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sumário
editorial
Bahiana
adab
prática em
serviço gratuito
06
vida acadêmica
Prof. Ênio Ribeiro Maynard Barreto
Vice-diretor da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública
cedete:
aprendizado
24 horas
08
a vez da medicina 10
processo seletivo
24
graduação
bahiana social
projeto candeal
vida acadêmica
Caminho aberto aos
Ligas de conhecimento 34 biomédicos
bahiana faz e
acontece
Eventos que
marcaram 2009.1
37
Out/2009
16
graduação
Supervisão pedagógica 15 Todas as Psicologias
4
Teoria e prática
na clínica-escola
Profª. Maria Luisa Carvalho Soliani
Diretora da Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública
Prof. Gaspare Saraceno
Coordenador de Graduação
Emanuel Olimpio Alves de Souza
Coordenador de Administração e
Finanças
Profª. Kátia Nunes Sá
Coordenadora de Pós-graduação,
Pesquisa e Extensão
Profª. Luiza de Oliveira Kruschewsky Ribeiro
Coordenadora de Desenvolvimento
de Pessoas
expediente
Maria Luisa Carvalho Soliani
Coordenação Editorial
Regina Carvalho
Gestora de Comunicação e Marketing
Juliana Maia
Assessora de Imprensa
38
Fotos
Ricardo Brasileiro
Acervo da Bahiana
22 20 Pesquisa com papel social
Textos
Metta Comunicação
- Márcia Guimarães
- Diego Carvalho
vida acadêmica
Maia Comunicação
Live@Edu
Projeto Gráfico
Metta Comunicação
- Vládesk Falcão
28
graduação
Terapia Ocupacional
transpondo os
obstáculos
Realização
AG Editora
Av. Tancredo Neves, 805. Ed. Espaço
Empresarial, 402. 41.820-021 Salvador/BA - Tel. (71) 3311 4999
42
Este é o segundo número da nossa revista BAHIANA.
Deixar a nova edição pronta, bonita e informativa deu
um trabalho enorme e envolveu muitas pessoas. Mas
foi também muito gostoso de fazer e nos deu muitas
alegrias, pois permitiu uma maior aproximação com o
que acontece na BAHIANA e com as pessoas que fazem
a BAHIANA acontecer.
Neste número vamos mostrar um pouco do trabalho
realizado no ADAB (Ambulatório Docente Assistencial da
Bahiana), que alia atendimento à saúde da população
com ensino/aprendizagem das profissões de saúde.
Você também entrará em contato com o que acontece
no curso de Fisioterapia, curso de Biomedicina, curso
de Terapia Ocupacional e curso de Psicologia e verá
como é feita a integração entre a teoria e a prática e
quais são os diferenciais que estes cursos oferecem.
Vamos contar ainda sobre o CEDETE (Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Educacionais), 24 horas no
ar que, com equipamentos e tecnologia de ponta, ajuda
no dia-a-dia do estudante e do professor, oferecendo
instrumentos para melhorar o processo de ensinar e
aprender, auxiliando, inclusive, no desenvolvimento da
autonomia e da responsabilidade do aluno.
E falando em responsabilidade, é preciso estar sempre
atento às várias facetas de nossa responsabilidade
social, como cidadãos, como estudantes, como professores, como profissionais e como instituição. O Projeto
Candeal, multiprofissional, mostrado nesta edição, traz
esta marca, que está no DNA da Instituição desde a sua
fundação, fazendo parte da sua missão.
Tem também uma matéria sobre o Serviço de Supervisão Pedagógica, outro grande diferencial que só tem
na Bahiana e sobre o Live@Edu, programa inédito no
Norte/Nordeste que potencializa a relação entre alunos,
professores e instituição.
Além disso, será possível saber um pouco mais sobre
Pesquisa e Pós-graduação, apesar de não ser necessário esperar até se formar para participar dos projetos
de pesquisa. A Escola oferece um amplo programa de
Iniciação Científica, inclusive com bolsas para os alunos
de todos os cursos. A curiosidade e a vontade de saber
são os ingredientes básicos para o sucesso profissional
e isso existe de sobra em nossos alunos. Leia sobre as
Ligas Acadêmicas e você entenderá melhor sobre as
possibilidades de ensino/aprendizagem existentes na
BAHIANA, criadas, inclusive, pelos próprios estudantes.
E fique por dentro do novo Processo Seletivo Formativo
da Bahiana que, neste semestre, incluiu a Medicina.
Veja os depoimentos e compartilhe conosco da aprovação de quem viveu esta modalidade de seleção, até o
momento uma experiência única no país.
Esperamos que você goste e aproveite!
Profª Maria Luisa Carvalho Soliani
Diretora da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
Out/2009
5
ADAB
Bahiana
Serviço gratuito
e aprendizagem
de qualidade
Com supervisão de professores, o Ambulatório Docente-Assistencial
da Bahiana ADAB permite aos alunos aprenderem com a prática ao
mesmo tempo em que prestam um serviço à comunidade
Bahiana
A novidade mais recente é a participação
dos estudantes de enfermagem. Essa atua­
ção se dá em momentos diferentes e em
serviços diversificados. Na disciplina Prática
Comunitária II, por exemplo, estudantes do
3º semestre utilizam o ADAB como espaço
de prática para desenvolver atividades de
promoção de saúde em grupos comunitários
- atuação que começou em 2008, quando
foram contemplados grupos de idosos e de
pacientes com hipertensão arterial.
Mas a participação do curso de Enfermagem
no ADAB não se limita às atividades práticas de disciplinas curriculares. Há também
as atividades de extensão e pesquisa. Um
exemplo é o trabalho desenvolvido no Centro
de Doenças Miccionais da Infância (CEDIMI),
que conta com alunos de enfermagem em
sua equipe interdisciplinar. Para 2009, a
participação dos estudantes de Enfermagem
no ADAB será ampliada. Dentre as novas
atuações estão as dos alunos que cursarem
as disciplinas Saúde Coletiva I e II.
Ainda nesta publicação você vai conhecer
outras clínicas e serviços dos diversos cursos da Bahiana, que integram o ADAB.
Aprendendo a trabalhar em equipe - Um aspecto
importante do ambulatório é o trabalho em
parceria que ele proporciona a estudantes
de diferentes cursos, criando um ambiente
de trabalho multiprofissional. Na Clínica
Avançada em Fisioterapia da Bahiana
(CAFIS), por exemplo, o trabalho dos estudantes de fisioterapia costuma ter o apoio
de estudantes de Psicologia, que trabalham
o aspecto emocional dos pacientes em
tratamento - o mesmo acontece em outras
unidades.
Odontologia é responsável por grande parte do
atendimento em Salvador - A assistência prestada pelos estudantes de Odontologia em
Saúde Bucal é um dos destaques do ADAB
de Odontologia, que funciona na Unidade
Acadêmica Cabula. Em 2008, por exemplo, foram mais de 44 mil procedimentos
realizados e 16.515 pessoas beneficiadas
na comunidade do distrito Cabula-Beiru. Os
quatro ambulatórios de atendimento odontológico da Bahiana somam 140 conjuntos
odontológicos voltados para o atendimento e
42 conjuntos com foco na educação e saúde
bucal.
Para se ter uma idéia da representatividade
desse serviço, dados de 2007 apontam
que naquele ano a Prefeitura de Salvador
disponibilizava um total de 157 consultórios
odontológicos em toda a cidade, sendo que
apenas 17 deles estavam no megadistrito
Cabula-Beiru, habitado por mais de 385 mil
pessoas. Isso quer dizer que os leitos da
Bahiana significam cerca de 50% do total
de acomodações públicas para atendimento odontológico de Salvador. Uma marca
importante e um motivo de muito orgulho
para a Escola.
Atendimentos do ADAB/Brotas em 2008
Clínica Avançada em Fisioterapia - CAFIS
SUS (Angiologia, Neurologia, Ortopedia, Pediatria,
Pneumo-Funcional, Reumatologia, Traumatologia)
Atendimentos 13.360
Gratuito (Fisioterapia aplicada à Dermato-funcional e
Uroginecologia)
Atendimentos 3.847
Saltar da teoria para a prática é o desejo
de todo universitário. Na área de saúde,
esse é um momento ainda mais esperado,
que envolve muitas questões e, sobretudo,
é algo impreterível à formação profissional.
Por isso, na Bahiana o estudante conta com
uma estrutura inteiramente dedicada ao
exercício prático de atividades profissionais
em todas as áreas ensinadas na Escola.
Quer saber como? Conheça o Ambulatório
Docente-Assistencial da Bahiana, o ADAB.
Formado por uma série de clínicas e serviços, que atendem em todas as unidades
acadêmicas da Bahiana, o ADAB possui ampla atuação em diversos locais de Salvador.
6
Out/2009
O ambulatório é dividido entre ADAB Brotas - que contempla a Clínica Avançada em
Fisioterapia (CAFIS), o Serviço de Psicologia
(SEPSI) e o Serviço de Terapia Ocupacional
(SerTO) – e o ADAB Cabula – que contempla
o atendimento de Odontologia. Por ano são
cerca de 20 mil atendimentos gratuitos, feitos através do Sistema Único de Saúde (SUS)
e do sistema de beneficiamento, que ocorre
quando a instituição, no caso a Bahiana,
assume todos os custos. Entretanto, conforme explica a diretora da Bahiana, Dra. Maria
Luisa Soliani, quando a demanda ultrapassa
o limite das cotas do SUS, o atendimento
é realizado da mesma forma, sem cobrar
nada.
“O objetivo do ambulatório é prestar assistência à população e ter um lugar onde os alunos
possam aprender mais de suas atividades na
prática”, explica Dra. Maria Luisa. Em cada
curso o serviço funciona de uma maneira.
Para uns, o ambulatório serve como estágio
curricular nos semestres finais; para outros,
serve também para realização de aulas práticas no decorrer do curso. As atividades são
totalmente supervisionadas por professores
e responsáveis técnicos. “Para começar a trabalhar com os pacientes, primeiro os alunos
observam os professores e depois partem
para a prática com a orientação de um docente, que chamamos de docente-assistencial”,
explica o professor Alexandre Dumas.
Serviço de Psicologia – SEPSI
Gratuito (Psicoterapia Individual e em Grupo, Psicodiagnóstico, Grupo de Orientação Profissional e Grupo
de Apoio a Pacientes com Ler/Dort - Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho)
Atendimentos 1.633
Serviço de Terapia Ocupacional – SerTO
Gratuito (Atendimentos individuais e em grupo nas
áreas de Atenção à Saúde da Criança e Adolescente,
Atenção a Saúde do Trabalhador e Atenção à Saúde
adab
O lado de lá...
Terezinha Almeida, 39, é paciente no
ADAB há oito anos e frequenta as especialidades de ginecologia e clínica
médica. “Se não fosse o ambulatório,
seria mais difícil fazer as consultas e os
exames que necessito”, conta. Segundo a
paciente, além dela, seus filhos e parentes também frequentam o ADAB. “Eles
vêm de Nova Soure pra se tratar aqui”,
conta.
Já Arnete de Jesus, 36, que utiliza serviços de ginecologia e endocrinologia,
destaca o tratamento que é dado aos
pacientes por médicos e universitários
no ambulatório. “Eles são uns amores
e isso me faz sentir mais à vontade,
diferentemente de quando vou a outras
instituições de saúde, onde nem me
olham”, confessa. Arnete fala ainda da
importância do ADAB para ela neste momento. “ Graças ao atendimento prestado
aqui, descobri problemas sérios dos quais
agora estou tratando”.
...e o lado de cá
O orgulho do trabalho bem feito e o
reconhecimento dos pacientes podem ser
vistos no rosto dos estagiários. Michelle
Paes e Matheus Pamponet, ambos do
oitavo semestre de Medicina, se dizem
muito satisfeitos em propiciar um atendimento de qualidade e mais humano
às pessoas de baixa renda. “A saúde no
Brasil é muito precária e ficamos felizes
de poder ajudar pessoas que tanto necessitam. Além disso, podemos aprimorar os
nossos conhecimentos, ou seja, ganhamos todos”, comemora Michelle.
Já Matheus destaca o objetivo do ambulatório de promover e manter a saúde das
pessoas, sem esquecer que o paciente
tem que ser visto como um todo. “Não
tratamos só problemas ginecológicos, por
exemplo; abordamos também as características biopsicossociais do paciente, tentando interferir na visão dele em relação
à doença e tentando manter uma relação
de confiança para que o tratamento seja
realmente eficaz”, complementa.
do Adulto)
Atendimentos 2.698
Out/2009
7
VIDA acadêmica
Bahiana
Aprendizado
24 horas
O CEDETE é responsável por fazer educação e tecnologia caminharem juntas na Bahiana
Bahiana
VIDA acadêmica
estão sendo postas em prática na Bahiana,
expandindo não só as fronteiras do conhecimento, mas também as fronteiras das formas
de lidar com esse conhecimento.
Foram realizadas videoconferências com
a professora Milena Pondé, do módulo de
Psicofarmacologia do curso de Medicina, que
está atualmente fazendo o pós-doutorado no
Canadá. Outra atividade realizada foi a defesa
de dissertação de Mestrado da professora
Mônica Daltro, contando com a participação
de sua orientadora no Canadá e a banca
examinadora aqui na Bahiana.
Histórico - Em 2008 foi implantado o Ambiente
Virtual de Aprendizagem (AVA), utilizando a
plataforma Moodle (ver box). Entre outras
coisas, o AVA permite a disponibilização de
materiais didáticos dos diversos módulos dos
cursos da Bahiana. O recurso fica disponível
no site da Escola (www.bahiana.edu.br). Ao
clicar no link Ambiente Virtual de Aprendizagem, o usuário pode acessar livremente, sem
necessidade de cadastro, eventos educativos
e com cadastro, as atividades específicas dos
diversos módulos da Bahiana, necessitando
apenas que o aluno esteja matriculado em
um dos cursos da instituição.
Lá, o estudante encontra materiais também
nos formatos de áudio e vídeo, como palestras, seminários, oficinas e fotografias de
eventos realizados pela Instituição. “Através
desses vídeos, além dos alunos, a comunidade também é beneficiada com informações
de grande valor contidas nas palestras”,
destaca o professor.
“Além de facilitar a comunicação entre professores e alunos, ferramentas como o Moodle servem para disponibilizar atividades em
tempo real na internet, economizam recursos
e ainda têm várias finalidades, como renovar o conhecimento sem limite de tempo e
espaço. Como o processo de informação está
muito intenso, o acesso facilitado ao conhecimento é importantíssimo para deixar o aluno
sempre atualizado, desde que ele saiba escolher, de forma crítica, o que vai acessar”, é o
que diz a coordenadora do curso de Medicina
da Bahiana, Drª. Marta Menezes. De acordo
com ela, o Moodle é uma ferramenta de apoio
e não deve substituir a prática ou a presença
na sala de aula, “é um adicional”.
A aluna Cíntia Veselich, do 8º semestre de
Medicina, concorda com a importância dessa
ferramenta no aprendizado: “ela nos motiva a
buscar e compartilhar conhecimento, sugestões, a promover discussões, além de nos
aproximar dos nossos mestres”. Para Cíntia,
esses benefícios só acontecem quando o
aluno domina esse recurso e se interessa em
aprender continuamente. “Assim também
os professores conseguem nos acompanhar
mais de perto, tirar nossas dúvidas através de
e-mail, promover fóruns e ver quem realmente
participa”, depõe a futura médica.
