Baixar - SBCP-SC

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 EDITORIAL DO ANAIS 2006
Uma palavra do editor do Anais do 43º Congresso
Brasileiro de Cirurgia Plástica
“DOUTOR, QUERO SER NORMAL”
Prof. Jorge Bins-Ely
Nesta frase, comum em nossos consultórios, podemos ver o resumo dos anseios da
grande maioria de nossos pacientes. Em particular, nos casos ditos de cirurgia estética,
realmente nos procuram, não para serem mais bonitas ou chamar atenção, mas
justamente ao contrário: para serem normais.
São as portadoras de hipermastia que querem diminuir as mamas, enquanto as com
hipomastia e amastia querem próteses. São pacientes com rinomegalia que anseiam
rinoplastia, lipodistrofias que solicitam lipoaspiração, calvos que querem enxertos
capilares, orelhas em abano que desejam otoplastia e, porque não dizer, os que tem
faceas envelhecidas que querem rejuvenescer, etc...
Nos casos de cirurgia reparadora – DOUTOR QUERO SER NORMAL - é óbvio e evidente
que é mais difícil atingir a normalidade desejada e em determinados casos até mesmo
impossível.
Em resumo, nossos pacientes querem parar de chamar a atenção (por hipo ou hiper) de
suas anomalias anatômicas, que, por vezes, são evidentes ou nem tanto.
Em princípio, o diagnóstico em cirurgia estética é feito pelo paciente e não pelo médico!
A percepção individual é única – propriocepção, que raramente é alterada de forma
patológica – dismorfismo corporal, como pacientes magros que se acham gordos,
pacientes lindas que se acham feias... Nestes casos necessitamos agir como cirurgião
psiquiátrico ou até mesmo encaminhar ao especialista.
Não esqueçamos que até os cegos tem “auto-imagem”.
Este 43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica será capitaneado pelo Dr. OSVALDO
RIBEIRO SALDANHA e sua Equipe Nacional, representada pelos Drs. JOSÉ TARIKI
(SP) e DOUGLAS JORGE (SP) e pelo Dr. IVO SALGADO, bem como a sua Equipe
Regional, representada pelos Drs. CARLOS LACERDA ALMEIDA (PE) e PEDRO PITA
(PE). Estaremos reunidos em Recife/PE durante 5 dias, com o intuito de disseminar
conhecimentos científicos e congraçar socialmente nossa pujante Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica.
Nossos agradecimentos aos convidados estrangeiros Dr. BERNARD DEVAUCHELLE, MD
– França, Dr. CLAUDIO ANGRIGIANI, MD – Argentina, Dr. DENNIS HAMMOND,
MD - E.U.A, Dra. ELISABETH BEAHM, MD – EUA, Dr. GUO SHUZHONG , MD- China,
Dr. JAVIER BISBAL, MD – Espanha, Dr. ROBERT WALTON, MD – EUA.
Os Homenageados Nacionais são os Drs. PEDRO DJACIR ESCOBAR MARTINS (RS) e
SÉRGIO CARREIRÃO (RJ) e os Homenageados Regionais são os Drs. LUIS ALBERTO
DE SOUZA LEITE (PE) e ARLINDO BARROS AGUIAR JÚNIOR (PE).
O Presidente de Honra não poderia deixar de ser outro que o homenageado Dr. PERSEU
LEMOS (PE), representante máximo de Pernambuco.
Enaltecemos a participação do Diretor Geral do Departamento de Eventos Científicos –
DEC - Dr. JOSÉ HORÁCIO ABOUDIB (RJ) que com sua equipe representada pelos Drs.
CLÁUDIO CARDOSO DE CASTRO (RJ) e JOSÉ PASCOAL PINHEIRO (NO/NE)
garantem o alto padrão científico do Congresso como, também, a seleção dos 136
trabalhos científicos aqui transcritos eletronicamente.
Não deixe de “navegar” nos 7 CD’s dos últimos Congressos Brasileiros em nossos “sites”.
WWW.CIRURGIAPLASTICA.ORG.BR
WWW.SBCP-SC.ORG.BR
WWW.WPLASTIA.COM.BR
Bons Ventos !!!
Profº Jorge Bins-Ely – MD - PhD
EDITORES DO ANAIS
Jorge Bins-Ely (SC)
CO-EDITORES DO ANAIS
José Horacio Aboudib
Rodrigo D'Eça Neves -
Zulmar Antônio Accioli de
- SC
SC
Vasconcellos - SC
EDITORIAL DO PRESIDENTE DA SBCP – NACIONAL
43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica. Programem-se.
A partir do 11 até o dia 14 de novembro deste ano teremos o 43º Congresso Brasileiro de
Cirurgia Plástica em Recife - PE. Portanto, estamos em contagem regressiva para a
consecução deste feito e neste lapso temporal muito trabalho tem exigido da atual
Diretoria com a discussão de novas idéias que deverão ser incorporadas ao evento que
terá um programa de inquestionável robustez científica.
Apenas para exemplificar, durante os três primeiros dias do Congresso haverá um curso
preparatório para a Prova de Especialista direcionado aos membros que deverão
submeter-se a exame nos dias 1, 2 e 3 de fevereiro de 2007. A inscrição a este curso é
isenta de taxa, constituindo desta forma mais um serviço prestado pela Sociedade
Brasileira de Cirurgia Plástica a comunidade associada.
Por outro lado, atestando o pioneirismo da SBCP, graças ao descomunal empenho do
nosso Departamento Científico Nacional e Internacional, pela primeira vez mesmo em
termos mundiais, teremos o 1º. Painel Mundial de Transplante de Face com a participação
dos três grandes precursores deste procedimento: o Dr. Bernard Devauchelle (França), o
Dr. Robert Walton (EUA) e o Dr. Guo Shuzuong (China). Também integrará este painel o
Dr. Cláudio Angrigiani (Argentina) com larga experiência em reconstrução facial à custa
de retalhos contrapondo aquilo que é possível de forma tradicional.
Sem qualquer dúvida, pelo ineditismo este será um Congresso histórico tanto da cirurgia
plástica nacional como mundial.
