EDITORIAL DO ANAIS 2006 Uma palavra do editor do Anais do 43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica “DOUTOR, QUERO SER NORMAL” Prof. Jorge Bins-Ely Nesta frase, comum em nossos consultórios, podemos ver o resumo dos anseios da grande maioria de nossos pacientes. Em particular, nos casos ditos de cirurgia estética, realmente nos procuram, não para serem mais bonitas ou chamar atenção, mas justamente ao contrário: para serem normais. São as portadoras de hipermastia que querem diminuir as mamas, enquanto as com hipomastia e amastia querem próteses. São pacientes com rinomegalia que anseiam rinoplastia, lipodistrofias que solicitam lipoaspiração, calvos que querem enxertos capilares, orelhas em abano que desejam otoplastia e, porque não dizer, os que tem faceas envelhecidas que querem rejuvenescer, etc... Nos casos de cirurgia reparadora – DOUTOR QUERO SER NORMAL - é óbvio e evidente que é mais difícil atingir a normalidade desejada e em determinados casos até mesmo impossível. Em resumo, nossos pacientes querem parar de chamar a atenção (por hipo ou hiper) de suas anomalias anatômicas, que, por vezes, são evidentes ou nem tanto. Em princípio, o diagnóstico em cirurgia estética é feito pelo paciente e não pelo médico! A percepção individual é única – propriocepção, que raramente é alterada de forma patológica – dismorfismo corporal, como pacientes magros que se acham gordos, pacientes lindas que se acham feias... Nestes casos necessitamos agir como cirurgião psiquiátrico ou até mesmo encaminhar ao especialista. Não esqueçamos que até os cegos tem “auto-imagem”. Este 43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica será capitaneado pelo Dr. OSVALDO RIBEIRO SALDANHA e sua Equipe Nacional, representada pelos Drs. JOSÉ TARIKI (SP) e DOUGLAS JORGE (SP) e pelo Dr. IVO SALGADO, bem como a sua Equipe Regional, representada pelos Drs. CARLOS LACERDA ALMEIDA (PE) e PEDRO PITA (PE). Estaremos reunidos em Recife/PE durante 5 dias, com o intuito de disseminar conhecimentos científicos e congraçar socialmente nossa pujante Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Nossos agradecimentos aos convidados estrangeiros Dr. BERNARD DEVAUCHELLE, MD – França, Dr. CLAUDIO ANGRIGIANI, MD – Argentina, Dr. DENNIS HAMMOND, MD - E.U.A, Dra. ELISABETH BEAHM, MD – EUA, Dr. GUO SHUZHONG , MD- China, Dr. JAVIER BISBAL, MD – Espanha, Dr. ROBERT WALTON, MD – EUA. Os Homenageados Nacionais são os Drs. PEDRO DJACIR ESCOBAR MARTINS (RS) e SÉRGIO CARREIRÃO (RJ) e os Homenageados Regionais são os Drs. LUIS ALBERTO DE SOUZA LEITE (PE) e ARLINDO BARROS AGUIAR JÚNIOR (PE). O Presidente de Honra não poderia deixar de ser outro que o homenageado Dr. PERSEU LEMOS (PE), representante máximo de Pernambuco. Enaltecemos a participação do Diretor Geral do Departamento de Eventos Científicos – DEC - Dr. JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB (RJ) que com sua equipe representada pelos Drs. CLÁUDIO CARDOSO DE CASTRO (RJ) e JOSÉ PASCOAL PINHEIRO (NO/NE) garantem o alto padrão científico do Congresso como, também, a seleção dos 136 trabalhos científicos aqui transcritos eletronicamente. Não deixe de “navegar” nos 7 CD’s dos últimos Congressos Brasileiros em nossos “sites”. WWW.CIRURGIAPLASTICA.ORG.BR WWW.SBCP-SC.ORG.BR WWW.WPLASTIA.COM.BR Bons Ventos !!! Profº Jorge Bins-Ely – MD - PhD EDITORES DO ANAIS Jorge Bins-Ely (SC) CO-EDITORES DO ANAIS José Horacio Aboudib Rodrigo D'Eça Neves - Zulmar Antônio Accioli de - SC SC Vasconcellos - SC EDITORIAL DO PRESIDENTE DA SBCP – NACIONAL 43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica. Programem-se. A partir do 11 até o dia 14 de novembro deste ano teremos o 43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica em Recife - PE. Portanto, estamos em contagem regressiva para a consecução deste feito e neste lapso temporal muito trabalho tem exigido da atual Diretoria com a discussão de novas idéias que deverão ser incorporadas ao evento que terá um programa de inquestionável robustez científica. Apenas para exemplificar, durante os três primeiros dias do Congresso haverá um curso preparatório para a Prova de Especialista direcionado aos membros que deverão submeter-se a exame nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro de 2007. A inscrição a este curso é isenta de taxa, constituindo desta forma mais um serviço prestado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica a comunidade associada. Por outro lado, atestando o pioneirismo da SBCP, graças ao descomunal empenho do nosso Departamento Científico Nacional e Internacional, pela primeira vez mesmo em termos mundiais, teremos o 1º. Painel Mundial de Transplante de Face com a participação dos três grandes precursores deste procedimento: o Dr. Bernard Devauchelle (França), o Dr. Robert Walton (EUA) e o Dr. Guo Shuzuong (China). Também integrará este painel o Dr. Cláudio Angrigiani (Argentina) com larga experiência em reconstrução facial à custa de retalhos contrapondo aquilo que é possível de forma tradicional. Sem qualquer dúvida, pelo ineditismo este será um Congresso histórico tanto da cirurgia plástica nacional como mundial. Naturalmente, isto só terá repercussão a mercê da presença dos sócios da SBCP para quem o Congresso é voltado sendo meio e razão de nosso esforços; assim, contamos com a presença de todos para o agigantamento científico que nossa Sociedade merece. Dr. Osvaldo Ribeiro Saldanha Presidente Nacional da SBCP EDITORIAL DO PRESIDENTE DA SBCP - REGIONAL PE Esperamos você Pernambucanamente em Alto Astral É com grande satisfação que informamos aos Cirurgiões Plásticos Brasileiros a conclusão dos trabalhos preparativos para o 43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica a ser realizado de 11 a 14 de novembro de 2006. Foram muitos meses de abnegado esforço da SBCP Nacional e Regional para que, com três meses de antecedência, tudo estivesse programado e acertado em todas as esferas do complexo que é um Congresso de porte do nosso. O DEC, com a competência dos seus integrantes e sob o comando do Dr José Horacio Aboudib, elaboram uma programação cientifica do mais alto gabarito, tendo como carro chefe a participação dos pioneiros do Transplante Facial cujo mediador para efetivar a participação desses ilustríssimos cirurgiões, foi o Dr. Carlos Oscar Uebel. Conseguimos os melhores pacotes com os hotéis com preços irresistíveis, convidativos e estimulantes para que você e sua família estejam conosco no Congresso. Lembramos que nesta época faz calor e o sol por aqui é convidativo ao banho de mar com suas águas mornas. Quanto a programação local, elaboramos eventos sociais que marcarão esse congresso como um daqueles inesquecíveis. Três grandes acontecimentos serão realizados no melhor padrão de qualidade que se pode oferecer, aos ilustres e competentes cirurgiões brasileiros e convidados internacionais. Na Abertura, coquetel com atrações do folclore pernambucano com todo seu esplendor musical e visual de suas fantasias. O Presidencial Dinner será um jantar glamuroso, no maior e melhor espaço de eventos da América Latina - Chevrolett Hall com a animação da Orquestra Super Oara. A Festa de Encerramento no Arcádia de Apipucos, espaço de eventos construído em área de Mata Atlântica, tem um visual e estrutura física que transportará você e sua família para dentro da natureza preservada, ao som da excelente Orquestra Veneza. Não esqueçamos as visitações a pontos históricos de Recife e Olinda, praias paradisíacas (Porto de Galinhas, Carneiros, Itamaracá, Maria Farinha) e cidades folclóricas (Gravatá, Bezerros e Caruaru). Sugerimos uma esticada até o final de semana, já que o dia 15 de novembro é feriado, para curtir nossas praias e Hotéis Fazenda em engenhos de cana-de-açúcar, do tempo do Senhor de Engenho e dos escravos. Falta mais alguma coisa? Só você! Esperamos você Pernambucanamente em Alto Astral Dr. Ivo Salgado Presidente da SBCP - Regional PE EDITORIAL DO DEC - DEPARTAMENTO DE EVENTOS CIENTÍFICOS Estamos com o programa científico do Congresso Brasileiro em Recife concluído, exceto por pequenas desistências de última hora. Em breve você receberá o programa completo e poderá organizar com antecedência, quais mesas irá assistir. Todos os temas de nossa especialidade estão abordados, em apenas duas salas. Desta forma, dificilmente poderemos ir a fundo em assuntos específicos. Por isto organizamos 47 Cursos, com duração de 02 horas, onde as discussões e exposições poderão ser mais profundas. Escolha já os de sua preferência, pois as vagas são limitadas. Dependendo do que ocorrer este ano, os mesmos serão futuramente repetidos e aprimorados. Como já é do conhecimento de todos, teremos mesas e conferências inéditas sobre Transplante de Face, com a presença do primeiro a realizá-la Dr. Bernard Devauchelle, da França, o segundo, Guo Shuzhong da China, e Robert Walton dos EUA e Cláudio Angrigiani da Argentina, que embora tenham recursos técnicos, ainda não realizaram os transplantes. Porque? Saberemos as respostas na Mesa do dia 12/11. A outra atraçâo será a cirurgia editada em 30 minutos pelo moderador, sem o conhecimento dos cirurgiões Dr. Prado Neto (Rinoplastia) e Prof. Ronaldo Pontes (Ritidoplastia), que só terão contato com o vídeo na hora da apresentação. Queremos com isto, manter o clima da cirurgia ao vivo, sem os problemas de limitação do tempo. Queremos também, a partir deste Congresso, deixar bem claro o papel que deve ser desempenhado pelo Secretário, Presidente e Moderador das Mesas. O Secretário é o executivo que chama os palestrantes, controla o tempo e não irá permitir que seja ultrapassado (exceto por decisão do Presidente), que deverá cuidar do som, iluminação e qualquer outra intercorrência da Mesa. Deverá também entregar os certificados a todos os relatores e componentes da mesa. O Moderador terá tempo para dinamizar a mesa. Deve procurar explorar os pontos em conflito ou antagónicos dos apresentadores, estimular a participação da plateia e dos membros da mesa. Arguir os apresentadores sobre pontos polémicos do assunto abordado e sobre nenhuma hipótese fazer uma conferência, "comentar" os trabalhos, ou expressar longas opiniões sobre o tema. Na moderação das mesas de trabalho cientifico, ele deve opinar e mesmo julgar o trabalho, porém de forma a não desestimular ou humilhar o apresentador. O Presidente é o "dono" da mesa. Ele deverá fazer uma introdução ao tema ou aos apresentadores se assim julgar, durante 05 minutos, usando ou não recursos audiovisuais. Deverá decidir sobre qualquer intercorrência da mesa e sobre conceder ou não maior tempo ao relator, tendo sempre em mente que os colegas foram convidados para falar naquele tempo e se aceitaram e não se prepararam adequadamente, é um desrespeito à plateia e aos outros relatores. Cabe também ao Presidente da mesa corrigir o moderador que se afastar de sua função e, em casos extremos, assumir a moderação da mesa. Estejam certos que teremos um fantástico Congresso em Recife. Até lá! José Horácio Aboudib - RJ Diretor do DEC PRESIDENTE DE HONRA - PERSEU LEMOS Perseu Lemos - PE PRESIDENTE DE HONRA DO 43º CONGRESSO CONVIDADOS ESTRANGEIROS Javier Bisbal, MD formou-se em Medicina em 1972 pela Universidade Central de Barcelona. Concluiu doutrado em 1973, obteve Título de Especialista em Cirurgia Reparadora em 1975 e em Crânio Facial, em 1980, pela Universidade Autônoma de Barcelona. Sua atividade profissional compreende diversas áreas, com destaque em Cirurgias Reconstrutoras, Queimaduras, Reconstrução Nasal e Facial. É membro da Javier Bisbal Sociedade Catalana e Espanhola de Cirurgia Plástica. Espanha Dennis Hammond é Professor em Medicina na Universidade de Michigan, Bacharel em Ciências, Honorário em Biologia e escritor certificado em Cirurgia Plástica. É membro graduado em Mão, Microcirurgia, Reconstrução Mamária Imediata com Implantes e Cirurgia Cosmética. Recebeu vários prêmios sobre Retalhos Músculocutâneos e Expansão de Tecidos, Reconstruções e Análise morfológica em tecidos expandidos. É membro de importantes colégios e Sociedades de Cirurgia Dennis Hammond Plástica e tem inúmeros artigos publicados em importantes EUA livros de medicina. Elisabeth Beahm é graduada em Medicina desde 1987 na Escola de Medicina de Chicago. Desde então, tem participado de diversos programas de Educação e Pesquisas. A Dra Beahm publicou diversos artigos de medicina sobre diferentes assuntos, o que mostra sua ampla comnpreensão em Cirurgia Plástica, Estética e Reconstrutiva. Hoje em dia está envolvida com Engenharia de Tecidos e Reconstrução Mamária. Elisabeth Beahm EUA Guo Shuzhong, MD, 43 anos, é Chefe e Professor do Departamento de Cirurgia Plástica do Hospital Militar Xijing, FMMU da cidade de Xian, China. É membro da Diretoria da Associação Chinesa de Cirurgia Plástica e Diretor da Sociedade de Cirurgia Plástica de Shanxi. Doutor Guo Shuzhong realizou a Segunda Cirurgia de Transplante Facial do mundo num paciente Guo Shuzhong China com rosto desfigurado por ataque de urso. Dr. Robert Walton é Professor da Universidade de Massachusetts e Chicago. Suas freqüentes apresentações focam a Microcirurgia Reconstrutiva incluindo Análise das Deformidades, Plano técnico e Cirúrgico, Princípios de Reparação, Cicatrização, Transplante Facial e Engenharia de Tecidos. Robert Walton EUA Professor da Universidade de Amien na França, é Membro da Sociedade Européia de Cirurgia Maxilofacial. Chefiou com JeanMichel Dubernard a equipe que realizou o primeiro Transplante Facial. Bernard Devauchelle França Chefe de Cirurgia Plástica do Hospital Geral de Agudos Francisco Santojanni Buenos Aires- Professor Adjunto da Universidade Aberta Interamericana - Professor Adjunto da Universidade Aberta Interamericana- Professor Adjunto UCES- Presidente da Fundañáo Marko - Membro da Sociedade Americana de Cirurgioes. Claudio Angrigiani Argentina HOMENAGEADOS NACIONAIS Pedro Djacir Escobar Martins - RS Sergio Carreirão - RJ HOMENAGEADOS REGIONAIS Luiz Alberto de Sousa Leite - PE Arlindo Barros Aguiar Jr - PE CONGRESSOS BRASILEIROS REALIZADOS PELA SBCP Ano 1956 Local São Paulo Presidente Nacional Antonio Duarte Cardoso Ano 1958 Local São Paulo Presidente Nacional Alípio Pernet Ano 1960 Local São Paulo Presidente Nacional Roberto Farina Ano 1965 Local São Paulo Presidente Nacional Roberto Antonio Millan Ano 1968 Local Pernambuco Presidente Nacional Roberto Antonio Millan Presidente Regional João Suassuna Filho Ano 1969 Local Distrito Federal Presidente Nacional Nelson Pigossi Presidente Regional Fábio Rabello Ano 1970 Local Rio de Janeiro Presidente Nacional Nelson Pigossi Ano 1971 Local Bahia Presidente Nacional Ricardo Baroudi Presidente Regional Antonio Carlos Aleixo Sepúlveda Ano 1972 Local São Paulo Presidente Nacional Ricardo Baroudi Presidente Regional Benjamin Golcman Ano 1973 Local Paraná Presidente Nacional Aymar Edison Sperli Presidente Regional Lacyone Jorge Roth Ano 1974 Local Minas Gerais Presidente Nacional Aymar Edison Sperli Presidente Regional José de Oliveira Barra Ano 1975 Local São Paulo Presidente Nacional Paulo Marques de Souza Presidente Regional Kose Horibe Ano 1976 Local Rio Grande do Sul Presidente Nacional Paulo Marques de Souza Presidente Regional Telmo Marques Weber Ano 1977 Local Rio de Janeiro Presidente Nacional Raul Couto Sucena Presidente Regional Wenceslau Soares Neto Ano 1978 Local São Paulo Presidente Nacional Ricardo Baroudi Presidente Regional Ewaldo Bolívar de Souza Pinto Ano 1979 Local São Paulo Presidente Nacional Ricardo Baroudi Presidente Regional Ewaldo Bolívar de Souza Pinto Ano 1980 Local Ceará Presidente Nacional Ewaldo Bolívar de Souza Pinto Presidente Regional Wladimir Távora Cruz Ano 1981 Local Espírito Santo Presidente Nacional Ewaldo Bolívar de Souza Pinto Presidente Regional Rogério Ottoni Barbosa Ano 1982 Local Pernambuco Presidente Nacional Claudio Rebello Presidente Regional Geraldo Torreão de Sá Ano 1983 Local Distrito Federal Presidente Nacional Claudio Rebello Presidente Regional José Carlos Daher Ano 1984 Local Rio de Janeiro Presidente Nacional Melchiades Cardoso de Oliveira Presidente Regional José Kogut Ano 1985 Local Rio Grande do Sul Presidente Nacional Melchiades Cardoso de Oliveira Presidente Regional Carlos Oscar Uebel Ano 1986 Local Minas Gerais Presidente Nacional Juarez Avelar Presidente Regional Edgard Rocha Silva Ano 1987 Local São Paulo Presidente Nacional Juarez Avelar Presidente Regional João Carlos Sampaio Goes Ano 1988 Local Bahia Presidente Nacional Pedro Martins Presidente Regional Antonio Carlos Aleixo Sepúlveda Ano 1989 Local Santa Catarina Presidente Nacional Pedro Martins Presidente Regional João Francisco do Valle Pereira Ano 1990 Local Rio de Janeiro Presidente Nacional Juarez Avelar Presidente Regional Farid Hakme Ano 1991 Local São Paulo Presidente Nacional Juarez Avelar Presidente Regional Munir Curi Ano 1992 Local Rio de Janeiro Presidente Nacional Liacyr Ribeiro Presidente Regional Luiz Carlos Celi Garcia Ano 1993 Local Paraná Presidente Nacional Liacyr Ribeiro Presidente Regional Rogério Scheibe Ano 1994 Local Minas Gerais Presidente Nacional Munir Curi Presidente Regional Sebastião Nelson Edy Guerra Ano 1995 Local Distrito Federal Presidente Nacional Munir Curi Presidente Regional Fábio Inácio da Cunha Ano 1996 Local Rio de Janeiro Presidente Nacional Farid Hakme Presidente Regional Sérgio Levy Ano 1997 Local São Paulo Presidente Nacional Farid Hakme Presidente Regional Hamilton Aleardo Gonella Ano 1998 Local Goiás Presidente Nacional Farid Hakme Presidente Regional Ronaldo Freua Bufaiçal Ano 1999 Local Rio de Janeiro Presidente Nacional Farid Hakme Presidente Regional Luiz Haroldo Pereira Ano 2000 Local Rio Grande do Sul Presidente Nacional Luiz Carlos Celi Garcia Presidente Regional Alexis Lemos Pacheco Ano 2001 Local São Paulo Presidente Nacional Luiz Carlos Celi Garcia Presidente Regional José Yoshikazu Tariki Ano 2002 Local Bahia Presidente Nacional Luiz Carlos Celi Garcia Presidente Regional Ivan José Ramos Tavares Ano 2003 Local Ceará Presidente Nacional Luiz Carlos Celi Garcia Presidente Regional Edmar Maciel Ano 2004 Local Santa Catarina Presidente Nacional Sérgio Carreirão Presidente Regional Jorge Bins-Ely Ano 2005 Local Minas Gerais Presidente Nacional Sérgio Carreirão Presidente Regional Oromar Moreira Filho Ano 2006 Local Pernambuco Presidente Nacional Osvaldo Saldanha Presidente Regional Ivo Salgado Os créditos pela publicação destes Anais Digitais, ficam sob a responsabilidade da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Av. Pacaembu, 746 - 11º andar Cep: 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Fone: +55 11 3826-1499 - Fax: + 55 11 3826-1710 Site: WWW.CIRURGIAPLASTICA.ORG.BR E-mail: [email protected] 43º CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA PLÁSTICA DIRETORIA SBCP NACIONAL Presidente Osvaldo Saldanha 1º Vice-Presidente Sebastião Edy Guerra 2º Vice-Presidente José Humberto Resende Secretário Geral José Yoshikazu Tariki Secretário Adjunto Adilson Farrapeira Tesoureiro Geral Douglas Jorge Tesoureiro Adjunto Léo Doncatto DIRETORIA SBCP REGIONAL PERNAMBUCO Presidente Ivo Salgado Secretário Carlos Lacerda Almeida Tesoureiro Pedro Pita HOMENAGEADOS NACIONAIS Pedro Djacir Escobar Martins - RS Sergio Carreirão - RJ HOMENAGEADOS LOCAIS Luiz Alberto de Sousa Leite - PE Arlindo Barros Aguiar Jr - PE CONVIDADOS ESTRANGEIROS Bernard Devauchelle, MD – França Claudio Angrigiani, MD – Argentina Dennis Hammond, MD - E.U.A Elisabeth Beahm, MD - E.U.A Guo Shuzhong , MD - China Javier Bisbal, MD - Espanha Robert Walton, MD – E.U.A PRESIDENTE DE HONRA Perseu Lemos - PE DEPARTAMENTO DE EVENTOS CIENTÍFICOS Diretor Geral: José Horácio Aboudib - RJ Secretário: Cláudio Cardoso de Castro – RJ DIRETORES REGIONAIS João de Moraes Prado Neto - SP José Pascoal Pinheiro Correia - NO-NE Nelson Piccolo - Centro-Oeste Níveo Steffen - Sul Carlos Uebel - Rel. Internacionais EDITOR DO ANAIS Jorge Bins-Ely- SC CO-EDITORES José Horacio Aboudib - RJ Rodrigo D'Eça Neves - SC Zulmar Antônio Accioli de Vasconcellos - SC EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DO ANAIS 2006 DIGITAL Proxima Comunicação e Marketing Rua Das Avencas, AH 09 - L 05 - Gleba B Cidade Universitaria Pedra Branca - Palhoça - SC - Brasil Fone: + 55 48 8407 5007 - Fax: + 55 48 9121 6397 Site: WWW.PROXIMADIGITAL.COM.BR E-mail: [email protected] Skype: proxima_digital MSN: [email protected] Luis Antonio Morais Diretor Administrativo Proxima Comunicação e Marketing Coordenador do Projeto - Anais SBCP 2006 E-mail: [email protected] Fone: + 55 48 8407 5007 - 9121 6397 Daniel Ribeiro Platt Design Guilherme Camargo Tussolino Programação APOIO Site: WWW.SILIMEDPRODUTOS.COM.BR O LOCAL - INFORMAÇÕES GERAIS Localização Geográfica: Região Nordeste do Brasil Capital: Recife Área: 98.938 km2 Clima: Tropical Atlântico (litoral) e Semi-Árido (Agreste e Sertão) Relevo: Planície litorânea, Planalto Central, Depressões à Oeste e a Leste Bacias Hidrográficas: São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú e Jaboatão. Vegetação Característica: Mangue (mangue), Floresta Tropical (Zona da Mata), Caatinga (Agreste e Sertão). O LOCAL - LUTAS E CONQUISTAS Pernambuco foi uma das primeiras áreas brasileiras ocupadas pelos portugueses. Em 1535, Duarte Coelho torna-se o donatário da Capitania, fundando a vila de Olinda e espalhando os primeiros engenhos da região. A histórica cidade de Igarassu abriga uma preciosidade: a mais antiga igreja do Brasil, Cosme e Damião, construída em 1535. No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante muitos anos é responsável por mais da metade das exportações brasileiras. Essa riqueza atrai novos colonos europeus que constróem no estado um dos mais ricos patrimônios arquitetônicos da América Colonial. A riqueza de Pernambuco foi alvo do interesse de outras nações. No século XVII, os holandeses se estabelecem no estado. Entre 1630 e 1654, Pernambuco é administrado pela Companhia das Índias Ocidentais. Um dos seus representantes, o príncipe João Maurício de Nassau, traz para Pernambuco uma forma de administrar renovadora e tolerante. Realiza inúmeras obras de urbanização no Recife, amplia a lavoura da cana, assegura a liberdade de culto. No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas. Amante das artes, Nassau tem na sua equipe inúmeros artistas, como Frans Post e Albert Eckhrout, pioneiros na documentação visual da paisagem brasileira e do cotidiano dos seus habitantes. Os pernambucanos se orgulham de sua participação altiva na História do Brasil, sempre mantendo altos ideais libertários, como na Guerra dos Mascates, entre 1710 e 1712; a Revolução Pernambucana, em 1817; a Confederação do Equador, em 1824; a Revolta Praieira, em 1848. Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas continua marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas relações trabalhistas e lidera movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene. A partir de meados da década de 60, Pernambuco começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede rodoviária até o sertão e investindo em pólos de investimento no interior do estado. Na última década, consolidamse os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de modernização da administração pública. O LOCAL - A CIDADE DO RECIFE Capital do Estado de Pernambuco, Brasil, maior centro cultural, de serviços, de saúde e de lazer do Nordeste, além de terceiro pólo gastronômico do País, o Recife é um dos portões de entrada do Brasil. Cortada por vários rios e banhada pelo mar, o Recife é uma cidade de contrastes, onde o antigo, legado português e holandês do tempo do Brasil Colonial, une-se às modernas construções. Na cidade tem tudo, a começar por uma eficiente infraestrutura receptiva, com hotéis, pousadas, restaurantes, centros de animação noturna, aeroporto internacional, porto com terminal marítimo de passageiros, terminal rodoviário integrado, shoppings centers e uma série de outros equipamentos e serviços. Na divisa do Recife com Olinda está o Centro de Convenções de Pernambuco, um dos maiores e mais modernos do País. Dentre os pontos de interesse turístico, o Recife oferece a Praia de Boa Viagem; o Bairro do Recife, com belos sobrados e o melhor em animação noturna, onde se encontra, também, o Centro Cultural Judaico de Pernambuco no prédio restaurado, na Rua do Bom Jesus (antiga Rua dos Judeus de 1636 a 1654), onde se instalou a primeira sinagoga das Américas. Após a expulsão dos holandeses, o escrivão Francisco Mesquita fez o inventário dos prédios edificados pelos holandeses e escreveu: "Umas casas grandes de sobrado da mesma banda do rio, com fronteira para a Rua dos Judeus, que lhe servia de sinagoga, a qual é de pedra e cal, com duas lojas por baixo, que de novo fabricam os ditos judeus". Na Rua do Imperador, no Bairro de Santo Antônio e a Capela Dourada é uma das mais expressivas representantes da arte barroca nas igrejas brasilieras. Esta Capela Dourada considerada a expressão máxima da arte sacra barroca no Recife, seu forro é coberto de elaboradas pinturas. O altar dourado possui imagens do século XVIII. Dois grandes mártires franciscanos estão representados em painéis nas paredes laterais da igreja. Para quem quer conhecer um pouco da história cristã, o Museu Franciscano de Arte Sacra, que fica ao lado da capela, é um bom programa. Endereço: Rua do Imperador, no Bairro de Santo Antônio. Visite também a Casa da Cultura, centro de vendas do artesanato da região; o conjunto arquitetônico da Praça da República; a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, dominando imponentemente o Pátio de mesmo nome, revitalizado como centro turístico e comercial. No largo Pátio de São Pedro estão a Catedral São Pedro dos Clérigos e as casas coloniais restauradas. Construída em 1782, sua fachada reproduz o Santuário de Santa Maria Maior de Roma. As armas de São Pedro e as imagens dos doze Apóstolos de Cristo e dos quatro Evangelistas estão entalhadas no teto da igreja, todo em madeira. No Pátio de São Pedro tem numerosos Restaurantes, Bistrôs e Bares. Cada terça-feira ocorre às 20 horas o evento Terça Negra, onde encontramos cultura africana com música ao vivo e danças de Pernambuco. É muito interessante participar deste evento, porque é pura cultura pernambucana misturada com a cultura africana. Hoje em dia, o Pátio de São Pedro é provavelmente o mais bonito, o mais antigo e o melhor centro restaurado do Recife. O Mercado de São José, Praça Dom Vital, no Bairro de São José. foi inaugurado em 1875 e representa uma das primeiras construções do Brasil com toda a estrutura feita em ferro. A construção, seguiu o modelo do Mercado de Grenelle, na França, e está localizada na praça conhecida como Praça do Mercado, onde está localizada a Basílica de Nossa Senhora da Penha (1870). O Mercado possui 542 boxes, onde são comercializados artesanato, carne e peixe frescos. Aberto de segunda a sábado, das 5h às 15h30; e aos domingos das 6h ao meio-dia. É também valor que visita a igreja Nossa Senhora do Carmo próximo no lugar Praça do Carmo. A Praça do Carmo em Recife e com data do final do século XVII e fica diante da Basílica e do Convento de Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio. Hoje em dia, é palco da anual festa em homenagem à padroeira Nossa Senhora do Carmo, que acontece no mês de julho. Nesta época, costuma abrigar parque de diversões e barraquinhas de comidas, bebidas e artigos religiosos. A Basílica e Convento de Nossa Senhora do Carmo foi construída em 1687 e possui traços barrocos. No altar dourado, a imagem da padroeira Nossa Senhora do Carmo, em tamanho natural, se destaca. O altar principal abriga valiosas coroas de ouro e pedras preciosas. Foi neste convento que Frei Caneca ordenou-se sacerdote. Endereço: Largo de Nossa Senhora do Carmo, na avenida Dantas Barreto; demasiado a Rua da Aurora, com seus casarões refletidos no Rio Capibaribe. A Igreja de Nossa Senhora do Terço, foi construída, no ano de 1726, foi erguida onde antes havia apenas um nicho com a imagem de Nossa Senhora, no qual as pessoas costumavam rezar o terço. Na frente da Igreja, Frei Caneca foi esquartejado e teve suas vestes enterradas. Toda segunda-feira de Carnaval, os negros mortos nos tempos de escravidão são homenageados pelos maracatus: é a Noite dos Tambores Silenciosos, que acontece sempre à meia-noite, apenas ao toque de um surdo. Endereço: Pátio do Terço no Bairro de São José. Não há horário fixo para visitação. A Igreja Madre de Deus, em estilo colonial, data do século XVIII e carrega no altar um oratório com a imagem do padroeiro da paróquia. Em 1971, a Madre de Deus foi danificada por um incêndio, mas ainda é possível encontrar em seu interior pinturas sacras, mobiliário em jacarandá e a imagem do Senhor do Bom Jesus dos Passos. O Museu do Homem do Nordeste; o Museu- Oficina Cerâmica Francisco Brennand - que integra natureza e obras do artista, um dos expoentes das artes plásticas brasileiras - e as tapeçarias; o Instituto Ricardo Brennand, no Engenho São João, bairro da Várzea, inaugurado com a exposição dos quadros de Albert Eckout, pintor e naturalista da comitiva de Maurício de Nassau. A Universidade Católica de Pernambuco dispõe de um museu arqueológico, inaugurado em 1987, para divulgação dos achados da "Furna do Estrago" da cidade Brejo da Madre de Deus, que é continuamente atualizado com os resultados das pesquisas. A "Furna do Estrago" é um dos mais importantes sítios arqueológicos brasileiros. O calendário de eventos é amplo e diversificado. Começa saudando o "Ano Novo na Praia de Boa Viagem" e no "Recife Antigo". Uns meses antes do "Carnaval de Olinda e do Recife" já tem festas em Olinda e em Recife pré-carnavalescas, que começam no mês de dezembro. O frevo ganha as cores no "Carnaval de Olinda e de Recife". Conseqüentemente os preços das acomodações estão no "Sitio Histórico da Cidade Alta de Olinda" no Carnaval de Olinda atualmente como aqueles no Rio de Janeiro, e Salvador. Junto com o Carnaval de Olinda, explode em alegria e folclore nos diversos focos de animação; integra o clima religioso da Semana Santa, com a encenação do Drama da Paixão de Cristo na cidade de Fazenda Nova, no maior teatro ao ar livre do mundo "Nova Jerusalém", que faz parte do Programa Pernambuco das Paixões (200 quilômetros); dança o forró em vários pólos de animação durante o período junino, como o "A Grande Festa do São João de Caruaru" (170 quilômetros), uma das maiores manifestações culturais do interior do Estado de Pernambuco; vive a alegria jovem no Recifolia (carnaval fora de época) e por aí vai. Porque, no Recife, as festas acontecem quase todos os dias e brilham em quase todas as noites. SILIMED - UMA PROPOSTA DE QUALIDADE Visite nosso site e fique por dentro das novidades, serviços e produtos disponibilizados para para a sua especialidade. Nossas centrais de atendimento em todo o país: Matriz: RIO DE JANEIRO Silimed Comércio de Produtos Médico-Hospitalares Ltda. Rua General Polidoro, 158 - Botafogo Rio de Janeiro – RJ CEP: 22280-005 Tel./Fax: (21) 2295-1601 E-mail: [email protected] Site: WWW.SILIMED.COM.BR Filiais GRANDE SÃO PAULO Silimed Comércio de Produtos Médico-Hospitalares Ltda. Rua Arabé, 44 - Mirandópolis São Paulo – SP CEP: 04042-070 Tel./Fax.: (11) 5594-8383 E-mail: [email protected] Região Norte TOCANTINS, PARÁ, AMAPÁ, RORAIMA E RONDÔNIA Materiali Comércio e Representações de Produtos Hospitalares Ltda. SEPS 714 / 914 - Bloco E - Sala 302 – Ed. Talento - Asa Sul Brasília – DF CEP.: 70390-145 Tel.: (61) 3345-8480 / (61) 3345-7921 Fax. (61) 3346-3378 Cel.: (61) 9987-0695 / (61) 9988-2637 E-mail: [email protected] Contato: Maria Amélia Gagliardi AMAZONAS E ACRE JJ Mussa Dib – Casa do Médico Rua Acre, 656 Quadra 53 / Sala 03 – N. Sra. Das Graças Manaus – AM CEP.: 69053-040 Tel.: (92) 3622-6609 Cel.: (92) 9142-7837 E-mail: [email protected] Contato: Jorge Mussa Região Nordeste MARANHÃO F. Miranda de Araújo Rua Luís Gama, 7 - Quadra Y - Ipase São Luís do Maranhão – MA CEP.: 65060-070 Tel./Fax.: (98) 3252-4065 Cel.: (98) 8116-7992 E-mail: [email protected] Contato: Francisca Araújo PIAUÍ E CEARÁ RN Comércio e Representações Ltda. Rua: Rocha Lima , 371 - Bairro Aldeota Fortaleza – CE CEP.: 60135-000 Tel./ Fax: (85) 3094-3500 / (85) 3253-3743 Cel.: (85) 9985-4839 E-mail: [email protected] Site: WWW.RNPRODUTOS.COM.BR Contato: Raimundo Ferreira Neto RIO GRANDE DO NORTE Silmed Representação de Materiais Médicos Avenida Prudente de Morais, 4572 / Sala 28 - Condomínio Florence - Lagoa Nova Natal – RN CEP.: 59063-200 Tel./ Fax.: (84) 3234-7595 / (84) 3231-9322 Cel.: (84) 9964-5781 E-mail: [email protected] Contato: Francinete Cortez PARAÍBA E PERNAMBUCO Master Center Comércio e Representações de Artigos Médicos Ltda. Av. Cons. Rosa e Silva, 1460 / Sala 214 - Aflitos Recife – PE CEP.: 52050-020 Tel.:/Fax (81) 3244-8015 / (81) 3244-7384 Cel.: (81) 9152-7233 E-mail: [email protected] Contato: Regina Santos ALAGOAS Mate Comércio e Representações Ltda Av. João Davino, 321 / Loja 22 - Shopping Jatiuca - Mangabeiras Maceió – AL CEP.: 57035-000 Tel./Fax: (82) 3355-8024 Cel.: (82) 9341-1929 E-mail: [email protected] Contato: Marta Silva SERGIPE E BAHIA Céu e Mar Comercial Ltda. Av. Otavio Mangabeira, 701 / Loja 9 - Shopping Res. Oceano - Pituba Salvador – BA CEP.:41830-050 Tel./Fax: (71) 3347-0422 / (71) 3347-1257 Cel.: (71) 9975-1203 E-mail: [email protected] ou [email protected] ou [email protected] Contato: Gleice Carvalho Região Centro-Oeste GOIÁS - GOIÂNIA E REGIÃO SUL DO ESTADO Silicentro Comércio e Representações Ltda. 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Rua Halfeld, 828 Sala 812 – Centro Juiz de Fora – MG CEP.: 36010-003 Tel./Fax.: (32) 3212-1257 / (32) 3213-0549 Cel.:(32) 9109-1286 E-mail: [email protected] Contato: Wânia Correa MINAS GERAIS - REGIÃO CENTRAL Silimedical Comércio e Representação de Silicone Ltda. Rua Tomé de Souza, 1065 / Loja 05 - Savassi Belo Horizonte – MG CEP: 30140-131 Tel.: (31) 3284-6239 / (31) 3221-0761 Cel.: (31) 9198-6870 E-mail: [email protected] Contato: Gustavo Coelho MINAS GERAIS – REGIÃO OESTE Maria Teresa Carminati Ribeirão Preto Rua Visconde de Inhaúma, 580 /Sala 304 - Centro Ribeirão Preto – SP CEP: 14010-100 Tel./Fax.: (16) 3931-2550 / (16) 3931-5040 Cel.: (16) 9991-2108 E-mail: [email protected] Contato: Maria Teresa Carminati Região Sul RIO GRANDE DO SUL Silisul Comércio e Representações de Materiais Médico-Cirúrgico Ltda. ME Rua Dr. Florêncio Ygatua, 292 / Sala 807 - Moinhos de Vento Porto Alegre – RS CEP: 90430-010 Tel.: (51) 3388-3938 Fax: (51) 3332-5709 Cel.: (51) 9982-7828 E-mail: [email protected] Contato: Rejane Back SANTA CATARINA Sillymart Comércio e Representação de Material Médico Hospitalar Ltda. Av. Rio Branco, 691 / Sala 401 - Centro Florianópolis – SC CEP: 88015-203 Tel.: (48) 3025-3089 / (48) 3224-5617 Fax: (48) 3224-6364 Cel.: (48) 9972-2432 (particular) / (48) 9973-7989 (escritório) E-mail: [email protected] Contato: Dirlene Martini PARANÁ – REGIÃO DE CURITIBA Implamed Ltda. Rua Emiliano Perneta, 860 / Conj. 1902 / Ed. Macsaúde - Batel Curitiba - PA Cep 80420-080 Tel: (41) 3019 6822 Cel: (41) 9243 4661 / (41) 9243 4660 Vono: (41) 4063 7641 E-mail: [email protected] Contato: Cristina Romeiro PARANÁ - NORTE DO ESTADO C. Mayorquin Romeiro Rua Senador Souza Naves, nº 771 / Sala 206 - Edifício Comercial Senador - Centro Londrina - PR CEP: 86010-160 Tel.: (43) 3025 41 75 Tel/Fax: (43) 3025 5073 Vono: (43) 4052 9091 Cel.: (43) 9919 0410 / (43) 9985 4474 / (43) 9936 9568 E-mail: [email protected] Contato: Cristina Mayorquin SÍNDROME DE FOURNIER EXTENSA: RELATO DE CASO / SEVERE FOURNIER'S GANGRENE: A CASE REPORT RELATO | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Tathyana Marques Fernandes MD, PhD CO-AUTORES Geraldo Antônio E. Scozzafave MD Vívian de Araújo Soares MD Guillermo Fernando E. Jelski MD DESCRITORES Fournier sindrome INSTITUIÇÃO Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Heliópolis-SP. Rua Nhandirobas no. 325 - Cep: 04349-030 São Paulo - SP ÍNDICE RELATO A fasciite necrotizante do períneo e parede abdominal é uma afecção grave com comprometimento sistêmico que leva à morte se não tratada a tempo. A infecção é iniciada por agentes microbianos aeróbicos e anaeróbicos geralmente em pacientes imunodeprimidos como diabéticos e transplantados. As freqüentes seqüelas são graves com perdas cutâneas extensas em locais de difícil reparação. Apresentamos um caso de fasciite necrotizante extensa em um paciente diabético de 42 anos que teve seu quadro iniciado com foliculite de bolsa escrotal. O paciente relatou que demorou apenas dois dias para procurar o serviço médico, época na qual já apresentava disseminação em todas as bolsas escrotais. Na ocasião, foi indicado colostomia, antibioticoterapia de triplo espectro e debridamento precoce. Como os níveis de glicemia permaneceram elevados (> 400 mg/dL), a afecção se estendeu pára o pênis, região inguinal e flanco direitos, períneo, porção proximal da coxa esquerda e região perianal até o porção inferior dos glúteos bilateralmente. (Fig-1). Após 42 dias de antibioticoterapia, dois debridamentos cirúrgicos e 22 sessões de câmara hiperbárica, o paciente foi submetido ao fechamento de suas lesões com retalhos fasciocutâneos bilaterais da face ântero medial das coxas com enxertia de pele parcial (15X10 cm e 20X11 cm de diâmetro e extensão à direita e esquerda respectivamente) (fig-2). O procedimento cirúrgico não apresentou intercorrências apesar de sua complexidade (Fig-3, 4, 5) e, no pós operatório, o estado clínico do paciente foi controlado rigorosamente, o que resultou em nenhum tipo de complicação com retalhos completamente viáves e enxertos integrados (fig-6). Após três semanas de internação, o paciente recebeu alta, reabilitado clínica e fisicamente. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 DISCUSSÃO ÍNDICE A reconstrução da região genital pode ser realizada de várias maneiras, compreendendo sutura primária, enxertos e retalhos, esses últimos podendo ser fasciocutâneos, miocutâneos ou apenas musculares com enxertia sobreposta. O tamanho e o local da área doadora variam de acordo com a seqüela resultante e da extensão da lesão. O enxerto na região peniana deve ser de espessura fina para melhor integração e possível mobilidade futura. CONCLUSÃO ÍNDICE O paciente com Síndrome de Fournier ou fascite necrotizante além do seu controle clínico deve ter o seu tratamento o mais precocemente instituído com o objetivo de cessar o processo infeccioso preservando, assim, tecidos cutâneos. O planejamento deve ser bem conduzido considerando todas as perdas de tecidos e todos os tipos de retalhos possíveis com ou sem a associação de enxertos. Deve-se, também, além da antibioticoterapia, controlar rigorosamente os níveis glicêmicos e hematimétricos para evitar complicações pós operatórias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Mordjkian E, Meire Oliveria MA, Júnior J M. Métodos de reconstrução cirúrgica utilizados no tratamento das deformidades teciduais decorrentes da gangrena de Fournier. Análise de 10 casos. An bras dermatol; 2001, 76(6): 701-709. 2.Filho AFS, Pereira NA, Saraiva PS, Magalhães GM, Siqueira IMG Resende A J C R. Fsciite necrosante da genitália masculina: Síndrome de Fournier. An bras dermatol; 1998, 73(2): 97-103. 3. Teixeir VC, Dornelas M T, Santan KP, Reconstrução do escroto pelo tetalho ilhado musculocutâneo de gracilis. Rev bras cir 1994; 84(2): 61-7. 4.Andrade A C H. Cirurgia reparadora na seqüela da síndrome de Fournier. AMB rev assoc med bras; 1991, 37 (1): 22-6. 5.Gerpeli R. Utilização do músculo grácil na reconstrução do períneo. Rev Paul med; 1989 107 (2) 83-7. AUTO-ENXERTIA CUTÂNEA EM PACIENTE COM LINFEDEMA PENIANO. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | DISCUSSÃO | RESULTADO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Flávia Dantas MD CO-AUTORES André Santana de Melo MD Ricardo Alves MD Lara de Luca Maciel MD José Luiz Leal MD DESCRITORES Auto-Enxertia Cutânea, Linfedema Peniano. INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica, Hospital de Ipanema - Rio de Janeiro - RJ 1. Rua Ipanema, 151/601- Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE O linfedema genital é caracterizado por edema progressivo do pênis e/ou bolsa escrotal causado pelo comprometimento da drenagem linfática. É primário, se associado a alterações intrínsecas dos vasos linfáticos e sem causa definida; ou secundário a neoplasia, trauma, infecção ou irradiação. Relatamos um caso de autoenxertia cutânea total em paciente com linfedema peniano primário a fim de discutir o manejo cirúrgico reparador. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Homem branco, 62 anos, com linfedema peniano primário há dois anos (foto 1 e 2), submetido a tratamento cirúrgico, com ressecção do tecido acometido até a fáscia profunda e enxertia cutânea total. Utilizou-se a prega inguinal direita como sítio doador. Após o preparo adequado, o enxerto foi transferido para a área receptora e fixado de forma circunferencial, com zetaplastia nas bordas cicatriciais no dorso com poligalactina 4.0 (foto 3 e 4). O curativo foi realizado com gaze vaselinada e coberto com atadura. Foi realizado cateterismo vesical de demora que permaneceu até a troca do primeiro curativo. Figura 1 - Foto 1. Figura 2 - Foto 2. Figura 3 - Foto 3. Figura 4 - Foto 4. DISCUSSÃO ÍNDICE O tratamento do linfedema peniano deve ser baseado na ressecção completa do tecido acometido para evitar recidiva e na reconstrução com utilização de retalhos cutâneos ou enxertos de pele total ou parcial. Como a pele vizinha está geralmente acometida, a utilização de retalhos locais pode ser perigosa por aumentar a chance de recidiva. Assim, muitos trabalhos utilizam enxerto de pele parcial espesso, alegando facilidade de integração associado a resultado estético satisfatório, apesar de maior risco de contração secundária, principalmente dos enxertos parciais em malha. No caso apresentado, a utilização de enxertia de pele total demonstrou ser uma opção segura e satisfatória no tratamento reparador do linfedema peniano, alcançando preservação da função, satisfação estética e sem recidiva até a presente data. RESULTADO ÍNDICE O curativo vaselinado foi trocado após sete dias, evidenciando completa integração do enxerto. O acompanhamento pós-operatório tardio não evidenciou contratura ou recidiva local e demonstrou excelente aspecto estético-funcional (foto 5 e 6). Figura 1 - Foto 5. Figura 2 - Foto 6. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1.Ross, J.H.; Kay, R.; Yetman, R.J.; Angermeier, K.: Primary Lymphedema Of The Genitalia In Children And Adolescents. Journal of Urology. 160(4):1485-1489, October 1998. 2.Konety, B.R.; Cooper, T. F.R.C.S.; Flood, H. D.; Futrell, J. W.: Scrotal Elephantiasis Associated with Hidradenitis Suppurative. Plastic e Reconstructive Surgery. 97(6):12431245, May 1996. 3.Black, P.C.; Friedrich, J.B.; Engrav, L. H.; Wessells, H.: Meshed Unexpanded SplitThickness Skin Grafting For Reconstruction Of Penile Skin Loss. Journal of Urology. 172(3):976-979, September 2004. REFINAMENTO EM RECONSTRUÇÃO VAGINAL EM FORMA ATÍPICA DE SÍNDROME DE ROKITANSKY TÍTULO | INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Aline Corrêa Durão MD CO-AUTORES Márcio Nunes dos Santos MD Diva Novy B.C. Nagen MD Virgínia pereira de Souza MD Peterson A. Ottero MD DESCRITORES reconstrução vaginal, Síndrome de Rokitansky INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora do Hospital Governador Israel Pinheiro do IPSEMG ( Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais) Belo Horizonte, MG TÍTULO ÍNDICE Refinamento em reconstrução vaginal em forma atípica de Síndrome de Rokitansky - Relato de caso. INTRODUÇÃO ÍNDICE A Síndrome de Meyer-Rokitansky-Küster-Hauser (SMRKH), referida como "ausência congênita de vagina", é uma entidade rara, com incidência de 1:5000 a 20000 nascimentos femininos. Seus achados típicos incluem :(1) amenorréia primária,(2) ausência completa ou parcial de vagina, (3) um espectro de anomalias uterinas, (4) anomalias esqueléticas, renais e outras,(5) caracteres sexuais secundários normais e (6) cariótipo 46XX. É de importância clínica a presença de útero funcional, sendo que em séries de pacientes com a SMRKH foi encontrado útero funcional em apenas 7%. O presente trabalho visa relatar caso de paciente portadora da síndrome na qual a presença de útero e anexos normais levou a equipe de cirurgia plástica do HGIP-IPSEMG a incluir uma tática cirúrgica, na reconstrução de vagina com Retalho de Singapura modificado. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE K.M.A.S., 18 anos, feminino.Internada em maio de 2005 pela Endocrinologia para propedêutica de amenorréia primária.Queixava dor em cólica infrapúbica mensal; apresentava caracteres sexuais secundários e estatura normais para a idade.Exame ginecológico: imperfuração himenal; provável comprimento vaginal ao toque retal.USG: útero e anexos normais. Testes de estimulação da menstruação negativos e dosagens hormonais normais.Em outubro realizou videolaparoscopia com diagnóstico cavitário de menstruação retrógrada e endometriose .Definido diagnóstico de agenesia de vagina.Em novembro de 2005 foi submetida pela equipe de Ginecologia à canalização romba do intróito vaginal no espaço reto vesical, que permitiu a visibilização de colo uterino pérvio, que foi reparado com Sonda de Foley 10 e 4 fios de vicryl 2.0, que foram reservados no local ( foto 1).Cinco dias depois foi submetida a reconstrução vaginal com Retalho de Singapura modificado. Os 4 fios deixados como reparo dos pontos cardeais do colo uterino foram utilizados para fixar o ápice da neovagina, permitindo a comunicação do colo com o meio externo. Figura 1 RESULTADO ÍNDICE A paciente evolui bem, tendo alta no 7°DPO. No controle ambulatorial relatou a exteriorização de fluxo menstrual e cessação das cólicas. DISCUSSÃO ÍNDICE na forma modificada do Retalho de Singapura, dois retalhos medindo 15 X 6 cm são posicionados lateralmente aos grandes lábios, incluem fáscia profunda e epimísio dos adutores da coxa, e seu eixo neurovascular se baseia nas aa. labiais posteriores e ramos labiais posteriores do n. pudendo. Os dois retalhos pareados são suturados em bolsa, invertidos e posicionados no intróito criado, originando uma neovagina em fundo cego (fig.1). No presente caso, a tática empregada foi a utilização de 4 fios previamente fixados ao colo uterino, que foram passados através do canal aberto, formado pelos 2 retalhos (fig.2).Após o posicionamento da neovagina no intróito,os fios fixaram o ápice dos retalhos ao colo uterino (fig.3). Essa adaptação permitiu a criação de neovagina pérvea ( foto 2) nesta rara forma atípica de Síndrome de Rokitansky. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1)Plast Reconstr Surg.1992 Aug 90(2): 270-4: "Experience with vaginal reconstruction utilizing the modified Singapore flap". 2)Ann Plast Surg.2004 jan; 52(1): 27-30: "A comparision of 99 consecutive vaginal reconstructions: an outcome study.". 3)Plast Reconstr Surg 1989;83:701: " A new technique of vaginal reconstruction using neurovascular pudendal-thigh flaps: a preliminary report". 4) Novak Tratado de Ginecologia, 11ª ed, " Anomalias congenitas e intersexualidade". REIMPLANTE MICROCIRÚRGICO DE ESCALPE INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR MAURO AMANCIO JUNIOR MD CO-AUTORES José Carlos Marques de Faria MD Rogério Alexandre Modesto de Abreu MD Caio Ribeiro Esper MD Roni Bregion MD DESCRITORES Reimplante, escalpe. INSTITUIÇÃO Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital e Maternidade Celso Pierro. Av.: John Boyd Dunlop, s/nº Jardim Ipaussurama - Campinas - S.P. CEP 13059-900 ÍNDICE INTRODUÇÃO A avulsão do couro cabeludo é um evento raro, acontecendo principalmente em pacientes do sexo feminino. Os resultados da reconstrução nesses casos modificaram-se radicalmente com o advento da técnica microcirúrgica a partir da década de 70, proporcionando resultados melhores tanto funcional como estéticos. Relatamos um caso de reimplante microcirúrgico de escalpe. RELATO DE CASO ÍNDICE S.A.S., 27 anos, funcionária de uma fábrica de cerâmica, vítima de acidente de trabalho que resultou em avulsão completa do couro cabeludo e da região frontal esquerda, incluindo 2/3 laterais da sobrancelha esquerda. Através de contato telefônico foi orientado o transporte da paciente e como conservar a peça avulcionada. A paciente chegou ao Hospital da PUC-Campinas após 6 horas do trauma. Na admissão encontrava-se consciente e orientada, sem déficit neurológico, descorada 2 /4 , porém hemodinamicamente estável, sendo encaminhada para o centro cirúrgico. Foi realizada tricotomia e limpeza cuidadosa do escalpe com soro fisiológico frio. Ao exame observou-se laceração na região occipital, local em que foi prensado pela máquina. Iniciouse o reimplante do escalpe com a dissecção da artéria temporal superficial direita fazendo anastomose com coto remanescente da peça; para drenagem da região anterior anastomosou-se duas veias frontais. Realizado anastomose da artéria temporal superficial esquerda e a seguir da veia occipital. No intraoperatório foram tranfundidos 2 concentrados de hemácias. O tempo total de isquemia foram de 8 horas e o cirúrgico de 6 horas, ao termino da cirurgia a paciente encontrava-se hemodinamicamente estável e a região reimplantada mostava-se com boa perfusão. O retalho manteve-se viável, com perda de 15% na área abaixo da laceração occipital, sendo desbridada e realizado enxertia de pele parcial duas semanas após a primeira cirurgia, recebendo então alta hospitalar. RESULTADO ÍNDICE Este caso ilustra a superioridade da técnica de reconstrução microcirurgíca sobre outras técnicas existentes para o tratamento de avulsão do couro cabeludo. Observou-se um excelente ganho estético e funcional com a total possibilidade de reintegração social. DISCUSSÃO ÍNDICE A maioria dos casos descritos na literatura são de mulheres jovens, sendo necessário que o reimplante seja o mais funcional e estético possível para uma boa reintegração social. Quanto mais minuciosamente for realizada a anastomose microvascular, maior será a chance de revascularização do couro cabeludo e menor a necessidade de utilização de outras técnicas para reconstruir a área lesada. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1.Alpert BS, Buncke HJ, Mathes SJ. Surgical treatment of the totally avulsed scalp. Clin Plast Surg 1982; 9:145. Figura 1 - Lesão pós trauma. Figura 2 - Couro Cabeludo Avulsionado. Figura 3 - 7 dias pós. Figura 4 - 8 meses pós. FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA NO TRAUMATISMO DE FACE. INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | RESULTADO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Rogério Alexandre Modesto de Abreu MD CO-AUTORES Wilson Cintra Junior MD Mauro Amâncio Júnior MD Caio Ribeiro Esper MD Roni Bregion MD DESCRITORES Fístula, Carótiso-cavernosa, traumatismo. INSTITUIÇÃO Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital e Maternidade Celso Pierro. Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas -SP Brasil. INTRODUÇÃO ÍNDICE As fístulas carótido-cavernosas (FCC) são comunicações anormais entre a artéria carótida interna (ACI) e o seio cavernoso (SC). São divididas em: espontâneas, originadas devido a rupturas de aneurismas intracavernosos da ACI e as pós-traumáticas relacionadas a traumatismos cranioencefálicos de alto impacto. Relatamos um caso de FCC pós trauma crânio encefálico de alto impacto. RELATO DE CASO ÍNDICE IUB, sexo feminino, 49 anos, vítima de atropelamento por motocicleta, atendida no serviço de emergência do HMCP PUC-Campinas. Apresentava hematoma periorbital à direita e edema hemifacial ipsilateral. Realizou tomografia computadorizada de face em cortes coronais e axiais, que mostrou fraturas da órbita direita em paredes medial e lateral, margem inferior e assoalho. Feita avaliação oftalmológica que revelou perda de acuidade visual, proptose e ptose palpebral à direita. Após a correção cirúrgica e fixação rígida das fraturas de ossos da face, evoluiu com intensificação do edema palpebral, conjuntival e do sopro audível à direita. Realizou nova tomografia, enfatizando região periorbital, revelando aumento do diâmetro da veia oftálmica direita. O quadro clínico, os sintomas e a imagem tomográfica direcionaram para provável diagnóstico de fístula carótido-cavernosa. A paciente foi encaminhada ao serviço de cirurgia vascular do HC-USP, onde realizou arteriografia confirmando o diagnóstico de FCC sendo submetida à correção da fístula através da colocação de dois balões intravasculares para tamponamento das fístulas, com manutenção do fluxo arterial. DISCUSSÃO ÍNDICE As FCC são raras, ocorrendo aproximadamente em 0,2% dos traumatismos craniencefálicos graves e com alta transmissão de energia. Deve-se ter especial atenção aos traumas de alto impacto em que o paciente relata sopro audível, acompanhado de edema periorbital de difícil regressão. A angiografia é o exame de escolha para o diagnóstico e o tratamento preconizado é endovascular com embolização ou colocação de balões intravasculares, atingindo resultado ideal quando a oclusão da FCC não altera o fluxo da ACI (59-88%). A proptose ocular, exoftalmia pulsátil e edema conjuntival estão relacionados ao aumento do fluxo e da pressão venosa. A ptose palpebral é causada pelo acometimento do III par intracraniano. A diminuição da acuidade visual, podendo resultar de amaurose, é causada pela lesão pressórica ou isquêmica, por compressão do II par intracraniano. O sopro audível pelo paciente, resulta do aumento do fluxo sangüíneo através do seio cavernoso. RESULTADO ÍNDICE A paciente evoluiu com regressão do edema hemifacial e desaparecimento do sopro audível, porem não houve melhora da acuidade visual ipsilateal. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1.Milkman B, Giddings NA. Traumatic carotid-cavernous sinus fistula with delayed epistaxis. Ear Nose Throat J. 1994, 73:408-11. Figura 1 - Carótida pré. Figura 2 - Ft antes. Figura 3 - Carótida Pós. Figura 4 - Ft Pós. Figura 5 - Pós Tratamento. TERAPIAS DE PREENCHIMENTO PARA LIPOATROFIA FACIAL EM PACIENTES HIV POSITIVO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR André Santana Melo MD CO-AUTORES José Maria Cabral Jr MD Ricardo Alves MD Gabriel Zeitoune MD Sérgio Bocardo MD DESCRITORES Terapias, Preenchumento, Lipoatrofia Facial, HIV. INSTITUIÇÃO SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA - HOSPITAL DE IPANEMA 1Rua Siqueira Campos, 143 - Bloco B - Ap. 1508 - Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE Os medicamentos modernos para o tratamento da infecção pelo HIV diminuíram expressivamente a morbidade e mortalidade da doença. No entanto, os anti-retrovirais tem sido causadores de deformidades severas do contorno corporal, das quais a mais importante e estigmatizante é a lipoatrofia da face. Os mecanismos causadores destas deformidades ainda não estão plenamente esclarecidos, mas algumas opções terapêuticas já estão disponíveis. Demonstraremos as técnicas utilizadas em nosso hospital para tratar estes pacientes. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Os pacientes foram selecionados de acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde e eram provenientes do ambulatório de DST do nosso hospital. Nos casos em que a lipoenxertia era possível foi realizado lipoaspiração por seringa, com cânulas de 3mm de diâmetro, a gordura foi preparada por decantação e lavagem com soro fisiológico e posterior aplicação sem hipercorreção. Nos casos em que a lipoenxertia não foi possível, por falta de área doadora, a técnica adotada foi o preenchimento das depressões com polimetilmetacrilato. RESULTADOS ÍNDICE Os resultados com ambos os métodos foram bons. Nos casos de lipoenxertia foi observado algum grau de reabsorção, como já era previsto pela própria natureza do método, ainda assim mantendo uma melhora importante no aspecto da face. Os pacientes que receberam polimetilmetacrilato mantiveram os resultados, e estes casos iniciais não apresentaram nenhum tipo de complicação. DISCUSSÃO ÍNDICE As medicações antiretrovirais proporcionaram aos pacientes com HIV uma mudança radical na sobrevida e na qualidade de vida; no entanto, seus efeitos colaterais, entre eles a lipodistrofia, já influenciam a adesão destes pacientes ao tratamento. As opções disponibilizadas pelo SUS podem contribuir para mudar este quadro. Os tratamentos ainda estão em fase inicial e resultados a longo prazo ainda não estão disponíveis para julgar qual seria o melhor método, tendo em vista que a alteração do coquetel anti-HIV ou a sua interrupção podem alterar a evolução da lipodistrofia. Desta forma, ressaltamos os bons resultados iniciais que podem ser obtidos com ambos os métodos que utilizamos, mas devemos observar sua evolução a longo prazo. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1-Portaria 2.582 do Ministério da Saúde, de 03 de Dezembro de 2005 2-Fernandes, Ana Paula M; Sanches, Roberta S; Porfirio, Edmar; Machado, Alcyone A; Donadi, Eduardo Antonio. Lipodistrofia em portadores do HIV. J. Bras. AIDS;6(3):97-99, maio-jun. 2005 3-Tien PC; Benson C; Zolopa AR; Sidney S; Osmond D; Grunfeld C. The study of fat redistribution and metabolic change in HIV infection (FRAM): methods, design, and sample characteristics.Am J Epidemiol;163(9):860-9, 2006 May 1. Figura 1 - Pré-operatório, fig. 1 Figura 2 - Pré-operatório, fig. 2 Figura 3 - Pré-operatório, fig. 3 Figura 4 - pós-operatório, fig. 1 Figura 5 - pós-operatório, fig. 2 Figura 6 - pós-operatório, fig. 3 FATORES PREDITIVOS DE COMPLICAÇÕES EM ABDOMINOPLASTIAS APÓS EXPRESSIVA PERDA PONDERAL INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | AUTOR Carlos André Meyer MD CO-AUTORES Rodrigo Delamano Criado MD Rosmery Castillo MD Flávia Dantas MD José Luiz Leal MD DESCRITORES Complicações,Abdominosplastias,Perda Ponderal. INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Geral de Ipanema Rio de Janeiro - RJ ÍNDICE INTRODUÇÃO Vivenciamos uma verdadeira epidemia mundial de obesidade. Devido à crescente conscientização da população quanto aos malefícios da obesidade e ao estigma a que estes pacientes são submetidos por parte da sociedade, é cada dia maior o número de pacientes submetidos à expressiva perda ponderal por cirurgia para obesidade ou dieta, que procuram o auxílio de cirurgiões plásticos, no intuito de obterem um contorno corporal mais harmonioso e uma maior qualidade de vida através da realização de abdominoplastias. Neste estudo pretendemos refletir nossa experiência, caracterizando as principais complicações pós-operatórias em pacientes com expressiva perda ponderal submetidos à abdominoplastia, bem como observar seus fatores preditivos. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODOS Foram avaliados retrospectivamente 53 pacientes com expressiva perda ponderal submetidos à abdominoplastia, de 1999 a 2005, em hospital público. Apenas pacientes com o mínimo de 6 meses de acompanhamento pós-operatório foram incluídos. As complicações avaliadas foram: seroma, hematoma, necrose do retalho, infecção de ferida operatória, deiscência, epidermólise, cicatriz hipertrófica, trombose venosa profunda (TVP) e óbito. No intuito de estabelecer fatores preditivos de complicações pós-operatórias nestes pacientes, foram avaliados sexo, tipo de abdominoplastia (clássica ou em âncora), forma de emagrecimento (dieta ou cirurgia), intervalo entre cirurgia para obesidade e abdominoplastia, índice de massa corporal (IMC) à abdominoplastia e percentual de emagrecimento. ÍNDICE RESULTADOS Verificamos que dos 53 pacientes 39 (73,58%) desenvolveram ao menos 1 complicação. O seroma (50,94%), a deiscência (33,96%) e a epidermólise (11,32%) foram, respectivamente, as complicações mais freqüentes. Hematoma (3,77%),infecção de ferida operatória (3,77%), cicatriz hipertrófica (3,77%) e necrose do retalho (1,89%) apresentaram freqüência bastante reduzida, enquanto que TVP e óbito não ocorreram (fig.1 e 2). Pacientes do sexo masculino foram mais propensos à complicações pósoperatórias que pacientes do sexo feminino (fig.3). Não houve diferença relevante na incidência de complicações quanto à técnica de abdominoplastia empregada (clássica 70%, em âncora 75,76%) e quanto a forma de emagrecimento (dieta 77,78%, cirurgia para obesidade 72,73%). Pacientes com intervalo de 1 a 4 anos entre a cirurgia para obesidade e a abdominoplastia apresentaram menor incidência de complicações que aqueles com intervalo menor que 1 ano ou maior que 4 anos (fig 4). À ocasião da abdominoplastia, quanto mais próximo o IMC dos valores normais estabelecidos pela OMS, menor foi a incidência de complicações (fig 5). Da mesma forma, quanto maior a porcentagem de perda ponderal, menor foi o índice de complicações (fig 6). Figura 1 - Figura 1. Figura 2 - Figura 2. Figura 3 - Figura 2. Figura 4 - Figura 4. Figura 5 - Figura 5. Figura 6 - Figura 6. DISCUSSÃO ÍNDICE Através deste estudo, observamos que os pacientes submetidos à expressiva perda ponderal apresentaram elevada incidência de complicações pós-operatórias, onde se destacaram como principal complicação o seroma, seguido da deiscência de ferida operatória e da epidermólise. As demais complicações avaliadas apresentaram uma pequena incidência e complicações graves como TVP e óbito não ocorreram. O sexo feminino, o intervalo de 1 a 4 anos entre as cirurgias, IMC próximo a normalidade e grande porcentagem de perda ponderal foram fatores protetores de complicações, enquanto que a técnica de abdominoplastia empregada e a forma de emagrecimento não demonstraram impacto sobre a incidência de complicações. LIPOPLASTIA EM SEQUELA DE ESCLERODERMIA LOCALIZADA INTRODUÇÃO | MATERIAL, MÉTODOS E DISCUSSÃO | REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Gabriel Zeitoune MD CO-AUTORES Sergio Bocardo MD Rodrigo Delamano Criado MD André Santana de Melo MD Carlos André Meyer MD DESCRITORES LIPOPLASTIA, ESCLERODERMIA. INSTITUIÇÃO HOSPITAL GERAL DE IPANEMA RIO DE JANEIRO INTRODUÇÃO ÍNDICE A esclerodermia constitui um grupo de doenças raras e complexas com variadas manifestações clínicas onde a característica marcante é a esclerose e o endurecimento da pele. Divide-se em dois subgrupos: sistêmica (com severo envolvimento visceral) e localizada (comum em crianças e envolvendo um segmento corporal específico). Este trabalho visa demonstrar o tratamento de lipoplastia realizado em uma paciente de 25 anos com seqüelas de esclerodermia localizada do tipo linear. MATERIAL, MÉTODOS E DISCUSSÃO ÍNDICE A paciente em questão apresentou início do quadro clínico aos três anos de idade com envolvimento da parede abdominal e do membro inferior esquerdo. Após longo tratamento com imunossupressores a doença entrou em remissão aos nove anos deixando como seqüelas faixas fibrosas em abdome, atrofia e encurtamento do membro além de comprometimento psicológico importante (figuras 1, 2 e 3). Foi proposto como tratamento para a paciente a seqüência de lipoaspiração associada à lipoenxertia a ser realizado no mínimo em três tempos cirúrgicos. A lipoaspiração foi realizada com cânulas de 3mm acopladas em seringa de 60mL. A gordura foi lavada e peneirada com soro fisiológico e recolocada em seringas para posterior lipoenxertia com cânulas de mesmo tamanho. Foi utilizado cânula de Toledo para descolar a pele e facilitar o depósito de gordura em regiões do abdome e face lateral da coxa esquerda em que havia escassez de tecido celular subcutâneo com intensa aderência da pele à aponeurose muscular. No primeiro tempo cirúrgico foi realizado lipoaspiração do abdome e lipoenxertia das depressões abdominais e da face lateral da coxa e perna esquerda. O segundo tempo cirúrgico ocorreu após 4 meses utilizando a mesma estratégia. No terceiro tempo, realizado após 10 meses do primeiro, a área lipoaspirada foi basicamente o dorso. Apesar do biótipo magro da paciente ter limitado a quantidade de gordura disponível para enxertia, o resultado obtido foi gratificante refletindo-se positivamente na completa mudança de autoimagem traduzido no comportamento psicossocial da paciente (figuras 4, 5 e 6). Não foi observado significante reabsorção da gordura enxertada com este método. A lipoenxertia é atualmente um procedimento amplamente aceito, de fácil execução e baixo custo, que deve ser encorajado em todos os casos de depressões e deformidades do tecido celular subcutâneo e para um contorno corporal mais harmônico. Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 Figura 5 - Fig. 5 Figura 6 - Fig. 6 REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1) Armenio, Andrea M.D.; Hazari, Anita M.D., F.R.C.S.(Plast.); Smith, Roger W. F.R.C.S. (Plast.); Pereira, John F.R.C.S.(Plast.) Congenital Scleroderma of the Breast. Plastic e Reconstructive Surgery. 117(7):2524-2525, June 2006. 2) Zulian, F.; Athreya, B. H. 1; Laxer, R. 2; Nelson, A. M. 3; de Oliveira, S. K. Feitosa 4; Juvenile localized scleroderma: clinical and epidemiological features in 750 children. An international study. Rheumatology. 45(5):614-620, May 2006. 3) Illouz,Y.G. De l`utilisation de la graisse aspiree pour combler les defects cutanes. Rev. Chir. Esthet. Lang. Fran. Tome X (N 40), 13, 1985. APLICAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DO RETALHO ANTEBRAQUIAL INTRODUÇÃO | MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Vívian de Araújo Soares MD CO-AUTORES Geraldo Antônio E. Scozzafave MD Robert Jan Bloch MD Jorge Luiz Abel MD Ricardo Sócrates de Castro MD DESCRITORES Aplicações, Retalho Antebraquial INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste - Hospitais Heliópolis, São Cristóvão, São Matheus e Clínica Bloch. Rua do Manifesto, nº 2737, apto 62Ipiranga - São Paulo, SPCEP: 04209-003Telefones: (11) 22744331/ 91596689 INTRODUÇÃO ÍNDICE A reconstituição do tegumento no corpo humano constitui o tratamento inicial nos casos de traumatismos com perdas de substância e nas queimaduras mais profundas, obtendo-se desta forma a proteção adequada de estruturas nobres (ossos, vasos sangüíneos, tendões e nervos), que não podem permanecer expostas, sob o risco de perda de sua vitalidade e exposição a infecções. Na procura por segmentos de pele que permitissem o transporte entre regiões próximas ou distantes, surgiu o retalho fáscio-cutâneo de antebraço, também conhecido por retalho chinês. Trata-se de um retalho em ilha baseado em ramos perfurantes das artérias radial ou ulnar, uma vez que praticamente toda a pele da face superior do antebraço e uma porção considerável médio-dorsal ou látero-dorsal é irrigada por estas duas artérias. O objetivo deste trabalho é demonstrar as múltiplas aplicações e os resultados obtidos com o retalho antebraquial. MÉTODO ÍNDICE Foram avaliados 89 pacientes operados no período de fevereiro de 1990 a julho de 2006, no Hospital e Maternidade São Cristóvão, no Hospital Geral de São Matheus "Dr Manoel Bifulco", no Hospital Heliópolis, e na Clínica Dr. Bloch, todos localizados em São Paulo. Ao todo, 75 pacientes (84,27%) eram do gênero masculino e 14 (15,73%) do feminino. A idade dos pacientes variou de 10 a 60 anos, sendo que 38 pacientes (42,69%) eram adultos jovens (faixa entre 21 e 30 anos). O local mais acometido foi a porção distal do membro superior (70 pacientes, 78,66%). Os agentes causais mais comuns foram a prensa metálica (30 pacientes, 33,7%) e as queimaduras (22 pacientes, 24,71%). Em 74 pacientes (83,15%) o pedículo utilizado foi a artéria radial e em 15 pacientes (16,85%) a artéria ulnar. RESULTADOS ÍNDICE Dos 89 casos operados, 04 pacientes (4,5%) evoluíram para necrose total do retalho: um por compressão do pedículo, um por retorno venoso insuficiente e dois por trombose da microanastomose arterial. Necrose parcial do retalho ocorreu em 02 pacientes (2,25%) devido à insuficiência do retorno venoso. Em nenhum caso observou-se alteração na vascularização da mão após a ligadura da artéria radial ou ulnar. A área doadora do retalho evoluiu satisfatoriamante, não havendo perdas na integração dos enxertos realizados. DISCUSSÃO ÍNDICE O retalho antebraquial é indicado para coberturas tegumentares em qualquer região do corpo humano (membros superiores e inferiores, cavidade oral, em reconstruções de cabeça e pescoço), em ilha ou como transplante livre, com resultados considerados satisfatórios , sob o ponto de vista funcional e estético. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.CORMACK,GC AND LAMBERTY,GH - A classification of fascio-cutaneos flaps according to their pattern vascularization. Br.J.Plast.Surg.,37:80-7,1984. 2.FAN,YG; QUI, CB; ZI,GY. - Forearm free skin flap transplantation. Natl.Med.J. China, 61: 139-45, 1981. 3.GOVILA, A. - The radial forearm flap: experiences with the extraordinary procedure. Acta Chir.Plast.,35: 3-20, 1993. 4.GUOFAN, Y.: BAOQUI, C.; YUZHI, G. - Forearm free skin flap transplantation. Natl. Med.J.China, 61: 139-41, 1981. 5.SCOZZAFAVE,G.A.; ABEL,J.L.; BLOCH, R.J. - Reconstruction of the thumb employing a composite bone-skin lateral forearm flap. Rev. Soc. Bras. Cir. Plast. Estet. Reconstr.,7:105, 1992. RETALHO LIVRE DE FÍBULA E CRISTA ILÍACA PARA RECONSTRUÇÃO DE MANDÍBULA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Edmar Soares Lessa MD CO-AUTORES Fábio Chambô 1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da SBCP. Márcio Augusto Tavares Paes Barreto 1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da SBCP Juliano Carlos Sbalchiero Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA. Membro Titular da SBCP. Paulo Roberto de Albuquerque Leal PhD, Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCA. Membro Titular da SBCP; TCBC; FACS DESCRITORES Retalho Livre Fíbula Crista Ilíaca Reconstrucao mandibula INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia Rua Washington Luis, 85. Apto 203, CentroRio de Janeiro - RJ20230-026fone: (21) 25066087e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Uma variedade de retalhos tem sido usada para reconstrução de mandíbula. O padrão atual baseia-se em retalhos microcirúrgicos de fíbula e crista ilíaca cada qual com suas particularidades. O objetivo deste estudo é apresentar os casos de reconstrução de mandíbula com retalhos livres de crista ilíaca e fíbula realizados no Instituto Nacional de Câncer. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Analisamos retrospectivamente 17 pacientes submetidos a reconstrução microcirúrgica de mandíbula entre março de 2000 e janeiro de 2006 com seguimento entre 5 e 102 meses (média 46,1). Além da técnica, avaliamos sexo, idade, diagnóstico, tipo de ressecção, terapia adjuvante e complicações. Comparamos as particularidades de cada técnica, sistema de fixação e associação com outros procedimentos. Retalhos associados a ilhas de pele foram monitorados clinicamente e retalhos embutidos monitorados por cintilografia com tecnécio (SPECT) após 12 horas e antes da alta. RESULTADOS ÍNDICE Realizamos 7 transplantes de crista ilíaca e 10 de fíbula neste período. Os pacientes tinham entre 21 e 55 anos (média 40,6) sendo 13 do sexo masculino e 4 do feminino. Onze reconstruções foram imediatas e 6 tardias. Os diagnósticos principais foram carcinoma epidermóide em 13 pacientes (76%) e osteossarcoma em 2 (11). Dez pacientes apresentavam lesões avançadas (T3/T4). Doze pacientes foram submetidos a radioterapia e dois a quimioterapia. A osteossíntese foi realizada com placas de reconstrução do sistema 2.7 em 11 pacientes e do sistema 2.0 em 6. As principais artérias receptoras foram carótida externa (4) e facial (8). Tronco tireolinguofacial (9) e veia tireoídea superior (5) as principais veias. Em 10 pacientes foram utilizados ilha de pele sendo 7 para forro mucoso. Em 3 pacientes utilizamos retalho de couro cabeludo para cobertura. Dois pacientes com reconstrução imediata, um com fíbula e outro com crista ilíaca apresentaram perda do retalho por trombose venosa. Outras complicações incluiram abaulamento abdominal, hematoma, exposição da placa e fístula, conferindo uma morbidade de 33,33. Cinco pacientes foram submetidos refinamentos posteriores. DISCUSSÃO ÍNDICE Todo o paciente é potencialmente candidato à reconstrução imediata, sendo reconstruções de arco central indicação formal. Atualmetnte o transplante de fíbula é mais utilizado.1 Suas vantagens incluem um pedículo relativamente longo, baixa morbidade da área doadora, além de proporcionar até 25 cm de osso com padrão misto de circulação permitindo múltiplas osteotomias. Tem como fator limitante sua pequena e inconstante ilha de pele. Mesmo as reconstruções tardias trazem benefícios ao paciente, principalmente em relação a continência oral e contorno, com retorno menos eficiente das funções da fala e deglutição. