por dia, nos dias 1 a 21 dos ciclos repetidos de 28 dias. IR moderada (30 ≤ CLcr < 50 ml/min) As cápsulas devem ser engolidas inteiras, de preferência com água, com ou sem alimentos.A dose recomendada de dexametasona é de 40 mg oralmente, uma vez por dia, nos dias 1 a 4, 9 a 12 e IR grave (CLcr < 30 ml/min, sem diálise) 15 mg em dias alternados** Tel.: (+351) 217uma 120 778 (+351) 120 779A dose será mantida ou modificada em Redacção: Ana João Fernandes, Patrícia Raimundo 17 a 20 de cada ciclo de 28 dias nos primeiros 4 ciclos do tratamento e subsequentemente 40 mg, vez por dia, /nos dias 1 a 217 4 de cada 28 dias. consequência dos resultados clínicos e laboratoriais. O tratamento com lenalidomida deve ser iniciado se as contagens Estrada Consiglieri Pedroso, 69 A, Queluz de Baixo | 2734-503 Barcarena | Portugal 5 mg 1x/dia. Nos dias de diálise, administrar após a diálise Fax:não(+351) 217 120 204 absolutas de neutrófilos forem < 1.0 x 109/l e/ou de plaquetas forem < DRT (CLcr < 30 ml/min, em diálise) e Vanessa Pais 75 x 109/l ou, dependendo da infiltração da medula óssea pelas células plasmocitárias, se a contagem de plaquetas for < 30 x 109/l. Recomendação para ajustes de dose durante o tratamento e Sociedade por quotas | Matriculada na Conservatória do Registo Comercial deLuciano Oeiras, sob o reinício n.º 10576 do tratamento (ver secção 4.2 do RCM). A lenalidomida não deve ser utilizada no tratamento de doentes com idade ≤ 17 anos. Não foi observada uma diferença na segurança e eficácia do medicamento entre doentes idosos e doentes mais jovens. Como os doentes idosos têm maiores E-mail: [email protected] Fotografia: Reis renal e recomendam-se os seguintes ajustes da dose em doentes com IR moderada ou grave ou com doença renal em fase terminal (DRT): Capital Social 2.693.508.64 euros | N.º Contribuinte 500 189 412Design: Filipe Chambel probabilidades de sofrerem de redução da função renal, deve monitorizar-se a função A dose pode ser aumentada para: *15 mg 1x/dia após 2 ciclos se o doente não Site: estiver awww.sph.org.pt responder ao tratamento e estiver a tolerar o tratamento; **10 mg 1x/dia se o doente estiver a tolerar o tratamento. VEL-1011-023-JA A lenalidomida não foi formalmente estudada em doentes com compromisso da função hepática e não existem recomendações posológicas específicas. Contra-indicações: Mulheres grávidas ou mulheres com potencial para engravidar (MPG), a menos que sejam satisfeitas todas as condições do Programa de Prevenção da Gravidez (PPG); Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes. A lenalidomida induziu em símios malformações semelhantes às descritas para a talidomida, pelo que é de prever um efeito teratogénico da lenalidomida no ser humano. Todas as doentes devem cumprir as condições do PPG (ver secção 4.4 do RCM). A fim de evitar a exposição fetal à lenalidomida, o Titular da AIM fornecerá material educativo aos profissionais de saúde para reforçar as advertências sobre a teratogenicidade prevista da lenalidomida, para aconselhamento relativamente à contracepção anterior ao início da terapêutica e sobre a necessidade de efectuar testes de gravidez. Os doentes do sexo masculino a tomar lenalidomida têm de compreender o risco teratogénico previsto e a necessidade de utilizarem um preservativo se tiverem actividade sexual com uma mulher grávida ou uma MPG. As MPG devem utilizar um método de contracepção eficaz durante 4 semanas antes de iniciarem a terapêutica, durante a terapêutica e durante 4 semanas após a terapêutica com lenalidomida e mesmo em caso de interrupção da dose, a menos que a doente se comprometa a manter uma abstinência absoluta e contínua confirmada mensalmente. Devido ao aumento do risco de tromboembolia venosa (TEV) em doentes com MM que estejam a tomar lenalidomida e dexametasona, os contraceptivos orais combinados não são recomendados. O risco de TEV continua durante 4 a 6 semanas após a interrupção da contracepção oral combinada. A eficácia dos contraceptivos esteróides pode ser reduzida durante o tratamento concomitante com dexametasona. Têm de ser efectuados testes de gravidez supervisionados por um médico com uma sensibilidade mínima de 25 mUI/ml em MPG, mesmo que mantenham uma abstinência absoluta e contínua. O teste de gravidez, a emissão da prescrição e a dispensa devem ocorrer, de preferência, no mesmo dia. A dispensa da lenalidomida a MPG deve ocorrer num prazo de 7 dias após a prescrição. O teste tem de assegurar que a doente não está grávida quando iniciar o tratamento com lenalidomida e tem de ser repetido de 4 em 4 semanas, incluindo 4 semanas após o fim do tratamento, excepto no caso de laqueação das trompas confirmada. Estes testes de gravidez devem ser efectuados no dia da visita da prescrição ou nos 3 dias anteriores à consulta em que é efectuada a prescrição. Os doentes não podem doar sangue durante a terapêutica, ou durante 1 semana a seguir à suspensão da lenalidomida. O enfarte do miocárdio (EM) foi notificado em doentes a receber lenalidomida, especialmente em 11