Naturalmente, isto só terá repercussão a mercê da presença dos sócios da SBCP para
quem o Congresso é voltado sendo meio e razão de nosso esforços; assim, contamos com
a presença de todos para o agigantamento científico que nossa Sociedade merece. Dr. Osvaldo Ribeiro Saldanha
Presidente Nacional da SBCP
EDITORIAL DO PRESIDENTE DA SBCP - REGIONAL PE
Esperamos você Pernambucanamente em Alto Astral
É com grande satisfação que informamos aos Cirurgiões Plásticos Brasileiros a conclusão
dos trabalhos preparativos para o 43º Congresso Brasileiro de Cirurgia Plástica a ser
realizado de 11 a 14 de novembro de 2006. Foram muitos meses de abnegado esforço da
SBCP Nacional e Regional para que, com três meses de antecedência, tudo estivesse
programado e acertado em todas as esferas do complexo que é um Congresso de porte
do nosso. O DEC, com a competência dos seus integrantes e sob o comando do Dr José
Horacio Aboudib, elaboram uma programação cientifica do mais alto gabarito, tendo como
carro chefe a participação dos pioneiros do Transplante Facial cujo mediador para efetivar
a participação desses ilustríssimos cirurgiões, foi o Dr. Carlos Oscar Uebel.
Conseguimos os melhores pacotes com os hotéis com preços irresistíveis, convidativos e
estimulantes para que você e sua família estejam conosco no Congresso.
Lembramos que nesta época faz calor e o sol por aqui é convidativo ao banho de mar com
suas águas mornas.
Quanto a programação local, elaboramos eventos sociais que marcarão esse congresso
como um daqueles inesquecíveis.
Três grandes acontecimentos serão realizados no melhor padrão de qualidade que se
pode
oferecer,
aos
ilustres
e
competentes
cirurgiões
brasileiros
e
convidados
internacionais. Na Abertura, coquetel com atrações do folclore pernambucano com todo
seu esplendor musical e visual de suas fantasias. O Presidencial Dinner será um jantar
glamuroso, no maior e melhor espaço de eventos da América Latina - Chevrolett Hall com a animação da Orquestra Super Oara. A Festa de Encerramento no Arcádia de
Apipucos, espaço de eventos construído em área de Mata Atlântica, tem um visual e
estrutura física que transportará você e sua família para dentro da natureza preservada,
ao som da excelente Orquestra Veneza.
Não esqueçamos as visitações a pontos históricos de Recife e Olinda, praias paradisíacas
(Porto de Galinhas, Carneiros, Itamaracá, Maria Farinha) e cidades folclóricas (Gravatá,
Bezerros e Caruaru).
Sugerimos uma esticada até o final de semana, já que o dia 15 de novembro é feriado,
para curtir nossas praias e Hotéis Fazenda em engenhos de cana-de-açúcar, do tempo do
Senhor de Engenho e dos escravos.
Falta mais alguma coisa?
Só você!
Esperamos você Pernambucanamente em Alto Astral
Dr. Ivo Salgado
Presidente da SBCP - Regional PE
EDITORIAL DO DEC - DEPARTAMENTO DE EVENTOS CIENTÍFICOS
Estamos com o programa científico do Congresso Brasileiro em Recife concluído, exceto
por pequenas desistências de última hora. Em breve você receberá o programa completo
e poderá organizar com antecedência, quais mesas irá assistir.
Todos os temas de nossa especialidade estão abordados, em apenas duas salas. Desta
forma, dificilmente poderemos ir a fundo em assuntos específicos. Por isto organizamos
47 Cursos, com duração de 02 horas, onde as discussões e exposições poderão ser mais
profundas. Escolha já os de sua preferência, pois as vagas são limitadas. Dependendo do
que ocorrer este ano, os mesmos serão futuramente repetidos e aprimorados.
Como já é do conhecimento de todos, teremos mesas e conferências inéditas sobre
Transplante de Face, com a presença do primeiro a realizá-la Dr. Bernard Devauchelle, da
França, o segundo, Guo Shuzhong da China, e Robert Walton dos EUA e Cláudio
Angrigiani da Argentina, que embora tenham recursos técnicos, ainda não realizaram os
transplantes. Porque? Saberemos as respostas na Mesa do dia 12/11.
A outra atraçâo será a cirurgia editada em 30 minutos pelo moderador, sem o
conhecimento dos cirurgiões Dr. Prado Neto (Rinoplastia) e Prof. Ronaldo Pontes
(Ritidoplastia), que só terão contato com o vídeo na hora da apresentação. Queremos
com isto, manter o clima da cirurgia ao vivo, sem os problemas de limitação do tempo.
Queremos também, a partir deste Congresso, deixar bem claro o papel que deve ser
desempenhado pelo Secretário, Presidente e Moderador das Mesas.
O Secretário é o executivo que chama os palestrantes, controla o tempo e não irá permitir
que seja ultrapassado (exceto por decisão do Presidente), que deverá cuidar do som,
iluminação e qualquer outra intercorrência da Mesa. Deverá também entregar os
certificados a todos os relatores e componentes da mesa.
O Moderador terá tempo para dinamizar a mesa. Deve procurar explorar os pontos em
conflito ou antagónicos dos apresentadores, estimular a participação da plateia e dos
membros da mesa. Arguir os apresentadores sobre pontos polémicos do assunto
abordado e sobre nenhuma hipótese fazer uma conferência, "comentar" os trabalhos, ou
expressar longas opiniões sobre o tema. Na moderação das mesas de trabalho cientifico,
ele deve opinar e mesmo julgar o trabalho, porém de forma a não desestimular ou
humilhar o apresentador.
O Presidente é o "dono" da mesa. Ele deverá fazer uma introdução ao tema ou aos
apresentadores se assim julgar, durante 05 minutos, usando ou não recursos
audiovisuais. Deverá decidir sobre qualquer intercorrência da mesa e sobre conceder ou
não maior tempo ao relator, tendo sempre em mente que os colegas foram convidados
para falar naquele tempo e se aceitaram e não se prepararam adequadamente, é um
desrespeito à plateia e aos outros relatores. Cabe também ao Presidente da mesa corrigir
o moderador que se afastar de sua função e, em casos extremos, assumir a moderação
da mesa.
Estejam certos que teremos um fantástico Congresso em Recife. Até lá!