Próximo passo – Para complementar o aprendizado, a Bahiana fez também, em 2008,
uma parceria com a Universidade de São
Paulo (USP) para utilização dos vídeos do
Projeto Homem Virtual. Segundo Antonio
Carlos Costa, o próximo passo é criar mídias
offline (CD-ROMS interativos) e vídeos de
exames clínicos para serem disponibilizados
aos alunos, além de construir o “Ambiente
Virtual Tridimensional – Second Life” da
Bahiana.
“Graças ao apoio da Diretoria da Bahiana, a
equipe do CEDETE tem feito muitas conquistas, com destaque para a instalação da
Sala de Videoconferência. Ela transmitirá
importantes seminários, palestras, conferências, sem falar no avanço que é possibilitar
treinamentos e cursos online, em tempo
real, aos alunos e funcionários da Bahiana”,
comemora o coordenador.
Principais objetivos
do CEDETE
A era digital é muito falada pela incrível
capacidade que tem de fazer informação e
conhecimento circularem na velocidade da
instantaneidade. Além da rapidez, as tecnologias digitais fizeram com que toda informação ficasse mais acessível e, portanto, mais
democrática. Como resultado disso, temos
mais, muito mais conteúdos disponíveis para
acesso em todo lugar, sobre todas as coisas.
Se a digitalização do mundo tem tanto a fazer
pela circulação de informação, porque não
fazer dela uma importante aliada no processo educacional de ensino-aprendizagem? A
Bahiana quando criou, há dois anos, o seu
Centro de Desenvolvimento de Tecnologias
Educacionais (CEDETE) estava priorizando o
aperfeiçoamento das suas atividades didáticas e pedagógicas.
8
Out/2009
Basicamente, o objetivo do centro é trabalhar
no desenvolvimento de novas ferramentas
educativas como apoio ao processo pedagógico. Isso significa que o CEDETE possibilita
uma maior interação interna e externa entre
instituição, professores e estudantes. Nesse
sentido, as instalações físicas e técnicas do
centro têm sido ampliadas com a criação do
estúdio de gravação e filmagem, bem como
a sala de videoconferência - a mais recente
novidade do CEDETE.
“Além disso, adquirimos equipamentos de
última geração, como microcomputadores de
elevada capacidade de processamento para
atender softwares profissionais de edição de
áudio, vídeo e animação em 2D (bidimensional) e 3D (tridimensional)”, informa Antônio
Carlos Costa, professor do curso de Medicina
do módulo Psicologia Médica e coordenador
do CEDETE.
Com essa infraestrutura de tecnologia digital
é possível inserir, no dia-a-dia dos estudantes da Bahiana, ferramentas que ampliam o
conhecimento por eles trabalhado, possibilitando a realização de atividades que, tempos
atrás, não eram possíveis. Outro ganho importante para o aprendizado está no aspecto facilitador que as tecnologias propiciam, afinal,
toda atividade torna-se muito mais prazerosa
se feita de forma multimídia.
Segundo o Prof. Antônio Carlos Costa, a
Bahiana adquiriu equipamentos técnicos
específicos, além do hardware de videoconferência com melhor conceito no mercado. Com
este aparato, novas formas de aprendizado
Entre outras coisas, o CEDETE tem como meta a criação
de material didático-pedagógico baseado na Tecnologia
da Informação e Comunicação – TIC, telecomunicação,
telemedicina e telessaúde; ser um fórum de discussão, pesquisa e avaliação de ações relacionadas com
a temática das tecnologias educacionais; participar
de projetos multi-institucionais de forma colaborativa,
visando ampliar o desenvolvimento do processo pedagógico, além de registrar a memória institucional, utilizando
recursos de edição, áudio, vídeo, filmagem e fotografia.
Atualmente a equipe do CEDETE é composta por Gerson
do Rosário (Técnico em fotografia e filmagem); Miguel
Barreto (Assistente de tecnologias educacionais) e Sara
Cristina (Produtora editorial).
O Moodle
É um ambiente virtual de aprendizagem, desenvolvido sob a filosofia de software livre, bastante utilizado no Brasil e no mundo. Ele é uma ferramenta criada para facilitar o trabalho dos educadores no
processo ensino-aprendizagem, podendo ser aplicada como opção totalmente virtual ou como suporte
a turmas presenciais, tendo uma interface dinâmica e de fácil utilização, compatível com os principais
navegadores (Internet Explorer, Mozilla Firefox etc.). O Moodle possibilita o acesso à programação e aos
conteúdos dos módulos dos cursos e permite a colocação de arquivos, textos, vídeos, links, postagem de
trabalhos, participação em fórum de discussão, chats, elaboração de questionários, tarefas e construção colaborativa de textos (wiki), de forma online, promovendo uma maior interação professor-aluno. Em
suma, a ferramenta permite que a aprendizagem ocorra também em outros momentos e espaços.
Out/2009
9
processo seletivo
Bahiana
Bahiana
processo seletivo
A Bahiana está procurando talentos para cuidar de pessoas. E por causa
disso, ao invés de só aplicar provas, agora a Escola testa as habilidades e
a vocação do candidato através da vivência de atividades relacionadas à
profissão que pretende seguir. Mas não é preciso temer coisa alguma. Afinal
de contas, o “avaliador” dessa prova prática é o próprio candidato.
Vamos pensar juntos. Ao ter contato com instrumentos, experimentar
atividades e vivenciar um pouco da profissão “pré-escolhida”, não fica mais
fácil ter certeza se é mesmo (ou não) aquilo que se pretende fazer profissionalmente? Pois então, essa é a proposta do Processo Seletivo Formativo da
Bahiana. Como diz a coordenadora do curso de Medicina, Dra. Marta Menezes, “além de selecionar pessoas com um perfil mais adequado, ele permite
que o candidato se autoavalie dentro do que realmente pretende ser”.
“Quando vi os equipamentos e os protótipos, me identifiquei de cara. Aí não
tive mais dúvidas de que o curso seria bom pra mim e fui fazer a prova confiante”. É o que responde Lucas Lopo, calouro do curso de Fisioterapia que
participou do primeiro Processo Seletivo Formativo aplicado pela Bahiana
no início de 2009.
Assim como Lucas, todos os alunos que ingressaram na Bahiana no início
do ano, com exceção dos calouros de Medicina, tiveram a oportunidade de
experimentar o curso escolhido – e mudar de ideia na hora “H”, se assim
quisessem. Foi o que aconteceu com Anderson Suzart, que resolveu trocar
a Medicina pela Biomedicina. “Eu coloquei Biomedicina como segunda
opção pensando em descobrir essa profissão. E o processo me convenceu a
fazer o curso, pois me mostrou que Biomedicina não é só lidar com laboratório; tem muitas outras áreas de atuação”.
A vez da
Medicina
Adotado no início do ano pela Bahiana, novo
Processo Seletivo Formativo passa a ser
aplicado na seleção dos calouros de Medicina
10
Out/2009
Segundo a diretora da Bahiana, Dra. Maria Luisa Soliani, a intenção da
mudança é fazer com que a seleção dos alunos da Bahiana não seja algo
meramente seletivo, mas que acrescente algo ao indivíduo. “O primeiro
Processo Seletivo Formativo foi uma experiência muito enriquecedora para
alunos e professores. No final do momento vivencial, todos torciam para
que ficassem, pois criou-se um vínculo afetivo entre os candidatos”, conta.
A novidade para 2009.2 foi que o Processo Seletivo Formativo passou a ser
também aplicado para selecionar os candidatos para o curso de Medicina. Por conta disso, no último dia 30 de abril, dirigentes de instituições de
ensino médio e cursinhos de pré-vestibular da Região Metropolitana de
Salvador e de Feira de Santana estiveram na Bahiana para um descontraído encontro pedagógico, organizado pela Escola.
No encontro foram apresentados os resultados obtidos na primeira experiência com o novo processo seletivo, além de anunciar a novidade já
prevista: a inclusão do curso de Medicina no novo modelo de seleção. O
evento, que começou com um café da manhã na Coordenadoria da Escola,
teve sequência com uma apresentação realizada pela diretora da Bahiana,
Dra. Maria Luisa Carvalho Soliani.
Na apresentação foram divulgados dados da pesquisa realizada pela Bahiana durante o processo seletivo de 2009.1 com os candidatos. Alguns números importantes certificaram a aprovação do novo modelo de seleção. Por
exemplo, 96,8% dos candidatos afirmaram ter refletido sobre a profissão
escolhida, após o processo seletivo. Outros 77,7% mudaram para melhor
a percepção que tinham da profissão; 86,2% creditaram a melhor percepção à vivência profissional simulada durante a segunda fase do processo
seletivo.
Outro dado interessante diz respeito ao conteúdo da prova discursiva. Mais
de 63% dos candidatos consideraram o conteúdo da avaliação importante
para a vida profissional. Por fim, o índice de avaliação positiva da experiência com o novo processo ficou em 96,1%, dividido em 62,7% que a consideraram ótima e 33,4% que a consideraram boa.
Out/2009
11
Bahiana
processo seletivo
Processo Seletivo Formativo
O novo modelo de seleção
dos estudantes da Bahiana,
denominado Processo Seletivo
Formativo (PROSEF), se diferencia
dos vestibulares pela concepção
pedagógica que leva em conta a
adequação do perfil do candidato
à
natureza e à concepção do curso.
Nele os candidatos são submetidos
a uma etapa vivencial, na qual
desenvolvem atividades em
ambientes de aprendizagem próprios
ao desenvolvimento da prática
médica. “Nossa ideia era adotar um
processo seletivo compatível com
o
processo de ensino-aprendizagem
que utilizamos”, explica Dra. Maria
Luisa Soliani.
Bahiana
processo seletivo
O que eles acham...
Medicina
Em virtude do grande número de concorrentes, o curso de Medicina teve um formato
diferenciado no processo seletivo, sendo realizado em duas fases. Na primeira foi
aplicada uma prova objetiva que, excepcionalmente, não contou com questões de
língua estrangeira.
Tomada em decorrência da decisão de, a partir de agora, aplicar apenas a prova de
inglês, com base na diretriz pedagógica da Escola, que incentiva os alunos não só
a ler, mas a escreverem artigos científicos – em sua grande maioria feitos na língua
inglesa. “Para não prejudicar os estudantes que vinham se preparando para o
vestibular com o espanhol como língua estrangeira, optamos por, apenas desta vez,
não realizar a prova de idiomas”, justifica Dra. Maria Luisa Soliani. Esta primeira fase
tem caráter eliminatório e classificatório.
A segunda fase foi dividida em dois momentos. No primeiro foi realizada a etapa
vivencial, na qual os candidatos foram submetidos a atividades de ambientação
com o objetivo de fazer com que discutissem e refletissem sobre o que vão fazer e
identificassem habilidades que serão necessárias na profissão que escolheram. O
caráter de contemporaneidade se fez presente logo nesta etapa com a aplicação
de uma questão cujo contexto foi a morte de Michael Jackson. Foi apresentado um
vídeo com imagens captadas da imprensa, e pedido aos alunos que avaliassem
as circunstâncias, do ponto de vista médico, levando em consideração tanto
circunstâncias técnicas como éticas.
“Minha expectativa quanto ao vestibular era imensa, pois eu havia sofrido um trauma muito grande
e precisei ir de cadeira de rodas. Confesso que estava com medo por não saber o que esperar da
etapa vivencial, mas quando cheguei e vi uma multidão no palco, todo mundo reunido, achei superinteressante. E fui muito bem acolhida, recebi um suporte incrível. Foi a primeira vez que consegui
dormir uma noite de véspera de prova de vestibular. Quando cheguei para o segundo dia de prova
estava super-relaxada. E a prova foi inteligente - a Bahiana aderiu a uma nova metodologia até nessa questão da prova. Fiquei supersatisfeita e, quando recebi o resultado, não pensei duas vezes.
Vim pra Bahiana”
Andréia Abreu, caloura de Fisioterapia
“Eu vim fazer a prova de surpresa. Uma tia me inscreveu e, na véspera, me falou: ‘vai lá fazer essa
prova’. Quando cheguei aqui fiquei surpreso, pois nunca tinha visto ou experimentado um processo seletivo formativo. Inicialmente temi essa forma de avaliação, por causa de toda pressão que
vem do 3º ano, mas foi tudo tão tranquilo durante a tarde que passei com o pessoal...aquilo me
tirou todo o peso da competição. No dia da prova, estava firme no que eu queria e seguro quanto
à prova, pois sabia que, se o processo estava sendo diferente, a prova também seria diferenciada.
Acabei comprovando o que amigos que estudam aqui me disseram quando estava em dúvida de
quais vestibulares prestar: ‘rapaz, vá pra Bahiana, pois lá eles te dão apoio em relação à estrutura,
a professores, a pesquisa’. Inicialmente foi o que me chamou a atenção. Hoje, estou adorando”
Paulo Henrique Araújo, calouro de Fisioterapia
“Você pega uma questão da atualidade e a utiliza para além do mito, para além
de quem foi o artista, colocando-o como sujeito, na sua singularidade. Esta é a
proposta do Processo Seletivo Formativo da Bahiana e da nossa formação: preparar
os estudantes para, quando profissionais, observarem as situações, os sujeitos sob
uma perspectiva mais sensível e integrada, dos aspectos físicos e mentais da figura
humana”, explica Luiza Ribeiro, coordenadora de Desenvolvimento de Pessoas, da
Bahiana.
“Eu vim direto do 3º ano e por isso tinha uma indecisão constante a respeito do que queria
fazer. Me inscrevi nos vestibulares sem nenhuma certeza de que realmente queria Fisioterapia. Quando fui prestar o vestibular da Bahiana esperava dois dias de prova, como em todos
os outros. Mas aí me surpreendi com a novidade do processo formativo e com a ajuda que ele
me deu, fazendo com que eu percebesse o que realmente queria. Quando vi os equipamentos, os protótipos, me identifiquei de cara. Aí não tive mais dúvidas de que iria ser bom pra
mim fazer o curso e fui fazer a prova confiante. Esse processo seletivo devia ser adotado por
todas as faculdades”
“Esse momento tem caráter formativo – não seleciona e não confere nota ou
conceito”, explica Dra. Maria Luisa. O segundo momento foi composto por uma prova
discursiva e uma redação.
Lucas Lopo, calouro de Fisioterapia
Maria Luisa Soliani, diretora da Bahiana
12
Out/2009
1ª FASE:
2ª FASE:
- Prova objetiva
- 30 questões de múltipla escolha
- Conhecimentos gerais
contemporâneos
- Conteúdos abordados:
Linguagem (Língua Portuguesa e
Inglesa)
Ciências Humanas e Atualidades
(História e Geografia)
Ciências Naturais (Física, Química e
Biologia)
Primeiro momento:
- Atividades vivenciais e de
socialização
Segundo momento:
- Redação (eliminatória)
- Prova discursiva (classificatória)
- 15 questões
- Conteúdo abordado:
Ciências da Natureza (Física, Química
e Biologia)
“Inovação. Este é o primeiro Processo Seletivo neste
formato no Brasil. Antes de
um aluno fazer um curso, ele
pode ver mesmo o que é esse
curso já na seleção. O que eu
admiro na Bahiana é que ela
vê o lado humano e isso já
no próprio concurso. A prova
é bem contemporânea, bem
atual. Quem prefere o conhecimento técnico ‘decoreba vai
acabar tendo que reaprender,
pois hoje tudo é visto de forma
completa. É preciso investigar,
ver o sujeito além da doença.
