Título: Sucesso do tratamento de câncer de pâncreas está ligado a diagnóstico precoce Veículo: Isto É (On-line) - localidade: São Paulo - SP - Publicação: 21/05/2017 Editoria: Notícias - Página: On-Line Centimetragem: 39 cm - - Retorno de mídia: R$ 21255,00 O sucesso no tratamento do câncer de pâncreas está diretamente relacionado a um diagnóstico precoce, de acordo com alerta feito pelo A.C.Camargo Cancer Center, da cidade de São Paulo. No entanto, para ter sucesso no tratamento oncológico é necessário também haver avaliação de equipe médica multidisciplinar desde o primeiro momento do tratamento. Além disso, a cirurgia deve ser feita com preceitos oncológicos rigorosos. Segundo o hospital, oito entre dez casos de câncer de pâncreas são diagnosticados em fase mais avançada da doença, o que está relacionado com o fato de os sintomas associados ao surgimento desses tumores serem inespecíficos e tardios. “Os principais sintomas são emagrecimento, perda de apetite, alterações do açúcar no sangue, dor abdominal e nas costas e coloração amarela da pele e dos olhos”. Para a equipe do A.C. Camargo Cancer Center, mesmo com sintomas pouco claros é possível alterar o quadro prestando atenção nos fatores de risco para prevenir a doença e obter diagnóstico precoce. Entre os fatores de risco para surgimento da doença, o principal é o consumo de cigarro, seguido da hereditariedade. “Os fumantes têm risco aumentado em dois a seis vezes em relação aos não fumantes. Estão no grupo de risco os indivíduos com antecedência familiar de câncer de pâncreas ou com histórico de outras síndromes como a de mama e ovário hereditário (mutação no gene BRCA), melanoma familial, polipose adenomatosa familiar - relacionada ao câncer de intestino - e síndrome de Von Hippel Lindau - relacionada ao câncer de rim hereditário”, disse o cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo Cancer Center, Felipe José Fernández Coimbra. Para chegar ao diagnóstico de câncer de pâncreas um dos exames necessários é o de sangue, que investiga elevação em um marcador tumoral (CA 19-9), que pode acontecer em até 80% dos casos. Para complementar a lista de exames é fundamental fazer a tomografia computadorizada de abdômen. Já pacientes que não podem usar contraste iodado podem realizar a ressonância nuclear magnética. De acordo com o caso, podem ser indicadas a colangiopancreatografia endoscópica retrógrada (exame realizado por endoscopia, onde é injetado contraste na via biliar e no pâncreas) e a ultrassonografia endoscópica (ultrassom realizado com o aparelho de endoscopia). Segundo o A.C. Camardo, a maioria dos pacientes submetidos à retirada dos tumores de pâncreas devem ser tratados com quimioterapia no pós-operatório, para destruir as células tumorais distantes que ainda estiverem vivas. “Pode ser indicada também a realização de quimioterapia antes da cirurgia nos pacientes com tumores localmente avançados”. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes por essa doença. Raro antes dos 30 anos, torna-se mais comum a partir dos 60 anos. Segundo a União Internacional Contra o Câncer (UICC), os casos da doença aumentam com o avanço da idade, com maior prevalência entre os 80 e 85 anos e na população masculina. Link: http://istoe.com.br/sucesso-do-tratamento-de-cancer-de-pancreas-esta-ligado-a-diagnostico-precoce/