José Horácio Aboudib - RJ
Diretor do DEC
PRESIDENTE DE HONRA - PERSEU LEMOS
Perseu Lemos - PE
PRESIDENTE DE HONRA DO 43º CONGRESSO
CONVIDADOS ESTRANGEIROS
Javier Bisbal, MD formou-se em Medicina em 1972 pela
Universidade Central de Barcelona. Concluiu doutrado em 1973,
obteve Título de Especialista em Cirurgia Reparadora em 1975 e
em Crânio Facial, em 1980, pela Universidade Autônoma de
Barcelona. Sua atividade profissional compreende diversas
áreas,
com
destaque
em
Cirurgias
Reconstrutoras,
Queimaduras, Reconstrução Nasal e Facial. É membro da
Javier Bisbal
Sociedade Catalana e Espanhola de Cirurgia Plástica.
Espanha
Dennis Hammond é Professor em Medicina na Universidade de
Michigan, Bacharel em Ciências, Honorário em Biologia e
escritor certificado em Cirurgia Plástica. É membro graduado em
Mão,
Microcirurgia,
Reconstrução
Mamária
Imediata
com
Implantes e Cirurgia Cosmética. Recebeu vários prêmios sobre
Retalhos
Músculocutâneos
e
Expansão
de
Tecidos,
Reconstruções e Análise morfológica em tecidos expandidos. É
membro de importantes colégios e Sociedades de Cirurgia
Dennis Hammond
Plástica e tem inúmeros artigos publicados em importantes
EUA
livros de medicina.
Elisabeth Beahm é graduada em Medicina desde 1987 na Escola
de Medicina de Chicago. Desde então, tem participado de
diversos programas de Educação e Pesquisas. A Dra Beahm
publicou diversos artigos de medicina sobre diferentes assuntos,
o que mostra sua ampla comnpreensão em Cirurgia Plástica,
Estética e Reconstrutiva. Hoje em dia está envolvida com
Engenharia de Tecidos e Reconstrução Mamária.
Elisabeth Beahm
EUA
Guo
Shuzhong,
MD,
43
anos,
é
Chefe
e
Professor
do
Departamento de Cirurgia Plástica do Hospital Militar Xijing,
FMMU da cidade de Xian, China. É membro da Diretoria da
Associação Chinesa de Cirurgia Plástica e Diretor da Sociedade
de Cirurgia Plástica de Shanxi. Doutor Guo Shuzhong realizou a
Segunda Cirurgia de Transplante Facial do mundo num paciente
Guo Shuzhong
China
com rosto desfigurado por ataque de urso.
Dr. Robert Walton é Professor da Universidade de Massachusetts
e Chicago. Suas freqüentes apresentações focam a Microcirurgia
Reconstrutiva incluindo Análise das Deformidades, Plano técnico
e Cirúrgico, Princípios de Reparação, Cicatrização, Transplante
Facial e Engenharia de Tecidos.
Robert Walton
EUA
Professor da Universidade de Amien na França, é Membro da
Sociedade Européia de Cirurgia Maxilofacial. Chefiou com JeanMichel Dubernard a equipe que realizou o primeiro Transplante
Facial.
Bernard Devauchelle
França
Chefe de Cirurgia Plástica do Hospital Geral de Agudos Francisco
Santojanni Buenos Aires- Professor Adjunto da Universidade
Aberta Interamericana - Professor Adjunto da Universidade
Aberta Interamericana- Professor Adjunto UCES- Presidente da
Fundañáo Marko - Membro da Sociedade Americana de
Cirurgioes.
Claudio Angrigiani
Argentina
HOMENAGEADOS NACIONAIS
Pedro Djacir Escobar Martins - RS
Sergio Carreirão - RJ
HOMENAGEADOS REGIONAIS
Luiz Alberto de Sousa Leite - PE
Arlindo Barros Aguiar Jr - PE
CONGRESSOS BRASILEIROS REALIZADOS PELA SBCP
Ano
1956
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Antonio Duarte Cardoso
Ano
1958
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Alípio Pernet
Ano
1960
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Roberto Farina
Ano
1965
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Roberto Antonio Millan
Ano
1968
Local
Pernambuco
Presidente Nacional
Roberto Antonio Millan
Presidente Regional
João Suassuna Filho
Ano
1969
Local
Distrito Federal
Presidente Nacional
Nelson Pigossi
Presidente Regional
Fábio Rabello
Ano
1970
Local
Rio de Janeiro
Presidente Nacional
Nelson Pigossi
Ano
1971
Local
Bahia
Presidente Nacional
Ricardo Baroudi
Presidente Regional
Antonio Carlos Aleixo Sepúlveda
Ano
1972
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Ricardo Baroudi
Presidente Regional
Benjamin Golcman
Ano
1973
Local
Paraná
Presidente Nacional
Aymar Edison Sperli
Presidente Regional
Lacyone Jorge Roth
Ano
1974
Local
Minas Gerais
Presidente Nacional
Aymar Edison Sperli
Presidente Regional
José de Oliveira Barra
Ano
1975
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Paulo Marques de Souza
Presidente Regional
Kose Horibe
Ano
1976
Local
Rio Grande do Sul
Presidente Nacional
Paulo Marques de Souza
Presidente Regional
Telmo Marques Weber
Ano
1977
Local
Rio de Janeiro
Presidente Nacional
Raul Couto Sucena
Presidente Regional
Wenceslau Soares Neto
Ano
1978
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Ricardo Baroudi
Presidente Regional
Ewaldo Bolívar de Souza Pinto
Ano
1979
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Ricardo Baroudi
Presidente Regional
Ewaldo Bolívar de Souza Pinto
Ano
1980
Local
Ceará
Presidente Nacional
Ewaldo Bolívar de Souza Pinto
Presidente Regional
Wladimir Távora Cruz
Ano
1981
Local
Espírito Santo
Presidente Nacional
Ewaldo Bolívar de Souza Pinto
Presidente Regional
Rogério Ottoni Barbosa
Ano
1982
Local
Pernambuco
Presidente Nacional
Claudio Rebello
Presidente Regional
Geraldo Torreão de Sá
Ano
1983
Local
Distrito Federal