Entender ele como um todo”
João Paulo de Morais Ferreira,
candidato Prosef 2009.2 para
Medicina
Out/2009
13
processo seletivo
...porque eles aprovam
Bahiana
“Os cursos de saúde exigem um tipo especial de características do aluno. A
prova técnica e objetiva somente, da forma como era feita, fica impessoal
e não avalia questões subjetivas, ao tempo em que o aluno também não
tem a ideia exata do que é o curso e acaba fazendo uma opção baseada
em uma visão romântica sobre o que é ser médico, sem estar atento para
a existência de uma situação real, com a qual ele só se depara quando
começa o curso.
Muitas vezes as pessoas pensam na área de saúde e só imaginam
Medicina. Ao permitir que o aluno possa se inscrever também para
outras alternativas, o processo dá oportunidades ao candidato que não
conseguiu passar em Medicina de despertar para outras opções que têm
características muito semelhantes.”
Dra. Marta Menezes, coordenadora do curso de Medicina.
VIDA acadêmica
Bahiana
Supervisão pedagógica
O atendimento
que faz a
diferença
Bahiana propõe atendimento pedagógico
diferenciado, com equipe especializada
Um canal de comunicação entre os estudantes, professores e demais espaços da Bahiana. Com este objetivo, foi criado o Serviço de
Supervisão Acadêmico Pedagógico. A iniciativa é desenvolvida de forma pioneira pela
Bahiana, com o diferencial de ser executada
por profissionais pedagogos com larga experiência tanto no campo do ensino superior
como no ensino médio.
“Esse processo seletivo busca contemplar
alunos com uma leitura de mundo
mais ampla, com um pensamento
em rede, possibilitando uma busca
por profissionais não só competentes
tecnicamente, mas profissionais com
mais formação humana, responsáveis
por aquilo que dividirão com a sociedade.
Além do mais, essa mudança ajuda o
próprio ensino médio e fundamental a
repensar seus currículos de maneira
a possibilitar o desenvolvimento de
habilidades ao longo da jornada de
aprendizagem, de um tempo de trabalho
que dê subsídios a esses jovens para
pensar o mundo, na contemporaneidade,
de maneira mais ampla”
Daisy Borali Passos, orientadora pedagógica
do Colégio Antônio Vieira
14
Out/2009
“O novo Processo Seletivo Formativo vem
reforçar a mudança de paradigma de uma
educação que sempre foi pautada na linha
da exclusão, no acúmulo de conteúdo, que
contempla muito mais o estudante que tem
melhores condições para memorizar e que tem
mais acesso aos conteúdos específicos. Nesse
novo processo, valorizam-se mais a formação,
a crítica, a capacidade de leitura ampliada do
mundo e das relações; valoriza-se um perfil de
adolescente muito mais plugado no mundo,
ligado em rede, com conhecimento mais
amplo e menos profundo, além de exigir dele
competências e habilidades práticas. Assim
é possível sair do modelo de exclusão, que
precisava sempre de próteses para preparar
o estudante para dar uma resposta específica
para um tipo de avaliação específica. Antes,
preparavam-se mais competidores do que se
formava. Agora, é valorizada a formação”
Selma de Oliveira Brito, vice-diretora pedagógica do
Colégio Cândido Portinari
“A iniciativa da Bahiana está sintonizada
com a tendência dos novos processos
seletivos que buscam um novo perfil de
profissional, de forma segura, mas com
outro olhar”
Adelaide Rezende, diretora técnica da Consultec
A Supervisão Pedagógica da Bahiana trabalha
de forma constante junto ao corpo docente e
aos coordenadores dos cursos, com o principal objetivo de desenvolver uma melhoria contínua da prática pedagógica. “E também cuida
do funcionamento dos cursos, através do
acompanhamento de conteúdos, observando
os instrumentos de avaliação utilizados pelos
professores, bem como as suas metodologias
de abordagem para com os estudantes”,
explica a coordenadora de Desenvolvimento
de Pessoas da Bahiana, Luiza Ribeiro.
A ideia é atender às demandas de docentes e
discentes para a promoção de uma formação
mais humanística, continuada e significativa para o desenvolvimento de uma relação
de co-responsabilidade entre estudantes e
professores, de acordo com as diretrizes do
Ministério da Educação.
Profissionais opinam sobre o novo Processo
Seletivo Formativo da Bahiana
O serviço teve início em 2000, na Unidade
Acadêmica Nazaré, atendendo ao curso de
Medicina. O resultado foi tão positivo que hoje
todas as Unidades Acadêmicas da Bahiana
dispõem de um Serviço de Supervisão Acadêmico Pedagógico.
dificuldade no desenvolvimento de tarefas,
ou mesmo no aprendizado.
Atendendo os professores - O Serviço de Supervisão Pedagógica também desenvolve ações
importantes como os Conselhos de Série
do Curso de Medicina, no qual professores
e estudantes, em conjunto, analisam como
está o processo de ensino e aprendizagem e
propõem mudanças.
“Nosso diferencial é que estamos atuando
também dentro dos campos de estágios,
auxiliando na coordenação e execução
das atividades”, explica Jucinara Menezes,
supervisora pedagógica da Unidade Acadêmica Nazaré. Também integram a equipe os
supervisores José Narciso Paiva e Maria Luisa
Cardoso (Nazaré) e Luzenita Marques Landeiro (Cabula).
Por sua vez, os professores contam com o
suporte constante do serviço para desenvolver e realizar suas atividades pedagógicas e
solucionar problemas com relação às metodologias de ensino escolhidas. “Como ocorre no
ensino médio, a Supervisão Pedagógica presta um assessoramento direto ao professor
para melhorar cada vez mais a sua docência”,
diz Luiza Ribeiro.
E o estudante? - A Bahiana entende que não
existe sucesso no processo de aprendizagem sem ouvir o aluno, sem entender suas
dúvidas e dificuldades para então ajudá-lo.
O serviço é “como um canal de comunicação entre os estudantes e toda a Bahiana. O
objetivo é a melhoria contínua do processo de
aprendizagem”, diz Lígia Marques Vilas Bôas,
supervisora acadêmica da Unidade Acadêmica Brotas.
Assim, a Supervisão Pedagógica da Bahiana
atende os estudantes de forma individualizada, auxilidando-os caso apresentem alguma
Parceria com o NAPP - No caso do estudante
apresentar uma dificuldade maior em alguma
disciplina, o serviço pode indicá-lo para ser
atendido pelo Núcleo de Atenção Psicopedagógica - NAPP. “A Supervisão Pedagógica
é uma das fontes de indicação para o atendimento no NAPP. Se ela compreende que
há algum problema de fundo emocional ou
psicológico que prejudique a aprendizagem
do aluno, ela nos encaminha”, explica a Profa.
Angélica Mendes, coordenadora do NAPP.
O núcleo atende ao estudante através de
atendimento em grupo ou individualizado,
com assistência clínica breve nas áreas de
Psicoterapia, Psicopedagogia e Psiquiatria.
A parceria com o NAPP vai mais além. Juntos,
os dois serviços também acompanham
estudantes que ingressam na Bahiana vindos
de outras escolas e faculdades, por meio de
transferência e que precisam de ajuda para
se adaptar ao curso da Bahiana.
Out/2009
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graduação
Bahiana
Bahiana
graduação
São aparelhos, colchonetes, bolas, piscina
e muita, mas muita mão de obra disponível.
Para quem não sacou, estamos falando da
Clínica Avançada em Fisioterapia (CAFIS), a
clínica-escola dos jovens fisioterapeutas da
Bahiana, lugar onde a teoria da sala de aula
se transforma em alegria e satisfação de
atender pacientes de verdade. “Relacionar a
teoria com a prática é validar tudo que aprendemos e é isso que acontece na clínica”. A
fala é de Mateus Pitangueira, estagiário no 9º
semestre do curso. Veja adiante o que mais a
CAFIS faz – e como ela o faz.
Objetivos - Seguindo a linha de pensamento da Escola de formar profissionais com a
prática e prestar serviços à comunidade,
a CAFIS existe desde 1998, vinculada ao
Ambulatório Docente Assistencial da Bahiana
(ADAB). Na clínica, os estudantes de Fisioterapia desenvolvem desde atividades de ensino
(realizando tarefas de disciplinas práticas)
até pesquisas, passando pela extensão, que
consiste nos famosos estágios curriculares.
Segundo a responsável técnica da CAFIS, a
fisioterapeuta Selena Dubois, o estágio realizado na clínica representa uma etapa muito
importante na formação dos estudantes de
Fisioterapia da Bahiana, marcada pela consolidação e pela sistematização de conhecimentos. “Na CAFIS o estudante vai “amarrar”
dentro de si tudo o que aprendeu durante
o curso e oferecer esse conhecimento em
forma de um serviço”.
Além de Selena, a clínica conta com mais
duas fisioterapeutas e um corpo docente
formado por onze professores que atuam supervisionando as atividades dos estudantes,
sobretudo os que cumprem estágio curricular.
Segundo a responsável técnica, a essa altura
o estudante já está preparado tecnicamente
e também já possui maturidade como pessoa
para prestar atendimento.
Fisioterapia em
teoria e prática
Em clínica-escola e na comunidade, estudantes aprendem com a mão na massa
16
Out/2009
“Quando chega o momento do estágio, às
vezes o estudante não tem tanta consciência
de que está pronto para lidar com pacientes
reais, mas, na verdade, ele já adquiriu essa
capacidade aos poucos durante o curso”,
explica. Por isso, ainda que no primeiro momento dê aquele frio na barriga, a idéia é se
concentrar para se surpreender com o próprio
conhecimento.
Preparação gradual - Todos os estudantes
iniciam o estágio na clínica no sétimo semestre do curso – é parte curricular. Na
verdade, desde que ingressa na Bahiana o
acadêmico realiza constantes visitas à CAFIS
e aos laboratórios do curso, o que faz parte
de um processo natural de amadurecimento
profissional.
É o que comenta a coordenadora do curso
de Fisioterapia da Bahiana, Roseny Ferreira.
“Desde o primeiro semestre o estudante visita reais áreas de estágio avançado para que
haja uma aproximação gradual com a prática
profissional”. O objetivo desse flerte entre
estudantes e clínica/laboratórios é facilitar a
adaptação do futuro estagiário na hora que
ele precisar atuar. A idéia é que, quando o
estudante tiver que partir para a prática, ele
já tenha tido experiências, tenha passado por
aproximações com a clínica.
Segundo Roseny, outra preocupação do
curso, que tem a ver com essa preparação
para o atendimento de pacientes, é que o
estudante pratique todos os tipos de técnicas
e recursos em si mesmo. “Eles são incentivados a experimentar o efeito de cada aparelho
para que aprendam a decidir qual o tratamento ideal em cada caso”. Afinal, é importante
que o futuro profissional sinta a técnica que
vai oferecer ao paciente. Dessa forma ele vai
ter cuidado para, numa simples manobra,
não machucá-lo.
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Bahiana
graduação
Bahiana
graduação
“O estudante sabe que a técnica está à disposição
em tudo o que ele estudou. Mas ele não pode esquecer que ali tem uma pessoa e que ele precisa
oferecer para ela o melhor dentro do contexto. O
mais importante mesmo é isso, o amadurecimento
na relação com o outro para aplicar a técnica precisa da forma mais econômica, porque em saúde
não se pode perder tempo – a gente tem que fazer
a melhor coisa naquela hora”
“O momento do estágio é uma parte muito importante do curso, na qual o estudante vai juntar seu
conhecimento teórico com a aplicação prática. A
partir da visão interdisciplinar e do conhecimento da realidade atual na saúde, o estudante sai
preparado para montar o próprio negócio e/ou
ocupar cargos em equipes de saúde no mercado
de trabalho”
Selena Dubois, fisioterapeuta e coordenadora da CAFIS
Atuação no Complexo Comunitário Vida Pl
ena
Teoria e prática a favor do conhecimento na Clínica Avançada em Fisioterapia (CAFIS)
18
Estágio Integrado
Para fazer um diagnóstico é preciso
conhecer todas as necessidades do paciente, inclusive as soci
ais. Por isso, o atendimento
estimulado pela clínica-escola da Bah
iana não é apenas técnico.
No último semestre os estudantes
têm uma parte do estágio realizado junto à comunidade, no com
plexo Pau da Lima, onde além
de fazer avaliação do paciente eles
realizam visita domiciliar para
observar o ambiente. “O paciente que
tem uma lombalgia, mas
sobe uma escada grande todo dia,
deve mudar sua frequência
de consultas e acrescentar program
as de manutenção domiciliar
para conseguir ter sucesso no tratame
nto”, exemplifica Selena.
Por isso que, além de conhecer o pac
iente, o estagiário é orientado a conhecer a realidade social
de quem atende. Essa é uma
forma que a Bahiana encontrou de
fomentar nos estudantes
a responsabilidade enquanto cidadão
s, valorizando mais uma
característica com a qual todo profi
ssional de saúde deve sair da
Escola.
A Bahiana está preocupada desde
o início do curso com a consciência cidadã dos profissionais que
forma, dando ênfase à importância do trabalho em equipe. “O
profissional deve se engajar
no sistema de saúde como um profi
ssional colaborador, sabendo
que ele não vai resolver o problema
sozinho, mas apenas se ele
estiver muito bem relacionado com
as outras áreas para oferecer
o melhor a cada pessoa que atender”
, detalha a responsável
técnica da CAFIS.
Out/2009
Por conta disso hoje já não se fala mais em “áreas de
estágio” na clínica-escola de Fisioterapia, mas sim num
“estágio integrado”. Funciona da seguinte maneira: quando o paciente entra para atendimento, uma equipe se
ocupa em observar as necessidades dele e, em seguida,
o paciente é tratado em todas essas necessidades (antes, o paciente era recebido de maneira segmentada, nas
áreas de ortopedia, neurologia, angiologia ou dermatofuncional).
“Outra coisa importante que temos aqui na clínica é a
relação com os outros cursos. Um paciente de neuropediatria que é atendido aqui, por exemplo, tem seus pais
acompanhados por um grupo de estudantes de psicologia”, explica Selena. A mesma integração ocorre com os
acompanhamentos psicológicos e de terapia ocupacional.
“Também temos ações voltadas para educação alimentar, vinculadas à disciplina de nutrição. Assim, acadêmicos dos diversos cursos podem interagir em suas ações e
trocar experiências”, acrescenta.
Além de tudo, a CAFIS ainda faz encontros com pacientes para despedidas de semestres e realiza atividades
na sala de espera, onde todos se reúnem para falar de
temas como hipertensão e bons hábitos. E é bom frisar
como o clima da CAFIS é gostoso, em virtude da grande
abertura que há entre administração, supervisores e
estagiários. “É uma clínica bem acolhedora, leve e funcional”, comemora Selena.