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. Disa JJ, Cordeiro PG. Mandible Reconstruction With Microvascular Surgery. Seminars in Surgical Oncology 2000; 19: 226-234 2. Shpitzer T, Neligan PC, Gullane PJ, et al. The Free Iliac Crest and Fíbula Flaps in Vascularized Oromandibular Reconstruction: Comparisson and Long-Term Evaluation. Head Figura 1 - Pré- Operatório Figura 2 - Acesso Figura 3 - Defeito (Ângulo a ângulo) Figura 4 - Após Reconstrução Figura 5 - Intra Operátorio Figura 6 - Pós Operatório Imediato RETALHO MIOCUTÂNEO AXIAL DO DORSO NASAL BASEADO NA ARTÉRIA NASAL LATERAL PARA RECONSTRUÇÃO DE DEFEITOS DA PONTA NASAL INTRODUÇÃO | OBJETIVO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Luiz Carlos Velho Severo Junior CO-AUTORES Edmar Soares Lessa 1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da SBCP. Fábio Chambô 1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da SBCP. Márcio José de Abreu Dibe Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCA. Membro Titular da SBCP. DESCRITORES Reconstrução de Defeitos da Ponta Nasal INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia Luiz Carlos Velho Severo JuniorINCA - Departamento de Cirurgia PlásticaPraça da Cruz Vermelha nº 23 8o andar - CentroRio de Janeiro - RJ20230-130fone: (21) 25066087email: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O retalho do dorso nasal foi descrito originalmente por Gillies, mas foi Rieger, em 1967, que descreveu e popularizou o desenho do retalho, embora ainda se tratasse de um retalho randomizado2,3. Em 1970 Marchac modificou o retalho, elevando-o em padrão axial baseado em um ramo da artéria angular. Em 1993 de Fontaine descreveu a colocação do pedículo ipsilateral à lesão para melhor rotação e menor distorção da asa nasal1. Em 1997, Maruyama e Iwahira propuseram o desenho do retalho baseado num ramo da artéria angular, modificado em 2005 por Parodi et al. com a inclusão no retalho do músculo nasal tranversal2. OBJETIVO ÍNDICE Relatar uma série de 11 pacientes submetidos a reconstrução de defeitos da ponta nasal pós-ressecção oncológica pela técnica do retalho miocutâneo axial dorsoglabelar com pedículo na artéria nasal lateral. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODOS Os pacientes foram selecionados no ambulatório de Cirurgia Plástica do INCA obedecendo aos seguintes critérios de inclusão: apresentar lesão cutânea suspeita de Carcinoma Basocelular com no máximo 2 cm de diâmetro e localizada no lóbulo nasal a pelo menos 5 mm da margem alar; ausência de incisões prévias na área do pedículo; ausência de contra-indicações a anestesia local; hipertensão controlada e ausência de uso de AAS nos últimos 15 dias. Foram excluídos do estudo pacientes com lesões recidivadas, pelo caráter agressivo das mesmas. Todos pacientes foram operados sob anestesia local sem sedação, em regime ambulatorial na Sala de Biópsia (Sala Cirúrgica Ambulatorial), com congelação trans-operatória. Não houve intercorrências durante ou imediatamente após os procedimentos. Dos 11 pacientes, houve um caso de congestão venosa transitória com boa evolução. Não houve casos de isquemia arterial, hematoma, sangramento ou infecção. O período mínimo de acompanhamento pós-operatório foi de 2 meses. ÍNDICE DISCUSSÃO A reconstrução de defeitos cirúrgicos da ponta nasal e do terço distal do nariz representa um desafio; devido à textura, cor e espessura singulares da pele nasal, é sempre preferível a reposição com tecidos similares1,2. Além disso, as cicatrizes são melhor colocadas na junção de unidades estéticas, com adesão ao princípio das subunidades nasais1,2. O retalho do dorso nasal proporciona reparo em tempo único, com vantagens sobre o retalho frontal mediano. Usa um pedículo amplo ipsilateral à lesão; a incisão corre lateralmente na junção da parede lateral do nariz e a região malar (junção nasofacial), passando próxima ao ligamento cantal interno do olho (principalmente se avançamento e rotação mais amplos forem necessários) e ascendendo ou não em direção à glabela3. Todo dorso nasal é dissecado no plano submuscular relativamente avascular, expondo o arcabouço osteocartilaginoso nasal, exceto na região glabelar, onde a dissecção assume um plano subcutâneo1. É importante diminuir a tensão na porção distal do retalho, evitando a tração e assimetria da asa nasal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Zimbler MS, Thomas JR. The Dorsal Nasal Flap Revisited: Aesthetic Refinaments in Nasal Reconstruction. Arch Fac Plast Surg 2000; 2(4):285-286. 2. Parodi PC et al. Frontonasal Myocutaneous Flap Base don the Transversus Nasalis Muscle. Plast Reconst Surg 2005;115(6):1684-1688. 3. Rohrich RJ, Muzaffar AR, Adams WP, Hollier LH. The Aesthetic Unit Dorsal Nasal Flap: Rationale for Avoiding a Glabellar Incision. Plast Reconst Surg 1999;104(5):1289-1294. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 RECONSTRUÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO COM AUTOENXERTIA CUTÂNEA PÓS-SEQUELA DE QUEIMADURA - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Carlos Del Piño Roxo MD CO-AUTORES Luciana Labanca Nunes Monteiro MD Maria Cristina Almenarez MD Bruno José Alcântara MD Delane Cavalcante MD DESCRITORES Reconstrução de membro INSTITUIÇÃO Hospital Geral do Andaraí - Rio de Janeiro Rua Leopoldo, 280 - 6º andar -AndaraíCEP: 20541-170 - Rio de Janeiro - RJ(21) 2575-7039 INTRODUÇÃO ÍNDICE As seqüelas de queimaduras em membros superiores ocasionam, via de regra, prejuízos funcionais importantes, muitas vezes restringindo a realização de atividades cotidianas como higiene pessoal, vestimenta e alimentação. Além disso, as grandes deformidades aparentes podem impactar não só a auto-estima, como também o convívio social do indivíduo. A recuperação estetico-funcional é o principal objetivo na cirurgia reparadoras dessas seqüelas. Dentre as várias técnicas cirúrgicas descritas na literatura, passíveis de aplicação, no caso relatado (acometimento de grande extensão) optou-se pela auto enxertia cutânea. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Relato de caso de paciente do sexo feminino, 14 anos, apresentando extensa lesão cicatricial em membro superior esquerdo após queimadura com chamas, ocorrida aos 6 meses de idade. Ao exame havia uma brida axilar e outra antecubital que a impedia de fazer a abdução e a extensão do braço esquerdo. Além disso uma brida em punho esquerdo que impedia a extensão do mesmo, uma "mão" com apenas 3 dedos luxados, entre eles o 1º quirodáctilo. A paciente apresentava também outras seqüelas do fato ocorrido, como alopécia cicartricial, deformidade auricular esquerda, amputação do membro inferior esquerdo e do pé direito. A paciente foi submetida a uma avaliação pré operatória completa, com exames laboratoriais, eletrocardiograma, RX de tórax e risco cirúrgico. O procedimento cirúrgico foi feito sob anestesia geral e durou 3h. As peles para enxertia foram obtidas com auxílio de um dermátomo, sendo retiradas 3 faixas de pele parcial da coxa esquerda. No mesmo procedimento cirúrgico foram fixados os dedos com fio de Kishner, confeccionando assim uma nova "mão" para a paciente. O período de internação foi de 26 dias, sendo utilizado antibiótico (cefalosporina de 1ª geração) por 5 dias. RESULTADOS ÍNDICE A atual aparência estética é aceitável. A paciente, já no pós operatório imediato, conseguia realizar movimentos como abdução e extensão do braço e antebraço, que estão cada vez mais sendo aprimorados com a fisioterapia. A sua nova "mão" também está sendo trabalhada com fisioterapia e a paciente já consegue segurar objetos e realizar movimentos como abotoar camisa, prender o cabelo. DISCUSSÃO ÍNDICE O resultado cirúrgico estético e funcional da cirurgia foi considerado satisfatório. A técnica cirúrgica utilizada mostrou-se uma boa opção, aliando simplicidade, baixo custo e fácil execução. Outro ganho advindo da auto-exertia cutânea é o fato de que, neste tipo de cirurgia, geralmente apenas uma intervenção cirúrgica é necessária, diminuindo os dias de internação. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1) Mélega,JM; Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte "Princípios Gerais" 2002; 2) Maciel,E; Serra,MC; Tratado de Queimaduras / 2004; 3) Mathes, SJ; Plastic Surgery Vols 1 e 7 / 2006; 4) Roxo, CDP; Tratamento das Retrações Cicatriciais Pós-queimaduras em Articulações , Através da Técnica de Redução Transoperatória e Auto Enxertia / Revista Brasileira de Queimaduras Vol 3 - 2003 Figura 1 - Sequela de Queimadura em MSE - pré operatório Figura 2 - Sequela de queimadura em MSE - transoperatório, liberação de brida axilar com auto enxertia cutâne com pele parcial Figura 3 - Sequela de queimadura em MSE - transoperatorio, reconstrução da mão queimada com auto enxertia cutânea e fixação dos dedos luxados com fios de K Figura 4 - Seuquela de queimadura em MSE - pós operatório 7 dias Figura 5 - Pós operatório 4 meses - a paciente consegue prender o cabelo, abotoar camisa Figura 6 - Pós operatório 4 meses - extensão do braço e antebraço ABORDAGEM PRIMARIA DA FISSURA NASO LABIAL UNILATERAL RESUMO / RESUME | INTRODUÇÃO | MATERIAL DE MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS | ILUSTRAÇÕES | AUTOR Geza Laszlo Urmenyi CO-AUTORES J.A. Fernandes MD E.C. Fernandez MD DESCRITORES Cirurgia, Fenda, labial, Surgery, Cleft, Lip INSTITUIÇÃO Departamento de Cirurgia Plástica do Martagão Gesteira-Hospital da Criança Correspondência para: Geza Laszlo UrmenyiRua Baependi,132, Ondina, Salvador, Bahia, Brasil - Cep 40170-0 RESUMO / RESUME ÍNDICE A fissura lábio palatina unilateral apresenta uma serie de deformidades nasais e labiais. Apesar de vários artigos apresentando a importância da abordagem naso labial primaria poucos cirurgiões a utilizam. Independente da técnica escolhida pelo cirurgião para esta abordagem e importante seguir os princípios de liberação das estruturas nasais e fixá-las numa posição mais se assemelhe ao lado normal. Foram tratados 176 pacientes com fissura lábio palatina unilateral pela abordagem naso labial primaria utilizando uma combinação da técnica de rotação e avançamento para o lábio e abordagem nasal pela técnica de McComb. As principais vantagens desta abordagem são oferecer uma imagem facial precoce à criança, reduzir o numero de intervenções secundárias e favorecer o compromisso da família, ao longo tratamento multidisciplinar destes pacientes. Unilateral cleft lip palate present a number of nose and lip deformities. Although several reports in the literature show the importance of the primary lip-nasal approach, few surgeons employ it. Regardless of the technique chosen by the surgeon in this approach, it is important to follow the principle of freeing the nasal structures and fixing them in a suitable position in alignment with the normal side. A total of 176 patients with unilateral cleft lip palate were treated with the lip nose approach in the primary repair using a combination of rotation advancement procedure for the lip and the McComb technique for the nasal approach. The greatest advantage of this approach is to improve the child"s facial image early, reduce secondary procedure and facilitating the commitment of the family to a long term multidisciplinary treatment. INTRODUÇÃO ÍNDICE Introdução: A fissura lábio palatina unilateral é dentre as fissuras a mais comum. Seu estigma é devido a várias deformidades desde a mucosa passando pelas estruturas musculares e ósseas até a pele, mas principalmente pela variação da desarmonia facial e deformidades nas unidades estéticas naso labiais. As técnicas de abordagem apenas labial resgatam as unidades estéticas do lábio quebrando o estigma da fenda porem, a deformidade nasal que acompanha as fissuras se mantém na vida escolar do paciente até a adolescência. A abordagem primária naso labial vem crescendo gradativamente entre os cirurgiões assim como a exigência de resultado no aspecto estético e funcional nos pacientes fissurados. Apesar dos bons resultados obtidos com esta abordagem a sua utilização não é amplamente aplicada pelos cirurgiões. Vários autores5,14 já publicaram a intervenção naso labial no mesmo tempo cirúrgico porém, com via de abordagens diferentes das estruturas cartilaginosas nasais. Dentre eles salientamos principalmente McComb6,15, Millard1,7, Sayler10,11,12,13, Mulliken3,4, Andrel9. Todos apresentando excelentes resultados estéticos sem comprometimento no crescimento das estruturas nasais demonstrando follow up de pacientes com mais de vinte anos. No protocolo utilizado no Serviço de Cirurgia Plástica do Martagão Gesteira Hospital da Criança a abordagem das fissuras labiais unilaterais inicia-se logo após o nascimento com a utilização de placas ortodônticas e fita de micropore para o lábio2,8. Dos três aos seis meses de idade realiza-se a lábio rinoplastia no mesmo tempo cirúrgico, utilizando uma variação da técnica de Millard para abordagem labial e a técnica de McComb para abordagem nasal. O protocolo segue com a palatoplastia posterior dos nove aos doze meses e fechando-se o palato anterior aos quatro anos. Enxerto ósseo em torno dos nove anos e durante todo este período acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta de fonoaudiólogos, ortodontistas, psicólogos e assistentes social. Inicia-se a técnica com a marcação labial pela técnica de Millard após a confecção dos retalhos, um descolamento das partes moles músculo cutâneas da maxila do lado fendido e liberação da asa nasal da borda piriforme. A abordagem nasal segue os conceitos de McComb realizando um amplo descolamento da ponta nasal e cartilagem alar do lado fendido através da base columelar e base alar, passando pontos captonados mantendo assim a cartilagem em sua nova posição. MATERIAL DE MÉTODOS ÍNDICE No período de 01/2002 a 12/2005, foram avaliados os pacientes que tiveram abordagem naso labial no mesmo tempo cirúrgico num total de 176 pacientes, sendo 95 do sexo masculino e 81 do feminino. A idade dos pacientes quando submetidos à cirurgia variou de três meses a oito anos com uma media de 6.9 meses. Foi utilizada a técnica de Millard modificada para abordagem labial e a técnica de Mc Comb para abordagem nasal. Os pontos captonados nasais são retirados no quinto dia e os labiais no sétimo dia de pós operatório orientando massagem manual na cicatriz. Não foi utilizado modelador nasal de silicone no pós-operatório imediato e tardio. Realizando estudo retrospectivo foi solicitada avaliação subjetiva por parte dos cirurgiões em três pontos:- Avaliação do resultado estético final com seis meses de pós-operatório. Avaliação da unidade estética nasal isoladamente.-Avaliação da unidade estética labial isoladamente Classificados em bom, regular, fraco. Bom refere quando o cirurgião não indica intervenções secundárias. Regular quando o cirurgião indica algum retoque secundário porem de pequeno porte. Fraco quando o cirurgião indica refazer alguma unidade estética. RESULTADOS ÍNDICE Na avaliação do resultado estético com seis meses de pós-operatório obtivemos 103 casos classificados como bom, 71 casos classificados como regular necessitando de cirurgias secundárias de pequeno porte e 2 casos classificados como fraco que foram reoperados. Avaliando-se isoladamente o resultado estético labial tivemos 168 casos considerados como bom, seis casos considerados como regular necessitando de pequenas correções de vermelhão e cicatrizes que alargaram e dois casos considerados como fraco que tiveram infecção local com prejuízo acentuado ao resultado tendo sido reoperados. Na avaliação da unidade estética nasal isoladamente obtivemos 109 casos classificados como bom, 65 casos classificados como regular necessitando de pequenos retoques principalmente da base alar e alguns da ponta nasal e dois casos classificados como fraco que foram reoperados. (fig01-08) DISCUSSÃO ÍNDICE Avaliando os resultados observa-se, 58% de bons resultados quando avaliados em conjunto às unidades naso labiais, tendo 41% dos pacientes necessitando de retoques secundários menores e 1% submetido a uma nova lábio-rinoplastia. Esta porcentagem, de bons resultados nas unidades nasal e labial no primeiro ano de vida, reflete uma serie de vantagens como uma melhora significativa na imagem facial precocemente, tirando o estigma nasal na fase pré-escolar, permitindo assim uma melhor socialização da criança na fase escolar e convívio familiar. Permite ainda alcançar uma forma nasal externa com suas unidades o mais próximo do normal tendo poucas correções a serem feitas. Quando estas são necessárias, são cirurgias secundárias de menor porte, atuando-se principalmente para correção da base alar e ponta nasal. Se compararmos com a abordagem apenas labial, teremos num segundo tempo a rinoplastia na grande maioria dos casos. Estas rinoplastias apresentam um grau de dificuldade técnica maior com mais cicatrizes. A redução no numero de cirurgias pela técnica naso labial proporciona ainda uma menor morbidade. O conceito de que este procedimento precoce interfere no crescimento das estruturas nasais já não é mais aceito, pois o follow up de mais de vinte anos com autores diferentes demonstram nenhuma alteração no crescimento nasal. Dentre as técnicas descritas para abordagem naso labial a adoção da técnica de McComb para abordagem nasal apresenta algumas vantagens como não expor a cartilagem nasal, ausência de cicatrizes adicionais na pele e mucosa nasal e pode ser adequada a outras técnicas labiais da preferência do cirurgião. Na abordagem labial a técnica escolhida é a Millard, sendo a que mais respeita as unidades e detalhes estéticos da região naso labial. Embora apresente a desvantagem em alguns casos na altura do lábio que pode ser contornada pela experiência do cirurgião, é a técnica mais utilizada mundialmente. Entre as desvantagens da abordagem naso labial temos a restrição de sua utilização por cirurgiões em treinamento devido às delicadas estruturas nasais, pois estes pacientes na sua grande maioria são operados na fase dos três aos seis meses de idade. O uso de modeladores nasais de silicone no pós-operatório colabora com o resultado estético nasal final, porém seu custo é o principal obstáculo aos pacientes carentes. Observamos por fim que a abordagem naso labial por seus excelentes resultados estéticos, baixo índice de complicações e a retirada precoce do estigma facial, contribuem para o comprometimento dos familiares ao longo tratamento nos serviços multidisciplinares. CONCLUSÃO ÍNDICE A abordagem naso labial é um procedimento que deve ser mais adotado e utilizado por parte dos cirurgiões, pois seus resultados estéticos com repercussão nas estruturas naso labiais superam as técnicas anteriores. Atualmente as exigências de um lábio com pouco estigma é um conceito universal. O nariz está passando a ter uma obrigatoriedade de bom resultado e logo estas passarão à fala, arcada dentaria com as mordidas e oclusões e crescimento facial. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ÍNDICE 1. Millard DR Jr. Cleft Graft: The Evolution of Its Surgery. Volume 1-3 Boston: Little, Brown; 1976,1977,1980. 2. Grayson BH, Cutting CB, Presurgical nasoalveolar orthopedic molding in primary correction nose, lip and alveolus of infants born with unilateral and bilateral clefts. Cleft Palate Craniofac J 2001;38:193. 3. Mulliken, J.B., and Martinez-Perez, D. The principle of rotation advancement for repair of unilateral complete cleft lip and nasal deformity: Technical variations and analysis of results. Plast reconstr Surg 1999;104:1247. 4. 3. Mulliken, J.B. Primary repair of bilateral cleft lip nasal deformity. Plast Reconstr Surg 2001;108:181. 5. Kim, Y.J., and Kim, J.W. Primary rhinoplasty during cleft lip repair. J. Korean Soc Plast Reconst. Surg 1997;24:1290. 6. McComb H. Treatment of the unilateral cleft lip nose. Plastic Reconstr Surg. 1975;55:596. 7. Millard DRJr. Earlier correction of the unilateral cleft lip nose. Plastic Reconstr Surg. 1982;70:64. 8. Pool R. Tissue mobilization with preoperative lip taping. Oper Tech Plast Reconstr Surg 1995;2:155. 9. Andrel H. Simultaneous repair of lip and nose in unilateral cleft (a long-term report). In: Jackson IT, Sommerlad BC, eds. Recent Advances in Plastic Surgery. Vol. 3. Edinburgh: Churchill-Livingstone; 1985:1 10. Salyer KE. Primary correction of the unilateral cleft lip nose: a 15- year experience. Plastic Reconstr Surg. 1986;77:558. 11. Salyer K. New concepts in primary unilateral cleft lip-nose repair. Worldplast 1995;2:83-97 12. Salyer KE, Genecov E, Genecov D. Unilateral cleft lip-nose repair: a 33-year experience. J Craniofac Surg 2003;14-549-58. 13. Salyer K. Early and late treatment of unilateral cleft lip-nose deformity. Cleft Palate J 1992;29:556-69 14. Noordhoff MS, Chen Y, Chen K, Hong K, Lo L. The surgical technique for the complete unilateral cleft lip-nasal deformity. Oper Tech Plast Reconstr Surg 1995;2:167-74. 15. McComb H. primary repair of unilateral cleft lip nasal deformity. Oper Tech Plastic Reconstr Surg. 1995;2:200-5. ILUSTRAÇÕES ÍNDICE Fig.01:-Pré-operatório paciente de quatro meses de idade com fissura lábio palatina completa a direita Fig.02:- Pós-operatório de três meses Fig.03:- Pré-operatório do mesmo paciente com visão mento naso Fig.04:- Pós-operatório com bom equilíbrio naso labial Fig.05:- Marcação pela técnica de Millard para o lábio, porem pode ser utilizada outra técnica de preferência do cirurgião e demarcação da área a ser descolada. Fig.06-07:- Descolamento das cartilagens alares e dorso nasal pela base columelar e base alar seguindo abordagem nasal de McComb. Este procedimento deve ser feito com cuidado, pois o paciente tem de 3 a 6 meses e as estruturas cartilaginosas são delicadas. Fig.08:- Pos operatório imediato com as estruturas em posição. Fig.09-10:- Paciente de operada após os seis meses de idade. Não submetidas a tratamentos prévios por morarem muito longe do serviço. Mostrando que mesmo com grandes fendas e deformidades nasais acentuadas a técnica pode ser utilizada com bons resultados. Fig.11:- Visão pré-operatório com grande alteração das estruturas nasais. Fig.12:- Pós-operatório imediato com as estruturas nasais e lábias com melhor equilíbrio. Fig.13-14:- Vista mento naso pré e pós-operatório com bom resultado porem com pequena assimetria das narinarias. Fig.15:- Paciente de três meses com fenda lábio palatina completa a esquerda Fig.16:- Paciente com seis meses de pos operatório com boa harmonia facial. Fig.17:- Visão pré-operatório mento naso Fig.18:- Pos operatório visão mento naso, observando que estes pacientes não usaram no pos operatório modeladores nasais de silicone. Figura 1 - Fig 1. Figura 2 - Fig 2. Figura 3 - Fig 3. Figura 4 - Fig. 4 Figura 5 - Fig. 5. Figura 6 - Fog. 6. Figura 7 - Fig. 7. Figura 8 - Fig. 8. Figura 9 - Fig. 9. Figura 10 - Fig. 10. Figura 11 - Fig. 11. Figura 12 - Fig. 12. Figura 13 - Fig. 13. Figura 14 - Fig. 14. Figura 15 - Fig. 15. Figura 16 - Fig. 16. Figura 17 - Fig. 17. Figura 18 - Fig. 18. UTILIZAÇÃO DE ENXERTO DE FÍBULA VASCULARIZADA APÓS RESSECÇÃO RADIO-CARPAL POR TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES RECIDIVADO MULTIFATORIAL EM PACIENTE COM AMPUTAÇÃO PRÉVIA DE ULNA DISTAL . INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Fabrício Massote Lima MD CO-AUTORES Almir Salgado Maurício MD José Emílio Valdívia Murillo MD Paula Maria Amorim Padilha MD Vívian Rosa R. de Freitas Ximenez MD DESCRITORES FÍBULA VASCULARIZADA, RESSECÇÃO RADIO-CARPAL, TUMOR. INSTITUIÇÃO HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO. Rua Sorocaba 667 apto 106. Botafogo, Rio de Janeiro - RJ. CEP: 22271- 110 INTRODUÇÃO ÍNDICE O Tumor de Células Gigantes (TCG) representa 5% dos tumores ósseos primários. É mais freqüente no sexo feminino e na terceira década de idade. O terço distal do fêmur, proximal da tíbia e distal do rádio são os locais mais acometidos. É uma neoplasia benigna localmente agressiva. Recidiva ocorre em 25% dos casos e implantes pulmonares em 1 a 2%. O sintoma mais freqüente é a dor e aumento do volume local. A fratura patológica ocorre com pouca freqüência. Apresenta padrão radiográfico bem definido. O estadiamento radiológico (Enneking e Campanacii) não define a agressividade biológica do tumor e seu prognóstico. TCG multifocal é raro e envolve, sobretudo, ossos curtos de extremidades. RELATO DE CASO ÍNDICE RAFS, sexo feminino, 30 anos, apresentou dor no punho esquerdo em 1998 sendo diagnosticado radiologicamente como cisto ósseo (figura 1) e tratado com infiltração de corticóide. Não houve melhora e em 2000 constatou-se aumento da lesão (figura 2). O terço distal da ulna foi ressecado, sendo diagnosticado TCG . Em 2004 procurou o Hospital Central do Exército com queixa de dor torácica e dispnéia sendo diagnosticado nódulo pulmonar e lesão em corpo de T4. Realizado ressecção de lesão pulmonar e ressecção de T4 com fixação da coluna. Apresentou recidiva da dor em punho esquerdo durante a gestação em 2005 seguida de fratura patológica, sendo diagnosticado recidiva do tumor na extremidade distal do rádio (figura 3). Foi submetida à cirurgia em 2006, após a gestação, com realização de carpectomia total, ressecção do terço proximal do rádio, ressecção de mais dois centímetros do coto amputado da ulna como margem de segurança e fixação de enxerto vascularizado da fíbula direita no restante do rádio ao terceiro metacarpo (figura 4). Figura 1 - Fig. 1. Figura 2 - Fig. 2. Figura 3 - Fig. 3. Figura 4 - Fig. 4. DISCUSSÃO ÍNDICE O TCG é uma neoplasia óssea que apresenta desafios quanto ao seu diagnóstico que deve ser precoce. Atualmente, o tratamento de preferência tem sido a ressecção com preenchimento da cavidade com metilmetacrilato, curetagem seguida de eletrocauterização mais enxerto ósseo ou reconstrução local utilizando-se enxerto livre ou vascularizado autólogo de tíbia ou crista ilíaca ou homoenxerto. A Radioterapia tem indicação limitada e a amputação raramente é indicada. No caso descrito não houve condições para realização do enxerto com a cabeça da fíbula, na tentativa de preservar a articulação radio-carpal devido ao comprometimento do carpo. A opção por fixação de enxerto vascularizado da fíbula no restante do rádio ao terceiro metacarpo apresentou excelente resultado (figuras 5 e 6). Por apresentar caráter imprevisível quanto ao prognóstico local, a conduta cirúrgica deve ser sempre individualizada e bem planejada. Figura 1 - Fig. 5. Figura 2 - Fig. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Camargo. O P. Tratamento cirúrgico de tumor de células gigantes através da ressecção marginal e colocação de metilmetacrilato. Tese (Livre Docência). Faculdade de Medicina de São Paulo. São Paulo,1994. 86p. 2.Catalan. J.C. Tumor de células gigantesósseo: aspectos clínicos e radiológicos de 115 casos. Radiol Bras 2006; 39 (2): 119-122 p TRATAMENTO DO TORCICOLO CONGÊNITO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Edmar Soares Lessa MD CO-AUTORES Fábio Chambô 1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia INCA e da SBCP Giselle Erthal de Magalhães Acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro João Recalde Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INTO. Membro Titular da SBCP Pedro Bijos Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INTO. Membro Titular da SBCP DESCRITORES Tratamento do Torcicolo Congênito INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Edmar Soares LessaRua Washington Luis, 85. Apto 203, CentroRio de Janeiro - RJ20230026fone: (21) 25066087e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Torcicolo congênito (TC) é uma doença conhecida há séculos mas sua etiologia ainda é controversa.1 Malposição intrauterina, trauma do parto, infecção e oclusão venosa são propostos como possíveis causadores.2 O diagnóstico é clínico, notando-se massa firme no músculo esternocleidomastóideo (ECM), desvio da cabeça ipsilateralmente e do queixo para o lado oposto. O tratamento inclui observação, fisioterapia e cirurgia.2 O prognóstico é influenciado pelo diagnóstico e tratamento precoces, embora, nos casos negligenciados, um tratamento ideal possa ser adiado. Diversos artigos têm discutido o tema mas não existe consenso quanto ao tratamento ideal. Além disso, mesmo sendo a terceira anomalia musculoesquelética congênita mais comum, não é citada em diversos livros da área. É surpreendente que a principal razão para a cirurgia seja por motivos estéticos.1 O objetivo deste trabalho é apresentar os casos de TC operados pela técnica de ressecção total do ECM no Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia do Instituto Nacional de Traumato Ortopedia. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Entre outubro de 2001 e janeiro de 2006, 8 pacientes com diagnóstico de TC foram submetidos a ressecção total do ECM. A técnica consiste em um acesso em "Z" sobre a borda anterior do músculo, identificação e ressecção total do mesmo associado a zetaplastia. Fisioterapia teve início com 2 semanas de pós operatório e colar cervical foi usado por 4 semanas. Avaliamos além da técnica, idade, sexo, lado da lesão, apresentação clínica, deformidades associadas, método diagnóstico, tratamentos anteriores, exame histopatológico e complicações. RESULTADOS ÍNDICE O seguimento foi entre 6 e 53 meses (média 43,2). Os pacientes tinham entre 7 e 30 anos (média 18) sendo 4 de cada sexo. Todos foram diagnosticados após 7 anos de idade por exame clínico. A apresentação mais comum foi à direita (8 pacientes) com limitação dos movimentos (5 pacientes) e dor (3 pacientes). Encontramos escoliose cervico-dorsal em 2 pacientes e assimetria facial em outro. Dois já tinham sido submetidos a tenotomia. Exame histopatológico mostrou segmento de musculatura esquelética com tecido conjuntivo modelado, fibrose e hialinização, por vezes com dissociação de feixes musculares. Um paciente evoluiu com formação de quelóide e está em tratamento com infiltração intralesional de corticóide. Obtivemos alto nível de satisfação dos pacientes e a avaliação subjetiva da equipe foi excelente em 3 casos e bom em 5 casos sob o ponto de vista funcional e estético. DISCUSSÃO ÍNDICE TC resulta de fibrose do ECM levando a encurtamento muscular. Pela teoria clássica, trauma do parto provoca estiramento muscular e formação de hematoma, seguidos de fibrose e contração muscular.1 Na literatura, a relação entre sexos é igual com uma propensão ao lado direito. Queixas comuns são restrição de movimentos, assimetria facial e tumoração. A conduta inicial inclui fisioterapia com exercícios ativos e passivos e massagem. Se persistir até um ano de idade ou anomalias craniofaciais se desenvolverem, o tratamento cirúrgico estará indicado. Diagnóstico e terapia precoces são os fatores mais importantes para o sucesso.1 Obtivemos bons resultados em casos tardios pelo completo tratamento cirúrgico das estruturas acometidas associado a fisioterapia precoce. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1.Wolfort,FG,Kanter,MA,Miller,LB.Torticollis.Plast.Reconstr.Surg.84:682-92,1989. 2. Cheng CY,Au WY.Infantile torticollis. J. Pediatr. Orthop.1994;14:802-808. Figura 1 - Pré Operatório Figura 2 - Acesso Cirúrgico Figura 3 - Ressecção Muscular Figura 4 - Zetaplastia Figura 5 - Pós Operatório RETALHOS COMBINADOS PARA FECHAMENTO DE PAREDE TORÁCICA PÓS- RESSECÇÃO DE CISTOSARCOMA FILÓDES - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Leandro Luiz Toledo MD CO-AUTORES Marcello di Martino MD Sebastião Tomaz Oliveira Junior MD Cândice Fonseca Braga MD DESCRITORES Fechamento da parede toráxica INSTITUIÇÃO Hospital Pérola Byington Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2808 ap 102 CEP 01402-000, São Paulo.Tel: (11) 8245-1401email: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O cistosarcoma filódes é um tumor muito raro que se apresenta clinicamente como um nódulo de 3 a 4 cm. de diâmetro indolor e de crescimento rápido. Envolvimento da axila é raro, porém a disseminação hematogênica é freqüente e envolve geralmente pulmão, pleura, ossos e fígado. RELATO DE CASO ÍNDICE V.P.L., 23 anos, feminina, brasileira, em acompanhamento no serviço de mastologia do Hospital Pérola Byington devido a ressecção de um tumor de mama D em outubro de 2005 com diagnóstico de cistossarcoma filódes de alto grau. Em maio de 2006 foi realizado nodulectomia e linfadenectomia com diagnóstico de metástase de tumor filódes com componente estromal em tecido linfóide. Trinta dias após a ressecção axilar foi observada presença de nódulos axilares D que evoluíram com rápido crescimento sendo realizado nova ressecção tumoral. A ressecção resultou em uma área cruenta desde o terço proximal do braço, região axilar, região torácica anterior desde a clavícula até o sulco mamário e do esterno até a linha axilar posterior.Para reconstrução foi utilizado retalho fasciocutâneo para-escapular de 18X10 que foi rodado para cobertura dos vasos axilares. A área doadora foi fechada por retalho basedo no ramo escapular da circunflexa da escapula de forma a desenhar um retalho bilobado. O defeito remanescente foi fechado por um TRAM. A paciente apresentou boa evolução com fechamento total do defeito. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.AV. Zumiotti, CSM Postigo .Retalho escapular fascial : estudo anatômico e aplicações clínicas. Rev Brás Ortop- vol 32, n 4- abril, 1997. 2.SGP Pessoa, JE Macedo. Retalho escapular e paraescapular: uma nova opção.Rev. Méd. HGF; 2(1):19-24, jul.1985.ilus. 3.H. Vorhen, uf. Vorhen. Cystossarcoma Phyllodes:Epidemiology, pathohistology, pathobiology, diagnósis, therapy and survival. Archives of gynecology and Obstetrics. 1985. CARCINOMA MIOEPITELIAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA INTRODUÇÃO. | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Marcelo Wulkan MD CO-AUTORES Rogério Izar Neves MD Eduard René Brechtbühl MD Otávio Machado de Almeida MD DESCRITORES Carcinoma, Mioepitelial. INSTITUIÇÃO Departamento de Oncologia Cutânea do Hospital do Câncer. R. Batatais, 309, 91.Jd. PaulistaCEP: 01423-010São Paulo-SP ÍNDICE INTRODUÇÃO. Mioepiteliomas são tumores raros derivados das células mioepiteliais, com capacidade de diferenciação epitelial e muscular 1. O tratamento é eminentemente cirúrgico, reservando a radioterapia e quimioterapia para casos selecionados 1,2. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODO Paciente masculino eutrófico, branco, 45 anos, com tumoração indolor em região axilar esquerda há 1 ano e exérese de CBC prévio em ante-braço esquerdo. Neste período foi submetido a duas cirurgias em outro serviço com recidivas locais. O laudo histológico da outra instituição mostrou tratar-se de "carcinoma" sem outros dados adicionais mas a avaliação histológica e imunohistoquímica do nosso serviço foi compatível com mioepitelioma. A massa tumoral era volumosa (11 x 9cm), fibro-elástica, imóvel, lisa, indolor, sem ulceração e com duas cicatrizes cirúrgicas(Figura 1). A tomografia computadorizada da região mostrava linfonodomegalia axilar esquerda. A angioressonância nuclear magnética do plexo braquial evidenciou uma massa sólida lobulada axilar esquerda com hiper-sinal em T2, medindo 9,2x8,9x8,5 cm (Figura 2). Os vasos subclávios e axilares mostravam-se sem invasão. Em outubro de 2004 o paciente foi submetido à ressecção ampla da lesão com linfadenectomia axilar radical ampliada à esquerda e reconstrução com rotação de retalho fáscio-cutâneo regional. A lesão envolvia o nervo torácico longo e o plexo vásculo-nervoso do músculo grande dorsal, tendo sido este parcialmente ressecado. Devido ao alto índice mitótico e ao padrão de crescimento infiltrativo encontrados na histologia optou-se pelo tratamento radioterápico adjuvante. O paciente encontra-se em bom estado geral e sem sinais de recidiva local ou sistêmica há 20 meses. Figura 1 - Fig. 1. Figura 2 - Fig. 2. RESULTADO ÍNDICE O diagnóstico histológico definitivo foi de carcinoma mioepitelial com alta celularidade, pleomorfismo celular e padrão de crescimento infiltrativo (Figura 3). As margens cirúrgicas estavam livres e sem metastáse linfonodal. O painel imunoistoquímico foi positivo para actina-a de músculo liso (AaML) e vimentina e focalmente positivo para proteína S-100 e EMA. Os marcadores para HHF-35 e CK AE1/AE3 foram todos negativos (Figura 4). Figura 1 - Fig. 3. Figura 2 - Fig. 4. ÍNDICE DISCUSSÃO Topograficamente o local mais acometido é o membro inferior (40%)2 mas nosso paciente desenvolveu o tumor no local mais raro (tronco). A análise histopatológica do tumor do paciente relatado por nós apresentava alta celularidade, o que a classificou como lesão de alto risco para recidiva da doença e probabilidade de aparecimento de metástases sistêmicas na evolução clínica. Não existe, até o momento, tratamento padronizado para pacientes portadores deste grupo de tumores. No nosso paciente a decisão terapêutica foi tomada em uma discussão clínica multidisciplinar do caso com o suporte da revisão de literatura. ÍNDICE CONCLUSÃO A realização do perfil imuno-histoquímico detalhado é de fundamental importância para o diagnóstico de mioepitelioma3. O tempo de seguimento para esta classe de tumores descrita na literatura médica, a raridade de casos e sua descrição recente são insuficientes para estabelecer normas de conduta. Por tratar-se de uma neoplasia muitas vezes agressiva, optamos por conduzi-la de forma mais radical. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1) Dardick I. Myoepithelioma: definitions and diagnostic criteria. Ultrastruct Pathol.1995;19;335-45. 2) Sasaguri T. Myoepithelioma of soft tissue. Pathol Int. 1999; 49(6): 571-6. 3) Neto AG. Myoepithelioma of the soft tissue of the head and neck: a case report and review of the literature. Head Neck. 2004; 26(5): 470-3. TRATAMENTO DA LIPOATROFIA FACIAL EM PACIENTES HIV . EXPERIÊNCIA DE 3 ANOS NO INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFº FERNANDO FIGUEIRA - IMIP INTRODUÇÃO | RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR IVO VIEIRA SALGADO FILHO MD CO-AUTORES JOSÉ FERREIRA DA SILVA NETO MD ANDRÉ LUIS COUTINHO MD MARCO ANTÔNIO PINTO KITAMURA MD RODRIGO CAMPOS SOARES QUINTAS MD DESCRITORES lipoatrofia facial INSTITUIÇÃO INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFº FERNANDO FIGUEIRA - IMIP AV. BEIRA RIO, 855, APT 401, CONDOMÍNIO RESIDÊNCIA BEIRA RIO, MADALENA, RECIFEPE, CEP 50070-510 ÍNDICE INTRODUÇÃO A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um dos maiores problemas mundiais de saúde. Com a melhora da sobrevida dos portadores de HIV/AIDS, particularmente após a introdução do tratamento anti-retroviral de alta potência (HAART), a partir de 1996, passaram a ser relatadas uma série de alterações anatômicas e metabólicas (síndrome lipodistrófica) nesse grupo de pacientes. As alterações anatômicas caracterizam-se por seletiva perda de gordura subcutânea na face e extremidades e, em alguns pacientes, acúmulo de gordura ao redor do pescoço, região dorso-cervical, abdômen e tronco. Podem associar-se a resistência periférica à insulina, diabetes, hipertrigliceridemia e dislipidemia. O diagnóstico da lipoatrofia facial é definido, e pode ser estimado, pela redução dos coxins gordurosos das regiões: malar, temporal e préauricular. No tratamento, vem sendo empregado preenchimento facial com o polimetilmetacrilato (PMMA) - biomaterial composto de microesferas maiores que 32 micras de diâmetro, suspenso em colóide químico biologicamente inerte. Este procedimento foi integrado à Lista de Procedimentos do SUS desde dezembro de 2004 através da portaria 2.582. RELATO ÍNDICE O Serviço de Cirurgia Plástica do IMIP tem atendido pacientes portadores de lipoatrofia facial oriundos de vários serviços de infectologia da região metropolitana do Recife. Desenvolve-se então este trabalho objetivando avaliar o grau de satisfação desses pacientes, complicações e resultados, abrangendo o período de agosto de 2003 a julho de 2006. Para a inclusão no estudo considerou-se carga viral, contagem de células CD4 , ausência de infecções associadas e liberação do infectologista. Foram avaliados 68 pacientes, sendo 57 do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Para o preenchimento foi utilizado o META<>CRILL® (Anvisa-Reg.nº80101070001) e microcânulas de ponta romba, fornecidos pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco, com o paciente em regime ambulatorial, sedado e cooperativo. Infiltrou-se em média 20ml na primeira sessão. O intervalo entre as aplicações foi em média 3 meses. Não foi observada nenhuma reação adversa ou complicação aguda importantes, apenas edema e discreta hiperemia local em todos os pacientes (tratados com crioterapia local com resultado satisfatório). Em três pacientes foi observada nodulação subcutânea. O ganho de preenchimento foi mantido durante o período observado. Todos os pacientes sentiram-se satisfeitos com o tratamento, referindo melhora da auto-estima e reintegração social em amplo aspecto (emocional, profissional, etc), favorecendo-se inclusive a adesão ao tratamento com os anti-retrovirais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.J Clin Endocrinol Metab 87: 4845-4856, 2002 2.LKM Oyafuso et al. Polimetilmetacrilato para o tratamento da atrofia facial: 5 anos de continuação. 3.Shaw AJ, McLean KA, Evans BA 1998 Disorders of fat distribution in HIV infection. Int J STD AIDS 9:595-599 4.Nácul AM: Correção dos contornos dos tecidos moles com micropartículas sólidas injetáveis. Rev Soc Bras Cir Plast Estet Reconstr 10(3):15, 1995. 5.Programa Nacional de DST AIDS, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde Brasil. Tratamento da lipoatrofia facial em pacientes portadores de HIV/Aids com polimetilmetacrilato (PMMA).2005 Figura 1 - Caso, fig. 1 Figura 2 - Caso, fig.2 Figura 3 - Caso 2, fig. 1 Figura 4 - Caso 2, fig. 2 Figura 5 - Caso 3, fig. 3 Figura 6 - Caso 3, fig. 2 NEO-ONFALOPLASTIA: ANÁLISE DE 25 CASOS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Rui Pereira MD CO-AUTORES Bruna Pinheiro Silveira Md Ernando Luiz Ferraz Cavalcanti Md José Ferreira da Silva Neto Md Pedro Lapa Md DESCRITORES Neo-onfaloplastia INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP) / Hospital Real Português (RHP) Av. Portugal, 163. Real Plástica. RHP. Paissandu. Recife-Pe.Email: [email protected]: 081- 32311274 INTRODUÇÃO ÍNDICE As primeiras abdominoplastias foram realizadas em 1880, na França, por Demars e Mars. Desde então, várias técnicas foram desenvolvidas, sendo a reposição umbilical um dos seus maiores desafios1. A maioria das reconstruções umbilicais envolve sua transposição após avanço do retalho abdominal, com graus variados de dificuldade, resultando em uma cicatriz externa3. O neo-umbigo deve ter forma natural, com depressão e projeção suficientes e deve ser criado sem adição de novas cicatrizes2. Descrevemos uma técnica simples e de fácil execução para a reconstrução umbilical, com resultado estético satisfatório. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Vinte e cinco pacientes foram submetidos à abdominoplastias entre abril/2006 junho/2006, todas operadas pelo autor, com confecção de um neo-umbigo sem incisar o retalho abdominal e sem pontos externos. Após a ressecção do retalho abdominal excedente, incluindo o coto umbilical e plicatura dos retos abdominais, é determinado na pele do retalho o local do neo-umbigo, sendo o ponto escolhido a interseção da linha que une as espinhas ilíacas antero-superiores com a linha sagital xifo-pubiana, usado como referência mais freqüente. Tatua-se esse ponto e faz-se a eversão do retalho, prosseguindo com a divulsão do mesmo, desnudando a derme, evitando-se a ressecção do tecido adiposo. Sutura-se a derme profunda do retalho à aponeurose com seis pontos de nylon 5.0, de forma elíptica, previamente marcados. Pode-se, em caso de necessidade (p.ex. retalho com pequeno panículo adiposo), aprofundar esses pontos, fazendo a síntese na área interna da plicatura. Pode ser feita plicatura adicional nesse ponto para aprofundamento do neo-umbigo. 4,5 RESULTADOS ÍNDICE Nas figuras 1-6 podemos observar o resultado da neo-onfaloplastia, em que o umbigo apresenta-se natural e sem cicatrizes externas. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 DISCUSSÃO ÍNDICE Procurando minimizar a insatisfação quanto ás cicatrizes peri-umbilicais e/ou a deficiência vascular do coto umbilical remanescente, como nas hernioplastias umbilicais associadas, técnicas de neo-onfaloplastia vem sendo progressivamente desenvolvidas. Procedimentos convencionais de umbilicoplastia deixam cicatrizes perceptíveis e criam muitas vezes estigmas nas pacientes operadas. Diversas técnicas descritas não conseguem dar o relevo e profundidade necessária, não estabelecendo harmonia entre a superfície da parede abdominal e a base do umbigo. Caso haja necessidade de aprofundamento no neo-umbigo, este poderá em um segundo tempo, ser realizado como nas técnicas convencionais de correção de hérnia umbilical, deixando, portanto cicatriz mínima e profunda na região. CONCLUSÃO ÍNDICE A técnica de neo-onfaloplastia descrita caracteriza-se por ser de fácil execução, pela ausência de cicatriz externa e com bom resultado estético, sendo, portanto, mais uma opção a ser utilizada na plástica abdominal na procura de se obter melhores resultados. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1- D`Assumpção, E.A. Técnica para umbilicoplastia, evitando-se um dos estigmas das abdominoplastias. Rev. Soc. Brás. Cir. Plast, (1997): 20(3): 160-166, jul-set 2005. 2- Pfulh, M; Van de Sijpe, K. A Simple New Technique for Neo-Umbilicoplasty. British Journal of Plastic Surgery: 58(5): 688-91, jul 2005 3-Korachi, A . F.R.C.S; Oudit, D. M.R.C.S.Ed: Ellabban, M. F.R.C.S. A Simplified Technique for Umbilical Reconstruction. Plastic and Reconstructive Surgery: 144(2): 619-621. 4-Almeida, A. E. F. Comunicação Pessoal. 5-Lemos P. C. Comunicação Pessoal. TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PROPTOSE NA DOENÇA DE GRAVES INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS | AUTOR Eduardo Ivan Passold MD CO-AUTORES GONÇALVES, Gabriel Amoretti MD ABDALLA, Stella Crescenti MD BINS-ELY,Jorge MD, PhD d'EÇA NEVES, Rodrigo MD DESCRITORES proptose INSTITUIÇÃO Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Rua Jornalista Tito Carvalho,155- Residencial Itália - Bloco Ímola - apto 401Bairro: Trindade - Florianópolis SC - CEP: 88040-480 INTRODUÇÃO ÍNDICE A proptose é uma protusão anormal, para diante, de um ou ambos os olhos. A principal causa de proptose em adultos é a oftalmopatia de Graves, a qual pode promover aumento de volume do tecido gorduroso, ou musculatura orbitais, separadamente ou juntos. A exposição da córnea, a retração da pálpebra, a congestão conjuntival, a restrição do olhar, a diplopia e a perda visual a partir da compressão do nervo óptico constituem os sintomas fundamentais da proptose secundária a Doença de Graves. Na maioria dos pacientes o distúrbio segue uma evolução benigna que independe, em grande parte, do grau de atividade do hipertireoidismo, porém nos casos mais graves e de evolução desfavorável pode se tornar necessário a descompressão orbitária, ou seja, remoção de parte da órbita óssea para aliviar a pressão intra-orbitária. Sendo assim este estudo teve como objetivo demonstrar a melhora estética e funcional dos pacientes portadores de proptose após serem submetidos a cirurgia de Descompressão Orbitária. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODO Foram pesquisados os pacientes submetidos a cirurgia de Descompressão Orbitária das paredes medial, lateral e inferior por acesso coronal, devido a proptose com evolução desfavorável secundária a Doença de Graves no Núcleo de Ciurgia Plástica do Hospital Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), sendo comparados pré e pós-operatoriamente quanto a queixas, achados funcionais, e ainda aspectos estético e tomográfico. ÍNDICE RESULTADOS Foram encontrados 3 pacientes, sendo 2 do sexo feminino e 1 do sexo masculino, ambos submetidos a descompressão orbitária bilateral. Todos os pacientes mostraram melhora das queixas, achados funcionais, e dos aspectos estético e tomográfico pós-operatórios quando comparados aos mesmos dados analisados antes destes serem submetidos a cirurgia. ÍNDICE DISCUSSÃO A cirurgia de Descompressão Orbitária vem sendo indicada e utilizada em vários casos de proptose por Doença de Graves, mostrando evolução em sua abordagem nos últimos anos. Demonstrou no estudo em questão eficiência na melhora funcional e estética da proptose em pacientes portadores de Doença de Graves. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 1. Robert PY, Rivas M, Camenzind P, Rulfi JY, Adenis JP. Decrease of intraocular pressure after fat-removal orbital decompression in graves disease. . Ophthal Plast Reconstr Surg. 2006; 22(2):92-95. 2. Cruz AA, Leme VR. Orbital decompression: a comparison between trans- fornix/transcaruncular inferomedial an coronal inferomedial plus lateral approaches. Ophthal Plast Reconstr Surg. 2003; 19(6):440-445. 3. Lee TJ, Kang MH, Hong JP. Three-wall orbit decompression in graves ophthalmopathy for improvement of vision. J Craniofac Surg. 2003; 14(4):500-503. 4. Unual M, Ieri F, Konuk O, Hasanreisoglu B. Balanced orbital decompression combined with fat removal in ophthalmopathy: do we really need to remove the third wall/Ophthal Plast Reconstr Surg. 2003; 19(2):112-118. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 PROPOSTA DE TRATAMENTO DA ORELHA COM HÉLICE INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. | AUTOR Marcelo Wulkan MD CO-AUTORES Fábio Ezo Aki MD Oscar Porto MD, Doutor em Medicina José Victor Siervo MD DESCRITORES Tratamento, orelha, hélice. INSTITUIÇÃO Universidade de São Paulo e Universidade de Santo Amaro. R. Batatais, 309, 91. Jd. PaulistaCEP:01423-010São Paulo-SP INTRODUÇÃO ÍNDICE A orelha plana é uma alteração cuja literatura é escassa tanto do ponto de vista de classificação quanto das opções de correção. Existem poucos e inefetivos tratamentos para a hélice aplainada 1,2 e a técnica apresentada resultou em bons resultados no seguimento de uma média de 5 anos. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE A técnica foi utilizada em seis pacientes de orelha plana que variavam de 6 a 38 anos, 3 do sexo masculino e 3 do sexo feminino, sem quaisquer outras co-morbidades. Faz-se a incisão retro-auricular curvilínea e paralela ao rebordo da hélice aproximadamente 1 cm para dentro do pavilhão; não se resseca pele. Na borda da cartilagem exposta, deve-se marcar com azul de metileno triângulos equiláteros com altura de 0,5cm;se necessário maior curvatura para a futura hélice, pode-se aumentar a altura do triângulo de modo a tornar o mesmo isósceles. A distância entre os triângulos deve ser igual à base do mesmo de modo que permaneçam ilhas de cartilagem intactas. Com a sutura dos vértices dos triângulos, a hélice apresenta uma curvatura anterior formando um ângulo com a escafa em torno de 90°. RESULTADOS ÍNDICE Os resultados foram mantidos no seguimento de 5 anos. Ocorreu um caso de recidiva da orelha plana devido à altura insuficiente do triângulo confeccionado na cartilagem. Este caso foi novamente operado visando aumentar a altura do triângulo cartilaginoso ressecado, obtendo-se resultado muito satisfatório. DISCUSSÃO ÍNDICE Não encontramos trabalhos na literatura que possamos comparar a técnica e resultado e também com 25 anos de experiência. No entanto, em 2000 foi realizado um trabalho que sugere uma tática cirúrgica semelhante à nossa mas não faz alusão à casuística, apresentação de casos clínicos e também não refere o tempo de seguimento do pósoperatório. CONCLUSÃO ÍNDICE A técnica proposta inicialmente pelo Dr. Kamakura há 25 anos para correção de orelha com hélice aplainada vêm sendo utilizada com êxito em nosso serviço e não há técnica descrita na literatura com seguimento longo e resultados tão satisfatórios. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ÍNDICE 1)North JF, Broadbent NRG. Correcting the flat helix. British Journal of Plastic Surgery. 1977;30: 310-312. 2)Fischl RA. The third crus of the anthelix and another minor anormaly of the external ear. Plastic and Reconstructive Surgery. 1976;58: 192-194. 3)Macedo CF, Pradi AF, Bogado CA, Goelzer J, Fraga EF, Vieira VJ, Abdalla SC, Ely JB, Neves RD. Orelha plana:definição e duas propostas de tratamento. Arquivos catarinenses de medicina. 2000;29:1:145-146. Figura 1 - Pré. Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 Figura 5 - FIg. 5 Figura 6 - Pós. TRATAMENTO DO PSEUDOXANTOMA ELÁSTICO NA FACE INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS | AUTOR LUIZ CESAR BOGHOSSIAN MD CO-AUTORES GLOWER BRAGA MD DANIEL BATISTA MD DENYSE OLIVEIRA ANDRADE MD FLAVIA IMOTO MD DESCRITORES pseudoxantoma elástico INSTITUIÇÃO Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Faculdade de Medicina da UFRJ Av. Epitácio Pessoa nº 2780 aptº 1003, Lagoa, Rio de Janeiro - RJ, CEP 22471-031 INTRODUÇÃO ÍNDICE O Pseudoxantoma Elástico ou Síndrome de Grönblad Strandberg é uma desordem congênita do tecido conjuntivo, caracterizada por uma estrutura anormal das fibras elásticas em vários graus, com envolvimento cutâneo, ocular, cardiovascular, e gastrointestinal. Os tecidos acometidos, quando analisados histopatologicamente, apresentam acúmulo de fibras elásticas fragmentadas e mineralizadas na pele, na membrana de Bush nos olhos, e na parede dos vasos. A relação das estrias angióides, primeira manifestação ocular, e as lesões de pele foram estabelecidas por Grönblad (oftalmologista) e Strandberg (dermatologista), porisso a condição patológica passou a ser conhecida também, como Síndrome de Grönblad Strandberg. Mutações no gene ABCC6 têm sido implicadas como causa da síndrome do pseudoxantoma elástico. Até 80 % dos pacientes apresentam esta mutação. A pele torna-se enrugada e redundante precocemente, formando grandes rugas que, no período gravídico, tornam-se ainda mais evidentes. As lesões da pele acometem o segmento lateral dopesco9ço, as ares flexoras das axilas, a fossa anticubital e poplítea, e as regiões inguinal e periumbilical. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODO Uma paciente de 54 anos foi submetida a uma ritidoplastia para correção de rugas de região cervical devido a pseudoxantoma elástico, diagnosticado por biópsia, no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da UFRJ. A paciente apresentava ainda sulcos e dobras na pele abaixo do mento, e estrias angióides ao exame ocular. ÍNDICE RESULTADO A paciente evoluiu sem complicações e com o bom resultado estético preservado até a ultima consulta, aos 6 meses de pós-operatório. ÍNDICE DISCUSSÃO Até o presente momento, não existe um tratamento efetivo para o pseudoxantoma elástico. O único tratamento que influencia diretamente o curso evolutivo da doença seria sobre as manifestações cutâneas. Pickrell, em 1948, mostrou o benefício da ritidoplastia em uma mulher com pseudoxantoma elástico afetando pescoço e axila. A afecção do pescoço foi tratada com uma incisão baixa, em colar, com mobilização do retalho entre o osso hióide e a clavícula, remoção do excesso cutâneo, tração e fixação do retalho. De acordo com Ng (1999) a plicatura do SMAS e do platisma nem sempre é necessária, pois o problema é a flacidez da pele. Em nosso caso, optamos pela plicatura do SMAS para obtermos uma melhor distribuição e tração do retalho reposicionado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ÍNDICE 1.Chassing, N.; Martin, L.; Mazereeuw, J.: Novel ABCC6 Mutations in Psedoxanthoma Elasticum. J Invest Dermatol, 122: 608-613, 2004. 2.Galadari,H.; Lebwohl, M. : Pseudoxanthoma elasticum: Temporary treatment of chin folds and linae with injectable collagen. J Am Acad Dermatol, 49: 265-266, 2004 3.Mseddi, M.; Turki,H.; Kammoun,B.: Pseudoxanthoma elasticum: 11 cases. Ann Dermatol Venerol.130: 318-320, 2003 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 RECONSTRUÇÕES AURICULARES PÓS-TRAUMA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR MARCELO DAHER MD CO-AUTORES JULIANA SALES MD JOSE JÚLIO KOBOLDT GUIMARÃES NETO MD DANIEL J. VASCONCELLOS MD FABÍOLA AJNHORN MD DESCRITORES Reconstrução, Auricular. INSTITUIÇÃO HOSPITAL DA LAGOA - RJ RUA JARDIM BOTÂNICO, 164JARDIM BOTÂNICO - RIO DE JANEIRO CEP.: 22461 000 INTRODUÇÃO ÍNDICE As orelhas são importantes no equilíbrio estético da face e qualquer alteração de tamanho, forma ou posição tornam-se perceptíveis As deformidades auriculares podem ser congênitas ou traumáticas, sendo sua reconstrução um desafio para o cirurgião1. As causas mais comuns de trauma auricular são queimaduras, acidente de carro, mordida animal ou humana, amputação com elemento cortante ou pós-ressecção de câncer. A reconstrução da orelha fundamenta-se em criar estrutura carlilaginosa e revestimento cutâneo adequados. Os tecidos lesados, quando viáveis e estocados no próprio corpo, podem ser usados na reconstrução da orelha2. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foi realizado estudo retrospectivo de 102 pacientes submetidos à reconstrução auricular pós-traumática, no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Lagoa e Interclínica- Centroplástica, no período de 2000 a 2006, com idade entre 17 e 46 anos, sendo 68 do sexo feminino e 34, sexo masculino. RESULTADOS ÍNDICE Dos 102 casos de trauma auricular, 50 eram por lesão com adornos (brincos), 15 eram pósressecção de câncer, 12 eram por mordida de cão, 10 por mordida humana, 08 por acidente com elemento cortante, 7 por queimaduras. A reconstrução da orelha foi realizada tardiamente em todos os pacientes, utilizando-se diferentes técnicas cirúrgicas, conforme o caso (Figuras 1 à 6). Houve 05 casos de hematoma, 03 de infecção e 02 de necrose do retalho. Ocorreu melhora estética em todos os pacientes. Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 Figura 5 - Fig. 5 Figura 6 - Fig. 6 DISCUSSÃO ÍNDICE A anatomia da orelha é complexa sendo impossível imitá-la com perfeição. Na abordagem primária dos traumas de orelha deve-se atentar para a limpeza exaustiva da ferida e debridamento, se necessário. Quando o paciente é visto tardiamente deve-se retardar o fechamento definitivo aguardando melhor definição das condições locais para planejamento cirúrgico adequado, conforme a extensão e localização da lesão. A simetria, manutenção do arcabouço cartilaginoso, pele de revestimento e ângulo cefaloauricular devem ser levados em conta. Existem inúmeras técnicas para reconstrução auricular, podendo-se realizar enxertos compostos, relalhos locais, retalhos de vizinhança ou retalhos tubulares de pele, com melhora significativa da estética e benefício psicológico do paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Avelar JM. Importance of ear reconstruction for the aesthetic balance of the facial contourn. Aest. Plast Surg 1986; 10: 147-56. 2.Avelar JM. Reconstrução auricular pós-traumática. In: Mélega JM, Baroudi R, editores. Cirurgia Plástica-fundamentos e arte: cirurgia reparadora cabeça e pescoço. Rio de Janeiro: Medsi; 2003.p 994 a 1006. 3.Pitanguy I. Considerações sobre a cirurgia reconstrutora da orelha. Rev Bras Cir Plast 1958; 36: 257. 4.Converse JM. Acquired deformities of the auricle. In: Converse JM (ed). Reconstructiive Plastic Surgery Philadelphia: Sanders, 1964; 3:1.107. 5.Tanzer, R.C.: Total reconstruction of the auricle. The evolution of a Plan of treatment . Plastic Reconstr Surgery, 47: 523-533, 1971. USO DE POLIMETILMETRACRILATO EM PACIENTES HIV POSITIVOS COM LIPODISTROFIA DE FACE INTRODUÇÃO | OBJETIVOS | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Larissa Oliveira Rodrigues MD CO-AUTORES Sérgio Augusto da Conceição MD Fernando de Nápole Azevedo MD Gisele Amorim Zanato MD Daniel Ludovico Martins MD DESCRITORES lipodistrofia de face INSTITUIÇÃO Hospital Geral de Goiânia - Departamento de Cirurgia Plástica Rua 6 A n 573 Apto 208 St Aeroporto Goiânia GoiásTelefone: 62- 81387611e-mail: [email protected] ÍNDICE INTRODUÇÃO Aproximadamente 50% dos pacientes em uso de terapia antiretroviral (HAART) desenvolvem lipodistrofia visceral ou atrofia facial. O exato mecanismo ainda não é bem conhecido, mas a atrofia facial encontrada é secundária à perda de gordura subcutânea, e não de camadas mais profundas. A literatura sugere que a redistribuição da gordura no organismo desses pacientes ocorra por um sinergismo entre a ação das drogas e do vírus HIV1 na diferenciação dos adipócitos. Desta maneira, com a perda do contorno da face, os pacientes ficam estigmatizados perante a sociedade,. Por esse motivo, alguns tratamentos são preconizados para a correção da atrofia de face, como o uso de enxertos dermogordurosos, gordurosos ou de materiais sintéticos, como o ácido hialurônico,e, atualmente, o polimetilmetacrilato (PMMA). OBJETIVOS ÍNDICE Avaliação do uso de PMMA 30% em pacientes HIV positivos em uso de terapia antiretroviral. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Estudo prospectivo em pacientes portadores de atrofia facial com uso de terapia antiretroviral, que procuraram o serviço do Hospital Geral de Goiânia no período de agosto de 2005 a julho de 2006. No pré-operatório, foram incluídos os pacientes que não apresentavam qualquer manifestação de infecções oportunistas, que possuíam CD4 maior que 500 células/mm³ e carga viral indetectável. Os pacientes foram orientados quanto ao produto utilizado e as possíveis complicações. Todos os pacientes foram fotografados no pré e pós-operatório de 2 e 6 meses. A técnica utilizada foi o uso de PMMA 30% (Bracher®) com microcânula e revólver dosador, atingindo os planos subcutâneo, intramuscular e justaósseo. Todos os pacientes foram submetidos a sedação com bloqueio de ramos de nervos da face. RESULTADOS ÍNDICE Foram selecionados seis pacientes, sendo 83,3% do sexo masculino, onde a quantidade de produto injetado variou de 6 a 12ml, conforme as irregularidades apresentadas na face. Em alguns pacientes foram necessárias novas aplicações após 4 meses para simetrização e contorno final. Durante este período, foi observado em dois pacientes, à palpação externa, presença de nódulo de 0,3 e 1cm de diâmetro, sendo que um destes pacientes apresentou a enduração após lesão traumática de mucosa jugal, sendo necessário uso de antiinflamatório e antibiótico por 15 dias para regressão do processo inflamatório local. Apesar dessas intercorrências, a satisfação quanto ao resultado obtido por parte dos pacientes foi unânime. DISCUSSÃO ÍNDICE Os estigmas deixados pelo uso crônico de medicações antiretrovirais promovem cada vez mais a exclusão destes pacientes do convívio social. Logo, o polimetilmetacrilato, por ser uma partícula inerte a reação em pessoas não infectadas, também se tornou uma alternativa para o tratamento dos pacientes portadores de HIV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.LEOW, M.K.S; ADDY, C.L; MANTZOROS, C.S. Human Immunideficiency Vírus/ Highly Active Antiretroviral Therapy / Associated Metabolic Syndrome: Clinical Presentation, Pathophysiology and Therapeutic Strategies, The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, vol.88, p 1961-1976, May 2003. 2.CABALLERO, C.R; REQUENA, L , SANMARTIN, O; BOTELLA, R. Histopathologic Findings of Granuloma Caused by Polymethylmethacrylate Microspheres, Archives of Dermatology, vol. 139 , p 1505 , 2003 3.BUTLER, P; ABOOD, A.M.A, ONG, J. Facial Atrophy in HIV-related Fat Redistribution Syndrome - A Plastic Surgical Perspective on treatment option and a look to the future , International Journal of STD and Aids, 17 (4) / 217-220, Abril 2006 4.McCLELLAND, M.M.S; EGBERT, B; HANKO, V. Evaluation of Artecoll Polymethylmethacrylate Implant for Soft Tissue Augmentation: Biocompatibility and Chemical Characterization , Plastic and Reconstructive Surgery, vol 100, p 1466-1474, Nov. 1997 5.VITERBO, F; BOTTINI, V; MAZZONI, M.A.T. Reação inflamatória e estudo da migração de micropartículas de PMMA no subcutâneo dos ratos, 2005 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 COMPLICAÇÕES E CONDUTAS EM IMPLANTES MAMÁRIOS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Tatiana T. Tournieux MD CO-AUTORES Filipe Volpe Basile MD Henrique N. Radwanski MD Ivo Pitanguy PhD, Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. DESCRITORES Complicações, Implantes, Mamários INSTITUIÇÃO Instituto Ivo Pitanguy - 38 Enfermaria da Santa Casa do Rio de Janeiro Rua D. mariana 181 ap 105Botafogo, Rio de JaneiroBrasil INTRODUÇÃO ÍNDICE Inclusão de implantes mamários é um dos procedimentos mais comumente realizado pelo cirurgião plástico. A Infecção após este procedimento é um evento incomum, mas muito temido pelos cirurgiões. A literatura mostra incidência variando de 2 a 3,5% em cirurgias estéticas (1) e de 1-24% em cirurgias reconstrutoras (5), no entanto pouca informação sobre o manuseio adequado está disponível. A necessidade de proporcionar um tratamento efetivo, e de baixa morbidade para o paciente de cirurgia estética, pouco acostumado a complicações, tem motivado um número cada vez maior de cirurgiões a tentar iniciar o tratamento da infecção peri implante de forma conservadora, mantendo a prótese in loco. Não existe consenso em relação a conduta mais adequada nestes casos. O presente trabalho tem como objetivo analisar como foram conduzidos casos de infecção pós inclusão de implantes mamários no Instituto Ivo Pitanguy. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Avaliaram-se retrospectivamente 565 casos de inclusão de implante mamário (1110 próteses), no período de janeiro de 2003 a junho de 2006 . Consideraram-se todos os casos de reintervenções para retirada, troca, relocação ou revisão do implante, e destes, quais foram por infecção. Assim como os casos de infecção que responderam adequadamente ao tratamento conservador. Medidas universais para profilaxia da infecção recomendadas pela NNIS (National Nosocomial Infections Surveillance System) do CDC foram adotadas. A Infecção foi classificada em leve (incluindo eritema, dor e calor local, sem secreção purulenta ou sinais sistêmicos), moderada (incluindo sinais ou sintomas sistêmicos assim como presença de secreção) e grave (obrigatoriamente inclui exposição da prótese) (1). As estratégias de tratamento foram divididas em 3 grupos. Grupo 1 Conservador (antibioticoterapia exclusiva e cuidados ambulatoriais); Grupo 2 Cirúrgico conservador com preservação do implante in loco (incluindo capsulotomia ou capsulectomia ou troca por um novo implante no mesmo tempo cirúrgico); Grupo 3 Cirúrgico com retirada do implante (retirada da prótese e re-inserção tardia, após 6 meses ou mais). A resposta ao tratamento adotado foi avaliada. RESULTADOS ÍNDICE A incidência de infecção no período foi 3,89% nas cirurgias estéticas e 18,7% nas cirurgias reconstrutoras (4 implantes). 93,2% dos implantes utilizados no período eram de poliuretano, assim como 25 (92,6%) dos 27 implantes (25 casos) que evoluíram com infecção. Observou-se ainda que 11 casos (44%) foram classificados como leve, 8 casos (32%) como moderada e 6 (24%) como grave. Dos casos leves 10 (90,9%) foram tratados como especificado no grupo 1 e 1 caso (9,1%) foi tratado como grupo 3. Dos casos moderados 6 foram tratados como grupo 3 (75%), 1 caso (12,5%) como grupo 2 e 1 (12,5%) como grupo 1. Dos casos graves 5 (83,3%) foram tratados com troca tardia de prótese (grupo3) e 1 (16,6%) com troca imediata (grupo2). O tempo de inicio dos sintomas variou de 2 ate 206 dias com media de 62 dias. O tratamento conservador foi tentado em todos os casos no período inicial. O menor tempo entre a inclusão e retirada do implante foi 20 dias (quadro mais grave) e o mais longo 2 anos, com media de 60 dias. A re-inclusão tardia foi realizada variando de 6 e 12 meses após com media de 7 meses. DISCUSSÃO ÍNDICE Infecção na presença de corpo estranho deve a priori ser tratada agressivamente. Neste serviço a conduta frente a cada caso guiou-se pela gravidade da apresentação. O presente estudo sugere que na ausência de infecção grave ou exposição do implante uma conduta mais conservadora com antibioticoterapia parenteral e cuidados locais com troca in loco da prótese pode ser suficiente, evitando o incomodo de manter a paciente sem o implante por um longo período. Esta claro ainda que, após qualquer sinal de refratariedade ao tratamento, a retirada da prótese se faz imperativa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Basile AR, Basile FV, Basile AVD Late infection following breast augmentation with textured silicone gel filled implants Aesthetic Surgery Journal 2005, May 25(3):249-54 2.De Lorenzi C. Successful treatment of acute periprosthetic breast infection with curettage, pulse lavage, and immediate device exchange. Aesthetic Plast Surg. 2005 SepOct;29(5):400-3. 3.Pajkos A, Deva AK, Vickery K, Cope C, Chang L, Cossart YE. Detection of subclinical infection in significant breast implant capsules. Plast Reconstr Surg. 2003 Apr 15;111(5):1605-11 4.Maurice Y. Nahabedian, M.D., Theodore Tsangaris, M.D., Bahram Momen, Ph.D., Paul N. Manson, M.D. Infectious Complications following Breast Reconstruction with Expanders and Implants Plast Reconstr Surg. 2003 Aug:467-74 5. Spear SL, Howard MA, Boehmler JH, Ducic I, Low M, Abbruzzesse MR. The infected or exposed breast implant: management and treatment strategies. Plast Reconstr Surg. 2004May;113,(6):1634-44. Figura 1 - Infecção Leve Figura 2 - Infecção Moderada Figura 3 - Infecção Grave Figura 4 - Reconstrução. Figura 5 - Reconstrução Infecção. TORACOBRAQUIOPLASTIA COM INCISÕES ELÍPTICAS DISTINTAS E SEM DESCOLAMENTO - NOTA PRÉVIA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Tatiana T. Tournieux MD CO-AUTORES Leandro da Silva Pereira MD Sergio Carreirão MD DESCRITORES TORACOBRAQUIOPLASTIA, INCISÕES, ELÍPTICAS. INSTITUIÇÃO Serviço Dr Sergio Carreirão Rua D. mariana 181 ap 105Botafogo, Rio de Janeiro, RJBrasil INTRODUÇÃO ÍNDICE Nos últimos anos a cirurgia do contorno corporal tem tido ainda maior importância pela alta freqüência de cirurgia bariátrica, conseqüentemente, as cirurgias pós-obesidade ganharam grande importância com aumento sensível de freqüência, inclusive retomando técnicas, que estavam em desuso, trazendo nova conotação aos especialistas. É relevante avaliar o paciente como um todo já que as cirurgias usualmente realizadas, isoladamente, não alcançariam a total satisfação do paciente. A lipodistrofia e a flacidez são esperadas no envelhecimento normal e na perda ponderal, principalmente aquelas que seguem a cirurgia bariátrica. O objetivo da cirurgia plástica neste contexto é fazer com que a paciente sintase bem dentro de suas individualidades. O sucesso depende da adequada seleção do paciente, avaliando-o como um todo, entendendo suas expectativas, respeitando os limites do paciente, do procedimento e da cicatrização. Varias técnicas para o tratamento da extremidade superior já foram sugeridas. O objetivo deste trabalho é propor uma nova forma de abordagem cirúrgica de uma técnica já classicamente estabelecida. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE RMC, 34 anos, paciente submetido a cirurgia bariátrica com perda de aproximadamente 60 kgs em 18 meses. Queixa-se principalmente da flacidez e lipodistrofia braquial e mamária (Fig 1,2 e 3). Considerava-se inicialmente realizar braquioplastia e mamoplastia redutora para o tratamento da pseudo-ginecomastia. Devido a insatisfação do paciente frente a cicatriz mamária em "T", propôs-se realizar uma cirurgia em região torácica lateral além da braquioplastia, na tentativa de poupar uma cicatriz mais evidente. Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 RESULTADOS ÍNDICE O paciente foi submetido à intervenção cirúrgica sob anestesia geral, com a duração de aproximadamente 3hs, recebendo alta hospitalar em 24hs. O procedimento cirúrgico tem como peculiaridade não fazer qualquer dissecção ou descolamento. O tecido a ser excisado foi marcado previamente sob manobra bidigital com forma elíptica em região braquial e outra elipse em região torácica lateral com seu maior eixo na linha axilar posterior. A incisão foi realizada em um ângulo obtuso com a fascia muscular, sem nenhum descolamento adicional com exposição de menos de 3 cm de largura da fascia muscular. Manteve-se uma ponte de ilha entre as elipses, a qual só foi incisada superficialmente no tempo cirúrgico da sutura, tornando-se então uma linha cicatricial continua, porém mantendo a quebra da cicatriz para melhor aspecto final de ferida operatória. A sutura final foi feita sem qualquer tensão para evitar aspecto final estéticamente indesejado; em 3 planos: profundo (subcutâneo), subdérmico e intradérmico. Curativo semi-compressivo para evitar espaço morto. (Fig 4 e 5).A abordagem da braquiotoracoplastia em elipses distintas sem descolamento mostrou-se eficaz, com resultado estético bastante aceitável, alta satisfação do paciente, baixa morbidade e curto período de convalescença. (Fig 6). Figura 1 - Fig. 4 Figura 2 - Fig. 5 DISCUSSÃO ÍNDICE A abordagem da braquiotoracoplastia em elipses distintas sem descolamento mostrou-se eficaz, com resultado estético bastante aceitável, alta satisfação do paciente, baixa morbidade e curto período de convalescença. (Fig 6). Figura 1 - Fig. 6 ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Pitanguy I., Dermolipectomy of the abdominal wall, thights, buttocks, and upper extremity, in Converse,J.M.; Recostructive plastic surgery 2nd edition 1977, pages 3800~3823 2. Hallock GG, Altobelli JA. Simultaneous brachioplasty, thoracoplasty, and mammoplasty.Aesthetic Plast Surg. 1985;9(3):233-5. 