Presidente Nacional
Claudio Rebello
Presidente Regional
José Carlos Daher
Ano
1984
Local
Rio de Janeiro
Presidente Nacional
Melchiades Cardoso de Oliveira
Presidente Regional
José Kogut
Ano
1985
Local
Rio Grande do Sul
Presidente Nacional
Melchiades Cardoso de Oliveira
Presidente Regional
Carlos Oscar Uebel
Ano
1986
Local
Minas Gerais
Presidente Nacional
Juarez Avelar
Presidente Regional
Edgard Rocha Silva
Ano
1987
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Juarez Avelar
Presidente Regional
João Carlos Sampaio Goes
Ano
1988
Local
Bahia
Presidente Nacional
Pedro Martins
Presidente Regional
Antonio Carlos Aleixo Sepúlveda
Ano
1989
Local
Santa Catarina
Presidente Nacional
Pedro Martins
Presidente Regional
João Francisco do Valle Pereira
Ano
1990
Local
Rio de Janeiro
Presidente Nacional
Juarez Avelar
Presidente Regional
Farid Hakme
Ano
1991
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Juarez Avelar
Presidente Regional
Munir Curi
Ano
1992
Local
Rio de Janeiro
Presidente Nacional
Liacyr Ribeiro
Presidente Regional
Luiz Carlos Celi Garcia
Ano
1993
Local
Paraná
Presidente Nacional
Liacyr Ribeiro
Presidente Regional
Rogério Scheibe
Ano
1994
Local
Minas Gerais
Presidente Nacional
Munir Curi
Presidente Regional
Sebastião Nelson Edy Guerra
Ano
1995
Local
Distrito Federal
Presidente Nacional
Munir Curi
Presidente Regional
Fábio Inácio da Cunha
Ano
1996
Local
Rio de Janeiro
Presidente Nacional
Farid Hakme
Presidente Regional
Sérgio Levy
Ano
1997
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Farid Hakme
Presidente Regional
Hamilton Aleardo Gonella
Ano
1998
Local
Goiás
Presidente Nacional
Farid Hakme
Presidente Regional
Ronaldo Freua Bufaiçal
Ano
1999
Local
Rio de Janeiro
Presidente Nacional
Farid Hakme
Presidente Regional
Luiz Haroldo Pereira
Ano
2000
Local
Rio Grande do Sul
Presidente Nacional
Luiz Carlos Celi Garcia
Presidente Regional
Alexis Lemos Pacheco
Ano
2001
Local
São Paulo
Presidente Nacional
Luiz Carlos Celi Garcia
Presidente Regional
José Yoshikazu Tariki
Ano
2002
Local
Bahia
Presidente Nacional
Luiz Carlos Celi Garcia
Presidente Regional
Ivan José Ramos Tavares
Ano
2003
Local
Ceará
Presidente Nacional
Luiz Carlos Celi Garcia
Presidente Regional
Edmar Maciel
Ano
2004
Local
Santa Catarina
Presidente Nacional
Sérgio Carreirão
Presidente Regional
Jorge Bins-Ely
Ano
2005
Local
Minas Gerais
Presidente Nacional
Sérgio Carreirão
Presidente Regional
Oromar Moreira Filho
Ano
2006
Local
Pernambuco
Presidente Nacional
Osvaldo Saldanha
Presidente Regional
Ivo Salgado
Os créditos pela publicação destes Anais Digitais, ficam sob a responsabilidade da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar
Cep: 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil
Fone: +55 11 3826-1499 - Fax: + 55 11 3826-1710
Site: WWW.CIRURGIAPLASTICA.ORG.BR
E-mail: [email protected]
43º CONGRESSO BRASILEIRO DE CIRURGIA PLÁSTICA
DIRETORIA SBCP NACIONAL
Presidente
Osvaldo Saldanha
1º Vice-Presidente
Sebastião Edy Guerra
2º Vice-Presidente
José Humberto Resende
Secretário Geral
José Yoshikazu Tariki
Secretário Adjunto
Adilson Farrapeira
Tesoureiro Geral
Douglas Jorge
Tesoureiro Adjunto
Léo Doncatto
DIRETORIA SBCP REGIONAL PERNAMBUCO
Presidente
Ivo Salgado
Secretário
Carlos Lacerda Almeida
Tesoureiro
Pedro Pita
HOMENAGEADOS NACIONAIS
Pedro Djacir Escobar Martins - RS
Sergio Carreirão - RJ
HOMENAGEADOS LOCAIS
Luiz Alberto de Sousa Leite - PE
Arlindo Barros Aguiar Jr - PE
CONVIDADOS ESTRANGEIROS
Bernard Devauchelle, MD – França
Claudio Angrigiani, MD – Argentina
Dennis Hammond, MD - E.U.A
Elisabeth Beahm, MD - E.U.A
Guo Shuzhong , MD - China
Javier Bisbal, MD - Espanha
Robert Walton, MD – E.U.A
PRESIDENTE DE HONRA
Perseu Lemos - PE
DEPARTAMENTO DE EVENTOS CIENTÍFICOS
Diretor Geral: José Horácio Aboudib - RJ
Secretário: Cláudio Cardoso de Castro – RJ
DIRETORES REGIONAIS
João de Moraes Prado Neto - SP
José Pascoal Pinheiro Correia - NO-NE
Nelson Piccolo - Centro-Oeste
Níveo Steffen - Sul
Carlos Uebel - Rel. Internacionais
EDITOR DO ANAIS
Jorge Bins-Ely- SC
CO-EDITORES
José Horacio Aboudib - RJ
Rodrigo D'Eça Neves - SC
Zulmar Antônio Accioli de Vasconcellos - SC
EQUIPE DE DESENVOLVIMENTO DO ANAIS 2006 DIGITAL
Proxima Comunicação e Marketing
Rua Das Avencas, AH 09 - L 05 - Gleba B
Cidade Universitaria Pedra Branca - Palhoça - SC - Brasil
Fone: + 55 48 8407 5007 - Fax: + 55 48 9121 6397
Site: WWW.PROXIMADIGITAL.COM.BR
E-mail: [email protected]
Skype: proxima_digital
MSN: [email protected]
Luis Antonio Morais
Diretor Administrativo
Proxima Comunicação e Marketing
Coordenador do Projeto - Anais SBCP 2006
E-mail: [email protected]
Fone: + 55 48 8407 5007 - 9121 6397
Daniel Ribeiro Platt
Design
Guilherme Camargo Tussolino
Programação
APOIO
Site: WWW.SILIMEDPRODUTOS.COM.BR
O LOCAL - INFORMAÇÕES GERAIS
Localização Geográfica: Região Nordeste do Brasil
Capital: Recife
Área: 98.938 km2
Clima: Tropical Atlântico (litoral) e Semi-Árido (Agreste e Sertão)
Relevo: Planície litorânea, Planalto Central, Depressões à Oeste e a Leste
Bacias Hidrográficas: São Francisco, Capibaribe, Ipojuca, Una, Pajeú
e Jaboatão.