“A CAFIS é a ‘porta de entrada’ do acadêmico no ambiente
profissional, facilitando a visualização dos aspectos abordados em sala de aula, além de contribuir para o desenvolvimento das características necessárias para a transição
acadêmico-fisioterapeuta.
Este momento proporciona a tomada de consciência da indissociação existente entre a teoria e a prática. Além disso,
me permite, enquanto acadêmica, aplicar o que já foi construído, bem como adquirir novos conhecimentos e despertar a responsabilidade e a consciência do que é ‘Reabilitar’.
Concomitante a esse processo, colabora também na minha
formação profissional ao trabalhar diariamente as relações
com profissionais de outras áreas, com pessoas da mesma
área e com os próprios pacientes”
Thainá Machado de Melo Vieira , 9º semestre
“A aplicação prática é uma das etapas mais importantes do
processo educacional, onde executamos nossos conhecimentos adquiridos em sala de aula e nos livros, exercemos
nossas habilidades e competências a fim de propiciar um
amplo conhecimento da prática clínica. A Clínica Avançada
em Fisioterapia (CAFIS) contribui de forma efetiva no exercício da prática ambulatorial. Essa colaboração se torna
significante no que diz respeito à relação entre teoria versus prática, na qual a partir da vivência no ambiente clínico
conseguimos sedimentar esses dois aspectos, favorecendo
a formação de um profissional experiente, ético e social”
Naiane Araújo Patrício, 9º Semestre
“Destaco que a CAFIS exerce um papel fundamental na
formação do profissional, pois além de ensinar desde já
como se comportar em um ambiente profissional, o estágio
na clínica-escola permite uma maior proximidade entre o
fisioterapeuta, o estagiário e o paciente. A aplicabilidade
prática é como um feedback necessário para comprovar
tudo ensinado na teoria em sala de aula”
Mateus Pitangueira, 9º semestre
Out/2009
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PÓS-GRADUAÇÃO
Bahiana
Bahiana
Quem sonha em seguir profissão na área de
saúde costuma se identificar bastante com
disciplinas das ciências naturais. Mais que
isso, adorava aulas práticas e vibrava quando,
nos tempos do Ensino Fundamental, tinha que
ir para o laboratório fazer experiências de Química, Física e Biologia. Naturalmente, muitos
desses “projetos de cientistas” nutrem uma
ponta de curiosidade sobre a área de pesquisa
e sonham em, quem sabe um dia, descobrir a
cura para doenças – e, porque não, batizar o
novo tratamento com o próprio nome.
Pesquisa e Pós-graduação
com papel social
Investimento da Bahiana em pesquisa se concentra nas
necessidades da comunidade
Mas se engana quem acha que esse mundo
está muito distante. Na Bahiana, as portas da
pesquisa estão abertas para o estudante já na
graduação. Na prática, somente as Instituições
de Ensino Superior (IES) com título de universidade são obrigadas, por lei, a desenvolver atividades de pesquisa. Entretanto, seguindo sua
proposta de não ser apenas mais uma IES que
transmite conhecimento, a Escola Bahiana de
Medicina e Saúde Pública se dedica e investe
também no desenvolvimento de pesquisas em
seus cursos de graduação e pós-graduação.
O objetivo maior desse investimento é produzir
informação nova, pois quando há produção de
conhecimento, professores e alunos desenvolvem potencialidades técnicas e científicas e a
comunidade tem suas necessidades atendidas
mais amplamente. São mais de 200 pesquisas
sendo desenvolvidas pela Bahiana na área das
ciências básicas. Dentre elas estão os estudos
em Bioquímica, Biomecânica, Microbiologia,
Toxicologia, Virologia, Patologia, Histologia, Fator de Risco, Etioimunopatogenia, Morfologia,
Imunologia, Parasitologia e Fisiologia. Doenças
como o HTLV e cardiopatias são alguns dos
principais focos de estudo da Escola.
“Como as nossas pesquisas são mais voltadas
para clínica, além de proporcionarmos uma
melhor qualidade de ensino e aprendizagem,
damos atenção aos problemas que realmente
afligem a comunidade”, explica a coordenadora de Pós-graduação da Bahiana, Kátia Nunes
Sá. Os estudos integram alunos da graduação
e da pós-graduação da Bahiana e fazem o
diagnóstico de doenças e não o tratamento
delas. A maior parte das pesquisas é realizada
nos laboratórios de Nazaré, Cabula e Brotas
e em laboratórios parceiros, como da UFBA,
UFRJ, FioCruz. Segundo Kátia, a pós-graduação
da Bahiana publica cerca de 100 trabalhos por
ano em revistas científicas indexadas (publicações que estão registradas em bases de dados
internacionais).
PÓS-GRADUAÇÃO
ção de professores e alunos da Bahiana, como
o Roberto Santos, o Santa Izabel, o Hospital
Geral do Estado e o Hospital do Câncer; e dos
animais de experimentação do Laboratório de
Cirurgia Experimental da Bahiana, localizado
no bairro de Nazaré”, menciona a Coordenadora.
Alunos da Bahiana têm a
oportunidade de desenvolver
projetos de pesquisa ainda
na graduação
História - Segundo Kátia Sá, nos dias de hoje o
profissional da saúde precisa de uma formação continuada, pois somente a graduação
não garante a inserção dele no mercado de
trabalho. Foi justamente para atender essa
demanda que, em 1998, foi criada a coordenação de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão da
Bahiana.
No entanto, a dedicação da Bahiana à área de
especialização vem de 30 anos atrás. “Antes,
a especialização acontecia com o curso de
Medicina do Trabalho, que era vinculado ao
curso de graduação em Medicina”, informa
Kátia Sá. No ano de 2000, a Escola iniciou cursos de Mestrado e Doutorado Acadêmicos em
Medicina. Já em 2006, passaram a ser aceitos
outros profissionais da área da saúde com a
finalidade de desenvolver a pesquisa e formar
pesquisadores na Escola.
Antes ainda, em 2005, a Bahiana havia
instituído o Mestrado Profissionalizante em
Odontologia. De lá pra cá, os cursos stricto
sensu (mestrado e doutorado) têm sido cada
vez mais valorizados pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), tendo obtido notas 4 no Mestrado e
Doutorado Acadêmico em Medicina e nota 3
no Mestrado Profissionalizante em Odontologia - um reconhecimento legítimo da qualidade
dos programas.
Futuro - “A Bahiana atende a praticamente
todas as exigências do Ministério da Educação
para ser reconhecida como uma Universidade, necessitando apenas incluir mais um
programa de mestrado. É, portanto, meta
institucional oferecer um programa de mestrado em área básica, preenchendo a lacuna da
pesquisa que fundamenta as ações práticas
nas clínicas”, complementa.
Pós-graduação, coordenada pela professora Kátia Sá, busca
proporcionar uma melhor qualidade de ensino e aprendizagem
As fontes dos dados das pesquisas são bastante diversificadas. “Muitas vezes os materiais
biológicos provêm dos próprios alunos e parentes voluntários, de pacientes dos diversos
ambulatórios, como dos Adabs de Brotas e do
Cabula; dos Programas de Saúde da Família
(PSFs) do Candeal, Pau da Lima e de Monte
Gordo; das clínicas e hospitais onde há inser-
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Out/2009
Out/2009
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graduação
Bahiana
graduação
Bahiana
O laboratório, que funciona na Unidade Acadêmica Brotas, faz parte do grande complexo
de saúde da Escola, o Ambulatório DocenteAssistencial da Bahiana (ADAB). É utilizado por
todos os alunos de Biomedicina já a partir do
terceiro semestre. Porém, essa participação
aumenta no último ano do curso, quando o
estágio é intensificado e o estudante desempenha atividades mais complexas.
Momento do aprendizado - No laboratório, o estudante vive a oportunidade de experimentar especialidades como Bacteriologia, Bioquímica,
Hematologia, Microbiologia Clínica, Imunologia
e Parasitologia. A Profa. Hygia Guerreiro conta
que, ainda na fase introdutória do estágio
(que dura cerca de dois meses), os alunos
participam da coleta de sangue, acompanham
amostras e o processamento delas. “Essa é
uma forma deles compararem, confrontarem
o que aprenderam e tirarem dúvidas, o que é
fundamental para ampliar o aprendizado”, diz.
O estágio - que é curricular, supervisionado
e obrigatório - além de ajudar a comunidade
com a realização de exames gratuitos, tem
reforçado também o elo entre orientadores
(professores e funcionários do laboratório) e
estudantes, que vivenciam diariamente uma
relação de aprendizagem e troca de conhecimentos.
Para fortalecer esse ganho de aprendizado
prático, a Bahiana também possui convênios
com laboratórios das redes pública e privada.
“Isso permite aos estagiários terem uma visão
plural das atividades no âmbito das Análises
Clínicas e de outras especialidades”, explica
professor Ferraro. Entre outras coisas, esse
contato variado ajuda o futuro biomédico a
escolher o seu campo de atuação.
Conheça o Laboratório
Caminho aberto aos
biomédicos
Laboratório da Bahiana consolida na prática os conhecimentos adquiridos sobre Análises Clínicas
Embora ainda pouco desvendada pelos
jovens, a Biomedicina é uma das profissões
de saúde com mais opções de atuação.
Desde a graduação até a cirurgia, passando
pela área laboratorial e de bioimagem, são
muitos os espaços e funções para este multiprofissional. Pensando nisso, a Bahiana tem
investido no aprendizado prático de seus
futuros biomédicos. Afinal, não tem jeito melhor de aprender que estudar praticando.
Além da expressiva grade curricular e dos professores de renome, os estudantes da Bahia-
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Out/2009
na contam com um Laboratório de Análises
Clínicas inteiramente dedicado à realização
de exames para a população. Através dele os
alunos ganham mais conhecimento, experiência e vantagem no mercado de trabalho. “No
Laboratório os estudantes trabalham, entre
outras coisas, com bioamostragem e citologia
esfoliativa, vivenciando e experimentando
práticas laboratoriais em ambiente profissional. Eles são amplamente capacitados nas
áreas das análises clinicas”, explica o coordenador do curso de Biomedicina da Bahiana,
Prof. Geraldo Ferraro.
O Laboratório de Análises Clínicas da Bahiana proporciona a realização exames, atividade essencial aos trabalhos de pesquisa dos
mestrandos e doutorandos da Bahiana e ao
estágio em Análises Clínicas dos estudantes
de Biomedicina. Os serviços disponibilizados
são os de auxílio diagnóstico (exames de
análises clínicas) para os clientes internos
(Medicina Ocupacional), do Sistema Único
de Saúde (SUS) e dos convênios, como Planserv, Petrobras, Saúde Bradesco, Golden
Life, Saúde Caixa, Asfeb, entre outros.
a sexta-feira. “Há fichas diferenciadas para
idosos, gestantes, pessoas com criança de
colo e portadores de necessidades especiais”, informa.
Para atendimento aos demais convênios
são distribuídas senhas de atendimento de
segunda a sexta-feira, a partir de 6h30 da
manhã. Os clientes são atendidos por ordem
de chegada e recebem fichas. Também há
prioridade de atendimento para idosos,
gestantes, pessoas com criança de colo e
portadores de necessidades especiais.
“Realizamos exames nas áreas de Bacteriologia, Bioquímica, Espermocitologia, Hematologia, Hormônios, Imunologia, Citopatologia
Cérvico-vaginal, Parasitologia e Uroanálise”,
explica a Coordenadora do Laboratório de
Análises Clínicas, Mirian Athayde. Ela explicou que para atendimento aos pacientes do
SUS as senhas de atendimento são distribuídas a partir de 6h da manhã, de segunda
Os pré-requisitos para realização dos exames
variam a depender do procedimento que o paciente necessite realizar. “Como regra geral,
a maioria dos exames de sangue exige jejum
de 8 a 12 horas, mas isso não é aplicável a
todos os procedimentos e pacientes. O cliente
pode se informar sobre o preparo para o seu
exame ligando para o nosso atendimento, no
(71) 3276 - 8200”, informa Mirian.
depoimento
io de Imunohematologia do Receptor e
Para o biomédico e responsável pelo Laboratór
Sangue (STS), Jorge Gonçalves Júnior, as
da Especializada do Serviço de Transfusão de
para a formação do profissional bioméAnálises Clínicas são as ciências fundamentais
o caminho para entender por que uma
dico e para qualquer um da área da saúde. “São
quais são as alterações consequentes da
determinada patologia acontece e/ou verificar
mesma”, declara.
ratório de Análises Clínicas da Bahiana
Segundo Jorge, que foi aluno da Escola, o Labo
constituiu a primeira oportunidade para
foi fundamental para sua vida profissional, pois
truírem uma visão geral e fortalecerem
ele e seus colegas, na época acadêmicos, cons
de cada ciência pertencente às Análises
a base de conhecimentos para o entendimento
atório me remetem à qualidade e à
Clinicas. “Em relação à Bahiana, o curso e o labor
cido conhecimento. E isso permanece
lembrança de encanto pelo até então desconhe
ou.
em mim, enquanto profissional formado”, afirm
Profª. Hygia Guerreiro analisa material que
servirá para a descoberta de patologias e,
posteriormente, como fonte de dados para
as pesquisas desenvolvidas pela Escola
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BAHIANA SOCIAL
Projeto Candeal
Bahiana
Bahiana
BAHIANA SOCIAL
O que você pensa quando ouve falar em “comunidade de aprendizagem”? Um grupo de pessoas reunidas para aprender, certo?
Até aí, tudo bem. Mas você faz ideia de como isso funciona na área
de saúde? Pois bem... junte pelo menos um profissional de saúde,
estudantes da área de saúde e um grupo de pessoas que tenham em
comum um mesmo problema (diabetes, por exemplo). Agora, marque reuniões semanais para que todos discutam sobre maneiras de
lidar com a questão, troquem experiências, informações e se apóiem
mutuamente. Pronto, o conhecimento aflora para todos os lados.
Estudantes aprendem mais, profissionais ganham experiência e pacientes recebem suporte e informação para se relacionarem melhor
com a situação.
Ação de responsabilidade social da Bahiana forma “comunidades de aprendizagem”,
com ganhos de conhecimento para alunos, professores e pacientes
24
Out/2009
Em outras palavras, este é o Projeto Candeal, uma ação de responsabilidade social que é desenvolvida pela Bahiana no Distrito Sanitário de Brotas. Em suma, se trata de um trabalho de educação em
saúde que busca ajudar as pessoas a lidarem com doenças como
a hipertensão, a se livrar de vícios como o cigarro e a terem melhor
qualidade de vida durante a gravidez. O nome Candeal, por sua vez,
é uma espécie de homenagem ao fato do projeto ter começado no
local. Segundo afirma a coordenadora do projeto, Maria Antonieta, “O
Candeal foi um lugar que nos acolheu muito bem e tem um respeito
muito grande por esse projeto. Por isso mantivemos o nome”, explica.
Hoje o projeto envolve professores e alunos de todos os cursos da
Bahiana: Medicina, Odontologia, Fisioterapia, Terapia Ocupacional,
Biomedicina, Enfermagem e Psicologia. Embora seja uma prática de
Extensão, alguns cursos consideram a atividade como complementar
ou curricular. Atualmente, são 12 grupos que funcionam em diferentes locais do Distrito Sanitário de Brotas, sendo que alguns deles
contam com apoio das Unidades de Saúde da Família do Candeal e
do Engenho Velho.