3.Hurwitz DJ, Holland SW. The L brachioplasty: an innovative approach to correct excess tissue of the upper arm, axilla, and lateral chest. Plast Reconstr Surg. 2006 Feb;117(2):403-11; discussion 412-3 4. Pascal JF, Le Louarn C. Brachioplasty. Aesthetic Plast Surg. 2005 Sep-Oct;29(5):423-9; discussion 430. 5. de Souza Pinto EB, do Amaral AG. Brachioplasty technique with the use of molds. Plast Reconstr Surg. 2000 Apr;105(5):1854-60; discussion 1861-5. Figura 1 - Fig. 6 USO DE EXPANSORES CUTÂNEOS NO TRATAMENTO DE SEQÜELAS DE QUEIMADURAS NA CABEÇA - SÉRIE DE CASOS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS | AUTOR Arthur Koerich d'AVILA MD CO-AUTORES PASSOLD, Eduardo Ivan MD ABDALLA, Stella Crescenti MD BINS-ELY,Jorge MD, PhD d'EÇA NEVES, Rodrigo MD DESCRITORES Seqüela de Queimadura INSTITUIÇÃO Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário Rua Assis Brasil 5177, Bairro: Ponta de Baixo - São José SCCEP: 88104-200 INTRODUÇÃO ÍNDICE Um dos principais avanços no tratamento das seqüelas de queimaduras foi a introdução dos expansores como opção terapêutica. Idealizados por Newmann em 1957, tornaram-se populares a partir de 1976, com Radovan, visando à reconstrução mamária1. Mais recentemente, sob as mais variadas formas e tamanhos, vieram somar-se ao arsenal terapêutico à disposição do cirurgião plástico no tratamento das seqüelas de queimaduras. Têm a propriedade de "produzir" tecido circunvizinho à área cicatricial, com características similares às do tecido original2. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram avaliados 4 casos de queimaduras em cabeça submetidos ao tratamento através da expansão tecidual seguido de cirurgia para ajuste dos retalhos. Caso nº 1: CCO, fem., 4 anos. Aos 2 anos de idade sofreu queimadura com álcool em face. A fim de reparar retração em hemiface direita e ectrópio labial, utilizou-se expansor na região submentoniana e submandibular. A válvula apresentou mau funcionamento um mês após a colocação do expansor, sendo substituída sob anestesia local. Cinco meses após a introdução, o expansor foi retirado e o retalho resultante pôde ser avançado de forma a melhorar o defeito previamente existente. Caso nº 2: EA, fem., 5 anos. Sofreu queimadura com banha quente aos 2 anos de idade em região fronto-temporo-parietal direita. Foram utilizados 2 expansores; por duas vezes houve necrose cutânea com exposição de um dos expansores, que necessitaram ser removidos (com reinserção dias após). Onze meses após a primeira cirurgia, os expansores foram retirados e procedeu-se o avanço dos retalhos de forma a reparar o defeito. Caso nº 3: AWN, masc., 22 anos. Queimadura com café quente em couro cabeludo com 1 ano e 8 meses de idade em região biparietal. Foram utilizados 2 expansores retangulares em plano subgaleal. Após 7 meses, os expansores foram removidos. Caso nº 4: JAFS, masc., 9 anos. Queimaduras aos 2 anos e 5 meses de idade. Implantado 1 expansor em couro cabeludo, em plano supragaleal. Após 7 meses pôde ser retirado. Não houve complicações. RESULTADOS ÍNDICE A fim de avaliar os resultados obtidos, são analisadas fotografias dos pacientes antes, durante e após o tratamento. Informações tais como volume do expansor utilizado, intercorrências durante as expansões e comentários pertinentes a cada caso serão expostos. DISCUSSÃO ÍNDICE O tratamento das seqüelas de queimaduras continua sendo um desafio para o cirurgião plástico. O uso de expansores teciduais trouxe uma opção de tratamento com resultados inigualáveis em determinadas situações. Trata-se de técnica relativamente simples, com resultados reprodutíveis e com pequena curva de aprendizado para o cirurgião3. Apesar de termos experiência ainda reduzida com tal método de tratamento, consideramos os resultados obtidos bastante satisfatórios, com melhora tanto funcional quanto estética. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ÍNDICE 1. Serra MCVF, Lima Jr EM. Tratado de queimaduras. Editora Atheneu, 2004. 2. Hudson DA et al. The use of serial tissue expansion in pediatric plastic surgery. Ann Plast Surg 54: 310-6, 2001. 3. Pitanguy et al. Repeated expansion in burn seqüela. Burns 28: 494-9, 2002. Figura 1 - Fig. 01 - Pré-operatório Figura 2 - Fig 2. Pós-Operatório RECONSTRUÇÃO DE MAMA IMEDIATA E RADIOTERAPIA ADJUVANTE INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Flavio Brayner Ramalho MD CO-AUTORES Cristiano Gonçalves Fleury Curado MD Edmar Soares Lessa MD Juliano Carlos Sbalchiero MD Márcio Augusto Tavares Paes Barreto MD DESCRITORES Reconstrução, mama, Radioterapia. INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva - Instituto Nacional do Câncer Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE A Reconstrução de mama é parte integrante do tratamento de pacientes submetidas à mastectomia. A Reconstrução imediata pode reduzir custo , facilitar a realização do procedimento cirúrgico, obter um resultado mais satisfatório, assim como produzir efeito psicológico positivo para as mesmas. Tem-se demonstrado melhor controle loco-regional e maior sobrevida livre de doença em pacientes com câncer de mama com axila positiva submetidas à radioterapia pós-operatória. Contudo, já estão documentados os efeitos deletérios - agudos e crônicos - da radioterapia sobre a reconstrução mamária. Neste estudo, avaliamos em um grupo de pacientes o impacto da radioterapia adjuvante após reconstrução imediata de mama. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Avaliamos retrospectivamente 11 pacientes com idade entre 28 e 58 anos (média de 39,8) tratadas com radioterapia após mastectomia radical modificada com reconstrução imediata. A dose total foi de 5000cGy divididos em 25 frações. Avaliamos técnica de reconstrução, evolução da terapia adjuvante, complicações e resultado cosmético obtido. ÍNDICE RESULTADOS O período médio de seguimento foi de 22 meses (11 - 40 meses). Sete pacientes foram submetidas a reconstrução com retalho miocutâneo de músculo reto abdominal (TRAM), três com expansor e uma com grande dorsal (GD) e prótese. Em nenhum caso houve necessidade de interrupção da radioterapia por toxicidade cutânea. Cinco pacientes apresentaram hiperpigmentação cutânea e duas descamação e prurido durante a radioterapia. Todas apresentaram regressão do quadro após tratamento conservador. Uma paciente apresentou celulite com melhora após antibioticoterapia. As pacientes submetidas reconstrução com TRAM e GD apresentaram boa evolução com elevado índice de satisfação, sem alteração de forma e volume da neomama após radioterapia. As duas pacientes submetidas à reconstrução com expansor não tiveram boa evolução. ÍNDICE DISCUSSÃO Radioterapia após mastectomia radical modificada com reconstrução imediata de mama é bem tolerada pelas pacientes e não é associada a aumento da incidência de interrupção do tratamento. Embora sejam conhecidos os efeitos deletérios da radioterapia sobre a mama reconstruída, principalmente no caso de implantes e expansores, a ponto de alguns autores contra-indicarem a reconstrução de mama imediata se a paciente necessitar de radioterapia adjuvante, nem sempre é possível prever esta necessidade, pois achados anatomo-patológicos pós-operatórios na peça cirúrgica podem revelar uma extensão maior da doença. Não foi evidenciado prejuízo no resultado funcional ou estético atribuído à radioterapia em pacientes submetidas a reconstrução com TRAM ou GD. Os efeitos da radioterapia são agudos (eritema, descamação) e crônicos, como fibrose, retração, atrofia dos tecidos. Talvez o tempo de seguimento e a pequena casuística sejam insuficientes para demonstrar os efeitos da radioterapia. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.MOTWANI SB, STROM EA, SCHECHTER NR. The impact of immediate breast reconstruction on the technical delivery of postmastectomy radiotherapy. Int J Radiat Oncol Biol Phys 2006; 03: 40-46 2.ASCHERMAN JA, HANASONO MM, NEWMAN MI, HUGHES DB. Implant Reconstruction in Breast Cancer Patients Treated with Radiation Therapy. Plast. Reconstr.Surg 2006; 117: 359-365 Figura 1 - Fig 1 Figura 2 - Fig. 20 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 RECONSTRUÇÃO DE VULVA COM UTILIZAÇÃO DE RETALHO FASCIOCUTÂNEO DA FACE INTERNA DA COXA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Priscilla Duarte Reis MD CO-AUTORES Priscilla Duarte Reis R1 de Cirurgia Plástica do IASERJ Ângela M C Maximiano Chefe de Equipe Técnica do Serviço de Cirurgia Plástica do IASERJ Eduardo Marques de Souza Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do IASERJ Luis Eduardo L R F Ematne R3 de Cirurgia Plástica do IASERJ Gustavo Re Colonheze R2 de Cirurgia Plástica do IASERJ DESCRITORES Reconstrução da Vulva INSTITUIÇÃO Hospital Central do IASERJ Av Henrique Valadares ,107 Pavilhão Cirúrgico 602, Centro Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE O câncer de vulva corresponde a menos de 1% das neoplasias malignas da mulher e 3% a 5% dos tumores malignos do trato genital feminino. Geralmente os tumores são diagnosticados em estágio avançado, sendo necessária vulvectomia com linfadenectomia bilateral na grande maioria dos casos. Portanto, o estudo de reconstrução da vulva com utilização de retalho torna-se importante devido ao melhor resultado estético e funcional para a paciente. Nosso trabalho procura enfatizar o bom resultado da utilização do retalho fasciocutâneo da face interna da coxa, baseado no pedículo ao redor da tuberosidade isquiática suprido pela artéria glútea inferior, para esta cirurgia. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram avaliadas as reconstruções de vulva realizadas pelo Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Central do IASERJ entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2005, tendo sido operadas 07 pacientes e analisadas as seguintes variáveis: idade, diâmetro da lesão, tabagismo, tipo de reconstrução e complicações pós-operatórias. Das pacientes operadas, 02 foram submetidas a fechamento primário, em 01 foi realizada enxertia de pele total e em 04 optamos pela reconstrução da vulva utilizando o retalho fasciocutâneo da face interna da coxa com fechamento primário da área doadora. A idade das pacientes variou entre 58 e 85 anos, o tempo médio de internação foi de 27 dias e a sondagem vesical foi realizada de rotina por aproximadamente 10 dias. Analisamos comparativamente os tipos de reconstruções de vulva com a qualidade final da cicatriz, a simetria, a presença de dor local e o tempo de retorno às atividades diárias. RESULTADOS ÍNDICE Dentre as pacientes submetidas ao fechamento primário, 01 apresentou deiscência parcial de sutura e a ferida cicatrizou por segunda intenção. No único caso de enxertia de pele houve necrose de uma pequena área do enxerto. Na primeira paciente submetida ao retalho fasciocutâneo ocorreu contaminação do retalho devido à retirada precoce do cateter vesical; realizamos novo cateterismo, desbridamento e antibiótico endovenoso por 10 dias. Os demais casos evoluíram sem intercorrências. DISCUSSÃO ÍNDICE Geralmente há uma tendência em utilização de fechamento primário pelos serviços de ginecologia e observa-se que a longo prazo o resultado tende a evoluir com estenoses e disfunções variáveis de natureza sexual. A enxertia simples de pele causa retrações locais. Os retalhos miocutâneos apresentam excesso de tecido no períneo causando grande desconforto e queixas por parte das pacientes. Analisamos as principais técnicas utilizadas no reparo após vulvectomia por neoplasia, enfatizamos o uso do retalho fasciocutâneo da face interna da coxa com pedículo inferior pelo melhor resultado funcional e estético. É um retalho que utiliza como ponto para localização do pedículo, com a paciente em posição ginecológica, a projeção cutânea da tuberosidade isquiática tendo como vascularização principal o ramo descendente da artéria glútea inferior. Este retalho é de fácil execução técnica podendo sofrer boa rotação de até 180º, com fechamento primário da área doadora sem sacrificar grupos musculares da coxa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1-McCraw JB, Massey FM, Shanklin KD, Horton CE. Vaginal reconstruction with gracilis myocutaneous flap. Plast Reconstr Surg 1976; 58: 176. 2- Wang T, Whetzel T. A fasciocutaneous flap for vaginal and perineal reconstruction. Plast Reconst Surg 1987; 80: 95-102. 3-Har-Shai Y. Blood supply and innervation of the supermedial thigh flap employed in one-stage reconstruction of the scrotum and vulva. An anatomical study. Ann Plast Surg 1984; 13: 504-511. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 RETALHO FASCIO-CUTÂNEO SUPRACLAVICULAR: RELATO DE CASOS/ SUPRACLAVICULAR FASCIO-CUTANEOUS FLAP: CASE REPORTS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | BIBLIOGRAFIA | AUTOR PEDRO DE ALBUQUERQUE LAPA MD CO-AUTORES ERNANDO LUIZ FERRAZ CAVALCANTI MD MARCO ANTÔNIO PINTO KITAMURA MD JOSÉ FERREIRA DA SILVA NETO MD RUI MANOEL RODRIGUES PEREIRA MD DESCRITORES RETALHO FASCIO-CUTÂNEO SUPRACLAVICULAR: RELATO DE CASOS SUPRACLAVICULAR FASCIO-CUTANEOUS FLAP: CASE REPORTS INSTITUIÇÃO INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP - RECIFE PERNAMBUCO - BRASIL Endereço: Rua da Baixa Verde, 287 / 604 Derby Recife-PE CEP 52010-250Tel: (81) 99741618 e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O tratamento cirúrgico das retrações cicatriciais por seqüelas de queimaduras é um desafio para a cirurgia plástica reconstrutiva, já que inclui a necessidade de múltiplos procedimentos, com alto custo em longo prazo, pobre perfil psicológico do paciente e necessidade de equipe multidisciplinar. As retrações mento-esternais extensas são deformidades extremamente limitantes para o convívio social, gerando diversas alterações funcionais, como limitações de mobilização cervico-facial, dificuldade respiratória e de oclusão bucal. De longa data são descritos retalhos eficientes no tratamento dessa entidade patológica, e nas últimas décadas vem se dando preferência aos retalhos fasciocutâneos, ilhados ou não, bem como retalhos livres1. Sabe-se através de estudos anatômicos em cadáveres que a região do ombro é irrigada por uma rica rede anastomótica proveniente da artéria circunflexa posterior do úmero, toracoacromial, supraclavicular, occipital e cervical. Dependendo da extensão do descolamento do retalho, uma boa parte de perfurantes são seccionadas, ficando o retalho com uma irrigação principal de padrão axial fascio-cutânea de ramos perfurantes descendentes da artéria cervical superficial, como descrito por Ferreira2. O retalho fascio-cutâneo supraclavicular se caracteriza por ser um retalho de uma extensão longitudinal considerável e sua rotação possibilita o tratamento cirúrgico de diversas regiões adjacentes, como o dorso, o ombro e a parede torácica anterior. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do Serviço de Cirurgia Plástica do Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira, em Recife, na utilização do retalho fascio-cutâneo supraclavicular em 3 pacientes com retrações cervicais pós queimadura neste ano de 2006. Todos os pacientes apresentavam deformidades importantes, limitantes às capacidades funcionais habituais, inclusive, no primeiro caso a paciente apresentava dificuldade em fechar a boca. Não foi realizado mapeamento prévio de pedículo vascular por ultra-sonografia com Doppler, como rotineiramente visto em diferentes trabalhos. A marcação cirúrgica se inicia com a identificação do provável trajeto do pedículo principal do ramo perfurante descendente da artéria cervical superficial, na face lateral do terço médio do músculo esternocleidomastóideo. O limite anterior seria uma linha desde a face anterior do braço à articulação esterno-clavicular, o limite distal o terço proximal do braço, na região deltóide, e o limite posterior na borda medial do músculo trapézio. Consideramos evitar desenhar o retalho em áreas com pele queimada. Após a liberação da brida por degola, realizamos o descolamento do retalho sem dificuldades, em plano subfascial, notando apenas uma maior aderência do mesmo ao nível da face posterior da clavícula por provável intersessão de fáscias. Transferindo assim o retalho à área receptora, tratamos a área doadora com enxerto de pele parcial após pontos de aproximação dos bordos à musculatura, minimizando bastante a área cruenta. Não houve qualquer sofrimento do retalho nos 3 casos descritos. No segundo caso houve perda de áreas de enxerto, que evoluiu para cicatrizes queloideanas. Obteve-se um bom resultado funcional e também estético, por ser um retalho pouco espesso. As figuras a seguir mostram alguns resultados obtidos. O retalho fascio-cutâneo supraclavicular demonstrou ser simples, de fácil execução, com uma curta curva de aprendizado, e que dispensa utilização de equipamentos de maior complexidade, sendo uma excelente opção cirúrgica. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1) PALLUA, N., MACHENS, H. G., RENNEKAMPFF, O., BECKER, M., AND BERGER, A. The fasciocutaneous supraclavicular artery island flap for releasing postburn mentosternal contractures. Plast. Reconstr. Surg. 99: 1878, 1997. 2) FERREIRA, L. M. Retalho fasciocutâneo supraclavicular: anatomia e aplicação clínica In: Robert Jan Bloch. Retalhos fasciais fasciocutâneos e osteomiofasciocutâneos. Editora Revinter, 2002. 3) CORMACK, G. C. and LAMBERTY, B. G. H. A classification of fascio-cutaneous flaps according to their patterns of vascularization. Br. J. Plast. Surg., 37: 80-7, 1984. 4) MATHES, S. J., AND NAHAI, F. Clinical Applications for Muscle and Musculocutaneous Flaps. St. Louis: Mosby, 1982. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 PERFURAÇÃO DO PALATO MOLE SECUNDÁRIA AO USO DE COCAÍNA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Filipe Volpe Basile MD CO-AUTORES Tatiana T. Tournieux MD Henrique L. Cintra MD DESCRITORES palato mole secundario INSTITUIÇÃO Instituto Ivo Pitanguy Rua Almirante Sadock de Sá, 216 ap 308Ipanema, Rio de Janeiro INTRODUÇÃO ÍNDICE A cocaína é uma substância química estimulante que afeta diretamente o cérebro. Estimase que 2 milhões de americanos sejam dependentes químico de cocaína hoje. No Brasil não há dados disponíveis, mas o problema é da mesma grandeza. O uso abusivo de cocaína pode causar complicações sistêmicas graves e ainda o uso via oral ou a inalação podem conduzir a anosmia, rouquidão e a irritação do septo nasal. A cocaína age por efeito vasoconstrictor direto, com ação no tecido mucopericondral causando isquemia e inflamação crônicas (1). Com o uso continuado da droga podem surgir erosão, sangramento, infecção secundária, algum grau de déficit de cicatrização e até necrose. Lesões locais complexas secundárias ao uso oral ou nasal da cocaína podem ocorrer em toda mucosa nasofaringea.(2). Apesar da literatura conter diversas séries descrevendo lesões de mucosa acometendo septo nasal, palato anterior e faringe a descrição e tratamento de lesões de palato mole é bastante escassa. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE O presente trabalho apresenta dois casos consecutivos de lesão de palato mole na linha media em mulheres usuárias de cocaína por via nasal e oral. A metodologia de Casocontrole foi usada para identificar possíveis fatores de risco. O diagnostico diferencial e os princípios do tratamento utilizados são detalhados. RESULTADOS ÍNDICE O paciente 1 , sexo feminino, 25 anos de idade, com história de 8 anos de uso pesado de cocaína por via oral e nasal (figura 1). Não fazia uso por via endovenosa. O paciente 2, também do sexo feminino, 42 anos,com história de 4 anos de abuso de cocaína (figura 2). A idade média foi 33.5 anos e tempo médio de dependência da droga de 6 anos. O paciente 2 foi testado para ANCA (c e p) com resultado negativo no diagnostico diferencial para Granulomatose de Wegner. Ambos os casos evoluíram com algum grau de incompetência velofaríngea e dificuldade na fala (hipernasalidade e diminuição da intensidade vocal). Os defeitos tinham 5 X 7 e 4 X 6 cm respectivamente e ambos os casos apresentavam algum grau de erosão do palato duro associado mas sem perfuração septal. Figura 1 Figura 2 DISCUSSÃO ÍNDICE A revisão da literatura não mostra qualquer outro relato de perfuração extensa do palato mole secundária ao uso abusivo de cocaína. Relatos esporádicos de pequenos defeitos existem.(3) A analise do tipo caso-controle sugere que o gênero feminino possa ser um fator de risco para as lesões mucopericondrais por cocaína. Apesar de serem maioria nas series de perfurações apenas um terço dos usuários é do sexo feminino. Diferença nas concentrações plasmáticas de cocaína relacionadas ao sexo pode justificar esta maior incidência em mulheres(4). Uma avaliação mais extensa no entanto faz-se necessária. O procedimento cirúrgico eleito para o fechamento destes defeitos foi a técnica de Langenbeck com elevação de dois retalhos mucoperiostais bi-pediculados com incisões laterais de relaxamento e cuidadosa dissecção para liberar o retalho da musculatura elevadora do palato (figura 2). O objetivo é fechar o defeito em duas camadas na linha mediana com manipulação mínima dos tecidos (figura 3). O tecido danificado pela cocaína,diferentemente da palatoplastia convencional, é isquêmico e friável não resistindo a sutura sob tensão. As pacientes receberam alta hospitalar em 24 horas após a cirurgia sem qualquer complicação. Houve melhora na fala em ambos as pacientes e nenhum sinal de fistula após 6 meses pos operatórios. Por fim conclui-se que o uso continuado de cocaína por via nasal e oral deve ser incluído no diagnóstico diferencial dos defeitos na linha media do palato mole em adultos juntamente com as doenças infecciosas (sífilis e tuberculose terciária), trauma, e patologias imunológicas (Granulomatose de Wegener) (2). O principio do tratamento destes defeitos é priorizar procedimentos cirúrgicos conservadores. No entanto se o paciente já fora submetido a múltiplas cirurgias sem sucesso um retalho microcirúrgico radial de antebraço pode ser a melhor opção. (5). ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.Smith J.C , Kacker A, Anand V.K, Midline nasal and hard palate destruction in cocaine abusers and cocaine's role in rhinologic practice. Ear Nose Throat J. 2002 Mar;81(3):172-7. 2.Deutsch H.L, Millard R., A new cocaine abuse complex. Involvement of nose, septum, palate, and pharynx. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 1989 Feb;115(2):235-7. 3.Trimarchi M., Nicolai P, Specks U, Sinonasal osteocartilaginous necrosis in cocaine abusers: experience in 25 patients. Am J Rhinol. 2003 Jan-Feb;17(1):33-43. 4.Lukas S. E., Kragie L., Mendelson J.H., Sex differences in plasma cocaine levels and subjective effects after acute cocaine administration in human volunteers. Psychopharmacology. 1996 Jun;125(4):346-54 5.Marshall D. M., Amjad I., Wolfe S.A., Use of the radial forearm flap for deep, central, midfacial defects. Plast Reconstr Surg. 2003 Jan;111(1):56-64; IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DA REGIÃO SUBMENTONIANA NAS RITIDOPLASTIAS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Cristiane Todeschini MD CO-AUTORES Farid Hakme Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu. Bruno Von Glen Herkenhoff Residente do primeiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Faculadde de Nova Iguaçu. Bruno Alcuri de Souza MD Fernando Bianco MD DESCRITORES Tratamento, Submentoniana, Ritidosplastias. INSTITUIÇÃO HOSPITAL DA PLÁSTICA Rua Sorocaba 552 22271-110 - Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE A ritidoplastia é um dos procedimentos em cirurgia plástica que mais tem evoluído ao longo dos anos, proporcionando aos pacientes resultados cada vez melhores. A abordagem da região cervical é de suma importância no tratamento completo da face, visto que a flacidez cervical, a presença de bandas platismais aliadas ao excesso de gordura nesta região, constitui sinais óbvios de envelhecimento. A finalidade deste trabalho é apresentar os resultados que obtivemos em nosso serviço com o tratamento da região submentoniana, realizando técnicas que tratam o platisma e a gordura cervical e em alguns casos, inclusive o músculo digástrico Figura 1 - Pré-operatório. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram analisadas 54 pacientes do sexo feminino, entre 38 e 74 anos, no período de janeiro a junho de 2006, que se submeteram a ritidoplastia em nosso serviço. Das 54 pacientes abordamos a região cervical em 38 casos. Em 9 casos fizemos apenas lipoaspiração na região cervical e 7 pacientes não necessitaram de procedimentos na região cervical. Quando há necessidade de abordagem cervical o acesso é feito através de uma incisão de aproximadamente 4 cm, 3 mm atrás da prega submentoniana. É realizada lipoaspiração da região com cânula 2 ou 3 mm. A seguir, realiza-se descolamento com tesoura a fim de visualizar a porção medial do platisma. Faz-se a liberação das bandas platismais e ressecase a porção redundante das mesmas. Em 8 casos retiramos parte da gordura subplatismal que se encontrava em excesso. Em 2 casos ressecamos o ventre anterior do músculo digástrico. Realiza-se, então, a plicatura das bandas platismais com pontos separados de nylon 4.0, até o nível do osso hióide. Optamos sempre por abordar o submento antes da ritidoplastia propriamente dita. Em 9 casos utilizamos um implante de silicone no mento para dar mais definição a esta região. Não realizamos retiradas de pele. A sutura da pele é realizada com chuleio simples com nylon 4.0. RESULTADOS ÍNDICE Nos 38 casos analisados, em que associamos a ritidoplastia a procedimentos na região submentoniana, verificamos que as pacientes obtiveram um rejuvenescimento facial harmonioso. Pacientes jovens, apresentando somente acúmulo de gordura cervical, sem bandas platismais, que foram submetidas à lipoaspiração cervical isoladamente obtiveram resultados também muito satisfatórios. DISCUSSÃO ÍNDICE Em nossa experiência observamos que o tratamento da região cervical não só complementa a ritidoplastia, como é parte integrante deste procedimento cirúrgico, oferecendo às pacientes uma melhor definição da região mandibular. Em casos "borderline", nos quais há dúvida sobre o tratamento ou não da região cervical, nossa postura é a favor da execução desse procedimento cirúrgico, pois acreditamos que os resultados das ritidoplastias são potencializados sempre que o tratamento da região submentoniana é aliado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE ·Cardoso de Castro C. The Value of the Anatomical Study of the Platysma Muscle in Cervical Lifting. Aest Plast Surg 1984; 8: 7 ·Cardoso de Castro C., Aboudib Jr. J. H. e Rodrigues S. M. C. Ritidoplastia Cervicofacial Cirurgia Plástica SBCP. Editora Atheneu, São Paulo 2005; 52: 511. ·Connel B. F. and Shamoun J. M. The Significance of Digastric Muscle Contouring for Rejuvenation of the Submental Area of the Face. Plast Recontr Surg 1997; 99: 1586 ·Feldman J. J. Corset Platysmaplasty. Plast Reconstr Surg 1990; 85: 333 ·Hakme F. Problems in the Submental Region Following a SMAS/Platysma Face-Lift. Rev Centr Cir Plast Clín Integr 1982; 2: 517 Figura 1 - Pré-operatório. Figura 2 - Pós-operatório de 5 meses de ritidoplastia e tratamento da região submentoniana Figura 3 - Pré-operatório. Figura 4 - Pós-operatório de 3 meses de ritidoplastia, tratamento da região submentoniana e inclusão de implante de silicone no mento Figura 5 - Pré-operatório. Figura 6 - Pós-operatório de 3 meses de ritidoplastia, tratamento da região submentoniana e inclusão de implante de silicone no mento UTILIZAÇÃO DE RETALHOS MÚLTIPLOS PARA TRATAMENTO DE POLITRAUMA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Luiz Eduardo Mendonça Pereira MD CO-AUTORES Geraldo Antônio E. Scozzafave Mestre em técnica operatória e cirurgia experimental pela UNIFESP, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Preceptor/ Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste Jorge Luiz Abel Fellow do Colégio Internacional de Cirurgiões, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Preceptor/ Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste, Evandra de Moura Rabello Residente do 2º ano do Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste Antonio Pinheiro Filho Residente do 2º ano do Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste DESCRITORES retalhos, politrauma INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste Rua Cipriano Barata 1051 apto2091- CEP:04205-000Telefone: 11 61683599/11 92948689e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Politraumatizados, com perdas extensas de tegumento, necessitam de coberturas cutâneas adequadas para evitar seqüelas funcionais importantes que limitam sua capacidade laborativa. Os retalhos axiais são seguros na sua confecção, versáteis nas indicações e com resultados satisfatórios tanto funcionais quanto estéticos. A partir das décadas de 60 e 70, muitos retalhos e seus aspectos anatômicos foram estudados amplamente, proporcionando uma gama enorme na escolha do retalho necessário para corrigir o defeito resultante do trauma. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE O caso descrito foi atendido e acompanhado no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Heliópolis de junho de 1998 a janeiro de 2006 . RELATO DO CASO ÍNDICE JWL, 29 anos, pardo, masculino, moto-boy, vítima de acidente motociclístico com queda, seguida de atropelamento. Como resultado, houve ferimentos com perda de substância em região axilar direita, extensa, com exposição de estruturas nobres em oco axilar. Apresentou também, perda de tegumento em braço direito. Foi planejado fechamento das áreas cruentas, iniciando-se pela região axilar, através de um retalho paraescapular com o diâmetro de 20X11 cm, pediculado na artéria circunflexa escapular. O retalho foi rodado para a axila, cobrindo totalmente a porção cruenta da região. As áreas doadoras foram cobertas com enxertos de pele. Evoluiu satisfatoriamente, exceto por necrose da extremidade distal superior do retalho. Devido a mobilidade exigida para extensão e elevação do braço foi realizado um retalho delto peitoral( Barkanjian) pediculado no 2º, 3º e 4º arcos intercostais e rodado para a região axilar anterior,com evolução adequada . Seguiu-se no tratamento para correção da retração cicatricial existente na fossa cubital, optando-se pela realização de um retalho antebraquial (Chinês), pediculado na artéria radial com fluxo anterógrado ou direto, rodado para trás corrigindo a deficiência de extensão do antebraço. DISCUSSÃO ÍNDICE Com o conceito dos retalhos axiais descritos por McGregor e Morgan (1973), desenvolveuse técnica dos retalhos livres possibilitando a transferência de pele em um estágio único operatório mesmo com a grande distância existente entre a área doadora e receptora do retalho. Após os estudos anatômicos de FAN e col (1978), Guofan e col (1981) apresentaram um retalho centralizado sobre a artéria radial, denominado radial do antebraço e que se difundiu com o nome de retalho Chinês. No caso descrito, apesar da necessidade de mais de um tempo cirúrgico, os múltiplos retalhos devolveram ao paciente a capacidade funcional do membro afetado sem seqüelas, exceto pelo aspecto estético em algumas áreas, que entretanto, ficam na maior parte do tempo cobertas pelas vestimentas. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1)FAN, Y.G.; QUI, C.B.; ZI, G.Y.- Forearm free skin flap Transplantation. Natl. Med. J. China, 61: 139-45, 1981. 2)GUOFAN, Y; BAOQUI, C; YUZHI, G- Forearm skin flap transplantation. Natl. Med. J. China, 61:139-41, 1981. 3)McGREGOR, I.A. Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Demarcação do retalho chinês, Fig. 3 Figura 4 - Demarcação do retalho delto peitoral, fig. 4 Figura 5 - Demarcação do retalho paraescapular. Figura 6 - Resultado, fig. 6 O USO DO RETALHO VERTICAL DE MÚSCULO TRAPÉZIO INFERIOR PARA COBERTURA DE GRANDES DEFEITOS APÓS RESSECÇÃO RADICAL DE TUMORES DE ORELHA - SÉRIE DE CASOS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Gabriel Amoretti Gonçalves MD CO-AUTORES PASSOLD, Eduardo Ivan MD ABDALLA, Stella Crescenti MD BINS-ELY,Jorge PhD, MD d'EÇA NEVES, Rodrigo MD DESCRITORES Tumores, orelha INSTITUIÇÃO Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário - UFSC SC 403, Nº 6071 - APTO 102Bairro: Ingleses - Florianópolis SCCEP: 88058-970 INTRODUÇÃO ÍNDICE O trapézio é um grande músculo triangular bilateral e simétrico. Dividi-se em três terços. Classicamente sua vascularização consiste de um pedículo dominante e vários pedículos menores (tipoII), o ramo descendente da artéria cervical transversa, ramo principal, e perfurantes intercostais posteriores, pedículos secundários. Este conceito foi modificado por alguns autores (1,2), demonstraram que este retalho também possui outro vaso nutridor, a artéria escapular dorsal. Possuindo dois pedículos dominantes (tipo IV). É inervado pelo XI nervo craniano. As funções deste músculo se resumem a manter ao ombro em sua posição, auxiliar a levantá-lo e rotá-lo (principalmente seu terço superior) e aproximar as escápulas da linha média (terço médio). A técnica operatória se resume a demarcar a pele entre a escápula e a coluna longitudinalmente, e verticalmente entre o ombro e em torno de 5 cm abaixo da escápula, chegando-se a dimensões de 25x8cm. Levanta-se o retalho inferiormente, preservando a fáscia do músculo grande dorsal, e os músculos rombóides profundamente. Deve-se preservar o terço superior do trapézio, evitando seqüelas posturais. A área doadora é fechada primariamente. O retalho pode ser feito em um ou dois tempos (4). MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Entre setembro de 2005 a Junho de 2006 oito pacientes foram submetidos a ressecção radical de orelha associado a mastoidectomia, sendo que 1 paciente foi submetido a ressecção de dura-mater profundamente a mastóide. Todos submeteram-se a fechamento do defeito com retalho miocutâneo vertical inferior de músculo trapézio. Tinham entre 68 a 83 anos, 7 do sexo masculino e 1 do sexo feminino, todos brancos, 1 caso de carcinoma basocelular e 7 casos de carcinoma espinocelular. RESULTADOS ÍNDICE Todos pacientes sobreviveram ao procedimento, não houve caso de necrose total do retalho, um caso de necrose parcial. Um paciente apresentou deiscência de sutura da área doadora com deiscência parcial do retalho na área receptora associadas a infecção. Um paciente sofreu deiscência parcial, na área receptora isoladamente, associado a tração excessiva do retalho. DISCUSSÃO ÍNDICE Os grandes defeitos gerados por ressecções oncológicas de lateral da face e base do crânio são verdadeiros desafios para o cirurgião plástico. Neste contexto o retalho miocutâneo vertical inferior de músculo trapézio apresenta-se como uma excelente opção para a sua cobertura, pois apresenta-se como um retalho com um pedículo vascular seguro, com uma curva de aprendizado aceitável, e com um resultado funcional muito bom, além de apresentar um baixo índice de complicações graves. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Weiglein,A.H. and cols: Anatomic basis of the lower trapezius musculocutaneous flap. Surg Radiol Anat. 18 (4) 257-61, 1996. 2. Tan,K. and cols: External lower trapezius island myocutaneous flap: a fasciocutaneous flap based on dorsal scapular artery. Hand Reconst Surg 15(5)1758-63. 2002. 3. Ugurlu, K., and cols: Extended vertical trapezius myocutaneous flap in head and neck reconstruction as a salvage procedure. Plast. Reconst. Surg. 114(2): 339-50. 2004. 4. Hagan,K., Mathes,S.: Trapezius muscle and musculocutaneous flaps. In Grabb's Enciclopedia of flaps. 2º ed, Vol 1 Chap: Had and neck, pag. 461- 6, Lippincott-Ravens Pub. 1998. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 ADENOCARCINOMA POLIMORFO DE BAIXO GRAU EM REGIÃO NASAL: RESSECÇÃO E RECONSTRUÇÃO - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Maria Bianca Lopes Moreira CO-AUTORES Cláudio Cardoso de Castro MD José Horácio Aboudib MD Alexandre Fernandes Maciel MD Márcio Onida de Matos MD DESCRITORES Adenocarcinoma, polimorfo, ressecção, reconstrução. INSTITUIÇÃO Hospital Universitário Pedro Ernesto Av. 28 de Setembro, 77. Vila Isabel - Rio de Janeiro - RJ.CEP - 20551-031. INTRODUÇÃO ÍNDICE O adenocarcinoma polimorfo de baixo grau é uma neoplasia maligna que na maioria dos casos apresenta-se com curso clínico benigno. Freqüentemente acomete as glândulas salivares podendo envolver também e mais raramente a nasofaringe e o nariz. Este tipo de tumor possui prognóstico bom e as recidivas são incomuns, assim como as metástases. O objetivo deste relato é apresentar um caso atípico de adenocarcinoma polimorfo de baixo grau, no qual a doença desenvolveu-se de forma agressiva, apresentando recidivas recorrentes e resultando em mutilação nasal importante; e também expor os procedimentos cirúrgicos utilizados na reconstrução nasal. RELATO DO CASO ÍNDICE N. S. C., sexo feminino, 58 anos, parda, procurou o Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em julho de 2001, apresentando quadro de obstrução nasal progressiva à direita, sangramento nasal unilateral e dor local. Foi submetida a rinoscopia anterior e tomografia computadorizada de face, as quais evidenciaram o diagnóstico sugestivo de tumoração localizada no vestíbulo nasal. Realizou-se então a ressecção cirúrgica da lesão, por via endonasal, compreendendo a mucosa da parede nasal a direita. O laudo histopatológico mostrou a presença de adenocarcinoma polimorfo de baixo grau bem circunscrito na sua maior parte. Após o diagnóstico a paciente realizou screening laboratorial e radiológico sem obter alterações, e permaneceu em acompanhamento ambulatorial por 4 anos mantendo-se assintomática, até que, em julho de 2005, notou abaulamento na região nasal lateral direita, sendo submetida a videoendoscopia nasal , a qual indicou a presença de importante hipertrofia da cabeça do corneto inferior. Em outubro de 2005, foi submetida a nova ressecção endonasal do tumor. Porém dois meses após, apresentou nova recidiva. Sendo assim, em julho de 2006, realizou-se a rinectomia parcial a direita com reconstrução nasal imediata utilizando se : enxerto condrocutâneo retirado da concha auricular a fim de recompor a cartilagem triangular e mucosa nasal, retalho nasogeniano de pedículo superior a fim de se recompor o forro da cavidade nasal, enxerto de cartilagem auricular para a recomposição da cartilagem alar a direita, e por fim o retalho mediofrontal cobrindo os enxertos e o retalho nasogeniano A paciente evolui bem no pós-operatório, com os retalhos e enxertos viáveis. Após quinze dias realizou-se a ressecção do pedículo do retalho mediofrontal e a enxertia da área cruenta frontal. No momento planeja-se a terceira intervenção cirúrgica visando o refinamento estético nasal. DISCUSSÃO ÍNDICE A região nasal constitui um sitio raro de acometimento por esta neoplasia. A incidência de recidivas varia entre o a 30%, enquanto a incidência de metástases regionais e linfáticas é de aproximadamente 10%. A literatura expõe que o tratamento geralmente consiste em ressecção cirúrgica conservadora, o que não foi comprovado neste caso. Tratamentos adjuvantes não são recomendados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE (1) Slootweg PJ, Muller H. Low-grade adenocarcinoma of the oral cavity. A comparison between the terminal duct and the papillary type. J Craniomaxillofac Surg 1987;15:359-64. (2) Batsakis JG, Pinkston GR, Luna MA, et al. Adenocarcinomas of the oral cavity: A clinicopathologic study of terminal duct carcinomas. J Laryngol Otol 1983;97:825-35. Figura 1 - Fig 1. Figura 2 - fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 Figura 5 - Fig. 4 Figura 6 - Fig. 5 PTOSE PALPEBRAL - EXPERIÊNCIA DE 7 ANOS NO HOSPITAL MUNICIPAL BARATA RIBEIRO INTRODUÇÃO | OBJETIVO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS | AUTOR SHEILA PINHEIRO LEAL MD CO-AUTORES CLÁUDIO REBELLO MD ANGÉLICA ROCHA AMARAL MD MÁRIO AUGUSTO SOUTO FERREIRA MD THIAGO HENRIQUE DE ARAÚJO LINO MD DESCRITORES Ptose INSTITUIÇÃO SBCP RUA DR. OSCAR PIMENTEL 41/504 - TIJUCA - RIO DE JANEIRO RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE Ptose palpebral trata-se de afecção das pálpebras, que resulta do mau posicionamento da pálpebra superior, estando essa em nível inferior ao normal que é de 2mm abaixo do limbo superior da íris ao olhar para o horizonte, causando assim oclusão leve, moderada ou grave da abertura palpebral. Pode ser de causas congênitas ou adquiridas, sendo neurogênicas, mecânicas, aponeuróticas ou miogênicas. OBJETIVO ÍNDICE Demonstrar a experiência do Serviço de Cirurgia Plástica do H.M.B.R no tratamento da Ptose Palpebral de diversas etiologias. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram operados em nosso serviço 58 pacientes,no período de janeiro de 1999 a maio de 2006. A idade dos mesmos variou de 4 a 95 anos sendo 65 % mulheres e 35% homens, portadores de ptose palpebral de causas congênitas(40%) e adquiridas(60%). RESULTADOS ÍNDICE As Técnicas cirúrgicas utilizadas para correção foram: Blefaroplastia(36%); ConjuntivoMullerectomia(10%); Plicatura do músculo Elevador da pálpebra(16%) e Suspensão tarsofrontal com tensor da fáscia lata(38%). Foi possível através das técnicas utilizadas e seleção dos pacientes caso a caso, obter correção funcional e esteticamente adequadas. Não houve complicação que viesse a comprometer o resultado, encontramos equimose e edema em quase todos os casos em maior ou menor grau, todos sem repercussão importante. DISCUSSÃO ÍNDICE De modo geral, em nosso serviço, os pacientes com ptose por excesso de pele e gordura, são tratados por bleflaroplastia clássica acompanhada ou não de outro procedimento. Os que apresentam ptose leve a moderada com boa função do músculo elevador são submetidos a Conjuntivo_Mullerectomia; aqueles com ptose leve a moderada com média função do músculo elevador são tratados com encurtamento do músculo elevador ou reinserção do mesmo ao tarso. Pacientes com ptose congênita severa e pobre função do músculo elevador, são tratados com a técnica de suspensão frontal com fáscia lata. CONCLUSÃO ÍNDICE Os autores concluem que as técnicas consagradas para correção de ptose palpebral são bastante satisfatórias desde que o paciente seja selecionado adequadamente para cada uma delas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ÍNDICE 1. BOSNIAK, S. Principles and Practice of Ophthalmic Plastic and Reconstructive Surgery. 1 ed. Philadelphia, W.B. Saunders Company, 1996, pp 447-451. 2. Friedhofer, H. Figura 1 - FIGURA 1A -- PRÉ-OPERATÓRIO Figura 2 - FIGURA 1B-- PÓS-OPERATÓRIO Figura 3 - FIGURA 2A --PRÉ-OPERATÓRIO Figura 4 - FIGURA 2B-- PÓS-OPERATÓRIO RETALHO DE ABBÉ NO TRATAMENTO DO FISSURADO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Fernando de Nápole Azevedo MD CO-AUTORES Fábio Martins da Silveira MD Larissa Oliveira Rodrigues MD Gisele Amorim Zanato MD Roberto Kaluf MD DESCRITORES Retalho, Abbé, fissurado. INSTITUIÇÃO Hospital Geral de Goiânia - Goiás , serviço de Cirurgia Plástica Av. Anhanguera n° 6479 St Oeste CEP 74.110-010 Goiânia - Goiás INTRODUÇÃO ÍNDICE O retalho cruzado de lábio foi inicialmente descrito por Sabbatini (1838) e foi subseqüentemente modificado por Stein (1848), Buck (1864), Estlander (1872) e Abbé (1898). O retalho é basicamente composto pela transferência de pele, músculo e mucosa baseado em um pedículo contendo os vasos labiais inferiores. A sua indicação deve ser sempre considerada em pacientes que apresentam lábio superior tenso encurtado transversalmente em relação ao lábio inferior e nos que apresentam columela excessivamente curta, onde a retirada de qualquer tecido labial diminuirá ainda mais o volume do lábio superior. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Entre setembro de 2002 e julho de 2006, oito pacientes, com idade variando de 15 a 41 anos, foram submetidos a confecção do retalho de Abbé para tratamento secundário de fissuras lábio-palatais. Todos apresentavam seqüelas de fissuras labiais bilaterais completas, geralmente associadas ao encurtamento de columela. O retalho foi sempre colocado na linha média favorecendo a correção do filtro, arco de cupido e tubérculo filtral, além do alívio da tensão do lábio superior e alongamento de columela. O pedículo vascular labial inferior era seccionado com 21 dias sob anestesia local e sedação. RESULTADOS ÍNDICE Em todos pacientes houve um melhor equilíbrio entre os tecidos dos lábios superior e inferior, restabelecendo relação anatômica entre os mesmos e proporcionando melhora importante no perfil. O retalho de toda a espessura do lábio inferior também possibilitou a correção do filtro e do arco de cupido em boa parte destes pacientes. O retalho de Abbé proporcionou tecido, favorecendo o alongamento da columela e melhora da projeção da ponta nasal em alguns pacientes. Não houve necrose do retalho, infecção ou deiscência de sutura. As cicatrizes do lábio inferior e superior apresentaram-se de bom aspecto. DISCUSSÃO ÍNDICE O reparo dos defeitos do lábio superior está intimamente dependente da correção dos seguintes elementos: (1) a maxila, que é freqüentemente hipoplásica; (2) o alvéolo, que é deficiente junto com o assoalho nasal; (3) a columela, que é particularmente curta em fissuras bilaterais; (4) lábio inferior que tende a alterações compensatórias para o selamento labial. Uma avaliação do crescimento facial na dimensão antero-posterior deve ser feita porque pode ser necessária uma cirurgia do esqueleto (avanço maxila, enxerto ósseo) em adição a dos tecidos moles. A pele do retalho de Abbé apresenta textura e cor diferentes do lábio superior; além disso os pêlos são escassos e crescem em direção diferente do lábio superior. A cicatriz do lábio inferior, em alguns casos, pode tornar-se hipertrófica e aparente. Apesar destas desvantagens, quando bem indicado, o retalho de Abbé traz muito mais benefícios: o lábio inferior, que é frouxo e protuberante, cede tecido ao lábio superior, que é tenso, trazendo harmonia ao conjunto; existe semelhança entre arco de cupido e o retalho retirado do centro do lábio inferior, permitindo também a reconstrução do filtro; nos pacientes que apresentam columela excessivamente curta e lábio tenso, a retirada de qualquer tecido labial diminuirá ainda mais o volume do lábio superior, estando indicado o retalho de Abbé. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.MCCARTHY, J.G. Plastic Surgery. Philadhelfia, Pennsylvânia, v.4 p 2779 - 2785. 2.MÉLLEGA, J.M. Cirurgia Plástica Reparadora e Estética, São Paulo, SP, p. 283,284. 3.ASTON, R.B; TRORNE C. Grabb e Smith's Plastic Surgery, New York, NY, p. 273-275. 4.Simultaneos reconstruction of the secondary bilateral cleft lip and nasal deformity: Abblé flap revisited. Plast Reconstr Surg 2003; 112(5): 1219 - 1227 5.Modication of the Abbé flap for reconstruction of the vermilion tubercle and Cupid's bow in cleft lip patients. Plast Reconstr Surg 1997; 100(5):1371. Figura 1 - Pré-operatório, fig. 1 Figura 2 - Pré-operatório, fig. 2 Figura 3 - Pré-operatório, fig. 3 Figura 4 - Pós-operatório, fig. 1 Figura 5 - Pós-operatório, fig. 2 Figura 6 - Pós-operatório, fig. 3 USO DO METILMETACRILATO EM DEFORMIDADES CRANIOFACIAIS INTRODUÇÃO | MÉTODO | RESULTADO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Alexander Farinas Pinheiro MD CO-AUTORES Marcelo de Campos Guidi Fernando Fabrício Franco Eduardo Vilas Boas Braga Rafael Guiselli Lopes Fabiana Duarte Martins Leonardo Santos Barros Spencer DESCRITORES Deformidade Craniofacial INSTITUIÇÃO Instituto de Cirurgia Plástica SOBRAPAR Av. Sacramento, 518 ap103B CentroCEP: 13010-912 Campinas - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE Descrever especificamente o uso do metilmetacrilato em cinco pacientes com deformidades da calota craniana e ossos do terço superior da face, mostrar a versatilidade do material para pequenas falhas ósseas e até mesmo em grandes extensões onde a controvérsia para o uso destes materiais é maior, visto a maior chance de extrusões ou infecções com grandes placas destes biomateriais. MÉTODO ÍNDICE Análise Prospectiva de 7 Casos Clínicos, um caso decorrente de seqüela de encefalocele e quatro casos decorrentes de seqüela de trauma crânio-encefálico, operados com uso de metilmetacrilato para corrigir deformidades craniofaciais. RESULTADO ÍNDICE O uso do metilmetacrilato diminuiu o uso de enxertos ósseos, melhora do contorno craniofacial, alto grau de satisfação da equipe cirúrgica e dos pacientes apesar do pequeno tempo de seguimento. ÍNDICE CONCLUSÃO O uso parcimonioso destes implantes, associado a uma técnica rigorosa para seu manuseio no intra-operatório e ainda, uma cobertura do material com retalhos do periósteo sempre que possível, permitem um resultado satisfatório, rápido e seguro para estas cranioplastias. O uso do acrílico pode ser realizado de forma rápida e fácil, protege o crânio, realiza um bom preenchimento do defeito facial e traz um ótimo resultado estético. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Gosai AK, Persing JA. Biomaterials in the face: benefits and risks. J Craniofac Surg, 10:404-14, 1999. 2.Damien JD, Parsons JR. Bone graft and bone graft substitutes: a review of current technology and applications. J Appl Biomater, 2:187-208, 1991. 3.Sanan A, Haines SJ. Repairing holes in the head: a history of cranioplasty. Neurosurgery, 40(3):588-603, 1997. 4.Hammon WM, Kempe LG. Methyl metacylate cranioplasty: 13 years experience with 417 pacientes. Acta Neurochir, 25(1): 69-77, 1971. 5.Manson PN, Crawley WA, Hoopes JE. Frontal cranioplasty: risks factors and choice of cranial vault reconstructive material. Plast Reconstr, 77: 888-900, 1986. Figura 1 Figura 2 - Pré e Pós-operatório - Resultado final 1 ano e 6 meses depois RECONSTRUÇÃO COM EXPANSOR TISSULAR EM REGIÃO CEFÁLICA PÓS AVULSÃO : RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS | AUTOR Dr. Wail Queiroz MD CO-AUTORES Eduardo Lange Hentschel MD Fernando Fernandez MD Raphael Braun Petty Pacheco MD Carlos Eduardo Teixera Pouza MD DESCRITORES Reconstrução expansor tissular região cefálica INSTITUIÇÃO Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Av. Washington Luiz , 382 - Gonzaga.Cep: 11050-000 Santos - S.P.- Brasil.Tel:(13) 97113600. INTRODUÇÃO ÍNDICE O traumatismo do couro cabeludo pode apresentar sérias conseqüências estéticas e funcionais. Retalhos de avanço e rotação entre outros são as técnicas mais freqüentemente utilizadas na reconstrução de áreas cruentas . Enxertos de pele e retalhos livres micro vascularizados também podem ser aplicados. Expansores de tecido estão indicados na reconstrução de áreas do couro cabeludo , mas o seu uso em regiões próximas a áreas cruentas é questionável. A principal complicação é a infecção da loja do expansor. Isto é geralmente causado, pela inoculação direta da flora bacteriana da pele durante a introdução do expansor ou extrusão deste. O objetivo deste relato é mostrar a reconstrução de área cruenta do couro cabeludo utilizando expansor de pele. RELATO DE CASO ÍNDICE Criança de 3 anos , sexo feminino , caucasiana, vítima de acidente automobilístico. Apresentando ferimento aberto de 12,5 X 12 cm em couro cabeludo . Recebeu tratamento com cefadroxil e rifampicina levando a formação de tecido de granulação ( figura 1). A paciente foi submetida a reconstrução da lesão, com a utilização de expansor semilunar de 700 mL ( 13,4 x 7,8 x 8,8 cm) e uma válvula circular de 22 mm sob anestesia geral ( figura 2). Uma incisão de 5 cm foi feita à 5 cm da borda da lesão. O descolamento foi realizado no plano sub galeal. Outra incisão foi realizada em região retroauricular esquerda para colocação da válvula. A expansão teve início no 21º dia, com sessões semanais, durante treze semanas- volume total de 910 mL ( figura 3) . A paciente foi então submetida a remoção do tecido de granulação e expansor sob anestesia geral. Na região expandida, incisões tranversas foram realizadas com o avanço do retalho afim de evitar tensão . Após seis meses de cirurgia, uma cicatriz de 2 cm podia ser vista( figura 4). Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 DISCUSSÃO ÍNDICE Expansão de tecido através de insuflação gradativa de uma prótese foi realizada após a sua introdução no tecido frouxo. Ferimentos extensos em couro cabeludo podem levar a sérios problemas estéticos e funcionais . Um grande número de cirurgias já foi descrito. O resultado global das reconstruções de couro cabeludo utilizando expansores de tecido é insatisfatório, especificamente no caso de defeitos extensos. A opção de utilizar expansores teciduais na proximidade de áreas cruentas é questionável devido ao risco de infecção. Nestes casos o uso de antibiótico terapia agressiva , remoção da prótese e avanço do retalho estão indicados . No entanto , em nossa paciente , a extensa área não permitiria o uso de pequenos enxertos corroborado pela sua pela sua restrita superfície corpórea . Portanto a utilização do expansor foi indicada , mesmo com a proximidade de uma área cruenta. A reconstrução com o uso de expansores teciduais requerem uma avaliação precisada área traumatizada e da adequada avaliação do tipo de expansor . O máximo de distensão do tecido por sessão foi em torno de de 10% do volume total do expansor. Um dos fatores limitantes em cada expansão foi a dor mencionada pela paciente. Após consulta a literatura não foi encontrado este tipo de indicação na literatura. REFERÊNCIAS ÍNDICE 1.Kazanjian VH, Webster RC. The treatment of extensive losses of the scalp. Plast Reconstr Surg. 1946;1:360 2.Ohmori K. Free scalp flap. Plast Reconstr Surg. 1980;65(1):42-9 3.Mason AC, Davison SP, Manders EK. Tissue expander infections in children: Look beyond the expander pocket. Ann Plast Surg. 1999;43(5):539-41 4. Argenta LC, Watanabe MJ, Grabb WC. The use of tissue expansion in head and neck reconstruction. Ann Plast Surg. 1983;58(1):31-7 5.Guzel MZ, Aydin Y, Yucel A, Hariri S, Altintas M. Aesthetic results of treatment of large alopecia with total scalp expansion. Aest Plast Surg. 2000;24(2):130-6 RECONSTRUÇÃO TARDIA DE MANDÍBULA COM FÍBULA MICROCIRÚRGICA EM PACIENTES PREVIAMENTE RECONSTRUÍDOS COM RETALHO LIVRE DE MÚSCULO RETO-ABDOMINAL INTRODUÇÃO | OBJETIVO | CASO 1 | CASO 2 | DISCUSSÃO | AUTOR Maria Helena Nascimento de Lima MD CO-AUTORES Sandra Araújo Baião Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa e da SBCP Cristiano Gonçalves Fleury Curado Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa e da SBCP Juliano Carlos Sbalchiero Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa. Membro Titular da SBCP Paulo Roberto de Albuquerque Leal PhD, Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa. Membro Titular da SBCP; TCBC; FACS DESCRITORES Reconstrução, mandíbula INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer (INCA-MS) Rua Alzira Brandão 11/404Tijuca - Rio de Janeiro -RJBrasilCep: 20520-070 INTRODUÇÃO ÍNDICE A reconstrução de grandes defeitos de cabeça e pescoço após ressecção por câncer continua a ser um desafio4. A transferência de retalhos livres tem sido nos últimos 20 anos uma excelente escolha para reconstrução desses defeitos1. A reconstrução anatômica da mandíbula constitui, em si, uma tarefa árdua para o cirurgião, tendo em vista a complexidade da função da mandíbula3. Uma vez que uma reconstrução microcirúrgica já tenha sido realizada, pode ser necessária a utilização de outro retalho livre de nova zona doadora2. OBJETIVO ÍNDICE Relatar dois casos de pacientes operados em nosso serviço, nos quais foi realizada reconstrução microcirúrgica tardia de mandíbula com fíbula após utilização prévia do retalho livre do músculo reto-abdominal. CASO 1 ÍNDICE Paciente de 48 anos, sexo masculino, tabagista e etilista, apresentou lesão ulceroinfiltrativa acometendo assoalho de boca com invasão da mandíbula. O diagnóstico histopatológico revelou carcinoma espinocelular. Submetido a glossopelvemandibulectomia incluindo lábio inferior e todo o mento. Realizada reconstrução imediata do defeito com retalho livre de músculo retoabdominal. Após dois anos, foi submetido a reconstrução de mandíbula com retalho microcirúrgico de fíbula. Figura 1 Figura 2 ÍNDICE CASO 2 Paciente de 43 anos, sexo masculino, tabagista, apresentou lesão vegetante e ulcerada em rebordo alveolar inferior bilateralmente com acometimento ósseo e extravasamento para pele, com diagnóstico histopatológico de carcinoma espinocelular. Submetido a pelvemandibulectomia segmentar poupando o lábio inferior e reconstrução imediata com retalho livre de músculo retoabdominal. Após 4 anos, submetido a reconstrução de mandíbula com retalho microcirúrgico de fíbula. Discussão: Com o aumento da sobrevida dos pacientes operados por câncer de cabeça e pescoço, vários pacientes podem precisar de uma reconstrução microcirúrgica secundária2. A taxa de sucesso de um primeiro transplante microcirúrgico é próxima de 95%1, mas uma nova abordagem acarreta maior risco. Os pacientes relatados necessitaram complementação da reconstrução inicial por motivos estéticos e funcionais. Foram utilizados vasos receptores contralaterais. Como complicações os pacientes apresentaram infecção local e hematoma. Concluímos que uma reconstrução secundária pode ser realizada, em casos bem selecionados embora com maior dificuldade técnica e maiores índices de complicações. Figura 1 Figura 2 DISCUSSÃO ÍNDICE 1-PODRECCA S. et al. Review of 346 patients with free-flap reconstruction following head and neck surgery for neoplasm. J Plast Reconstr Aesthet Surg 2006; 59(2):122-9. 2-NAKAYAMA B. et al. Usefulness of a first transferred free flap vascular pedicle for secondary microvascular reconstruction in the head and neck. Plast Reconstr Surg 2002 Apr 1;109(4):1246-53. 3-BRAGA-SILVA J. et al. Mandibular reconstruction: conduct of osseous integrated implants of iliac crest and fibula free flaps. Ann Chir Plast Esthet 2005 Feb; 50(1): 49-55. French 4-HUANG R. et al. Microvascular reconstruction of composite defects of the mandible and lip: aesthetic and functional considerations. Laryngoscope 2000 Jun; 110 (6):1066-9. 5-URKEN Mark L. et al. Oromandibular reconstruction using microvascular composite flaps: report of 210 cases. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 1998Jan; 124(1):46-55 MODELAR O TRAM NO TEMPO ABDOMINAL PERMITE MAIOR CONTROLE E SEGURANÇA QUANTO A LESÃO DE PERFURANTES / SHAPING THE TRAM FLAP STILL IN THE ABDOMEN ALLOWS BETTER CONTROL, PREDICTABILITY AND LESSER RISK OF DAMAGE TO THE PERFORATORS. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Sebastião Tomaz Oliveira Junior MD DESCRITORES TRAM, modelar, lesão, perfurantes. INSTITUIÇÃO Centro de Referencia da Saúde da Mulher - Hospital Perola Byington R. do Rocio, 423 cj 312 CEP 04552-000 INTRODUÇÃO ÍNDICE Visando obter maior controle e previsibilidade no longo prazo nas reconstruções mamárias com o retalho miocutâneo do m. reto abdominal, o autor propõe que se lhe trabalhe o formato ainda no tempo abdominal, permitindo visualização tridimensional mais ampla que após o retalho ter migrado pelo túnel do tórax e porquanto maior segurança no fechamento do ângulo diedro formado pelas vertentes da região periumbelical. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Aplicou - se a técnica descrita ( TRAM bipediculado montado no abdome em pacientes sem comorbidades e IMC ao redor de 25 ) em 22 casos consecutivos operados pessoalmente, enfatizando as variáveis durante a montagem: projeção, volume, ptose, localização do sulco submamário, irregularidades de superfície, posição do complexo aréolo-papilar ou ponto de projeção máxima do cone mamário, quando ausente. RESULTADOS ÍNDICE As 22 pacientes obtiveram boa simetria com relação à mama contralateral. Não houve necroses nesta serie, duas pacientes apresentaram esteatonecrose de pequena proporção necessitando revisão sob anestesia local. DISCUSSÃO ÍNDICE Além de proporcionar maior segurança e controle sobre o resultado no longo prazo, há o benefício de se poder planejar o preenchimento de lacunas teciduais na axila ou nos quadrantes mediais com segurança, principalmente nas imediatas, quando se pode comparar a peça produto da mastectomia com o retalho pré - moldado. Diminui-se a possibilidade de irregularidades tardias pela atrofia em um músculo irregularmente disposto sob o retalho dermogorduroso. Diminui-se também o tempo total de execução do procedimento, que girou em torno de 4 horas e 30 minutos, permitindo ate realizar mamoplastia contralateral se houver necessidade. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - Panettiere P, Marchetti L, Accorsi D, Del Gáudio GA. Aesthetic breast reconstruction. Aesth Plast Surg. 2002;26:429-435. 2 - Charanek, AM; Carramaschi, FR; Curado, JH. Refinements in transverse rectus abdominis myocutaneous flap breast reconstruction : projection and contour improvements. Plast Reconstr Surg. 2000;106:1262-1275. 3 - Gialacone, PL; Bricout, N; Dantas, MJ; Daurés, JP; Laffargue, F - Achieving symmetry in unilateral breast reconstruction : 17 Years experience with 683 patients. Aesth Plast Surg. 2002;26:299-302 4 - Graf, R; Biggs, TM - In search of better shape in mastopexy and reduction mammoplasty. Plastic Reconstr Surg. 2002;110:309-332 ( Discussion) Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 Figura 5 - Fig. 5 Figura 6 - Fig. 6 GANHOS FUNCIONAIS NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS MÃOS NA EPIDERMÓLISE BOLHOSA INTRODUÇÃO | RELATO CASO 1 | RELATO CASO 2 | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Luiz Fernando Vieira Gomes Filho MD CO-AUTORES Luiz Mário Bonfatti Ribeiro Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Bruno Alcuri de Souza Residente do terceiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade de Nova Iguaçu. Bruno Von Glen Herkenhoff Residente do primeiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade de Nova Iguaçu Cristiane Todeschini Residente de primeiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade de Nova Iguaçu. DESCRITORES Ganhos Funcionais Tratamento Mãos Epidermólise Bolhosa INSTITUIÇÃO Não Informado Sorocaba, 552, Botafogo, Rio de Janeiro, R.J., CEP 000000-000 ÍNDICE INTRODUÇÃO A epidermólise bolhosa é uma síndrome rara cuja incidência é de 1/50000 nascidos vivos na forma dominante e de 1/300000 na forma recessiva, ou seja, na maioria dos casos é de transmissão genética. Caracteriza-se pela grande fragilidade da pele, que leva à formação de bolhas aos mínimos traumatismos ou até espontaneamente. Deve-se, nas formas distróficas, à mutação do gene COL7A1, responsável pela codificação do colágeno tipo VII, principal constituinte das fibrinas de ancoragem que participam na aderência da lâmina densa à derme. Toda pele do corpo e trato gastrointestinal pode estar comprometida, e as mãos, são particularmente afetadas. As repetidas cicatrizes levam a complicações como pseudosindactilia e contraturas capsulares das articulações. O seqüestro de exudato altamente protéico, e em algumas bolhas mais profundas, de sangue, leva à anemia e desnutrição graves. Infecções também são comuns. ÍNDICE RELATO CASO 1 Paciente E. B. M., 12 anos, com diagnostico de epidermólise bolhosa, apresentando deformidades nas mãos em "luva de boxe", impossibilitava o a capacidade de pinçar objetos. Foi operado, em outubro de 1988, tendo a mão direita submetida à abertura de todos os dedos, seguido de artrodese em posição funcional e autoenxertia /cutânea total. Evoluiu bem, sendo atingido o objetivo do tratamento. Em julho de 1990, foi submetido à novo tratamento cirúrgico, agora na mão esquerda. O ato operatório e a evolução clinica foram iguais à da cirurgia anterior. ÍNDICE RELATO CASO 2 Paciente A. F. F., nascida em 22/06/1988, submetida em dezembro de 2004 à tratamento cirúrgico da mão esquerda, com liberação do primeiro espaço interdigital sendo imobilizada com fios de Kirshner por 10 dias até a pega do enxerto cutâneo. Evoluiu bem, adquirindo a pinça da mão operada. ÍNDICE DISCUSSÃO A epidermólise bolhosa é uma síndrome que necessita de tratamento multidisciplinar para que se obtenha melhor prognóstico. A base fundamental do tratamento está na prevenção das lesões. Traumas, mesmo de menor intensidade, devem ser evitados. A cirurgia das mãos na epidermólise bolhosa é tecnicamente de difícil execução. A sindactilia associada à fragilidade tecidual exige precisão do ato operatório. A auto enxertia cutânea é sempre necessária e tem bons resultados. A rigidez articular é muito incidente, sendo assim, artrodeses diversas entre falanges e metacarpianos em posições funcionais previnem contraturas e ajudam a atingir o objetivo principal do tratamento cirúrgico, que é a obtenção da capacidade de pinça das mãos, proporcionando o máximo de funcionabilidade do membro acometido. Cuidados extras com a manipulação desta frágil cútis são sempre exigidos, a fim de evitar prejuízos ainda maiores ao paciente. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE De Paula EJL, Matar Jr R, Arima M. Reconstrução da Mão na Epidermólise Bolhosa. RBO, vol37, n° 6 - junho 2002, 219-25 Gurther TGR, Diniz LM, De Souza Filho JB,. Epidermólise Bolhosa distrófica Recessiva Mitis - Relato de Caso Clínico. An Bras Dermatol. 2005;80(5): 503-8 Fitzpatrick KTB, Dermatologia - Editorial Medica PanAmericana 6ª Edição 2006 Cartotto CR, Fish JS. Exfoliative Disorders. In: Plastic Surgery. Mathes SJ(Editor), 2nd Ed., Vol. 1:800-9 James WD, Berger T, Elston D, Andrew´s diseases of the skin clinical dermatology - Editora Elsevier Saunders. 10ª Edição Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE 38 CASOS DE MELANOMA CUTÂNEO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Bianca Silva de Lima MD CO-AUTORES Felipe Oliveira Duarte MD ABDALLA, Stella Crescenti MD Bins-Ely,Jorge MD, PhD d'EÇA NEVES, Rodrigo MD DESCRITORES Análise, epidemológica, malanoma, cutâneo. INSTITUIÇÃO Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário - Universidade Federal de Santa Catarina Rua Capitão Romualdo de Barros, 776 - apto 103 - Bloco CBairro: Carvoeira FLORIANÓPOLIS SC - CEP: 88040-600 INTRODUÇÃO ÍNDICE O melanoma é um tumor de melanócitos, podendo acometer pele, globo ocular, mucosas, meninges. Corresponde a 3 a 4% dos tumores malignos da pele, e apesar de ser o de menor incidência é o que apresenta maior morbi-mortalidade. Sua etiologia é multifatorial sendo fatores preponderantes a exposição ao sol (fator ambiental), pele clara (fator genético), nevos pré-existentes, nevos displásicos. O diagnóstico baseia-se na suspeição da lesão (assimetria, policromasia, bordos irregulares, diâmetro > 6mm), a condução do caso depende de uma adequada diagnose seu tratamento baseia-se nos critérios de estadiamento TNM. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE O estudo implicado é do tipo retrospectivo, descritivo, caráter quantitativo através da análise de 38 casos de melanoma cutâneo com diagnóstico histopatológico num período de janeiro de 2005 a julho 2006. Dados colhidos junto aos prontuários HU/UFSC e ao sistema patologia do hospital supracitado. O objetivo do presente estudo visa avaliar o perfil epidemiológico da população em estudo em comparação com a literatura mundial através de uma equiparação com as variáveis (idade, sexo, cor, Breslow, Clark, localização da lesão 1ª, TNM, tipo histológico e profissão) analisadas no protocolo simplificado melanoma (GBM) e avaliar as possíveis associações entre as variáveis estudadas. RESULTADOS ÍNDICE De um total de 38 pacientes atendidos no HU/UFSC no período de janeiro de 2005 a julho de 2006, houve uma afecção de mulheres (55,26%) e homens (44,73%). A distribuição quanto ao tipo histológico foi de melanoma extensivo superficial (42,10%) o mais encontrado.O Clark mais preponderante foi Clark II (28,9%), Quanto ao sistema TNM, o subtipo mais usual foi T1(28,94%).Quanto à localização das lesões primárias, tronco posterior 39,47%,couro cabeludo 18,4%foram os mais comuns. De acordo com a avaliação Breslow o mais recorrente foi breslow I(42,10%). Idade média 58,4 anos, profissão de maior risco(18,4%), enquanto 31 casos não se pode chegar a nenhuma conclusão, pois não constava no prontuário. Toda a amostra de 38 pacientes foi da cor branca (100%). DISCUSSÃO ÍNDICE Dos 38 casos da amostra houve um predomínio do sexo feminino com idade média 60,28 anos e no sexo masculino de 53 anos. Estes dados são semelhantes a relatos da literatura, GBM (20- 50 anos). Nos homens houve um predomínio do tipo extensivo superficial (55%) enquanto nas mulheres predomínio do tipo nodular(35%).Tanto nos homens quanto nas mulheres houve predomínio de localização no tronco. Em contrapartida, a literatura descreve um maior acometimento do tronco nos homens (46,8%) e nas mulheres maior nas extremidades inferiores (39,5%). Comparando-se os sexos, conclui-se que Breslow III, IV, V que cursam com pior prognóstico no sexo feminino há um maior número de acometidos 47,61% e no sexo masculino é de 41,17%. Já Martin e colaboradores mostram que homens têm uma taxa de melanoma mais profundo se comparados às mulheres. Quanto aos valores encontrados referentes ao TNM da lesão 1ª o estágio T1 foi o mais usual(28,94%). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Inca. 2005 Câncer de Pele melanoma. Instituto Nacional de câncer, 2005. 2.American Cancer Society. Melanoma Treatment Guidelines for Patients. 3ed. National comprehensive Cancer Network(NCCN), 2004. Figura 1 - Histológico, fig. 1 Figura 2 - Idade x Sexo, fig. 2 Figura 3 - Local Lesão, fig 3 Figura 4 - Por Sexo, fig. 4 Figura 5 - Distribuição segundo TNM SINDROME DE MADELUNG : TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA BENIGNA SIMÉTRICA DIFUSA EM TRONCO - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA | AUTOR Fabiano Gustavo Herrero de Azevedo MD CO-AUTORES Rodolpho Cardoso de Almeida MD Eduardo Favarin MD Marcio de Almeida MD Moris Anger MD DESCRITORES lipodistrofia benigna INSTITUIÇÃO SBCP Endereço: Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2743 ap 14 CEP 01401-000, São Paulo.Tel: (11) 9764-8844e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A Síndrome de Madelung é uma doença rara de etiologia desconhecida caracterizada por crescimento difuso de lipomas não encapsulados. Foi descrita em 1846 por Benjamin Brodie. Em 1888, Otto Madelung publicou a primeira série de 35 pacientes com "lipomatose cervical" (1). A manifestação primária da síndrome é uma deposição adiposa simétrica indolor situada na face, pescoço, ombros, tronco superior, braços, abdômen e pernas (1). A sua etiologia ainda é desconhecida, mas está intimamente relacionada com o abuso de álcool. Outras doenças relacionadas são o diabetes mellitus, hiperlipidemia (I, IV), hipotiroidismo, hiperuricemia, hepatopatia e polineuropatia de origem desconhecida (1). É recomendada que os pacientes sejam tratados do diabetes e abster-se do consumo de bebida alcoólica e tabagismo. Atualmente, o tratamento cirúrgico com excisão da massa de gordura é o tratamento mais efetivo para a doença. A lipoaspiração e lipectomia cirúrgica são os métodos usados. RELATO DE CASO ÍNDICE G.S.S., 38 anos, masculino, brasileiro, em acompanhamento no serviço de cirurgia plástica do Hospital Brigadeiro de São Paulo desde 12/2004 com o diagnóstico de Sindrome de Madelung , queixa de aumento volumetrico progressivo de região cervical, mamas, região pubiana e membros nos últimos 5 anos. Já havia sido submetido a 7 intervensões prévias de ressecção de gordura em axilas, braços e nuca (anátomopatológico de lipoma). É tabagista e etilista crônico. Foi investigado do ponto de vista endocrinológico, não sendo detectado nenhuma patologia deste caráter. Em setembro de 2005 foi submetido a procedimento cirúrgico em região de tronco, local onde mais o incomodava na ocasião. A anestesia foi geral com intubação guiada com fibroscopia. O procedimento cirúrgico limitou-se às mamas, na qual optou-se por mamoplastia à Turek (com enxerto de areolas) e região pubiano onde houve a ressecção de excesso gorduroso e de pele. As áreas de ressecção foram drenadas com dreno à vácuo fechado. O paciente permaneceu intubado em UTI por 24h após termino de procedimento, recebendo alta para enfermaria com 48h de pós-operatório. A alta hospitalar ocorreu após 7 dias do procedimento cirúrgico. Apresentou deiscência discreta de sutura de ambas mamas e sofrimento de enxerto de areola E que se contornou somente com curativos ambulatoriais. Quanto a região pubiana evoluiu com edema escrotal e peniano que regrediu com 2 meses de pós-operatório com uso de suspensório escrotal. REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ÍNDICE 1.J. M. Guilemany et al. : An aesthetic deformity: Madelung's disease. Acta OtoLaryngologica, 2005; 125: 328_/330. 