Vegetação Característica: Mangue (mangue), Floresta Tropical (Zona da Mata),
Caatinga (Agreste e Sertão).
O LOCAL - LUTAS E CONQUISTAS
Pernambuco foi uma das primeiras áreas brasileiras ocupadas pelos portugueses. Em
1535, Duarte Coelho torna-se o donatário da Capitania, fundando a vila de Olinda e
espalhando os primeiros engenhos da região.
A histórica cidade de Igarassu abriga uma preciosidade: a mais antiga igreja do Brasil,
Cosme e Damião, construída em 1535.
No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante
muitos anos é responsável por mais da metade das exportações brasileiras. Essa riqueza
atrai novos colonos europeus que constróem no estado um dos mais ricos patrimônios
arquitetônicos da América Colonial.
A riqueza de Pernambuco foi alvo do interesse de outras nações. No século XVII, os
holandeses se estabelecem no estado. Entre 1630 e 1654, Pernambuco é administrado
pela Companhia das Índias Ocidentais. Um dos seus representantes, o príncipe João
Maurício de Nassau, traz para Pernambuco uma forma de administrar renovadora e
tolerante. Realiza inúmeras obras de urbanização no Recife, amplia a lavoura da cana,
assegura a liberdade de culto.
No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas. Amante das
artes, Nassau tem na sua equipe inúmeros artistas, como Frans Post e Albert Eckhrout,
pioneiros na documentação visual da paisagem brasileira e do cotidiano dos seus
habitantes.
Os pernambucanos se orgulham de sua participação altiva na História do Brasil, sempre
mantendo altos ideais libertários, como na Guerra dos Mascates, entre 1710 e 1712; a
Revolução Pernambucana, em 1817; a Confederação do Equador, em 1824; a Revolta
Praieira, em 1848.
Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas
continua marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas
relações trabalhistas e lidera movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no
momento da criação da Sudene. A partir de meados da década de 60, Pernambuco
começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede rodoviária até o sertão e
investindo em pólos de investimento no interior do estado. Na última década, consolidamse os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor
de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de
modernização da administração pública.
O LOCAL - A CIDADE DO RECIFE
Capital do Estado de Pernambuco, Brasil, maior centro cultural, de serviços, de saúde e de
lazer do Nordeste, além de terceiro pólo gastronômico do País, o Recife é um dos portões
de entrada do Brasil. Cortada por vários rios e banhada pelo mar, o Recife é uma cidade
de contrastes, onde o antigo, legado português e holandês do tempo do Brasil Colonial,
une-se às modernas construções. Na cidade tem tudo, a começar por uma eficiente infraestrutura receptiva, com hotéis, pousadas, restaurantes, centros de animação noturna,
aeroporto internacional, porto com terminal marítimo de passageiros, terminal rodoviário
integrado, shoppings centers e uma série de outros equipamentos e serviços.
Na divisa do Recife com Olinda está o Centro de Convenções de Pernambuco, um dos
maiores e mais modernos do País.
Dentre os pontos de interesse turístico, o Recife oferece a Praia de Boa Viagem; o Bairro
do Recife, com belos sobrados e o melhor em animação noturna, onde se encontra,
também, o Centro Cultural Judaico de Pernambuco no prédio restaurado, na Rua do Bom
Jesus (antiga Rua dos Judeus de 1636 a 1654), onde se instalou a primeira sinagoga das
Américas. Após a expulsão dos holandeses, o escrivão Francisco Mesquita fez o inventário
dos prédios edificados pelos holandeses e escreveu: "Umas casas grandes de sobrado da
mesma banda do rio, com fronteira para a Rua dos Judeus, que lhe servia de sinagoga, a
qual é de pedra e cal, com duas lojas por baixo, que de novo fabricam os ditos judeus".
Na Rua do Imperador, no Bairro de Santo Antônio e a Capela Dourada é uma das mais
expressivas representantes da arte barroca nas igrejas brasilieras. Esta Capela Dourada
considerada a expressão máxima da arte sacra barroca no Recife, seu forro é coberto de
elaboradas pinturas. O altar dourado possui imagens do século XVIII. Dois grandes
mártires franciscanos estão representados em painéis nas paredes laterais da igreja. Para
quem quer conhecer um pouco da história cristã, o Museu Franciscano de Arte Sacra, que
fica ao lado da capela, é um bom programa. Endereço: Rua do Imperador, no Bairro de
Santo Antônio.
Visite também a Casa da Cultura, centro de vendas do artesanato da região; o conjunto
arquitetônico da Praça da República; a Concatedral de São Pedro dos Clérigos, dominando
imponentemente o Pátio de mesmo nome, revitalizado como centro turístico e comercial.
No largo Pátio de São Pedro estão a Catedral São Pedro dos Clérigos e as casas coloniais
restauradas. Construída em 1782, sua fachada reproduz o Santuário de Santa Maria Maior
de Roma. As armas de São Pedro e as imagens dos doze Apóstolos de Cristo e dos quatro
Evangelistas estão entalhadas no teto da igreja, todo em madeira.
No Pátio de São Pedro tem numerosos Restaurantes, Bistrôs e Bares. Cada terça-feira
ocorre às 20 horas o evento Terça Negra, onde encontramos cultura africana com música
ao vivo e danças de Pernambuco. É muito interessante participar deste evento, porque é
pura cultura pernambucana misturada com a cultura africana. Hoje em dia, o Pátio de
São Pedro é provavelmente o mais bonito, o mais antigo e o melhor centro restaurado do
Recife.
O Mercado de São José, Praça Dom Vital, no Bairro de São José. foi inaugurado em 1875
e representa uma das primeiras construções do Brasil com toda a estrutura feita em
ferro. A construção, seguiu o modelo do Mercado de Grenelle, na França, e está localizada
na praça conhecida como Praça do Mercado, onde está localizada a Basílica de Nossa
Senhora da Penha (1870). O Mercado possui 542 boxes, onde são comercializados
artesanato, carne e peixe frescos. Aberto de segunda a sábado, das 5h às 15h30; e aos
domingos das 6h ao meio-dia. É também valor que visita a igreja Nossa Senhora do
Carmo próximo no lugar Praça do Carmo.
A Praça do Carmo em Recife e com data do final do século XVII e fica diante da Basílica e
do Convento de Nossa Senhora do Carmo, no bairro de Santo Antônio. Hoje em dia, é
palco da anual festa em homenagem à padroeira Nossa Senhora do Carmo, que acontece
no mês de julho. Nesta época, costuma abrigar parque de diversões e barraquinhas de
comidas, bebidas e artigos religiosos.
