Chamados para cuidar dos filhos de Deus A vida cristã nos dias que se seguem depois da vinda de Cristo tem sido permeada por uma grande questão, se fomos chamados para gerar ou para fazer coisas para tentar agradar a Deus. Inúmeras pessoas tem se deparado com situações em que lutam para agradar o coração de Deus mesmo sem conhecê-lo de uma forma intima e consistente, elas pensam que fazendo qualquer coisa como, dar alimento para quem tem fome uma única vez, levar pessoas a pensarem que a vida que levam só irá destrui-las em momentos esporádicos, entre outras ações que muitas vezes se confundem na visão popular como se fossem ações boas, são somente momentos em que as pessoas utilizam para angariar elogios para si mesmas. Em outras realidades as pessoas trabalham para que os indivíduos recebam Cristo em seu coração, nos cultos, nos eventos evangelísticos e, em situações que formalizam tais procedimentos, mas depois que as criaturas se tornam filhos de Deus, as pessoas esquecem de fazer algo necessário e imprescindível, que é cuidar desses filhos. Em João 1.12, diz: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome”. E em I João 5.2, diz: “Nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e guardamos os seus mandamentos”. Quando começamos entender a Palavra do Senhor e, observamos o que ela diz a nosso respeito, vemos que apesar de tudo o que já fizemos, o que estamos fazendo e o que vamos fazer, podemos ter a nítida noção que somos amados pelo Senhor de uma forma incondicional. E, além disso, que Jesus comissionou que devemos ser cuidados e precisamos cuidar uns dos outros. Em Mateus 28. 18-20, diz: “E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém”. Quando lemos esse texto somos tendenciosos a olhar e refletir somente na parte onde Jesus diz aos apóstolos “Ide e fazei discípulos...”, e a partir desse momento começamos a lutar para cumprir aparentemente a vontade de Deus, que acreditamos muitas vezes que está ligado somente no levar pessoas a praticarem aquilo que pregamos e, não no gerar, de uma forma mais profunda cuidar daqueles que tem sido gerados. Precisamos enxergar em um contexto mais amplo, da perspectiva do chamado de Deus para nós como corpo de Cristo, pois nessa ótica, é muito importante gerar, é essencial, mas olhando para Mateus 28.20, vemos que além do ide e fazer discípulos, temos que ensinar os novos convertidos a guardar e praticar a Palavra do Senhor. Esse processo é o cuidar desses filhos, assim como diz em Atos 2.42-47: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações. E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”. Observamos que nesse contexto os irmãos da Igreja Primitiva, entendiam e estavam praticando o ensinar aos novos convertidos, pois não olhavam para si mesmos, nem tampouco buscavam fazer coisas por fazer, eles amavam uns aos outros e sempre andavam disponíveis para resolver as necessidades que cada um poderia estar passando. Hoje em dia temos visto que as pessoas até lutam para gerar e amar, mesmo com todas as incumbências que cada uma dessas palavras, desses procedimentos, podem nos arremeter ao trabalho de servir ao Senhor e aos seus filhos. Mas a questão é que ao observar o comportamento de tais pessoas que estão lutando para gerar e amar, muitas vezes não conectamos esses procedimentos no cuidar, pois muitos acreditam que o processo começa em apresentar Cristo como Senhor e Salvador para aqueles que estão alinhados com a morte eterna, mas ao receberem a vida eterna, muitos acreditam que é o fim do processo. Precisamos entender, que ao direcionar uma pessoa para receber Cristo em sua vida, tendo a convicção que é o melhor caminho que esse indivíduo possa percorrer, isso significa sim, que é o primeiro passo, mas que ainda não é o final. Pois ao olhamos para Mateus 28.18-20, onde nos ensina pregar o evangelho da salvação e fazer discípulos de todas as nações, também nos conduz a ensinar tais discípulos, filhos de Deus a percorrer esse caminho em sua vida cristã. Não podemos negligenciar o cuidado, que envolve o amor, a compreensão e a disposição, como vemos em Atos 2.42-47, pelos irmãos da Igreja Primitiva.