2.V. Ugles ic´ et al. : MADELUNG SYNDROME (BENIGN LIPOMATOSIS): CLINICAL COURSE AND TREATMENT. Scand J Plast Reconstr Surg Hand Surg 2004; 38: 240-243 3.L Busetto et al : Differential clinical expression of multiple symmetric lipomatosis in men and women. International Journal of Obesity (2003) 27, 1419-1422 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 GINECOMASTIA :UMA NOVA ABORDAGEM PARA AS GRANDES GINECOMASTIAS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Pedro Pita MD CO-AUTORES Pedro Pita Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Patrícia Cabral Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Sérgio Pita Residente do segundo ano do Serviço de Cirurgia Plástica Dr. Ewaldo Bolívar de Souza Pinto `UNISANTA`. DESCRITORES Ginecomastia INSTITUIÇÃO Não Informado Rua Dr. Arnaldo de Carvalho 61 /25 , Campo Grande, Santos - SP, CEP-11075-430e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Este trabalho descreve uma nova técnica cirúrgica para tratar portadores de formas graves de ginecomastia e grandes ptoses mamárias no sexo masculino. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram operados 5 indivíduos de raça branca, com idade média de 25 anos, portadores de ginecomastia grave e grande ptose do complexo aréolo-mamilar (CAM). 1 - Assepsia prévia: os pacientes foram orientados a realizar assepsia três dias antes da cirurgia da região a ser operada com sabonete degermante; 2 - Os pacientes foram submetidos a anestesia geral; 3 - Marcação da linha de incisão conforme descrição abaixo , vide figura 1: Marcação do ponto "A" superior, determinado pelo pinçamento do CAM ptosado, para uma nova localização superior, corrigindo a flacidez da glândula. Marcação do ponto "B" na extremidade medial do sulco mamário (esternal); Marcação do ponto "C" na extremidade lateral do sulco mamário (axilar). A união dos pontos B, A e C formará um arco de convexidade superior que determinará a linha de incisão para formar um retalho de pedículo inferior com espessura de mais ou menos 1 cm, contendo pele, tecido gorduroso e CAM (fig.2). 4 - Ressecção do retalho de pele e tecido celular sub-cutâneo superior para determinar a nova localização do retalho de pedículo inferior contendo o CAM; 5 - Ressecção de todo tecido adiposo e glandular restante ; 6 - Hemostasia;7 - Colocação de dreno de aspiração contínua; 8 - Sutura em dois planos com fio de mononylon incolor 4-0; 9 - Curativo oclusivo com compressas e fraldas e faixas. CONCLUSÃO ÍNDICE O bom reposicionamento do complexo areolo-mamilar e a cicatriz resultante, bem como a facilidade para retirada homogênea do tecido pele, gorduroso e glândular foram as principais vantagens observadas pelo autor. As fotografias abaixo demonstram o resultado satisfatório obtido através da técnica descrita. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1-Modolin,M., et cols. Tratamento cirúrgico da ginecomastia com pedículos lateral e medial. Rev. Col. bras. cir;26(3):141-6,maio-jun.1999. 2- Dornelas,T.M., et cols. Tratamento cirúrgica da ginecomastia grau III. Ver. bras. cir;86(5):255-60,set-out.1996. 3-Pitanguy,I. et als. Ginecomastia. Rev. bras. Cir;76(5):311-20,set-out.1986 4-Valadão,C. Ginecomastia-apresentaão de nova técnica. Rev, bras. Cir;74(1):15-6,1984. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 MUDANÇAS EPIDEMIOLÓGICAS NAS FRATURAS DA FACE ATENDIDAS NO HOSPITAL SÃO PAULO / EPIDEMIOLOGIC CHANGES IN FACIAL FRATURES ADMITTED AT SÃO PAULO'S HOSPITAL INTRODUÇÃO | RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR TESSIE MARIA KRENISKI MD CO-AUTORES MAX DOMINGUES PEREIRA MD THIAGO LINGUANOTTO BIASI MD LYDIA MASAKO FERREIRA MD DESCRITORES EPIDEMIOLÓGICAS, FRATURAS, FACE, EPIDEMIOLOGIC, FRATURES INSTITUIÇÃO DISCIPLINA DE CIRURGIA PLÁSTICA (UNIFESP). RUA NAPOLEÃO DE BARROS, 715, 4º ANDAR. SÃO PAULO - SP INTRODUÇÃO ÍNDICE A epidemiologia das fraturas craniofaciais pode variar no tipo, freqüência, etiologia e gravidade, conforme o centro médico e o período estudados.1-3 A documentação permanente e sistemática dos casos atendidos com trauma craniofacial possibilita o conhecimento dos seus fatores de risco e a adoção de medidas preventivas eficazes.4 O objetivo do estudo foi monitorar a ocorrência de mudanças na epidemiologia das fraturas da face admitidas no último ano no Hospital São Paulo. RELATO ÍNDICE No período de junho de 2005 a junho de 2006 foram atendidos 207 pacientes - amostra 2 com fraturas da face no serviço de urgência do Hospital São Paulo. Realizada análise retrospectiva dos dados demográficos, mecanismo do trauma, localização das fraturas e tratamento dispensado, a partir dos prontuários médicos. Para a comparação foram utilizados os dados da população de 912 pacientes atendidos no período de maio de 1999 a maio de 2005 " amostra 1 " no mesmo serviço. No último ano (06/2005 a 06/2006) foram avaliados 207 pacientes consecutivos, o sexo masculino manteve a proporção de 3:1 com o feminino. O mesmo ocorreu em relação à raça caucasiana que predominou com 131 (63%) casos. A distribuição por faixa etária evidenciou uma redução no pico de ocorrência dos 20 aos 29 anos, de 33% para 25%, havendo uma distribuição mais uniforme e um aumento no número dos casos acima dos 40 anos. (Figura 1) As etiologias principais foram as quedas (28%) e os acidentes de trânsito (27,5%), contrastando com as da amostra 1 que eram as agressões físicas (29%) e os acidentes de trânsito (26%). A distribuição da etiologia por faixa etária mostrou as quedas como responsáveis pelas fraturas da face acima dos 40 anos, enquanto que na amostra 1, estas somente apareciam como causa principal após os 60 anos. Houve uma queda nas agressões físicas no grupo dos 20 aos 29 anos e uma queda no índice agressão:trânsito de 1,2 para 0,8 no grupo dos 10 aos 19 anos. (Figuras 2 e 3). A amostra 2 apresentou um total de 279 fraturas, permanecendo a ocorrência de modo isolado em 11% dos casos. A fratura da órbita manteve a predominância em 97 (47%) casos, observando-se um aumento das fraturas nasais de 33% para 40% e uma redução das fraturas da mandíbula de 24% para 18%. (Figura 4) Com relação ao tratamento, houve uma redução no índice cirúrgico:conservador de 1,4 para 0,75. Através do estudo foi possível observar que o grupo de risco para as fraturas da face atendido no serviço está mais velho, aparecendo as quedas como etiologia principal, inclusive entre as fraturas nasais que apresentaram um aumento. Os acidentes de trânsito ainda aparecem como importante causa, porém o menor impacto do trauma pode explicar a redução nas fraturas da mandíbula e a redução nos casos cirúrgicos. Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Hussain K, Wijetunge DB, Grubnic S, et al. A comprehensive analysis of craniofacial trauma. J Trauma 36:34-47, 1994. 2. Gassner R, Tuli T, Hachl O, et al. Cranio-maxillofacial trauma: a ten year review of 9543 cases with 21067 injuries. J Craniomaxillofac Surg. 31:51-61, 2003. 3. Sherer M, Sullivan W G, Smith DJ, et al. An analysis of 1423 facial fractures in 788 patients at an urban trauma center. J Trauma. 29:388-390, 1989. 4. Girotto J A, Mackenzie E, Fowler C, et al. Long term and physical impairment and functional outcomes after complex facial fractures. Plast Reconstr Surg. 108: 312-327, 2001. TRAUMATISMO ABDOMINO-PENO-ESCROTAL- AVULSAO EXTENSA RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Renata Mariotto MD CO-AUTORES Cassio Eduardo A. Raposo do Amaral MD Marcelo de Campos Guidi MD Paulo kharmandayan MD Cassio Menezes Raposo do Amaral (in memori) MD DESCRITORES avulsão externa INSTITUIÇÃO Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP Rua Guilherme da Silva n-53/ Apto 62-CambuiCampinas/SP- CEP13025-070e-mail: [email protected](019) 91182028//tel-(019)32343238 INTRODUÇÃO ÍNDICE Traumatismos com avulsão abdomino-peno-escrotal constituem eventos raros e de importante gravidade. Em geral, são decorrentes de acidentes com maquinarias agrícolas. A extensão da falha cutânea, a exposição testicular e do corpos cavernoso e esponjoso consistem em marcadores de morbidade e prognostico (1). MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Paciente J.V.T.de M. 5 anos, vitima de avulsão total da pele abdominal anterior, pênis e escroto por traumatismo em pivô de irrigação agrícola. Solicitado a família que retornasse ao local do acidente, onde foi encontrado e em seqüência encaminhado a unidade médicohospitalar, a pele e sub-cutâneo avulcionado em sua totalidade. Paciente foi submetido a enxertia (desengorduramento e lavagem exaustiva dos tecidos avulsionados) das áreas cruentas.(3) RESULTADO ÍNDICE Evoluiu afebril e com pega total do enxerto, porem com edema e distensão importante de prepúcio residual, contratura escrotal precoce e posicionamento inguinal dos testículos . Realizado pexia coxo-femoral de testículo D (para preservação de fertilidade) e implantação de dermoexpansor em região inguinal a E. Apos expansão tecidual procedeuse a rotação de retalho em conjunto com dermoexpansor para reconstrução de bolsa escrotal a E. Reconstrução de bolsa testicular a D foi realizada com autonomização, tubulização e translocação de retalho de prepúcio residual. DISCUSSÃO ÍNDICE A recuperação da pele e a enxertia imediata constituíram em fatores de fundamental importância para a redução da morbi-mortalidade decorrentes do traumatismo. A reconstrução anatômica escrotal foi realizada seqüencialmente e em passos (4) com excelência de resultado estético e funcional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1)Zanettini L.A., Fachinelli A., Fonseca G. P.- Int. Braz. J. Urol. 2005 May-Jun; 31(3): 2623. 2)Paraskevas K.I., Anagnostou D., Bouris C.- Int. Urol. Nephrol. 2003;35(4):523-7. 3)Cabral L., Teles L., Ferreira L.C., Cruzeiro C.- Acta Méd. Port. 1998 Feb;11(2):163-7. 4)Beretta G., Di Giuseppe P., Vacarella F., Marzotto M., Zanollo A.- Arch. Ital. Urol. Androl. 1994 Jun; 66(3): 143-9. Figura 1 - Pré-operatório Figura 2 - Pré-operatório Figura 3 - Pele e tecido celular subcutâneo avulcionados Figura 4 - Preparo de pele para enxertia (desengorduramento) Figura 5 - Ressultado após 16 meses de enxertia Figura 6 - Translocação de retalho prepucial para confecção de hemi-escroto à D ASSOCIAÇÃO DA FRATURA DA MAXILA COM OUTRAS FRATURAS DA FACE ATENDIDAS EM SETE ANOS (1999 A 2006) NO HOSPITAL SÃO PAULO / COMBINATION OF MAXILLARY FRACTURE WITH OTHER FACIAL FRACTURES ADMITTED IN SEVEN YEARS (1999 - 2006) AT SÃO PAULO,S HOSPITAL. INTRODUÇÃO | RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR LEANDRO BRUM DUTRA MD CO-AUTORES TESSIE MARIA KRENISKI MD MAX DOMINGUES PEREIRA MD LYDIA MASAKO FERREIRA MD DESCRITORES ASSOCIAÇÃO, FRATURA, MAXILA, FACE. INSTITUIÇÃO DISCIPLINA DE CIRURGIA PLÁSTICA (UNIFESP). RUA NAPOLEÃO DE BARROS, 715, 4º ANDAR. SÃO PAULO (SP) INTRODUÇÃO ÍNDICE Na literatura médica, as fraturas da face podem apresentar características diversas de acordo com a população e o período considerados1. A fratura da maxila, em geral, é estudada em conjunto com outras fraturas da face 2,3,4 . O objetivo do estudo foi traçar o perfil das fraturas da maxila atendidas em um centro médico universitário urbano e a sua associação com outras fraturas da face em um período de sete anos. RELATO ÍNDICE No período de maio de 1999 a maio de 2006 foram admitidos 88 pacientes com fraturas da maxila no serviço de urgência do Hospital São Paulo. O estudo consistiu na análise retrospectiva dos prontuários, buscando informações sobre os seus dados epidemiológicos, o mecanismo do trauma, o tipo e a localização das fraturas, lesões associadas e o tratamento dispensado. As fraturas da maxila tiveram o seu diagnóstico confirmado através da tomografia computadorizada e do intra-operatório, quando cirúrgicas. As fraturas da maxila foram classificadas de acordo com a sua localização e fraturas bilaterais foram consideradas individualmente. Em um período de sete anos (1999 a 2006) foram atendidos 88 pacientes consecutivos, sendo 71 do sexo masculino (81%), com predomínio de caucasianos em 57 (65%) casos. Na distribuição por faixa etária, o grupo dos 20 aos 39 anos compreendeu 45 (50%) pacientes. A etiologia mais encontrada foram os acidentes de trânsito, responsáveis por 46 (52%) casos, seguidos pelas quedas com 14 (16%) casos e pelos esportes com 12 (14%) casos. (Figura 1) Os pacientes apresentaram um total de 117 fraturas da maxila, sendo 62 (52%) tipo Le Fort I, 24 (21%) tipo Le Fort II, uma tipo Le Fort III e 24 (21%) alveolares superiores. A associação Le fort I e Le Fort II ocorreu em 14 pacientes. (Figura 2) As fraturas da maxila ocorreram de modo isolado em 23 (26%) casos e associado a outras regiões da face em 65 (74%). Essa associação ocorreu com uma única região em 38 casos e com duas ou mais regiões em 27 casos. A associação mais freqüente das fraturas da maxila se deu com as fraturas da órbita (64%), seguidas pelas fraturas da mandíbula (34%) e nasais em 17 (19%) casos. (Figura 3) A conduta cirúrgica foi adotada em 58 (66%) casos e a conservadora em 21 (24%) pacientes. A fratura da maxila foi a quarta fratura mais encontrada no período (8%), precedida pelas fraturas da órbita, nasal e mandíbula, nessa ordem. Os acidentes de trânsito, cujo grupo de risco são pacientes jovens, garantem o impacto necessário para a ruptura dos pilares da maxila. O mecanismo do trauma, semelhante ao das fraturas da órbita, também contribuiu com a alta taxa de associação com outras fraturas na face e com a grande porcentagem de casos cirúrgicos. Medidas preventivas específicas podem ser elaboradas a partir do estudo, visando a redução do número e da gravidade dos casos. Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - fig. 2 Figura 3 - fig. 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Gassner R, Tuli T, Hachl O, et al.Cranio-maxillofacial trauma: a 10 year review of 9543 cases with 21067 injuries. J CranioMaxillofac Surg 31:51-60, 2002. 2. Moshy J., Mosha HJ, Lema PA. Prevalence of maxillo-mandibular fractures in mainland Tanzania. East Afr Med J;73(3):172-5, 1996. 3. Mohammad HKM. An assessment of maxillofacial Fractures: a 5-year study of 237 patients. J Oral Maxillofac Surg 61:61-64, 2003. 4. Shere J L, Boole J R, Holtel M R, et al. An analysis of 3599 midfacial and orbital blowout fractures among4426 United States Army Soldiers, 1980-2000.Otolaryngol Head Neck Surg 130:164-70, 2004. HIDROSADENITE CRÔNICA SUPURATIVA INTRODUÇÃO | MATERIAL E METODO | RESULTADO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS | AUTOR Virmar Santana Ribeiro Soares CO-AUTORES João Passamani MD José Cezar Cassano do Nascimento MD Raimundo Luiz Inocêncio dos Santos MD Virmar Ribeiro Soares MD DESCRITORES hidrosadenite INSTITUIÇÃO Policlínica Geral do Rio de Janeiro Rua Barão de Lucena, 76, apto. 502 CEP: 22260-020, Botafogo, Rio de Janeiro - RJTel: (21) 2266-3001 (21) 2537-2860e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A hidrosadenite crônica supurativa é uma prolongada, periódica e inflamatória doença, desenvolvida de uma oclusão folicular com a formação de um abscesso inflamatório, gerando uma extensa cavidade fistular caracterizando uma cicatriz que atinge regiões como as axilares, glúteas, virilhas, genitais e mamárias. Os mais variados sinônimos (acne inversa, apocrinite, acne "triad" fistulante pioderma) demonstram as dificuldades em atribuir a correta classificação desta desorganização. A etiologia da hidrosadenite supurativa é desconhecida. Atualmente, é caracterizada por uma infundibulofoliculite com oclusão folicular indicando uma variante de acne. Desta forma, o nome acne inversa é apropriado. O segundo processo inflamatório inicia-se com o envolvimento das glândulas apócrinas e écrinas, provocando a formação precoce do abscesso e a fistulização com profunda extensão do orifício, conseqüentemente uma cicatrização retrátil e deformidades. As figuras heterogêneas e histológicas foram encontradas. A glândula apócrina foi envolvida em, pelo menos, 70 pacientes. 20 apresentaram oclusão focal. Outros 20 apresentaram foliculite simples sem oclusão poral; 11 com cavidade; 8 com cistos epiteliais; 5 com abscessos; 3 com apocrinite; 2 com inflamação dérmica difusa e 1 com granuloma piogênico e cicatricial. As cavidades foram diagnosticadas significativamente na presença da oclusão do poro ou cistos epiteliais. O grupo de controle, freqüentemente, revelou mudanças compatíveis com os estágios iniciais do envolvimento folicular. As glândulas apócrinas foram observadas mais comumente na região axilar do que na virilha. MATERIAL E METODO ÍNDICE A cronicidade da doença afeta psicologicamente o paciente, requerendo um acelerado tratamento curativo. Muitas terapias conservadoras não têm atingido efeito minimizador. Todavia, o tratamento cirúrgico tem sido o mais eficaz, envolvendo antibióticoterapia, enxertia de pele, ortomolecular e curativos em dias alternados. RESULTADO ÍNDICE Neste trabalho, apresento o caso já com evolução de 5 anos do nosso tratamento para uma doença com 26 anos de duração. Foi um trabalho árduo, mas com um resultado bastante gratificante e compensador para todos nós. CONCLUSÃO ÍNDICE A figura clínica da hidrosadenite supurativa abrange o extenso espectro histológico. Isto pode ajudar a explicar os problemas terapêuticos causados por essa doença. A patologia demonstra ser predominantemente folicular e a glândula apócrina aparenta ser primariamente envolvida em apenas uma minoria das regiões axilares. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ÍNDICE Dermatologia, 2ª Edição. Juvenal Esteves, Poiares Baptista e col. Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1992. Précis de Dermatologie et Venereologie. J.H. - Sampaio, Sebastião de Almeida Prado et al. Dermatologia. São Paulo: Artes Medicas, 2001. Figura 1 - Admissão Figura 2 - 30° dia Figura 3 - 60° dia Figura 4 - 300° dia Figura 5 - Alta Figura 6 - 5 anos de evolução LINFOCITOMA CÚTIS: RELATO DE UM CASO INTRODUÇÃO | OBJETIVO | LINFOCITOMA CÚTIS | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Andrey Van Ass Malheiros MD CO-AUTORES Ewaldo Bolivar de Souza Pinto Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto Residente do segundo ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO` Sergio Ricardo Pita Pessoa de Melo Residente do primeiro ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO. Luís Contin Neto Residente do primeiro ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO. Maurício Doi Estagiário do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO DESCRITORES Linfocitoma Cútis INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Ana Costa ,120 Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Os pseudolinfomas ou hiperplasias linfóides cutâneas são lesões inflamatórias da pele que simulam clínica e/ou histologicamente um linfoma maligno. Caracterizam-se por uma reação linfoproliferativa benigna, rara e de etiologia pouco conhecida. Sua origem está relacionada com a doença de Lyme, uso de fármacos como a fenitoína, acunputura, picada de insetos, vacinações, tatuagens, cicatrizes de herpes zoster e em muitos casos é idiopática. OBJETIVO ÍNDICE Relato de caso para a comunidade científica de uma afecção cutânea benigna, rara, que pode simular um linfoma de células B e em raro casos progressão para linfoma cutâneo maligno (0.5-1%). LINFOCITOMA CÚTIS ÍNDICE O linfocitoma cútis ou pseudolinfoma de Spiegler-Fendt é uma afecção linfoproliferativa B que clinicamente se manifesta em forma de uma ou mais lesões do tipo nodular. È uma enfermidade rara que pode aparecer em qualquer momento da vida mas é mais comum em adultos jovens e tem predominâcia pelo sexo feminino na proporção de 3:1. Clinicamente se trata de uma hiperplasia linfóide secundária a uma estimulação antigênica prolongada na zona em que se localiza o tumor. Preferencialmente se localiza na face e membros superiores. Normalmente se trata de lesão única, nodular ,elevada, de forma arredondada, de diâmetro variável (1 a 5 cm), de cor violácea, de superfície uniforme, não descamativa e não aderida a planos profundos. São sempre assintomáticas. A disseminação é rara e este caso recebe o nome de linfocitoma cútis miliar. A princípio é necessário recorrer a estudo hispatológico para confirmação diagnóstica podendo-se lançar mão da imunohistoquímica se necessário. O diagnóstico diferencial se faz com linfoma cutâneo, leishmaniose cutânea, nevus de Spitz, xantogranuloma juvenil, hemangioma, carcinoma basocelular e outros tumores dérmicos. O curso é crônico e pode durar meses a anos e tem uma pequena tendência a resolução espontânea sem deixar cicatriz residual. A infiltração com corticóides, criocirurgia, PUVA terapia, radioterapia e cirurgia são realatados como opções terapêuticas para aqueles casos que requeiram, por algum motivo, um tratamento imediato. RELATO DO CASO ÍNDICE Paciente B.R.J de 59 anos de idade, negro, nascido e residente em Guarujá-SP, Brasil. Deu entrada em nosso ambulatório em 05/06/06 com história de aparecimento de lesão de 2 cm de largura por 3 cm de comprimento em região frontal de couro cabeludo há 3 meses sem sintomas de prurido ou dor local. Realizado Biópsia incisional, cujo anatomo patológico foi caracterizado por Linfocitoma Cutis ( Fig. 1 e Fig. 2). Figura 1 Figura 2 ÍNDICE DISCUSSÃO Como já mencionado anteriormente o linfocitoma cútis pode simular um linfoma de células B , tanto histológica como clinicamente. È necessário diagnóstoco preciso dessas lesões para uma orientação terapêutica e prognóstica corretas. Sua importância se vale, ainda que em casos esporádicos,na possibilidade de evolução para um linfoma cutâneo em pacientes com lesões prévias nos mesmos locais onde foram diagnosticadas como hiperplasia linfóide beigna. Conclui-se que mesmo tratando-se de uma patologia benigna é necessário acompanhamento destes pacientes por longo prazo, a fim de diagnosticar e tratar precocemente os raros casos necessários. ÍNDICE BIBLIOGRAFIA 1- Lemus SMV, Alarcón H, Ruiz SM. Linfocitoma cutis. Reporte de un caso. Rev Cent Dermatol Pascua. Vol 12, num 12,May-Ago 2003. 2-Sagatys EBA, Kirk JFD, Morgan MBMD. Lynphoid Lost and Found . American Journal of Dermatopathology. April 2003, 25:2. 3- Cerroni L, Kerl H. Diagnostic immunohistology. Cutaneus lymphomas and pseudolynphomas. Seminars in Cut Med and Surg 1999; 18: 64-70. 4- Colic C, Leinweber B, Mulleger R, et al: Borrelia Burgdoferi associated lynphocitoma cutis: clinicopathologic, immunophenoypic and molecular study of 106 cases. J Cutan Pathol 2004;31 (3): 232-40. 5- Wood G. Enfermidades inflamatorias que simulan linfomas: pseudilinfomas cutaneos. Ed. 14 Interamericana. 2001: 1323-39. HIPÓXIA AUMENTA O EFEITO DE TGF-B 1 NA PRODUÇÃO DE COLÁGENO POR FIBROBLASTOS HUMANOS / HYPOXIA ENHANCES TGF-SS 1 EFFECTS ON COLLAGEN PRODUCTION BY HUMAN DERMAL FIBROBLASTS. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Gustavo Feriani MD CO-AUTORES Anelisa B Campaner MD Alfredo Gragnani MD Ronaldo Gonçalves MD Lydia Masako Ferreira MD DESCRITORES Hipóxia, aumenta, TGF-b 1, colágeno. INSTITUIÇÃO Trabalho realizado no Laboratório de Cultura de Células da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Rua Napoleão de Barros, n° 715, 4° andar.CEP: 04024-002. INTRODUÇÃO ÍNDICE O TGF Beta 1 e a diminuição da tensão tecidual de oxigênio são considerados fatores importantes na alteração da reparação tecidual, através do aumento na produção dos constituintes da matriz extra celular por fibroblastos, principalmente colágeno, sendo o quelóide um exemplo deste processo. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE A cultura de fibroblastos obtidos de peças cirúrgicas de quelóides foi cultivada até a subconfluência, incubada em meio sem soro por 48 horas, e então adicionado ou não TGFb 1 (5ng/ml) e submetidos a um período de 30 minutos de hipóxia. Fibroblastos de pele normal foram usados como controle e submetidos ao mesmo procedimento. A extração do material protéico foi feito com SDS a 2% com 0, 24 e 48 horas, avaliados através de eletroforese em gel de poliacrilamida. RESULTADOS ÍNDICE A presença apenas da hipóxia não levou às alterações na produção de colágeno, tanto no grupo controle quanto no grupo de estudo. O TGFb 1 estimulou a produção de colágeno tipo I apenas quando associado com a hipóxia. DISCUSSÃO ÍNDICE A associação da hipóxia e de TGF-b1 tem efeito sinérgico na produção de colágeno pelos fibroblastos derivados de quelóide em relação aos controles. O estudo sugere que a hipóxia seria um dos fatores locais que, associada aos fatores de crescimento e outras variáveis teriam papel desencadeador e/ou mantenedor do processo da formação do quelóide. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.KOONIN AJ. The aetiology of keloids: a review of the literature and a new hypothesis. South Afr Med J 1964; 38: 913-6. 2.DERYNCK R, JARRET JA, CHEN EY, EATON DH, BELL JR, ASSOIAN RK, ROBERTS AB, SPORN MB, GOEDDEL DV. Human transforming growth factor-b complementary DNA sequence and expression in normal and expression in normal and transformed cells. Nature 1985; 316: 701-5. 3.SPORN MB, ROBERTS AB, WAKEFIELD LM, ASSOIAN RK. Transforming growth factor-b: biological function and chemical structure. Science 1986; 233: 532-4. 4.FALANGA V, KIRSNER R. Low oxygen stimulates proliferation of fibroblasts seeded as single cells. J Cell Phisiol 1993b; 154: 506-10. 5.KEIRA SM, Ferreira LM, GRAGNANI A, DUARTE IS, BARBOSA. Experimental model for collagen estimation in cell culture. Acta Cirurgica Brasileira 2004; 19:17-22. Figura 1 - Fig. 1 EVOLUÇÃO DA LIPOABDOMINOPLASTIA NO SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA DR EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA E MÉTODO | RESULTADOS | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Kepler Alessandro Secco Lafayette MD CO-AUTORES Osvaldo Ribeiro Saldanha Membro titular da S.B.C.P. , Presidente da S.B.C.P., regente do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Sergio Ricardo Pita Pessoa de Melo Residente do segundo ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO Luís Contin Neto Residente do primeiro ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO. DESCRITORES Lipoabdominoplastia INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza PintoServiço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Washington Luiz 142, CEP 11050-200 Santos - SP - BrasilE-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Este trabalho demonstra a evolução da abdominoplastia no Serviço de Cirurgia Plástica "Dr Ewaldo Bolivar de Souza Pinto", e evidencia a mudança progressiva da abdominoplastia clássica para a lipoabdominoplastia no tratamento cirúrgico abdominal, e a padronização da mesma como técnica de eleição a partir de 2004. CASUÍSTICA E MÉTODO ÍNDICE Realizado estudo retrospectivo em 351 pacientes, operados por residentes no Serviço de Cirurgia Plástica "Dr Ewaldo Bolivar de Souza Pinto", entre 2002 e 2005, analisando dados sobre abdominoplastia clássica e lipoabdominoplastia (Gráfico 1). Figura 1 - Número de cirurgias realizadas no período de 2002 a 2005 RESULTADOS ÍNDICE Em 2002, (41 cirurgias abdominais) ocorreram cinco complicações: duas pequenas necroses de retalho, dois seromas e um hematoma em pacientes operados pela técnica clássica. No ano de 2003 foram realizadas 57 cirurgias, e ocorreram seis complicações na abdominoplastia clássica (duas pequenas necroses de retalho, três seromas e um hematoma). Não houve complicação nos casos de lipoabdominoplastia. Durante 2004, 112 cirurgias foram realizadas, houve dez complicações: uma epiteliólise de umbigo, dois seromas, uma necrose de retalho e uma deiscência de sutura na abdominoplastia clássica. Nas lipoabdominoplastias ocorreram: uma infecção de ferida operatória, duas pequenas necroses de retalho e dois seromas. Foram realizadas 146 cirurgias em 2005: 130 lipoabdominoplastias e 16 abdominoplastias clássicas. Houve 16 complicações: duas necroses de umbigo, três pequenas necroses de retalho, duas epiteliólises, cinco seromas e um hematoma nas lipoabdominoplastias. Já na abdominoplastia clássica, ocorreram três complicações: uma deiscência de sutura central, um seroma e um hematoma. CONCLUSÃO ÍNDICE Nas 351 cirurgias abdominais realizadas no serviço de cirurgia plástica "Dr. Ewaldo Bolívar de Souza Pinto", entre 2002 e 2005 foi encontrado 10,54% de complicações. Comparando os dados das complicações referentes a cada técnica cirúrgica usada, percebeu-se menor incidência destas na lipoabdominoplastia (7,75%) em relação à abdominoplastia clássica (15,96%) (Gráfico 2 e 3). Ao término deste estudo constatou-se que a lipoabdominoplastia é uma técnica cirúrgica com bons resultados e de fácil execução, mesmo para cirurgiões em formação. Apresenta menor índice de complicações pós-operatórias quando comparada à abdominoplastia clássica realizada no mesmo serviço. Figura 1 - Número de cirurgias X Incidência de complicações Figura 2 - Incidência de complicações por técnica cirúrgica BIBLIOGRAFIA ÍNDICE Souza Pinto EB; Almeida AEF; Knudsen AF et cols. A new Methodology in abdominal aesthetic surgery. Aesth Piast Surg 11: 213- 222, 1987. 2. Saldanha O. Lipoabdominolastia with selective and safe undermining. Aesth Piast Surg 27:2003. 3. Saldanha O. Lipoabdominoplastia. led. Rio de Janeiro: Di-Livros; 2004. 4. Saldanha OR. Star-shaped onphaloplasty. Annals of the International Symposium RAPS, São Paulo - 1990, p. 498-01. USO DE ENXERTO DE CARTILAGEM AURICULAR COMO SUPORTE EM PATOLOGIAS DA PÁLPEBRA INFERIOR - RELATO DE CASOS INTRODUÇÃO | MATERIAIS E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA | AUTOR Sylviane Lo King Tien MD CO-AUTORES Luiz Stenio Silva Lócio Jr. MD Bruno José Alcântara MD Eliana Maria Jiménez Díaz MD Maria Cristina Almenarez MD DESCRITORES enxerto, palpebra INSTITUIÇÃO Hospital Geral do Andaraí Rua Leopoldo 280, 6º andar Andaraí - Rio de Janeiro - RJ. CEP 20541-170 INTRODUÇÃO ÍNDICE A utilização de enxertos de cartilagem na reparação de deformidades palpebrais inferiores é largamente utilizado como alternativa técnicas nos casos de difícil solução. Através de um procedimento cirúrgico simples e com pequena cicatriz utilizamos a técnica descrita por Hashikawa1 em 1988 com o emprego de cartilagem auricular como suporte para a pálpebra inferior em 1 pacientes com ectrópio e 2 entrópio. MATERIAIS E MÉTODOS ÍNDICE O enxerto de catilagem é retirado através de uma incisão anterior na anti-hélix. Pequenas incisões são realizadas nas regiões cantais lateral e medial, sendo, então, confeccionado um túnel submuscular unindo as duas incisões através de dissecção romba. O enxerto de cartilagem é, então, posicionado neste túnel sedo fixado lateralmente e medialmente com pontos no ligamento cantal lateral e no periósteo respectivamente. Realizamos esse procedimento em três pacientes com ectrópio senil e grande flacidez cutânea que procuraram nosso ambulatório no último ano. RESULTADOS ÍNDICE Houve a pega total dos enxertos em todos os casos, sendo que em um deles foi necessária nova fixação lateral do enxerto após trauma local no pós-operatório imediato. Não observamos casos de infecção ou hematoma. Até o momento não se observou deslocamento ou reabsorção do enxerto. Houve resolução da patologia primária e observamos satisfação por parte dos pacientes, sem queixas em relação à cicatriz auricular. DISCUSSÃO ÍNDICE Vários enxertos de materiais autógenos têm sido utilizados como suporte da pálpebra inferior como fáscia lata, cartilagem septal, tarso da pálpebra superior, fáscia temporal e mesmo mucosa palatal. Outros materiais não orgânicos como fios de aço também são empregados. Em procedimentos de "suspensão", como os que utilizam, fáscia lata e fáscia temporal, o contato natural entre a pálpebra superior e a inferior é difícil de ser obtida devido à tensão na pálpebra inferior. O tarso superior, embora seja o substituto natural nesses casos, representa uma cirurgia combinada na pálpebra superior. A cartilagem septal é muito rígida para garantir o correto contato da pálpebtra com o globo ocular, de forma que entre esses materiais a cartilagem auricular se mostra a mais adequada, ao nosso ver, pois mimetiza a curvatura natural da pálpebra sendo macia e maleável. Em nossa experiência, no período do estudo, observamos resultados bastante satisfatórios. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA ÍNDICE 1) Hashikawa, K. M.D.; Tahara, S. M.D.; Nakahara, M. M.D.; Sanno, T. M.D.; Hanagaki, H. M.D.; Tsuji, Y. M.D.; Terashi, H. M.D. Total Lower Lid Support with Auricular Cartilage Graft. Plastic Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 RECONSTRUÇÃO DE VULVA, RELATO DE CASOS RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Paulo Roberto Botica do Rego dos Santos MD CO-AUTORES Antonio Carlos Iglesias MD Isabel Chulvis do Val MD Carlos del Pino Roxo MD Eliana Maria Jiménez Díaz MD DESCRITORES Reconstrução, vulva, relato. INSTITUIÇÃO Hospital Gaffré e Guinle, Hospital do Andaraí. Rua do Ouvidor, 161 Sala 611 (Centro)Rio de Janeiro (RJ) CEP 20040-030 RELATO ÍNDICE O reparo de defeitos perineais constitui um grande problema em pacientes que se submetem a uma vulvectomia. O câncer de vulva representa apenas 1% de todos os cânceres da mulher e 2%-4% dos tumores ginecológicos, mas exige ressecção de grandes áreas da genitália externa e das cadeias ganglionares adjacentes, dependendo da histopatologia e da extensão da lesão. A necessidade de uma adequada e, muitas vezes, agressiva ressecção oncológica da lesão neoplásica associada à prevenção ou diminuição das complicações no pós-operatório, levou a um grande desenvolvimento e aprimoramento das técnicas reconstrutivas nas últimas décadas, que tentam minimizar a desfiguração local e as conseqüências psico - sexuais após o tratamento cirúrgico. Foi realizada um análise retrospectiva de 11 casos de pacientes submetidas a reconstrução vulvar imediata após vulvectomia, no período de novembro de 2004 a julho de 2006, no Hospital Gaffrée e Guinle, no Hospital do Andaraí e clinica privada, utilizando diferentes técnicas. Todas as pacientes tinham diagnóstico de lesão tumoral e nos casos de doença mais avançada apresentaram algum tipo de intercorrência no pós-operatório, o que aumentou a morbidade da doença, sendo comum à maioria a deiscência com infecção secundária, porém com um resultado tardio satisfatório. Os casos estão resumidos na Tabela 1. A adequada reconstrução morfofuncional da vulva deve ser considerada como parte integral do tratamento de carcinoma vulvar, no entanto limitada pelas condições clinicas da paciente, tipo histológico, extensão da lesão e o tipo de ressecção. O tipo de reconstrução e de complicação pós-cirúrgica influencia negativamente o psiquismo da paciente, já abalado pela presença da doença, trazendo conseqüências psico - sexuais, e abre uma discussão sobre a indicação cirúrgica em reconstrução vulvar, tendo em conta que o conceito de ótima reconstrução é aquela que recobre o defeito na medida em que assemelha a anatomia regional de base, restabelecendo a função do órgão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE Moschella, Francesco; Cordova, Adriana. Innervated Island Flaps in Morphofunctional Vulvar Reconstruction. Plastic Reconstructive Surgery 105 (5): 1649-1657 (2000). 2. Hashimoto, Ichiro; Nakanishi, Hideki; The Gluteal-fold Flap for Vulvar and Buttock Reconstruction: Anatomic Study and Adjustment of Flap Volume. Plastic Reconstructive Surgery 108 (7): 1998-2005 (2001). 3. Giraldo, Francisco; Mora, Maria José; Anatomic Study of the Superficial Perineal Neurovascular Pedicle: Implications in Vulvoperineal Flap Design. Plastic Reconstructive Surgery 99 (1): 100-108 (1997). Figura 1 Figura 2 Figura 3 FIXAÇÃO MAGNÉTICA MALAR DO GLOBO OCULAR PARA O TRATAMENTO DO NISTAGMO/ MALAR MAGNETIC STABILIZATION OF THE OCULAR GLOBE FOR THE TREATMENT OF THE NYSTAGMUS INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Eugenio Gonzalez Cação MD CO-AUTORES Osvaldo Saldanha MD Fernando Fernandes MD Rodrigo Pessoa Marttelo de Souza MD Denis Aloísio Lopes Medina MD DESCRITORES Fixação magnética Nistagmo INSTITUIÇÃO Hospital Ana Costa Hospital Ana CostaRua Pedro Américo no 60, Bairro Campo Grande - Santos - SP INTRODUÇÃO ÍNDICE Nistagmo são abalos do globo ocular ao se movimentar no sentido horizontal e vertical. O nistagmo reflete um distúrbio ou desequilíbrio numa complexa rede neuronal que envolve as vias visuais, os labirintos, influências proprioceptivas provenientes dos músculos do pescoço, os núcleos vestibulares e cerebelares, a formação reticular do tronco cerebral pontino e os núcleos oculomotores. Devido a complexidade dos agentes causais e da dificuldade de tratá-lo, faz-se necessário procedimentos que atuem diminuindo a movimentação anormal do globo ocular . Diversos métodos terapêuticos foram empregados para conter a amplitude destes abalos. O método de contato material direto utiliza músculos e fios elásticos presos a esclera tendo como desvantagem a vinculação do material e o olho levando a interferências mecânicas de tecidos vivos e neoformações cicatriciais . O presente trabalho transporta um estudo experimental utilizando uma fixação móvel contínua e sem contato oferecida pela força magnética entre dois corpos.Tal estudo foi realizado no ano de 2000 envolvendo 54 cobaias de coelho, os implantes foram testados quanto as reações fisiológicas do material implantado, força de atração magnética, tipo de fixação e resposta clinica da fixação. Baseamo-nos nestes dados para a utilização na espécie humana. ÍNDICE CASUÍSTICA E MÉTODO Foram realizadas quatro fixações de conjuntos de placas magnéticas em dois pacientes um do sexo masculino com 23 anos e outro do sexo feminino, caucasianos portadores de nistagmo pendular congênito, os quais foram submetidos a registro fotográfico dinâmico do nistagmo; eletronistagmografias pré e pós operatórias e exames oftalmológicos para acuidade visual . As placas foram confeccionadas com imã de terra rara (Neodímio, ferro e boro) recobertos com níquel medindo 5 mm de diâmetro por 2,5 mm de altura , envoltos por 2 chapas de ouro maciço uma de 10 micrometros envolvendo a parte anterior do imã e outra medindo 35 micrometros desde a base do imã até o ápice encontrando a chapa anterior. Os pacientes foram submetidos à anestesia geral com entubação orotraqueal, a anti-sepsia foi feita com cloreximedina sabão, infiltração anestésica e adrenergica com marcaína a 0,5 % e adrenalina a 1/200000 5 ml. em cada pálpebra inferior . A incisão foi feita a 3 mm do rebordo ciliar , medindo 4 cm de comprimento , o descolamento foi feito supra muscular até o rebordo orbital, o periósteo foi incisado e rebatido 1 cm inferiormente e entrando dentro do assoalho da órbita por mais ou menos 1,5 cm , criando assim uma loja com base fixa para a inclusão da placa magnética, que ficou com os seus limites determinados pelo assoalho inferiormente e o periósteo e a gordura periorbitária superiormente, evitando com isso contato direto entre as placas do assoalho e a conjuntival. A fixação do implante na borda do rebordo orbitário foi feita através de parafusos de titânio auto rosqueantes. A placa foi recoberta com o periósteo suturado com mononylon 5-0. Os tecidos moles foram aproximados com mononylon 5-0 e a pele restaurada com pontos intradermicos de mononylon 5-0. A placa escleral foi implantada pela oftalmologia através de descolamento da esclera, anteriormente á inserção do músculo reto inferior. A placa foi fixada com cola de cianoacrilato em sua base e fios de seda 10-0 em pontos fenestrados nas bordas da placa. ÍNDICE RESULTADOS O paciente foi avaliado clinicamente tendo já no pos operatório imediato melhora significativa dos movimentos pendulares. A posição do pescoço outrora inclinada, posição que é comum nos casos de nistagmo, agora se centraliza e o olhar fixa melhor o ponto principal. O paciente após 15 dias referiu melhora da visão para longe. O exame oftalmológico demonstrou melhora dos parâmetros de dioptria e a eletronistagmografia demonstrou melhora dos traçados em todos os movimentos oculares. DISCUSSÃO ÍNDICE O Nistagmo não é uma patologia freqüente, porém causa distúrbios visuais e estéticos de difícil resolução. O método apresentado mostrou-se extremamente eficaz no tratamento do nistagmo no que tange ao comprometimento da movimentação ocular. A utilização do magnetismo como força antipendular controlou a movimentação anormal do globo ocular, limitando a amplitude da movimentação do globo ocular sem no entanto fixar estruturas nobres e sem promover compressão dos tecidos já que existe uma distância entre as duas placas o que permite a visão lateral; para cima e para baixo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Bicas HEA. Gerações de rotações binoculares combinadas em casos de perdas de ação muscular: mecanismos para conjugações rotacionais. Arq Bras Oftalmol. 1996;59(2):11928. 2. Carvalho LEMR. Nistagmo. Arq Bras Oftalmol. 1998;61(4):473-5. 3. Bicas HEA. Ajustamentos posicionais oculares e estabilizações do equilíbrio oculomotor sem impedir rotações. Arq Bras Oftalmol. 1998;61(3):294-304. 4. Bicas HEA. Cirurgia dos nistagmos [resumo]. In: 14° Congresso do Conselho LatinoAmericano de Estrabismo; 2000. Anais. São Paulo; 2000. p.109-16. 5. KLEINPAUL ER.Estudo histológico comparativo de implantes (ímãs) em órbitas de coelhas. Arq Bras Oftalmol. 2005;68(5):667-673. RECONSTRUCAO DE PAREDE ABDOMINAL , RELATO DE TRÊS CASOS. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Sandra Araujo Baião Mesquita Sousa MD CO-AUTORES Paulo Roberto de Albuquerque Leal MD Marcelo Moreira Cardoso MD Frederico Avellar da Silveira Lucas MD Marcio Augusto Tavares Paes Barreto MD DESCRITORES reconstrução, cirurgia, reconstrutiva, microcirurgia. INSTITUIÇÃO Instituto Nacional do Câncer, Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Microcirurgia Praça da Cruz Vermelha n° 23, 8°andar Centro Rio de Janeiro RJCEP20230-130 INTRODUÇÃO ÍNDICE A parede abdominal é uma estrutura musculoaponeurótica complexa que protege e restringe as vísceras abdominais, sendo sua integridade indispensável do ponto de vista funcional e estético. Sua reconstrução envolve diferentes graus de complexidade; na dependência da extensão e da profundidade do defeito. Este trabalho tem por objetivo apresentar 3 opções distintas de reconstrução de defeitos da parede abdominal de grande extensão em plano total. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Análise retrospectiva de 3 pacientes submetidos a ressecções oncológicas de grande porte: 1 por tumor primário de parede abdominal e 2 por tumores intracavitários. Caso 1: Masculino, 53 anos, adenocarcinoma de cólon reicidivado. Ressecado em bloco tumor metastático acometendo hilo esplênico, grande omento e lobo hepático esquerdo; bem como a parede abdominal e a pele. Defeito resultante de 15 x 12 cm em plano total (figura 1). Reconstrução com tela de Gore-Tex ® associada a retalho miocutâneo do m. tensor da fascia lata à direita, ilhado e tunelizado. Área doadora aproximada, tendo o restante cicatrizado por 2ª intenção (figura 2). No 4º DPO apresentou deiscência parcial da tela e do retalho, tendo sido submetido à ressutura com boa evolução. Caso 2: Masculino, 65 anos, sarcoma de parede abdominal reicidivado 4 vezes, com lesão extensa e ulcerada (figura 3). Defeito resultante de 24 x 21 x 12 cm em plano total. Reconstrução com tela de Marlex ® sobre grande omento superpostos por retalho muscular microcirúrgico de m. grande dorsal. Submetido a autoenxertia de pele parcial 15 dias após , com ótima evolução (figura 4). Caso 3: Masculino, 41 anos, mesotelioma peritoneal multicístico na região hipogástrica. Ressecado em formato elíptico; desde 5 cm abaixo da cicatriz umbilical ate o púbis; em plano total (figura 5). Reconstruído com tela de Gore-Tex ® associada a avanço inferior do retalho dermoadiposo pediculado superiormente, semelhante a uma dermolipectomia (figura 6). Pós-operatório com boa evolução. Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 DISCUSSÃO ÍNDICE A reconstrução da parede abdominal em plano total abrange diversas técnicas, todas objetivando restaurar a continência do compartimento intrabdominal e a integridade do envelope cutâneo. O uso de telas aloplásticas e uma opção quando a reconstrução com tecido autólogo não e possível (usualmente pela grande extensão do defeito). Já em relação ao envelope cutâneo, diversos retalhos podem ser usados. Os casos aqui relatados demonstram os tipos principais de retalhos disponíveis: o retalho local (caso 3, retalho de avanço), o retalho de vizinhança (caso 1, fascia lata) e o retalho à distância microcirúrgico (caso 2, grande dorsal). Uma outra opção e o uso de enxertos cutâneos, que podem ser aplicáveis em associação a retalhos (como no caso 2) ou isoladamente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Melega - Cirurgia Reparadora de Tronco e Membros ÍNDICE Mathes and Nahai - Reconstructive Surgery IMOBILIZAÇÃO ÓSSEA NA FACE: DO CAPACETE A MINIPLACA. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Sérgio José Martins Gomes MD CO-AUTORES Mônica Suzana Alves Vilela MD DESCRITORES Imobilização Óssea na Face INSTITUIÇÃO Trabalho realizado em Clinica Privada e Hospitais Cadastrados de Feira de Santana - Ba Av. Getulio Vargas, 82144.010.100 - Feira de Santana - Ba INTRODUÇÃO ÍNDICE A restauração da arquitetura facial evoluiu e com ela os meios de imobilização óssea os quais passaram por diversas fases e poderiam assim estar resumidas: Talas Gessadas Sondas Infláveis Odontossínteses Arcos Vestibulares Bandagens Fixação Externa Fios de Kirshner Cerclagens Circunferenciais Máscara de De Lair Suspensões Capacetes Bloqueio Intermaxilar Encaixe Ósseo Tamponamentos Osteossínteses Miniplacas Sem comentários estarão alguns dos acima mencionados ou devido a deficiência técnica ou por pobreza de indicação. Os mais usados terão especial consideração. O objetivo é mostrar que podemos obter imobilizações seguras e eficientes utilizando-se da versatilidade da tecnologia mais recente não se desprezando as também eficientes do passado. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Este trabalho apresenta os recursos mais utilizados nas últimas 3 (três) décadas para as imobilizações no terço superior, terço médio e inferior da face: Para o terço superior utilizamos os encaixes ósseos de forma pura e simples ou com fixação através de Mononylon. No terço médio e inferior as imobilizações com tamponamento dos seios maxilares, bloqueio intermaxilar (BIM), e/ou fixação rígida com miniplacas de titânio e/ou osteossínteses com fios de aço estão correlacionadas. Foram também traçadas comparações com procedimentos anteriores, como o uso do capacete de Costa-Pitanguy. RESULTADOS ÍNDICE O seguimento de pacientes por mais de dez anos e por períodos pós operatório sempre a longo prazo nos permite dizer que os resultados estéticos, radiográficos e funcionais são de sucessos e a diversificação dos meios de fixação, nossa grande aliada. Casos de reação infecciosa às miniplacas foram resolvidos com a remoção das mesmas não prejudicando o resultado final. DISCUSSÃO ÍNDICE Inegavelmente o uso da fixação rígida nas imobilizações da face, trouxe um grande benefício e conforto aos pacientes, principalmente aos desdentados ou parcialmente desdentados. Veio a dispensar os prolongados bloqueios intermaxilares ou uso de goteiras para dar estabilidade às imobilizações. Nas fraturas do terço médio da face Le Fort I, II e III onde usávamos o capacete de Costa-Pitanguy e também o (BIM), temos preferido o uso das miniplacas para fixação rígida, minorando a morbidade dos pacientes. O uso do tampão para conter as fraturas do assoalho da órbita continua ao nosso ver um grande recurso. O Titânio puro com suas propriedades biocompatível, a prova de corrosão, atóxico, alta resistência, flexibilidade, antimagnética e leveza tem se mostrado eficiente. CONCLUSÃO ÍNDICE A compreensão da Fisiopatologia levando ao emprego da imobilização mais simples e efetiva mostrou-se adequada, estética e funcional. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. CONVERSE, J. M. Reconstructive Plastic Surgery. Boston Saunders 1964. V. 2,3. 2. GRAZIANI, M. Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. 6ª. Ed. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan. 3. INTERNATIONAL CONGRESS Series 936 - PLASTIC SURGERY 1992 - Free Papers - Madri Ed. Excrepta Medica - Amsterdam. 4. KAZANJIAN Figura 1 - Enxerto de costela para terço superior da face tipo encaixe ósseo e fixação com Mononylon. Figura 2 - Pré e pós tardio com correção do contorno naso-órbito-frontal, com enxerto costela. Figura 3 - Prognatismo pré e pós: osteotomia, superposição óssea e B.I.M. Figura 4 - As mórbidas e prolongadas imobilizações para o terço médio da face ? Possíveis fixações com o uso de miniplacas. Figura 5 - Fratura subcondilar ? Fixação rígida por miniplaca. Figura 6 - Complicação infecciosa ao uso da miniplaca ? Remoção sem prejuízo do resultado final. OMENTECTOMIA DURANTE A ABDOMINOPLASTIA - RECURSO PARA TRATAR E PREVENIR ABAULAMENTO EPIGÁSTRICO RESUMO | ABSTRACT | INTRODUÇÃO | OBJETIVO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADO | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR CHARLES FARIA BACELLAR MD DESCRITORES OMENTECTOMIA ABDOMINOPLASTIA INSTITUIÇÃO CLÍNICA DE CIRURGIA PLÁSTICA BACELLAR LTDA END: RUA DAS SUCUPIRAS, QD.49 CASA 25RENASCENÇA - SÃO LUIS - MARANHÃO RESUMO ÍNDICE A cirurgia da abdominoplastia, pela ampla incisão, extenso descolamento, e ressecções dermoadiposas e apesar da plicatura dos músculos retos abdominais pode persistir o abaulamento do abdome mais evidente no epigástrio. O abaulamento persistente no epigástrio no pós-operatório de abdominoplastia pode ser provocado por aumento da pressão intra-abdominal por persistir grandes depósitos de gordura intra-peritoneal como o grande omento. O presente trabalho faz uma descrição da abdominoplastia com omentectomia como profilaxia do abaulamento epigástrio pós abdominoplastia. ABSTRACT ÍNDICE The surgery of the abdominoplastia, for the ample incision, extensive detachment, and resection of excess skin with panniculus and despite the placation of the aponeurótic structures of the abdominal straight muscles can persist the lump of abdominal wall more evident in the superior part of abdominus. The persistent this lump in the postoperative one of abdominoplastia can be provoked by increase of the intra-abdominal pressure for persisting great deposits of intra-peritoneal fat as the great omentus. The present work makes a description of the abdominoplastia with omentectomia as prophylaxis of the abdominal wall lump after abdominoplastic surgery. INTRODUÇÃO ÍNDICE A abdominoplastia é um dos procedimentos cirúrgicos mais freqüentes da prática do cirurgião plástico e proporcionalmente o que mais traz litígio no relacionamento médicopaciente. Os fatores que levam ao descontentamento são muitas vezes previsíveis, como por exemplo, seromas, necroses, cicatrizes inestéticas, e a persistência do abaulamento do epigástrio entre outros1,2. Estes problemas dependem de fatores como a análise e a indicação da cirurgia, características clínicas do paciente, cuidados intra-operatórios e uma boa avaliação da gordura intraperitoneal como o grande gordura pré-peritoneal, apêndices epiplóicos e o grande omento 3,4. A queixa das pacientes no pré-operatório " Doutor eu até não tenho a barriga caída eu só tenho estômago alto" e no pós-operatório " Doutor minha amiga fez cirugia plástica e abaixo do umbigo ela ficou muito bem mas continuou com o estômago alto fizeram com que me dedicasse a analizar com mais cuidado essas pacientes. A grande descoberta se deu durante uma cirurgia de abdominoplastia associada com colecistectomia que verifiquei o grande volume do omento e a partir dessa data comecei a resseca-lo o que levou a uma melhor definição do epigástrio e facilitou a plicatura da aponeurosa abdominal anterior. Essa é uma preocupação que não se encontra na literatura sobre a abdominoplastia. Neste sentido começamos a associar a omentectomia à lipoabdominoplastia. OBJETIVO ÍNDICE O objetivo desse trabalho é apresentar essa nova tática cirúrgica " omentectomia " para ser acrescentada a lipoabdominoplastia como tratamento e prevenção do abaulamento epigástrico. PACIENTES E MÉTODOS ÍNDICE O trabalho foi realizado nos pacientes da Clínica privada do dr. Charles Bacellar submetidos à lipoabdominoplastia com abaulamento epigástrico pré-operatório ou para prevenção desse abaulamento no pós-operatório. Os pacientes eram examinados no pré-operatório quanto ao excesso do panículo adiposo, flacidez de pele, diástase dos músculos retos do abdome, presença de hérnias da parede abdominal e quanto ao0 excesso de gordura intra-abdominal. O excesso da gordura intra-abdominal era determinada realizando uma pressão no abdome inferior da paciente em decúbito dorsal horizontal e verificado a elevação do epigástrio e relatado uma dificuldade respiratória - provável pressão da gordura intra-abdominal sobre o diafragma e abaulamento do hipogástrio ao fazer pressão no epigástrio o que mostra a mobilidade dessa gordura. A cirurgia é iniciada com as marcações pré-operatórias, o paciente sob anestesia peridural contínua, raque ou com uma associação das duas que julgamos ser o melhor método por proporcionar melhor relaxamento abdominal,pela raque, e maior extensão anestésica, pela peridural associadas a sedação venosa de acordo com a indicação do anestesista. A incisão de 1cm para a lipoaspiração prévia seguida da incisão de Pfanestiel curta, nas miniabdomunoplastias, e alargadas nas lipoabdominoplastias, e feito o descolamento do púbis ao apêndice xifóide mediano com preservação da maior quantidade dos vasos perfurantes possível. A abertura mediana da aponeurose anterior do abdome, mobilização e ressecção do grande omento e se possível de parte dos apêndices epiplóicos. O fechamento da aponeurose é feita com sutura dupla com fio de Vicryl 0 e o tecido celular subcutâneo e subdérmico com Monocryl 3-0,4-0 e 5-0. RESULTADO ÍNDICE A análise dos resultados é feita de forma subjetiva por parte da equipe cirúrgica, pelas pacientes e por familiares que relatam uma melhora significativa do epigástrio dessas pacientes em relação a pacientes submetidas a abdominoplastia sem omentectomia. A satisfação dos pacientes é visível nos levando a usar essa tática como rotina nas nossas cirurgias de rejuvenescimento do contorno corporal. DISCUSSÃO ÍNDICE A abdominoplastia é a técnica mais utilizada no arsenal do cirurgião plástico e uma das mais temidas devido a grande possibilidade de complicações como seromas, hematomas, necroses de pele, cicatrizes inestéticas, orelhas de cachorro, elevação do púbis e pobreza de resultados, entre eles a pouca definição da cintura e o abaulamento epigástrico. A falta de dados na literatura médica sobre a preocupação com o acúmulo de gordura intra-abdominal que leva ao aumento da pressão abdominal e consequentemente ao abaulamento da parede anterior do abdome nos faz escrever sobre nossa experiência nesse sentido. O tratamento é a problemática da obesidade, seja leve, moderada ou mórbida nos levando a ter mais critérios no seu manejo. As pacientes revelam uma grande dificuldade em emagrecer até poucos quilos e muitas vezes revelam que esse emagrecimentos levam junto a consistência das mamas, das nádegas, o viço da face ou que apesar de se esforçar não vêem sumirem as gordurinhas do abdome, cintura, dorso, culotes e região interna das coxas. Ao nosso ver, pioramos a auto-estima dessas pacientes quando insistimos em dietas que elas já fizeram no passado e que acabaram aumentando o peso, então podemos deixalas com esses excessos de peso e tratá-las mais completamente abordando essa gordura intra-abdominal. A análise criteriosa do nossos pacientes que serão submetidos a abdominoplastia deve ser acrescida da anamnese do conteúdo gorduroso e da repercursão no aumento da pressão intra-abdominal e o seu tratamento deve ser considerado pelo cirurgião plástico. CONCLUSÃO ÍNDICE Nós acreditamos que o tratamento da gordura intra-abdominal é uma nova tática aliada do rejuvenescimento abdominal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Baroudi R, Ferreira C A. Seroma : How to avoid it and how to treat it. Aesth. Surg. J. 1998; 18:439. 2. Pollock H, Pollock T. Progressive tension suture: A tecnic to reduce local complications in abdominoplasty. Plas. Reconst. Surg. 2000;105(7):2583-8. 3. Matarasso A. Abdominoplasty. Clin. Plast. Surg. 1989; 16: 289. 4. Pitanguy I. Abdominal lipectomy: An approach to it through and analysis of 300 consecutive cases. Plas. Recons. Surg. 1967; 40(4): 384-391. 5. Nahas FX. A pragmatic way to treat abdominal deformities based on skin and subcutaneous excess. Aesth. Plast. Surg. 2001; 25:365-71. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS TARDIAS INTRODUÇÃO | OBJETIVOS | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Thiago Henrique de Araújo Lino MD CO-AUTORES Cláudio Rebello MD Angélica Rocha Amaral MD Sheila Pinheiro Leal MD Mário Augusto Souto Ferreira MD DESCRITORES RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS INSTITUIÇÃO HOSPITAL MUNICIPAL BARATA RIBEIRO Rua Voluntários da Pátria, 114 Apt. 102 bloco ACEP : 22270-010 Botafogo Rio de Janeiro RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE As reconstruções mamária tardias são parte importante no tratamento das pacientes que sofreram algum tipo de deformidade nas mamas, não só o câncer de mama pelo qual, na maioria das vezes, resulta em mastectomia, mas também as seqüelas da queimaduras, as causas genéticas como a síndrome de Polland, os traumas e naquelas portadoras de inclusão de corpo estranho nas mamas resultando em deformidades severas. OBJETIVOS ÍNDICE Demonstrar a experiência do Hospital Barata Ribeiro como referência no serviço público municipal na cidade do Rio de Janeiro nas reconstruções mamárias tardias. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Realizada análise retrospectiva de 44 pacientes submetidas as reconstruções mamárias tardias por diversas causas ( câncer, seqüelas de queimaduras, genéticas e externas) no Hospital Municipal Barata Ribeiro no período de agosto de 1999 a julho de 2006. RESULTADOS ÍNDICE A idade das pacientes submetidas as reconstruções mamárias foi de 17 anos a 77 anos, com média de idade de 46 anos. A maioria das reconstruções tardias foram feitas com o retalho transverso do músculo reto abdominal (TRAM) com 22 casos; o retalho do músculo grande dorsal com inclusão de prótese de silicone gel de poliuretano foram feitos em 18 pacientes, sendo que, em dois destes, foi feita uma expansão prévia para posterior inclusão de prótese mamária; houve 3 casos de reconstrução mamária com a utilização de expansor tecidual e posterior substituição com prótese e apenas 1 caso de reconstrução com uso de apenas uma prótese mamária. As principais causas que levaram as pacientes a realizarem reconstruções mamárias foram : 40 casos de câncer de mama; 2 casos de seqüelas de queimaduras; 1 caso de injeção de silicone líquido em ambas as mamas; e 1 caso de reconstrução mamária na Síndrome de Polland. DISCUSSÃO ÍNDICE No nosso serviço todos os casos de reconstruções mamárias foram tardias, pois não dispomos de serviços de cirurgia oncológica e/ou mastologia. Tivemos um grande número de reconstruções utilizando o TRAM, não só porque é a técnica de reconstrução mais utilizada, mas porque não dispomos com facilidade de próteses mamária e/ou expansores teciduais devido a falta destes no serviço público municipal de saúde na cidade do Rio de janeiro. CONCLUSÃO ÍNDICE Mesmo que não seja do conhecimento das especialidades médicas e da população este tipo de tratamento realizado no nosso serviço, por isso nosso modesto número de casos, o Hospital Barata Ribeiro dispõe de uma excelente experiência neste tipo de cirurgia plástica reparadora com ótimos resultados e satisfação das pacientes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Bostwick III J - Breast reconstruction - . In: McCarthy JG (ed) - Plastic surgery. 1º edição. Vol 6 - The drunk and lower extremity. Philadelphia. W. B. Saunders Company, 1990, pp.3897-928. 2.Spears, S. , Spittler, C.J. Breast reconstruction with implants and expanders. Plas. Recons. Surg. 107: 177.2001. TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO NO HOSPITAL MUNICIPAL BARATA RIBEIRO-RJ INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Angélica Rocha Amaral MD CO-AUTORES Thiago Henrique de Araújo Lino MD Sheila Pinheiro Leal MD Mário Augusto Souto Ferreira MD Cláudio Rebello MD DESCRITORES ÚLCERAS DE PRESSÃO INSTITUIÇÃO HOSPITAL MUNICIPAL BARATA RIBEIRO-RJ Hospital Municipal Barata Ribeiro-RJR. Visconde de Niterói,1450Mangueira-Rio de janeiro INTRODUÇÃO ÍNDICE O tratamento cirúrgico das úlceras de pressão constitui um dos problemas mais complexos da cirurgia plástica. Sua incidência aumenta a cada dia, devido a violência dos grandes centros urbanos. Os casos mais importantes de úlceras de pressão ocorrem em indivíduos jovens paraplégicos. Este estudo, avalia a rotina cirúrgica destes pacientes no Hospital Municipal Barata Ribeiro, centro de referência para o tratamento de úlceras de pressão no estado do Rio de Janeiro. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Realizado estudo retrospectivo dos pacientes submetidos a reparo cirúrgico das úlceras sacrais, trocantéricas e isquiáticas, nos últimos 7 anos no HMBR, com 105 pacientes operados, alguns com múltiplas lesões, 84 pacientes (80%) do sexo masculino, 21 pacientes (20%) do sexo feminino, com idade média de 33 anos. Utilizamos retalhos miocutâneos e fasciocutâneos para o tratamento cirúrgico. Foram avaliados dados referentes a pré,per e pós operatório. RESULTADOS ÍNDICE As úlceras isquiáticas foram as mais freqüentes, representando 47% dos atendimentos. O retalho Tulenko (1967), além da fácil execução, apresentou bons resultados, sendo ótima opção em casos de recidivas, podendo ser descolado novamente,1 ou 2 vezes. A confecção da porção distal do retalho foi adaptada em nosso serviço, de modo que, quase nunca se fez necessário a autoenxertia na parte mais inferior da área doadora do retalho. As úlceras trocantéricas representaram 28% dos casos, tratadas com retalho Paletta (1989), de fácil e rápida execução, e com resultados surpreendentes em cirurgias secundárias. As úlceras sacrais representaram 25% dos atendimentos e, por parecer uma técnica mais simples e segura, foram tratados por retalho lombossacro transverso ou quadrado lombar (Hill et al, 1978) O nível de recidiva girou em torno de 60%. DISCUSSÃO ÍNDICE O sucesso da cirurgia está diretamente ligado a um pré operatório adequado, com preparo psicológico do paciente, e um planejamento cirúrgico minucioso,com envolvimento de equipe multidisciplinar. O grande problema das úlceras de pressão são as recidivas, comuns em pacientes paraplégicos que,mesmo após a alta hospitalar, ficam confinados em cadeiras de rodas. A possibilidade de recidiva freqüente, exige do cirurgião domínio de várias técnicas cirúrgicas, para adaptá-las a cada paciente, individualmente. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE Lion Pierre,Rebello Cláudio.Tratamento Cirúrgico das Úlceras de Pressão.Rev. Colégio Brasileiro de Cirurgiões,vol XX,nº 6. Palleta,Freedman,Shehadi.The VY Tensor Fascie Latae Musculocutaneous Flap.Plast. Reconstr. Surg.,1989,83:852. Figura 1 - Úlcera Sacral Figura 2 - Retalho Lombossacro transverso ou quadrado lombar Figura 3 - Úlcera trocantérica em MIE Figura 4 - Retalho Paletta Figura 5 - Úlcera Isquiática bilateral Figura 6 - Retalho tulenko bilateral LINFEDEMA LOCALIZADO ASSOCIADO À OBESIDADE MÓRBIDA OBJETIVO | MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR André Oliveira Paggiaro MD CO-AUTORES Miguel L. A. Modolin MD Wilson Cintra Junior MD Marcus Castro Ferreira MD DESCRITORES Linfedema, obesidade, mórbida. INSTITUIÇÃO Disciplina de Cirurgia Plástica - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Alves Guimarães, 461, ap 152, Cerqueira César- SPCep: 05410-000. ÍNDICE OBJETIVO Apresentar quatro pacientes com obesidade mórbida portadores de grandes massas tumorais no abdome e coxas. Tais tumorações são genericamente denominadas linfedema maciço localizado (LML) para se distinguirem dos lipossarcomas diferenciados. O tratamento da deformidade consistiu na excisão cirúrgica. Com base na bibliografia concernente, os autores fazem algumas especulações sobre a etiopatogenia do LML nos obesos. ÍNDICE MÉTODOS Quatro pacientes, dois do sexo masculino e dois do sexo feminino, com idade média de 34 anos e índice de massa corpórea de 44,1 kg/m2 apresentaram a deformidade, sendo que três deles na face ântero-medial da coxa e um, no hipogástrio. As tumorações apareceram e desenvolveram-se após episódios de intertrigo recorrentes entre as dobras dermogordurosas, que foram tratadas com cuidados locais e antibióticos. O tratamento consistiu na excisão tumoral e sutura. Apenas um paciente demandou reposição sangüínea. Todos os espécimes retirados foram enviados para exame histológico. ÍNDICE RESULTADOS Clínicos: Todos pacientes relataram grande conforto e melhora da deambulação após ressecção do tumor. No período de seis meses não houve recidiva. Histológicos: Todas as amostras apresentaram processo inflamatório com grande edema tecidual. Notaram-se áreas de fibrose e zonas com microabcessos. Houve também ectasias vasculares, sobretudo, linfáticas, que associadas ao edema intersticial atestaram o linfedema. A epiderme estava espessada caracterizando paquitermismo. ÍNDICE DISCUSSÃO O LML é raro e peculiar a pacientes com obesidade mórbida. Os pacientes desta casuística procuraram tratamento devido à limitação da deambulação e grande desconforto. A exerese cirúrgica foi o tratamento escolhido com base na bibliografia atinente. Não houve recidiva no intervalo de seis meses. A etiopatogenia estaria associada à higiene precária entre as dobras dermogordurosas do paciente obeso que, como conseqüência, favoreceria a instalação de infecções cutâneas recidivantes, o intertrigo; e que determinariam linfangite, que se acentuaria pela estase nos segmentos inferiores. Esta linfangite com estase concorre para extravasamento de líquido linfático, que estimula a proliferação celular, acentuando o processo inflamatório. Este quadro, com distensão tissular,determina isquemia com fibrose e aparecimento de massas tumorais. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1)Wu D, Gibbs J. ¨Massive localized lymphedema: additional locations and association with hypothyroidism, Hum Pathol. 2000 Sep;31(9):1162-8. 2) Oswald T ¨Limited segmental resection of symptomatic lower-extremity lymphodystrophic tissue in high-risk patients¨, South Med J. 2003 Jul;96(7):689-91. 3)Farshid G, Weiss M ¨Massive localized lymphedema in the morbidly obese: a histologically distinct reactive lesion simulating liposarcoma¨, Am J Surg Pathol. 1998 Oct;22(10):1277-83. Review. CONSTRUÇÃO IN VITRO DE EQUIVALENTE DERMO-EPIDÉRMICO. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR André Oliveira Paggiaro MD CO-AUTORES César Isaac MD Geovani Barani MD Marisa Herson MD Marcus Castro Ferreira MD DESCRITORES Construção, dermo-epidérmico. INSTITUIÇÃO Laboratório de Cirurgia Plástica e Microcirurgia da Universidade de São Paulo. R Alves Guimarães, 461, ap 152, Cerqueira César,SP, Cep 05410-000. INTRODUÇÃO ÍNDICE Dentre as diversas aplicações da engenharia de tecidos estão: formação de tecidos vivos, avaliação de cicatrização de feridas e sistemas de teste in vitro de medicamentos . Neste estudo objetiva-se a elaboração in vitro de um equivalente dermo-epidérmico composto por "derme" de colágeno povoada por fibroblastos acompanhado de um epitélio de queratinócitos cultivados em sua superfície anterior no papel de "epiderme". Além disso, propõe-se analisar a influência do cultivo de queratinócitos sobre a contração de matrizes colágenas, comparando com a contração de matrizes sem a adição da co-cultura de queratinócitos. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Queratinócitos foram isolados de excedentes cutâneos de mamoplastias pelo método descrito por Reinwal e Green. Os fibroblastos foram isolados pela técnica de explante. Em placas multi-poços de 24 poços (Falcon) foram incluídos aproximadamente 5X 10 4 fibroblastos ressuspendidos em 400 µl de PBS 1X. Posteriormente, foram adicionados 100 µl de PBS 10X, 400 µl de solução ácida de colágeno e em 100 µl de NaOH ( 0,1N) e mantidos em estufa até sua polimerização. Após 12 horas da polimerização,foram semeadas 1,2 X 105 queratinócitos sobre a superfície superior destas matrizes, formando co-culturas. As culturas são mantidas em estufa com 5% de CO2 a 37o C por 48 horas. A partir deste momento foram realizados 2 experimentos independentes. Experimento I:- avaliação da contração do gel: após 48 horas de cultura secundária, dois géis de co-cultura são gentilmente desprendidos das paredes e leitos dos poços de culturas para avaliação da influência de queratinócitos sobre a contração das matrizes colágenas. Como controle, foram confeccionadas matrizes colágenas povoadas por fibroblastos sem a cultura secundária de queratinócitos.Para avaliação da contração, as matrizes foram fotografadas com câmera digital Sony DSC-P50 em intervalos de 12 horas ( 12,24,36 e 48 horas). O cálculo da medida da área final dos géis foi realizada através do software "UTHSCSA Image Tool for Windows versão 3.0". Os valores mensurados foram submetidos a teste estatístico. ExperimentoII- criação de equivalente dermo epidérmico: foram criados 6 outros géis de co-culturas e mantidos imersos em meio, na estufa à 5% de CO2 a 37o C, com trocas de meio de cultura a cada 48 horas. Com 4 e 7 dias de cultura, um dos géis foi retirado cuidadosamente e conservado em formol a 10%, para a realização de exame histológico. A partir do 7o dia, buscou-se avaliar a influência da interface ar-líquido. Para isto, dois compostos dermo-epidérmicos foram suspensos em grelhas de aço inoxidável, de maneira que a base dérmica ficasse em contato com o meio de cultura, e os queratinócitos expostos ao ar. Com 14 e 21 dias foram enviados um gel imerso e outro emerso para análise histológica com colaração de hematoxilina- eosina. RESULTADOS ÍNDICE Experimento I Os géis com queratinócitos apresentaram maior contração que grupo controle. (ver tabela I).Experimento II: Comprovou-se a possibilidade de criação de um composto in vitro de substituto dermo-epidérmico composto por queratinócitos cultivados sobre matrizes colágenas povoadas por fibroblastos humanos cultivados. Estudos de microscopia ótica permitiram a observação da proliferação das células ao longo do tempo, mostrando características morfológicas nos epitélios cultivados semelhantes às observadas na epiderme humana. A situação de cultivo na interface ar-líquido desencadeou processos de proliferação e diferenciação mais acentuados do que na situação imersa com maior estratificação do epitélio. Figura 1 DISCUSSÃO ÍNDICE Pelos resultados histológicos obtidos, obtivemos a formação de um composto dermoepidérmico simplificado, o qual pode futuramente ser testado como substituto cutâneo para pacientes queimados com pouca de área doadora disponível ou para tratamento de feridas crônicas. Outra interessante aplicação é o seu uso como meio para teste de novas drogas que interferiram com a reeepitelização e a cicatrização de lesões, evitando a morte de cobaias. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1- Bell E, Ivarsson B, Merrill C Production of tissue-like structure by contraction of collagen lattices by human fibroblasts of different proliferative potencial in vitro.