Os grupos têm trabalhos direcionados para diferentes focos: qualidade de vida, saúde da mulher, idosos, adolescentes, crianças, fumantes, diabéticos e hipertensos, gestantes, meio-ambiente e trabalho.
Cada um, em função de seu tema, vai por um caminho e tem características próprias de atividades. “Assim, cada professor tem liberdade
para tocar seu trabalho desde que não fuja dos objetivos do projeto”,
explica Profª. Maria Antonieta.
Profª. Maria Antonieta passa
as diretrizes aos alunos que
trabalharão em prol da saúde
mental e física da sociedade
Equipes multiprofissionais e interdisciplinares - Cada grupo tem uma multiequipe responsável por coordenar o trabalho, formada por alunos,
professores e, em alguns deles, representantes das unidades. Juntos,
eles desenvolvem métodos e realizam atividades de educação em
saúde para a comunidade. Semanalmente, em cada equipe, uma dupla de alunos assume respectivamente a coordenação dos trabalhos
com a comunidade e a elaboração do relatório do dia, sob a supervisão do professor, que pode ser docente de qualquer curso da Bahiana. Um dos objetivos do projeto é justamente que todos os alunos do
grupo cumpram o papel de coordenação em algum momento.
Esse caráter é essencial, pois clama os futuros profissionais a compreenderem as outras áreas afins. Alunos relatam que em certos
momentos de atuação conjunta, inseridos na comunidade, nem se
dão conta de que são de cursos diferentes. “Essa sensação é que é
a verdadeira interdisciplinaridade”, afirma Maria Antonieta. Para a coordenadora, esta já é uma tendência em todos os cursos da Bahiana.
“Não só no projeto como em toda a Escola, a gente procura fazer com
que as disciplinas realizem essa convergência para o único objeto de
estudo, que é o homem, a sua saúde e qualidade de vida”.
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Bahiana
BAHIANA SOCIAL
Bahiana
BAHIANA SOCIAL
“O grupo me ajudou conversando, aconselhando. Cada
uma das pessoas que passam ajuda um pouquinho.
E, graças a Deus, eu estou bem, estou fumando bem
menos, não canso e não estou mais tossindo”
Metodologia construtiva
faz com que a informação
passada ao indivíduo seja
reiterada a cada etapa do
processo, aumentando as
chances de sucesso
Maria Lindinalva Conceição, 68 anos
“O principal é o apoio psicológico, não os adesivos. O
grupo ajuda a gente a entender que o remédio não vai
fazer efeito nenhum se nossa vontade não for forte.”
Rita Maria Dantas da Silva, 49 anos
Papel social - Do ponto de vista social, o projeto serve de exemplo sobre a importância
do trabalho de prevenção, pois reafirma as
diretrizes propostas para a atenção básica
no sentido da educação em saúde. Há casos de pessoas que deixaram de fumar, se
afastaram das drogas; pessoas que tinham
quadro de obesidade e emagreceram; pessoas hipertensas e diabéticas que aprenderam a controlar seus problemas. “São vidas
que têm tomado novas decisões, criado
novos hábitos com relação ao autocuidado”,
comenta a coordenadora.
Metodologia - Entre diversas atividades são
realizadas dinâmicas, palestras, exposições
orais, discussões, lanches saudáveis, feiras
de saúde... Até um “forró sem tabaco” tem.
O diferencial do projeto, entretanto, é que
por ele ser realizado em encontros sistemáticos, com um mesmo grupo, as pessoas
são submetidas a um processo educativo.
Consequentemente, o efeito é diferente
de uma simples palestra isolada, sem um
trabalho de continuação.
“Se o indivíduo recebe aquela informação,
mas no dia seguinte não tem um suporte,
um lugar onde ele leve a angústia de não ter
conseguido realizar o que se propôs após o
trabalho de grupo, onde escute como o colega passou a semana, pegando outras infor-
“Eu cheguei com uma vontade imensa de parar de fumar, mas sem esses encontros que temos uma vez por
semana, o medicamento é inútil. Aqui, independentemente de conseguir ou não deixar o cigarro, eu ganhei
a consciência de que sou capaz de parar na hora que
eu resolver, coisa que eu não imaginava. No fim do tratamento, pretendo continuar vindo pra tentar retribuir
um pouco da ajuda e da companhia das pessoas”
mações e experiências, as chances de ele
prosseguir tentando e ter sucesso diminuem
bastante”, explica Maria Antonieta. Por
isso, o sucesso do projeto é creditado à sua
metodologia, que não é meramente informativa, mas também processual, construtiva.
O projeto compreende que é necessário que
o indivíduo se assenhore das suas possibilidades, se aproprie de um conhecimento
sabendo que isso fará com que ele se transforme. Isso gera nele um protagonismo com
relação à própria saúde. A grande importância desse trabalho, enquanto educação para
saúde - em nível social -, é possibilitar essa
construção.
Lucas Gally, 27 anos
“A experiência formativa do Projeto Candeal possibilita ao estudante da área da
saúde repensar suas possibilidades e limites, qualificando sua percepção sobre
si mesmo. Nessa proposta pedagógica o
estudante é sujeito ativo na construção
do conhecimento e, na comunidade, ele
é levado a defrontar-se com a realidade
social em toda a sua amplitude e, com
ela, pode aprender sobre as diferenças,
sobre a importância de criar, cuidar,
escutar e de atentar para si. O contexto
onde a aprendizagem se realiza tem
efeito de humanização importante em
todos os envolvidos no processo.
Mônica Daltro, psicóloga, mestra em Medicina e Saúde Humana, professora-assistente
do curso de Medicina
“Participar do Projeto Candeal foi uma
experiência muito enriquecedora, tanto do
ponto de vista pessoal quanto profissional. Ao
final do projeto, observamos como a nossa
atitude modificou a vida daquelas pessoas
que nutriam grandes dúvidas e tabus sobre
inúmeros temas relativos à gestação. Além
disso, tivemos depoimentos de grande impacto, que nos colocaram frente a questões
sociais complexas, nos fazendo refletir sobre
as condições atuais da saúde pública, da
violência familiar, dentre outras. Outro ganho
foi o contato mantido com alunos de outros
cursos da área de saúde, e assim vivenciar
a experiência da abordagem multidisciplinar.
Não esperava que fosse ficar tão satisfeita
com o resultado do nosso trabalho”
Andreza Bartiloti, 6º semestre de Medicina
“Para mim foi um privilégio participar deste grupo pela constante troca de informações e experiências. Nunca tinha participado antes de
atividades voltadas para políticas públicas, sendo assim, este projeto me deu a oportunidade de entender o SUS, e o mais legal de tudo foi a
companhia de alunos de outros cursos. Na teoria, a gente sempre aprende a importância de uma abordagem integral e multiprofissional, entretanto, na graduação são poucas as oportunidades que surgem. Por isso este projeto teve grande relevância para o meu crescimento profissional, na medida em que eu pude elaborar propostas de todas as formas, compartilhar e somar conhecimentos de todas as áreas, pois nossa
única finalidade era atender bem, abordar de forma mais global as gestantes que nos procuravam. Passei a ter um olhar diferenciado sobre as
coisas, entendi que o conhecimento teórico faz-se necessário, mas sobretudo a vontade de ajudar, estar sempre disponível, respeitar e entender os problemas do outro são de extrema importância durante o processo que se instala a partir do atendimento ao próximo”
Manuella Castro Silva, 7º semestre de Fisioterapia
26
Out/2009
Out/2009
27
VIDA acadêmica
Bahiana
Live@
edu
Inédito no Norte/Nordeste, novo programa
potencializa a relação entre alunos,
professores e a Bahiana
Tecnicamente, ele é um “super e-mail”. Mas,
na prática, será um carinhoso e prolongado
mimo da Bahiana aos seus estudantes. Esse
é o propósito da Escola ao adotar o Live@
edu, uma ferramenta da Microsoft que oferta
correio eletrônico (o famoso “e-mail”) para
instituições educacionais. Aliás, a Bahiana
é a primeira instituição do Norte/Nordeste a
implantar a ferramenta.
Para quem ficou curioso, basta saber que o
Live@edu é um e-mail completo, com 5GB
de espaço e diversos recursos importantes, como a conexão através de uma área
restrita para bate papo com os componentes
da sua lista de contatos. Nesta conexão, o
usuário é avisado sobre amigos que estão
online. Também há possibilidade de formação de grupos, criação de pastas e até
mesmo compartilhamento dessas pastas
entre usuários.
E não é só isso. Há ainda um calendário individual, onde cada usuário define quem pode
visualizar o seu e, dessa forma, pode ser utilizado para agendamento de reuniões com
colegas ou mesmo com professores. Além
disso, o Live@edu utiliza a mesma interface
do hotmail (Windows Live Mail), o que facilita
a navegação, e conta com filtros anti spam e
anti phishing*.
28
Out/2009
Segundo o assessor de Planejamento da
Bahiana, Dr. Ramalho, o Live@edu pode
funcionar integrado ao softwere Microsoft Outlook. “Nos Estados Unidos, o usuário deste
mesmo programa dispõe gratuitamente de
outras ferramentas da Microsoft, como Word
e Excel, o que deve acontecer, em breve,
também no Brasil”.
Link eterno - A motivação da Bahiana ao
adquirir o programa, no entanto, é o fato de
que o aluno não perde esse e-mail quando
conclui a graduação, podendo levá-lo consigo
para sua vida profissional. “Assim, fica um
elo entre o estudante e a Bahiana, que não
perderá contato com seus ex-alunos”, explica
Dr. Ramalho.
Segundo a gestora do Núcleo de Comunicação e Marketing (NUCOM) da Bahiana, Regina
Carvalho, a implantação do Live@edu irá
ajudar a manter não só alunos e ex-alunos,
mas também corpo docente e até mesmo
funcionários conectados. “Esta é a funcionalidade primordial deste programa da Microsoft que permite à instituição alcançar este
objetivo de forma eficiente, robusta, com mais
segurança”.
Regina acrescenta que a hospedagem de email gratuita tira da instituição a necessidade
de uma infraestrutura de servidores, como
acontecia anteriormente. “Ou seja, a Microsoft administra a infraestrutura e nós controlamos todos os e-mails, que são, da mesma
forma, institucionais”. Por conta disso, uma
das atrações é a personalização do endereço. Para professores e funcionários o e-mail
será composto pelo nome da pessoa mais
o domínio definido da Bahiana (se o nome
da professora for Aline, por exemplo, o email
poderá ficar [email protected]).
Já os alunos e ex-alunos ganharam um
diferencial no domínio. Se Aline for o nome de
uma estudante, seu e-mail poderá ser (aline@
sou.bahiana.edu.br). “Esta foi uma estratégia
proposital de uso do domínio mais intimista,
uma vez que percebemos que nossos alunos
e ex-alunos sentem orgulho de serem ou
terem sido ‘Bahiana’ e, por isso, merecem
um endereço eletrônico personalizado, que
podem levar consigo para a vida toda, se
desejarem”, explica Regina.
Renomadas instituições de ensino americanas já aderiram ao Live@edu, e todas elas
estão muito satisfeitas com os resultados. No
Brasil, menos de dez instituições já absorveram a ferramenta. A Fundação Getúlio Vargas,
uma das mais respeitadas escolas brasileiras
de formação nas áreas de administração
Bahiana
de empresas, economia, direito e ciências
sociais, é uma das que aderiram e/também
apresenta resultados positivos com o programa.
“Temos certeza que o Live@edu é uma solução confiável, segura e muito fácil de usar,
além de ser compatível com todos os navegadores populares no Windows ou Mac, incluindo Firefox e Safári”, finaliza Regina. O serviço
estará disponível à comunidade Bahiana a
partir de julho.
*phishing é uma forma de fraude eletrônica, caracterizada por tentativas de adquirir informações sensíveis,
tais como senhas e números de cartão de crédito, ao se
fazer passar por uma pessoa confiável ou uma empresa
enviando uma comunicação eletrônica oficial, como um
correio ou uma mensagem instantânea. Anti phishing é
um aplicativo que o Live@edu possui que evita o acontecimento destas fraudes.
VIDA acadêmica
A gestora do NUCOM, Regina Carvalho,
pretende, com o Live@edu, criar um
laço contínuo com os alunos e exalunos da Bahiana
Chegando
a alunos e
professores
Para divulgar e disseminar o Live@edu entre alunos e professores, o NUCCOM da Bahiana
irá produzir 3.500 cartilhas com instruções de uso do Live@edu, que serão distribuídas
para este público. Além disso, serão instalados durante dois meses, nas três unidades
acadêmicas da Escola, terminais com notebooks onde, com o apoio de pessoal técnico, os
estudantes poderão manusear, se orientar e se informar quanto ao uso do e-mail.
Um passo
a mais na
caminhada
Desde o início de 2008, a
Bahiana vem implantando
inúmeras inovações dentro da
Escola no sentido de acompanhar a natural exigência
do mercado em modernizar e
intensificar seus diferenciais
como instituição de ensino de
reconhecimento, tradição e
qualidade. Já foi implantada
rede wireless nas três unidades acadêmicas e foi criado
o Centro de Desenvolvimento
de Tecnologias Educacionais
(CEDETE). Também foi desenvolvido um número considerável de sistemas para potencializar a relação entre alunos,
professores e as unidades
acadêmicas.
Out/2009
29
institucional
Bahiana
Bahiana
institucional
Bahiana busca excelência em
tudo que se propõe a fazer
Mais conforto
para todos
Com 57 anos de tradição, a BAHIANA é referência nacional na formação de
profissionais da área de saúde. Mesmo assim, não para no tempo e continua
inovando a cada dia
30
Out/2009
Realizar sonhos e encantar jovens com
vocação na área médica é algo que
requer esforço institucional para oferecer ambientes qualificados e excelentes
condições para o exercício das atividades de aprendizagem. A busca por essa
excelência sempre foi mais que uma
preocupação da Bahiana: tem sido uma
diretriz da Escola.
Nos últimos anos, muitas ações foram
postas em prática tendo como foco,
sempre, a melhoria do conforto ambiental e o suporte à qualidade do atendimento prestado a alunos, professores e
colaboradores. Atualmente, as instalações da Bahiana atendem com perfeição
as atividades educacionais e de assistência na área da saúde. Além de salas
de aula e auditórios, estão disponíveis
para as atividades acadêmicas centros
de pesquisa, laboratórios especializados
e multifuncionais de naturezas diversas.
Out/2009
31
Bahiana
institucional
Laboratórios de Informática
De 2007 para cá, foram concluídos diversos
programas de reformas, ampliações e aquisições de equipamentos que têm mantido os
laboratórios da Bahiana sempre atualizados.
Um exemplo é o pavimento térreo da antiga
Biblioteca da Unidade Acadêmica Nazaré,
que foi totalmente reformado, dando lugar
a três laboratórios de informática equipados com 61 computadores, sala de apoio
e sanitários adaptados para portadores de
deficiência física.
A nova estrutura amplia os recursos dispo-
nibilizados aos alunos para realização de
atividades, além de oferecer melhores condições de pesquisa durante a rotina estudantil.