A Basílica e Convento de Nossa Senhora do Carmo foi construída em 1687 e possui traços
barrocos. No altar dourado, a imagem da padroeira Nossa Senhora do Carmo, em
tamanho natural, se destaca. O altar principal abriga valiosas coroas de ouro e pedras
preciosas. Foi neste convento que Frei Caneca ordenou-se sacerdote. Endereço: Largo de
Nossa Senhora do Carmo, na avenida Dantas Barreto; demasiado a Rua da Aurora, com
seus casarões refletidos no Rio Capibaribe.
A Igreja de Nossa Senhora do Terço, foi construída, no ano de 1726, foi erguida onde
antes havia apenas um nicho com a imagem de Nossa Senhora, no qual as pessoas
costumavam rezar o terço. Na frente da Igreja, Frei Caneca foi esquartejado e teve suas
vestes enterradas. Toda segunda-feira de Carnaval, os negros mortos nos tempos de
escravidão são homenageados pelos maracatus: é a Noite dos Tambores Silenciosos, que
acontece sempre à meia-noite, apenas ao toque de um surdo. Endereço: Pátio do Terço
no Bairro de São José. Não há horário fixo para visitação.
A Igreja Madre de Deus, em estilo colonial, data do século XVIII e carrega no altar um
oratório com a imagem do padroeiro da paróquia. Em 1971, a Madre de Deus foi
danificada por um incêndio, mas ainda é possível encontrar em seu interior pinturas
sacras, mobiliário em jacarandá e a imagem do Senhor do Bom Jesus dos Passos.
O Museu do Homem do Nordeste; o Museu- Oficina Cerâmica Francisco Brennand - que
integra natureza e obras do artista, um dos expoentes das artes plásticas brasileiras - e
as tapeçarias; o Instituto Ricardo Brennand, no Engenho São João, bairro da Várzea,
inaugurado com a exposição dos quadros de Albert Eckout, pintor e naturalista da
comitiva de Maurício de Nassau.
A Universidade Católica de Pernambuco dispõe de um museu arqueológico, inaugurado
em 1987, para divulgação dos achados da "Furna do Estrago" da cidade Brejo da Madre
de Deus, que é continuamente atualizado com os resultados das pesquisas. A "Furna do
Estrago" é um dos mais importantes sítios arqueológicos brasileiros.
O calendário de eventos é amplo e diversificado. Começa saudando o "Ano Novo na Praia
de Boa Viagem" e no "Recife Antigo". Uns meses antes do "Carnaval de Olinda e do
Recife" já tem festas em Olinda e em Recife pré-carnavalescas, que começam no mês de
dezembro.
O
frevo
ganha
as
cores
no
"Carnaval
de
Olinda
e
de
Recife".
Conseqüentemente os preços das acomodações estão no "Sitio Histórico da Cidade Alta
de Olinda" no Carnaval de Olinda atualmente como aqueles no Rio de Janeiro, e Salvador.
Junto com o Carnaval de Olinda, explode em alegria e folclore nos diversos focos de
animação; integra o clima religioso da Semana Santa, com a encenação do Drama da
Paixão de Cristo na cidade de Fazenda Nova, no maior teatro ao ar livre do mundo "Nova
Jerusalém", que faz parte do Programa Pernambuco das Paixões (200 quilômetros);
dança o forró em vários pólos de animação durante o período junino, como o "A Grande
Festa do São João de Caruaru" (170 quilômetros), uma das maiores manifestações
culturais do interior do Estado de Pernambuco; vive a alegria jovem no Recifolia (carnaval
fora de época) e por aí vai. Porque, no Recife, as festas acontecem quase todos os dias e
brilham em quase todas as noites.
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Contato: Luciana de Assis
MINAS GERAIS - REGIÃO SUL
Implansil Comércio e Representações Ltda.
Rua Halfeld, 828 Sala 812 – Centro
Juiz de Fora – MG
CEP.: 36010-003
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Cel.:(32) 9109-1286
E-mail: [email protected]
Contato: Wânia Correa
MINAS GERAIS - REGIÃO CENTRAL
Silimedical Comércio e Representação de Silicone Ltda.
Rua Tomé de Souza, 1065 / Loja 05 - Savassi
Belo Horizonte – MG
CEP: 30140-131
Tel.: (31) 3284-6239 / (31) 3221-0761
Cel.: (31) 9198-6870
E-mail: [email protected]
Contato: Gustavo Coelho
MINAS GERAIS – REGIÃO OESTE
Maria Teresa Carminati Ribeirão Preto
Rua Visconde de Inhaúma, 580 /Sala 304 - Centro
Ribeirão Preto – SP
CEP: 14010-100
Tel./Fax.: (16) 3931-2550 / (16) 3931-5040
Cel.: (16) 9991-2108
E-mail: [email protected]
Contato: Maria Teresa Carminati
Região Sul
RIO GRANDE DO SUL
Silisul Comércio e Representações de Materiais Médico-Cirúrgico Ltda. ME
Rua Dr. Florêncio Ygatua, 292 / Sala 807 - Moinhos de Vento
Porto Alegre – RS
CEP: 90430-010
Tel.: (51) 3388-3938
Fax: (51) 3332-5709
Cel.: (51) 9982-7828
E-mail: [email protected]
Contato: Rejane Back
SANTA CATARINA
Sillymart Comércio e Representação de Material Médico Hospitalar Ltda.
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Florianópolis – SC
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Cel.: (48) 9972-2432 (particular) / (48) 9973-7989 (escritório)
E-mail: [email protected]
Contato: Dirlene Martini
PARANÁ – REGIÃO DE CURITIBA
Implamed Ltda.