- Cell Biology - Proc. Natl Acad Sci, USA,1979, 76,(3): 1274-78, 2- Bell E, Ehlich HP, Buttle DJ Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 CARCINOMA PALPEBRAL DE CÉLULAS DE MERKEL: RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | OBJETIVO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Fábio Chambô CO-AUTORES Edmar Soares Lessa Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INC e SBCP. Luiz Carlos Velho Severo Junior Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INC e SBCP. Márcio Augusto Tavares Paes Barreto Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INC e SBCP. Paulo Roberto de Albuquerque Leal P.h.D, Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCA, Membro Titular da SBCP, TCBC, FACS. DESCRITORES Carcinoma, Palpebral, merkel, células. INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia INCA - Departamento de Cirurgia PlásticaPraça da Cruz Vermelha nº 23 8o andar CentroRio de Janeiro - RJCEP: 20230-130 INTRODUÇÃO ÍNDICE O carcinoma de células de Merkel é um tumor maligno bastante raro e agressivo. É de difícil diagnóstico clínico e de imprescindível confirmação imunohistopatólogica3. Apresenta freqüentes associações com outros tipos de carcinoma, além de associações com insuficiência renal crônica, endocrinopatias, artrite reumatóide e alterações pancreáticas1. Apresenta alta taxa de mortalidade, recorrência local em torno de 40%, metástase para linfonodos regionais em 55% dos casos e metástase a distância em 36% dos casos1. Pode haver comprometimento por contigüidade da glândula parótida. A faixa etária de maior prevalência é de 60 aos 80 anos. A localização preferencial é na região cervicofacial. A ocorrência nas pálpebras é rara e, quando presente, a pálpebra superior é o sítio mais acometido2. É mais comum na raça branca. Sua apresentação clínica mais freqüente é um nódulo liso, brilhante, de coloração avermelhada ou violácea e crescimento rápido. OBJETIVO ÍNDICE Relatar um caso clínico de carcinoma de células de Merkel localizado em pálpebra inferior em paciente portadora de granulomatose de Wegner. RELATO DE CASO ÍNDICE O presente caso apresentado é de uma paciente MIFM, sexo feminino, branca, 50 anos, que procurou o ambulatório do serviço de Cirurgia Plástica do INCA com queixa de tumoração exofídica acometendo toda pálpebra inferior direita, de crescimento rápido (3 meses), indolor, de coloração violácea, teleangiectasias superficiais. Relatava, também, pequeno nódulo em topografia parotídea, não aderida a planos profundos. Apresentava como comorbidades: vasculite sistêmica ( Granulomatose de Wegner) de inicio há 2 anos, HAS, DM e asma. Foi submetida à biopsia incisional e estudo imunohistoquímico que confirmou o diagnóstico de carcinoma de células de Merkel. Submetida, então, à cirurgia, em conjunto com a equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, na qual foi realizada exerese total pálpebra inferior direita. Peça submetida a congelação no ato operatório, que demonstrou limites livres de comprometimento neoplásico. Foi realizado enxerto de cartilagem conchal para reconstrução de lamela posterior com retalho de Tripier para cobertura. Realizado no mesmo ato parotidectomia superficial mais esvaziamento cervical nível II e III. DISCUSSÃO ÍNDICE O carcinoma de células de Merkel foi inicialmente descrito por Tang e Toker em 19784. A importância do trabalho apresentado está na raridade do caso e no alto grau de agressividade de tal tumor, muitas vezes comparado com o melanoma1. O estudo imunohistoquímico é indispensável para o correto diagnóstico. A paciente em questão apresentava uma vasculite sistêmica e tumor de localização na palpebral inferior, não sendo encontrada, na revisão bibliográfica estudada, tal associação. Optamos pela reconstrução da pálpebra inferior com enxerto de cartilagem conchal cobertura com retalho Tripier, por julgar resultado estético mais satisfatório. A associação com outras doenças e tumores é freqüente, sendo necessária, para o correto tratamento, avaliação minuciosa do caso e tratamento multidisciplinar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Câncer da Pele, ed. Medsi, 2001, seção XI, cap 25, 341-352 2.Domínguez PA, Castillo LJ, et al. Carcinoma de Células Merkel Palpebral: A Propósito de un Caso. Arch Soc Esp Oftalmol v.78 n.6 Madrid jun. 2003 3.Peters GB, Meyer DR, et al. Management and Prognosis of Merkel Cell Carcinoma of the Eyelid. Ophthalmology 2001;108:1575-1579 4.Tang CK, Toker C. Trabecular carcinoma of the skin: an ultrastructural study. Cancer 1978; 42: 2311-2321 Figura 1 - Fig. 1 Figura 2 - Fig. 2 Figura 3 - Fig. 3 Figura 4 - Fig. 4 Figura 5 - Fig. 5 Figura 6 - Fig. 6 EVOLUÇÃO E ANÁLISE DE 301 CASOS DE ABDOMINOPLASTIA NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS/ EVOLUTION OF 301 CASES OF ABDOMINOPLASTIES - A FIVE-YEAR ANALYSIS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR João Francisco do Valle Pereira MD CO-AUTORES João Francisco do Valle Pereira Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Velibor Kostic Membro Aspirante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Luciano Vargas Schütz Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Alfonso Amaturo Membro Correspondente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica / Membro da Sociedade Italiana de Cirurgia Plástica Rafaela de Assis Salvato Estudante de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina DESCRITORES Abdominoplastia INSTITUIÇÃO Clínica de Cirurgia Plástica Valle Pereira Av. Oswaldo Rodrigues Cabral, 1570 Ático - CentroCep: 88015-710 Florianópolis SCTelefone/Fax: (48) 3225-2299Email: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Nos últimos anos houve um aumento expressivo dos pacientes que procuraram a plástica de abdômen. Antigamente, a abdominoplastia era praticada somente como procedimento único e se apresentava numa percentagem menor em relação às outras cirurgias. Atualmente, a grande maioria das abdominoplastias é complementada com outros procedimentos, principalmente a lipoaspiração. Devido às técnicas modernas, incluindo um cuidado especial com a confecção de umbigo e a diminuição de complicações, a demanda pela abdominoplastia aumentou significativamente nos últimos anos. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODOS Foram analisados 301 pacientes, sendo somente dois do sexo masculino. Todos os pacientes foram operados na Clínica Valle Pereira, sob anestesia peridural, pela mesma equipe cirúrgica, no período de julho de 2001 a julho de 2006. A técnica incluiu o descolamento com bisturi elétrico, confecção do umbigo em forma triangular e fixação na aponeurose e pontos de Baroudi. As cirurgias foram em sua maioria associadas com o uso de lipoaspiração e lipoenxertia glútea. ÍNDICE RESULTADOS De julho de 2001 a inicio de 2002, foram operados 157 pacientes com 20 abdominoplastias, o que representa 12,7%. Em 2002, de 219 cirurgias realizadas, 28 foram abdominoplastias, ou 12,8%. Em 2003, de 262 cirurgias 65 foram abdominoplastias, ou 24,8%. Em 2004, de 267, 67 foram abdominoplastias, ou 25,1%. Em 2005, foram operadas 309 pacientes com 78 abdominoplastias, ou 25,2% e de janeiro a julho de 2006 foram operados 168 pacientes com 43 abdominoplastias, ou 25,7%. Somente 4 abdominoplastias foram realizadas como procedimento único, 181 cirurgias duplas, 110 cirurgias triplas e 6 cirurgias quádruplas. DISCUSSÃO ÍNDICE Observamos que em cinco anos, houve um aumento gradativo de pacientes que se submeteram a uma abdominoplastia. Esse aumento deve-se à utilização de pontos de Baroudi, que diminuíram as complicações, como seromas e hematomas. CONCLUSÃO ÍNDICE A busca maior pelas cirurgias associadas, principalmente a lipoaspiração e a lipoenxertia da região glútea, mostra que a abdominoplastia não é mais considerada um procedimento isolado. A utilização dos procedimentos complementares e recursos técnicos que permitem a diminuição das complicações levam a uma grande satisfação das pacientes. Este fator permite uma maior exposição do corpo no grupo de relacionamento, levando como conseqüência um aumento da demanda nas clínicas de cirurgia plástica. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. D`Assumpção EA. Técnica para umbilicoplastia, evitando-se um dos principais estigmas das abdominoplastias. Rev Soc Bras Cir Plast 2005;20(3):160-6. 2. Baroudi R. Umbilicoplasty. Clin Plast Surg 1975;2:431-48. 3. Avelar JM. Abdominoplasty:systematization of a technique without external umbilical scar. Aesthetic Plast Surg. 1978:2:141. 4. Jatene PRS, Jatene MCV, Barbosa ALM. Abdominoplastia: experiencia clinica, complicacoes e revisao da literatura. Rev Soc Bras Cir Plast 2005; 20(2): 65-71. Figura 1 - Pré Figura 2 - Pós Figura 3 - Pré Figura 4 - Pós Figura 5 - Pré Figura 6 - Pós RECONSTRUÇÃO AURICULAR TOTAL PÓS-TRAUMA - RELATO DE CASO / TOTAL RECONSTRUCTION OF THE AURICLE AFTER TRAUMA CASE REPORT. INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Vitor Eduardo de Menezes e Souza MD CO-AUTORES Renato Rocha Lage MD Carlos Eduardo Guimarães Leão MD Sérgio Eduardo de Menezes e Souza MD Fernando Henrique Oliveira Carmo Rodrigues MD DESCRITORES Reconstrução auricular total pós-trauma reconstruction of the auricle after trauma INSTITUIÇÃO Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG)/ Hospital João XXIII / Hospital Júlia Kubitschek Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque 73/204 Bairro Santo Antônio - Belo Horizonte MG, CEP: 30.330-250. INTRODUÇÃO ÍNDICE As orelhas estabelecem importante referência no equilíbrio estético facial. A sua posição proeminente e desprotegida em relação ao contorno da face torna-a vulnerável a diversas lesões traumáticas com acometimento auricular total ou parcial. A reconstrução auricular total é um dos grandes desafios da cirurgia plástica. Ela envolve, geralmente, dois tempos operatórios: enxertia de cartilagem costal modelada e sua cobertura cutânea e liberação da orelha em relação ao crânio. Este trabalho aborda a reconstrução total de orelha utilizando enxerto de cartilagem costal em paciente vítima de acidente automobilístico. RELATO DE CASO ÍNDICE Trata-se de SMN, 24 anos, masculino, feodérmico, com história de acidente automobilístico em abril de 2005, resultando em amputação total de orelha direita. Foi atendido no Hospital de Pronto Socorro João XXIII da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (HJXXIII-FHEMIG) no dia do trauma, sendo submetido, inicialmente, a debridamento, fechamento de ferida operatória e antibioticoterapia. Após seis meses do trauma, foi submetido ao primeiro tempo cirúrgico de reconstrução total de orelha no Hospital Júlia Kubitschek, também da rede FHEMIG. Nesta ocasião, foi realizada ressecção de cartilagem do nono arco costal esquerdo, escultura do enxerto baseando-se na orelha contra-lateral, visando a confecção do arcabouço da neo-orelha. Após esse procedimento, o molde cartilaginoso foi implantado em túnel cutâneo em região auricular, previamente descolado. Para se evitar hematoma e proporcionar a melhor definição dos relevos, realizou-se drenagem aspirativa contínua da loja por 24 horas. A segunda etapa da reconstrução foi realizada seis meses após o primeiro tempo cirúrgico. Primeiramente, abordou-se a orelha esquerda, realizando-se a otoplastia da mesma, reduzindo os ângulos céfalo-conchal e escafo-conchal, visando alcançar uma harmonia com a neo-orelha. Com este procedimento, obteve-se um enxerto de pele total da concha auricular esquerda. Posteriormente, foi realizado o descolamento da neo-orelha de seu leito e avanço de retalho retro-auricular. A região posterior do pavilhão da neo-orelha foi coberta com o enxerto de pele total oriunda da concha auricular esquerda e a área cruenta remanescente retro-auricular foi revestida com enxerto de pele total proveniente de região supraclavicular direita. O paciente evoluiu sem intercorrências e ainda mantém controle pós-operatório no Hospital Júlia Kubitschek. DISCUSSÃO ÍNDICE A reconstrução total de orelha fundamenta-se na criação de dois elementos: estrutura cartilaginosa e revestimento cutâneo. Ela representa um desafio para o cirurgião plástico, visto que a escultura do arcabouço cartilaginoso é complexa e o realce de seus relevos imprescindível para um bom resultado. Em geral, o uso de materiais aloplásticos não é bem tolerado e a cartilagem auricular contra-lateral é insuficiente para a escultura total da orelha. Atualmente, o enxerto de cartilagem costal autólogo permanece como a opção mais confiável para este tipo de procedimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Tanzer RC. Total reconstruction of the external ear. Plast Reconstr Surg. 27:1, 1959. 2.Avelar JM. Reconstrução total do pavilhão auricular num único tempo cirúrgico. Rev Bras Cir. 67: 139-46, 1977. 3. Converse JM, Brent B. Deformity of the auricle. Acquired deformities. In: Converse JM (Ed). Reconstructive Plastic Surgery 2ed. Philadelphia: Sounders 1977: 1.724. 4. Destro MW, Speranzini MB. Total reconstruction of the auricle after traumatic amputation. Plast Reconstr Surg. 6: 859-64, 1994. 5.Avelar JM. Creation of the auricle. São Paulo Ed. Hipócrates 1997. Figura 1 - Pré-operatório da primeira cirurgia Figura 2 - Pós-operatório tardio da primeira cirurgia Figura 3 - Per-operatório da segunda cirurgia ? enxerto de pele total retirado de região supra-clavicular direita para cobertura de área cruenta em mastóid Figura 4 - Per-operatório da segunda cirurgia ? enxerto de pele total retirado de concha auricular contra-lateral ao trauma cobrindo região posterior da neo- Figura 5 - Pós-operatório imediato da segunda cirurgia: neo-orelha em detalhe Figura 6 - Pós-operatório imediato da segunda cirurgia mostrando local de retirada de enxerto supra-clavicular direito ESTUDO COMPARATIVO SOBRE USO DE IMPLANTES DE POLIURETANO E TEXTURIZADOS NA MAMOPLASTIA DE AUMENTO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RERSULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Ana Karina Fernades Machado dos Santos MD CO-AUTORES Osvaldo Ribeiro Saldanha Regente do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA e membro titular da S.B.C.P Ewaldo Bolivar de Souza Pinto Diretor do Curso de pós-graduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA e membro titular da S.B.C.P. Andrey van Ass Malheiros Residente do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO. Leonora D'Ascenção Mansur Residente do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO. DESCRITORES mamoplastia, implantes, poliuretano INSTITUIÇÃO Clínica Osvaldo Saldanha Clínica de Cirurgia Plástica Osvaldo Saldanha. Avenida Washington Luis, 142; CEP 11050250 - Santos - SPE-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Estudo retrospectivo de mamoplastias de aumento realizadas em nossa clínica, visando definir o perfil das pacientes submetidas a este procedimento e as complicações decorrentes do uso de implantes de poliuretano e texturizados utilizados. Com o objetivo de reduzir a contratura capsular, os implantes com cobertura de poliuretano surgiram como alternativa em 1970, reduzindo expressivamente esta complicação1. Nos anos 1980 surgiram os implantes texturizados com a mesma finalidade, obtendo-se resultados semelhantes. Neste trabalho os implantes de poliuretano foram padronizados para casos com ptose e flacidez mamária por acreditar que há uma maior adesividade aos tecidos circunjacentes, evitando maior ptose do implante3, 4. Os casos de hipomasita foram tratados indistintamente com os dois tipos de implante ( poliuretano e texturizados). MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram selecionadas 137 pacientes submetidas a mamoplastia de aumento sendo utilizados 71 implantes texturizados (51,72%) e 66 de poliuretano (66%) entre 2002 e 2004. Foram excluídas as pacientes que tiveram procedimentos associados, como mastopexia ou as que tiveram seus implantes trocados. Foram analisadas variáveis como tabagismo, número de gestações, idade, cor, estado civil, volume e tipo do implante, presença de ptose ou flacidez mamária. As vias de acesso foram sulco mamário (55%) e periareolar (45%). RERSULTADOS ÍNDICE Observamos um caso (1,63%) de contratura capsular com implantes texturizados, não havendo ocorrência com os de poliuretano. Nestes últimos, encontramos três casos (2,19%) de seromas que, no entanto, tiveram achado cirúrgico de líquido serosanguinolento ao redor dos implantes, decorrente de possíveis hematomas liquefeitos e degradados. DISCUSSÃO ÍNDICE A maioria de nossas pacientes é branca (98,27%), casada (48,27%), multípara (59,49%) e não tabagista (87,07%). Contratura capsular foi verificada apenas em implantes texturizados, enquanto que seromas foram relacionados ao de poliuretano. O achado cirúrgico de sangue foi localizado em área restrita no interior das cápsulas trouxe-nos a suspeita de pequenos hematomas na loja mamária como possíveis causadores de tais complicações (fig.1 e 2). O estudo conclui-se que ambos os implantes são bons e possuem resultados semelhantes. Figura 1 Figura 2 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1- Hakme F, Aumento Mamário. Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte - Mélega 2003, cap 39, pág. 563-579. 2 - Ashley FL. A new type of breast prosthesis. Plast Reconstr Surg 1970; 45(5): 3 - Spear SL; Elmaraghy M; Hess. Textured-surface saline-filled silicone breast implants for augmentation mammaplasty. Plast Reconstr Surg;105(4):1542-52; discussion 1553-42000 Apr. 4- Handel N. Long-Term Safety and Efficacy of Polyurethane Foam-Covered Breast Implants. Aesthetic Surgery Journal: 26(3):265-274. 5 - Pitanguy I, Salgado F, Radwanski HN, Stersa RM. Estágio atual dos implantes mamários. Ver Bras Cir 1991; 81(6): 291-9. DETERMINAÇÃO DA PROJEÇÃO DO TÚNEL DO CARPO ATRAVÉS DE PONTOS TOPOGRÁFICOS. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Dr. Antonio Teixeira da Sliva Junior CO-AUTORES Antônio Teixeira da Silva Júnior - Residente do terceiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO- - UNISANTA. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto - Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pósgraduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA. Osvaldo Ribeiro Saldanha Membro titular da S.B.C.P. Presidente da S.B.C.P.(2006-2007), regente do Serviço de Cirurgia Plástica da UNISANTA. Rogério Porto da Rocha Membro titular da S.B.C.P. ,Staff do Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO-- UNISANTA. Sandra Márcia da Silva Moia Membro titular da S.B.C.P. , Ex-Residente do Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO-- UNISANTA. DESCRITORES carpo INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Avenida Ana Costa ,120 Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Atualmente, diversas vias de acesso têm sido empregadas na realização da cirurgia do canal do carpo, variando em tamanho e localização na palma da mão. Foram determinados pontos topográficos na palma da mão visando estabelecer locais fixos e de simples identificação para, com isto, obter um local de fácil acesso ao retináculo dos flexores (RF), evitando comprometer qualquer estrutura no local do túnel do carpo. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Os autores deste trabalho tomaram como base a técnica empregada por Serra et al (1997) (1) e analisaram o estudo anatômico desta região para tornar a cirurgia do túnel do carpo ainda mais precisa. Para tal, foram dissecadas 20 mãos; 10 direitas e 10 esquerdas de cadáveres conservados em formaldeído a 10% e operadas 10 mãos de pacientes com Síndrome do túnel do carpo. Não se levou em consideração as diferenças morfométricas de indivíduos étnicos. RESULTADOS ÍNDICE Em todas as peças estudadas identificou-se um ponto preciso, denominado X, sendo que a partir deste ponto localizou-se a margem distal do RF e a emergência da ramificação do nervo mediano (NM). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Serra J.M.R., Benito J.R., Monner J.: Carpal tunnel release with short incision. Plast Reconstr Surg (Barcelona). 1997; 99: 129-135. 2.Ortiz J., Lobet A.J.: Síndrome do canal carpiano: tratamento cirúrgico por miniincisão. Rev Bras Ortop. 1990;25: 50-54. 3.Huand JH; Zager EL. Mini-open carpal tunnel decompression. Neurosurgery. 2004; 54(2):397-9; discussion 399-400. 4.Cokluk C; Senel A; Iyigun O; Celik F; Rakunt C. Open median nerve release using double mini skin incision in patients with carpal tunnel syndrome: technique and clinical results. Neurol Med Chir. 2003 43(9):465-7; discussion 468. 5.Latarjet M., Liard A.R.Anatomia Humana. Tradução de Prates J.C., São Paulo: Panamericana; 1996 - p. 643-647 e 612-620. Figura 1 - : Pontos topográficos : A , B , C , D e X (intersecção). Figura 2 - Pontos topográficos : A , B , C , D e X (intersecção). Figura 3 - Vista da margem distal do retináculo dos flexores e NM. Figura 4 - Pontos topográficos : A , B , C , D e X (intersecção). Figura 5 - Ponto X coincidindo com NM e RF a 5 mm do ponto citado O USO DO RETALHO TÓRACO-DORSAL LATERAL MODIFICADO EM MAMOPLASTIA DE AUMENTO E NA RECONSTRUÇÃO DO ANDAR SUPERIOR DO ABDOME. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Alberto M. L. Caldeira MD CO-AUTORES Sumara M. Barral MD Daniel R. Thomaz MD Paulo Roberto da Costa MD DESCRITORES retalho,toraco-dorsal, lateral, mamoplastia, reconstrução, abdome. INSTITUIÇÃO Hospital São Francisco de Assis BH - MG Rua Visconde de Pirajá, 414/1012 - IpanemaRio de Janeiro - RJ22410-002 INTRODUÇÃO ÍNDICE Em função de a região tóraco-dorsal lateral comportar-se como uma excelente área doadora de tecidos, Hans Hölmstron elaborou o retalho tóraco-dorsal lateral (1,2). Baseando-se no retalho de Hölmstron, foi proposto pelo autor sênior, o retalho toráciodorsal lateral reverso, que está sendo utilizado em reconstruções estéticas das mamas e do abdome superior. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE O retalho tóraco-dorsal lateral reverso foi utilizado em sete pacientes no período de agosto de 2004 a junho de 2006. Uma das pacientes havia sido submetida a lipoaspirações prévias do abdome superior, que resultaram em áreas de aderências e eventrações naquela localização. Ademais, essa paciente apresentava mamas excessivamente reduzidas decorrentes de um mamoplastia redutora prévia. Nesse caso, o retalho foi utilizado dez anos após à mamoplastia e dois anos após à lipoaspiração, para o tratamento do abdome superior e também das mamas. Outras duas pacientes haviam sido submetidas à mamoplastia redutora pela técnica habitual e evoluíram no pós-operatório imediato com necrose e infecção mamária, de modo que o retalho foi utilizado um ano após a primeira cirurgia. Nas demais pacientes, o retalho reverso foi utilizado para o tratamento das mamas após perda ponderal expressiva, decorrente de gastroplastia redutora. RESULTADOS ÍNDICE Em todos os casos obtiveram-se simetria e formato cônico das mamas no pós-operatório tardio. Uma das pacientes apresentou deiscência da ferida operatória em função de agravos nutricionais e anemia, sendo que a mesma não concordava ser submetida à hemotransfusão por motivos religiosos. Essa paciente necessitou ser submetida a refinamento secundário da cicatriz. As pacientes relataram não terem apresentado alteração da sensibilidade mamária e estão satisfeitas com os resultados. DISCUSSÃO ÍNDICE O retalho tóraco-dorsal reverso apresenta como vantagens a cobertura da região mamária com tecido saudável e não inerte, diminuindo a possibilidade de esteatonecrose e/ou lipólise, já que não carreia músculo em seu conteúdo (3). Ademais, a terceira porção inferior do músculo peitoral maior é utilizada para ancoragem, o que praticamente não causa déficit funcional, já que esta parte do músculo é responsável somente pela rotação interna do úmero e adução final do braço (4,5). O retalho ainda permite uma conformação mamária cônica (5), simetria dos complexos aréolo-mamilares, além da reconstrução da cauda axilar mamária. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1)Hölmstrom H, Lossing C. The lateral thoracolateral flap in breast reconstruction. Plast Reconstr Surg 1986; 77 (6) pp: 933-943. 2)Lossing C, Hölmstrom H, Malm M, Blomqvist L. Clinical follow-up of the lateral thoracolateral flap in breast reconstruction: comparative evaluation from two plastic surgical centers. Sacand J Plast Reconstr Surg Hand Surg 2000; 34 (4) pp. 331-338. 3)Fisher J, Bostwick J III, Powell RW. Latissimus dorsi blood supply after thoracodorsal ressel division: the serratus collateral. Plast Reconst Surg 1983; 72 (4): 502-511. 4)Caldeira AML, Lucas A. Pectoralis Major Muscle Flap: a new support approach to mammaplasty, personal techinique. Aesth Plast Surg 2000; 24: 58-70. 5)Caldeira AML, Lucas A. Tríplice interposição de retalhos: técnica pessoal em mamoplastia redutora e mastopexia. Rev Bras Mastol 1996; 6:70-79. APLICAÇÃO DE ENXERTO CARTILAGINOSO PARA A DEFINIÇÃO DA PONTA EM NARIZ FISSURADO INTRODUÇÃO | OBJETIVOS | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Velibor Kostić MD CO-AUTORES João Francisco do Valle Pereira Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Alfonso Amaturo Membro Correspondente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Membro da Sociedade Italiana de Cirurgia Plástica Rafaela de Assis Salvato MD DESCRITORES aplicação, enxerto, cartilaginoso, nariz. INSTITUIÇÃO Clínica de Cirurgia Plástica Valle Pereira Av. Oswaldo Rodrigues Cabral, 1570 Ático - CentroCep: 88015-710 Florianópolis - SC INTRODUÇÃO ÍNDICE Para a definição da ponta do nariz fissurado, podem ser usadas as mesmas técnicas e táticas já pré-estabelecidas para a rinoplastia puramente estética, sem usar as grandes incisões que mutilam a ponta e que deixam o paciente ainda mais traumatizado. OBJETIVOS ÍNDICE Analisar a enxertia cartilaginosa utilizada na rinoplastia estética e sua aplicação nas seqüelas de fissura lábio-palatina, visando uma maior sustentação e definição da ponta nasal. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Foi realizado um estudo prospectivo analisando sete pacientes portadores de seqüela de fissura labiopalatina que necessitavam de rinoplastia reparadora. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, tratamento prévio, tipo de fissura e tratamento realizado e a qualidade dos resultados encontrados. A cirurgia incluiu o uso do enxerto cartilaginoso de origem septal, posicionando-o e fixando-o entre as cartilagens alares. A correção da assimetria da narina foi realizada aproveitando a cicatriz antiga, sem reconstrução do lábio superior e sem a realização de osteotomia lateral. RESULTADOS ÍNDICE A idade média dos pacientes foi de 8,8 anos, sendo que a maioria dos pacientes estava com idade entre 11 e 15 anos. Todos os pacientes eram procedentes do estado de Santa Catarina e nenhum havia sido submetido a uma rinoplastia prévia. Concluiu-se que 5 pacientes tiveram resultado bom, 2 pacientes apresentaram resultado satisfatório e nenhum paciente com resultado insatisfatório. O pós-operatório de reconstrução de lábio leporino apresentou-se dentro dos padrões do nariz fissurado. No pós-operatório imediato e nos seis meses conseguintes analisados os pacientes não apresentaram complicações. DISCUSSÃO ÍNDICE As técnicas de uso de enxerto cartilaginoso utilizadas na rinoplastia clássica podem ser aproveitadas na cirurgia de nariz fissurado, independente da idade do paciente, não alterando o crescimento adequado do nariz. O desvio de septo, as faltas de projeção da ponta e da cartilagem alar do lado afetado podem ser corrigidas antes da adolescência, uma vez que não se agravam por causa da puberdade, mas ficam proporcionalmente maiores e conseqüentemente mais evidentes. O uso dos enxertos cartilaginosos e suturas internas não impedem o crescimento das estruturas afetadas e providenciam um melhor desenvolvimento das mesmas. O resultado é funcionalmente e esteticamente bom em mais de 70% das cirurgias realizadas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Carreirão S, Lessa S, Zanini AS. Tratamento das fissuras labiopalatinas. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 1996. 2.McComb H. Treatment of the unilateral cleft lip nose. Plast Reconstr Surg 1975 May; 55(5): 596-601. 3.McComb H. Primary correction of unilateral cleft lip nasal deformity: a 10-year review. Plast Reconstr Surg 1985 Jun; 75(6): 791-9. 4.Melega JM, Zanin AS, Psillakis JM. Cirurgia plástica reparadora e estética. 2.ed. São Paulo: Medsi; 1992. 5.Millard DR. The unilateral cleft nose. Plast Reconstr Surg 1964; 34:169. ESTUDO ESTATISTICO DO VOLUME DE IMPLANTES MAMARIOS DO AMBULATORIO DE CIRURGIA PLASTICA DA UNISANTA INTRODUÇÃO | PACIENTES | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Dr. Antonio Teixeira da Sliva Junior CO-AUTORES Ewaldo Bolivar de Souza Pinto Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Osvaldo Ribeiro Saldanha Membro titular da S.B.C.P. Presidente da S.B.C.P.(2006-2007), regente do Serviço de Cirurgia Plástica da UNISANTA Carlos Serra de Almeida Junior Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA Eduardo Lange Hentschel Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA DESCRITORES prótese de silicone, poliuretano, mamoplastia de aumento INSTITUIÇÃO AMBULATORIO DE CIRURGIA PLASTICA DA UNISANTA Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Ana Costa ,120 Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Os implantes mamários de silicone com superfície de poliuretano vêm sendo usados com êxito desde sua introdução, em 1970, e são as próteses de nossa preferência. Assim como cobertura, conteúdo, e formato, o volume dos implantes também tiveram modificações com o passar do tempo, seguindo tendências culturais e de época. O objetivo deste trabalho é relacionar o volume das próteses de mama colocadas no ambulatório de cirurgia plástica da UNISANTA entre o anos de 2001 a 2006. PACIENTES ÍNDICE Os autores deste trabalho realizaram uma análise estatística retrospectiva dos volumes de implantes de mama com gel coesivo-superfície de poliuretano empregados em 286 pacientes entre o período de agosto de 2001 a agosto de 2006. As pacientes foram submetidas a mamoplastia de aumento por razões estéticas. RESULTADOS ÍNDICE No primeiro período (fig.01), foram implantadas 40 próteses em 20 mulheres; no segundo (fig. 02), 34 implantes em 17 pacientes; no terceiro (fig.03), 47 cirurgias com 94 próteses; no quarto período (fig.04), 64 mulheres receberam 128 implantes, e no último, foram 156 próteses em 78 pacientes, totalizando realizadas 226 cirurgias, 452 implantes introduzidos. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 DISCUSSÃO ÍNDICE A casuística evidenciou um aumento progressivo no número de mamoplastias de aumento a partir do terceiro período, ou seja, a partir de agosto de 2003. Tambem houve um acréscimo quanto ao volume utilizado ao longo dos anos, com diferença significativa do volume de implantes mais colocados em 2001 se comparados aos volumes mais introduzidos em 2006. Tal distinção poderia ser explicada por tendências culturais e de época, considerando a preferência atual é cada vez maior por mamas mais volumosas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Ashley, F. A new type of breast prosthesis. Plast Reconstr Surg. 1970 45(5); 421, 2.Hester R, Bostwick J, Cukic. A 5-year experience with polyurethane-covered mammary implants in aesthetic and reconstructive breast surgery. Plast Reconst Surg 1988 88(3) 503, 3.Hoefflin S. Extensive experience with polyurethane breast implants. Plast Reconst Surg 1990 86(1) 166 4. Vazques G. A ten-year experience using poliurethane-covered breast implants Aesth Plast Surg 1999 23 189 5. Bozola A R, Bozola A C, Carrazonni R M. Inclusao de proteses mamarias de siliconepoliuretano. Rev Soc Bras Cir Plast 2006, 21(1) 18 ANÁLISE PROSPECTIVA DE TRAUMAS FACIAIS EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA REGIONAL INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Petrônio Fleury Neto MD CO-AUTORES Luís Ricardo Martinhão Souto MD Ricardo Aydar Natalin MD Marco Antônio de Camargo Bueno MD Paulo Henrique Facchina Nunes MD DESCRITORES Análise, traumas, faciais. INSTITUIÇÃO Hospital Estadual Sumaré - UNICAMP Sumaré - SP ÍNDICE INTRODUÇÃO Os traumatismos faciais representam causa de deformidades severas, mortes e altos custos financeiros para o sistema público de saúde. O objetivo deste trabalho é analisar os casos de traumatismo facial atendidos em um hospital de referência regional em determinado período. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODO Por meio de análise prospectiva dos dados de 50 pacientes, vítimas de traumatismo facial, atendidos no Hospital Estadual Sumaré (HES) / UNICAMP, no período compreendido entre fevereiro de 2003 e fevereiro de 2006, com base em um protocolo específico, foram analisados dados epidemiológicos, lesões associadas, intercorrências durante o atendimento inicial, lesões e fraturas faciais mais prevalentes e morbi-mortalidade relacionada. RESULTADOS ÍNDICE O sexo masculino foi o mais acometido (78%). A idade média dos pacientes atendidos foi de 28,9 anos (variação de 12 a 64 anos). A maior incidência foi entre brancos (54%), seguida de pardos e negros (46%). Houve maior número de acidentes por veículos automotores (58%), sendo 34% por motos, 12% por bicicletas, 6% por carros e 6% de atropelamentos. Tivemos 38% de casos por violência interpessoal (38%), com 20% por ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) e 18% por agressão física. Tivemos, ainda, 3% de pacientes vítimas de queda da própria altura. Houve índice de 56% de lesões associadas, com 32% de traumatismo crânio-encefálico (TCE), 22% de traumas de membros, 6% de traumas raqui-medulares (TRM), 6% de traumas abdominais e 2% de traumas oculares. Entre os pacientes com patologias associadas (46%), tivemos elevado índice de tabagismo (30%) e etilismo (28%), e 16% de drogadição. Em ordem por região anatômica, as fraturas mais comuns foram as orbitárias (56%), mandibulares (50%), maxilares (20%), nasais (20%), zigomáticas (18%) e frontais (8%). Fraturas envolvendo mais de um osso da face foram vistas em 46% dos pacientes. O acompanhamento pósoperatório apontou um índice de 14% (n=7) de complicações, com 2 casos de infecção e 2 casos de diplopia. DISCUSSÃO ÍNDICE A baixa faixa etária (média de 28 anos) e o grande número de acidentes por motos e bicicletas (48%) ocorrem por serem estes meios de transporte muito freqüentes entre os jovens e os menos favorecidos economicamente. A região atendida pelo HES é caracterizada por um baixo índice de desenvolvimento humano, o que explica a grande quantidade de traumatismos por violência interpessoal e por acidentes automobilísticos, devido ao uso pouco freqüente de dispositivos de segurança. O alto índice de lesões associadas (56%) está relacionado com acidentes de elevada energia cinética. Tivemos sucesso na utilização de miniplacas e parafusos de titânio, com 2% de extrusão, justificando seu uso preferencial pela baixa ocorrência de disoclusão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Kelley P, Crawford M, Higuera S, Hollier LH. Two hundred ninety-four consecutive facial fractures in an urban trauma center: lessons learned. Plast Reconstr Surg 2005; 116(3): 42e-49e. 2. Luce EA, Tubb TD, Moore AM. Review if 1,000 major facial fractures and associated injuries. Plast Reconstr Surg 1979; 63(1): 26-30. 3. Beck RA, Blakeslee DB. The changing picture of facial fractures. 5-year review. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 1989; 115(7): 826-9. 4. Gassner R, Tuli T, Hachl O, Rudisch A, Ulmer H. Cranio-maxillofacial trauma: a 10 year review of 9,543 cases with 21,067 injuries. J Craniomaxillofac Surg 2003; 31(1):51-61. FRATURAS DE FACE: ANÁLISE ESTATÍSTICA RETROSPECTIVA DESDE 1.998 A 2.000 NO HOSPITAL SANTO AMARO - GUARUJÁ RESUMO | ABSTRACT | INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Dra. Sandra Márcia da Silva Moia MD CO-AUTORES Ewaldo Bolivar de Souza Pinto Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA. Osvaldo Ribeiro Saldanha Membro titular da S.B.C.P. Presidente da S.B.C.P.(2006-2007), regente do Serviço de Cirurgia Plástica da UNISANTA. Antonio Teixeira da Silva Júnior Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA Rodrigo Federico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA. DESCRITORES FRATURAS FACE ANÁLISE ESTATÍSTICA RETROSPECTIVA INSTITUIÇÃO HOSPITAL SANTO AMARO - GUARUJÁ Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Ana Costa ,120 Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected] RESUMO ÍNDICE Os traumatismos da face apresentam alta incidência nos dias de hoje, tendo os mais variados fatores etiológicos, destacando - se como o mais importante os acidentes automobilísticos. Neste estudo, os autores analisam, retrospectivamente, as incidências de fraturas de face, relacionando com região anatômica acometida, sexo e idade, no período de janeiro de 1.998 a julho de 2.000, Realizado no Hospital Santo Amaro - Guarujá. ABSTRACT ÍNDICE Nowdays , the face trauma presents high incidence with many causes, which more important have been the automobile accidents . In this study, the author analyses, in retrospect the prevalence of face fractures relating anatomic region, sex and age, during January of 1.998 until July of 2.000, performed at the Hospital Santo Amaro - Guarujá. INTRODUÇÃO ÍNDICE Certamente desde a era do homem das cavernas e Antiga Idade da Pedra, homens tentaram tratar as fraturas de face. E no decorrer dos séculos, muitas tentativas vêm sendo realizadas com objetivo de encontrar melhores técnicas para tal procedimento. Fica claro assim, perceber que esta procura em aperfeiçoar o tratamento da fratura de face deve - se à sua incidência marcante no dia a dia da humanidade. O relatório da Pesquisa sobre Danos em Colisões Automotivas da Universidade de Cornell (1.961) indicou que 72,1% das vítimas em acidentes automobilísticos sofrem lesões das estruturas faciais e muitas incluem fraturas do esqueleto facial². Braustein , em 1957 , num estudo de 1.000 acidentes que produziram lesões e que envolveram 2.253 ocupantes, encontrou que 72,3% das 1.213 pessoas feridas sofrem ferimentos na cabeça. Em 7,2% destes pacientes, pelo menos um osso facial foi fraturado². Um artigo publicado por Chen¹, em 1.999, mostra a incidência de lesões em diversas partes do corpo em acidentes automobilísticos com indivíduos que fizeram uso de álcool ou não. O autor constatou que a face foi o sítio mais comum de lesões - sendo 56% nos que usaram álcool e 32% nos que não usaram. Em 2.000, Powen demonstrou numa análise retrospectiva de acidentes de bicicletas com crianças, durante 9 anos, que o sítio mais comum de lesões era a cabeça ou face (83%). Também em 2.000, Ricé analisando lesões e mortes em crianças, causadas por acidentes com carros de neve, mostrou que a segunda região mais comum de lesões foi a cabeça, pescoço e face (28,2%) e as que predominaram em causa de morte (66,7%). Neste trabalho, temos como objetivo, analisar a incidência da fratura de face, relacionando região anatômica acometida, sexo e idade. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram analisados, retrospectivamente, 235 pacientes com diagnóstico de fratura de face no período de janeiro de 1.998 a julho de 2.000, internados no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Santo Amaro Guarujá, estabelecendo relação entre incidência anatômica, sexo e idade. RESULTADOS ÍNDICE Dos 235 pacientes analisados, 179 tiveram fratura de nariz, 22 com fratura de malar, 31 paciente apresentavam fratura de mandíbula, 2 com fratura de maxila ( 1 Le Fort I ; 1 Le Fort III ) e 1 com fratura de alvéolos dentários ( Gráfico 1 ). A idade variou de 03 a 74 anos, com uma média de 32,96 anos, predominando a 3ª e 4ª décadas. (Tabela 1) Em todos os tipos de fraturas a predominância foi do sexo masculino, sendo 173 homens e 62 mulheres. (Gráfico 2 ) Figura 1 - Incidência de ftatura de face quanto regiões anatômicas acometidas Figura 2 - Incidência de fratura de face relacionando área anatômica e idade Figura 3 - Incidência de fraturas de face relacionando área anatômica e sexo DISCUSSÃO ÍNDICE Os traumatismos do segmento cefálico apresentam uma alta incidência dentro da traumatologia em geral, em virtude da situação exposta e da mobilidade da cabeça³. Analisando nossos resultados, pôde - se constatar a alta incidência de fratura de face neste período, tendo como causas os acidentes de trânsito, acidentes domésticos, agressões física e ferimentos por arma de fogo, sendo mais comuns os acidentes com automóveis, o que vem confirmar os dados encontrados na literatura. Notou - se também a grande incidência de fratura de nariz em relação às outras regiões da face, o que é uma preocupação, pois este tipo de lesão pode resultar em uma importante incapacidade estética e funcional. (Foto 1) , sendo sua maior causa a agressão física e idade mais acometida entre 2ª 3ª décadas de vida. Achamos que todos os golpes severos ao nariz devem levantar suspeitas de haver provocado fraturas ou deslocamentos, fazendo - se necessário o diagnóstico preciso e o tratamento precoce e adequado da fratura,pois a demora pode resultar numa deformidade inestética e difícil de corrigir. Os outros tipos de fraturas de face também podem ocasionar diversas seqüelas para os pacientes, como deformidade facial em fraturas de malar (Fotos 2 e 3 ) , pseudoartroses , consolidação viciosa e má oclusão dentária no caso de fraturas maxilomandibulares. Portanto , toda fratura facial deve ser considerada grave e tratada com atenção e cuidado para se evitar suas complicações. Concluímos, então, que em todo serviço de Cirurgia Plástica deve - se fazer uma boa avaliação clínica e radiológica dos traumas de face, para que o diagnóstico correto seja feito e para que o paciente tenha um tratamento adequado. Figura 1 - Fratura de nariz com desvio à direita Figura 2 - Sequela de fratura de malar à E : Afundamento facial com 2 meses de evolução Figura 3 - Sequela de fratura de malar à E. Paciente não tratado REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.CHEN S.C.; LIN F.Y.; CHANG K. J. Body region prevalence of injury in alcohol- and nonalcohol- related traffic injuries. J Trauma; 1.999 ~47(5): 881 - 4. 2. DINGMAN. Cirurgia das Fraturas Faciais. 1ª Edição em Português. Santos. 1983, Cap.2,11-42; Cap.3 ,43 - 95. 3.NETTO, ALÍPIO CORRÊA Clinica Cirúrgica.4ª Edição.Sarvier1994; Cap.47, 368 -377 4. POWELL E. C. ; TANZ R R .Tykes and Bikes : injuries associated with bicycJe - towed child trailers and bicycle - mounted child seats .Arch Pediatr Adolesc Med. 2000; 154(4):351-3 . 5. RICE M. R.; ALVANOS L.; KENNEY B. Snowmobile injuries and deaths in children : a review of national injury data and state legislation .Pediatrics .2000 ; 105(3 Pt 1) : 615- 9 . TUMORES E MAL FORMAÇÕES VASCULARES - ESTUDO RETROSPECTIVO - ANÁLISE DE 62 CASOS CLÍNICOS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA | AUTOR Alexander Farinas Pinheiro MD CO-AUTORES Marcelo de Campos Guidi MD Fernando Fabrício Franco MD Eduardo Vilas Boas Braga MD Rafael Guiselli Lopes MD Fabiana Duarte Martins MD Leonardo Santos Barros Spencer MD DESCRITORES Mal, formações, vasculares, retrospectivo, estudo, tumores. INSTITUIÇÃO Instituto de Cirurgia Plástica SOBRAPAR Av. Francisco Glicério,1938 ap131 - Vila ItapuraCEP: 13010-912 Campinas - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE O sistema de classificação de anomalias vasculares foi modificado e aceito pela Sociedade Internacional de Estudo das Anomalias Vasculares em 1996, é baseado na atividade biológica do tumor. As anomalias foram divididas em duas categorias: tumores vasculares e mal formações vasculares. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram estudados 62 casos de tumores e malformações vasculares, em um estudo retrospectivo, no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2006. O estudo foi realizado através da utilização de protocolo e análise de prontuários. RESULTADO ÍNDICE Dos casos estudados 34 foram do sexo feminino ( 54,8% ) e 28 do sexo masculino ( 45,2% ), a idade média em anos foi de 8,30 anos, a idade mínima de 2 meses e a máxima de 58 anos, com desvio padrão de 11,5. Classificamos biologicamente a doença, 91,9 % dos casos eram tumores e 8,1% mal formações vasculares. Dos tumores 94,4% eram proliferativos e das mal formações vasculares 100% eram linfática. Clinicamente 90,3% dos casos eram hemangiomas, 8,1% linfangiomas e 1,6% como parte de uma síndrome hemangiomatosa. A grande maioria dos hemangiomas é tumoral 85,18%. Esses ainda foram sub-classificados em fragiforme ( 29,2% ), tuberoso ( 16,7% ), cavernoso ( 43,8% ) e misto ( 10,4% ). Topograficamente os tumores e mal formações vasculares localizaram em sua grande maioria na face ( 75,4% ), principalmente no terço médio da face ( 26,2% ). O principal tipo de tratamento utilizado foi a escleroterapia ( 26,2% ), mas também utilizamos outros tipos de tratamento como o espectante ( 9,8% ), a corticoterapia ( 6,6% ), o laser ( 3,3% ), a embolização ( 1,6% ), a cirurgia ( 13,1% ), a terapia compressiva ( 21,3% ). Grande parte dos pacientes não aderiram a qualquer tipo de tratamento ( 18% ). Como tratamento adjuvante ao tratamento primário os principais tipos foram a escleroterapia ( 30% ) e a terapia compressiva ( 25% ). DISCUSSÃO ÍNDICE Demonstramos a importância de um estudo continuado para o correto diagnóstico e uso da terminologia das mal-formações vasculares, visto que encontramos dificuldade em classificá-las devido a sua grande variedade de apresentações. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ÍNDICE 1-Gampper, T.J., Morgan, R.F. Vascular anomalies: hemangiomas. Plast. Reconstr. Surg. 110:572-585, 2002. 2-Metry, W.D., Hebert, A.A. Benign Cutaneous Vascular Tumors of Infancy. Arch. Dermatol. 136: 905:914, 2000. 3-Forte V, Triglia JM, Zalzal G. Hemangioma. Head Figura 1 Figura 2 DESLUVAMENTO DE MEMBROS INFERIORES: TRÊS CASOS CLÍNICOS INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA | RESULTADO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Matthias Weinstock CO-AUTORES Marcello Di Martino Residente de terceiro ano da Disciplina de Cirurgia Plástica - UNIFESP Rafael de Almeida Santos Residente de terceiro ano da Disciplina de Cirurgia Plástica - UNIFESP Lydia Masako Ferreira Professora Titular da Disciplina de Cirurgia Plástica - UNIFESP DESCRITORES desluvamento, membros inferiores INSTITUIÇÃO Disciplina de Cirurgia Plástica-UNIFESP Rua Napoleão de Barros 715 4º andarTelefone: 55764118 INTRODUÇÃO ÍNDICE O tratamento das avulsões de pele traumáticas depende principalmente da extensão, profundidade, localização e tecidos acometidos pela lesão. Múltiplas são as possibilidades de reconstrução da cobertura cutânea da região acometida, sendo as principais o enxerto de pele¹ ² e os retalhos. Os retalhos dermo-gordurosos, fáscio-cutâneos, músculocutâneos e microcirurgicos ³ 4 são os mais comuns. Entretanto outras possibilidades como o transplante de omento também estão descritas, porem a alternativa mais freqüente continua sendo o enxerto de pele parcial . CASUÍSTICA ÍNDICE Descrevemos três casos clínicos de pacientes vítimas de traumas graves que sofreram desluvamento de membros inferiores. A conduta nestes dois casos foi a ressecção da pele desluvada e sua colocação como enxerto de espessura parcial , após debridamento do tecido gorduroso subjacente . Caso 1, paciente vítima de atropelamento por ônibus, com fratura de tíbia associada, apresentava avulsão de dois terços do membro inferior, com lesão dos pedículos vasculares, porem com a musculatura relativamente intacta. A fratura de fêmur foi estabilizada com um fixador externo e após o emagrecimento o enxerto de pele. Caso 2, paciente vítima de atropelamento por ônibus com fratura de fíbula e fêmur (optado por tratamento conservador por parte da ortopedia). Realizado mesmo procedimento acima. Caso 3, paciente feminino, 37 anos, vítima de atropelamento por ônibus, com compressão do pé esquerdo pela roda, com desluvamento da região dorsal do pé. RESULTADO ÍNDICE No tratamento destes pacientes, com extensos desluvamentos de membros inferiores e evidente destruição dos pedículos que garantiriam a irrigação da pele, associada a existência de um bom leito receptor optamos pela enxertia de pele do próprio tecido avulsionado. No primeiro paciente houve integração de 10% do tecido enxertado, no segundo 30%, na terceira integração de 100%. Acreditamos que o resultado limitado se deve a fatores da pele de qualidade pior (apesar de não visível macroscopicamente) devido maceração pelo trauma e leito receptor formado por musculatura traumatizada e contusa. CONCLUSÃO ÍNDICE Acreditamos que nesse tipo de caso esta é ainda uma boa opção de tratamento, pois permite utilizar a pele que não teria chance de sobrevivência, possibilitando a cobertura de grandes áreas logo no primeiro tempo cirúrgico e poupando o paciente das perdas substanciais decorrentes da falta de cobertura cutânea. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1-Mandel MA; The management of lower extremity degloving injuries; Ann Plast Surg, 1981 Jan, 6(1); 1-5 2-Wong LK, Nesbit RD, Turner LA, Sargent LA; Management of a circunferential lower extremity degloving injury with the use of vacuum-assisted closure. South med J, 2006,jun;99(6);628-30 3-Sukop A, Tvrdek M, Duskova M, Padera J; Degloving injury-the use of a combination of free fasciocutaneous sensitive flap and pedicle flaps for reconstruction. Acta Chir Plast 2005; 47(4);107-11 4-Thomas BP, Katsarma E, Tsai TM, Replantation of total degloving of the hand : case report; J Reconstruc Microsurg, 2003 May; 19 (4):217-20 Figura 1 - Caso 1 aspecto durante desengurduramento Figura 2 - Caso 2 Pré-operatório 1 Figura 3 - Caso 2 Pós-operatório Figura 4 - Caso 2 Pós-operatório 3 dias Figura 5 - Caso 2 Pós-operatório 15 dias Figura 6 - Caso 2 Pós-operatório 1 mês TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PACIENTE COM SÍNDROME DE BARRAQUER-SIMON - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Alexander Farinas Pinheiro MD CO-AUTORES Marcelo de Campos Guidi MD Fernando Fabrício Franco MD Eduardo Vilas Boas Braga MD Rafael Guiselli Lopes MD Fabiana Duarte Martins MD Leonardo Santos Barros Spencer MD DESCRITORES síndrome, barraquer-simon, relato. INSTITUIÇÃO Instituto de Cirurgia Plástica SOBRAPAR Av. Francisco Glicério,1938 ap131 - Vila ItapuraCEP: 13010-912 Campinas - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE Luis Barraquer Ferré e Lucien Simon descreveram, no início do século XX, uma doença caracterizada por progressiva atrofia da gordura do subcutâneo, limitada à parte superior do corpo incluindo a face. É uma síndrome rara de origem obscura também conhecida como lipodistrofia céfalo-torácica. O objetivo do artigo é descrever um caso da Síndrome de Barraquer-Simon com envolvimento facial e torácico sem outras anomalias. A paciente foi admitida no Instituto de Cirurgia Plástica - SOBRAPAR em Campinas - São Paulo em 1995 e desde então vem sendo acompanhada. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Revisão assistemática da literatura através do banco de dados do MEDLINE de 1935 a 2006, correlação clínica e estudo do caso descrito. RESULTADO ÍNDICE A paciente apresentou bons resultados após lipoenxertias, cirurgia para colocação de bioimplantes malares e cirurgia ortognática. A cirurgia ortognática proporcionou melhora da estética da paciente com alto grau de satisfação, houve melhora da mecânica funcional oral, melhora da hipoplasia maxilar, do prognatismo e da mastigação cruzada. DISCUSSÃO ÍNDICE A Síndrome de Barraquer-Simon, classificada como lipodistrofia parcial é pouco entendida. Várias teorias sugerem uma anormalidade primária das células gordurosas, da ação do agente humoral que mobiliza gordura ou um defeito no controle neuronal do metabolismo da célula gordurosa, porém sem um suporte experimental que sustente a hipótese e nem explique satisfatoriamente todas as características associadas às lipodistrofias parciais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Barraquer-Ferre L. Lipodystrophie progressive: Syndrome de Barraquer-Simons. Press Med. 43: 1672, 1935. 2.Senior B, Gellis SS. The syndrome of total lipodistrophy and partial lipodistrophy. Review article. Pediatrics 33: 593, 1964. 3.Eisinger AJ, Shortland JR, Moorhead PJ. Renal disease in partial lipodistrophy. Q. J. Med. 41: 343, 1972. 4.Ducours JL, Poizac P, Ardanza B et al. Syndrome de Barraquer-Simons et Lipofiling facial. Ver. Stomatol, Chir. Maxillofac. 92: 105, 1991. 5.Reardon W, Temple IK, Mackinnon H et al. Partial lipodystrophy syndromes a further male case. Clin. Genet. 38: 391, 1990. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 RECONSTRUÇÃO DE COURO CABELUDO COM RETALHO SUBGALEAL BASEADO NO RAMO POSTERIOR DA ARTÉRIA TEMPORAL SUPERFICIAL: RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Rodrigo Augusto Rosolen CO-AUTORES Bruno Barreto Cintra Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti David Di Sessa Lopes Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti Regina Maura do Nascimento Silva Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti Jóse Ronaldo de Castro Roston Coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti DESCRITORES reconstrução, couro, cabeludo, retalho, subgaleal, temporal. INSTITUIÇÃO Hospital Municipal Dr. Mário Gatti Campinas S. P. INTRODUÇÃO ÍNDICE O trauma é uma das principais causas de lesões com perdas de substâncias, as quais requerem uma intervenção reconstrutiva pela Cirurgia Plástica. Lesões em couro cabeludo são freqüentes e inúmeras formas terapêuticas são descritas na literatura para o tratamento dessa enfermidade. As descrições mais freqüentes para uso de retalho temporal são na reconstrução de pálpebra e terço médio da face, seu uso em reconstruções de couro cabeludo são pouco descritas. RELATO DE CASO ÍNDICE O presente trabalho relata o caso de um paciente masculino, branco, 28 anos vítima de atropelamento com extensa perda de substância em couro cabeludo em região parietal com exposição da calota craniana, sendo submetido a uma reconstrução com retalho subgaleal baseado no ramo posterior da artéria temporal superficial. Paciente também apresentava lesão em ombro esquerdo com perda de substância e exposição óssea da cabeça do úmero a qual foi tratada com retalho subfascial paraescapular e enxertos parciais de pele. Paciente apresentou boa evolução, sem áreas de necrose com cobertura total de calota craniana exposta, e de cabeça de úmero, apresentando bom resultado funcional e estético. DISCUSSÃO ÍNDICE O Retalho subgaleal da artéria temporal é uma forma terapêutica de fácil execução e possui um bom arco de rotação, desta forma, sendo útil em diversas reconstruções em couro cabeludo e face. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1-Ozerdem OR. Prefabricated galeal flap based on superficial temporal and posterior auricular vessels. Plast Reconstr Surg;111(7):2166-75, 2003 Jun. 2-Kiyokawa K. Efficacy of temporal musculopericranial flap for reconstruction of the anterior base of the skull. Scand J Plast Reconstr Surg Hand Surg;34(1):43-53, 2000 3-Hing DN. Use of the temporoparietal free fascial flap in the upper extremity. Plast Reconstr Surg;81(4):534-44, 1988 Apr. NOVA ALTERNATIVA DE CANTOPEXIA LATERAL PARA TRATAMENTO DE LAGOFTALMO NA PARALISIA FACIAL/ NEW TECHNIQUE OF LATERAL CANTHOPEXY FOR TREATMENT OF FACIAL PALSY LAGOPHTHALMO INTRODUÇÃO | OBJETIVO | MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Silvio Evandro Daniel Hernandes MD CO-AUTORES Cristiano Ricardo Abreu MD Jorge Lorenzoni Moulim MD Fausto Viterbo MD DESCRITORES cantopexia lagoftalmo paralisia facial canthopexy facial palsy lagophthalmo INSTITUIÇÃO Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista - UNESP Botucatu SP. Rua Benedito Franco Camargo 150, Apto 108, Vila Santana, CEP 18607780, Botucatu, SP INTRODUÇÃO ÍNDICE Vários métodos para correção de lagoftalmo secundário à paralisia facial têm sido publicados. Apesar da inclusão de uma mini placa de ouro na pálpebra superior proporcionar uma grande melhora no fechamento ocular 1, a coexistência do ectrópio paralítico da pálpebra inferior torna o tratamento insatisfatório. 1 A combinação deste procedimento com cantopexia lateral tem sido reportada para melhora dos resultados por diversos autores 2,. A técnica tradicional de realização desta cantopexia lateral é bastante difundida e cursa com necessidade de ampla dissecção e incisão de pele próximo ao canto lateral dos olhos 3. OBJETIVO ÍNDICE O objetivo deste trabalho é propor uma variação à técnica de cantopexia lateral tradicional com baixa morbidade, rápida execução e mínimas cicatrizes. MÉTODO ÍNDICE Sete pacientes foram operados entre o período de janeiro de 2005 a maio de 2006. As cirurgias foram realizadas através de duas incisões, uma delas de 0,5 cm sobre a sobrancelha e outra de aproximadamente 1 cm subciliar lateral. Uma agulha comum de injeção 25X7 mm, introduzida pela incisão sobre a sobrancelha, foi usada para transfixar o periósteo da parede lateral da órbita até sua saída próximo ao canto lateral da pálpebra inferior. Através do pertuito desta agulha foi passado um fio de poliéster 4.0, utilizado para fixar a faixa lateral de tarso (tarsal strip) até o periósteo lateral da órbita, transfixado pela agulha. RESULTADOS ÍNDICE Através de análise fotográfica pré e pós-operatória observou-se importante melhora estética e, sobretudo, funcional, em todos os pacientes operados. Em um dos pacientes o resultado foi aquém dos demais, devido às suas características anatômicas de proptose ocular. DISCUSSÃO ÍNDICE A limitação durante a realização da técnica convencional está atribuída à curvatura e profundidade que a agulha do fio de sutura tem de percorrer, para fixação à borda periostal orbitária de forma adequada 4. Nossa proposta veio para facilitar este detalhe, já que propicia facilidade na fixação e suspensão do canto lateral, é de rápida execução e cursa com mínimas cicatrizes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Nakazawa, Hiroaki; et al; Treatment of paralytic lagophthalmos by loading the lid with a gold plate and lateral canthopexy. Scandinavian Journal of Plastic and Reconstructive Surgery and Hand Surgery. 38(3):140-144, 2004. 2.Moe KS, Linder T. The lateral transorbital canthopexy for correction and prevention of ectropion. Arch Facial Plast Surg 2000;2:9-15. 3.Anderson, R. L., and Gordy, D. D. The tarsal strip procedure. Arch. Ophthalmol. 97: 2192, 1979. 4.Hagerty, Richard C. M.D.;et al; .Lateral Canthopexy Using the Hollow Needle Technique; Plastic and Reconstructive surgery Volume 117(4), 1 April 2006, pp 1289-1291. Figura 1 - Aspecto pré-operatório Figura 2 - Aspecto pós-operatório Figura 3 - Agulha 25x7 mm introduzida pela incisão sobre a sobrancelha até o canto lateral da pálpebra inferior Figura 4 - Através do pertuito da agulha é passado o fio de poliéster 4.0 Figura 5 - O fio de poliéster é passado na faixa lateral do tarso. Figura 6 - Tracionando o fio, o tarso é levado ao encontro do periósteo lateral da órbita RECONSTRUÇÃO DA COLUMELA EM SUA AUSÊNCIA CONGÊNITA: RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Rodrigo Augusto Rosolen CO-AUTORES Bruno Barreto Cintra Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário David Di Sessa Lopes Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Marco Antônio Ribeiro Albrecht Médico Assistente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti. José Ronaldo de Castro Roston Coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário DESCRITORES reconstrução, columela, ausencia, congênita. INSTITUIÇÃO Hospital Municipal Dr. Mário Gatti Campinas S. P. INTRODUÇÃO ÍNDICE O nariz tem uma grande importância na estética facial. Sua projeção é determinada pela columela, cuja ausência congênita é rara e de etiologia desconhecida. RELATO DE CASO ÍNDICE Relata-se um caso de uma paciente de sexo feminino, 37 anos, que procurou o serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, com ausência congênita da columela. Foi feita a reconstrução usando enxerto de cartilagem costal e retalhos de mucosa nasal e septal para sua cobertura. DISCUSSÃO ÍNDICE O presente trabalho ilustra uma das possibilidades de reconstrução da columela, apresentando um bom resultado tardio funcional e estético. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1-Bilkay U. Reconstruction of congenital absent columella. J Craniofac Surg;15(1):60-3, 2004 Jan. 2-Sherris DA. Reconstruction of the nasal columella. Arch Facial Plast Surg;4(1):42-6, 2002 Jan-Mar. 3-Mavili ME. Congenital isolated absence of the nasal columella: reconstruction with an internal nasal vestibular skin flap and bilateral labial mucosa flaps. Plast Reconstr Surg;106(2):393-9, 2000 Aug. PROTOTECOSE ASSOCIADA A CÂNCER CUTÂNEO: RELATO DE CASO OBJETIVO | INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Márcio Augusto Tavares Paes Barreto MD CO-AUTORES Cristiano Gonçalves Fleury Curado Residente do serviço Marcelo Moreira Cardoso Ex residente do serviço Juliano Carlos Sbalchiero Staff do serviço Paulo Roberto de Albuquerque Leal Chefe do serviço DESCRITORES prototecose, câncer, cutâneo. INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva do Instituto Nacional de Câncer Rua Washington Luis 85/402Centro- Rio de JaneiroCep 20230-026 ÍNDICE OBJETIVO Descrever um caso raro de prototecose associada a câncer cutâneo. ÍNDICE INTRODUÇÃO A prototecose é uma infecção rara causada por uma alga do gênero prototeca. Esses organismos já foram isolados da água, esgoto e solo e são uma causa conhecida de doença em outros mamíferos. A infecção em humanos ocorre por inoculação traumática e se manifesta principalmente sob a forma de lesões cutâneas, em pacientes imunocomprometidos a sintomatologia costuma ser mais exuberante. O tratamento das lesões é feito por exérese das lesões ou com antifúngicos. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Paciente masculino, 74 anos, encaminhado ao Inca com história de ressecção incompleta de carcinoma basocelular(CBC) em face, apresentando lesão em pálpebra esquerda biopsiada e diagnosticada como CBC. Foi submetido a exenteração alargada de órbita porém houve recidiva do tumor após 1 ano. Na segunda cirurgia foi ressecado todo o cone orbitário e realizada a reconstrução com retalho VRAM livre, procedimento conjunto das equipes de neurocirurgia, cabeça e pescoço e cirurgia plástica, considerado de caráter higiênico. 6 meses após a segunda cirurgia surgiram lesões suspeitas na porção medial do retalho, biopsiadas e compatíveis com lesões granulomatosas com parasitas do gênero prototheca. O paciente foi encaminhado a FIOCRUZ onde foi confirmado o diagnóstico e realizado o tratamento com anfotericina B complexo lipídico. DISCUSSÃO ÍNDICE O primeiro caso de prototecose cutânea em humanos foi descrito na China, no Brasil existem 2 casos e pouco mais de 100 em todo o mundo. A forma como o caso descrito se apresentou é bastante peculiar e não encontramos relato semelhante, apesar de existirem casos descritos de prototecose em pacientes com câncer. CONCLUSÃO ÍNDICE A forma cutânea da prototecose pode ser confundida com câncer cutâneo e pode ser incluída como diagnóstico diferencial das neoplasias de pele. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Agostini,A.A; Lisot,J.M; Gonzáles,D.H. Prototecose do cotovelo: relato de um caso.AMB rev. Assoc. Med. Bras;29(9/10):179-9, 1983. 2,Torres HA; Bodey GP; Tarrand JJ; Kontoyiannis DP. Protothecosis in patients with câncer: case series and literature review. Clin. Microbiol. Infect;9(8):786-92,2003 Aug. RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA COM CICATRIZ FINAL EM T INVERTIDO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Ângela Maria Carvalho Maximiano MD CO-AUTORES Rosane Schetino Biscotto MD Márcio José de Abreu Dibe MD Paulo Roberto de Albuquerque Leal MD Henrique Muller MD DESCRITORES reconstrução INSTITUIÇÃO Instituto Nacional de Câncer - HCIII Rua Paissandu, 146/402 Flamengo, Rio de Janeiro cep 22210 080 INTRODUÇÃO ÍNDICE A plástica mamária feminina com cicatriz em T invertido (Pitanguy, Wise) é a técnica de redução mais utilizada no mundo. Numa tentativa de mimetizar este procedimento de cirurgia estética das mamas, realizamos a marcação da mastectomia em T invertido, realizando a reconstrução com o retalho miocutâneo do reto abdominal em ilha transversa (TRAM). MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE No período de abril de 2004 a maio de 2006, foram realizadas em nossa instituição 324 reconstruções mamárias, sendo que 24 foram reconstruções imediatas utilizando o retalho do TRAM de forma convencional, desepidermizado, utilizando a pele da mama retirada de forma que a cicatriz final terminasse em T invertido. A outra mama era reduzida no mesmo ou num segundo tempo cirúrgico, pela técnica de Pitanguy, ou seja, com a cicatriz final também em T invertido. As pacientes selecionadas para o procedimento eram portadoras de Cdis multicêntrico com indicação de mastectomia poupadora de pele , portadoras de mamas grandes e com indicação para mamoplastia redutora com cicatriz final em T invertido, e portadoras de abdome doador para a reconstrução. Critérios de exclusão foram Hipertensão arterial grave, diabetis , obesidade grave, doenças auto-imunes, tabagismo, HIV , história de tromboembolismo prévio. ÍNDICE RESULTADOS Apesar das complicações encontradas, tais como necrose da pele da mastectomia (30% dos casos), esteatonecrose (30%) e abaulamento abdominal (20%), o método mostrou-se extremamente satisfatório tanto na avaliação das pacientes quanto na avaliação da equipe médica. ÍNDICE DISCUSSÃO a objeção feita por vários autores para este tipo de incisão em mastectomias seria a taxa mais elevada de necrose cutânea. Porém encontramos em dados de literatura que a taxa de necrose em mastectomias não poupadoras de pele (11,2%) é similar à de mastectomias poupadoras de pele (10,7%), e as mastectomias poupadoras de pele com incisão periareolar também apresentam taxas de necrose cutânea semelhantes às mastectomias em T invertido. Como a reconstrução é feita com tecido autógeno , o debridamento das áreas de necrose e a cicatrização por segunda intenção não levam à perda da reconstrução. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-Wise ,R.J. A preliminary report on a method of planning the mammaplasty. Plast.Reconstr.Surg.17:367,1956. 2-Toth,B.A., Forley,B.G., and Calabria,R.Retrospective study of the skin sparing mastectomy in breast reconstruction. Plastic. Reconstr.Surg.104:77,1999. 3-Carlson,Grant W.M.D.; Bostwick, John III M.D.; Styblo, Toncred M. M. D. ; Moore, Bridgett M.D.; Bried , Jean T. P.A. ; Murray , Douglas R. M.D. Wood Skin Sparing Mastectomy: Oncologic and Reconstructive Considerations Annals of Surgery vol 225 May1997,pp570-578. 4-Munhoz AM, Duarte G, Ishida L, Cunha M , Ferreira MC Reconstrução Mamária pós mastectomia com tecido autógeno . Avaliação comparativa de resultados e complicações . Revista Ginec.Obst. 2002;13:60-66. COMPLICAÇÕES DO USO DE IMPLANTES DE SILICONE EM RECONSTRUÇÃO DE MAMA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Cristiano Gonçalves Fleury Curado MD CO-AUTORES Márcio Augusto Tavares Paes Barreto MD Fábio Chambô MD Sandra Araújo Baião MD Frederico Avellar da Silveira Lucas MD Paulo Roberto de Albuquerque Leal MD DESCRITORES silicone, reconstrução, mama. INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva do Instituto Nacional de Câncer Rua Washington Luis 85/902Centro- Rio de JaneiroCep 20230-026 INTRODUÇÃO ÍNDICE A reconstrução de mama é um procedimento cada vez mais utilizado como parte integrante do tratamento do câncer de mama.A utilização de implantes de silicone é frequentemente utilizada nessas cirurgias, e esse trabalho visa avaliar os resultados obtidos em 20 casos operados no INCA em que foram utilizados esses implantes na reconstrução de mama. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram analisados 20 pacientes submetidos a reconstrução mamária com uso de implantes de silicone no Instituto Nacional do Câncer entre os anos de 1998 e 2002 .Em todos os casos o implante foi locado em posição sub-muscular, sendo em 6 casos locado sob o músculo grande dorsal e em 14 casos em posição sub-peitoral maior (em 6 casos a colocação da prótese foi precedida de expansão).Nenhuma paciente recebeu radioterapia pré ou pós-operatória.Todas as pacientes receberam quimioterapia.Em todos os casos foram utilizadas próteses texturizadas, sendo em 6 casos próteses McGhan e em 14 casos próteses Silimed. Foram avaliados os pós-operatório com 2 a 4 anos da cirurgia.Foram analisadas as complicações no total de pacientes e separadas em grupos por cada técnica utilizada (prótese sub-grande dorsal, prótese sub-peitoral).Foram utilizadas próteses entre 195 e 325 cc.Com um volume médio de 235 cc. RESULTADO ÍNDICE Algum grau de complicação ocorreu em 8 pacientes. (40% do total de pacientes). No grupo de pacientes em que a prótese foi colocada abaixo do músculo grande dorsal (6 casos), foi observado 2 casos de contratura Baker II e um caso de infecção com extrusão da prótese. No grupo de pacientes em que a prótese foi colocada abaixo de músculo grande dorsal transposto(14 casos) foi observado 3 casos de contratura Baker III, 1 caso de contratura Baker IV e 1 caso de deiscência parcial ressuturada (sem necessitar retirada da prótese). DISCUSSÃO ÍNDICE O trabalho mostra uma incidência maior de ocorrência de complicações, como contratura importante (Baker III e IV) (20%) e extrusão(5%) , no uso de próteses para reconstrução em comparação com os relatos da literatura na utilização das próteses com fim apenas estético(complicações gerais entre 3 e 5 %).Outros trabalhos como o de Brown e cols.reforçam essa maior ocorrência de complicações em próteses na reconstrução, mesmo em pacientes que não receberam radioterapia:18.8% de complicações totais e necessidade de retirada do implante em 3.1% dos casos, contra 3.4% de complicações totais na utilização de próteses mamárias puramente estética.O número de casos não permitiu uma eficaz comparação entre a incidência de complicações entre as próteses colocadas sob o músculo peitoral maior e as colocadas sob o retalho de músculo grande dorsal. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 01-Tarantino I; Banic A; Fischer T. Evaluation of late results in breast reconstruction by latissimus dorsi flap and prosthesis implantation. Plast Reconstr Surg;117(5):1387-94, 2006 Apr 15. 02-Brown MH; Shenker R; Silver SA. Cohesive silicone gel breast implants in aesthetic and reconstructive breast surgery. Plast Reconstr Surg;116(3):768-79; discussion 780-1, 2005 Sep. RECONSTRUÇÃO DE LÁBIO INFERIOR APÓS QUEIMADURA ELÉTRICA RELATO DE CASO / LOWER LIP AFTER ELECTRIC BURN - CASE REPORT INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Vitor Eduardo de Menezes e Souza MD CO-AUTORES Marzo Luís Bersan MD Carlos Eduardo Guimarães Leão MD Sérgio Eduardo de Menezes e Souza MD Fernando Henrique Oliveira Carmo Rodrigues MD DESCRITORES reconstrução, lábios INSTITUIÇÃO Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) - Hospital João XXIII - Serviço de Cirurgia Plástica Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque 73/204 Bairro Santo Antônio - Belo Horizonte MG, CEP: 30.330-250E-mail: [email protected] Tel: (31) 3344-4202Cel: (31)9191-7670 INTRODUÇÃO ÍNDICE A queimadura elétrica constitui uma pequena, mas devastadora porcentagem dentre todas as injúrias por queimaduras. Estima-se que a corrente elétrica seja responsável por 2 a 4% das admissões hospitalares por queimaduras. A facilidade com que as crianças têm acesso a aparelhagem elétrica e o desconhecimento de seu manuseio fazem delas as principais vítimas de queimaduras e lesões pela eletricidade. A queimadura elétrica em lábios é um tipo de acidente doméstico comum que ocorre quando a criança leva a boca fios conectados em fonte elétrica, resultando muitas vezes em perda importante de tecido. Dessa forma, o principal objetivo da reconstrução labial é restaurar a competência oral. A técnica de Karapandzic foi descrita pela primeira vez para a reconstrução labial em 1974. Esta é a técnica mais conservadora com relação à manutenção da estrutura labial, utilizada para as ressecções de ambos lábios de até 50%, sendo a sua melhor indicação os defeitos centrais. O objetivo do presente trabalho foi relatar caso clínico de criança vítima de queimadura elétrica, com perda de substância em lábio inferior, submetida a reconstrução labial pela técnica de Karapandzic. RELATO DE CASO ÍNDICE Trata-se de WAS, 4 anos, feodérmico, masculino, com história de acidente doméstico devido à introdução de fio elétrico na boca. Foi admitido no Hospital de Pronto Socorro João XXIII da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). Após o primeiro atendimento, foi encaminhado à Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ). O paciente evoluiu com perda de cerca de 40% do lábio inferior, à direita. Foi submetido a debridamento local e planejamento cirúrgico. Indicada a técnica de Karapandzic, por se tratar de retalho neurovascular, permitindo a manutenção da sensibilidade e motricidade labial. O paciente evoluiu sem intercorrências no per e pós-operatório, sendo acompanhado pela equipe multidisciplinar da UTQ do Hospital João XXIII. DISCUSSÃO ÍNDICE A técnica de Karapandzic é a mais conservadora com relação à preservação da competência labial, portanto, possibilita preservar a sensibilidade e a motricidade do lábio reconstruído. É uma boa técnica para as grandes perdas de lábio de até 50%, limitando-se aos defeitos centrais. Apresenta como desvantagens a microstomia, principalmente quando utilizada para defeitos maiores, a qual, no entanto, pode responder à fisioterapia e dilatação, e a distopia das comissuras labiais, podendo requerer revisão secundária, para otimizar o resultado cosmético. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Canady JW, Thompson SA, Bardach J. Oral comissure burns in children. Plast Reconstr Surg. 97(4): 738-744, 1996. 2.Jabaley ME et al. Myocutaneous flap in lip reconstruction: applications of the Karapandzic principle. Plast Reconstr Surg. 59: 680, 1977. 3.Karapandzic M. Reconstruction of lip defects by local arterial flaps. Brit J Plast Surg. 27:93, 1974. 4.Meyer R, Abul Failat AS. New concepts in lower lip reconstruction. Head Neck Sug. 4: 240, 1982. 5.Wilson JSP et al. Reconstruction of the lower lip. Head Neck Surg. 4:29, 1981. Figura 1 - Pré-operatório. Figura 2 - Pré-operatório após debridamento químico. Figura 3 - Pré-operatório. Figura 4 - Pós-operatório imediato. Figura 5 - Pós-operatório recente. Figura 6 - Pós operatório tardio. OTOPLASTIA: ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS E OTIMIZAÇÃO DE RESULTADOS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR ALYSSON SILVA PINHEIRO MD CO-AUTORES ADRIANA GONDIM DO AMARAL Membro Titular da SBCP LUIS PINTO NETO Membro Aspirante em Treinamento da SBCP VALDEVAN AFONSO RABELO Membro Aspirante em Treinamento da SBCP DESCRITORES otoplastia, associação, otimização, resultados. INSTITUIÇÃO SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA Rua 262 n. 45 Ed. Barão de Duas Barras Apto 504 Bloco 1-A Setor Universitário Goiânia-GO CEP: 74 615-300 INTRODUÇÃO ÍNDICE A deformidade auricular conhecida como orelha em abano, é freqüente em nosso meio, sendo responsável por um expressivo número de consultas e cirurgias na nossa especialidade. Ela caracteriza-se por uma anti-hélice pobremente definida, excesso de concha , e um ângulo escafoconchal > 90°. Em nosso serviço, optamos por associar técnicas cirúrgicas consagradas, e obtendo correção permanente desta deformidade, com resultados satisfatórios e mínimas complicações. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Vinte e seis pacientes com diagnóstico de deformidade tipo abano foram operados na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, entre janeiro e dezembro de 2005. A idade variou entre cinco e dezoito anos. A seguir descrevemos a técnica cirúrgica empregada: Infiltração da anti-hélice, do pavilhão posteriormente e da mastóide, com solução de lidocaína e adrenalina (1:200.000).Marcação da anti-hélice com azul de metileno. Incisão na pele ,descolamento e confecção de um túnel na anti-hélice. Raspagem do pericôndrio e cartilagem (técnica de Stenstrom).Demarcação da anti-hélice posteriormente, através de agulhas com azul de metileno. Confecção de uma elipse englobando os pontos marcados..Excisão de pele e descolamento .Um fuso de cartilagem conchal é retirado quando existe hipertrofia conchal acentuada.Incisões parciais na cartilagem de modo a enfraquecê-la. Sutura, tipo Mustardé , com náilon 5-0. Sutura da cartilagem conchal ao periósteo da mastóide,com náilon 5-0. Síntese da pele .Confecção de curativo, com algodão, obedecendo ao relevo auricular; gazes, coxim e atadura. RESULTADOS ÍNDICE Dentre as complicações imediatas tais como hematoma, infecção, dor e desconforto local significativo, não tivemos nenhum caso na amostra estudada.Não tivemos nenhum caso de infecção de sítio cirúrgico, nem isquemia ou necrose. Em todos os casos, o resultado cirúrgico foi considerado satisfatório. Após seis meses de acompanhamento pós-operatório nenhum caso necessitou de revisão cirúrgica devido à recidiva ou deformidade residual. DISCUSSÃO ÍNDICE Dieffenbach inicialmente realizou excisão da pele pós-auricular e sutura de fixação da concha na mastóide (correção do ângulo céfalo-auricular) . Luckett introduziu a correção da anti-hélice na otoplastia (correção do ângulo escafo-conchal). Stenstrom e Mustardé desenvolveram técnicas para corrigir esta deformidade. A associação dessas técnicas possibilita otimizar o tratamento cirúrgico da orelha em abano com mínima morbidade e complicações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 01-Avelar JM. Correção de orelhas em abano. In: Mélega JM, Baroudi R, editores. Cirurgia Plástica fundamentos e arte: cirurgia estética. Rio de Janeiro: Medsi: 2003. p.271-279 02-Weinzweig J. , Weinzweig N. Otoplastia. In: Weinzweig J. Segredos em cirurgia plástica; trad. Nora DL. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001 03-Souza AM, Jorge RC.Cirurgia estética da orelha . In: Cardim VLN , Marques A , MoraisBesteiro J. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica- Regional São Paulo. São Paulo: Editora Atheneu, 1995. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 USO DE CARTILAGEM COSTAL EM RINOPLASTIA ESTÉTICA DE NARIZ NEGRÓIDE INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR DANILO ROCHA DIAS MD CO-AUTORES EVERARDO ABRAMO MD ERICK F. GUALBERTO MD RODRIGO BADOTTI ANTUNES MD RONALDO PONTES MD DESCRITORES CARTILAGEM COSTAL EM RINOPLASTIA NARIZ NEGRÓIDE INSTITUIÇÃO CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA - AV. SETE DE SETEMBRO 301 - ICARAÍ NITERÓI - RJ - BRASIL. CEP: 24230-251.TEL: 21-27148050 INTRODUÇÃO ÍNDICE Relatamos um caso de rinoplastia primária em paciente do sexo feminino, negra, com nariz de características típicas desta raça. Obtivemos enxerto autólogo de cartilagem costal para a reconstrução e refinamento nasal. Neste trabalho descrevemos a técnica cirúrgica para realização deste procedimento. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Utilizamos a cartilagem do nono e décimo arco costal direito, retirada com o uso de descoladores e escopros através de acesso pelo sulco mamário. Acesso de Rethi para a rinoplastia. Descolamento lateral limitado do dorso e identificação das estruturas da ponta. Moldamos um enxerto em forma de L, que rotacionado, preencheu dorso e columela. Adicionamos outro enxerto em escudo para refinamento da ponta. A fixação dos enxertos foram realizados com fios de nylon e agulha hipodérmica. Curativo com micropore ® e aquaplast ®. Avaliamos a paciente no pós-operatório através de abordagem clínica e análise fotográfica. RESULTADOS ÍNDICE Obtivemos nariz de características caucasianas, com a ponta projetada e definida, em perfeita harmonia com o dorso, sem, entretanto, descaracterizar as características desta raça. Não houve intercorrências relacionadas ao sistema respiratório. Pós-operatório tardio: nariz com boa sustentação, com ângulo naso-labial de mesmo aspecto inicial. Mantém a mesma projeção da ponta e da relação dorso-ponta. Cicatrizes nasais com excelente aspecto. Houve um pequeno desvio em dorso nasal, terço proximal, à direita e cicatriz hipertrófica na incisão costal. DISCUSSÃO ÍNDICE Em rinoplastia estética de nariz negróide há poucas referências bibliográficas. Não se tem uma técnica universal. Indivíduos da raça negra, possuem características peculiares em cada unidade nasal. O plano cirúrgico deve visar cada uma destas alterações anatômicas, tentando corrigi-las individualmente, objetivando a harmonização do conjunto face-nariz. Como opções, alguns autores citam o uso de enxerto ósseo - calota craniana, crista ilíaca - cartilagem auricular, ou até materiais aloplásticos. Escolhemos a cartilagem costal, como enxerto ideal para a solução destes casos. É um material biológico, de fácil obtenção e moldagem. Apresenta, também, uma estrutura resistente e de baixo índice de reabsorção. É uma cirurgia de fácil realização, com tempo cirúrgico conveniente, segura e de boa recuperação. Cuidados adicionais, devem ser focados para o momento da obtenção do enxerto, manuseio e sua fixação. No pós-operatório, deve-se ficar atento a desvios do enxerto, fibrose e complicações da cicatrização. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 01) Neu, B.R. Segmental bone and cartilage reconstruction of major nasal dorsal defects. Plast. Reconstr. Surg. 106:160, 2000. 02) Daniel, R.K. Rhinoplasty and rib grafts: evolving a flexible operative technique. Plast. Reconstr.Surg. 94:597, 1994. 03) Gunter, J.P., Clark, C.P., Friedman, R.M., and Hackney, F.L. Aumento do dorso cartilagem costal autóloga. Dallas. Rinoplastia. Cirurgia do nariz pelos mestres. Revinter. Pg.: 344, 2006. 04) Sherris, D.A., Kern, E.B. The versatile autogenous rib graft in septorhinoplasty. Am. J. Rhinol. 12:221, 1998. 05) Adams, W.P., Rohrich, R.J., Gunter, R.J., Clark, C.P., Robinson, J.B. The rate of warping in irradiated and nonirradiated homograft rib cartilage: a controlled comparison and clinical implications. Plast. Reconstr. Surg. 103:265, 1999. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 CARCINOMA PALPEBRAL DE CÉLULAS DE MERKEL - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | TÉCNICA CIRÚRGICA | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Bruno von Glehn Herkenhoff MD CO-AUTORES Farid Hakme Regente do Serviço de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ, Diretor do Hospital da Plástica - Rio de Janeiro Bruno Alcuri de Souza Residente do 3º ano de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ Luiz Fernando Gomes Filho Residente do 2º ano de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ Cristiane Todeschini Residente do 1º ano de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ DESCRITORES videoendoscopia INSTITUIÇÃO HOSPITAL DA PLÁSTICA Rua Sorocaba 552 - 22271-110 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJFone: 21-2539-5599Fax: 21-2527-1469e-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A endoscopia frontal tem se tornado uma das principais cirurgias plásticas faciais endoscópicas nos últimos anos. O lifting frontal é normalmente associado a outros procedimentos faciais, tais como, ritidoplastia cervicofacial e blefaroplastia. Descrito inicialmente em 1992 por Vasconez e Core (1), da Universidade do Alabama, buscava os mesmos objetivos do lifting frontal bicoronal, porém com menores incisões e recuperação do paciente mais rápida. O objetivo deste trabalho é demonstrar detalhes técnicos da videoendoscopia frontal, enfocando a utilização de 3 incisões de acesso, diferentemente das 5 incisões clássicas utilizadas pela maioria dos autores (2,3,4,5). MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE No serviço do Hospital da Plástica no Rio de Janeiro, a videoendoscopia do terço superior da face começou a ser realizada em 1999. Neste trabalho analisamos 32 pacientes, submetidos a este procedimento isolado ou associado a outras cirurgias plásticas, no período de janeiro a julho de 2006. A faixa etária variou de 38 a 80 anos, sendo a maior incidência de pacientes entre 55 a 65 anos. Foram operados 30 pacientes do sexo feminino (93,75%) e 2 do sexo masculino (6,25%). TÉCNICA CIRÚRGICA ÍNDICE Utilizamos na maioria dos casos anestesia local com sedação. Infiltramos com solução de lidocaína com adrenalina 1:200.000 em toda área a ser descolada. Em todos os casos o acesso foi realizado através de três incisões. Marcamos as incisões verticais dentro da linha do cabelo, sendo uma mediana e duas paramedianas. As duas incisões paramedianas são traçadas tendo como base uma linha vertical imaginária a partir da cauda do supercílio. Inicia-se pela dissecção não-endoscópica subperiosteal com o objetivo de criar uma cavidade óptica na região frontal até 2cm do rebordo supra-orbitário. Posteriormente é colocado o videoendoscópio para auxiliar a complementação da dissecção. Descola-se o periósteo, fazendo periosteotomia da borda supra-orbitária, liberando o supercílio e isolando os nervos supra-orbitais e supra-trocleares. Fazemos a liberação da crista temporal, do periósteo supra-orbitário e do ligamento de Hakme para a suspensão do supercílio. Na região glabelar, disseca-se os músculos corrugadores, próceros e depressores do supercílio. Após isolar os músculos procede-se o tratamento destas estruturas, através de miotomia e miectomia. Na região glabelar, liberase o periósteo fazendo incisões verticais e horizontais. A fixação para elevação do supercílio é realizada com fios inabsorvíveis e/ou Endotine®. Para realizar fixação com fio é usada agulha de Reverdin ou Casagrande, fazendo uma ponte de sustentação, introduzindo-a póstero-anteriormente em plano subperiostal. Fixase com o fio a gálea/periósteo na incisão, passa-se o fio dentro do orifício da agulha de Reverdin e volta-se com a agulha e o fio posteriormente. Reintroduz-se a agulha em outro plano (subcutâneo), passa-se o fio dentro do orifício da agulha e volta novamente posteriormente. Faz-se a amarração do fio, observando a tração e reposicionamento da região frontal e do supercílio. O Endotine® é fixado nas incisões paramedianas com o auxílio de uma broca. A pele é tracionada posteriormente e com dígito pressão fixada no Endotine®, com a suspensão do supercílio. A incisão mediana é fixada com fio. O curativo é realizado com fitas de Micropore em toda região frontal, permanecendo por 5 a 7 dias. RESULTADOS ÍNDICE Foram operados 32 pacientes no período de janeiro a julho de 2006. Todos os pacientes foram operados com apenas 3 incisões de acesso. Utilizados Endotine® e fio em 15 pacientes (46,87%) e somente fios em 17 pacientes (53,13%), com resultados semelhantes. Não foi observado nenhum caso de lesão nervosa, assimetrias ou hematomas. Em 6 pacientes onde foram usados Endotine® houve queixa de prurido no local de fixação, com resolução espontânea após um período máximo de 2 meses. DISCUSSÃO ÍNDICE A videoendoscopia frontal está cada vez mais difundida na cirurgia plástica, sendo uma técnica de longo aprendizado e fácil execução. Utilizando a técnica de apenas 3 incisões de acesso torna mais fácil a execução do procedimento e ao mesmo tempo permanece seguro. Para o tratamento da região lateral do supercílio e região temporal é feito descolamento profundo e abaixo da inervação (ramo temporal do nervo facial). A utilização de cinco incisões preconizada por outros autores se faz necessária quando se associa o tratamento do terço médio da face. Deve-se fazer a liberação da crista temporal, do periósteo supra-orbitário e do ligamento de Hakme, pois sem isso não é possível a suspensão do supercílio. Na região glabelar, as incisões verticais no periósteo permitem o aumento do espaço entre os dois supercílios e melhora das rugas verticais da glabela. Já com a incisão horizontal ocorre a elevação da cabeça do supercílio. CONCLUSÃO ÍNDICE Com essa técnica obtivemos resultados satisfatórios e duradouros, equivalentes aos outros autores. Permite recuperação rápida dos pacientes por ser menos invasiva e menos traumática que a técnica bicoronal. Nossa opção de fixação com fios e/ou Endotine® é pela fácil execução e menores índices de complicações. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Core GB, Vasconez LO, Askren C, Yamamoto Y, Gamboa M. Coronal Face Lift with Endoscopic Techniques. Plast Surg Forum XV, 1992: 227. 2. Riviera EC. Endoscopia da Região Frontal. Ed. Revinter. Rio de Janeiro, 1999. 3. Badin AZD et al. (eds). Rejuvenescimento Facial. Ed. Revinter. Rio de Janeiro, 2003. 4. Isse NG. Endoscopic Facial Rejuvenation: Endoforehead - The Funtional Lift. Aesth Plast Surg, 1994; 18:21. 5. Abramo AC. Selective Myotomy in Forehead Endoscopy. Plast Reconstr Surg, 2003; 112: 873-879. Figura 1 Figura 2 - Pré e pós-operatório de 3 meses de face lift com videoendoscopia da região frontal Figura 3 Figura 4 - Pré e pós-operatório de 3 meses de face lift com videoendoscopia da região frontal Figura 5 - Pré e pós-operatório de 15 dias de face lift com videoendoscopia da região frontal Figura 6 - Pré e pós-operatório de 15 dias de face lift com videoendoscopia da região frontal NECROSE FACIAL EXTENSA APÓS INFILTRAÇÃO DE POLIMETILMETACRILATO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Lidiana Mayer Knebel CO-AUTORES Marcus Vinícius Martins Collares MD Rinaldo De Angeli Pinto MD Paulo Cesar Jesus Dias MD Ciro Paz Portinho MD DESCRITORES Necrose Facial Extensa Infiltração Polimetilmetacrilato INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]. INTRODUÇÃO ÍNDICE O polimetilmetacrilato (PMMA) foi sintetizado em 1902 por RÖHN. É um composto de microesferas sólidas de superfície lisa, de diâmetros variáveis, suspensas em um gel transportador (hidrogel). A estimulação tissular pelas micro-esferas se dá por um processo inflamatório discreto produzido por monócitos e fibroblastos. Comumente é usado como cimento ósseo e resulta em uma reação química altamente exotérmica; a toxicidade pode ser associada ao monômero livre. Também é utilizado como substância embólica para tratamento coadjuvante de tumores vasculares intracranianos, na mesma apresentação de micro-esferas, sendo que a avaliação histopatológica sugere ser material inerte. Com início na década de 90, o PMMA tem sido usado com finalidade estética em diversos países do mundo, inclusive no Brasil, sendo uma das substâncias utilizadas na bioplastia. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Relato de caso e revisão da literatura. RESULTADOS ÍNDICE ZMS, 77 anos, procurou emergência de hospital particular em Porto Alegre/RS em março de 2006 com quadro de dor, edema e cianose em hemiface direita. 24h antes a mesma havia sido submetida a tratamento estético: bioplastia com PMMA em sulcos naso-genianos. Ao exame, foi observada extensa área de necrose comprometendo o lábio inferior e superior e asa nasal no lado direito (Figura 1 a 4). Figura 1 - Área de cianose extensa em hemiface direita e necrose nas áreas irrigadas pelas artérias labial superior, labial inferior e artéria angular direit Figura 2 - delimitação da área de necrose; pré-operatório. Figura 3 - desbridamento extenso das áreas de necrose em hemiface direita. Figura 4 - Pós-operatório. DISCUSSÃO ÍNDICE Na década de 90 surgiu a bioplastia: Ersek descreveu o uso da substância bioplastique, aplicada através de cânulas atraumáticas. Idealmente, materiais para bioplastia devem ser biocompatíveis, permanentes, com tamanho de partícula grande o suficiente para prevenir migração tecidual e pequena o suficiente para permitir implantação com microcânula, de cor clara, moldáveis e estáveis. O PMMA é uma das substância utilizadas na bioplastia para rejuvenescimento facial, pois atenua as rugas, aumenta o volume tecidual e melhora o contorno facial. Neste relato o PMMA foi injetado com este objetivo no sulco naso-geniano, próximo ou talvez diretamente em ramos da artéria facial direita, resultando em embolia. Não encontramos, na literatura pesquisada, relato de complicação tão severa relacionada ao uso de PMMA. O relato demonstra que a promessa da "plástica sem cortes" para realçar a beleza pode resultar em complicações extremamente graves e permanentes. Portanto, bioplastia em face através de injeções de materiais aloplásticos deve ter criteriosa indicação e seus riscos bem informados ao paciente. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Ersek RA, Gregory SR, Salisbury AV. Bioplastique at 6 years: clinical outcome studies. Plast Reconstr Surg. 1997;100(6):1570-4. 2. Silva MT, Curi AL. Blindness and total ophthalmoplegia after aesthetic polymethylmethacrylate injection: case report. Arq Neuropsiquiatr.2004;62(3):873-4. 3. Christensen L, Breiting V, Janssen M, Vuust J, Hogdall E. Adverse reactions to injectable soft tissue permanent fillers. Aesth Plast Surg. 2005;29(1):34-48. 4. Kim KJ, Lee HW, Lee MW, Choi JH, Moon KC, Koh JK. Artecoll granuloma: a rare adverse reaction induced by microimplant in the treatment of neck wrinkles. Dermatol Surg. 2004;30(4):545-7. 5. Requena C, Izquierdo MJ, Navarro M, Martinez A, Vilata JJ, Botella R, Amorrortu J, Sabater V, Aliaga A, Requena L. Adverse reactions to injectable aesthetic microimplants. Am J Dermatopathol. 2001;23(3):197-202. RETALHO BITRAPEZOIDAL PARA RECONSTRUÇÃO DE PAPILA MAMÁRIA INTRODUÇÃO | MATERIAIS E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR MARCUS VINICIUS A. MOSCOZO MD CO-AUTORES PRISCILLA V. CELESTINO Coordenador Serviço de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael DANIELE BARRETO OLIVEIRA Residente de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael WILSON NUNES DA GAMA JR Residente de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael DESCRITORES BITRAPEZOIDAL RECONSTRUÇÃO PAPILA MAMÁRIA INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael Avenida São Rafael, 2152 São MarcusSalvador - BA INTRODUÇÃO ÍNDICE Vários são os métodos para reconstrução da papila pós reconstrução mamária. O mais simples seria a tatuagem, que no nosso entendimento tem aplicação restrita como indicação secundária na falha dos outros métodos ou por decisão da própria paciente, visto que não há verdadeiramente uma reconstrução anatômica. O uso de enxerto composto da papila contralateral é uma boa indicação com resultado natural mas depende do volume da papila para doação do enxerto. Quando não há como utilizar os métodos anteriormente descritos, precisamos reconstruir a papila através de retalhos cutâneos locais. Nessa modalidade de reconstrução, vários autores já propuseram uma infinidade de formatos de retalhos, sempre buscando melhor projeção e forma, no entanto sempre ocorre uma perda variável dos mesmos com o passar do tempo. Baseado na anatomia da papila mamária que apresenta-se na maioria das vezes com forma piramidal, centro umbilicado e com uma projeção entre 0,7 e 1,0cm, e também no retalho trapezoidal de Mauricio Chiveid, propomos o acréscimo de um retalho bitrapezoidal buscando a formação da pirâmide, uma vez que no retalho a Chiveid prevalece a forma cônica. MATERIAIS E MÉTODOS ÍNDICE Foi realizado um estudo prospectivo com 9 pacientes, sexo feminino, submetidas a Mastectomia Total devido a Câncer de Mama, e Reconstrução Mamária com TRAM e Reconstrução de Papila Mamária em segundo tempo utilizando um retalho local bitrapezoidal. Para a confecção deste retalho, propomos um desenho em duas partes com formato de trapézio com base maior medindo 1,2cm, base menor de 1,0cm e altura de 1,0cm. (Figura 1) Figura 1 - Desenho do Retalho Bitrapezoidal RESULTADOS ÍNDICE Todas as pacientes apresentaram de imediato uma papila mamária com forma piramidal e boa projeção proposta pela técnica.(Fotos) Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 DISCUSSÃO ÍNDICE Na nossa observação foi obtido uma forma piramidal mais natural da papila, apresentando apenas com o passar do tempo uma perda parcial da projeção em torno de 30% compatível com outros métodos. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. Steven V. Thomas, M.D., Michael B. Gellis, M.D., and Robert Pool, M.D. Nipple Reconstruction with a New Local Tissue Flap, Plastic and Reconstr. Surg. 97:1053, 1996. 2.D. Ralph Millard, Jr., M.D. Nipple and Areola Reconstruction by Split-Skin Graft from the normal side, Plastic and Reconstr. Surg. 50: 350, 1972. 3.Chveid Maurício. Nipple Reonstruction with trapezoidal graft, Plastic and Reconst. Surg. 4. Hoch J. Scar-independent nipple reconstruction with two opposing flaps, Handchir. Mikrochir. Plast. Chirg. 36(6):367-73, 2004. RETALHO ANTEROLATERAL DA COXA NA RECONSTRUÇÃO INGUINOPERINEAL NO TRATAMENTO DA HIDRADENITE SUPURATIVA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Flávia Keiko Imoto MD CO-AUTORES Denyse Oliveira Andrade Residentes do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J. Alessandro Laurentz Grossi Residentes do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J. Talita Romero Franco Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J. Juliano Carlos Sbalchiero Médico do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J. DESCRITORES reconstrução. coxa INSTITUIÇÃO Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - U.F.R.J. Rua Raul Rudge, 34 Rio de Janeiro - RJ CEP 22750-190e-mail: [email protected] ÍNDICE INTRODUÇÃO A hidradenite supurativa é uma doença crônica decorrente da infecção das glândulas apócrinas cutâneas e caracteriza-se por nódulos e abscessos profundos, dolorosos e recorrentes, podendo evoluir com fístulas e cicatrizes hipertróficas. A reconstrução dos defeitos cutâneos perineais ocasionados no seu tratamento podem constituir um problema de difícil solução. Relatamos dois casos de reconstrução de região inguino-perineal pósexérese de hidradenite supurativa crônica através da utilização do retalho anterolateral da coxa. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODOS Paciente 1: Sexo masculino, 42 anos, há dois com quadro severo de hidradenite inguinoperineal. Durante este período foi submetido a tratamento clínico com uso de antibioticoterapia e corticoterapia apresentando melhora parcial e períodos de recidiva. O tratamento cirúrgico empregado foi a ressecção extensa das glândulas apócrinas, fístulas e áreas cicatriciais de região inguino-perineal esquerda. A reconstrução foi realizada através de um retalho fascio-cutâneo anterolateral da coxa de 08X20 cm pediculado, baseado na perfurante A. Paciente 2: Sexo masculino, 30 anos, com doença extensa, acometendo regiões inguinoperineais, axilares e lombar há cerca de onze anos. As duas últimas regiões foram operadas há nove e sete anos, respectivamente. O tratamento clínico foi semelhante ao do caso 1. Neste paciente, a reconstrução com o retalho anterolateral da coxa de 14X09 cm foi baseado na perfurante B. Em ambos os casos a área doadora foi suturada primariamente. RESULTADOS ÍNDICE A evolução de ambos foi influenciada pelo uso de corticoterapia necessária ao controle da doença, evoluindo as feridas operatórias com áreas localizadas de deiscência e cicatrização retardada. Após um período de 45 dias e após a retirada do corticóide ambos cicatrizaram normalmente, atingindo um bom resultado funcional. Não ocorreram complicações referentes a área doadora. DISCUSSÃO ÍNDICE O retalho anterolateral da coxa utilizado para reconstrução em cabeça e pescoço e membros inferiores como retalho livre, pode ser utilizado de forma pediculada na reconstrução perineal e do abdômen inferior, uma vez que seu pedículo longo permite um amplo arco de rotação. Apresenta como vantagens um pedículo fora da área comprometida, excelente viabilidade e uma doação de menor morbidade em comparação com o retalho de fáscia lata, muito usado nestas situações. Portanto, consideramos esta uma ótima opção para reconstrução de defeitos inguino-perineais. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Song, Y. G., Chen, G. Z., and Song, Y. L. The free thigh flap: A new free flap concept based on the septocutaneous artery. Br. J. Plast. Surg. 1984;37:149 2.Revuz, J. Hidradenitis suppurativa. Orphanet Encyclopedia. March 2004. 3.Monteiro Jr, A. A., Morais, J., Figueiredo, J. C. A., Amaral, A. B., and Kalô, F. J. Cirurgia reparadora do membro inferior. In: Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte, 1 ed, Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004: 713-733 RECONSTRUÇÃO DA ARÉOLA COM TECIDO LOCAL INTRODUÇÃO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Marcelo de Oliveira MD CO-AUTORES Mirta Beolchi MD Daniel Nunes MD André F. Vargas MD DESCRITORES Reconstrução, aréola INSTITUIÇÃO 38ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - Instituto Ivo Pitanguy Rua Djalma Ulrich, 370/604, Copacabana - Rio de Janeiro CEP 22.071-020e-mail: [email protected]:(21) 3202.9300(21) 9101.1232 INTRODUÇÃO ÍNDICE A reconstrução do complexo aréolo-papilar (CAP) tem sido muito realizada. No entanto, as alternativas cirúrgicas para a reconstrução da aréola apresentam resultados, muitas vezes, insatisfatórios. O presente estudo apresenta uma opção simples para a reconstrução da aréola mamária, a partir da confecção de um retalho circular de pele local. PACIENTES E MÉTODOS ÍNDICE Analisamos prospectivamente 20 pacientes submetidas à reconstrução da aréola mamária no período de 2000 a 2004 no Instituto Ivo Pitanguy e na clínica privada dos autores. A técnica baseia-se na marcação de um círculo na posição desejada para a aréola. Incisa-se o círculo e descola-se centripetamente a pele, por cerca de 1,5 cm. Assim, confecciona-se um retalho de pele fina, com um pedículo central de aproximadamente 3 cm. O retalho é suturado em sua antiga posição, com pontos contínuos. RESULTADOS ÍNDICE O procedimento cirúrgico teve duração média de 20 minutos ( 9), a recuperação pósoperatória foi excelente. A qualidade da cicatrização obtida, pelo descolamento superficial do retalho, simulou a transição natural da pele da mama para a aréola. Apenas duas pacientes necessitaram de dermopigmentação. Não houve complicações como deiscência, necrose, hematoma ou infecção. DISCUSSÃO ÍNDICE A técnica descrita apresentou resultados satisfatórios, morbidade reduzida e baixos índices de complicações, mostrando-se uma alternativa relevante para o arsenal do Cirurgião Plástico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Merlen JF, Coget J, Sarteel AM. Pigmentation and venous stasis. Phlebologie. 1983;36(4):307-14. 2. Hartramp CR, Culbertson JH. A derma-fat flap for nipple reconstruction. Plast Reconstr Surg.1984; 73(6):982-86. 3. Chang BW, Slezak S, Goldberg NH. Technical modifications for on-site nipple-areola reconstruction. Ann Plast Surg.1992;28(3):277-80. 4. Jabor MA, Shayani P, Collins DR Jr, Karas T, Cohen BE. Nipple-areola reconstruction: satisfaction and clinical determinants. Plast Reconstr Surg. 2002;110(2):457-63. 5. Bogue DP, Mungara AK, Thompson M, Cederna PS. Modified technique for nipple-areolar reconstruction: a case series. Plast Reconstr Surg. 2003;112(5):1274-78. QUANTIFICAÇÃO DA PORCENTAGEM DA SUPERFÍCIE CORPÓREA NA LIPOASPIRAÇÃO DO CONTORNO CORPORAL INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Wilson Novaes Matos Júnior MD DESCRITORES LIPOASPIRAÇÃO INSTITUIÇÃO Clínica Privada Endereço para CorrespondênciaWilson Novaes Matos Jr.Av. Ana Costa, 151 - conj. 74Santos - São PauloCEP: 11060-001Fone: (13) [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece 5% do peso corporal para lipoaspiração com a técnica seca e 7% com a técnica úmida, e não ultrapassar 40% de superfície corpórea. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE De acordo com a divisão proposta pelo estudo quantitativo da superfície corpórea na lipoaspiração proposta pelos, aplicamos esta divisão da superfície corporal em 82 pacientes para avaliarmos a média de porcentagem de superfície atingidas pela LCC no período de 2004 a 2006. O conhecimento mais detalhado da relação entre área do corpo lipoaspirada e a sua porcentagem de SC torna-se necessário para que não haja falsa interpretação de que as regiões tratadas pela lipoaspiração possam exceder os limites de segurança. Ilustramos nosso trabalho com 2 pacientes : - Paciente Numero 1: (Figuras 3 e 4) Apresentando as áreas previamente planejadas para ser submetidas a Lipoaspiração. Paciente 1 - Marcação das áreas planificadas para lipoaspiração. Abdômen: 8,5 % (incluído os flancos) , Face interna da coxa :2,250% , Promontório 1 %, Culotes: 2.250 %, Glúteos 5 %, Tórax posterior: 2.250%. TOTAL DE AREA CORPORAL ATINGIDA : 21,25% Figura 1 Figura 2 RESULTADOS ÍNDICE Essas áreas correspondem a : Abdômen: 8,5 % (incluído os flancos) , Face interna da coxa :2,250% (1,125 % cada lado) , Promontório 1 %, Culotes: 2.250 % (1,125 % cada lado), Glúteos 5 %, Tórax posterior: 2.250%. Dando um total de área corporal atingida de 21,25%. Paciente número 2: (Figuras 5 e 6) Apresentando a planificação cirúrgica previa que inclui : Abdômen : 8,5% (Incluído os flancos), Face interna da coxa: 2,250 % (1,125 % cada lado), Promontório 1 %, Culotes: 2.250 % (1,125 % cada lado), 1,4% da Coxa posterior: 2,250 %(1,125 % cada lado), dando um total de área corpórea atingida de 16,25 %. Figura 1 Figura 2 DISCUSSÃO ÍNDICE Com os resultados obtidos, através dessa metodologia, observamos que a superfície corpórea atingida durante uma lipoaspiração de contorno corporal nunca ultrapassou 40% de SC. CONCLUSÃO ÍNDICE Com a utilização este método de padronização podemos cálcular a superfície corpórea para as áreas a serem tratadas pela lipoaspiração do contorno corporal mantendo os limites de segurança estabelecidos pelo CFM. Figura 1 - PORCENTAGEM DA SUPERFÍCIE CORPÓREA (NOVAES) BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1.Illouz, Y.G.: Body contouring by lipolysis: a 5-year experience with over 3000 cases. Plast Reconstr Surg. 1983; 72:591-597. 2. Mc Manus WF, Pruit BA: Thermal Injuries. Im: Mattox RH, Moore EE, Feliciano DV (eds): Trauma 2nd Edition, Euost Normalh, Connecticut, Appleton and Iange, 1991, pp 751-764. 3.Commons G.W.; Halperin B.; Chang A.A.: Large volume liposuction: a review of 631 consecutive cases over 12 years; Plast Reconstr Surg. 2001, 108 (2): 510 - 519. 4.TERMINOLOGIA ANATÔMICA - Sociedade Brasileira de Anatomia - 2001 Manole. 5. Matos Jr.WN, Carrillo J.FV, Porto da Rocha R, Ribeiro SM; Estudo Quantitativo da Superfície Corpórea de Interesse para a Lipoaspiração; Rev. Bras. Cir. Plástica, 2005, 20 (5) 22 - 25. Figura 1 - Zonas corporais normalmente lipoaspiradas. Figura 2 - Tabela modificada de Lund e Browder (Matos et.al.) ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE NAS MAMOPLASTIAS DE AUMENTO: IMPORTÂNCIA DO VOLUME RELATIVO DO IMPLANTE INTRODUÇÃO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR André F. Vargas MD CO-AUTORES Michel Vaena MD Daniel Nunes MD Henrique N. Radwanski MD Ivo Pitanguy MD, PhD DESCRITORES mamoplastia. INSTITUIÇÃO 38ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - Instituto Ivo Pitanguy Rua Djalma Ulrich, 370/604 Copacabana - Rio de Janeiro - CEP 22.071-020e- mail:[email protected]:(21) 3202.9300(21) 9101.1232 INTRODUÇÃO ÍNDICE Muitas publicações têm mostrado que a perda de sensibilidade é uma complicação comum, em longo prazo, nas mamoplastias de aumento, perdendo apenas para a contração capsular. O objetivo do presente estudo é analisar fatores que afetam a perda de sensibilidade do complexo aréolo-papilar após a inclusão de um implante mamário. PACIENTES E MÉTODOS ÍNDICE Um estudo prospectivo foi conduzido para testar a sensibilidade mamária antes e após mamoplastias de aumento, utilizando monofilamentos de Semmes-Weinstein. Um medidor mamário (Mamma Size ®) foi utilizado para comparar volumes mamários pré e pósoperatórios em pacientes submetidas a mamoplastias de aumento no período de Junho de 2004 a Outubro de 2005 no Instituto Ivo Pitanguy. RESULTADOS ÍNDICE A análise estatística dos resultados mostrou que o principal fator envolvido na perda de sensibilidade após as mamoplastias de aumento estava primariamente relacionado ao tamanho pré-operatório da mama e ao tamanho do implante (p < 0,05). Pacientes que se submeteram a diferentes vias de acesso cirúrgico (infra-mamária, peri-areolar ou transareolar) demonstraram resultados similares de perda de sensibilidade. Complicações locais não foram estatisticamente relacionadas à perda de sensibilidade. A idade da paciente, história de amamentação prévia ou influências subjetivas não parecem estar relacionadas à hiperestesia mamária a longo prazo. DISCUSSÃO ÍNDICE Os autores concluem que a mamoplastia de aumento, uma das mais populares e freqüentes cirurgias estéticas realizadas, pode afetar a sensibilidade do complexo aréolo-papilar por lesão nervosa durante o procedimento cirúrgico. Mamas pequenas e/ou implantes grandes apresentam maiores riscos e o cirurgião plástico deve estar ciente dessa possível complicação. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. França AL, Scevola MC, Fachin SD, França PF, França NC. Mamasize: a new auxiliary instrument in the planning of enlargement mammaplasty (Mamasize: um novo instrumento auxiliar no planejamento das mamoplastias). Rev Soc Bras Cir Plas. 2005; 20:204. 2. Okwueze MI, Spear ME, Zwyghuizen, AM, Braun, SA, Ajmal N, Nanney LB, Hagan KF, Wolfort SF, Shack RB. Effect of augmentation mammaplasty on breast sensation. Plast Recontsr Surg. 2006;117: 73. 3. Mofid MM, Klatsky SA, Singh NK, Nahabedian MY. Nipple-Areola Complex Sensitivity after Primary Breast Augmentation: A Comparison of Periareolar and Inframammary Incision Approaches. Plast Reconstr Surg. 2006;117: 1694. ALTERAÇÕES VASCULARES EM PACIENTES SUBMETIDOS A DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Denis Aloisio Lopes Medina MD CO-AUTORES Eugênio Gonzalez Cação MD, Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Luiz Celso de Carvalho Júnior MD, Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Fernando Fernandes Residente do terceiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da UNISANTA. Kepler Alessandro Secco Lafayette Residente do segundo ano do Serviço de Cirurgia Plástica da UNISANTA. DESCRITORES alterações, vasculares, dermolipectomia, abdominal, bariátrica. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE O abdome é uma região muito bem vascularizada. Sua irrigação é realizada pelas artérias epigástrica superior e inferior profunda, ramos musculofrênicos da A. torácica interna e ramos circunflexos profundos do ílio da A. ilíaca externa (1). Os vasos sangüíneos apresentam 3 camadas: a túnica íntima, que reveste a superfície interna do vaso; a túnica média, formada por fibras musculares lisas circulares; e a túnica adventícia, a camada mais externa dos vasos e que apresenta capilares linfáticos, vasa vasorum e nervos (2). É sabido que nos pacientes obesos mórbidos os vasos sanguíneos estão alterados, apresentando calibre aumentado e espessamento da camada média acarretando aumento no sangramento intraoperatório. (3) O objetivo do estudo é relatar as alterações vasculares da parede abdominal encontradas nos pacientes pós cirurgia bariátrica. ÍNDICE MATERIAL E MÉTODO Foram submetidos à dermolipectomia em âncora 6 pacientes pós cirurgia bariátrica e selecionado segmento vascular de 3 centímetros das artérias perfurantes do músculo reto abdominal de região periumbilical. A idade dos pacientes variou entre 28 e 62 anos; quatro mulheres e dois homens; dois pacientes não apresentavam comorbidades, três hipertensos e um apresentava hipercolesterolemia, hipertensão arterial, e diabetes tipo II antes da cirurgia bariátrica. Após a cirurgia, foram observados melhora nos níveis pressóricos e glicêmicos de todos os pacientes. Os segmentos vasculares foram examinados no laboratório de anatomia patológica do hospital Ana Costa em Santos-SP pelo mesmo médico patologista. RESULTADOS ÍNDICE Observou-se alterações em todos os segmentos vasculares examinados. À macroscopia, houve grande tortuosidade, aumento do calibre e comprimento dos vasos. Ao exame microscópico, observou-se aumento focal na espessura da camada média e no calibre da luz dos vasos, sobretudo das veias (Fig. 1 e 2). Figura 1 Figura 2 CONCLUSÃO ÍNDICE Como as alterações vasculares foram similares em todos os pacientes, hipertensos ou não, a hipertensão arterial não foi fator desencadeante para alteração na estrutura vascular pós-emagrecimento. O aumento na quantidade de sangramento pode ser devido ao calibre aumentado dos vasos, que não regridem totalmente mesmo com a perda ponderal. A obesidade mórbida é fator que, isoladamente, mesmo sem outros co-fatores, aumenta o calibre dos vasos e, por conseguinte, o risco de sangramento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Mélega JM; Cirurgia Reparadora de Tronco e Membros. 1ª ed., pg. 165-6. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004 2. Junqueira e Carneiro; Histologia Básica. 8ª ed, pg. 182-3. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1995 3. Mélega JM; Cirurgia Estética. 1ª ed, pg. 694. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004 ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS DAS CÁPSULAS DOS EXPANSORES DE TECIDOS RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR João Medeiros Tavares Filho MD CO-AUTORES Talita Romero Franco Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Professora Titular de Cirurgia Plástica da UFRJ Túlia Cuzzi Doutora em Patologia - UFRJ DESCRITORES histopatologicos, capsulas, expansores, tecidos. INSTITUIÇÃO Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ Rua Buenos Aires 255 Centro - Petrópolis - R.J.CEP: 25610140 RELATO ÍNDICE No estudo dos expansores de tecidos, a bibliografia é rica na análise microscópica da pele expandida porém é escassa em relação à análise da cápsula que envolve o expansor . A maioria dos trabalhos foi realizada em animais, sem detalhar qual porção da cápsula é avaliada e, em humanos, a análise é de uma região específica, também sem relatar a porção da cápsula analisada. Iniciamos um estudo prospectivo, sem critérios de exclusão, em pacientes submetidos a expansão tecidual por várias indicações, coletando, ao final do processo de expansão, fragmentos da cápsula para estudo histopatológico. A observação clínica informa que, quando o expansor é posicionado sob uma superfície flexível (músculo), há perda da expansão cutânea, sendo até motivo de cessação do processo. Buscamos avaliar, em eventuais alterações histopatológicas das cápsulas, uma explicação para esta perda de expansão. Outras variáveis consideradas, na análise histológica, foram a região anatômica envolvida, o plano de colocação, o tempo de permanência do expansor, a idade do paciente, e o fato de ser expansão primária ou reexpansão. Foram analisados fragmentos de 19 cápsulas com expansores de silicone de superfície lisa e válvula remota, do laboratório Silimed®. Oito pacientes eram do sexo feminino e três do sexo masculino, com idade entre 15 e 49 anos. Os expansores foram posicionados no tecido subcutâneo em dezessete casos e dois no espaço subgaleal, sendo quatorze colocados sobre anteparo muscular e cinco sobre anteparo ósseo, nos segmentos corpóreos do couro cabeludo (02), face (01), ombro (01), membro superior (02), mama (01), abdome (04) e membro inferior (08). A expansão primária foi realizada em sete casos e a reexpansão em 03 casos e o tempo de expansão variou de 12 a 40 semanas Após o término do processo de expansão (fase de infiltração), o expansor foi retirado e, neste momento, foram colhidos, com bisturi de lamina fria, fragmentos de cápsula de 1,0 x 3,0 cm, em três áreas: centro da cúpula da cápsula, centro da base e da borda periférica (Figs: 1,2). Os fragmentos foram posicionados em papel de filtro esterilizados, com a superfície cruenta da peça em contato com o papel, e imersos em solução de formol a 10%. Os frascos foram marcados com as letras A (lateral), B (base), C (cúpula) e V (válvula). Nas amostras até agora analisadas pela coloração de hematoxilina eosina, observamos alterações histopatológicas semelhantes, nos fragmentos da cúpula, base e periferia das expansões primárias: tecido conjuntivo denso, com fibras colágenas hialinizadas, algumas vezes presença de reação tipo corpo estranho, infiltrado inflamatório mononuclear, atapetamento de macrófagos e sempre com a presença de eosinofilos em maior ou menor proporção (Figs: 3.4, 5 e 6). Nas amostras das reexpansões ( cinco casos), as alterações histopatológicas se repetem, porém sem a presença de eosinófilos. Não houve diferença nos achados histopatológicas em relação à idade, área corporal, plano de colocação ou ao fato da base estar apoiada sobre superfície dura (óssea) ou flexível (músculo). ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - Argenta LC, Marks MW, Pasyk KA. Advances in tissue expansion. Clin plast Surg. 1985;12(2):159-171. 2 - Pasyk KA, Argenta LC, Austad ED. Histopathology of human expanded tissue. Clin plast Surg. 1987,14(3): 435-445. 3 - Horibe EK, Horibe K, Valente YS, Lodovici O, Pigossi N et al . estudo experimental de la formación de la cápsula en piel expandida; contribución histológica. Cir Plast Iberolatinoamer. 1989, 5(4):267-275. 4 - Kostacoglu N, Keçik A, Özylmaz F, Safak T, Özgür F, Gürsu G. Expansion of fascial flaps: Histopathologic changes and clinical beneficts. Plast Reconst Surg. 1993, 91(1):7279. 5 - Heymans M, Lengele B, Lahlali N, Vanwijck R. A peri-implant capsule flap. Br J Plast Surg. 1993, 46:456-459. Figura 1 - Cápsula de expansor com fragmento a ser retirada do centro da área da base do expansor Figura 2 - Casula de expansor, com fragmento a ser retirado do centro da área dacúpula do expansor e área de fragmento da base da cápsula já retirado. Figura 3 - Fotomicrografia com aumento de 10x, de cápsula da área da base do expansor, sobre uma base flexível (músculo) em expansão primária. Figura 4 - Fotomicrografia com aumento de 10x, de cápsula da área da base do expansor, sobre uma base dura (osso) em expansão primária. Figura 5 - Fotomicrografia com aumento de 10x, de cápsula da área da cúpula do expansor, em expansão primária. Figura 6 - Fotomicrografia com aumento de 4x, de cápsula da área da cúpula do expansor, sobre uma base flexível, em reexpansão. RECONSTRUÇÃO DA TÍBIA COM RETALHO PEDICULADO DE FÍBULA IPSILATERAL INVERTIDO: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO E CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS | AUTOR Frederico Avellar Silveira Lucas MD CO-AUTORES Juliano Carlos Sbalchiero 2-Coordenador do laboratório de Microcirurgia do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer. Edmar Soares Lessa 3-Médico residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer. Cristiano Gonçalves Fleury Curado 3-Médico residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer. Paulo Roberto de Albuquerque Leal 4-Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer. DESCRITORES reconstrução, tíbia, retalho INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer . Rio de Janeiro, R.J Praça Cruz Vermelha, 23 - 8º andar - Centro20230-130 - Rio de Janeiro - RJ INTRODUÇÃO ÍNDICE O reparo de grandes defeitos que envolvem a tíbia constitui um desafio . Na maioria dos casos a fixação interna e a enxertia óssea são contra-indicadas pela presença de infecção persistente, trajetos fistulosos e cicatrizes, podendo resultar na amputação do membro acometido após um longo período de tratamento. A colocação de um segmento ósseo resistente e suficientemente vascularizado pode restaurar a continuidade óssea e permitir a consolidação tanto proximal quanto distal1 . Apresentamos um caso de paciente submetido à reconstrução com retalho ósseo de fíbula ipsilateral pediculada posicionada de forma reversa para reconstrução de defeito tibial e femural. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Paciente do sexo masculino, 36 anos, cor branca, natural de São Luiz do Maranhão, portador de osteosarcoma de tíbia esquerda.Há 7 anos foi submetido à quimioterapia neoadjuvante e posterior ressecção das porções distal do fêmur, proximal e medial da tíbia esquerda, sendo reconstruído com uma endoprótese. Após 5 anos, apresentou infecção local com múltiplos trajetos fistulosos cutâneos. Foi submetido à retirada da endoprótese, desbridamento e reconstrução imediata com um retalho ósseo da fíbula ipsilateral baseado nos vasos fibulares e fixação externa. Devido as características e extensão do defeito, o retalho fibular incluiu a epífise proximal preservando os 8 cm distais e foi posicionado de forma invertida ficando a epífise proximal telescopada na tíbia distal e o segmento fibular distal telescopado no coto do fêmur proximal.. Evoluiu sem intercorrências, com cintilografia óssea do 3º dia de pós-operatório evidenciando a viabilidade do retalho. DISCUSSÃO E CONCLUSÃO ÍNDICE A tentativa de preservação de um membro envolve múltiplos procedimentos e diversas técnicas, dificultadas por condições locais e sistêmicas adversas. A fíbula é um osso resistente e versátil, podendo ser transferida através de técnica microcirúrgica do membro contralateral2 ou do mesmo membro pediculada nos vasos fibulares3. A reconstrução microcirúrgica, , requer maior complexidade , além de incluir o sacrifício da fíbula contralateral e a realização de microanastomoses na presença de infecção. A singularidade do caso se deve ao posicionamento do retalho de forma invertida adaptando-se melhor ao defeito ósseo, através da dissecção extensa do tronco tibiofibular permitindo a rotação do retalho sem torção do pedículo vascular. A utilização do retalho fíbula ipsilateral pediculada invertida constitui uma alternativa viável para casos selecionados de reconstrução de defeitos tibiais, com segurança, menor morbidade e resultado satisfatório. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ÍNDICE 1- Chacha P.B., Ahmed M., Daruwalla J.S. Vascular Pedicle Graft of the Ipsilateral fibula for non-union of the tibia with a large defect. J Bone Joint Surg.1981; 63-B:244-253. 2- Taylor G.I., Millar G.D.H., Ham F.J. The free vascularised bone graft, a clinical extension of microvascular techniques. Plast Reconstr Surg 1975; 55:533-44. 3- Toh S., Tsubo K., Nishikawa S., Narita S., Kanno H., Harata S. Ipsilateral Pedicle Vascularized Fibula grafts for Reconstruction of Tibial Defects and Non-Unions. J Reconstr Microsurg 2001. 17(7): 487-96. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 TÁTICAS CIRÚRGICAS NO TRATAMENTO DAS SEQÜELAS DE QUEIMADURA NO PÉ INTRODUÇÃO | METODOLOGIA | OBJETIVOS | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Christian Vasconselos Freire Santos MD CO-AUTORES Erik Nery MD Rodrigo Rosenfeld MD Marcelo Siqueira MD Luís Mário Bonfatti MD DESCRITORES tratamento, seqüelas, queimadura, pé. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE Pelas características anatômicas próprias, as queimaduras do pé representam um desafio ao cirurgião plástico, em especial devido às complicações conseqüentes do tratamento inadequado. Assim como o dorso das mãos, e diferente de outras partes do corpo, o dorso do pé apresenta pele fina e móvel, que recobre estruturas como bainha tendinosas e fáscias especializadas, além de ocorrerem na região que sustenta o peso do corpo. Tais queimaduras apresentam fisiopatologia própria com amplo espectro de comprometimento e abordagens terapêuticas. METODOLOGIA ÍNDICE Foram analisados, retrospectivamente, oito casos de seqüelas de queimaduras dos pés tratadas no período de março de 2000 a março de 2005, pela equipe cirúrgica da 38ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro - Instituto Ivo Pitanguy - assim como a estratégia terapêutica e os aspectos técnicos mais relevantes. OBJETIVOS ÍNDICE O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir uma nova classificação dessas lesões, de acordo com o comprometimento de estruturas anatômicas relacionadas e expor a conduta terapêutica utilizada pela equipe cirúrgica do Instituto Ivo Pitanguy, para o tratamento das seqüelas em cada grau de lesão. CONCLUSÃO ÍNDICE As queimaduras do pé representam um desafio e o tratamento agressivo destas lesões é o fator que irá ditar a melhor reabilitação dos pacientes, tendo sempre em mente a dificuldade de reparos pela continuidade do dano aos tecidos vizinhos e os limitados recursos que esta área proporciona, tornando o melhor reparo a prevenção dos acidentes. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE Referências Bibliográficas: 1. Bertelli, J.A. Tha plantar marginal septum cutaneous island flap: A new flap in forefoot reconstruction. Plast. Reconstr. Surg. 99:1390, 1997. 2. Jackson, D. Acquired vertical talus due to burn contractures. A report of two cases. J. Bone Joint Surgery. Br. 60-B(2): 215-8, 1978. 3. Leung, P. et col. Burn contractures of the foot J. Foot Ankle Surg, 6 (6): 289-94, 1986. 4. McCarthy, J.G. Plastic Surgery. 1ª ed., W.B. Saundres, Philadelphia. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 ENXERTO DO EXCESSO DO SMAS/PLATISMA NAS BANDAS MEDIAIS RESUMO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR EVERARDO ABRAMO CO-AUTORES DANILO ROCHA DIAS MD EDUARDO FURLANI MD RODRIGO BADOTTI ANTUNES MD RONALDO PONTES MD DESCRITORES PLATISMA, enxerto. INSTITUIÇÃO CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA - AV. SETE DE SETEMBRO 301 - ICARAÍ NITERÓI - RJ - BRASIL. CEP: 24230-251.TEL: 21-27148050 ÍNDICE RESUMO Com base em estudos anatômicos e observações clínicas, os autores descrevem a evolução em conceitos e técnicas cirúrgicas da utilização do excesso da ressecção do SMAS/PLATISMA, na ritidoplastia primária ou secundária, com o objetivo de reforçar o tratamento ou de corrigir a recidiva das bandas mediais do platisma. O músculo platisma é estruturalmente delgado, tem um fáscia tênue com orientação longitudinal de seus feixes musculares. Devido estas características, há a possibilidade de esgarçamento de suas fibras laterais, através da passagem dos fios de sutura na união das bandas mediais e correção do ângulo cervical. Os autores verificaram a necessidade da aposição de enxerto autólogo do excesso do SMAS/PLATISMA, evitando o reaparecimento das bandas mediais. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Cinco pacientes, de janeiro/2004 à julho/2006, foram submetidos à ritidoplastia secundária, através desta técnica cirúrgica. Todas femininas, com idade entre 58 à 66 anos. Como intervenção primária, as pacientes foram submetidas à ritidoplastia com sutura das bandas platismais mediais, com intervalo pós-operatório de 13 à 19 anos O procedimento utiliza o excesso da ressecção do SMAS/PLATISMA como enxerto, suturando-o transversalmente às fibras longitudinais do platisma na região submentoniana, e fixando-o com três pontos de fio mononylon 4.0 em cada extremidade, com acesso obtido através de incisão submentoniana. RESULTADO ÍNDICE Não houve recidivas das bandas platismais. Obteve-se uma perfeita harmonia do ângulo cérvico-mandibular. Verificou-se ausência de irregularidades na textura da pele a longo prazo. As pacientes evidenciaram grau de satisfação máximo. O Método fotográfico corrobora os resultados clínicos e cirúrgicos. DISCUSSÃO ÍNDICE A recidiva das bandas mediais é bastante freqüente e muitas vezes precoce, sendo uma queixa comum no pós-operatório. Adicionalmente ao tratamento clássico das bandas mediais, os autores desenvolveram uma técnica cirúrgica, usando o excesso do SISTEMA SMAS/PLATISMA. Esta faixa de SMAS é usada como enxerto, fixado transversalmente às fibras longitudinais do SMAS/PLATISMA, reforçando-as e corrigindo o ângulo cérvico-mandibular de maneira duradoura, obtendo uma superfície cutânea regular. Apesar do seguimento de apenas dois anos, os autores acham o método válido. Estas considerações explicam o excelente resultado, quando o propósito é evitar a recidiva das bandas mediais do platisma e obter um ângulo cérvico-mandibular harmônico, sem irregularidades na textura da pele. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 01) Mitz, V., and Peyronie, M. The superficial musculo-aponeurotic system (SMAS) in the parotid and cheek area. Plast. Reconstr. Surg. 58:80, 1976. 02) De Castro, C. C. The Anatomy of the platysma muscle. Reconstr. Surg. 66:680, 1980. 03) De Castro, C. C. The changing role of platysma in face lifting. Plast. Reconstr. Surg. 105:764, 2000. 04) Owsley, J.Q. Face lifting: problems, solutions, and an outcome study. Plast. Reconstr. Surg. 105:302, 2000. 05) Lee, J., and Koine, B. Evaluation of the platysma interlocking suture sling for rhytidectomy. J. Oral. Maxillofac. Surg. 56:943, 1998. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 O PERCENTUAL DE RECLAMAÇÕES CONTRA A CIRURGIA PLÁSTICA NO CÍVEL MINEIRO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Jairo Guerra da Silva MD DESCRITORES reclamações, cirurgia, plástica, cível, mineiro. INSTITUIÇÃO Clínica Jairo Guerra Rua Rio de Janeiro, 2760 - LourdesBelo Horizonte - MG - CEP 30160-042 INTRODUÇÃO ÍNDICE Este trabalho resultou da associação da Cirurgia Plástica, especialidade definida, com a Perícia Médica, área de atuação ainda não definida como especialidade. A primeira, o autor exerce há 45 anos e a segunda há 10. Antes de elaborar a íntegra, o autor fez um estudo da Cirurgia Plástica, desde o que foi encontrado nos papiros de Ebers e de Edwin Smith, respectivamente de 1500 e 2200 A.C., até era atual da fibra óptica, microcirurgia, e retalhos micro-vasculares. Também a Perícia Médica teve seu embasamento perquirido, estudando-se sua aplicação através dos Códigos de Processo Civil de 1939, 1974 e a atualização de 2006. O processo judicial é definido como o instrumento que a sociedade utiliza para encontrar a sua verdade, em substituição às verdades de cada parte. A Perícia é a última prova solicitada pelo Juiz para lhe fornecer elementos para o Julgamento. No caso do perito médico, este tem que conhecer a(s) especialidade(s), as leis, as rotinas, os despachos, os códigos, sendo os principais o Código de Ética, as Resoluções e Pareceres do Conselho Federal de Medicina (CFM), e o Código de Processo Civil (CPC). MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE O material foi extraído do arquivo do autor, constituindo-se de 379 múnus periciais que lhe foram confiados de 1997 a 2005 (hoje com 415). Nesta casuística o autor encontrou 68 reclamações judiciais contra quase todas as especialidades médicas. A mais reclamada foi a Cirurgia Plástica, com 30 processos. A realização da perícia depende da aceitação do ônus da mesma pelas partes, da obtenção dos documentos necessários (artigo 429 do CPC), do Despacho do Juiz, de embargos, agravos etc. A metodologia consistiu na utilização do processo analítico e investigativo, completada pela entrevista, exame clínico, exames complementares, estudo de prontuários etc. O autor conseguiu concluir 51 laudos das 68 reclamações, ficando 17 inconclusas. Os processos e os laudos foram examinados um a um, utilizando-se dos programas "Copernic" e "Siscom". ÍNDICE RESULTADOS Dos 51 laudos conclusos, 32 foram favoráveis ao médico e 19 desfavoráveis. Na casuística de 379 casos diversificados, em 09 anos, periciamos 68 casos de reclamações contra médicos. As sentenças apresentaram os seguintes resultados: a) 25 (em 68) casos em trânsito; b) 18 (em 68) absolvições; c) 15 (em 68) condenações; d) 10 (em 68) ignorados, desistências ou recursos. Inicialmente não comentávamos as sentenças pela dificuldade em obtê-las, por não ter o TJMG um sistema informatizado como hoje. ÍNDICE DISCUSSÃO Porque a cirurgia plástica é a mais reclamada Principais motivos: a) Falha de relacionamento; b) Planejamento inadequado; c) Procedimentos amplos em nosocômios simples; d) Honorários deficientes ou exagerados. Como reverter o processo Proposições: a) Conhecimento das falhas principais; b) Conhecimento do Código de Ética Médica e das Normas e Resoluções do CFM; c) Evitar modismos e publicidade imoderada; d) Simplicidade, bom senso, bons auxiliares e companhei-ros. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.AVELAR, Juarez Moraes. Perfil Psicológico do Paciente: Introdução ao Estudo. In: Avelar, Juarez Moraes. Contribuições à Cirurgia Plástica. São Paulo: Editora Hipócrates, 2001. Cap. 1, p. 27-31. 2.BRASIL. Código Civil. Organização dos textos, notas remissivas, e índices por Juarez de O-liveira. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 728p. 3.BRASIL. Código de Processo Civil e Constituição Federal. 12. ed. São Paulo: Saraiva, 2006, 786p. 4.GOMES, Júlio Cézar Meirelles; DRUMOND, José Geraldo de Freitas; FRANÇA, Genival Veloso de. Erro Médico. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002. 205p. 5.MÉLEGA, José Marcos; BAROUDI, Ricardo. Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte. Cirurgia Estética. Rio de Janeiro: Medsi, 2003. p. 1-815. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 Figura 8 NEONFALOPLASTIA EM ABDOMINOPLASTIA - TÉCNICA SEM CICATRIZ INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Joseph Alexander Abreu NG. CO-AUTORES CARLOS EDUARDO TEIXEIRA POUZA Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica DESCRITORES neonfaloplastia, abdominoplastia, cicatriz. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE Na abdominoplastia pode ocorrer queixas do paciente relacionadas ao umbigo, que variam desde uma pequena insatisfação perante a cicatriz, até um grande complexo por parte do paciente, inibindo-o por vezes de expor a região central do abdômen1,3. O umbigo não possui nenhuma função vital após o nascimento, mas é um marco anatômico importante, parâmetro de beleza do abdômen 2,5.Assim , apresentamos uma opção de onfaloplastia, uma técnica simples, de fácil execução, sendo realizada internamente, sem incisão cutânea, com resultado bastante natural sem cicatriz. CASUÍSTICA E MÉTODO ÍNDICE Entre Abril de 2001 a Maio de 2003 foram realizadas 36 abdominoplastias com a utilização desta técnica, a faixa etária variou entre 32 e 52 anos, sendo todos pacientes do sexo feminino, classificados como grupos V e VI segundo Bozzola4 . Destes, 11% apresentavam o umbigo desviado da linha média, com variação de até 1,5cm da região central. A hérnia umbilical estava presente em 15% dos casos. A marcação e desenvoltura da cirurgia seguem os princípios da abdominoplastia clássica1. O umbigo é desepitelizado e o coto remanescente suturado com um ponto em "U" e então sepultado na própria plicatura( fig.1e2). Segue-se a fixação do retalho na linha média, logo acima da comissura vaginal e marcação do umbigo como na técnica habitual. Liberamos o retalho e fazemos uma incisão em cruz no tecido adiposo, expondo a derme (fig.3). A fixação desta configura um losango, utilizando fio mononylon 4-0 ou 3-0, dependendo da espessura do panículo adiposo (fig.4). Realizado a confecção umbilical, partimos para a sutura do retalho abdominal na região supra púbica. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 RESULTADOS ÍNDICE A avaliação dos pacientes apresentou bons resultados, aspecto estético, aceitação e satisfação dos pacientes (fig.5 e 6), com baixo índice de complicações. Dos 36 abdomes operados, 01 apresentou deiscência de sutura, 05 apresentaram epidermólise e 02 hiperrpigmentação ; sendo que em apenas um deles foi necessário a reintervenção cirúrgica. Por não apresentar incisão cutânea, nessa técnica não houve a presença de hipertrofia cicatricial, estenoses e alargamentos cicatriciais. Figura 1 - Figura 5 Figura 2 - Figura 6. ÍNDICE DISCUSSÃO Em virtude dos resultados satisfatórios alcançados, evitando cicatrizes, discromias e estenoses umbilicais, nos permitimos optar pela técnica acima, considerada de boa relevância. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-PITANGUY I.Abdominal lipectomy, an approach to it though an analysis of 300 consecutive cases. Plast Reconstr Surg. 1967;40:383-391. 2-AVELAR J. M.Cicatriz umbilical - da sua importância e da confecção nas abdominoplastias.Rev Soc Bras Cir Plást. 1978; 68:181-185. 3-AVELAR J. M. Umbilicoplastia - Uma técnica sem cicatriz externa.In: Anais do 1O Cong Brás de Cir Estética;1976 - novembro - Belo Horizonte -Brasil. 4-BOZZOLA, AR, PSILLAKIS ,J.M. Abdominoplasty: a new concept and classification for treatment. Plast Reconstr Surg.1988; 82: 983-987. 5-SCHOELLER T, WECHSELBERGER G, OTTO A, RAINER C, SCHWABEGGE A, et al. New tecnique for scarless umbilicus reinsertion in abdominoplasty procedures. Plast Reconstr Surg. 1998; 102(5): 1720-3. PURPURA TROMBOCITOPÊNICA EM PACIENTE QUEIMADO-RELATO DE CASO. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | DISCUSSÃO | RESULTADOS | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Telma Rejane Lima da Rocha MD CO-AUTORES Cynthia Chacon MD Erilane Braga MD Marcelo Borges MD Marcelo Miranda MD DESCRITORES PURPURA, TROMBOCITOPÊNICA. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SPTel: 55(11) 3826-1499 Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma patologia autoimune caracterizada pela acelerada destruição plaquetária no baço, mediada por mecanismo imunológico (4) devido à ação de linfócitos T e B contra as próprias plaquetas, sendo esta destruição feita através da ação de anticorpos, atingindo principalmente alguns tipos plaquetários. O resultado é o aumento da tendência à hemorragia. PTI acomete tanto crianças quanto a adultos predomina no sexo feminino. Hoje paciente típico é mulher de 50/60 anos na forma crônica, com a patogênese, diagnóstico e tratamento diferentes entre adultos e crianças. O tratamento inicial é corticoterapia e ou imunoglobulina intravenosa (IVIG) (1). Nos pacientes refratários, a esplenectomia á a 2ª opção de tratamento sendo a videolaparoscopia a mais indicada (2,3) pelo menor índice de complicações e reduzido tempo cirúrgico. Há trabalhos recentes indicação para uso de rituximab (anticorpo antimicrossomal ante CD20 (5)) como nova opção de tratamento. No caso de queimadura a presença de coagulopatias como PTI, leva ao agravamento significativo do quadro e dificuldades de tratamento. Neste caso a paciente MMR, assintomática teve 20% de área queimada em 2º, 3º graus em 8 unidades topográficas, com alterações plaquetárias que chegaram a 15000 plaquetas/ml; Realizadas várias transfusões de concentrado de plaquetas e hemácias, curativos com xenoenxerto (pele de rã), esplenectomia videolaparoscópica, tratamento em UTI. Todos procedimentos visando uma melhoria do índice plaquetário, que nunca aconteceu de modo satisfatório, culminando com a morte da paciente. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Analisado todo internamento, exames pré-existentes. Acompanhamento realizado por equipe multidisciplinar composta por cirurgião plástico, clinico, intensivista, fisioterapeuta, psicólogo, infectologista, cirurgião geral. Curativos sob narcose realizados em dias alternados e a pele de rã trocada cada curativo na área que se encontrava sem aderência, quando possível, realizados escarificações e hemostasia por eletrocautério, Feita contagem plaquetaria diária. DISCUSSÃO ÍNDICE Os índices plaquetários variaram de 15000 a 77000 plaquetas/ml, várias vezes realizados transfusões de plaquetas e hemácias sem obter condições para cobertura cutânea adequada, pois o leito receptor e o tecido de granulação que eram inadequados. Paciente teve infecções, distúrbios hidroeletrolíticos, má distribuição hídrica, estado politransfusional e insuficiência respiratória, culminando com o óbito. RESULTADOS ÍNDICE As queimaduras com extensões semelhantes são uma rotina em serviços de queimadura, em geral cursam sem intercorrências e com bons resultados. Neste caso a PTI foi o fator basal para o insucesso e óbito da paciente.Cobertura com pele de cadáver e INTEGRA (matriz dérmica bovina)não estavam disponíveis. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1-RAMDAN, K.M.A. - Efficacy and response to intravenous anti-d immunoglobulin in chronic idiopathic thrombocytopenic purpura. 2- POMP, Alfons - Laparoscopic splenectomy: a selected retrospective review. 3- KWON, H. C. -Prognostic Factors of response to laparoscopic splenectomy in patients with idiopathic Thrombocytopenic purpura. 4- CINES, D.B. - Management of adult idiopathic thrombocytopenic purpura. 5- SIBILIA, J. - Le Rituximab- une biothérapie originale dans le maladies auto-immunes. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 AUTO-ENXERTIA CUTÂNEA: EXPERIÊNCIA DE 10 ANOS DO CENTRO E TRATAMENTO DE QUEIMADURAS DO HOSPITAL DO ANDARAÍ. INTRODUÇÃO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Adilson Branco Farrapeira Júnior MD CO-AUTORES Luiz Macieira Guimarães Júnior MD Luca Bruno Ballestra MD Alexandra Conde Green MD Angie Cristina Morillas Marini MD DESCRITORES Auto-enxertia Cutânea INSTITUIÇÃO Centro de Tratamento de Queimaduras do Hospital do Andaraí no Rio de Janeiro, RJ. End.: Rua Capistrano de Abreu n° 28 Apto 1502, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.CEP: 22271000, e-mail: [email protected]. INTRODUÇÃO ÍNDICE A auto-enxertia cutânea é considerada o método ideal para cobertura das áreas de queimaduras profundas. O índice de perda dos enxertos varia de 23% a 5%, segundo a literatura atual. A maior causa de perda dos enxertos são as infecções. Este estudo analisa os dados dos prontuários dos pacientes submetidos a auto-enxertia cutânea nos últimos dez anos no CTQ do Andaraí, e avalia a taxas de integração dos enxertos. PACIENTES E MÉTODOS ÍNDICE Foi realizada revisão dos prontuários de todos os pacientes submetidos a auto-enxertia cutânea no período de Janeiro de 1996 a Dezembro de 2005 e analisados os seguintes dados: idade, sexo, agente causal e motivo do acidente, porcentagem de superfície corporal acometida, área doadora e área receptora, tipo de enxerto (mesh graft ou laminar), tempo de internação, tempo entre a internação e a cirurgia, número intervenções cirúrgicas e tempo entre a operação e a alta. O procedimento cirúrgico consiste em desbridamento agressivo com exérese de todo o tecido de granulação. O enxerto é retirado das áreas doadoras disponíveis e passado no mesh graft conforme necessidade e área a ser enxertada. A fixação é feita com pontos de nylon 5-0. Todos os pacientes foram operados por um dos dois cirurgiões do serviço. O curativo é aberto no segundo dia de pós-operatório e é realizada drenagem dos seromas e hematomas. RESULTADOS ÍNDICE Trezentos e três pacientes foram submetidos à auto-enxertia cutânea no Hospital do Andaraí neste período. Destes 28 não puderam ser avaliados por erros no número dos prontuários. Trinta e seis pacientes foram submetidos a duas ou mais cirurgias. Nenhum paciente recebeu mais de um enxerto na mesma região. A média de tempo entre a última cirurgia e a alta foi de 12 dias. Não foi evidenciada nenhuma perda total de enxerto. Oito pacientes foram à óbito DISCUSSÃO ÍNDICE Os resultados obtidos no serviço nestes últimos dez anos estão acima da média descrita na literatura. Atribuímos esta taxa de 100% de integração dos enxertos à técnica cirúrgica e cuidados pós-operatórios adequados. Durante a operação é importante o cuidado na preparação da área receptora com desbridamento de todo o tecido de granulação e fixação adequada do enxerto. A abertura do curativo com 48 horas de PO é essencial para a sobrevivência do enxerto já que nesse momento é possível realizar as drenagens dos hematomas antes do sofrimento da pele enxertada. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. Unal S, et. Al., Analsis of skin-graft loss due to infection: Infection-related graft loss, Ann Plast Surg, 55 jul 2005; 2. Demling RH, DeSanti MD, The rate of re-epithelialization across meshed skin grafts is increased with exposure to silver, Burns, 28 may 2002; 3. Wood FM, The use of cultured epithelial autograft in the treatment of major burn injuries: Acritical reviw of the literature, Burns, 32 Jan 2006. NECROSE MAMÁRIA APÓS QUIMIOTERAPIA NEO-ADJUVANTE RELATO DE CASO RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Andre Villani Correa Mafra MD CO-AUTORES Jorge Antonio de Menezes MD Rogério Silvestre Matoso MD Eugenio Alfonso S. Coronel MD Ataliba Ronan Horta de Almeida MD DESCRITORES necrose, mamária, quimioterapia, neo-adjuvante INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo RELATO ÍNDICE O carcinoma mamário localmente avançado é aquele maior do que 5 cm com ou sem metástases linfonodais; tumor de qualquer tamanho com invasão extensa da região axilar ou tórax ou pele. As vantagens da quimioterapia neo adjuvante são : reduzir massa tumoral, atuar na metástase microscópica, melhorar as condições físicas da paciente para receber a quimioterapia, aproveitar o aporte de sangue ainda não destruído pela radioterapia e/ou cirurgia. Os autores descrevem um caso raro de necrose mamaria após ciclo de quimioterapia neo adjuvante, atendida pelo serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei - BH onde foram realizados vários desbridamentos cirúrgicos mas impossibilidade de rotação de retalho muscular devido ao estado clinico da paciente. Figura 1 Figura 2 Figura 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1-Fatores associados com a resposta à quimioterapia neo-adjuvante em mulheres com carcinoma mamário localmente avançado / Maria Lúcia de Paula Leite Kraft. Campinas, SP : [s.n.], 2001. ÍNDICE ANÁLISE DO USO DA COSMIATRIA EM PACIENTE QUEIMADO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Telma Rejane Lima da Rocha MD CO-AUTORES Cynthia Chacon MD Erilane Braga MD Marcelo Borges MD Marcelo Miranda MD DESCRITORES cosmiatria, queimadura INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE No Brasil estima-se que ocorrem aproximadamente 1 Milhão de queimaduras anualmente, embora a maioria delas não procure serviços especializados. É comum apreensão do pacientes e familiares em relação a seqüelas e se há algo mais a ser realizado, visando minimizá-las, evitando o estigma de paciente queimado. Embora não se tenha muito a acrescentar em queimaduras de 30 grau (quando não ocorre cobertura precoce ou quando há formação de placas quelóideanas) as queimaduras de 20 graus superficiais e profundas tem excelente resposta. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Todos os pacientes logo após a alta e parada dos curativos, que esboçam desejo de continuar tratamento, são encaminhados um ambulatório de cosmiatria. Aguardamos 1 semana, utilizando exçlusivamente sabonete neutro e evitando exposição solar. Começamos o tratamento na segunda semana, debelando assim sobreposição de produtos químicos na pele queimada. É analisado: idade, sexo, agente causal da queimadura, tipo de pele, lado, área queimada e achado clinico na área queimada que é qualificado: ressecamento, hipocromia, discromia, hipercromia, cicatrizes quelóideanas, achados múltiplos. Todos esses dados são analisados com seguimento a cada 3 semanas, com fotos e nota de satisfação dada pelos pacientes seguidos de registros em ficha. Utilizamos medicações que foram padronizadas por protocolo com as indicações respectivas: para hipocromias: essência de bergamota de 10% a 50%(1,2), as discromias como remodelação a tretnoína de 0,015% a 0,1 % hidroquinona 2 a 4%, hidrocortizona 20%, ou tretnoína de 0.015% a 0,1% correção para ph no 5 com creme não iônico; para cicatrizes queloideanas: Tamoxifeno (3,4,5) a 0,1% a com ácido azeláico a 20%. Em todos os pacientes foi associado protetor solar fps no 50 com hidratante em formulação própria única, exceto para as crianças onde o protetor solar tem fps no 15, com aplicações de uso diário, dias alternados, diurna, noturna que variam com a indicação médica, achados clínicos e sintomatologia dos pacientes. RESULTADO ÍNDICE o tratamento para discromias, hipocromias e hipercromias oferecem bons resultados, obtivemos dificuldade em tratamento de lesões múltiplas sendo estabelecido o tipo de lesão em maior extensão ou na área mais aparente, não sendo fácil o tratamento com mais de um produto químico. Em todos os pacientes foi sugerido o uso de cobertura com malha ou algodão na cor branca na área queimada. Nas cicatrizes queloideanas tratamento mais difícil, porém com bons resultados, quando possível também associamos uso de malha elástica. Foram atendidos de outubro de 2004 a junho de 2006, 589 pacientes em cosmiatria. DISCUSSÃO ÍNDICE a cosmiatria acrescenta uma nova opção para fidelização e atendimento diferencial ao paciente queimado, bem como um novo espaço de trabalho para o cirurgião plástico. Obtivemos alto índice de satisfação dos pacientes, classificados por notas dadas pelos próprios, pacientes embora não haja garantias de resultados. Compreendemos que no futuro a cosmiatria será uma rotina em outros serviços. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1-KADDU, Steven; Accidental bullous phototoxic reactions to bergamot aromatherapy oil; 2- BODE, C. W.: Photodynamic and photo-cross-linking potential of bergamottin; 3- CHAU, Dorothy: Tamoxifen downregulates tgf-B production in keloid fibroblasts: 4-HU, D.: Topical tamoxifen- a potential therapeutic regime in treating excessive dermal scarring; 5- KUHN, M Ann, Tamoxifen decreases fibroblast function and downregulates TGF B2 in Dupuytren's Affected Palmar Fascia. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 RECONSTRUÇÃO DE PÁLPEBRA SUPERIOR - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | CONCLUSÃO | AUTOR Romeu Ferreira Daroda MD DESCRITORES reconstrução, pálpebra, superior. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE A pálpebra superior e de vital importância, estética e funcional, sendo uma estrutura essencial para proteção da córnea.Sua reconstrução total pode ser feita através de um retalho de pálpebra inferior, tendo como vantagem uma reconstrução satisfatória e segura. O objetivo do presente estudo é relatar um caso de carcinoma sebáceo de pálpebra superior, discutindo aspectos etiológicos, histopatológicos e opções de tratamento. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Relato de caso com revisão bibliográfica extensa RESULTADOS ÍNDICE M.C.O, 64 anos, sexo feminino, branca, procurou o Hospital Ontológico devido ao aparecimento de um nódulo em pálpebra superior há cerca de 1 ano. O mesmo não mostrou melhora com o tratamento clínico, apresentando rápido crescimento nos últimos 3 meses. Foi feita uma ressecção do tumor de pálpebra superior direita, reconstrução total de pálpebra superior com retalho de pálpebra inferior direita total. A reconstrução da última foi feita com enxerto de pericôndrio cartilaginoso e retalho facial de Mustardé. O exame histopatológico mostrou tratar-se de um carcinoma sebáceo. CONCLUSÃO ÍNDICE A reconstrução da pálpebra superior com retalho de pálpebra inferior proporciona excelentes resultados em termos de textura, cor , anatomia e funcionamento da pálpebra. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 LESÃO COMPLEXA DE MÃO - TRATAMENTO CIRÚRGICO INTRODUÇÃO | APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG | RESULTADO | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS | AUTOR Edmundo Ahouagi Neto MD CO-AUTORES Gnana Keith Marques de Araújo MD Antônio Eduardo Morato MD Eduardo Rodarte Queiroz MD Robert Bicalho da Cruz MD DESCRITORES mão, lesão complexa INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O valor real da mão é muito grande, mas só reconhecido verdadeiramente após a sua perda anatômica total ou parcial, com limitação de suas funções. A mão é um instrumento de trabalho e é de uso obrigatório para grande maioria das atividades de nossa vida diária. Os traumas e acidentes de mão ocorrem em todas as atividades, variando sua incidência e gravidade. Os tipos de lesões são mais ou menos idênticos, variando conforme a tarefa executada. Embora o número de pessoas envolvidas em acidentes da mão em cada ano no Brasil, seja muito elevado, é muito pequena a documentação sobre a extensão do problema. APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG ÍNDICE Paciente do sexo masculino, 31 anos de idade, vítima de acidente automobilístico em abril de 2006. Primeiro atendimento em outra cidade - interior - onde foram realizadas suturas primárias das lesões. Procurou nosso serviço por conta própria no dia seguinte. Foi verificada fratura de terceiro e quartos metacarpos, perda importante de tecidos moles em região palmar, amputação de falanges média e distal do quarto quirodáctilo da mão esquerda com sinais de isquemia. Indicado tratamento cirúrgico imediato. Realizada amputação do quarto raio da mão esquerda, rotação de retalho cutâneo para cobertura de área cruenta em região palmar e terceiro quirodáctilo.Realizada a transposição do quarto tendão flexor para o terceiro dedo. Fixação das fraturas de metacarpos com fio intra-ósseo. Imobilização em flexão do punho. RESULTADO ÍNDICE Paciente manteve-se em tratamento hospitalar por 72 horas. Em uso de antibiótico Cefazolina e acompanhamento das lesões. Evoluiu com pequena epidermólise em linha de sutura. Acompanhamento fisioterápico especializado. Não apresentou limitação de movimentos em acompanhamento em médio prazo. DISCUSSÃO ÍNDICE Nas lesões complexas de mão o primeiro atendimento é fundamental no sucesso da terapêutica realizada. A correta identificação das estruturas anatômicas lesadas e seus tratamentos são muito importantes na recuperação funcional da mão. Neste caso não houve correta orientação ao paciente no primeiro atendimento. CONCLUSÃO ÍNDICE A transposição tendinosa, rotação de retalho cutâneo e o tratamento fisioterápico foram de extrema para a recuperação do paciente importância neste caso. REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS ÍNDICE 1.Figueiredo V, Schot PC, Chiconeli R. Tratamento da mão acidentada. JBM 1969:75-82. 2.Gruneberg R. Spence AJ. Finger amputation and ability to work. Hand 1974; 6:236-42 3.Wilson RL, Carter MS, Holdeman VA, Lovett WL. Flexor profundus injuries treated with delayed two-stage tendon graffiting. J Hand Surg 1980;5:74-8 4.Meyer VE, Chiu ATW, Beasley RW. Clin Plast Surg 1985;8:51-64. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 CONDUTAS NAS COMPLICAÇÕES APÓS INTERVENÇÕES FACIAIS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Christian Vasconselos Freire Santos MD CO-AUTORES Paula Casarsa MD Alan Bernacchi MD Bárbara Machado MD Ivo Pitanguy MD, PhD, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica DESCRITORES INTERVENÇÕES FACIAIS INSTITUIÇÃO Clínica Ivo Pitanguy Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]. INTRODUÇÃO ÍNDICE A cirurgia plástica da face atua como um meio de devolver a harmonia da arquitetura da face e conseqüente melhora da autoestima. Sendo assim, a cirurgia de rejuvenescimento facial se tornou um dos procedimentos mais realizados pelo cirurgião plástico. Varias técnicas cirúrgicas de abordagem a face foram desenvolvidas, ao longo dos anos, baseadas nos diferentes aspectos técnicos, como a espessura do retalho, profundidade do plano de dissecçao, tipos de incisões e outros. Independentemente da abordagem utilizada, todos os autores visam um resultado duradouro associado à satisfação do paciente e rápido período de recuperação. O objetivo do presente estudo é mostrar a abordagem do lifting cérvico-facial pela técnica clássica de Pitanguy e suas possíveis complicações e conduta nessas complicações. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Foram analisados os prontuários de 8048 pacientes, retrospectivamente, na Clinica Ivo Pitanguy, no período de 1957 a 2006. A maioria dos pacientes eram mulheres (81,15 %) e a faixa etária predominante era 40 a 49 (36 %). A técnica utilizada para abordagem da face foi a técnica clássica de Pitanguy usando a incisão justapilosa com tratamento do Smas e platisma, mostrando os aspectos técnicos mais relevantes, as principais complicações e seus tratamentos seja conservador ou cirúrgico. RESULTADOS ÍNDICE Foram incluídos no estudo 8048 pacientes, destes 3,6% apresentaram intercorrências no período pós-operatório precoce ou tardio. Observou-se que o hematoma persiste como a complicação mais comum (3,2 %) nas ritidoplastias, podendo ocasionar edema facial prolongado e necrose cutânea. Um tratamento inicial conservador com drenagem do hematoma no leito impede, como observamos no estudo, que a maioria dos casos retorne ao centro cirúrgico. Encontramos também, 0,3% casos que apresentaram alopécia, 0,1 % casos deiscência e 0,1% casos lesão nervosa. Um tratamento conservador alcança na maioria dos casos um resultado satisfatório, excetuando-se os casos de alopecia prolongada, em que, por vezes, é necessária a realização de microtransplante capilar. DISCUSSÃO ÍNDICE grande desafio da ritidoplastia e satisfazer as expectativas do paciente e do cirurgião, conferindo a face um aspecto natural e rejuvenescido de efeito duradouro. O lifting cérvicofacial possui baixa morbidade e baixa incidência de complicações, mas para que bons resultados sejam atingidos, há uma curva de aprendizado onde o treinamento e a experiência do cirurgião contribuem para o sucesso da cirurgia. As complicações que eventualmente surgirem, se tratadas precoce e corretamente não interferem no resultado final, possibilitando ao paciente uma face livre de estigmas que possam revelar o "segredo" da realização de uma cirurgia plástica. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. Pitanguy, I., Ramos, A. The frontal branch of the facial nerve: The importance of its variation in the face-lifting. Plast. Reconstr. Surg, 38: 352- 356, 1966. 2. Pitanguy, I., Ceravolo, M. Hematoma post-rhytidectomy: How we treat it. Plast. Reconstr. Surg. 67: 526-528, 1981. 3. Pitanguy, I. Forehead lifting. In: Aesthetic Surgery of Head and Body. Berlin, Springer Verlag, p. 202-214, 1984. 4. Pitanguy, I., Salgado, F., Radwanski, H.N. Submental liposuction as an ancillary procedure in face-lifting. FACE, vol.4 (1):1-13, 1995. 5. Pitanguy, I., Radwanski, H.N., Amorim, N.F.G. Treatment of the aging face using the "round lifting" technique. Aesth. Surg. Journ. 19: 216-222, 1999. Figura 1 - Hematoma, pós ritidoplastia, de grande volume drenado no quarto da paciente. Figura 2 - Hematoma, pós ritidoplastia, de grande volume drenado no quarto da paciente. Figura 3 - Paciente submetida a ritidoplastia em outro serviço com estigma por excesso de tração gerando alopécia na região temporal, tratada com microimpla Figura 4 - Paciente submetida a ritidoplastia em outro serviço com estigma por excesso de tração gerando alopécia na região temporal, tratada com microimpla Figura 5 - Paciente apresentou extensa área de necrose cutânea pós ritidoplastia. Figura 6 - Paciente apresentou extensa área de necrose cutânea pós ritidoplastia. TRATAMENTO DE QUEIMADURAS COM HIDROCOLOIDE AMBULATORIAL INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Daniel Rufatto MD CO-AUTORES Karina de Fátima Zanetti MD Gustavo Homero N. Mello MD Rodrigo A. Gomide MD DESCRITORES tratamento, queimaduras, hidrocoloide, ambulatorial INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE As queimaduras são lesões muito freqüentes.Tratando-se de acidentes dos mais variados agentes etiológicos. Causando grande impacto psico-social e socioeconômico.(4,5). Com o desenvolvimento dos curativos de hidrocolóide(1), o tratamento sofreu uma revolução permitindo ao indivíduo reintegrarem-se as suas atividades mais precocemente, 95% dos foram tratados ambulatorialmente, devido à facilidade deste método e por apresentar um número reduzido de complicações e contra-indicações: como queimaduras de terceiro grau, presença de infecção na ferida, queimaduras elétricas e em feridas com grande exsudação. Entretanto, a carência de serviços especializados em queimaduras determina situação conflitante e desgastante, pois qualquer atraso no início do tratamento pode ser decisivo ao prognóstico tardio deste paciente. O convívio com esta realidade serviu-nos como motivação para a busca de soluções alternativas ambulatoriais, visando simplificar o tratamento ao paciente. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE O presente estudo relata 235 casos atendidos em nosso pronto socorro de queimaduras de outubro de 2005 a junho de 2006, incluídos apenas pacientes tratados com hidrocolóide ambulatorialmente independente da % de SCQ ( Tabela 1 e 2 ). Não houve qualquer espécie de randomização no estudo. Seguiu-se um protocolo pré-estabelecido de conduta. A placa é feita à base de hidrocolóide, composta de celulose, gelatina e pectina, impermeável à água, mas que permite a transmissão de vapor e possíveis conseqüências de seu uso prurido, extravasamento de líquido pelo curativo e odor desagradável foram avisados aos pacientes. Figura 1 - Tabela 1 Figura 2 - Tabela 2 RESULTADOS ÍNDICE O tempo de troca dos curativos, media de trocas, o tempo entre cada troca( Tabela 3 ). Apresentando uma taxa de insucesso de 4,13 % (10 pacientes) que apresentaram como complicação grande extravasamento de líquido ou infecção com interrupção do tratamento até seu controle. Figura 1 - Tabela 3 DISCUSSÃO ÍNDICE Classicamente os curativos de queimaduras devem ser realizados por profissionais especializados. O sofrimento diário dos pacientes queimados nos curativos associado à escassez de profissionais, nos motivou a realizar este estudo. Inicialmente, foi difícil devido às incertezas deste novo tratamento em relação, a cicatrização, dor e pelo tempo na qual os curativos ficam fechados e monitorados apenas pelos pacientes o que contrariava os princípios do serviço que trocavam os curativos entre 24 a 48 horas. À medida que nossa série foi aumentando, esta conduta tornou-se um procedimento de rotina extremamente favorável. A taxa de sucesso e satisfação do paciente obtida foi de 95,87 % (235 pacientes), comparados com os tratamentos anteriores em nosso serviço: como curativos com sulfadiazina de prata, colagenase e iodo povedini. Em todos os casos que apresentaram insucesso o mecanismo de ação foi uma infecção com produção de grande exsudação. O uso do curativo com hidrocoloide oferece uma série de vantagens em comparação a outros métodos de tratamentos realizados em nosso serviço. Infelizmente, a carência de especialistas condiciona muitos serviços a não conhecerem este tipo de tratamento . Esperamos que com este trabalho, esta conduta seja estimulada sempre que houver a indicação da mesma, a fim de determinar uma maior simplicidade e uma melhoria no resultado estético e funcional dos enfermos queimados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1) Candido LC. Nova abordagem no tratamento de feridas. São Paulo: Editora Senac; 2001 2) Gogia PP. Feridas - Tratamento e Cicatrização. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. Revinter; 2003 3) Hermans MHE, Hermans RR DuoDERM, an alternative dressing for smaller bums. Burns. 1986, 12:214-219. 4) MaCarthy JG. Plastic Surgery. 2 ed. Philadelphia: Sanders Company; 1990 5) Mélega J M. Cirurgia plástica. Fundamentos e arte. 1 ed. Rio de Janeiro: MEDSI; 2002 QUERATINÓCITOS HUMANOS PRIMÁRIOS DA EPIDERME E DE FOLÍCULOS PILOSOS ISOLADOS POR DIFERENTES TÉCNICAS E CARACTERIZADOS POR CITOMETRIA DE FLUXO. INTRODUÇÃO | MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Alfredo Gragnani Filho MD CO-AUTORES Michelle Zampiere Ipolito MD Christiane S. Sobral MD, PhD Milena Karina Coló Brunialti PhD Reinaldo Salomão MD, PhD Lydia Masako Ferreira MD DESCRITORES queratinócitos, folículos, epiderme, pilosos, citometria, técnicas. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE A epiderme é constituída de múltiplas camadas de queratinócitos cujo processo de diferenciação ocorre a partir da camada basal que é proliferativa. O queratinócito é a principal célula da epiderme, sendo responsável pela formação da barreira cutânea. Há três populações de queratinócitos presentes na epiderme que compreende as células tronco, as células amplificadoras de transição e as células diferenciadas1. As células responsáveis pela renovação desse tecido são células proliferativas originárias da camada basal, consistindo em menor população de células tronco, e também as células amplificadoras de transição2. Na camada córnea temos queratina e glicolipídeos, os quais se interpõem em camadas sucessivas formando uma unidade funcional impermeável à água, isso é, a barreira cutânea que mantém a vida. O extravasamento de líquidos, proteinas e eletrólitos através de lesões, conseqüentes à ausência desta barreira, gera uma perda hídrica importante gerando instabilidade hemodinâmica, além de propiciar a invasão de diversos microorganismos patogênicos. Dependendo do tamanho da perda cutânea, como em casos de grandes queimaduras, este mecanismo é a origem da morbidade e mortalidade desses pacientes3. Doenças que determinam extensa perda de pele, como grandes desluvamentos, aplasia cutânea, epidermólise bolhosa, nevo gigante congênito, pioderma gangrenoso, traumas e alterações congênitas, têm indicação precisa para a utilização de cobertura definitiva por cultura de queratinócitos na lesão quando não existe área doadora de pele suficiente para a cobertura. Em queimaduras é freqüente o acometimento de grandes superfícies, não existindo área doadora disponível4,5. O objetivo central do tratamento do paciente queimado é a recuperação da cobertura cutânea perdida. Grandes queimados dificilmente sobrevivem por muito tempo sem a cobertura cutânea, pois a contração da ferida e a re-epitelização demanda muito tempo, estando associada à alta taxa de infecção. Nas grandes queimaduras, devido à escassez de área doadora, a utilidade da cobertura definitiva com queratinócitos cultivados possibilita a sobrevivência dos pacientes. A utilização da lâmina simples de queratinócitos cultivados sobre a lesão apresenta como desvantagem a baixa taxa de integração da enxertia e o conseqüente período prolongado de imobilização para possibilitar a cicatrização. Após esse processo estar encerrado, ainda existe a possibilidade de aparecimento de novas lesões pela fragilidade da cobertura 6. Para compreender melhor o desenvolvimento da cultura de queratinócitos humanos é necessária a caracterização dos diferentes detalhes dessa célula. Um dos objetivos dentro de um laboratório de cultura de células é o aprimoramento do cultivo, e a utilização do citômetro de fluxo é fundamental para o estudo da dinâmica celular dos queratinócitos. Não existe na literatura, protocolo de citometria de fluxo para queratinócitos da epiderme ou de folículos pilosos, portanto inicialmente, uma das necessidades para a realização desse estudo foi a definição de um protocolo de queratinócitos em citometria de fluxo. No protocolo tradicional de isolamento de queratinócitos, a taxa de eficiência de formação de colônias de queratinócitos é muito baixa, ao redor de 3 a 4%, determinando uma quantidade muito pequena de células proliferativas a partir do fragmento inicial de pele retirado do paciente grande queimado7,8,9. Essas células proliferativas fazem parte da população de células amplificadoras de transição, pertencentes a um estágio intermediário entre as células tronco da epiderme e os queratinócitos em diferenciação. Essa população de células proliferativas existe na epiderme, local onde é realizado o isolamento primário para a cultura de queratinócitos, mas também existe uma população definida de células proliferativas no folículo piloso, que é o local principal onde ocorre a proliferação dos queratinócitos para a cobertura de lesões parcias da pele. Um método de isolamento de queratinócitos que possibilite a formação de um maior número de células proliferativas viáveis é fundamental para o sucesso da técnica de cultivo e do tratamento dos grandes queimados, pois produz num menor tempo tecido em grande quantidade para a cobertura definitiva das lesões. A utilização de enzimas, no caso a tripsina e a dispase, entre outras, associada ao fator mecânico para a separação das células do fragmento de pele é essencial, mas também é fundamental que a técnica produza células viáveis e não células mortas ou em processo de apoptose. As medidas bioquímicas e biofísicas em células isoladas vêm sendo efetuadas há anos, utilizando basicamente a análise visual em vários tipos de microscópios. Muitos dos métodos imunohistoquímicos e dos métodos de análise celular tornaram-se cada vez mais aprimorados com o desenvolvimento dos citômetros de fluxo. A citometria de fluxo é uma técnica moderna de análise celular, pela qual é possível a obtenção de multiparâmetros simultâneos, compreendendo várias informações celulares em uma mesma amostra. Dentre os exemplos das medidas que podem ser efetuadas destacam-se as características físicas, como tamanho, volume, índice de refração e viscosidade, bem como características químicas, como conteúdo de DNA e RNA, proteínas e enzimas, além das características antigênicas como moléculas de superfície celular que são facilmente detectadas através de imunofluorescência com anticorpos monoclonais10. A citometria de fluxo também possibilita uma melhor caracterização da célula, podendo estudar o núcleo, sua membrana, o ciclo celular, a apoptose celular e a necrose utilizando marcadores específicos11. Outra vantagem da utilização do citômetro é a objetividade e a reprodução dos resultados, e a avaliação celular específica de um número maior de células avaliadas, sendo uma técnica independente do operador, uma vez que os parâmetros são calibrados pelo aparelho. O objetivo do estudo é caracterizar os queratinócitos humanos primários cultivados isolados de epiderme e de folículos pilosos por diferentes métodos de isolamento através da citometria de fluxo. MÉTODOS ÍNDICE Cultura de queratinócitos humanos. A cultura primária de queratinócitos foi iniciada com uma suspensão isolada de células derivada de um fragmento de espessura total de pele do paciente, a qual foi picotada e tratada com tripsina, com dispase ou com a associação de dispase e tripsina para desagregar as células. O meio de cultura para queratinócitos foi constituído por uma mistura de 3:1 de DMEM e meio F12 de HAM, ou seja, 750ml:250ml respectivamente para um total de um litro; suplementado com 10% de soro fetal bovino (FBS); 24mg de adenina (6-aminopurina hidrocloreto) preparada fresca diluindo-se em 20ml da mistura DMEM:F12 de HAM com concentração final de 1,8x10-4 mol/l; 1ml de toxina do cólera com concentração final de 10-10mol/l; 2ml de penicilina /estreptomicina 100UI/ml-100mg/ml; 2ml de hidrocortisona com concentração final de 0,4mg/ml; 1ml de transferrina/triiodo-L-tironina, com concentração final de 2x10-9mol/l; 1,3ml de insulina com concentração final de 5mg/ml; o pH foi ajustado para 7,2 aproximadamente; esterilizado com filtro 0,22mm, e armazenado em refrigerador a 4°C, apresentando coloração vermelha. Os queratinócitos humanos normais foram derivados de pele de pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos na Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP/EPM e a obtenção do fragmento de pele total de 1cm² desprezada em centro cirúrgico, ocorreu na manhã do isolamento. A obtenção do fragmento de pele do paciente somente ocorreu após a assinatura do termo de consentimento pós-informado sobre o destino da pele. Foram realizadas trés técnicas de isolamento de queratinócitos originários da epiderme, a tradicional descrita por GREEN, KEHINDE, THOMAS (1979)7, GREEN (1985)8 e GREEN (1991)9, sendo colocado em uso no Laboratório de Cultura de Células da Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP/EPM, por GRAGNANI, MORGAN e FERREIRA (2002, 2004)12,13. Esse foi o primeiro grupo de estudo das técnicas de isolamento. O passo inicial no fluxo laminar foi a lavagem do fragmento em tubos contendo PBS, passando posteriormente ao picotamento em tripsina a 0,05%. Os fragmentos foram colocados em um frasco agitador, que se encontrava pré-aquecido, e continha tripsina e versene, sendo 6 ml de cada determinando volume total de 12 ml, o que após o período de 30 minutos sob agitação mecânica e à ação enzimática à temperatura de 37ºC, gerou a separação dos queratinócitos. Após 30 minutos, retirou-se o sobrenadante da solução, onde as células separadas encontravam-se, sendo realizada a centrifugação da solução para a retirada da tripsina e do versene, e as células ressuspensas em 3ml do meio de cultura para queratinócitos. O segundo grupo de técnica de isolamento foi a realização com a dispase, sendo o fragmento submetido à mesma lavagem do grupo anterior, com 30 ml de PBS em 8 tubos cônicos com capacidade de 50 ml, para a retirada de contaminantes. Após isso, o fragmento foi colocado num tubo cônico de 15 ml de capacidade com 5 ml de dispase a 0,5%, ficando por 18 hs a 4ºC. Após esse período foi adicionado 5 ml de Versene e a seguir todo o contêudo do tubo foi passado para uma placa de Petri e com o auxílio de pinças delicadas foi separada a epiderme da derme. A epiderme foi colocada num tubo com 5 ml de tripsina a 0,25% a 37ºC por 5 minutos. Após esse período, submeteu-se os fragmentos a uma agitaçao por 30 segundos no vortex, após mais um período de 5 minutos na incubadora a 37ºC e posteriormente realizou-se a homogeneização do material no fluxo por pipetagem por 30 vezes. Após esse processo, foi realizada a decantação do sobrenadante e centrifugação como no grupo anterior. O terceiro grupo de técnica de isolamento foi realizado com a dispase de maneira semelhante ao grupo anterior, sendo que após a separação da epiderme e derme, os fragmentos de epiderme foram colocados em placa de Petri com tripsina a 0,05% e realizado o isolamento por 30 minutos como na primeira técnica mencionada. O protocolo de isolamento de queratinócitos originários de folículos pilosos iniciou-se com a retirada dos folículos do couro cabeludo desprezado em ritidoplastia, com o auxílio de uma pinça delicada, sendo o movimento perpendicular à pele de forma a que ocorresse a exposição do folículo. O material folicular foi diretamente coletado em uma placa de cultura de 60 mm contendo 5 ml de meio de cultura de queratinócitos. A parte distal do folículo foi cortada com a utilização de tesoura de íris sendo coletado apenas a região da protuberância e do bulbo do folículo piloso. Em seguida, todos os folículos foram colocados em outra placa de 60 mm. Para cada 50 folículos foi adicionado 1 ml de tripsina a 0,05%. Após, a placa foi mantida na incubadora a temperatura de 37ºC e incubada por 8 minutos. Após este período, a placa foi checada no microscópio invertido e verificou-se que havia o destacamento dos queratinócitos do bulbo folicular. Após, foram retirados os folículos remanescentes, e imediamente foi adicionado 1 ml de meio de cultura de queratinócitos para cada ml de tripsina para neutralizar a ação da enzima14. Em seguida o conjunto de queratinóciots, tripsina e meio de cultura foi acondicionado em um tubo de 15 ml e centrifugado a 800 rpm por 6 minutos. Após a centrifugação as células foram ressuspensas em 1 ml de PBS e avaliadas no citômetro de fluxo. Citometria de fluxo. A técnica de citometria de fluxo foi utilizada para detectar ciclo celular e apoptose em células em suspensão, usando iodeto de propídeo (PI) e anexina V conforme o método descrito por NICOLETTI, 199115. O método consistiu em fazer a marcação do DNA celular pelo PI, utilizando 500ml de solução tampão (10mmol/l Hepes/ NaOH, pH 7.4, 140mmol/l NaCl, 2.5mmol/l CaCl2), acrescentando 10ml de solução tampão de PI (50mg/ml). Para a utilização das células, foram retiradas da amostra 500ml das células fixadas em formol a 4%, acrescentando-se 500ml de PBS, centrifugando por 4min a 1000rpm. Acrescentou-se 2ml de glicina, homogenizou-se com pipeta sorológica seguida de nova centrifugação. Aspirou-se e foi acrescentado uma solução de PBS mais saponina para ressuspender as células. Desta amostra retirou-se 100ml e foi adicionado 10ml de Rnase, sendo mantida em banho maria por 40min. As células foram ressuspensas em 100ml de solução tampão contendo PI e foram incubadas por 10min, protegidas da luz e em temperatura ambiente, sendo lavadas com solução tampão e imediatamente analisadas no citômetro de fluxo. Para a utilização do marcador anexina V, após o isolamento de queratinócitos, centrifugouse 2 x 106 células/ml suspensas em PBS. O botão de células foi ressuspenso em 1ml de tampão de anexina V diluído 10 vezes em água destilada. Prepararam-se os tubos conforme a população utilizada e ressuspendeu-se em tampão de anexina V. No primeiro tubo foi colocado 100µl com 5µl de anexina V e 10µl de PI. No segundo, foi colocado 5µl de anexina V. No terceiro, 10µl de PI. E no quarto colocaram-se apenas as células sem marcadores. Foi realizada a agitação no Vortex, incubado por 20 minutos no escuro e em temperatura ambiente. Após, foram verificados os resultados do tubo um e quatro e analisados. Os experimentos com a citometria de fluxo foram realizados em triplicata. RESULTADOS ÍNDICE Para a definição do protocolo de citometria de fluxo, foram avaliados queratinócitos primários isolados de fragmento de pele de 22 pacientes, com idade variando de 0 a 15 anos, divididos em tres grupos, de 0 a 3 anos, de 4 a 9 anos e de 10 a 15 anos. Pode-se observar que o maior número de células isoladas foram no grupo de 0 a 3 anos, com valor aproximado de 4 x 106células, e que os grupos etários com idades superiores mostraram uma queda no número de células isoladas com uma relação inversamente direta, quanto maior a faixa etária, menor o número de células isoladas (Figura 1). No método de citometria de fluxo, um dos pontos importantes é a fixação da amostra para a análise no citomêtro de fluxo. O tempo de fixação é fundamental, pois o mesmo pode determinar a morte celular, determinando uma amostra com um número muito menor que o inicial, e como não existe protocolo para queratinócitos humanos cultivados, foi realizado o experimento para determinar o tempo de fixação eficiente para a análise, mas que produzisse o maior número de células viáveis. Foram utilizados dois tempos, os quais são os mais utilizados na literatura para diferentes tipos celulares, sendo de 2 e de 7 dias. Foi avaliada a percentagem de células íntegras analisadas pela citometria de fluxo após o período de 2 e 7 dias de fixação, sendo que a fixação por 2 dias determinou 85% de células viáveis contra 20% quando a fixação foi de 7 dias (Figura 2). O citômetro de fluxo gerou uma análise, representada em gráfico, relacionando a complexidade e o tamanho das células, determinando áreas dentro do mesmo, onde existe maior aglomeração celular, definindo populações específicas estudadas (Figura 3). Na figura anterior foi desenhada uma grade, R1, onde existe a maior aglomeração celular, e como o isolamento das células foi a partir de fragmento de pele, onde na epiderme existe ao redor de 85% de queratinócitos, sendo essa a célula predominante. A aglomeração representa a população prevalente com tamanho e complexidades semelhantes, portanto, os queratinócitos. Essa mesma grade está em destaque na Figura 4. Após a definição do protocolo de citometria de fluxo para queratinócitos primários, foi realizado o experimento com os três métodos de isolamento primário de queratinócitos com as diferentes sequências de enzimas utilizadas. Inicialmente foram comparados o grupo de isolamento tradicional com a tripsina somente e o grupo que utilizou a dispase por 18 hs e mais 10 minutos de tripsina. Observou-se que 0,10% apresentaram células em necrose no grupo de dispase e 0,95% no grupo de tripsina, apresentando significância estatística (Figura 5). Foi avaliada também a percentagem de células em apoptose tardia no isolamento primário de queratinócitos no grupo que utilizou dispase e o que usou tripsina. Observado que os grupos apresentaram percentagens próximas de 2%, sendo que haviam mais células em apoptose tardia no grupo tripsina, sem apresentar significância estatística (Figura 6). Avaliada a percentagem de células em apoptose no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase e no de tripsina. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 4% e 11%, respectivamente, com significância estatística (Figura 7). Avaliada a percentagem de células viáveis no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase e no de tripsina. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 95% e 85%, respectivamente, com significância estatística (Figura 8). Passamos à avaliação da percentagem de células em necrose no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de dispase mais tripsina por 30 min. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 0,15% e 3,2%, respectivamente, com significância estatística (Figura 9). Avaliada a percentagem de células em apoptose tardia no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de dispase mais tripsina por 30 min. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 2% e 33%, respectivamente, com significância estatística (Figura 10). Avaliada a percentagem de células em apoptose no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de dispase mais tripsina por 30 min. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 3,5% e 0,8%, respectivamente, com significância estatística (Figura 11). Avaliada a percentagem de células viáveis no isolamento primário de queratinócitos no grupo dispase 10 min e dispase 30 min e observado que os grupos apresentaram percentagens de 94% e 63%, respectivamente, com significância estatística (Figura 12). Após a avaliação entre os três métodos de isolamento primário de queratinócitos, onde foi realizado inicialmente, entre a tripsina e a dispase mais tripsina por 10 minutos, mostrando resultado favorável para a segunda; e em segundo, a comparação entre a dispase por 10 minutos e a dispase por 30 minutos, também mostrando resultado favorável para a dispase mais tripsina por 10 minutos, essa foi escolhida para a realização da comparação entre os queratinócitos oriundos da epiderme e os de folículo piloso. Observado que o grupo de queratinócitos da epiderme apresentaram 0,15% de células em necrose, enquanto os queratinócitos de folículos pilosos apresentaram 1,25%, com significância estatística (Figura 13). Avaliada a percentagem de células em apoptose tardia no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de folículo piloso. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 1,85% e 2%, respectivamente, sem significância estatística (Figura 14). Avaliada a percentagem de células em apoptose no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de folículos pilosos. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 4% e 10%, respectivamente, sem significância estatística (Figura 15). Avaliada a percentagem de células viáveis no isolamento primário de queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de folículos pilosos. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 94% e 86,75%, respectivamente, com significância estatística (Figura 16). Figura 1 - Análise da faixa etária dos pacientes e o número total de células após isolamento primário de queratinócitos. Figura 2 - Tempo de fixação de queratinócitos humanos primários e a percentagem de células íntegras analisadas no citômetro de fluxo. Figura 3 - Gráfico gerado pelo citômetro de fluxo da análise de queratinócitos humanos primários cultivados, segundo tamanho e complexidade. Figura 4 - Gráfico de Citometria de fluxo de queratinócitos humanos primários cultivados em R1. Figura 5 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em necrose nos grupos de dispase e de tripsina. Figura 6 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em apoptose tardia nos grupos de dispase e de tripsina. Figura 7 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em apoptose nos grupos de dispase e de tripsina. Figura 8 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células viáveis nos grupos de dispase e de tripsina. Figura 9 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em necrose nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 minutos. Figura 10 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em apoptose tardia nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 min Figura 11 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em apoptose nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 minutos. Figura 12 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células viáveis nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 minutos. Figura 13 - Percentagem de células em necrose nos queratinócitos isolados com dispase mais tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos. Figura 14 - Percentagem de células em apoptose tardia nos queratinócitos isolados com dispase mais tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos. Figura 15 - Percentagem de células em apoptose nos queratinócitos isolados com dispase mais tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos. Figura 16 - Percentagem de células viáveis nos queratinócitos isolados com dispase mais tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos. ÍNDICE DISCUSSÃO Desde a década de 70, com a publicação do trabalho de RHEINWALD and GREEN (1975) 16 o cultivo seriado de queratinócitos humanos tornou-se possível. Desde então diversos autores tem proposto diversas técnicas de isolamento de queratinócitos de forma a otimizar os protocolos de cultivo estabelecidos17,18,19. A utilização de diferentes enzimas durante o processo de isolamento celular foi estudada de forma a melhorar o rendimento da cultura primária de queratinócitos20. O objetivo final destes trabalhos foi permitir a melhoria dos protocolos de cultura primária21. Recentemente novos estudos foram realizados caracterizando o isolamento dos queratinócitos com a idade dos pacientes22. No presente experimento foi verificado que com o aumento da idade dos pacientes havia diminuição do número de células viáveis, dados compatíveis com os encontrados na literatura. Nestes experimentos foi estabelecido que o tempo ideal para a avaliação das células epidérmicas no citômetro de fluxo foi no máximo dois dias de fixação. Estes dados não foram encontrados na literatura, pois a maior parte dos dados sobre citometria foram realizados em células sanguíneas. Portanto, o presente estudo é original e inédito, definindo um protocolo de citometria de fluxo para queratinócitos. No presente experimento, foram avaliados diferentes tipos de isolamento de queratinócitos. O grupo em que as células foram tratadas com tripsina por 30 minutos seguiu o protocolo padrão7,8,9,12,13. O grupo que utilizou dispase foi seguido de tratamento com tripsina. Isto ocorre pois a dispase promove uma separação entre a epiderme e derme ao nível da membrana basal, rompendo as ligações proteicas existentes entre os desmossomos e as fibrilas de ancoragem da derme. Desta forma os queratinócitos da camada basal, onde esta a maior parte das células responsáveis pela proliferação epidérmica, tornam-se mais facilmente expostos à ação da tripsina. Quando foram comparados os dados do isolamento com dispase e tripsina por 10 minutos com o método padrão, o primeiro apresentou maior número de células viáveis e menor número de células em apoptose e necrose. Apenas o grupo de apoptose tardia não apresentou diferença estatística. Pela avaliação da citometria de fluxo, na comparação das células tratadas com dispase e tripsina por 10 minutos com o grupo dispase e tripsina por 30 minutos mostrou que os primeiros apresentaram maior número de células viáveis e menor número de células em apoptose, apoptose tardia e necrose. Os resultados foram estatisticamente significantes em todos os grupos. Com os resultados dessas duas comparações, tornou-se desnecessária a comparação entre o método tradicional e o da dispase mais tripsina por 30 minutos, pois ambos apresentaram resultados piores que o da dispase por 18 hs mais tripsina por 10 minutos, método definido como o que resulta na maior eficiência em gerar células viáveis e menor quantidade de danos, como necrose e apoptose às células. Portanto, com a escolha da dispase por 18 hs mais tripsina por 10 minutos, esse método foi comparado aos queratinócitos isolados de folículos pilosos, sítio conhecido de células proliferativas. Quando foram avaliados os resultados do grupo com dispase e tripsina por 10 minutos e o grupo de folículo piloso houve diferença estatística na avaliação da apoptose e nas células viáveis. Estes experimentos foram utilizados inicialmente de forma a tentar caracterizar qual dos métodos de isolamento proporcionaria um maior número de células viáveis e indiretamente maior número de células tronco23. As perspectivas deste estudo com o uso de marcadores específicos para células tronco 24,25 poderá determinar com precisão dados que irão permitir mudanças nos protocolos de isolamento de queratinócitos, na possibilidade de isolamento dessas células tronco adultas por citômetro de fluxo com cell sorter e sua utilização na engenharia de tecido. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Youn SW, Kin DS, Cho HJ, Jeon SE, Bae IH, Yoon HJ, Park KC. Cellular senescence induced loss of stem cell proportion in skin in vitro. J Dermatol Sci. 2004; 35:113-23. 2.Wagers AJ, Weissman IL. Plasticity of adult stem cell. Cell. 2004; 116:639-48. 3.Matic M, Simon M. Label-retaining cells (presumptive stem cells) of mice vibrissae do not express gap junction protein connexin 43. J Investig Dermatol Symp Proc. T2003; 8:91-5. 4.De Luca M, Cancceda R. Culture of human epithelium. Burns. 1992;18(1): S5- 10. 5.Compton CC - Wound healing potential of cultured epithelium. In: Inovatir Technologies and Wound Healing: A clinical and Research Symposium. 1993;5(2):97-111. 6.Sheridan RL,Tompkins RG. Cultured autologous epithelium in patients with burns of ninety percent or more of the body surface. J Trauma. 1995;38(1):48-50. 7.Green H, Kehinde O, Thomas J. Growth of cultured human epidermal cells into multiple epithelia suitable for grafting. Proc Natl Acad Sci USA. 1979;76:5665-9. 8.Green H. Procedure for growing human keratinocytes into epithelia suitable for grafting. Protocolo do Laboratório de Howard Green, Harvard Medical Svhool. 1985; 1-15. 9.Green H. Cultured cells for the treatment of disease: The successful growth of human skin cells in culture has made it possible to restore epidermis after severe burns and other froms of damage. Scientific American. 1991; 96-102. 10.Brenchley JM, Rosa S, Roederer M. Beyond six colors: A new era in flow cytometry. Nature Medicine. 2003;9(1):112-7. 11.Snow C. Flow Cytometer Electronics. Cytometry Part A.2004;57A:63-9. 12.Gragnani A, Morgan JR, Ferreira LM. Differentiation and barrier formation of a cultured composite skin graft. J Burn Care HÉRNIA ABDOMINAL PÓS TRAM: CORREÇÃO COM USO DE TÉCNICA DE DUPLA TELA / ABDOMINAL HERNIA AFTER TRAM: CORRECTION USING TECHNIQUE OF DOUBLE MESH INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | LEGENDA DE FIGURAS | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Bruno Marino Claro MD DESCRITORES hérnia INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A utilização do retalho miocutâneo transverso do reto do abdome (TRAM) na reconstrução mamária produz um resultado de aspecto estético natural e harmônico, além de resultar em melhoria estética na área doadora (abdome).A maior crítica em relação ao uso do TRAM é a ocorrência de defeitos na estrutura da parede abdominal, como abaulamentos e hérnias decorrentes da fraqueza aponeurótica secundária à cirurgia. Para corrigir tais complicações, descrevemos o reparo secundário da parede abdominal com uso de duas telas de polipropileno em diferentes planos. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Dezoito pacientes foram submetidas à reconstrução mamária unilateral com o uso de TRAM, bipediculado, no Hospital Estadual Sumaré (HES) / UNICAMP. No período pós-operatório tardio duas pacientes (11%) apresentaram hérnias incisonais suprapúbicas após o uso de tela de polipropileno para o fechamento primário da parede abdominal (23 e 25 meses após a reconstrução mamária). Após a dissecção da área herniada, fixou-se a primeira tela na sínfise púbica, nos ligamentos de Cooper, na aponeurose do músculo oblíquo interno, e na tela retraída da primeira cirurgia. A segunda tela foi sobreposta à primeira, sendo fixada à aponeurose do músculo oblíquo externo e ao folheto anterior residual da aponeurose do músculo reto do abdome. RESULTADOS ÍNDICE As duas pacientes evoluíram sem complicações no pós-operatório, como infecção, extrusão das telas, seroma ou recidiva da hérnia. DISCUSSÃO ÍNDICE A incidência de hérnia, após o fechamento primário da parede abdominal anterior com uso da tela de polipropileno, pode estar relacionada a complicações relacionadas à sutura da tela ao folheto anterior da aponeurose do músculo reto do abdome, assim como à atrofia e retração do próprio folheto anterior ao qual estava fixada a tela. O uso de duas telas fixadas em planos diferentes visa à distribuição e a fixação das telas em planos diferentes, trazendo vantagens no reparo direto do(s) defeito(s) da parede abdominal anterior, por envolver a parede abdominal em sua completa espessura e reforçar os tecidos atrofiados e retraídos pela ação do processo cicatricial da cirurgia anterior (TRAM) e pela pressão intraabdominal contínua. LEGENDA DE FIGURAS ÍNDICE Figura 1. Hérnia decorrente da fraqueza aponeurática secundária ao levantamento do retalho miocutâneo transverso do reto do abdome (TRAM). Figura 2. Descolamento das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e externo. Figura 3. Fixação da primeira tela: inferiormente na sínfise púbica, ínfero-lateralmente nos ligamentos de Cooper, lateralmente na aponeurase do músculo oblíquo interno e, superiormente, na tela retraída da primeira cirurgia. Figura 4. Fixação da segunda tela: sobreposta à primeira, sendo fixada lateralmente à aponeurase do músculo oblíquo externo e, nos limites superior e inferior, ao folheto anterior residual da aponeurose do músculo reto do abdome. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Hartrampf CR, Scheflan M, Black PW. Breast reconstruction with a transverse abdominal island flap. Plast Reconstr Surg 1982; 69(2): 216-25. 2. Nahabedian MY, Dooley W, Singh N, Manson PN. Contour abnormalities of the abdomen after breast reconstruction with abdominal flaps: the role of muscle preservation. Plast Reconstr Surg 2002; 109(1): 91-101. 3. Shestak KC, Fedele GM, Restifo RJ. Treatment of difficult TRAM flap hernias using intraperitoneal synthetic mesh application. Plast Reconstr Surg 2001; 107(1): 55-62. 4. Moscona RA, Ramon Y, Toledano H, Barzilay G. Use of synthetic mesh for the entire abdominal wall after TRAM flap transfer. Plast Reconstr Surg 1998; 101(3): 706-10. 5. Zienowicz RJ, May JW Jr. Hernia prevention and aesthetic contouring of the abdomen following TRAM flap breast reconstruction by the use of polypropylene mesh. Plast Reconstr Surg 1995; 96(6): 1346-50. VERSATILIDADE DO RETALHO LATERAL DO BRAÇO MICROCIRÚRGICO EM RECONSTRUÇÕES COMPLEXAS. INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Marcelo Sacramento Cunha MD DESCRITORES reconstrução, braço, retalho INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O retalho lateral do braço microcirúrgico tem se mostrado confiável e versátil em diversas séries de casos clínicos. Reconstrução de cabeça e pescoço e extremidades tem sido sua principal aplicação1,2. Os autores têm como objetivo relatar a versatilidade do retalho lateral do braço nas reconstruções complexas em microcirurgia do serviço de Cirurgia Plástica do Hospital das Clínicas da UFBA. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE No período de fevereiro de 2003 a junho de 2006 foram realizados oito procedimentos de microcirurgia reconstrutora com a utilização do retalho fáscio-cutâneo lateral do braço variando em reconstruções de membro superior (um caso), membro inferior (quatro casos) e cabeça e pescoço (três casos). A idade dos pacientes variou de 16 a 68 anos(média 39 anos), sendo um caso (12,5%) do sexo feminino e sete (87,5%) do sexo masculino. Os pacientes eram pardos em quatro casos (50%) e brancos em quatro casos (50%). As reconstruções em cabeça e pescoço apresentavam defeitos após ressecções oncológicas (37,5%), as de membro inferior por trauma automobilístico (50%) e a de membro superior por seqüela de queimadura (12,5%).(Figuras 1a, 1b, 2a, 2b, 3a e 3b) Em relação aos antecedentes médicos três casos (37,5%) eram portadores de patologias sistêmicas( HAS, tabagismo e coronariopatia). O fechamento primário direto da área doadora ocorreu em todos os casos. O tempo cirúrgico total dos procedimentos em cirurgia conjunta com a equipe da Cabeça e Pescoço variou de seis a nove horas (média 7.66h), com o tempo de isquemia do retalho variando entre 15 e 75 minutos (média de 53,3 minutos). Nos demais cinco procedimentos, realizados apenas pela equipe da Cirurgia Plástica, o tempo cirúrgico variou de quatro horas e meia a oito horas (média de seis horas), com o tempo de isquemia variando de 25 a 65 minutos (média 39 minutos). O tempo de permanência variou de seis a 30 dias (média 10,25 dias). Apenas um paciente (12,5%) necessitou de UTI no POI por dois dias. RESULTADOS ÍNDICE Os retalhos foram utilizados para reconstrução de cabeça e pescoço(37,5%), membro superior(12,5%) e membro inferior(50%) por defeitos diversos em etiologia (trauma, queimadura e oncologia) e extensão (3X4cm a 14X7cm). Não foram observadas complicações em relação à reconstrução com 100% de sucesso e também em relação à área doadora não foram observadas complicações. DISCUSSÃO ÍNDICE O retalho lateral do braço oferece como propriedades uma considerável área de tecido fásciocutâneo com anatomia constante, fácil e rápida dissecção, possibilidade de extensão para a região proximal do antebraço e alongamento do pedículo1,2,3. A área doadora pode ser camuflada e escondida facilmente. As altas taxas de sucesso do retalho e fechamento primário borda-a-borda da área doadora favorecem a sua escolha para a reconstrução de diversas patologias em diversas áreas do corpo humano. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Chen IC, Lin CY, Yen RS et al. The extended lateral arm flap in head and neck reconstruction. J. Chin. Med. Assoc.; 66(9):544-50, 2003. 2. Akinci M, Ay S, Kamiloglu S et al. Lateral arm free flaps in the defects of the upper extremity - a review of 72 cases. Hand Surg.; 10(2-3):177-85, 2005. 3. Cunha MS, Ramos RS, Torres ALG et al. Aplicação da microcirurgia no Serviço de Cirurgia Plástica da UFBA: Análise dos resultados e complicações. Rev.Col.Bras.Cir., 32(05):297-303, 2005. Figura 1 - Defeito complexo após ressecção de carcinoma de base língua e pilar amigdaliano Figura 2 - Reconstrução com retalho lateral do braço Figura 3 - Lesão plantar secundária a trauma automobilístico Figura 4 - Reconstrução com retalho sensitivo da lateral do braço Figura 5 - Reconstrução de brida em fossa antecubital secundária a queimadura EPIDERMÓLISE BOLHOSA CONGÊNITA-RELATO DE CASO RELATO DE CASO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Andre Villani Correa Mafra MD CO-AUTORES Ataliba Ronan Horta de Almeida MD Jorge Antonio de Menezes MD Rogério Silvestre Matoso MD DESCRITORES EPIDERMÓLISE BOLHOSA CONGÊNITA INSTITUIÇÃO Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]. RELATO DE CASO ÍNDICE As epidermólises bolhosas (EB) formam um grupo de desordens bolhosas hereditárias em que as bolhas surgem espontaneamente ou são desencadeadas por trauma.São reconhecidos várias formas da doença: simples generalizada e localizada, juncional ou letal e distrófica e recessiva e EB adquirida. Segundo dados epidemiológicos dos Estados Unidos da América, ocorrem 50 casos de epidermólise bolhosa por 1.000.000 de nascidos vivos. A epidermólise bolhosa juncional ou letal ocorre geralmente logo após o nascimento, iniciando com bolhas e erosões, com grandes áreas de descamação e perda de pele.Aparecem geralmente de forma espontânea. Os autores descrevem um caso de um recém nascido que foi atendido pelo serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei - BH que evoluiu com uma forma bastante grave e rara da epidermólise bolhosa congênita. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. Fonseca JCM, Obadia I. Epidermólise bolhosa: Recentes avanços. An Bras Dermatol. 1990; 66: 171-4. 2. Marinkovich P. Epidermolysis bullosa. [serial on the Internet]. 2001 [cited 2003 Apr 3];11:[about 9p.]. Available from: www.emedicine.com/Derm/Topic124.htm 3. McKenna KE, Walsh MY, Bingham EA. Epidermolysis bullosa in Northern Ireland. Br J Dermatol.1992; 127: 318-21 Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 RINOPLASTIA EM FISSURAS LÁBIO-PALATAIS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Bruno Spini Heitor MD CO-AUTORES Renato Rocha Lage MD Bruno Meilman Ferreira MD DESCRITORES rinoplastia, lábios INSTITUIÇÃO Hospital da Baleia Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O presente trabalho estuda o universo de paciente portador de fissura lábio palatais, submetidos a correção de deformidade nasal. Sendo avaliados o tipo de fissuras, o sexo e a idade em que estes pacientes foram operados. Também foi avaliado a técnica cirúrgica e o resultados do ponto de vista estético e funcional. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram avaliados neste estudo retrospectivas 75 pacientes operados no serviço no período de 2 anos ( 2002 a 2004). O protocolo do serviço como na grande maioria dos centros de tratamento a pacientes fissurados indica a correção da deformidade nasal unilateral na pré - escola por volta dos 5 - 6 anos. Nesta época é realizado correção das cartilagens alares (reposicionamento) assimetria narinas e columela. O septo só é abordado nos casos de deformidade severa com repercussão funcional. Nos bilaterais e utilizado a orientação de Millard, sendo a abordagem do nariz realizado como 3º tempo cirúrgico, alongamento da columela e verticalização das narinas. Este procedimento é realizado após os 3-4 anos de idade . A abordagem completa do nariz , osteotomias , septoplastia e etc, são realizadas após 14 anos. A técnica de escolha para correção da deformidade nasal é a de SalyerBardach tanto para uni como bilateral. A correção a Millard para bilateral é reservado para os casos em que a deformidade se mostra mais simples . RESULTADOS ÍNDICE Foram operados no período de fev/2002 a dez/2004 75 pacientes, sendo 47% do sexo feminino e 53% do sexo masculino. Em relação as fissuras tivemos as unilaterais em 65% , bilaterais em 28% e 7,9% fissuras raras. As unilaterais se dividiram em 13% a direita e 52% a esquerda. Em relação a técnica utilizada tivemos que 62% foram operados pela técnica de Salyer-Bardach, para bilateral Salyer-Millard em 20%, técnicas mistas 13% e 5% pela técnica de Cronin. Não foi observado nenhuma intercorrência mais severa na nossa casuística - infecção, deiscência, necrose de retalho, etc. Em relação ao resultado estético e funcional os pacientes foram classificados em grupos. Bom , razoável e mau; sendo esta observação realizada pelos pacientes, pais e por membro do staff. Tivemos cerca de 77% de bons resultados, 19% de razoáveis e 4% de mau resultado ( casos em que persistiu assimetria e má ou falta de definição de ponto nasal). DISCUSSÃO ÍNDICE A boa avaliação e um diagnóstico pré operatório acurado com bom planejamento e o gool da cirurgia ( técnica de exorrino como preconizado por Salyer-Bardach) mostrou-se ser uma técnica simples, segura, de relativamente fácil execução e que nos permite agregar outras táticas complementares se necessário durante o transcorrer da cirurgia, enxertos, cartilagens, septoplastia, etc.). Os resultados obtidos na nossa casuística foram considerados bons, principalmente pela diversidade do grupo operado e pelo grau de experiência diverso dos cirurgiões. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1 - Carreirão, Sergio; Lessa, Sergio; Zanini, Silvio; Tratamento das Fissuras Labiopalatais segunda edição - capítulo: 12,16,17. 2 - Kane, Alex; Pilgram, Thomas; Moshiri, Mazyar; Marsh, Jeffrey; Long - Term Outcome of Cleft Lip Nasal reconstruction in Childhood; vol.105,n.5: 1600 - 1608/Plastic and Reconstructive Surgery, April 2000. 3 - Melega, Cirurgia Reparadora de Cabeça e Pescoço; capítulos 12 e 14. ANÁLISE CLÍNICO-HISTOPATOLÓGICA DAS NEOPLASIAS CUTÂNEAS MALÍGNAS NÃO MELANOCÍTICAS QUE ACOMETEM PACIENTES TRATADOS EM NOSSO SERVIÇO RELATO DE CASO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR André Luiz Figueiredo Coutinho MD CO-AUTORES Rodrigo Campos Soares Quintas MD Ivo Vieira Salgado MD Alexandre Câmara Alencar Barros MD Thiago Maciel Belfort Campos MD DESCRITORES HISTOPATOLÓGICA NEOPLASIAS CUTÂNEAS INSTITUIÇÃO SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA DO INSTITUTO MATERNO INFANTIL PROF. FERNANDO FIGUEIRA - RECIFE - PERNAMBUCO Endereço: Rua Gervásio Fioravante , 87, apt 2002 , Graças, Recife-PECEP:52011-030 RELATO DE CASO ÍNDICE O Câncer de pele é a malignidade mais freqüente da população brasileira, tornando-se um grave problema de saúde pública. Desses casos, 70% a 80% são carcinomas basocelulares, 20% a 25% representam carcinomas espinocelulares e os 5% restantes são melanomas cutâneos 1. Na literatura, os carcinomas ocorrem com maior freqüência em indivíduos idosos e de pele clara com história de exposição solar crônica. As áreas normalmente expostas ao sol como face, tronco e membros superiores são as mais afetadas, em geral 2,4. Dos tipos de lesão, o nodular ou nódulo-ulcerativo é o mais comum entre os CBC 3, Apesar da baixa mortalidade, contribuindo com menos de 0,1% das mortes por câncer, podem causar grande morbidade e, na ausência de tratamento adequado, apresentam alto índice de recorrência e seqüelas. No Tratamento do paciente com câncer de pele, devemos ter como objetivo a retirada total ou destruição da lesão com preservação do tecido normal, da função e do melhor resultado estético possível. De maneira geral, o tratamento cirúrgico realizado com princípios oncológicos é o de eleição para os carcinomas cutâneos 2 . Nosso trabalho trata de uma análise retrospectiva das características clínico- histopatológicas dos pacientes portadores de Neoplasia Cutânea Malígna não Melanocítica tratados, através de tentativa de ressecção total, em nosso Serviço, com o objetivo de avaliar idade e sexo dos pacientes, topografia , características macroscópicas e microscópicas das lesões. No Período compreendido entre novembro 2004 a abril 2006, foram operados 211 pacientes e ressecados 319 tumores malignos não melanocíticos de pele, com idade média de 64 anos( 30 a 100), acometendo 125 (59%) mulheres e 86 (41%) homens. A localização anatômica das lesões estão distribuídas na tabela 1. Em relação às características macroscópicas, 177(55%) mediam até 1cm no seu maior diâmetro, 92 (29%) de 1,1 a 2cm e 47(16%) maior que 2cm. Os tipos histológicos encontrados foram 285(89%) CBC e 34(11%) CEC. Entre os Basocelulares, 43(15%) eram do tipo nodular; 194(68%) nóduloulcerativo; 40(13%) plano ou pagetóide; e 8(4%) esclerodermiforme ou morfeaforme. Os subtipos histológicos estão listados nas tabelas 2 e 3. A prevalência de margens comprometidas na ressecção primária dos CBC aconteceu em 23(08%) lesões e, para os CEC, em 02(6%). Portanto, nosso Serviço vem tratando um grande número de pacientes portadores de Carcinomas basocelulares e escamosos de pele, com características anatômicas semelhantes à literatura, tornando-se referência em nosso Estado. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1.Kligerman J. Estimativas sobre a incidência e mortalidade por câncer no Brasil. Rev Bras Câncer. 2002; 175-9. 2.Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Cirurgia Plástica. Atheneu 2005. 3.Mélega J. Cirurgia plástica fundamentos e arte: princípios gerais. MEDSi 2002; 4. Gregório T, Sbalchiero J, Leal P. Acompanhamento a longo prazo de carcinomas basocelulares com margens comprometidas. Rev Bras Cir. 2005;20(1):8-11; Figura 1 - Localização anatômica dos tumores Figura 2 - Subtipos histológicos dos 285 CBC Figura 3 - Subtipos histológicos dos 34 CEC TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OFTALMOPATIA DE GRAVES ASSOCIADA A FISTULA PALPEBRAL BILATERAL - RELATO DE CASO / SURGICAL TREATMENT OF GRAVES - OPHTHALMOPATHY ASSOCIATED WITH BILATERAL UPPER EYELID FISTULA - CASE REPORT INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA | AUTOR Leonardo Luiz Mendes MD CO-AUTORES Paulo K MD Marcelo de Campos Guidi MD Marco Antônio de Camargo Bueno MD DESCRITORES oftalmopatia, palpebra INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A oftalmopatia de Graves é uma doença auto-imune, linfócito-T mediada, caracterizada por processo inflamatório da periórbita, incluindo musculatura extra-orbitária, gordura e tecido conjuntivo orbital. A inflamação é acompanhada por deposição de componentes da matriz extracelular. O aumento de volume do conteúdo orbital leva ao edema periorbital, disfunção muscular (estrabismo), proptose, ceratites por exposição, aumento da pressão intra-ocular e compressão do nervo óptico. A cirurgia de descompressão orbitária estará indicada quando da falha do tratamento clinico, evoluindo em última instância com compressão neurológica, exposição repetida da córnea e prejuízo da estética facial, com suas repercussões psicossociais. CASUÍSTICA E MÉTODO ÍNDICE R.A.S., feminina, 44 anos, branca, iniciou quadro de tireotoxicose por Graves, evoluindo com exoftalmia bilateral. Após controle medicamentoso com metimazol e iodo radioativo, manteve proptose. Há 4 anos, procurou assistência oftalmológica e foi submetida à excisão de gordura periorbitária e ROOF, através de incisão em sulco palpebral superior. Evoluiu com deiscência de suturas palpebrais e manutenção de exoftalmo. Após 8 tentativas de síntese à esquerda e 4 à direita sem sucesso, foi encaminhada ao nosso serviço mantendo proptose exuberante, mais pronunciada à esquerda, estrabismo e fistula palpebral bilateral, com exposição ocular crônica. A paciente foi submetida à incisão infraciliar de pálpebra inferior e dissecção até visibilização do rebordo orbitário. Após elevação de periósteo e exposição de arcabouço ósseo intraorbitário, realizou-se a osteotomia de parede lateral, medial e inferior de órbita bilateralmente, descomprimindo órbita, melhorando a relação conteúdo/continente. Realizadas incisões no septo orbital, permitindo ressecção e posterior herniação da gordura retro-orbitária. As fístulas palpebrais, advindas de múltiplas intervenções cirúrgicas anteriores, foram corrigidas por meio do restabelecimento da anatomia palpebral. O cuidado resguardou no fato de que as linhas de suturas ficaram dispostas de forma não coincidente, evitando o alinhamento dos fios, que poderiam prejudicar a cicatrização e o restabelecimento da integridade palpebral. RESULTADOS ÍNDICE Conseguido bom fechamento da fistula palpebral bilateral, e a regressão contínua do exoftalmo. O olho esquerdo manteve-se levemente proptótico e estrábico no PO. DISCUSSÃO ÍNDICE A opção de tratamento cirúrgico na exoftalmopatia de Graves é reservada a apenas 5% dos casos, que apresentam compressão do nervo óptico, alterações de campo visual, e exposição corneal. Porém, a cirurgia deve ser postergada até o fim da atividade inflamatória da doença. O uso de corticoesteróides representa uma possibilidade de tratamento factível nesse período inicial. Até o 7° mês de estabelecimento da exoftalmia, a radioterapia pode ser uma opção a ser adicionada ao arsenal terapêutico, se conseguida boa resposta a pulsoterapia. A descompressão orbitária nos mostrou ser a melhor opção de tratamento para o presente caso, tendo em vista os 4 anos de evolução, a exposição ocular e o insucesso de tratamentos prévios. O aumento do volume orbitário, conseguido com a osteotomia orbitária ampla, permitiu boa redução da proptose e recuperação da estética ocular. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ÍNDICE 1)Levy J, et al. Thyroid ophthalmopathy. Minerva Endocrinol. 2005 Dec;30(4):247-65 # 2) McNab A.A.. Orbital decompression for thyroid orbitopathy. Aust N Z J Ophthalmol. 1997 Feb;25(1):55-61 # 3) Van der Wal KG, et al. Surgical treatment of Graves orbitopathy: a modified balanced technique. Int J Oral Maxillofac Surg. 2001 Aug;30(4):254-8. ABORDAGEM CIRÚRGICA DE PACIENTE PORTADOR DE FISSURA INTRODUÇÃO | APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG | RESULTADOS | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR GNANA KEITH MARQUES DE ARAUJO MD DESCRITORES fissura INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE Tessier em 1976 foi o primeiro a considerar em diferentes tipos de fissuras faciais tanto os aspectos clínicos quanto a anatomia cirúrgica e propor uma classificação.1,2 O correto diagnóstico do paciente é fundamental para uma abordagem cirúrgica adequada ao caso.3 A fissura 0-14, assim denominada por Tessier, é de tal maneira rara e de apresentação múltipla que mesmo para os profissionais mais experientes seu tratamento torna-se um desafio.3,4,5 Os pacientes podem apresentar desde um entalhe mínimo no lábio superior e no vermelhão e discreto nariz bífido até completa divisão das estruturas faciais na linha média.3,4 Caracteriza-se por falha na fusão de processos responsáveis pela formação facial em torno da oitava semana de vida intra-uterina.3 A fissura envolve tanto tecidos moles quanto elementos ósseos e resulta em crescimento craniofacial alterado.3,4 APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG ÍNDICE Criança do gênero feminino, com dois anos de idade, apresentando nariz bífido com quatro orifícios narinários, hiperteleorbitismo, telecanto, fissura labiopalatal mediana completa, apêndice mediano em língua e alteração na forma da região frontonasal. Previamente hígida, com avaliação pediátrica e anestesiológica sem alterações. Submetida a procedimento cirúrgico sob anestesia geral associada à infiltração de solução de xilocaína e bupivacaína. Objetivou-se a correção da cinta labial e reconstrução nasal com total aproveitamento dos tecidos existentes. Não houve ressecção tecidual. O planejamento cirúrgico visou à preservação da pré-maxila que se encontrava desviada antero-lateralmente à direita. O tecido dermo-gorduroso da ponta nasal, entre as cartilagens alares afastadas e hipotróficas, foi utilizado na reconstrução labial. Os dois orifícios narinários mediais terminavam em fundo cego e foram desepidermizados para reconstrução nasal. RESULTADOS ÍNDICE Estes procedimentos resultaram em boa resolução da anomalia apresentada. Logicamente outros procedimentos cirúrgicos devem ser programados, tais como palatoplastia, rinoplastia, enxerto ósseo e implante dentário. Atendimento multidiciplinar com psicólogo, fonoaudiólogo e profissionais da odontologia são fundamentais para o sucesso terapêutico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Tessier P. Anatomical classification of facial, craniofacial, and lateral facial clefts. J Maxillofac Surg. 1976; 4:69-81. 2.De Ponte FS, Bottini DJ, Sassano PP, Iannetti G Surgical planning and correction of medial craniofacial cleft. J Craniofac Surg.1997Jul;8(4):318-22. 3.Turkaslan T, Ozcan H, Genc B, Ozsoy Z. Combined intraoral and nasal approach to Tessier No: 0 cleft with bifid nose. Ann Plast Surg. 2005 Feb;54(2):207-10. 4.Thorne CH. Craniofacial clefts. Clin Plast Surg. 1993 Oct;20(4):803-14. 5.Tolarova MM, Cervenka J. Classification and birth prevalence of orofacial clefts. Am J Med Genet. 1998 Jan 13;75(2):126-37. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 APLICAÇÃO DA MICROCIRURGIA EM SEQUELAS DE QUEIMADURAS INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Marcelo Sacramento Cunha MD DESCRITORES MICROCIRURGIA EM SEQUELAS DE QUEIMADURAS INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O estudo pretende avaliar a aplicação da microcirurgia para reconstrução de defeitos adquiridos após queimaduras em pescoço, membros inferiores e membros superiores, analisando os resultados da casuística. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE No período de dezembro de 2003 a agosto de 2005 foram realizados quatro procedimentos de microcirurgia reconstrutiva aplicados à queimaduras. A idade dos pacientes variou de 16 a 45 anos (média de 30,25 anos). O tempo cirúrgico variou de 75 a 480 minutos (348,75 min.) e o tempo de isquemia variou de 75 a 120 minutos (93,75 min.). A escolha dos retalhos foi baseada no estudo do defeito, quantidade e qualidade dos tecidos requeridos, assim como extensão e compatibilidade dos vasos doadores e receptores. Os retalhos utilizados foram: um retalho chinês aplicado para uma reconstrução de cabeça e pescoço após ressecção de úlcera de marjolin; dois retalhos ântero-laterais da coxa: um para queimadura em membro inferior e outro para brida cervical e um retalho lateral do braço para brida em fossa antecubital. Os vasos receptores variaram de acordo com o local do defeito e a permeabilidade dos mesmos. No retalho chinês foi utilizada a artéria facial e veia jugular externa com anastomoses termino- terminais; em um caso do lateral da coxa foi utilizada a artéria tibial anterior e veia comitante com anastomoses termino-terminais e no outro foi utilizada a artéria lingual e duas veias: tireóidea superior e jugular anterior com anastomoses termino-terminais; no caso do lateral do braço foi utilizada artéria ramo da braquial e veia comitante com anastomoses termino-terminais. As complicações das reconstruções e áreas doadoras foram divididas em imediatas (intra-operatórias), recentes (até 21dias) e tardias (após 21dias)1,2. As complicações analisadas foram relacionadas às reconstruções e divididas em menores (perda parcial do retalho e/ou satisfação parcial do plano pré-operatórío) ou maiores (perda total do retalho e/ou não satisfação do plano préoperatório)1,2. Em relação às áreas doadoras, foram divididas em menores (com necessidade de re-intervenção cirúrgica) e maiores (deformidade não satisfatória ao cirurgião ou não aceitável ao paciente)1,2. Os resultados foram classificados como bons (sem complicações), satisfatórios (complicações menores) ou ruins (complicações maiores) conforme tabela I em anexo1,2. RESULTADO ÍNDICE Três retalhos sobreviveram (75% de sucesso) e em um (25%) houve perda total. Foram encontradas, em relação à reconstrução, uma complicação imediata (25%): trombose arterial re-explorada com sucesso; uma recente (25%): trombose arterial com perda do retalho e nenhuma tardia. Em relação à área doadora, foi observado um caso de complicação recente (25% ): infecção e deiscência e um caso de complicação tardia (25%): neuroma.