Outro aspecto positivo trazido pelo novo
laboratório é o fato de facilitar o dia-a-dia do
estudante que, tendo à disposição máquinas
modernas, pode otimizar seu tempo livre,
entre uma aula e outra, de diversas formas
produtivas.
Bahiana
institucional
Estrutura para curso de Enfermagem
Ainda na área de informática, a Bahiana
está investindo na aquisição de vinte novos
computadores para substituição dos equipamentos do Laboratório III de Informática da
Unidade Acadêmica Brotas.
Laboratório Perio-Imuno e Laboratório de Habilidades
de Enfermagem
Antecipando suas metas de inserção no
ensino de Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA, a Bahiana criou o Centro
de Desenvolvimento de Tecnologias
Educacionais (CEDETE), localizado na
Coordenadoria, em Brotas, que conta
com Sala de Videoconferência dotada de
equipamentos de vanguarda tecnológica, rede estruturada para fluxo de dados
e imagem integrado a pontos de apoio
nas três unidades acadêmicas. (ver
matéria na página 8)
Também localizado na Unidade Acadêmica
Cabula, o Laboratório de Habilidades do curso
de Enfermagem foi inaugurado em março de
2009, com a função de ser o local onde serão
desenvolvidas atividades práticas dos componentes curriculares – o que significa que o
contato dos estudantes com o laboratório vai se
dar em diversos momentos do curso. “O laboratório é onde o estudante vai fazer a relação
teoria-prática, assistindo aulas demonstrativas
e simulações”, explica a coordenadora do curso
de Enfermagem da Bahiana, Maria de Lourdes
Gomes.
Entre as práticas desenvolvidas no laboratório
estão a simulação em Primeiros Socorros, em
Semiologia e Semiotécnica, em Saúde do Adulto
e Bases Práticas I e II. O laboratório é dividido
em estações e as atividades serão desenvolvidas, separadamente, em cada uma delas. “Tem
a estação de administração de medicamentos,
uma de curativos, uma de sondagem vesical,
uma de punção venosa. O aluno vai ter oportunidade de passar por todas essas estações de forma contínua, elevando progressivamente o nível
de complexidade de acordo com o conhecimento
que ele vai adquirindo”, detalha a coordenadora.
32
Out/2009
O novo laboratório vem somar as aulas teóricas,
práticas e as atividades de campo (hospitais,
unidades básicas de saúde e demais instituições). “Ele proporciona novos momentos de prática dentro da Escola, que vão relacionar teoria e
prática de uma forma simulada”, conta Maria de
Lourdes. Além de simulações, o espaço vai permitir também a aplicação de outras atividades,
como apresentação e discussão de casos.
A Bahiana oferece toda a estrutura para a
prática de esportes, incluindo uniformes
e aluguel de espaços para a prática de
atividades como natação, basquete, volei,
futsal, capoeira e surf. Para isto, mantém
uma parceria com uma equipe de instrutores
que é coordenada por Gildásio Campos. Para
2010, a Bahiana já planeja a construção de
um Centro Poliesportivo na Unidade Acadêmica Cabula.
CEDETE
Outros destaques são os novos laboratórios da
Bahiana: o Laboratório Perio-Imuno e o Laboratório de Habilidades de Enfermagem. O primeiro
foi implantado no Bloco 1 da Unidade Acadêmica
Cabula - equipado com bancadas, armários e
Cabine Biológica - e vai atender aos estudantes
dos cursos de Odontologia.
Laboratórios Perio-Imuno e de Habilidades de Enfermagem são destaques da Bahiana
Estrutura esportiva
Para receber o novo curso de Enfermagem foi feita uma reestruturação das
salas de coordenação de curso, bem
como dos gabinetes dos Núcleos Curriculares, na unidade Acadêmica Cabula, com
sala de espera, secretaria e arquivos.
Antes disso, em 2006, foi construído, na
mesma unidade, um Pavilhão de Aulas
com 14 salas de aula, dois laboratórios
de informática, reprografia, diretórios acadêmicos, esplanada, área de convivência
e um centro de convenções com foyer,
que ocupa todo o segundo andar.
Ambulatório Docente-Assistencial (ADAB)
Reformas físicas tomaram conta das unidades do ADAB Brotas (Multiprofissional) e do ADAB
Cabula (Odontologia) para que fossem realizadas instalações específicas. O Centro de Imagem
e o Centro de Cardiologia foram ampliados para atender mais pacientes e comportar mais
alunos aprendendo.
Também houve implantação do Setor de Esterilização, com área de expurgo, lavagem e armazenamento; implementação do Plano de Acessibilidade, com a construção de rampas e a
adaptação de unidades sanitárias, além da construção de passeios integrando a entrada do
ambulatório SUS com os acessos à Entrega de Resultados e à Clínica de Terapia Ocupacional,
ampliação do passeio e a criação de rampa de acesso em frente à área dos convênios. Com
isso, o acesso de pacientes com dificuldade de locomoção foi facilitado.
Estrutura de natureza
As unidades acadêmicas da Bahiana se
destacam pela preservação das árvores,
rede de drenagem e amplos espaços gramados, em sintonia com o meio ambiente e
a sua preservação. Esse cuidado e contato
com a natureza criam climas bem mais
agradáveis e aconchegantes. Ambientes
destinados à convivência, ação social e
cultural, conforto e lazer complementam as
instalações da Bahiana.
Out/2009
33
VIDA acadêmica
Bahiana
Bahiana
VIDA acadêmica
“A nossa liga é como se fosse uma família. Todos os membros, novos e antigos, estão sempre
interligados, sempre contribuindo uns com os outros” – Larissa Durães
estudante é quem geri a liga e, por isso, ele
tem que ser proativo”, complementa.
Isso significa que você não deve temer
participar de uma Liga Acadêmica, mas
que, para integrar uma, você deve querer
de verdade aquele conhecimento. Afinal, se
trata de uma atividade não-curricular e que
só vai existir se estudantes quiserem se dedicar a aprender algo mais sobre um tema,
assunto ou questão da área de saúde. Foi o
que fez Larissa Durães: “Assumi a liga como
uma parte de mim, da minha faculdade, da
minha formação, como uma oportunidade
de aprender um pouco mais”.
Larissa é ex-presidente da Liga Acadêmica
de Medicina Intensiva da Bahia (LAMIB).
Segundo ela, os três objetivos básicos de
toda liga são ensino, pesquisa e extensão.
“A nossa liga, por exemplo, traz um tema
que não faz parte da grade curricular, que
não se vê com frequência, proporcionando
aprendizado tanto do ponto de vista teórico
quanto do prático”.
Ligas de
conhecimento
Atividades – As reuniões semanais costumam acontecer em salas e auditórios das
próprias Escolas. Na liga de Medicina Intensiva, por exemplo, as reuniões possuem
dois momentos diferentes, um dedicado
à parte administrativa da Liga e outro de
cunho científico, no qual são realizadas
aulas, apresentação de artigos, estudo de
casos clínicos, entre outras atividades.
“Geralmente as apresentações são feitas
pelos próprios alunos, mas sempre que
conseguimos levamos professores convidados, que não precisam ser, necessariamente, um dos orientadores”, explica
Durães. Entretanto, mesmo quando não se
fazem presentes, os orientadores mantêm
contato com integrantes e estão sempre
cientes das atividades da liga.
Além disso, as ligas participam e organizam congressos, simpósios e outros eventos de troca de conhecimentos. Em maio
de 2008, a LAMIB organizou o primeiro
Encontro Nacional de Ligas de Medicina
Intensiva, durante o Congresso Brasileiro
de Medicina Intensiva, que aconteceu em
Salvador. “A gente conseguiu reunir Ligas
Acadêmicas de São Paulo, Rio de Janeiro,
Cuiabá e Pernambuco”, conta Larissa. Em
algumas áreas já há comitês nacionais
que aproximam e centralizam o trabalho
desenvolvido pelas ligas que estudam o
tema em todo o país.
A Liga de Medicina Intensiva já soma quatro artigos publicados na Revista Brasileira de Terapia Intensiva e três simpósios
realizados sobre o tema. “Nosso aprendizado aqui é mais amplo – tem o foco
na Medicina, mas tem a organização de
eventos, tem a parte social, que fazemos
com creches. E todas essas coisas são importantes para a nossa formação médica”,
depõe Larissa.
Seleção, prática e extensão - Quanto ao processo seletivo, na LAMIB há três etapas:
uma prova objetiva, análise de currículo
e entrevista. “O aluno que quer entrar na
liga é analisado em todos os aspectos
até ser selecionado”, explica Durães. Mas
atenção: para receber o certificado de participação o estudante precisa completar
pelo menos um ano de participação. Esse
processo, no entanto, pode variar de uma
liga para outra.
A ex-presidente da LAMIB destaca ainda o
apoio da Bahiana ao trabalho desenvolvido
pelas ligas. “A Bahiana sempre está disposta a ajudar as ligas em geral, seja com
espaço, seja com divulgação. Temos um
incentivo muito generoso da Escola para
que estejamos o tempo todo promovendo
ações e eventos”.
Na parte prática, a Liga de Medicina
Intensiva também conta com o apoio
do Hospital Agenor Paiva, através dos
orientadores da Liga e Coordenadores da
Unidade de Tratamento Intensivo (UTI)
do hospital, Dr. Paulo André Jesuino e Dr.
Sydney Agareno, que cedem a UTI para
o desenvolvimento de atividades práticas. “Funciona como um estágio mesmo,
com plantão de 12 horas por semana e
acompanhamento de médicos da unidade”, explica Larissa. Com essa parte a liga
completa seu ciclo de aprendizagem, que
envolve ensino, pesquisa e extensão.
Estudantes das ligas em atuação
durante a 8ª Mostra Científica e
Cultural da Bahiana (2008)
Criadas por iniciativa dos estudantes, ligas acadêmicas são importantes ferramentas
de aprendizagem para quem está disposto a correr atrás do conhecimento
Estudantes reunidos uma vez por semana para aprofundar o conhecimento em
determinado assunto. Isso parece um
grupo de estudo? Pois bem, esse grupo
tem presidente, vice-presidente, diretoria,
professores-orientadores e um Estatuto a ser
seguido; seus encontros são “reuniões”, que
34
Out/2009
precisam ser registradas em “Atas”. A coisa
parece mais “séria”? Agora sim, você está
começando a entender o que é uma Liga
Acadêmica.
Para compreender o que são as ligas é
necessário, antes de tudo, saber de algo que
é comum a todas: elas partem do estudante. “A liga tem que ser formada por alunos
realmente interessados, pois é preciso correr
atrás e buscar resultados para si mesmo e
para a sociedade”, opina Cíntia Vaselich, expresidente da Liga de Infectologia Aplicada.
“Embora tenha um professor orientador, o
Out/2009
35
Bahiana
VIDA acadêmica
Uma liga contra a dor
Fundada por estudantes de Fisioterapia,
hoje a Liga Acadêmica Bahiana para o
Estudo da Dor (LABED) – também conhecida como “Liga da Dor” - se destaca por seu
caráter interdisciplinar. Logo na primeira
gestão, os estudantes perceberam que o
trabalho poderia ser enriquecido com a
participação de estudantes de outras especialidades e resolveram abrir o processo
seletivo para todo e qualquer estudante da
área de saúde. E deu certo.
“A dor tem muitas dimensões, e a sua
melhor abordagem terapêutica requer a
compreensão de mecanismos celulares,
moleculares e fisiológicos básicos até a sua
manifestação clínica, que envolve, além
de tudo, questões emocionais e comportamentais. Daí a importância do tratamento
ser feito por uma equipe capaz de entender
as diversas dimensões da dor, tomando
decisões integradas”, explica João Zugaib,
estudante de Fisioterapia e Diretor Científico da LABED.
Com essa contribuição vinda de diversas
áreas, a liga começou ganhar em produtividade e passou a utilizar parte de seus
encontros para promover “sessões de
atualização”, feitas pelos próprios estudantes e por profissionais convidados. A coisa
foi tomando corpo até se transformar, em
outubro de 2008, na I Jornada Baiana para
o Estudo da Dor, que reuniu psicólogos,
acupunturistas, fisioterapeutas, médicos e
demais especialistas para palestrar e discutir, em mesa redonda, o tema “Dor: uma
visão interdisciplinar”.
A “Liga da Dor” tem uma estrutura diferenciada em relação às demais ligas da Bahiana. Além de ter um professor-coordenador,
os cargos de professores-orientadores são
ocupados por um profissional de cada especialidade da área de saúde. Na diretoria
também há diferenças em relação às outras
ligas: há os membros-diretores e os membros efetivos. Quando estudantes passam
no processo seletivo, eles ingressam como
aspirantes a alguma diretoria, e assim permanecem durante seis meses, até que haja
nova eleição. Após essa eleição, os aspirantes eleitos tornam-se membros diretores; os
que não se elegem passam a ser membrosefetivos e terão funções atribuídas pela
demanda do momento. “Essa é uma forma
de garantir que os novos diretores estejam familiarizados com o trabalho e que,
portanto, a liga não vai recomeçar do zero”,
explica Zugaib.
Sobre o trabalho acadêmico desenvolvido
na liga, João Zugaib destaca a importância
de se compreender que a dor é caracterizada como uma manifestação secundária de
manifestações multidimensionais. Isso quer
dizer que é preciso levar em consideração
questões afetivo-motivacionais, sensitivodiscriminativos e cognitivo-comportamentais. Em outras palavras, a dor pode sofrer
influencia de questões emocionais (sobretudo quando se trata de uma dor crônica) e
questões comportamentais, exemplificadas
pelo ato de se isolar e por sintomas como
depressão e ansiedade.
Bahiana
Em maio teve a 8ª JOBA
Organizada pelos próprios alunos, a Jornada Odontológica da Bahiana (JOBA), que aconteceu
nos dias 21 e 22 de maio, na Unidade Acadêmica Cabula, comemorou a sua 8ª edição. A iniciativa dos estudantes tem o objetivo de promover conhecimento e enriquecimento científico,
além de integrar as diversas escolas de graduação da Bahia. Na linha de frente dessa jornada
estavam o coordenador do curso, Prof. Urbino Tunes, a coordenadora docente Maria Cecília
Azoubel e a coordenadora acadêmica Camila Farias.
“Desde a primeira edição é notável a participação efetiva dos alunos de Odontologia e o apoio
irrestrito do nosso coordenador, Prof. Urbino Tunes. Hoje, temos orgulho de saber que a JOBA é
representativa para a nossa instituição e que é capaz de aliar conhecimento científico e promoção da cidadania”, comemora Maria Cecília Azoubel.
A jornada ofereceu, entre outras atividades científicas, oficinas, apresentações de fóruns
clínicos, científicos e de temas livres, conferências de ex-alunos, além de cursos com profissionais de projeção nacional, como o Prof. Dr. José Mondelli, que falou sobre Estética, e o Prof. Dr.
Eduardo Saba-Chujfi, que emprestou seus conhecimentos sobre Cirurgia Plástica Periodontal.
Paralelamente às atividades científicas aconteceu também a “JOBA Comunidade” - promovendo atividades de higiene bucal para os moradores do Cabula - e o Encontro de ex-alunos da
Bahiana, que este ano teve sua 2ª edição.