Rua Emiliano Perneta, 860 / Conj. 1902 / Ed. Macsaúde - Batel
Curitiba - PA
Cep 80420-080
Tel: (41) 3019 6822
Cel: (41) 9243 4661 / (41) 9243 4660
Vono: (41) 4063 7641
E-mail: [email protected]
Contato: Cristina Romeiro
PARANÁ - NORTE DO ESTADO
C. Mayorquin Romeiro
Rua Senador Souza Naves, nº 771 / Sala 206 - Edifício Comercial Senador - Centro
Londrina - PR
CEP: 86010-160
Tel.: (43) 3025 41 75
Tel/Fax: (43) 3025 5073
Vono: (43) 4052 9091
Cel.: (43) 9919 0410 / (43) 9985 4474 / (43) 9936 9568
E-mail: [email protected]
Contato: Cristina Mayorquin
SÍNDROME DE FOURNIER EXTENSA: RELATO DE CASO / SEVERE
FOURNIER'S GANGRENE: A CASE REPORT
RELATO | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Tathyana Marques Fernandes
MD, PhD
CO-AUTORES
Geraldo Antônio E. Scozzafave
MD
Vívian de Araújo Soares
MD
Guillermo Fernando E. Jelski
MD
DESCRITORES
Fournier sindrome
INSTITUIÇÃO
Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Heliópolis-SP.
Rua Nhandirobas no. 325 - Cep: 04349-030 São Paulo - SP
ÍNDICE
RELATO
A fasciite necrotizante do períneo e parede abdominal é uma afecção grave com
comprometimento sistêmico que leva à morte se não tratada a tempo. A infecção é iniciada
por
agentes
microbianos
aeróbicos
e
anaeróbicos
geralmente
em
pacientes
imunodeprimidos como diabéticos e transplantados. As freqüentes seqüelas são graves
com perdas cutâneas extensas em locais de difícil reparação. Apresentamos um caso de
fasciite necrotizante extensa em um paciente diabético de 42 anos que teve seu quadro
iniciado com foliculite de bolsa escrotal. O paciente relatou que demorou apenas dois dias
para procurar o serviço médico, época na qual já apresentava disseminação em todas as
bolsas escrotais. Na ocasião, foi indicado colostomia, antibioticoterapia de triplo espectro e
debridamento precoce. Como os níveis de glicemia permaneceram elevados (> 400
mg/dL), a afecção se estendeu pára o pênis, região inguinal e flanco direitos, períneo,
porção proximal da coxa esquerda e região perianal até o porção inferior dos glúteos
bilateralmente. (Fig-1). Após 42 dias de antibioticoterapia, dois debridamentos cirúrgicos e
22 sessões de câmara hiperbárica, o paciente foi submetido ao fechamento de suas lesões
com retalhos fasciocutâneos bilaterais da face ântero medial das coxas com enxertia de
pele parcial (15X10 cm e 20X11 cm de diâmetro e extensão à direita e esquerda
respectivamente) (fig-2). O procedimento cirúrgico não apresentou intercorrências apesar
de sua complexidade (Fig-3, 4, 5) e, no pós operatório, o estado clínico do paciente foi
controlado rigorosamente, o que resultou em nenhum tipo de complicação com retalhos
completamente viáves e enxertos integrados (fig-6). Após três semanas de internação, o
paciente recebeu alta, reabilitado clínica e fisicamente.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A reconstrução da região genital pode ser realizada de várias maneiras, compreendendo
sutura primária, enxertos e retalhos, esses últimos podendo ser fasciocutâneos,
miocutâneos ou apenas musculares com enxertia sobreposta. O tamanho e o local da área
doadora variam de acordo com a seqüela resultante e da extensão da lesão. O enxerto na
região peniana deve ser de espessura fina para melhor integração e possível mobilidade
futura.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
O paciente com Síndrome de Fournier ou fascite necrotizante além do seu controle clínico
deve ter o seu tratamento o mais precocemente instituído com o objetivo de cessar o
processo infeccioso preservando, assim, tecidos cutâneos. O planejamento deve ser bem
conduzido considerando todas as perdas de tecidos e todos os tipos de retalhos possíveis
com ou sem a associação de enxertos. Deve-se, também, além da antibioticoterapia,
controlar rigorosamente os níveis glicêmicos e hematimétricos para evitar complicações
pós operatórias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Mordjkian E, Meire Oliveria MA, Júnior J M. Métodos de reconstrução cirúrgica utilizados
no tratamento das deformidades teciduais decorrentes da gangrena de Fournier. Análise de
10 casos. An bras dermatol; 2001, 76(6): 701-709.
2.Filho AFS, Pereira NA, Saraiva PS, Magalhães GM, Siqueira IMG Resende A J C R. Fsciite
necrosante da genitália masculina: Síndrome de Fournier. An bras dermatol; 1998, 73(2):
97-103.
3. Teixeir VC, Dornelas M T, Santan KP, Reconstrução do escroto pelo tetalho ilhado
musculocutâneo de gracilis. Rev bras cir 1994; 84(2): 61-7.
4.Andrade A C H. Cirurgia reparadora na seqüela da síndrome de Fournier. AMB rev assoc
med bras; 1991, 37 (1): 22-6.
5.Gerpeli R. Utilização do músculo grácil na reconstrução do períneo. Rev Paul med; 1989
107 (2) 83-7.
AUTO-ENXERTIA CUTÂNEA EM PACIENTE COM LINFEDEMA PENIANO.
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | DISCUSSÃO | RESULTADO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Flávia Dantas
MD
CO-AUTORES
André Santana de Melo
MD
Ricardo Alves
MD
Lara de Luca Maciel
MD
José Luiz Leal
MD
DESCRITORES
Auto-Enxertia Cutânea, Linfedema Peniano.
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica, Hospital de Ipanema - Rio de Janeiro - RJ
1. Rua Ipanema, 151/601- Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O linfedema genital é caracterizado por edema progressivo do pênis e/ou bolsa escrotal
causado pelo comprometimento da drenagem linfática. É primário, se associado a
alterações intrínsecas dos vasos linfáticos e sem causa definida; ou secundário a neoplasia,
trauma, infecção ou irradiação.
Relatamos um caso de autoenxertia cutânea total em paciente com linfedema peniano
primário a fim de discutir o manejo cirúrgico reparador.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Homem branco, 62 anos, com linfedema peniano primário há dois anos (foto 1 e 2),
submetido a tratamento cirúrgico, com ressecção do tecido acometido até a fáscia
profunda e enxertia cutânea total. Utilizou-se a prega inguinal direita como sítio doador.
Após o preparo adequado, o enxerto foi transferido para a área receptora e fixado de forma
circunferencial, com zetaplastia nas bordas cicatriciais no dorso com poligalactina 4.0 (foto
3 e 4). O curativo foi realizado com gaze vaselinada e coberto com atadura. Foi realizado
cateterismo vesical de demora que permaneceu até a troca do primeiro curativo.
Figura 1 - Foto 1.
Figura 2 - Foto 2.
Figura 3 - Foto 3.