(Figura 1) Os resultados da reconstrução foram classificados como bons em três casos (75%) e ruim em um caso (25%).(Figuras 2a, 2b, 3a e 3b) Os resultados das áreas doadoras foram bons em dois casos (50%), satisfatórios em dois casos (50%). DISCUSSÃO ÍNDICE A microcirurgia permitiu grande avanço no tratamento das seqüelas de queimaduras1,3. As grandes contraturas, bridas e retrações podem ser tratadas com escolha da extensão e qualidade dos tecidos doadores para reparo. Os resultados bons e satisfatórios em 75% das reconstruções microcirurgicas em casos de queimaduras e ausência de complicações maiores em áreas doadoras favoreceram a sedimentação e credibilidade do procedimento. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1. Cunha, M.S.; Ramos, R.S.; Torres, A.L.G. et al. Aplicação da microcirurgia no Serviço de Cirurgia Plástica da UFBA: Análise dos resultados e complicações. Rev.Col.Bras.Cir., 32(05):297-303, 2005. 2. Baumeister S, Koller M, Draqu A, Germann G, Sauerbier M. Principles of microvascular reconstruction in burn and electrical burn injuries. Burns, 31(1):92-8; 2005. Figura 1 - Classificação dos resultados das reconstruções e áreas doadoras quanto à presença de complicações. Figura 2 - Complicação menor em área doadora do retalho antebraquial radial: Neuroma Figura 3 - Paciente portador de úlcera de marjolin após queimadura há 30 anos. Figura 4 - Ressecção extensa da lesão e área cicatricial com reconstrução com retalho antebraquial radial microcirúrgico. Figura 5 - Paciente portadora de brida cérvico-torácica grave. Figura 6 - Liberação e ressecção do tecido cicatricial com reconstrução com retalho ânterolateral da coxa microcirúrgico. RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA EM SEQÜELA DE QUEIMADURA: RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Deise de Azevedo Monteiro MD DESCRITORES reconstrução, mama INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE O uso do retalho muscular de grande dorsal foi inicialmente descrito por Tansini(1896) para reconstruir parede torácica pós-mastectomia. Em sua forma musculocutânea foi descrito inicialmente por Olivari e popularizado no meio médico em 1978 por Bostwick e cols. Psillakis em 1981 fez a primeira publicação a esse respeito no Brasil. Difundido para reconstrução de mama em ressecções oncológicas, os autores mostram a diversidade do retalho relatando um caso de reconstrução mamária por seqüela de queimadura ocorrido em nosso serviço. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Estudo de caso de paciente do sexo feminino, 50 anos, parda, história de lesão térmica por contato direto com fogo em vestes há 45 anos. Apresentava grande área de tecido cicatricial pós-queimadura em hemitórax direito com extensa brida tóraco-abdominal com apagamento do sulco mamário e toda unidade estética da mama, destruição da aréola e resquício de mamilo. Não foi realizado tratamento cirúrgico e teve extrema dificuldade para amamentar. Compareceu ao nosso serviço com desejo de realizar reconstrução da mama direita. Como não havia tecido cutâneo com qualidade adequada foi optado pela realização de um retalho em ilha de pele de dimensões superiores ao déficit aparente. O primeiro tempo cirúrgico em março de 2006 utilizou-se retalho mio-cutâneo do grande dorsal pediculado à direita com ilha de pele medindo 20 X 10cm. Após tratamento de área receptora, como não havia sensibilidade adequada e o posicionamento ideal era impossível, os autores optaram por não preservar o mamilo remanescente. Teve um pós-operatório habitual sem intercorrências obtendo alta hospitalar no segundo DPO. Após três meses da primeira intervenção foi realizada a simetrização da mama contra-lateral e reconstrução do CAM com retalho local tipo "Skate" e enxerto de pele total. RESULTADOS ÍNDICE Devido ao volume mamário preexistente, a reconstrução aproximou-se muito do volume da mama contra-lateral, facilitando a simetrização. A paciente obteve um excelente grau de satisfação com o resultado final. DISCUSSÃO ÍNDICE A reconstrução mamária através do retalho mio-cutâneo do grande dorsal ipsilateral é uma técnica segura, rápida e versátil que permite a reparação quando necessitamos de cobertura cutânea extensa fazendo parte do arsenal de técnicas para casos de maior complexidade. Muito difundido em reconstrução de mama após mastectomias por motivos oncológicos, este retalho evidenciou ser uma excelente opção em reparações após seqüelas de queimaduras. Neste caso a cirurgia plástica contribuiu para melhorar os aspectos anatômicos e estéticos e sobretudo, da auto-estima da paciente tão fragilizada por um acidente mutilador, tornando sua qualidade de vida infinitamente superior. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Glattstein, N., Mélega, J.M., Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte - Cirurgia Reparadora de Tronco e Membros. Rio de Janeiro: Medsi, 2004: 19. 2.Munhoz, A.M., Cunha, M.S., Microcirurgia Reconstrutiva. São Paulo: Atheneu, 2005: 05. 3.Leal, P.R., Cammarota, M.C., Palma, L. et al. Reconstrução imediata da mama: avaliação dos pacientes operadas no INCA no período de junho de 2001 a junho de 2002. Revista Brasileira de Mastologia - 149. Vol 13 - nº4 -2003. Figura 1 - Pré-operatório Figura 2 - Pré-operatório Figura 3 - Pedículo do retalho Figura 4 - Retalho na área receptora Figura 5 - Pós-operatório de 30 dias Figura 6 - Detalhe lateral TRATAMENTO CIRÚRGICO DO LINFEDEMA DO PÊNIS E DO ESCROTO PELA TÉCNICA DE CORDEIRO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Adriana Gondim do Amaral CO-AUTORES Célio Ferreira Leão Preceptor chefe do Serviço da Santa Casa de Goiânia Luiz Pinto Neto Residente do 3º ano da Santa Casa de Goiânia Alysson Silva Pinheiro Residente do 2º ano da Santa Casa de Goiânia Valdevan Afonso Rabelo Residente do 1º ano da Santa Casa de Goiânia DESCRITORES tratamento, linfedema, pênis, escroto, cordeiro. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE O linfedema peniano e escrotal é uma doença rara , caracteriza-se por uma anormalidade de absorção do fluido linfático ou por obstrução. O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente e no exame físico. O paciente normalmente procura o serviço médico , com graves problemas de ordem estética e funcional. O tratamento de eleição é unicamente cirúrgico. O objetivo do nosso trabalho é mostrar nossa experiência , com essa doença incomum . MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Foram operados 4 pacientes, com idade entre 38 e 67 anos , no período 2000 a 2005 , portadores de linfedema no pênis e no escroto. O diagnóstico foi basicamente clínico, todos encontravam-se no estágio crônico da doença. No tratamento cirúrgico executou-se uma plástica do pênis e do escroto, que consiste na excisão de todo o tecido subcutâneo acometido, combinado com a reconstrução do pênis e da bolsa escrotal. Optou-se pela técnica de Cordeiro, devido a maior facilidade, poucas recidivas , além de bons resultados estéticos e funcionais.Figuras ( 1 a 3 ) Figura 1 Figura 2 Figura 3 RESULTADOS ÍNDICE Dois pacientes evoluíram de forma satisfatória , e dois apresentaram necrose na região ventral do pênis , sendo que um foi tratado com enxerto de pele e o outro houve fechamento por segunda intenção da lesão. Todos os pacientes relataram melhoras tanto estéticas quanto funcionais . Figuras ( 4 e 5 ) . Figura 1 - Figura 4 Figura 2 - Figura 5 DISCUSSÃO ÍNDICE O linfedema da genitália externa masculina é uma doença pouco freqüente , principalmente nos estágios demonstrados . Constatou-se que o baixo grau de instrução o nível econômico precário e os aspectos psicológicos dos pacientes , dificultam a busca mais precoce pelo serviço especializado. O tratamento é cirúrgico , damos preferência pela técnica de Cordeiro pelos baixos índices de complicações e pelos bons resultados. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Bleo, Tomé J. Elefantiasis of the penis . 1973. Disertación. Trans II. European Congress of Plastic Reconst Surgery . University of Viena.Viena,1973. 2.Cordeiro, A K: Bacaracat, F F . Byk-Prociex, São Paulo: linfologia: Fundo editorial, 1983. 3.cordeiro, A K.Comunicações linfo-venosas. Trabalho apresentado à Sociedade Brasileira de Angiologia, São Paulo, Jul, 1969. 4.Homans, J. The treatement of elefantiasis of the legs , apreliminary report. N Engl J Med, 1936. 5.Mello, N A. Síndrome dos linfedemas . Cursos Especialização em Angiologia. Esc Méd. Pós-graduação da PUC do Rio de Janeiro, 1997. RECONSTRUÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL COM RETALHO MIOCUTÂNEO TENSOR DA FÁSCIA LATA : RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR Rogerio dos Santos Ramos MD DESCRITORES RECONSTRUÇÃO PAREDE ABDOMINAL RETALHO MIOCUTÂNEO TENSOR FÁSCIA LATA INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]. ÍNDICE INTRODUÇÃO A Fasceíte Necrotizante foi relatada pela primeira vez por Hipócrates no século V AC. Em 1871 foi descrito pelo cirurgião americano Josefh Jones que denominou de "gangrena hospitalar".Meleney em 1924 reportou casos de gangrena num hospital em Beijing na China , utilizando o termo gangrena estreptocócica hemolítica.Wilson em 1952 introduziu o termo fasceíte necrotizante,mais relacionado com a fisiopatologia da doença. Trata-se de uma doença infecciosa , rara, rapidamente progressiva , frequentemente fulminante que envolve necrose extensa de partes moles causada por uma variedade de bactérias podendo ser polimicrobiana . A toxicidade sistêmica e a evolução para choque séptico em curto intervalo de tempo é uma constate. Possui elevada taxa de mortalidade que varia de 06 a 76% .Fatores predisponentes incluem idade avançada,obesidade,doenças vasculares,Diabetes, insuficiência renal, desnutrição,imunossupressão e trauma.O sucesso do tratamento consiste no diagnóstico precoce, intervenção cirúrgica rápida e agressiva , além de antibioticoterapia de amplo espectro.A terapia iniciada até 24horas da admissão é quase sempre eficaz em reduzir o índice de letalidade.Trata-se de uma complicação raríssima em cirurgias obstétricas e no puerpério.Existe uma estimativa de 1,8 caso para cada 1.000 cesáreas.Os autores relatam o caso de uma paciente com quadro de fasceíte necrotizante pós cesárea que evoluiu com extenso defeito da parede abdominal anterior. Um retalho miocutâneo do Tensor da fáscia lata com extensa ilha de pele foi utilizado para reconstrução do complexo defeito. MATERIAL E MÉTODOS ÍNDICE Paciente NMLAA , 34a , negra, foi submetida a cesárea sem intercorrências.No 8º dia pósoperatório( PO) com hematoma de ferida operatória pós trauma.No 20º PO procurou assistência médica com grave quadro de deiscência total de ferida operatória , fasceíte necrotizante de parede abdominal anterior e choque séptico.Foi submetida à tratamento adequado com desbridamento amplo e agressivo , internamentona unidade de terapia intensiva.Após estabilização do quadro clínico por volta do 10ºdia de internação foi realizada a primeira intervenção da cirurgia plástica através de avanço do retalho toraco abdominal remanescente aos moldes de uma abdominoplastia clássica extendida.Com esta manobra foi possível reduzir o defeito inicial que era desde a região epigástrica superiormente até a região pubiana inferiormente , sendo que os limites laterais se extendiam para o dorso.Uma semana após este procedimento os autores optaram pela realização de um retalho pediculado musculocutâneo do tensor da fáscia lata ilhado com extensa àrea de pele medindo 18 x 40cm, sendo possível cobertura cutânea de todo o defeito.A área doadora foi fechada com enxerto de pele parcial.A paciente teve evolução satisfatória sem complicacões relacionadas ao retalho ou a área doadora. ÍNDICE DISCUSSÃO A fasceíte necrotizante é uma enfermidade gravíssima que necessita de desbridamentos cirúrgicos extensos e agressivos para seu tratamento criando defeitos, muitas vezes, desafiadores para a cirurgia plástica.Os autores resolveram uma lesão de alta complexicidade com um retalho convencional miocutâneo do Tensor da fáscia lata (TFL) possibilitando uma excelente cobertura cutânea da parede abdominal. Trata-se de um retalho extremamente seguro, versátil, de fácil e rápida execução, apresentando relativamente poucas complicações. ÍNDICE BIBLIOGRAFIA 1.Gallup DG. Freedman MA. Meguiar RV. Freedman SN. Nolan TE. Necrotizing fasciitis in gynecologic and obstetric patients: a surgical emergency. [Journal Article] American Journal of Obstetrics and Gynecology. 187(2):305-10; idscussion 310-1, 2002 Aug. Yagi H. Fukushima K. Satoh S. Nakashima Y. Nozaki M. Nakano H. 2.Postpartum retroperitoneal fasciitis: a case report and review of literature. [Review] [4 refs] [Case Reports. Journal Article. Review] American Journal of Perinatology. 22(2):10913, 2005 Feb. UI: 15731991 3.Young MH. Aronoff DM. Engleberg NC. Necrotizing fasciitis: pathogenesis and treatment. [Review] [143 refs] [Journal Article. Review] Expert Review of Antiinfective Therapy. 3(2):279-94, 2005 Apr 4.Williams JK. Carlson GW. deChalain T. Howell R. Coleman JJ. Role of tensor fasciae latae in abdominal wall reconstruction.[see comment]. [Journal Article] Plastic and Reconstructive Surgery. 101(3):713-8, 1998 Mar. 5.Goepfert AR, Guinn DA, Andrews VM, Hauth JC. Necrotizing fasciitis after cesarean delivery. Obstet Gynecol 1997;89:409-12. Figura 1 - Admissão na UTI ( Detalhe da extensão da lesão) Figura 2 - Aspecto da lesão após desbridamentos e controle da infecção Figura 3 - Avanço do retalho inferiormente com redução significativa do defeito Figura 4 - Detalhe da dissecção do retalho e área doadora Figura 5 - Resultado no pós operatório imediato Figura 6 - Pós operatório tardio CURA CIRÚRGICA DE LINFEDEMA ESCROTAL PÓS LINFADENECTOMIA INGUINAL BILATERAL-RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | MATERIAIS E MÉTODOS | RESULTADO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Márcia Rosa de Araújo MD CO-AUTORES José Julio Koboldt Guimarães Neto MD Leandro Farjalla MD Larissa Oliveira de Moraes MD Tomás Accioly de Souza MD DESCRITORES cirurgia, linfedema, escrotal, linfadenectomia, inguinal, bilateral. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo INTRODUÇÃO ÍNDICE Apesar de ser considerado uma patologia rara no hemisfério norte, o carcinoma de pênis é comum no Brasil e em vários paises subdesenvolvidos. No Brasil assume proporções expressivas nas regiões Norte e Nordeste representando 16% dos tumores em homens adultos sendo a terceira neoplasia mais freqüente do trato geniturinário, superado apenas pelos carcinomas de próstata e bexiga. É mais freqüente na raça branca, em pacientes de baixo nível socioeconômico, com higiene deficiente, com infecção genital crônica, e não circuncisados. Há relação com infecção pelo HPV subtipos 16 e 18. O carcinoma tem crescimento lento e progressivo, com metástases via linfática para linfonodos inguinais superficiais e profundos, pélvicos e periaorticos. O tratamento varia desde postectomia até penectomia com linfadenectomia inguinal superficial ou profunda e pélvica. As complicações são geralmente locais e incluem infecção cirúrgica (10%), necrose cutânea (6%), extravasamento linfático (4% a 18%), edema de membros inferiores (12%), e linfocele (4%). MATERIAIS E MÉTODOS ÍNDICE Os autores descrevem um caso extremo de linfedema escrotal pós penectomia e linfadenectomia inguinal bilateral por carcinoma espinocelular de pênis. Paciente A.P. 60 anos, operado há 15 anos em outro nosocômio apresentando um grande volume escrotal aproximadamente 8,3 kg, associado à linfedema de membros inferiores. RESULTADO ÍNDICE Realizado escrotoplastia com preservação testicular, cirurgia de Jaboúlet e fechamento com retalho cutâneo local, com boa evolução pós operatória. DISCUSSÃO ÍNDICE Procuramos mostrar um caso cirúrgico incomum causador de grande constrangimento social com bom resultado cirúrgico utilizando técnica de rotação de retalho local da face interna das coxas. Com o tratamento houve a reparação de uma grande deformidade e reintegração social do paciente a sociedade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Haynes JH. Inguinal and scrotal disorders. Surg Clin North Am. 2006 Apr;86(2):371-81. 2. Cayan S, Acar D, Ulger S, Akbay E. Adolescent varicocele repair: long-term results and comparison of surgical techniques according to optical magnification use in 100 cases at a single university hospital. J Urol. 2005 Nov;174(5):2003-6; discussion 2006-7. 3. Silva J, Brito AH, Monti PR, Montellato NID, Arap S. Amputação traumática de pênis. J. Brás. Urol; 1986 12(3)- mai/jun: 119-22 4. Pompeo ACL, Carvalhal GF, Sarkis A, Mesquita JL, Toledo WP, Arap S. Complicações pós-operatórias de Linfadenectomia inguinal em pacientes com câncer de pênis. J. Brás. Urol; 1997 23(1):jan/mar:9-13. 5. Costa MAC, Trindade JCS. Reconstrução do pênis após amputação traumática. J. Brás. Urol; 1981 7(3): 220-22 Figura 1 - Pré-operatório Figura 2 - Pré-operatório. Figura 3 - Pós-operatório, imediato. Figura 4 - Pós-operatório, tardio. Figura 5 PSEUDO-HERMAFRODITISMO FEMININO - RELATO DE CASO INTRODUÇÃO | APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR GNANA KEITH MARQUES DE ARAUJO MD DESCRITORES hermafroditismo INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] ÍNDICE INTRODUÇÃO Intersexo, pseudo-hermafroditismo feminino e masculino, genitália ambígua, disgenesias gonadais mistas, hermafroditismo verdadeiro e algumas outras alterações compõem uma imensa faixa de termos referentes a patologias que envolvem a mal formação genitogonadal e precisam ser distintas para uma melhor compreensão e tratamento do caso.1,2 O pseudo-hermafroditismo feminino é a apresentação mais comum dentre as alterações originadas de hiperplasia de glândula adrenal.2 Caracteriza-se pelo desenvolvimento ambisexual causado em sua maioria por hiperplasia congênita da glândula adrenal ou outras disfunções deste órgão. As crianças têm ausência parcial ou completa de enzimas necessárias à produção de hidrocortisona. Conseqüentemente há o acúmulo de precursores androgênicos e a virilização da genitália externa. ÍNDICE APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG Criança com cinco anos de idade. Registro em cartório com gênero masculino, mas criada como feminino. Cariótipo 46XX. Cromatina sexual positiva. Ultra-sonografia abdominal e pélvica mostra imagem de útero rudimentar. Presença de gônadas inconclusiva devido à agitação da criança. Uso irregular de corticosteróide. Encaminhada a avaliação com endocrinologia pediátrica. Ao exame físico apresentava falo desenvolvido com aproximadamente 3cm de comprimento, uretra perineal. Bolsa escrotal (pequenos lábios) fundida e sem conteúdo. Ausência de vagina. Submetida a procedimento cirúrgico para a feminilização de genitália externa. Realizado fixação junto à sínfise púbica do falo e confecção de grandes lábios através da utilização da bipartição do prepúcio. DISCUSSÃO ÍNDICE A decisão em torno da definição sexual deve ser o mais breve possível sendo realizada preferencialmente até os dois anos de idade. A escolha do gênero deve considerar o melhor prognóstico para a função reprodutiva, sexual, aparência normal da genitália externa e estabilidade da identidade sexual.4 Se há a reposição hormonal antes dos dois anos de idade a virilização é normalmente bem controlada. A atuação até os sete anos, antes do fechamento sinfisário, é fundamental para permitir crescimento ósseo adequado. A correção cirúrgica foi adequada no caso apresentado. A construção de neovagina está indicada à adolescência. A técnica cirúrgica utilizada permite reversão sexual caso solicitado quando adulto, pois não há amputação do falo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Abassi MZ. Ambiguous genitalia in children - a challenging problem. Saudi Med J. 2003 May;24(5 Suppl):S51. 2.Tay BL. Intersex and genital ambiguity. Singapore Med J. 1990 Jun;31(3):255-8. 3.Pellerin D, Nihoul-Fekete C, Lortat-Jacob S. Surgery of sexual ambiguity: experience of 298 cases Bull Acad Natl Med. 1989 May;173(5):555-62; discussion 563. 4.Susan J. Bradley, Gillian D. Oliver, Avinoam B. Chernick and Kenneth J. Zucker. Experiment of Nurture: Ablatio Penis at 2 Months, Sex Reassignment at 7 Months, and a Psychosexual Follow-up in Young Adulthood. Pediatrics 1998; July 1998 (102) No. 1:102;9. 5.Kogan SJ. Feminizing genital reconstruction for male pseudohermaphroditism. Eur J Pediatr. 1993;152 Suppl 2:S85-7. Figura 1 Figura 2 Figura 3 PLÁSTICA DA REGIÃO PUBIANA ASSOCIADA ÀS ABDOMINOPLASTIAS PÓS BARIÁTRICAS RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | LEGENDA DAS FIGURAS | AUTOR João Medeiros Tavares Filho MD CO-AUTORES Manoel Belerique Membro Titular da Sociedade Brasileira De Cirurgia Plástica Diogo Franco Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Doutor em Cirurgia Plástica U.F.R.J Talita Romero Franco Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Professora Titular de Cirurgia Plástica da U.F.R.J DESCRITORES plástica, pubiana, abdominoplastias, pós-bariátricas. INSTITUIÇÃO Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - U.F.R.J. Rua Buenos Aires 255, Centro - Petrópolis - Rio de JaneiroCEP: 25 610 040 RELATO ÍNDICE A região pubiana é, muitas vezes, motivo de queixas ou insatisfação de pacientes, em relação a seu tamanho e/ou à sua projeção. As alterações podem estar associadas ao excesso de tecido subcutâneo e/ou à projeção do arco pubiano. Nos grandes emagrecimentos, além do acúmulo de tecido adiposo, existe excesso de pele, que tornamse mais visíveis após abdominoplastias, quando é retirado o avental adiposo que encobria, total ou parcialmente, a região pubiana. Em alguns casos, a deformidade é visível mesmo sob as vestes, trazendo constrangimento para os pacientes. A mobilização do tecido adiposo em intervenções nesta região para a retirada do excesso de tecido subcutâneo causam edema acentuado, principalmente de origem linfática, podendo ocasionar "seromas". A maior parte da circulação linfática situa-se na parte profunda do subcutâneo (camada lamelar), onde acompanha o trajeto dos vasos profundos e drena para os gânglios inguinais 1,2,3,4 . Deste modo, ao final da abdominoplastia propomos um procedimento para diminuir a projeção e a largura dos tecidos moles da região pubiana e retirar o excesso de pele, sem atingir a camada profunda e, conseqüentemente, sem lesar a drenagem linfática. Como resultado, obtém-se a diminuição da projeção e da extensão da região pubiana, além da correção de eventuais assimetrias, ficando a cicatriz coberta pelos pêlos. É um procedimento de fácil realização que pode ser planejado no início do procedimento ou ao final da abdominoplastia 5 . Realizamos dermolipectomia da região pubiana associada a abdominoplastia em doze pacientes, sendo onze do sexo feminino e um do sexo masculino, no período de maio de 2005 à maio de 2006, variando a idade de 33 a 52 anos. Seis pacientes possuíam cicatrizes mediana supra umbilical; todas apresentavam excesso de pele e tecido subcutâneo na região pubiana e quatro apresentavam assimetria desta região. Ao final da abdominoplastia, após a retirada do retalho excedente e constatarmos o excesso de pele e/ou de tecido adiposo, demarcamos um losango, que tem a ponta superior truncada e a ponta inferior direcionada para a comissura anterior da vulva ou raiz do pênis. Sua dimensão dependerá do caso, mas de tal forma que a distância entre a prega inguinal e a extremidade lateral do losango seja de 6 à 7 cm e a distância da ponta inferior do losango até a extremidade lateral de 5 a 7 cm (Fig. 1). Assim, após a ressecção, a área pilosa pubiana terá medida horizontal de 12 a 14 cm e medida vertical de 5 a 7 cm. A incisão abrange a pele e apenas a camada areolar do tecido subcutâneo (Figs. 2,3,4). Sete pacientes tiveram como resultado final da abdominoplastia cicatrizes vertical e horizontal (T invertido), e cinco apenas a cicatriz horizontal. Não ocorreu nenhuma complicação na região pubiana (Figs. 5,6) A dermolipectomia das partes moles da região pubiana proporciona a diminuição da projeção e da extensão do monte-de-Vênus, elevação e exposição da genitália além de corrigir eventuais assimetrias, ficando a cicatriz coberta pelos pêlos. A excisão apenas da camada areolar não compromete a drenagem linfática desta região e o edema é mínimo. É um procedimento de fácil realização que pode ser planejado no início ou ao final da abdominoplastia ou até mesmo em um segundo tempo cirúrgico. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1 - Testut, L.; Jacob, O. Tratado de Anatomia Topográfica 8º edição tomo segundo. Barcelona: Salvat Editores AS, 1961. 2 - Avelar, J.M.; Illouz, YG. Surgical anatomy and distribution of the subcutaneous fat tissue on human body. In: Avelar J. Lipoaspiracão. São Paulo: Hipócrates, 1986. Cap 9, p. 45-57. 3 - Vogeffang, D. Linfologia Básica. São Paulo: Ícone, 19952 4 - Levy, S.; Carreirão, S,; Antunes, E,; Fernandes, R.M.P. Anatomia do Tecido Celular subcutâneo e da parede Lateral do Abdome, In: Saldanha O. Lipoabdominoplastia . Rio de Janeiro: Dilivro, 2004. Cap 3, p. 15-21. 5 - Medeiros Tavares Filho, J.; Franco, T.; Belerique, M.; Franco, D. Dermolipectomia de la Region Pubiana asociada à Abdominoplastia. Anais XVI Congreso de la Federación Iberolatinoamericano de CirugiaPlástica. p. 102, 28 de marzo al 1 de abril 2006. LEGENDA DAS FIGURAS ÍNDICE 1. Demarcação do losango com medidas laterais a partir do término da prega inguinal e vertical a partir da comissura vulvar. 2. Excisão de pele e tecido adiposo, apenas da camada areolar da região pubiana. 3. Após a retirada de pele tecido adiposo, ajusto superior dos ramos do losango e dimensões horizontal entre o final da prega inguinal de 14cm e vertical de 6,0cm. 4. Pós operatório imediato com diminuição da projeção, largura e altura da região pubiana. 5. Pré operatório de abdominoplastia em paciente submetida a cirurgia bariátrica, com excesso de pele e gordura da região pubiana, com aumento da sua largura e altura desta região 6. Pós operatório com 05 meses de abdominoplastia associada à plástica da região pubiana, proporcionando simetria e harmonia da região pubiana com o abdome e maior exposição da genitália. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 SÍNDROME DE MADELUNG- RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA INTRODUÇÃO | OBJETIVO | APRESENTAÇÃO DO CASO CLINICO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Marcia Maria Barros Moreira MD CO-AUTORES Cláudia Escobar MD Bárbara Machado MD Henrique N. Radwanski MD Ivo Pitanguy MD, PhD DESCRITORES madelung, sindrome INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] INTRODUÇÃO ÍNDICE A Síndrome de Madelung é um tipo raro de lipodistrofia descrita pela primeira vez em 1988 por Otto Madelung. Desde então, apenas 200 casos foram relatados na literatura. A condição de etiologia ainda desconhecida é caracterizada por deposição de tecido adiposo simetricamente em: pescoço, ombros, regiões supraclaviculares, suboccipital, tronco e região próxima dos membros superiores, determinando um desfiguramento progressivo do doente. Embora usualmente assintomática, a doença pode causar complicações severas. O diagnóstico diferencial deve incluir outras lesões do tecido celular subcutâneo, a saber: lipomas, angiolipomas, neurofibromas, sarcomas, bem como outras lipomatoses. A excisão cirúrgica é o único método efetivo de tratamento, sendo a operação em geral trabalhosa devido a natureza hipervascularizada e fibrosa do tecido lipomatoso. OBJETIVO ÍNDICE No presente estudo, os autores descrevem um relato de caso sobre a Síndrome de Madelung e fazem uma revisão da literatura com ênfase no tratamento da doença. APRESENTAÇÃO DO CASO CLINICO ÍNDICE Trata-se de uma paciente de 71 anos, do sexo feminino, portadora de Síndrome de Madelung com lipodistrofia acentuada em membros superiores e tórax, diagnosticado há 8 anos. Apresentava como principal queixa clínica a deformidade estética e a dificuldade de movimentação dos membros superiores. Previamente submetida a lipoaspiração dos mesmos e lifting braquial em dois tempos evoluindo com recidiva local. Foi submetida neste serviço: a lipoaspiração braquial sendo retirado 2,4 litros de cada membro associada a lifting braquial pela técnica de Pitanguy. Evoluindo sem intercorrências associadas. DISCUSSÃO ÍNDICE A Doença de Madelung é uma condição relativamente rara. Suas características principais como simetria, localização das lesões e a difusão natural dos depósitos de gordura fazem da doença uma entidade clinica distinta. A excisão cirúrgica é o tratamento de escolha em nosso serviço onde julgamos que a lipossucção associada a ressecção mostrando-se o método mais eficaz, seguro e com bom resultado estético apesar da alta morbidade da patologia. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Gabriel Y, ChewD Wedderburn R. Multiple symmetrical lipomatosis (Madelung's disease) . Surgery 2001; 117-118. 2.Oliveira B, Ramos G, Tomasich F et al. Lipomatose Simétrica Múltipla (Síndrome de Madelung), Relato de caso e revisão da literatura. Revista Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jan/ago. 1999;23 (1-2): 29-36. 3.Parmar S, Blackburna C. Madelung's Disease: an uncommon disorder of unknown aetiology- British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery 1996; 34: 467-470. 4.Adamo C, Vescio G, Battaglia M. Et al. Madelung's Disease: Case report and discussion of treatment options. Ann Plast Surg 2001; 46 :43-45. 5.Araújo L, Rego V, Dias N. et al. Lipomatose simétrica benigna ( Doença de Madelung) : relato de caso. Rio de Janeiro: An brás Dermatol nov/dez. 1996; 71(6): 495-498. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 COLISÃO DE TUMORES SINCRÔNICOS: CBC E NEVO TÍPICO RESUMO | INTRODUÇÃO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Felipe Gama e Colombo MD CO-AUTORES Rogério Izar Neves MD Gisele Gargantini Rezze MD André Luís Domingues MD Daniela Ferro dos Santos MD DESCRITORES colisão, tumores, sincrônicos, cbc, nevo. INSTITUIÇÃO SBCP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 São Paulo - SP RESUMO ÍNDICE A colisão de tumores é rara na literatura médica e de difícil diagnóstico. Com a dermatoscopia, as lesões são identificadas precocemente diminuindo o número de excisões e direcionando o tratamento. Relatamos o caso de dois tumores de colisão (nevo atípico e carcinoma basocelular) numa mesma uma paciente, diagnosticados por meio de mapeamento corporal total. INTRODUÇÃO ÍNDICE A associação de duas neoplasias distintas em uma mesma lesão é incomum e vem sendo denominada colisão de tumores pela literatura médica. Nos casos onde se encontra neoplasia benigna e maligna associadas, é importante um diagnóstico de boa acurácia para que o tratamento efetivo seja devidamente realizado. No caso de lesões cutâneas suspeitas, a utilização da dermatoscopia auxilia muito o diagnóstico diferencial de melanoma e outras lesões pigmentadas. RELATO DO CASO ÍNDICE Paciente do sexo feminino, branca, 30 anos, natural e procedente de São Paulo, encaminhada ao nosso serviço para avaliação de "pintas" pelo corpo. Referiu antecedente de ressecção de três carcinomas basocelulares (CBC) em face e eletrocauterização de inúmeras lesões. Histórico de exposição solar moderada e com proteção irregular. Não relatou casos de neoplasias cutâneas na família. Ao exame físico apresentava aproximadamente 80 lesões melanocíticas, generalizadas e muitas delas com características clínicas de nevo atípico, compatível com diagnóstico de Síndrome do Nevo Atípico. Foi submetida a um Mapeamento Corporal Total das lesões melanocíticas com iclusão de 63 destas lesões. Três lesões tiveram indicação de ressecção: duas destas (interescapular e flanco esquerdo) por apresentarem características compatíveis com lesão suspeita à dermatoscopia e uma (hipocôndrio esquerdo) com crescimento recente referido pela paciente (vide foto). Após biópsia excisional das lesões, as duas lesões irregulares foram diagnosticadas como CBC superficial associadas a nevo atípico (tumor de colisão) com margem comprometida pelo CBC, enquanto a lesão com alteração percebida pela paciente era um nevo melanocítico composto. A lesão em dorso apresentava margens comprometidas e, portanto, a paciente foi submetida a um procedimento de ampliação cirúrgica com obtenção de margens livres de neoplasia. DISCUSSÃO ÍNDICE A ocorrência sincrônica de duas neoplasias cutâneas em uma mesma lesão é rara e o diagnóstico bastante difícil. Relatos mostram que as principais associações entre neoplasias maligna e benigna são: ceratose seborreica e CBC, nevo melanocítico e CBC e dermatofibroma e CBC. O diagnóstico das neoplasias de colisão é dificilmente feito apenas clinicamente. A utilização da dermatoscopia proporciona uma outra dimensão ao aspecto morfológico e de pigmentação das lesões de pele. Esta técnica permitiu uma melhor visualização das estruturas da epiderme, junção dermo-epidérmica e derme superficial. Estudos prévios têm demonstrado que a dermatoscopia melhora muito a acurácia clínica no diagnóstico de melanoma e de outras lesões pigmentadas e seu uso na diferenciação de lesões benignas e malignas é de fundamental importância, melhorando muito a sensibilidade e especificidade diagnóstica. Com isso, cada vez mais são excisadas lesões precoces e a taxa de excisões desnecessárias vem diminuindo. No caso relatado, chama atenção o aparecimento de dois tumores de colisão sincrônicos em um mesmo paciente. Tal fato é pouco descrito na literatura, bem como a associação de um CBC com nevo atípico. Por se tratar de uma paciente com Síndrome do Nevo atípico foi indicado a Dermatoscopia digital de corpo total. A realização deste exame foi fundamental para o diagnóstico das lesões e conseqüente tratamento das mesmas. O mapeamento digital revela as pequenas mudanças que ocorrem em nevos juncionais, compostos e atípicos que são de difícil diagnóstico. Este método vem sendo usado ultimamente com muita eficácia no diagnostico de lesões malignas e acompanhamento das lesões benignas que podem sofrer malignização. O diagnostico clínico dos tumores de colisão ainda é difícil. A utilização da dermatoscopia e do mapeamento corporal total periódico servem de grande auxílio no reconhecimento destas lesões. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Cosme Alvarez-Cuesta C, Vazquez-Lopez F, Perez-Oliva N. Dermatoscopy in the diagnosis of cutaneous collision tumour. Clin Exp Dermatol 2004;29:199-200. 2. Boyd AS, Rapini RP. Cutaneous collision tumors. An analysis of 69 cases and review of the literature. Am J Dermatopathol 1994;16:253-7. 3. Cascajo CD, Reichel M, Sanchez JL. Malignant neoplasms associated with seborrheic keratoses. An analysis of 54 cases. Am J Dermatopathol 1996;18:278-82. 4. Menzies SW. Cutaneous melanoma: making a clinical diagnosis, present and future. Dermatol Ther 2006;19:32-9. Figura 1 - Aspecto dermatoscópico da lesão Figura 2 - Aumento de 200x, HE, mostrando nevo composto à esquerda e CBC à direita RECONSTRUÇÃO TOTAL PRIMÁRIA DE ORELHA ABSTRACT | INTRODUÇÃO | HISTORICO | EMBRIOLOGIA DA ORELHA | ANATOMIA DA ORELHA | CLASSIFICAÇÃO DE TANZER | MATERIAL E MÉTODO | PROCEDIMENTOS CIRURGICOS | RECONSTRUÇÃO TOTAL PRIMÁRIA DE ORELHA OPERATÓRIO | SEGUNDO TEMPO | RESULTADOS PÓS- | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | RESUMO | BIBLIOGRAFIA | TRABALHO SOB ORIENTAÇÃO | AUTOR Edilson Carvalho Ramos MD CO-AUTORES José Conceição Carvalho MD DESCRITORES RECONSTRUÇÃO ORELHA INSTITUIÇÃO CIRURGIA E CLÍNICA REPARADORA HUMANA RUA R-12, Nº 47, SETOR OESTE, GOIÂNIA, GOIÁSFONE: (62) 3233-6636E-mail: [email protected] ABSTRACT ÍNDICE EIGHT CASE HISTORIES OF SURGICAL TREATMENT ON PATIENTS WITH MICROTIA ARE REPORTED. THE SUGERIES WERE PERFORMED AT THE CIRURGIA E CLÍNICA REPARADORA HUMANA E HC FACULDADE DE MEDICIA UFG, FROM MAY 14, 1999 TO JUNE 27, 2006. THE COHORT OF PATIENTS CONSTITUTED FIVE MALES AND THREE FEMALES, AGES RANGING FROM 8 TO 32 YEARS OLD. THEAVERAGE AGE WAS 14 YEARS OLD. ONE MALE PATIENT SHOWED POLYDACTYLOUS AND HIPOPLASTIC MALARS, ONE CASE BLEPHARAPTOSIS. DEFORMITY IN THE RIGHT BRANCH OF THE LOWER JAW OF ONE FEMALE PATIENT WAS OBSERVED, THE OTHER PATIENTS DID NOT SHOW ANY ASSOCIATED CONGENITAL DEFECTS. PAIN WAS MAIN POSTOPERATIVE COMPLICATION. THE EXPOSITION OF THE CARTILAGINOUS MOLD WAS OBSERVED IN ONE OF THE CASES. FROM A CLINICAL STANDPOINT, THE POSTOPERATIVE RESULTS WERE QUITE SATISFACTORY, THUS MEETING THE EXPECTATIONS IN MOST OF THE CASES WHICH UNDERWENT SUGERY. UNITERM: EAR RECONSTRUCTION, MICROTIA RECONSTRUCTION AURICULAR IN TWO TIMES, EAR DEFORMITY. INTRODUÇÃO ÍNDICE Reconstrução de orelha constitui-se um desafio na medicina e requer engenhosidade técnica e habilidade cirúrgica. Todo cirurgião, que dedica à reconstrução da orelha, deve ter uma visão artística, no sentido de observar a complexidade estrutural do contorno auricular e tentar reproduzí-los. Num plano próximo da originalidade possível. O interesse despertado pelo tema tem chamado atenção de inúmeros autores, destacando figuras ilustres das gerações passadas de cirurgiões plásticos, e tantos outros que compõem a modernidade da cirurgia reparadora e estética. Os autores na sua maioria concordam: o sucesso da reconstrução da orelha depende bastante da elaboração do arcabouço cartilaginoso. Na opinião daqueles que acumularam experiência na reconstrução auricular, utilização de material autógeno, constituiu-se a melhor opção cirúrgica neste tipo de reconstrução. Muitos outros preferem a utilização de materiais haloplásticos como são mencionados em inúmeros trabalhos científicos, apresentando características pertinentes a qualquer prótese. HISTORICO ÍNDICE Desde os tempos mais remotos são mencionadas tentativas de reconstruções auriculares. Inicialmente recompondo orelhas decepadas, por vítimas de guerras e de outras torturas próprias dos tempos antigos. -Vedas, livros sagrado dos Hindus foram mencionados estes procedimentos. "Susruta", Pai da Cururgia Hindu, na sua obra Aiurveda há mais de 2000a AC refere segundo consta menciona a realização destes procedimentos reconstrutivos. É também atribuído a uma Casdta Hindu os Koomas, Oleiros de profissão levava uma atividade monástica por ideal, dedicavam parte dos seus tempos, as reconstruções de nariz, orelhas e lobos mutilados. Egito, Índia, Pérsia, Grécia ao império romano e tantas outras civilizações compartilharam suas experiências, deram suas contribuições preliminares, na edificação da cirurgia plástica. Particularmente nas reconstruções de órgãos como: narizes orelhas e lobos mutilados, assim por milhares de anos, luzes foram injetadas na ciência médica, reluzindo como: Aulus Cornelius Celsus que viveu de (53 A.C. 7 D.C.) conforme relatos científicos praticou enxerto por deslizamento e, reconstrução de nariz e orelhas, com retalhos de vizinhaça. Seqüenciando fatos cirúrgicos, um grande nome desta constelação é: Claudios Galeno (130 à 210 D.C.) de maior importância, é lhe atribuído o fato de grande contribuição nas reconstruções de narizes, orelhas e lesões bucais. Por um longo período a medicina oculta-se, e permanece séculos sem registros de novos fatos. Por volta do século VI a medicina e particularmente cirúrgica era praticada por castas religiosas. Com tudo, demoraria mais séculos para surgir novos conceitos, (980 1037) Avicena conceituado médico árabe considerava os cirurgiões classe inferiores. O PAPA Inocêncio III, século XIII (1215 d.C.) proíbe as operações plásticas em geral tal decreto proíbe aos padres a prática cirúrgica e passa aos barbeiros, carrascos, charlatões, capadores de porco e outros a prática destes procedimentos. Mais tarde quando epidemias de lepra assolava a Europa surge a figura de Antônio Branca que viveu na Cicília ( 1442 d.C) na época do renascimento e praticou as reconstruções de narizes e orelhas. TAGLIACOZZI (1545 1549) relata sua técnica de reconstrução de nariz, orelha, e lobos mutilados. JOHANN FRIEDERICH DIEFFENBACH (1792 1847) comunica seus trabalhos que deu grande impulso a cirurgia plástica. Inúmeras contribuições cientificas, foram registradas no passado, contudo após a primeira e segunda guerra mundial particularmente a medicina experimentou amplas inovações constituindo-se a moderna cirurgia plástica. CONVERSE, em 1958 retoma os trabalhos iniciados por GILLIES, ampliam os conhecimentos nessa modalidade de reconstrução auricular incorporando algumas modificações técnicas viabilizando aplicações do procedimento reconstrutivo. TANZER em 1959, após revisão dos trabalhos publicados por CONVERSE propõe uma sistematização de técnica e elabora uma padronização de condutas que constitui as bases fundamentais da reconstrução de orelha. Em 1977, JUAREZ AVELAR publica um trabalho inédito, com repercursão internacional permitindo a reconstrução auricular num tempo único, como também nas reconstruções secundárias, este trabalho prestou grande colaboração para o capitulo das reconstruções auriculares. Inúmeros trabalhos foram apresentados por autores brilhantes, utilizando materiais HALOPLASTICOS na elaboração do arcabouço. Em 1946, GREELEY propõe a utilização da malha de TANTALO. Em 1948, RUBIN utiliza polietileno na elaboração do arcabouço. Em 1952, MALBEC utilizou acrílico na reconstrução do arcabouço auricular. Em 1954, BACKDAHL utilizou material celulóide, com sucesso. Em 1966, CRONIN usou silicone com grande sucesso. Atualmente são poucos autores que dedicam a esse recurso para promover a elaboração do arcabouço auricular, reconhecendo maior propriedade, nos materiais autógenos. EMBRIOLOGIA DA ORELHA ÍNDICE O desenvolvimento embrionário da orelha (ouvido externo), tem início por volta da 5º semana de desenvolvimento, quando o embrião atinge 6mm, aproximadamente. O início da formação da orelha é observado ao nível da primeira fenda branquial No início verificam-se nondulações ou elevações segundo HIS, que são vistas por volta da sexta semana quando o embrião alcança 10 mm. As ilhotes estão distribuídas em grupos de três, vistas, na parte caudal do primeiro arco branquial ou arco mandibular, três localizada no segundo arco branquial ou arco hoide na porção cefálica. No final da sexta semana (41º Dia) as ilhotas atingem crescimento máximo, começa sofrer rotação latero-medial agrupando-se uma as outras. As três ilhotes do arco hoide ou segundo arco branquial, ocupa toda superfície adjacente deste arco com a primeira fenda branquial. O processo evolue agrupando as ilhotes, definindo os segmentos auriculares, os apêndices pré-auriculares segundo alguns autores, são ilhotes supra numerarias que desenvolvem na região pré-tragal. Conforme a teoria de HIS as ilhotes agrupam-se e desenvolvem diferenciando nos diversos segmentos da orelha. ILHOTAS: 1 TRAGUS 2 e 3 HELIX 4 e 5 ANTE-HELIX 6 ANTE-TRAGUS Por volta do quarto mês gestacional a orelha atinge configuração anatômica. No seio do mesenquima diferencia-se uma Lâmina Cartilaginosa que sofre modelações, configurando as saliências e reentrânças da orelha para formar a cartilagem do pavilhão auricular. Figura 1 - EMBRIOLOGIA DA ORELHA ANATOMIA DA ORELHA ÍNDICE A palavra orelha é derivada do latim que significa auris, a palavra ouvido vem do grego OTOS, daí estudo da orelha e de suas doenças ser denominada otologia. Cada orelha compreende três partes: externa, média e interna. A orelha externa consiste da aurícula e meato acústico externo. Orelha externa conduz o som em direção aos componentes do ouvido médio e interno. O meato acústico externo com cerca de 25 mm ou mais de comprimento, estende-se desde a concha até a membrana do tímpano. A orelha é a porção do ouvido externo. Ela consiste em placas de cartilagem elástica coberta de pele. Apresenta um número de depressão, cuja mais profunda é denominada de concha auricular. A borda da orelha é denominada de HÉLIX a segunda saliência Constituiu à ANTE-HÉLIX, primeira depressão forma a Fossa Escafóide, a porção mais anterior da orelha é o TRAGUS, antepondo-se ao ANTE-TRAGUS. MUSCULOS DO PAVILHÃO DA ORELHA Três músculos extrínsecos, sem importância, foram descritos para orelha. São eles: Auricular superior, anterior e posterior, conecta a orelha com a fáscia lateral do crânio. SÃO MUSCULOS INTRÍNSECOS: Os músculos maior e menor da Hélix, trágico, piramidal da orelha, ANTI-TRÁGICO, transverso e oblíquo da orelha. INERVAÇÃO SENSITIVA A Inervação Sensitiva da orelha externa é proveniente, sobretudo do nervo auriculo temporal (V PAR CRANIANO), do plexo cervical (NERVO AURICULAR MAGNO C2 E C3). A região do meato acústico externo recebe provavelmente contribuições de: (C VII, IX e X) PAR CRANIANOS. IRRIGAÇÃO DA ORELHA EXTERNA A irrigação da orelha externa é provida principalmente pelas artérias auricular anterior e posterior ramos da temporal superficial emergentes da carótida externa. CLASSIFICAÇÃO DE TANZER I - Anotia II - Microtia (hipoplasia completa) A - com atresia do conduto auditivo externo B - sem atresia do conduto auditivo externo III - Hipoplasia terço superior IV - Hipoplasia terço médio V - Hipoplasia de todo terço inferior VI - Orelha em abano ÍNDICE Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 Figura 7 MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE O material constitui-se de seis pacientes, com idade variando de oito a trinta e dois anos, cinco do sexo masculino, três do sexo feminino. A classificação adotada, aquela proposta por Juarez Avelar, 1986 conforme o quadro de classificação abaixo. Todos os pacientes foram submetidos aos exames de Pré-operatórios de rotina, sem quaisquer anormalidades. As cirurgias foram realizadas em dois tempos com intervalos de seis (06) à dez (10) meses, uma da outra em cada paciente. Usado na reconstrução material autógeno retirado da VII, VIII e IX Cartilagens Costais. Do material retirado foi esculpido em arcabouço cartilaginoso e transplantado para a região auricular portadora de anomalia congênita. Figura 1 - CLASSIFICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA ÍNDICE PROCEDIMENTOS CIRURGICOS RESULTADOS: As cirurgias foram realizadas em seis pacientes, sob anestesia geral inalatória, sem transtornono Trans-operatório. As complicações de Pós-operatório estão relatadas na tabela abaixo. Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, no ponto de vista clínico e do ponto de vista estético alcançaram o objetivo almejado. No entanto em cada cirurgia realizada buscou-se um melhor contorno da forma da orelha e abre perspectivas para o aprimoramento da técnica desenvolvida. Figura 1 - COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS ÍNDICE RECONSTRUÇÃO TOTAL PRIMÁRIA DE ORELHA O paciente colocado em decúbito dorsal sob anestesia geral, expondo duas regiões a serem abordadas. A região da anomalia auricular e região subcostal direita, com infiltração local com solução de Xilocaína à 2% na concentração de 1: 1.200 de Adrenalina. Incisamos inicialmente a região subcostal direita com 6 cm de extensão. Expomos as cartilagens subcostais retirando cartilagens suficiente para esculpir o arcabouço cartilaginoso conforme a referência abaixo. Uma vez elaborado a estrutura cartilaginosa é feito uma incisão na região auricular previamente marcada, tendo como referência a orelha contra-lateral. Transferindo sua forma aparente ao local onde se constituirá a nova orelha, então se elabora um deslocamento subcutâneo suficiente para posicionar o arcabouço no local previamente demarcado. O fechamento da incisão e estabelecido com mononaylon 4.0. Figura 1 SEGUNDO TEMPO ÍNDICE A segunda etapa da reconstrução de orelha, realizada com intervalos após seis meses passados da cirurgia preliminar. Demarcando borda suficiente no Arcabouço Cartilaginoso, incisa-se, os planos superficiais, rebate-se um retalho fascio cutâneo contendo o molde cartilaginoso. A seguir utilizando enxerto de pele total, (na maioria das vezes) retirada da região Retroauricular contra lateral reconstitui-se o recesso auricular, fechando com Mononaylon 4.0. Figura 1 RESULTADOS PÓS-OPERATÓRIO ÍNDICE Figura 1 Figura 2 Figura 3 DISCUSSÃO ÍNDICE Várias propostas de reconstrução de orelha têm sido apresentadas e debatidas por cirurgiões do mundo inteiro, nenhum método foi capaz de preencher satisfatoriamente todas exigências na reconstrução auricular. No desenvolvimento da técnica, duas posições são destacadas e defendidas: Aqueles cirurgiões que utilizam material haloplásticos na elaboração do arcabouço, outros utilizam material autógeno. Utilizando material inorgânico destaca-se: Malha de Tântalo utilizado por Greeley em 1946, polietileno em 1948, por Rubin. Em 1952, é introduzido uso do acrílico por Malbec, em 1954, material celulóide usado por Backdahl. Em 1966 o uso do silicone preconizado por Cronin. Vários autores adquiriram simpatizantes pelos métodos. Em 1967 Seiichi Ohmori em Tóquio, reproduz com sucesso o trabalho de Thomas Cronin utilizando silicone. No entanto, os grandes nomes da reconstrução auricular, elegeram material autógeno, como preferencial na reconstrução de orelha. Destacam-se: Gillies, em 1920, o primeiro a idealizar uso de cartilagens costal na elaboração do Arcabouço. Em 1958, Converse elabora seu método de reconstrução utilizando cartilagem costal. Coube, no entanto a Tanzer em 1959 um grande avanço, sistematizando e concretizando seu método. Em 1977, Avelar padroniza sua técnica e grande contribuição cientifica presta a reconstrução da orelha. A utilização de material autógeno, na elaboração do Arcabouço Auricular, como demonstra a evolução da cirurgia de reconstrução de orelha é a melhor e mais atual opção cirúrgica. CONCLUSÃO ÍNDICE Após a verificação de vários métodos de reconstrução auricular escolhemos aquele baseado na utilização de material autógeno. Segundo nossa compreensão é o melhor e mais natural, meio de reparação dos defeitos congênitos da orelha. A utilização de materiais inorgânicos como foi mencionado apresentam inconveniências inerentes a todas as próteses. A utilização de material autógeno requer do cirurgião que invoque sua capacidade artística, ao esculpir o Arcabouço cartilaginoso, transformando-o mais próximo da normalidade possível, fazendo expressar nesta reconstrução, as reentranças e saliências que caprichosamente constituí a anatomia da orelha. RESUMO ÍNDICE São relatados oito casos de tratamento cirúrgico em pacientes portadores de microtia, realizadas na Cirurgia e Clínica Reparadora Humana e HC Faculdade de Medicina UFG, serviço de cirurgia plástica no período de 14 de maio de 1999 a 27 de junho de 12006. O grupo submetido ao tratamento constitui-se de seis pacientes do sexo masculino e dois casos do sexo feminino, com variação de idade entre 8 a 32 anos e média de 14. Um paciente apresentava Polidactilia e Hipoplasia de malares. Um outro caso com deformidade do ramo direito da mandíbula. Os demais não apresentavam defeitos congênitos associados. A principal complicação de pós operatório, foi à dor. Observou-se também a exposição de Arcabouços Cartilaginoso em um dos casos. Do ponto de vista clínico os Pós-operatórios foram bastante satisfatórios, correspondendo à expectativa na maioria dos casos operados. UNITERMO: Reconstrução da Orelha, Microtia, Reconstrução Auricular em dois tempos, Deformidade de Orelha. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 01) Avelar, J. M. cirurgia plástica na infância, volume I, 1989; 270; 341. 02) Mélega, J. M. Zanini, S.A, Psilakis, JM Cirurgia Plástica Reparadora e Estética Rio de Janeiro, 1988. 03) Grabb, W. C., Smith, JW. Third Edition, 1979; 299; 320. 04) Mc Carthy, Plastic Surgery, Saunders, Philadelphia, 1990. 05) Tanzer, R. C. And. Edgerton, M. T., Symposium on Reconstruction of the Kuricle Vol Ten 1974; 3; 11. 06) Farina R. Rinoplastia Riononeoplastia. 1992; 01; 12. TRABALHO SOB ORIENTAÇÃO Dr. José Conceição Carvalho - Prof. Adjunto da Faculdade de Medicina UFG - Clínica Reparadora Humana Rua R-12, nº 47 Setor Oeste Fone 55 (62) 3233 8636 / 9976 4777 E-mail: [email protected] ÍNDICE USO DE POLIMETILMETACRILATO NA LIPOATROFIA FACIAL POR USO DE DROGAS ANTIRETROVIRAIS EM PACIENTES COM HIV/SIDA. EXPERIÊNCIA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA / POLYMETHYLMETHACRYLATE USE IN FACIAL LIPOATROPHY BY USING ANTI-RETROVIRAL DRUGS IN HIV PATIENTS. INTRODUÇÃO | MATERIAIS E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Tathyana Marques Fernandes MD, PhD CO-AUTORES Geraldo Antônio E. Scozzafave MD Ricardo Bianco MD Vivian de Araújo Soares MD Guillermo Fernando E. Jelski MD DESCRITORES polimetilmetacrilato,lipoatrofia facial,drogas antiretrovirais,HIV/SIDA INSTITUIÇÃO Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Heliópolis. Rua Nhandirobas no. 325Cep: 04349-030 São Paulo - SP INTRODUÇÃO ÍNDICE Materiais de injeção dérmica vem sendo utilizados há mais de 40 anos em diversas especialidades como oftalmologia, ortopedia, odontologia e veterinária. Porém, apesar de altamente difundidos, alguns trabalhos relatam diferentes complicações como granulações persistentes, necroses e cegueira. O objetivo do nosso trabalho foi o de avaliar a inclusão do polimetilmetacrilato em pacientes com Síndrome de lipodistrofia facial por uso de drogas antiretrovirais, considerando-se as complicações precoces, tardias e grau de satisfação dos pacientes. ÍNDICE MATERIAIS E MÉTODOS Foram avaliados através de protocolo pré estabelecido 33 pacientes que se submeteram a inclusão de diversas quantidades de polimetilmetacrilato em diferentes regiões da face entre dezembro de 2005 a junho de 2006. Analisamos, então, os resultados finais quanto a quantidade, local, ao grau de satisfação e os índices de complicações. ÍNDICE RESULTADOS Dos pacientes estudados, 26% eram mulheres e 74% homens. Quanto ao grau de satisfação, 24% consideraram o resultado ótimo, 40% bom, 30% indiferente e 6% ruim. Desses, 46% apresentaram uma ou mais queixas sendo a mais comum, em 38%, insuficiência do preenchimento no alívio da lipoatrofia. Entre as complicações, 15% apresentaram nodulações palpáveis e em um caso (3%) houve erisipela na hemiface direita, coincidente com um quadro de sinusite. Quando perguntados se realizariam o procedimento novamente, 100% relatou que o fariam novamente. ÍNDICE DISCUSSÃO As complicações do uso de implantes permanentes podem ser agudas como necroses, hematomas e seromas ou tardias como nodulações, assimetrias e respostas alérgicas exacerbadas. A resposta imune é sempre deflagrada pela fagocitose do preenchimento por macrófagos e células cutâneas como as células U937 , os queratinócitos e as células de Langerhans e portanto, deve ser evitado o uso em pacientes atópicos. Apesar de algumas complicações aparecerem precocemente e terem curso limitado, o início do aparecimento das irregularidades pode dar-se entre 1 a 10 anos e necessitar de ressecção cirúrgica. Nesses casos, os achados histopatológicos orientam quanto ao diagnóstico correto da substância. ÍNDICE REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.Morhenn VB; Lemperle G; Gallo RL. Phagocytosis of different particulate dermal filler substances by human macrophages and skin cells. Dermatol Surg;28(6):484-90, 2002. 2.Silva MT; Curi AL. Blindness and total ophthalmoplegia after aesthetic polymethylmethacrylate injection: case report. Arq Neuropsiquiatr; 62(3B):873-4, 2004 Sep. 3.Andre P; Lowe NJ; Parc A; Clerici TH; Zimmermann U. Adverse reactions to dermal fillers: a review of European experiences. J Cosmet Laser Ther;7(3-4):171-6, 2005 Dec. 4.Lowe NJ; Maxwell CA; Patnaik R. Adverse reactions to dermal fillers: review. Dermatol Surg;31(11 Pt 2):1616-25, 2005 Nov. 5.Kaminsky, A; Charas, V; Díaz, M; Gurfinkiel, A; Sin, T; Casas, J; Kien, C; Troilli, P; Lago, R. Complicaciones de los implantes faciales con fines estéticos / Complications for the application implants for aesthetic purposes.Dermatol Argent; 9(3):161-167, jun.-jul. 2003. Figura 1 - Antes Figura 2 - Antes Figura 3 - Antes Figura 4 - Depois Figura 5 - Depois Figura 6 - Depois RECONSTRUÇÃO DAS FRATURAS ISOLADAS DAS PAREDES DA ÓRBITA / ISOLATED ORBIT FRACTURES RECONSTRUCTION INTRODUÇÃO | OBJETIVO | MÉTODOS | RESULTADOS | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Gustavo Feriani MD CO-AUTORES Guilherme Santos Brito MD Tessie Maria Kreniski MD Max Domingues Pereira MD Lydia Masako Ferreira MD DESCRITORES reconstrução, fraturas, parede, órbita, isoladas. INSTITUIÇÃO Trabalho realizado na Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Rua Napoleão de Barros, n° 715, 4° andar.CEP: 04024-002 INTRODUÇÃO ÍNDICE As fraturas isoladas das paredes da órbita ou da órbita média são aquelas onde não há envolvimento das margens. O mecanismo de fratura é denominado "blow-out". As paredes superior, medial, inferior e lateraal podem sofrer fraturas, porém as mediais e inferiores são mais acometidas devido a sua menor espessura. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico, sendo a indicação da operação nos casos com diplopia ou fraturas extensas visto na tomografia computadorizada. OBJETIVO ÍNDICE Avaliar as características epidemiológicas e o tratamento das fraturas puras da órbita média atendidas em um período de sete anos (1999 a 2006). MÉTODOS ÍNDICE No período de maio 1999 a maio de 2006 foram atendidos 99 pacientes com fraturas isoladas das paredes da órbita no serviço de urgência do Hospital São Paulo. As fraturas tiveram o seu diagnóstico confirmado através da tomografia computadorizada. Foi realizada análise dos prontuários médicos, visando os dados epidemiológicos da amostra, o mecanismo do trauma envolvido, localização da parede da órbita envolvida e o tratamento instituído. As fraturas foram avaliadas conforme a parede acometida. Fraturas bilaterais foram consideradas individualmente. A conduta cirúrgica foi adotada nos casos de restrição muscular com diplopia e nas fraturas extensas vistas na tomografia. RESULTADOS ÍNDICE Setenta e um pacientes eram do sexo masculino (72%) com predomínio de brancos em 55 casos (55%). A faixa etária dos 20 aos 39 anos foi a mais acometida, com 53 (54%) casos. Outro pico foi observado acima dos 60 anos, com 10 casos. A etiologia mais encontrada foi a agressão física, responsável por 56 (57%) casos, seguida pelas quedas (17%) e pelos acidentes de trânsito (15%). A agressão predominou dos 10 aos 39 anos e as quedas no grupo dos maiores de 60 anos (Figura 1). Foram diagnosticadas 102 fraturas isoladas da órbita média, sendo 43 (42%) da parede medial, 35 (34%) da inferior e 18 de ambas as paredes (Figura 2). Não foram encontradas fraturas das paredes superior e lateral. A conduta conservadora foi adotada em 64 (65%) pacientes e a cirúrgica em 32 casos. Na distribuição de acordo com o tipo de fratura, a conduta cirúrgica foi adotada em 6 (14%) casos da parede medial, 14 (40%) da inferior e 12 (66%) da parede medial e inferior. Nas fraturas das paredes medial e inferior o uso de enxertos para a sua reparação ocorreu em 11 (92%) pacientes. As fraturas da parede medial e inferior isoladamente utilizaram enxertos em metade dos casos cirúrgicos. (Tabela 1) Figura 1 Figura 2 Figura 3 - (Tabela 1) CONCLUSÃO ÍNDICE No período do estudo (1999 a 2006) a fratura orbital foi a mais freqüente do serviço, com 528 (48%) pacientes. A fratura pura da órbita média foi o segundo tipo mais encontrado com 19% dos casos. A sua etiologia, agressão física, difere da etiologia predominante nas fraturas orbitais, os acidentes de trânsito, evidenciando o mecanismo distinto na produção da fratura pura da órbita média. Apesar de a agressão física ter sido a causa predominante em todos os tipos de fratura da órbita média submetidas à exploração cirúrgica, a porcentagem de explorações aumentou com a extensão da parede orbital acometida, o mesmo ocorrendo com a necessidade da utilização de enxertos na sua reconstrução. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE AL-SUKHUN J,LINDQVIS C. A comparative study of 2 implants used to repair inferior orbital wall bony defects: autogenous bone graft versus bioresorbable poly-l/dl-lactide [p(l/dl)la 70/30] plate. J Oral Maxillofac Surg 2006; 64:1038-1048 TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PLASMOCITOMA EM MANDÍBULA: RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Lidiana Mayer Knebel CO-AUTORES Marcus Vinícius Martins Collares MD Rinaldo De Angeli Pinto MD Juliana Martins Kaiser MD Maurício Schneider Viaro MD DESCRITORES plasmocitoma, mandíbula. INSTITUIÇÃO Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre Rua Professor Fitzgerald, 136/ Bairro Petrópolis/ CEP.: 90470-160/ Porto Alegre/RS INTRODUÇÃO ÍNDICE Plasmocitoma é uma neoplasia originada de plasmócitos com 3 variantes clínicas: mieloma múltiplo (94%), plasmocitoma solitário do osso (4%) ou plasmocitoma extramedular (2%). A apresentação usual do plasmocitoma ósseo é lesão lítica em vértebra ou ossos do crânio. Este relato tem como objetivo apresentar um caso de plasmocitoma em mandíbula associado ao mieloma múltiplo, causando lesão expansiva de mandíbula, sendo este um evento muito raro. MATERIAL E MÉTODO ÍNDICE Relato de caso e revisão da literatura. RESULTADOS ÍNDICE Paciente feminina, 60 anos, portadora de Mieloma Múltiplo com Plasmocitoma localizado em hemimandíbula direita. Fez diagnóstico e tratamento no Hospital Santa Rita e veio encaminhada para o programa de Transplante Autólogo no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Foi feita tomografia computadorizada de crânio que mostrou lesões osteolíticas sem reação periosteal e com componente de tecidos moles comprometendo o corpo e o ramo mandibulares direitos. Feita biópsia da lesão, encontrou-se apenas extensa fibrose do tecido ósseo mandibular e da medula. Assim, a cirurgia teria como objetivo melhorar o aspecto estético e, principalmente, funcional da mandíbula. A paciente foi submetida, então, a hemimandibulectomia direita e reconstrução com placa de titânio. Após 3 meses, fez-se reconstrução definitiva com retalho microcirúrgico de fíbula. DISCUSSÃO ÍNDICE O mieloma múltiplo é uma doença sistêmica incurável que pode atingir remissão através de quimioterapia e transplante de medula óssea em 50% casos, que podem ser associados à radioterapia se houver lesão localizada. Esta paciente foi atendida na cirurgia plástica após o término do tratamento para o mieloma, em fase de remissão. Apresentava lesão óssea expansiva residual em mandíbula, sem evidência de atividade da doença, e buscava melhoria estético/funcional. O tratamento local adequado envolveu cirurgia agressiva e reconstrução de grande porte, seguida de reabilitação da função estomatognática. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1.Sirohi B, Powles R. Multiple Myeloma. Lancet. 2004;363:875-87. 2.Tesei F, Caliceti U, Sorrenti G, Canciullo A, Sabbatini E, Pileri S, et al. Extramedullary plasmocytoma (EMP) of the head and neck: a series of 22 cases. Acta Otorhinolaryngol Ital. 1995;15(6):437-42. 3.Mendenhall WM, Mendenhall CM, Mendenhall NP. Solitary plasmocytoma of bone and soft tissues. Am J Otolaryngol. 2003;24(6):395-99. Figura 1 - Plasmocitoma hemimandíbula direita: pré-operatório Figura 2 - Transoperatório de hemimandibulectomia direita e Rx com incidência ânteroposterior. Figura 3 - Reconstrução com fíbula livre: tomografia computadorizada Figura 4 - Reconstrução com fíbula livre: tomografia computadorizada Figura 5 - Pós-operatório de 6 meses. TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PACIENTES PORTADORES DE MICROTIA: EXPERIÊNCIA DO INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP RELATO DE CASO | BIBLIOGRAFIA | AUTOR RUI MANOEL RODRIGUES PEREIRA CO-AUTORES MARCO ANTÔNIO PINTO KITAMURA MD ERNANDO LUIZ FERRAZ CAVALCANTI MD TATIANA CALOI MD THOMAS MOORE MD DESCRITORES TRATAMENTO, MICROTIA INSTITUIÇÃO INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11) 3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected] RELATO DE CASO ÍNDICE Microtia é uma deformidade congênita de severidade variável que acomete os ouvidos externo e médio. Possui uma incidência aproximada de 1:6000 nascimentos, exibindo também variações entre diferentes grupos étnicos. De etiologia desconhecida, alguns dados sugerem herança multifatorial e influência ambiental materna1. Apresenta-se também em síndromes craniofaciais, como a Síndrome de Treacher-Collins e a microssomia hemifacial. O tratamento da microtia pode ser realizado basicamente de três formas: adaptação de prótese externa (órtese); reconstrução com molde protético; ou reconstrução com molde cartilaginoso autólogo. O objetivo do trabalho é relatar a experiência do Instituto Materno-Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP) nos últimos 12 meses no tratamento de 11 pacientes provenientes do Núcleo de Atenção aos Defeitos da Face do IMIP (NADEFI), portadores de microtia, utilizando a técnica de Brent2, com modificações preconizadas por Moore no primeiro e mais importante estágio da reconstrução. Portadores de microssomia hemifacial já haviam sido submetidos a distração osteogênica mandibular. A técnica se baseia em 4 estágios. O primeiro consiste no implante de molde cartilaginoso confeccionado a partir de segmentos do 6º, 7º e 8º arcos costais. Um amplo descolamento supra-aponeurótico facilita a identificação e abordagem dos arcos costais através do ponto de transição dos músculos oblíquo externo e reto abdominal. Os segmentos cartilaginosos são obtidos com seu pericôndrio. A confecção do molde é realizada conforme escultura prévia em madeira e filme de radiografia. A cartilagem esculpida como hélice é fixada ao arcabouço através de fios de aço 4-0 (fig.1). Os remanescentes embrionários cartilaginosos são ressecados, e confecciona-se a loja em plano subcutâneo, deixando o retalho dérmico o mais delgado possível. Realiza-se drenagem a vácuo. No segundo estágio da reconstrução, 3 a 6 meses após, é feita a transposição do lóbulo. O terceiro estágio consiste na liberação do neo-pavilhão com enxertia cutânea retroauricular e no último estágio há a reconstrução do tragus, escavação conchal e outros ajustes finos necessários. Cinco dos 11 pacientes foram submetidos aos procedimentos das etapas subsequentes. As fotos 2, 3, 4, 5 e 6 mostram alguns resultados obtidos. Como complicações do primeiro tempo cirúrgico, houve 2 casos de epiteliólise da cobertura cutânea, sem perda total e/ou exposição da cartilagem. Lesão de pleura ocorreu em 2 pacientes, tratados com colocação de sonda de nelaton no espaço pleural sob aspiração, manobra de Valsalva e retirada da mesma. Não houve casos de deformidade de parede torácica, precoce ou tardia. Houve perda parcial de enxerto de pele no terceiro tempo cirúrgico em 1 paciente. O seguimento pós-operatório vem mostrando resultados estéticos satisfatórios. Apesar de preliminares, o serviço passa a adotar uma sistematização efetiva e baseada, sobretudo em experiência prévia de piores resultados, aliando uma técnica segura preconizada por Brent às modificações aqui descritas. A confecção do molde auricular se caracteriza por ser de fácil execução, com uma curta curva de aprendizado. A preservação do pericôndrio promove, após trabalhado, acomodação e fixação adequada da hélice. Um bom contorno do neo pavilhão é obtido com o fino retalho cutâneo dissecado. BIBLIOGRAFIA ÍNDICE 1) BRENT, B. Total Auricular Construction with Sculpted Costal Cartilage. In B. Brent (Ed.), The Artistry of Reconstructive Surgery. St. Louis: Mosby, 1987. 2) BRENT, B. Technical Advances in Ear Reconstruction with Autogenous Rib Cartilage Grafts: Personal Experience with 1200 Cases. Plast. Reconstr. Surg. 104(2): 319, 1999. 3) BEAHM, E. K.; WALTON, R. L. Auricular Reconstruction for Microtia: Part I. Anatomy, Embryology, and Clinical Evaluation. Plast. Reconstr. Surg. 109(7): 2473, 2002. 4) WALTON, R. L.; BEAHM, E. K. Auricular Reconstruction for Microtia: Part II. Surgical Techniques. Plast. Reconstr. Surg. 110(1): 234, 2002. Figura 1 Figura 2 Figura 3 Figura 4 Figura 5 Figura 6 NEVO AGMINADO ATÍPICO EM TÓRAX RESUMO | INTRODUÇÃO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | AUTOR Felipe Gama e Colombo MD CO-AUTORES Rogério Izar Neves MD Gisele Gargantini Rezze MD Fernando Henrique Longo MD Daniela Ferro dos Santos MD DESCRITORES NEVO, AGMINADO, ATÍPICO, TÓRAX INSTITUIÇÃO Hospital do cancer- A.C. Camargo Endereço: R. Castro Alves, n 279, apto 64, CEP:3215-001, São Paulo, SP. RESUMO ÍNDICE Nevo agminado é descrito como um grupo de lesões melanocíticas restritas a um segmento corporal, sendo raro o achado concomitantes de atipias. Apresentamos um caso de paciente com nevo agminado cuja biópsia revelou tratar-se de nevo atípico, por esta ser uma manifestação infrequente para esta lesão. INTRODUÇÃO ÍNDICE O nevo agminado é uma entidade caracterizada por conjunto de lesões circunscritas e confinadas a um mesmo segmento corporal, também descritas como distribuição zosteriforme. Ao contrário do encontrado no nevo Spilus, não há mácula acastanhada basal. Essas lesões geralmente se desenvolvem na puberdade, podendo ocorrer também na infância. As lesões são caracterizadas histologicamente como nevos compostos, juncionais, nevo azul e nevo de Spitz, sendo raras as descrições de malignização. ÍNDICE RELATO DO CASO Paciente E.G., masculino, raça branca, 32 anos, natural de Santo André, procedente de Suzano, casado, profissão: engenheiro civil. Antecedente pessoal de melanoma em coxa direita tendo sido biopsiado em outro serviço em maio/2005, revelando Breslow=3,5 mm, Clark= III, tipo extensivo superficial, sem outros fatores de pior prognóstico. Veio ao Hospital do Câncer-A.C. Camargo em julho/2005, onde foi proposta a ampliação das margens e pesquisa do linfonodo sentinela, que mostrou-se negativa tanto à hematoxilinaeosina quanto à imunoistoquímica com os anticorpos Proteína S100, HMB45 e Melan-A. No exame físico à admissão apresenta 64 lesões névicas , sendo poucas clinicamente atípicas, e apresentava lesão em hemitórax esquerdo anterior de aproximadamente 12,6 x 5,4cm formada por diversas máculas agrupadas de cor enegrecida, que segundo o paciente começaram a surgir aos 8 anos de idade. Ao exame dermatoscópico, apresentavam rede alargada, áreas de hiperpigmentação e hipopigmentação irregulares, pontos pretos periféricos e glóbulos marrons irregularmente distribuídos, caracterizando uma lesão suspeita e sendo realizada exérese cirúrgica de aproximadamente metada da lesão. O material foi encaminhado ao serviço de dermatopatologia do hospital, que identificou à microscopia presença de proliferação lentiginosa com atipia focal. Diante do diagnóstico foi indicado a ressecção parcelada preventiva. ÍNDICE DISCUSSÃO O nevo agminado representa uma lesão rara de incidência não descrita, tratando-se de um conjunto de lesões agrupadas em um mesmo segmento do corpo, com aparecimento na infância ou puberdade, sendo mais freqüente o seu achado no tronco. O diagnóstico diferencial com nevo Spilus dá-se pela ausência da mácula acastanhada ou café-com-leite que serve de base para este. Por tratar-se de lesões melanocíticas independentes, todas com potencial individual de malignização, as mesmas devem ser acompanhadas e biopsiadas quando necessário. Apesar de raras, foram descritas atipias nessas lesões, sendo consideradas marcadoras e precursoras de melanoma, tornando obrigatório o seguimento destes dermatoscopia pacientes. convencional Este ou do acompanhamento mapeamento pode corporal ser feito através digitalizado. No da caso apresentado, o antecedente pessoal de melanoma e a dermatoscopia compatível com lesão suspeita, levou-nos a optar pela ressecção parcelada da lesão ao invés do seguimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ÍNDICE 1. Marghoob AA, Blum R, Nossa R, Busam KJ, Sachs D, Halpern A. Agminated atypical (dysplastic) nevi: case report and review of the literature. Arch Dermatol. 2001;137:917920. 2. Schaffer JV, Orlow SJ, Lazova R, Bolognia JL. Speckled lentiginous nevus. Arch Dermatol. 2001;137:172-178. 3.Bragg JW, Swindle L, Halpern AC, Marghoob AA. Agminated acquired melanocytic nevi of the common ans dysplastic type. J Am Acad Dermatol. 2005;52:67-73. 4. Marrero MD, Nagore E, Ramos-Ñíguez JÁ, et al. Melanocytic agminated naevus on the sole. Br J Dermatol 2002;146:154. 5. Grichnik JM, Rhodes AR, Sober AJ. Benign hyperplasias and neoplasias of melanocytes in: Freedberg IM, Eisen AZ, Wolff K, Austen KF, Goldsmith LA, Katz SI. Fitzpatrick´s Dermatology in General Medicine. New York. McGraw-Hill, 2003. p. 881-905. Figura 1 - Aspecto macroscópico de nevo agminado em hemitórax esquerdo Figura 2 - Aspecto dermatoscópico da lesão Figura 3 - Aumento de 200x, HE, mostrando nevo melanocítico composto Figura 4 - Aumento de 400x, mostrando atipia focal de melanócitos