Entre seus diversos trabalhos, a Liga da
Dor mantém uma parceria com o Centro de
Referência para o HTLV da Bahia, onde os
alunos coletam dados de pesquisa, além
de um projeto de programas educativos
com foco no paciente, cujo objetivo é fazer
com que ele entenda o que está sentindo. “Se o paciente souber explicar a dor,
detalhando-a melhor, o trabalho da equipe
será facilitado e o tratamento aplicado
mais eficaz”, finaliza.
se adequar a elas. Os
É bom prestar atenção nas normas pré-estabelecidas pela instituição e
s acadêmicas. Uma
unidade
das
rias
secreta
às
junto
alunos podem conseguir essas normas
ser professores e até
podem
(que
ores
orientad
os
r
vez formada a estrutura, é hora de convida
e o Estatuto,
monta-s
daí,
partir
A
).
estudar
vai
se
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mesmo médicos especialistas no tema
a liga: como
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as
todas
r
registra
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que deve conter toda parte de normatização
é preciso
fim,
Por
ões.
disposiç
demais
e
seletivo
o
ela foi criada, como serão as regras, o process
ndo
informa
ão,
instituiç
própria
a
para
e
Escola
da
ico
fazer um ofício para o Diretório Acadêm
delas.
parecer
o
r
aguarda
e
,
àquelas
desta
estatuto
o
sobre a criação da nova liga e vinculando
o Conselho de Ligas
CONLIG - Com o objetivo de integrar as ligas da Escola, foi criado, em 2007,
Infectologia e Neuro,
Trauma
a,
Intensiv
a
Medicin
de
da Bahiana (CONLIG). Fundado pelas Ligas
criar novas ligas na
queiram
que
tes
estudan
a
ão
logia, hoje o CONLIG atua oferecendo orientaç
, já tem mais
sozinha
que,
,
Bahiana
na
e
bastant
cresceu
Escola. “De lá pra cá o número de ligas
fazer o
como
sobre
s
cartaze
i
distribu
CONLIG
o
ações,
de 20 Ligas Acadêmicas”. Entre outras
stands.
em
ligas
as
ndo
divulga
Escola,
da
a
Científic
estatuto de uma liga e participa da Mostra
36
Out/2009
2ª Jornada de Enfermagem
“Não é possível comparar
dores. A manifestação da dor é
diferente em cada indivíduo e
por isso ela deve ser encarada
como é descrita pelo paciente”
– João Zugaib
os Novos da Bahiana
Conhecidos como “os Novos da Bahiana”, os 400 calouros aprovados no
Processo Sletivo Formativo 2009.1 foram
recebidos pela Escola com uma grande
festa ecológica. Os novos estudantes
de Biomedicina, Enfermagem, Fisioterapia, Medicina, Psicologia, Odontologia e
Terapia Ocupacional participaram de um
momento grandioso para a Bahiana: o
plantio de novas flores nas áreas verdes
da Unidade Acadêmica Cabula.
A atividade foi chamada de “Cultivando
flores e sonhos”. Pela primeira vez, estudantes dos diversos cursos da Bahiana
plantaram, juntos, sementes de orquídeas, tulipas, begônias, flamboyants, miosótis e estrelícias. O objetivo da atividade foi
despertar nos estudantes a consciência
sobre a necessidade de cuidar da saúde
do planeta, fazendo uma referência metafórica ao semear um futuro de sucesso
de cada um deles na Bahiana.
Para que os alunos iniciassem o ano letivo entrosados com a instituição e com a
realidade da profissão, a Bahiana promoveu também atividades individualizadas
para cada curso, em suas respectivas
Unidades Acadêmicas.
Para criar uma Liga Acadêmica...
Eles vão se reunir, criar
...basta um grupo de alunos com vontade de estudar sobre algum tema.
dos estudantes.
critério
a
ficam
cargos
cujos
,
diretoria
uma ata de fundação e estabelecer uma
sidente,
vice-pre
nte,
preside
cargos:
seis
por
ta
compos
Na LAMIB, por exemplo, essa diretoria é
ador de
coorden
e
o
extensã
de
ador
coorden
a,
pesquis
coordenador de ensino, coordenador de
comunicação.
Bahiana faz e acontece
Em maio de 2009, a 2ª Jornada de Enfermagem da Bahiana integrou as comemorações da
70ª Semana de Enfermagem, promovida pela associação brasileira da profissão. O tema
central, “Enfermagem Vale a Vida”, foi abordado em discussões, minicursos, palestras e
mesas redondas na Unidade Acadêmica do Cabula.
Movimentaram a jornada workshops, como os de “Curativo” e “Sistematização da Assistência de Enfermagem”, e cursos, como os de “Práticas alternativas - Acupuntura” e “Violência
contra a mulher - Um olhar para a saúde”, além da conferência “A morte no desenvolvimento do ciclo de vida” e da peça teatral “Endemias e Epidemias ‘Tragédias na história da
humanidade’”, que teve como elenco os próprios estudantes de Enfermagem da Bahiana.
O evento foi coordenado pela professora Simone Cardoso e pela coordenadora do curso de
Enfermagem, Maria de Lourdes Gomes, e contou com o apoio do Núcleo de Atenção Psicopedagógica (NAPP) e da Coordenação de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão.
Fórum Pedagógico:
momentos para
comemorar
Para valorizar o bem-estar e o bom convívio entre seus colaboradores, professores e funcionários, a Bahiana promove
constantes momentos de confraternização. O objetivo da Escola é reconhecer a
contribuição desses colaboradores que
foram e têm sido essenciais na consolidação do trabalho de sucesso da Bahiana.
Uma das oportunidades de colocar em
prática essa idéia foi o V Fórum Pedagógico, evento que teve o lançamento do
“Memorial da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública” e foi encerrado com
um almoço de confraternização na área
verde da Unidade Acadêmica Cabula.
Out/2009
37
graduação
Bahiana
Bahiana
graduação
Todas as
Maria Rosália: não
definir uma ou duas
correntes teóricas
significa não
privatizar o olhar do
estudante
Psicologias
Curso da Bahiana é único na Bahia que apresenta várias correntes da Psicologia. Por
isso, é o único que oportuniza ao estudante ser o profissional que ele escolher
Desvendar mistérios e conflitos do mundo
da mente e das emoções humanas é algo
que fascina muita gente. Interpretar atitudes,
achar as verdadeiras motivações para comportamentos e ajudar o outro a superar um
sofrimento são algumas faces desse trabalho
tão amplo, rico e instigante. Porém, muitos
dos que se deixam instigar por tanta curiosidade não fazem ideia de que há formas diferentes (e muitas) de lidar com os problemas
da mente humana – e cada uma deve seguir
sua trilha específica.
A Psicologia tem uma peculiaridade muito
interessante: é uma ciência que teve origem
tanto na filosofia quanto nas ciências da
natureza. Por causa disso, ela tem muitas matrizes teóricas, que orientam o pensamento
e a atuação do psicólogo. “Essas matrizes se
originam em correntes filosóficas diferentes,
em fundamentos epistemológicos diferentes
e que vão proporcionar ao psicólogo múltiplas
possibilidades de intervenção no seu trabalho
a depender do quadro teórico ao qual ele se
reporta”, explica Maria Rosália de Azevedo
Correia, que implantou e coordenou o curso
de Psicologia da Bahiana de 1999 a 2009.
O que caracteriza a Psicologia, na verdade,
é uma diversidade, uma multiplicidade de
possibilidades teóricas e práticas. Comumente ouvimos falar que existe psicólogo que
trabalha com a orientação da Psicanálise, da
Gestalt, do Behaviorismo, do Humanismo,
do Psicodrama, da abordagem centrada na
pessoa, de Jung, etc. Mas o que muitas vezes
não compreendemos é que essas correntes
teóricas têm objetos de estudo diferenciados;
38
Out/2009
elas têm metodologias de intervenção diferenciadas; formas diferenciadas de compreender o mundo, o ser humano, a psicologia e
a sociedade.
Então, o psicólogo conduz não como uma
pessoa do senso comum - tem uma teoria
que orienta o pensamento dele e diz quais
tipos de intervenção ele pode fazer.
Por conta disso, o curso da Bahiana opta por
trabalhar com esta diversidade. “Nós não
definimos uma ou duas orientações teóricas
para o curso, privatizando o olhar do aluno”,
depõe Rosália. Na verdade, a Bahiana quer
que o aluno entenda, compreenda e se aproxime da psicologia da forma como na verdade
ela é - com essa diversidade, com esse mosaico teórico, conceitual e metodológico.
Por isso existem técnicas adequadas que
precisam ser aplicadas a uma pessoa em
determinados momentos. Logo, é preciso
apenas ser coerente e seguir os ensinamentos. “Eu costumo dizer que o psicólogo se
apresenta como um profissional que, de um
lado, tem um corpo teórico e, de um outro,
tem um arsenal de técnicas – e, a depender
das circunstâncias, ele vai saber o que fazer
com elas”, complementa Rosália.
Correntes de liberdade - Essas correntes, em
alguns momentos, dialogam entre si. Em outros, elas são absolutamente inconciliáveis. E
elas não vão precisar se conciliar. Afinal, não
se pretende que haja uma psicologia única.
Segundo Rosália, o importante é entender
que existe esse mosaico teórico e que cada
estudante/profissional precisa descobrir a
linha que é melhor pra si. “Elas serão sempre
legítimas, desde que você tenha uma postura
ética e um compromisso com o conteúdo que
você decidiu seguir”, complementa. Mas nesse território tão vasto só não dá para misturar
as correntes – afinal, nunca você ouviu falar
em psicólogo “eclético”, não é mesmo?
Seguindo a corrente escolhida - Também não é
correto definir uma corrente como “a melhor”,
pois não existe uma hierarquia; existem formas diferentes. Traduzindo o funcionamento
disso, basta saber que o psicólogo conta com
dois instrumentos básicos: o olhar e a escuta,
que são utilizados na condução da entrevista.
O valor da escuta - Hoje o psicólogo é o profissional que trabalha com a escuta e, por causa
disso, ele nunca entra para trabalhar com
uma ideia pré-concebida. O psicólogo pratica
uma escuta fundamentada, bem diferente da
escuta de uma conversa trivial com amigos. E
quem vai dizer a forma como ele escuta e as
coisas que está percebendo é justamente a
teoria que ele estudou.
Por conta disso que a história de dizer que
uma corrente teórica é melhor do que outra
não existe, pois elas têm objetos de estudo
e formas de ação diferentes, o que as torna
incomparáveis. Dessa forma, para ser um
psicólogo é importante que o estudante abra
esse leque de possibilidades enquanto está
construindo sua profissão para que possa
definir, mais na frente, qual delas seguir para
construir sua carreira. É essa a proposta da
Bahiana.
Out/2009
39
Bahiana
graduação
Serviço de Psicologia (SEPSI)
permite a estudantes experimentarem
a prática profissional
o grupo de LER/DORT tem como objetivo
dar suporte emocional ao paciente que tem
esse diagnóstico, para o tratamento mesmo
da doença e para adaptação às questões
do cotidiano.
“Além disso, ainda discutimos casos
clínicos e promovemos, a cada semestre,
encontros de Psicologia organizacional e
Psicologia da saúde”, conta Myla.
Quando chega ao nono e décimo semestres, o estudante consolida sua formação
de Psicólogo, que pressupõe estágio específico supervisionado. Hoje o estudante escolhe entre fazer esse estágio na clínica ou
realizá-lo em outras instituições parceiras
da Bahiana, com as quais temos convênios
(escolas, empresas, hospitais, ONGs e outras instituições públicas e privadas).
Além de se preocupar com o conteúdo teórico
que é disponibilizado ao estudante de Psicologia, a Bahiana também se ocupa da criação
de espaços para o aprendizado prático de
seus futuros psicólogos. Para atender essas
necessidades da formação em Psicologia,
quanto à prática profissional, o Serviço de
Psicologia da Bahiana (SEPSI) oferece um
atendimento especializado à comunidade.
O serviço faz parte do Ambulatório Docente
Assistencial da Bahiana, que tem diversos
outros módulos de atendimento das áreas
ensinadas na escola. “Temos como objetivo
estimular a construção do perfil, da postura
profissional desse aluno (do psicólogo em
formação), desenvolvendo atitudes éticas
responsáveis – integrando realmente o aluno
com o seu fazer, além da própria integração
entre teoria e prática”, detalha a responsável
técnica do SEPSI, Psic. Myla Arouca.
40
Out/2009
O aluno pode desenvolver atividades no
serviço a partir do oitavo semestre. Nesta
fase do curso, a disciplina Psicodiagnóstico
proporciona seu primeiro contato com o
paciente.
Alunos à frente - “Aqui no serviço todas as
atividades são realizadas por estudantes
de psicologia. Qualquer atendimento que a
gente oferece o estudante é quem realiza,
com a orientação/supervisão de um professor-psicólogo especializado contratado pela
Bahiana”, explica Myla Arouca.
No SEPSI são prestados serviços de psicodiagnóstico, psicoterapia individual e em
grupo, grupos de orientação profissional
e grupo de apoio a pacientes com LER/
DORT. O grupo de orientação profissional,
por exemplo, atende estudantes de segundo e terceiro anos de escolas públicas. Já
Bahiana
graduação
Sobre o curso
“A gente tem aqui a oportunidade de ver muitas correntes e
abordagens. Eu mesma iniciei
no serviço fazendo Psicanálise e agora estou atuando na
Gestalt. Estou meio em dúvida
ainda de pra que lado seguir,
mas acho ótima a oportunidade
de ver um pouco de cada uma.
Isso é legal porque tem outras
faculdades que só apresentam
duas abordagens. Então, não
dão ao aluno oportunidade de
conhecer outras. Isso é importante pra gente ter uma noção
do que quer e ir buscar mais lá
na frente”
Sobre a SEPSI
“Acredito que a experiência clínica é fundamental na formação
do psicólogo. Iniciei atendendo
crianças - uma experiência muito gratificante. Foi quando eu vi
que queria atender clinica mesmo. Agora já faz um ano que eu
atendo adulto e tenho crescido
muito com isso. Eu acho que o
grande barato da clínica é que
você cria uma habilidade a mais
para escuta. Aqui você começa
a lidar com pessoas de outro
nível social, outra história de
vida e com isso vai aprendendo
a lidar com realidades diferentes. A gente tem a oportunidade
de estar aprendendo mesmo, de
atuar como profissional”
Aline Silva Batista, 10º semestre
Além do estágio - Durante o curso, há outras
práticas que aproximam o aluno do SEPSI.
No 5º semestre, por exemplo, os estudantes aprendem entrevista na clínica, utilizando as salas de espelho. “O estudante pode
também utilizar o espaço para conhecer e
estudar os testes psicológicos que dispomos, assim como pode ter contato com
todos os outros materiais utilizados na
clínica”, aponta Maria Rosália.
Infraestrutura - Atualmente, o Serviço de
Psicologia possui cinco consultórios, duas
salas com espelho para observação e um
consultório infantil. Há também três salas
multiuso, onde acontecem supervisão de
estágio e grupos de estudo. As responsáveis técnicas do SEPSI são as psicólogas
Myla Arouca e Sylvia Barreto, que atuam
vinculadas à Coordenação do curso. O SEPSI funciona de segunda a sábado (seg-sex.
das 7h às 18h30 e sáb. de 8h às 11h).
