Sinais do Novo Nascimento

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Sinais do Novo Nascimento – 1Pe 1.22-25
Quantos são discípulos de Jesus? Quantos amam?
Ao instituir a Ceia Memorial, Jesus disse aos seus discípulos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes
amor uns aos outros” (Jo 13.35).
Infelizmente, porém, nem sempre os cristãos dão provas do seu discipulado, pois não amam. Pedro ensina que uma vida
santa e de obediência à verdade, ou seja, uma vida discipular produz amor genuíno e sincero para com os irmãos.
Dois aspectos do novo nascimento:
1.
O novo nascimento é marcado pela pureza da alma em obediência à verdade.
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de
coração, uns aos outros ardentemente” (1Pedro 1.22).
Jesus repreendeu os fariseus que se preocupavam em cumprir detalhes da religião, mas não manifestavam o amor de Deus
(Lc 11.42). Em contraste a eles, Jesus diz aos seus discípulos: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes
amor uns aos outros” (Jo 13.35).
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade...” (v. 22).
Além de redimidos da escravidão do pecado fomos também purificados. Na salvação recebemos a capacidade de demonstrar
amor sobrenatural. Paulo, em Rm 5.5b ensina que: “...o amor de Deus foi derramado em nosso coração pelo Espírito Santo
que nos foi dado”.
Ao receber Jesus, reconhecendo-se pecador e arrependido da vida sem Deus, você recebe o Espírito Santo e Ele derrama em
seu coração o amor de Deus e passa a ter a capacidade de amar por meio do Espírito.
Diante dessa nova vida em Cristo, relembremos duas lições:
a)
O batismo não salva.
O que nos salva é a fé pessoal no Senhor Jesus que nos comprou com seu sangue purificador. Quem não reconhece Jesus
como seu Senhor e Salvador, independente se foi ou não batizado, está perdido.
O batismo é o símbolo externo da nossa obediência. Foi Jesus quem o recomendou. Quando nos submetemos ao batismo
declaramos que morremos para o mundo e ressuscitamos e vivemos para uma nova vida.
b) A fé salvadora é acompanhada da obediência.
A fé que salva não é mera credulidade, não é fé religiosa que acredita, mas não obedece nem tem compromisso. A
obediência ao Senhor não é opcional.
A Bíblia mostra que a salvação é acompanhada da obediência. Se alguém afirma ser salvo, mas vive em desobediência a Deus
e à sua Palavra, está enganado (Gl 6.7). Talvez seja religioso, mas discípulo não é.
2.
O novo nascimento ocorre por meio da incorruptível Palavra de Deus
“Pois fostes regenerados não de semente corruptível, mas de incorruptível...” (v. 23) – Pedro mostra o novo nascimento
(regeneração, nascer do alto) como vindo de semente que não morre e o contrasta com o nascimento humano. A semente
que não se deteriora é a Palavra de Deus que é viva e permanente. A vida nova que Deus dá através da sua Palavra é eterna,
não está sujeita à morte.
Pedro ensina que quando você estiver sofrendo ou atraído por este mundo que não deve se deixar enganar porque tudo vai
perecer e desaparecer, mas o novo nascimento, o nascimento do alto, que você possui por meio da Palavra de Deus,
permanecerá para sempre.
O amor também durará para sempre (1 Co 13.13), pois jamais acaba (1 Co 13.8). O amor deve ser visível na vida daqueles
que são obedientes à verdade.
3.
O novo nascimento exige um novo amor.
“... tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (v. 22b) –
O amor está no centro da vida cristã. O amor é o próprio caráter e a própria essência de Deus (1Jo 4.8). Jesus declarou que
seria pelo amor que seríamos reconhecidos como discípulos (Jo 13.35).
Pedro ensina que o amor bíblico, o amor que vem de Deus e que foi plantado em nossos corações pelo Espírito Santo, possui
três características:
“... tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1Pedro 1.22).
Primeiro, é um amor sincero.
O amor entre irmãos deve ser sincero, verdadeiro, não fingido. Sabendo do perigo da hipocrisia humana, Paulo advertiu: “O
amor seja sem hipocrisia...” (Rm 12.9, 12.10). Também João nos ensina: “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua,
mas de fato e de verdade” (1Jo 3.18; cf. 2Co 6.6; 8.8; Fp 2.1-2; Hb 13.1; 1Jo 3.11, 18).
A palavra “hipocrisia” vem de um termo grego. Esta palavra era usada para falar da máscara que um ator colocava quanto
interpretava certo personagem em uma peça teatral. A máscara representava o caráter desse personagem (alegre, triste,
etc.).
Pedro sabia que é muito fácil fingir o amor. Por isso exorta aos irmãos a ter um verdadeiro amor, uns pelos outros.
Ás vezes fingimos amor ao perguntar: “Tudo bem? Beleza?” Perguntamos por perguntar, sem maior interesse pela pessoa.
Pedro nos anima a fazer essas perguntas com verdadeiro interesse. Devemos pedir ao Senhor que nos conceda um
verdadeiro amor por todos os irmãos na igreja.
Você ama? Seu amor é verdadeiro, não fingido ou sua vida é uma encenação, é uma vida religiosa, apenas? Como igreja local,
expressamos o genuíno amor de Deus? A unidade em amor dos discípulos serve para atrair o mundo perdido e despertá-lo
para a sua necessidade de salvação (cf. Jo 13.34-35; 1Co 10.31-33). Porém o amor (ágape) só pode brotar de um coração
transformado pela ação do Espírito Santo. Quer saber se a conversão é genuína (e não religiosa)? Veja se há frutos de amor!
Em segundo lugar, é um amor puro.
“Quem pode dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou do meu pecado?” (Pv 20.9). Não se pode limpar ou purificar a si
mesmo do pecado. Somente Cristo pode fazer isso (1Pe 1.19-20). Você não pode amar biblicamente ao abrigar o pecado não
confessado em seu coração.
Terceiro, é um amor fervoroso.
“... amai-vos, de coração, uns aos outros de todo coração” (v. 22). – Amar “ardentemente”, “ intensamente”, “ao máximo”.
O amor é algo que temos que nos esforçar para praticar. O amor cristão não é um sentimento, é uma questão de vontade ou
decisão. Amar do jeito de Deus requer trabalho e esforço. Não é fácil, mas é necessário.
O “calor” do amor deve manifestar-se em ações concretas. Deve haver a disposição de perdoar faltas, de ser paciente com as
imperfeições dos irmãos, de ajudar no momento de necessidade, de ser hospitaleiros, de se valorizar mutuamente, de servir
a outros com o uso dos dons espirituais, etc.
Conclusão
Você realmente nasceu de novo? Se você nasceu do alto não tem outra escolha a não ser amar como Jesus ensinou.
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