Juliana Menezes, Lilian
Bastos e Aiala Corrêa alunas do 7º semestre
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41
graduação
Bahiana
Terapia Ocupacional transpondo
os obstáculos
Terapeutas ocupacionais ajudam a promover qualidade de vida para pessoas com dificuldades e limitações de todo tipo
A Universidade de São Paulo (USP) define
Terapia Ocupacional (T.O.) como “o campo
de conhecimento e intervenção em saúde,
em educação e na ação social, que reúne
tecnologias orientadas para emancipação
e autonomia de pessoas que, por razões
ligadas a problemáticas específicas (físicas,
sensoriais, psicológicas, mentais e/ou sociais),
apresentam temporária ou definitivamente,
dificuldades de inserção e de participação na
vida social”.
Ficou complicado de entender? Pois então,
traduzindo esta explicação técnica, podemos
dizer que a Terapia Ocupacional é uma especialidade dentro da área de saúde ocupada
em cuidar de pessoas com problemas que
interferem ou limitam a execução das suas
atividades diárias, considerando seus desejos
e afetos, bem como a sua cultura. O objetivo
desse trabalho é conseguir uma melhora no
“desempenho ocupacional” do paciente, ampliando sua autonomia. Em outras palavras,
seria como trabalhar pela reconstrução do
cotidiano e da participação social das pessoas
que, por algum motivo, sofrem com limitações
na realização das suas atividades.
Por isso, a Terapia Ocupacional é uma profissão que possibilita diversas inserções no
mercado de trabalho, conforme explica a
ex-aluna da Escola e atual responsável técnica
42
Out/2009
pelo Serviço de Terapia Ocupacional (SerTO)
da Bahiana, Tiza Trípodi: “O profissional pode
atuar em clínicas, consultórios, centros de
reabilitação, centros de atenção psicossocial,
centros de convivência, centros comunitários, centros de saúde, hospitais, empresas,
escolas e creches, instituições penais, abrigos,
casas de repouso, no setor público e privado,
além de em domicílios”.
Carência – Infelizmente, o número de terapeutas ocupacionais ainda é insuficiente para
atender à demanda existente, principalmente
no interior. Outro assunto que interessa aos
que estão na fase de escolha profissional é a
remuneração desses profissionais. “O terapeuta ocupacional em início de carreira ganha
cerca de R$ 1.500,00”, informa Tiza. Porém,
a terapeuta ocupacional explica que este valor
pode aumentar bastante, a depender do investimento na profissão. “A carga horária de trabalho pode variar entre 20 e 40 horas semanais
e os profissionais podem ainda acumular mais
de um vínculo de trabalho”, afirma.
Serviço de Terapia Ocupacional (SerTO) - Estudante do 9º semestre de T.O. da Bahiana, Deise
Garrido define seu trabalho como algo muito
gratificante. “Você percebe mudanças positivas na vida das pessoas e dá novos horizontes a elas, possibilitando independência
nas atividades cotidianas e contribuindo para
a inclusão social”. Deise, que está em seu
segundo estágio na atenção a crianças, dedica
dez horas semanais à atividade realizada no
SerTO, onde tem a oportunidade de vivenciar,
na prática, a atuação do terapeuta ocupacional.
O estágio no SerTO permite ao estudante aplicar procedimentos técnicos, além de realizar
estudo de casos e até mesmo desenvolver
projetos de extensão. Assim como cada curso
da Bahiana possui sua clínica, ambulatório ou
serviço – sempre vinculados ao Ambulatório
Docente Assistencial da Bahiana (ADAB) – o
Serviço de Terapia Ocupacional é o espaço
que os estudantes têm para realizar atividades
práticas e cursar o estágio curricular, momento
da formação em que toda a teoria estudada se
transforma em vivência a aprendizado profissional, só que pelo lado prático.
Deise Garrido, que está vivenciando esta
etapa de sua formação profissional, relata
diversos momentos de sua aprendizagem no
estágio. Entre eles, ela destaca a importância
de se criar um vínculo saudável entre o paciente e o terapeuta, já que ambos vão vivenciar
juntos as dificuldades e superações.
Elenilson da Paixão é prova do profissionalismo e dedicação com que os estagiários do
SerTO tratam de sua filha Juliana, uma menina
Bahiana
de nove anos que teve paralisia cerebral e
apresenta deficiência intelectual. “Há quatro
anos trago minha filha ao SerTO, aqui em
Brotas, e sou testemunha do progresso que
Juliana teve com o tratamento. Hoje ela está
mais concentrada, realizando as atividades
do dia-a-dia sem precisar tanto da ajuda da
gente” , depõe. Segundo o pai de Juliana, a
visita das terapeutas à sua casa e à escola foi
fundamental para orientar ele e sua esposa na
conduta com a criança, bem como para ajudálos a perceber o desempenho da sua filha na
escola e na sociedade.
graduação
Ao longo do curso, os estudantes de Terapia
Ocupacional da Bahiana passam por diversos
contatos com o SerTO. Entretanto, o estágio curricular, que envolve o atendimento a
pacientes, só é iniciado nos últimos semestres.
“Para se tornarem profissionais competentes
e comprometidos, os estudantes precisam
conhecer os mais variados problemas e níveis
de atenção em situações/realidades diversas”,
explica a coordenadora do curso de Terapia
Ocupacional da Bahiana, Ana Joaquina Passos.
Por isso, a Bahiana possui estágios tanto no
SerTO como em instituições conveniadas,
áreas de atenção à criança e ao adolescente,
ao adulto e ao idoso, fazendo com que os
estagiários ponham em prática seus conhecimentos, mas sempre acompanhados pelos
professores. Confira os projetos a seguir:
Atenção ao adulto
Fruto de uma pesquisa iniciada em 2005, o
estágio em atenção ao adulto atende, em ação
territorial e individual, pacientes de qualquer
faixa etária da comunidade de Cosme de Farias.
Todas as terças, quartas e quintas-feiras os
moradores que portam deficiência motora, sensorial ou mental são atendidos por estudantes e
professores de TerapiaOcupacional da Bahiana.
O estágio tem como norte a Reabilitação Baseada na Comunidade (RBC), difundida pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que pretende
melhorar a condição de vida das pessoas com
deficiência através da simplificação de ações
terapêuticas e otimização dos recursos locais.
“Primeiramente, fizemos o mapeamento do
bairro, identificando pessoas com deficiência e
conhecendo a situação de vida e saúde dessas
pessoas, bem como dos equipamentos (escolas, sindicatos, instituições culturais, religiosas
e de saúde) disponíveis para a efetivação desta
proposta”, explica Tereza Baraúna.
Tereza é professora de Terapia Ocupacional na
Atenção ao Adulto e vice-chefe do Núcleo de
Pesquisa em T.O. da Bahiana. Segundo ela, nesse projeto, o encaminhamento de pessoas para
tratamento é realizado pelos agentes comunitá-
rios de saúde ou até pelos próprios moradores
e familiares. Esse trabalho integrado, por sua
vez, tem feito com que a comunidade enxergue
essas pessoas com limitações, dando a elas
maior visibilidade dentro de seus ambientes
sociais.
Missão - Os estudantes de Terapia Ocupacional
têm buscado a reabilitação dos portadores de
deficiência através de ações que viabilizem a
participação social na comunidade, criando e
ampliando redes de apoio (família, vizinhos) e
tornando os equipamentos acessíveis a esses
pacientes. “No caso de pessoas com mobilidade reduzida por deficiência mental, sensorial e/
ou motora, as intervenções acontecem no domicílio, estimulando as atividades ocupacionais,
facilitando a acessibilidade local, orientando os
familiares e vizinhos a depender das necessidades individuais”, esclarece Tereza.
O estágio também abre um espaço de discussão, onde as pessoas com deficiência, seus
familiares, lideranças locais, agentes comunitários, entre outros, debatem os problemas
relacionados à condição de vida dos pacientes.
Nestes fóruns, são propostos encaminhamentos que visam à solução de problemas diversos.
Out/2009
43
graduação
Bahiana
Bahiana
graduação
Atenção ao idoso
Atenção à criança e ao adolescente
autonomia de crianças
Contabilizando muitos avanços na promoção da
ão à Criança e ao
e adolescentes com deficiência, o Estágio de Atenç
a de Brotas, busca ainda
Adolescente, que funciona na Unidade Acadêmic
as professoras Ana Marta
mais conquistas. As supervisoras do projeto são
am os estudantes no
Ponte e Sofia Santos, que orientam e acompanh
atendimento aos pacientes e suas famílias.
Os idosos da comunidade de Pau da Lima
matriculados no Complexo Comunitário Vida
Plena (CCVP) têm oportunidade de experimentar uma melhora na qualidade de vida
com a ajuda dos alunos e professores da
Bahiana. O projeto de atenção ao idoso,
além de terapeutas ocupacionais, conta também com profissionais de diversas categorias, que atuam no ambulatório, bem como
nas casas desses idosos.
“Essa ‘invasão territorial’ tem o objetivo de
melhorar o desempenho funcional do idoso,
na sua vida cotidiana, que se apresenta
comprometida em atividades como tomar
banho, escovar os dentes, pentear o cabelo,
ou nas instrumentais, como por exemplo,
fazer pagamentos no banco, compras no
mercado”, explica a terapeuta ocupacional
e professora do curso da Bahiana, Helena
Patáro.
Segundo ela, a atenção básica é a porta de
entrada dos pacientes no Sistema de Saúde
e, por conta disso, as equipes de Saúde da
Família ocupam um papel importante na
44
Out/2009
estratégia de reestruturação do modelo de
atenção à saúde, na medida em que levam
este serviço para mais perto do contexto de
vida e do cotidiano das famílias.
reorganização da atenção à saúde, levandoa para mais próximo da família - entendida e
percebida a partir do seu ambiente físico e
social”, analisa a terapeuta.
“Na atenção básica espera-se oferecer uma
ação humanizada ao idoso e à sua rede de
suporte social - incluindo familiares e ‘cuidadores’ - com orientação, acompanhamento
e apoio domiciliar; com respeito à cultura
local, à diversidade do envelhecer. E nós
estamos atuando com essa visão, propondo
medidas para melhorar a vida desses idosos
e construindo um envelhecimento ativo e
participativo”, detalha Helena.
Por isso, algumas das principais contribuições da terapia ocupacional são a estruturação e a reorganização da vida cotidiana,
bem como a assimilação e/ou construção de
redes sociais de apoio. “Isso ocorre através
da identificação de demandas e da construção do perfil desta população específica. A
intervenção é delineada a partir da realidade
em que este idoso está inserido, de modo
contextualizado, remetendo à melhoria do
desempenho ocupacional desses indivíduos”, finaliza.
Estratégias - Para conseguir esse objetivo os
envolvidos no projeto fazem grupos terapêuticos, promovem cursos para formar “cuidadores de idosos”, realizam atendimentos
domiciliares e buscam possibilidades de
revitalização de espaços de participação social para os idosos, sobretudo com foco nas
atividades de distração. “Desta forma, as
intervenções vão além das práticas curativas
e demonstram uma efetiva preocupação na
Por esse lado, a utilização do complexo
como um campo de estágio faz com que os
estudantes de T.O. da Bahiana trabalhem
com o que está sendo preconizado nas políticas públicas de saúde, preparando-os para
serem profissionais generalistas, que atuam
em consonância com o Sistema Único de
Saúde (SUS).
deficiência considerando
“Cuidamos dessas crianças e adolescentes com
de atendimentos no Sermúltiplos aspectos e contextos cotidianos. Além
estudam, pois precisaTO, fazemos visitas às casas e escolas onde eles
já que acreditamos que os
mos saber o que acontece com elas fora daqui,
lsionam o crescimento, a
estímulos da família e de pessoas próximas impu
Ana Marta.
inclusão e a independência”, explica a professora
SerTO possuem caráDe acordo com ela, as atividades realizadas no
com a participação de
ter multiprofissional, pois muitas vezes contam
e Psicologia. Além disso,
estudantes de outros cursos, como Fisioterapia
es técnicas que tratam
o trabalho inclui a realização de fóruns e sessõ
com deficiência e sua
de temas relacionados a crianças e adolescentes
inclusão social, bem como a orientação familiar.
ço à comunidade é um
Para a professora Sofia, a prestação de um servi
teria sentido um
ponto alto do Serviço de Terapia Ocupacional. “Não
fossem criadas redes
trabalho de reabilitação clínica como esse se não
rar as dificuldades que
de suporte social. Buscamos estratégias para supe
ntram justamente para que
as crianças, adolescentes e suas famílias enco
iência.”
tenham maior participação social, apesar da defic
o pacientes do projeto de
Acesso – Cada estagiário atende de três a quatr
pelo Serviço de Terapia
atenção à criança e ao adolescente. A procura
participar do serviço o priOcupacional é muito grande e constante. Para
ou familiares que quiserem
meiro pré-requisito é morar em Brotas. Os pais
para 71 3276-8267 e
inscrever crianças e/ou adolescentes devem ligar
ras que apresentam o
agendar um horário. Eles irão assistir a minipalest
por uma triagem, na
serviço e a proposta de trabalho. Depois, passarão
encaminhados a serviços.
qual uns serão matriculados no SerTO e outros
Out/2009
45
os cursos
Bahiana
TERAPIA OCUPACIONAL
PSICOLOGIA
Criação: 1968
Reconhecimento: 02/09/1975
Vagas: 30
Duração: 4 anos
Período: Matutino
Local: Unidades Acadêmicas
Nazaré e Brotas
Coordenadora: Profª. Ana Joaquina
Mariani Passos
Criação: 1999
Reconhecimento: 28/07/2005
Vagas: 50
Duração: 5 anos
Período: Matutino, Vespertino
Local: Unidade Acadêmica Brotas
Coordenadora: Profª. Mônica
Ramos Daltro
FISIOTERAPIA
Criação: 1968
Reconhecimento: 02/09/1975
Vagas: 50
Duração: 4 anos
Periodo: Matutino, Vespertino
Local: Unidadades Acadêmicas
Nazaré e Brotas
Coordenadora: Profª. Roseny
Santos Ferreira
BIOMEDICINA
Criação: 2003
Reconhecimento: 24/01/2007
Vagas: 60
Duração: 4 anos
Periodo: Vespertino
Local: Unidade Acadêmica Cabula
Coordenador: Prof. Geraldo José
Argôlo Ferraro
ENFERMAGEM
Criação: 2007
Autorização: 01/04/2008
Vagas: 60
Duração: 4 anos
Periodo: Matutino, Vespertino
Local: Unidade Acadêmica Cabula
Coordenadora: Profª. Maria de
Lourdes de Freitas Gomes
Medicina
Criação: 1953
Vagas: 100
Duração: 6 anos
Período: Matutino, Vespertino
Local: Unidades Acadêmicas
Nazaré e Brotas
Coordenadora: Profª. Marta Silva
Menezes
46
Out/2009
bahiana em click
ODONTOLOGIA
Criação: 1998
Reconhecimento: 07/07/2005
Vagas: 60
Duração: 5 anos
Período: Matutino, Vespertino
Local: Unidade Acadêmica Cabula
Coordenador: Prof. Urbino da
Rocha Tunes
Terapia Ocupacional:
prática profissional e trabalho social
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