Figura 4 - Foto 4.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O tratamento do linfedema peniano deve ser baseado na ressecção completa do tecido
acometido para evitar recidiva e na reconstrução com utilização de retalhos cutâneos ou
enxertos de pele total ou parcial.
Como a pele vizinha está geralmente acometida, a utilização de retalhos locais pode ser
perigosa por aumentar a chance de recidiva. Assim, muitos trabalhos utilizam enxerto de
pele parcial espesso, alegando facilidade de integração associado a resultado estético
satisfatório, apesar de maior risco de contração secundária, principalmente dos enxertos
parciais em malha.
No caso apresentado, a utilização de enxertia de pele total demonstrou ser uma opção
segura e satisfatória no tratamento reparador do linfedema peniano, alcançando
preservação da função, satisfação estética e sem recidiva até a presente data.
RESULTADO
ÍNDICE
O curativo vaselinado foi trocado após sete dias, evidenciando completa integração do
enxerto. O acompanhamento pós-operatório tardio não evidenciou contratura ou recidiva
local e demonstrou excelente aspecto estético-funcional (foto 5 e 6).
Figura 1 - Foto 5.
Figura 2 - Foto 6.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1.Ross, J.H.; Kay, R.; Yetman, R.J.; Angermeier, K.: Primary Lymphedema Of The Genitalia
In Children And Adolescents. Journal of Urology. 160(4):1485-1489, October 1998.
2.Konety, B.R.; Cooper, T. F.R.C.S.; Flood, H. D.; Futrell, J. W.: Scrotal Elephantiasis
Associated with Hidradenitis Suppurative. Plastic e Reconstructive Surgery. 97(6):12431245, May 1996.
3.Black, P.C.; Friedrich, J.B.; Engrav, L. H.; Wessells, H.: Meshed Unexpanded SplitThickness Skin Grafting For Reconstruction Of Penile Skin Loss. Journal of Urology.
172(3):976-979, September 2004.
REFINAMENTO EM RECONSTRUÇÃO VAGINAL EM FORMA ATÍPICA DE
SÍNDROME DE ROKITANSKY
TÍTULO | INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Aline Corrêa Durão
MD
CO-AUTORES
Márcio Nunes dos Santos
MD
Diva Novy B.C. Nagen
MD
Virgínia pereira de Souza
MD
Peterson A. Ottero
MD
DESCRITORES
reconstrução vaginal, Síndrome de Rokitansky
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora do Hospital Governador Israel Pinheiro do IPSEMG (
Instituto de Previdência dos Servidores do Estado de Minas Gerais)
Belo Horizonte, MG
TÍTULO
ÍNDICE
Refinamento em reconstrução vaginal em forma atípica de Síndrome de Rokitansky - Relato
de caso.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A Síndrome de Meyer-Rokitansky-Küster-Hauser (SMRKH), referida como "ausência
congênita de vagina", é uma entidade rara, com incidência de 1:5000 a 20000
nascimentos femininos. Seus achados típicos incluem :(1) amenorréia primária,(2)
ausência completa ou parcial de vagina, (3) um espectro de anomalias uterinas, (4)
anomalias esqueléticas, renais e outras,(5) caracteres sexuais secundários normais e (6)
cariótipo 46XX. É de importância clínica a presença de útero funcional, sendo que em
séries de pacientes com a SMRKH foi encontrado útero funcional em apenas 7%. O
presente trabalho visa relatar caso de paciente portadora da síndrome na qual a presença
de útero e anexos normais levou a equipe de cirurgia plástica do HGIP-IPSEMG a incluir
uma tática cirúrgica, na reconstrução de vagina com Retalho de Singapura modificado.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
K.M.A.S., 18 anos, feminino.Internada em maio de 2005 pela Endocrinologia para
propedêutica de amenorréia primária.Queixava dor em cólica infrapúbica mensal;
apresentava caracteres sexuais secundários e estatura normais para a idade.Exame
ginecológico: imperfuração himenal; provável comprimento vaginal ao toque retal.USG:
útero e anexos normais. Testes de estimulação da menstruação negativos e dosagens
hormonais normais.Em outubro realizou videolaparoscopia com diagnóstico cavitário de
menstruação retrógrada e endometriose .Definido diagnóstico de agenesia de vagina.Em
novembro de 2005 foi submetida pela equipe de Ginecologia à canalização romba do
intróito vaginal no espaço reto vesical, que permitiu a visibilização de colo uterino pérvio,
que foi reparado com Sonda de Foley 10 e 4 fios de vicryl 2.0, que foram reservados no
local ( foto 1).Cinco dias depois foi submetida a reconstrução vaginal com Retalho de
Singapura modificado. Os 4 fios deixados como reparo dos pontos cardeais do colo uterino
foram utilizados para fixar o ápice da neovagina, permitindo a comunicação do colo com o
meio externo.
Figura 1
RESULTADO
ÍNDICE
A paciente evolui bem, tendo alta no 7°DPO. No controle ambulatorial relatou a
exteriorização de fluxo menstrual e cessação das cólicas.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
na forma modificada do Retalho de Singapura, dois retalhos medindo 15 X 6 cm são
posicionados lateralmente aos grandes lábios, incluem fáscia profunda e epimísio dos
adutores da coxa, e seu eixo neurovascular se baseia nas aa. labiais posteriores e ramos
labiais posteriores do n. pudendo. Os dois retalhos pareados são suturados em bolsa,
invertidos e posicionados no intróito criado, originando uma neovagina em fundo cego
(fig.1). No presente caso, a tática empregada foi a utilização de 4 fios previamente fixados
ao colo uterino, que foram passados através do canal aberto, formado pelos 2 retalhos
(fig.2).Após o posicionamento da neovagina no intróito,os fios fixaram o ápice dos retalhos
ao colo uterino (fig.3). Essa adaptação permitiu a criação de neovagina pérvea ( foto 2)
nesta rara forma atípica de Síndrome de Rokitansky.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1)Plast Reconstr Surg.1992 Aug 90(2): 270-4: "Experience with vaginal reconstruction
utilizing the modified Singapore flap". 2)Ann Plast Surg.2004 jan; 52(1): 27-30: "A
comparision of 99 consecutive vaginal reconstructions: an outcome study.". 3)Plast
Reconstr Surg 1989;83:701: " A new technique of vaginal reconstruction using
neurovascular pudendal-thigh flaps: a preliminary report". 4) Novak Tratado de
Ginecologia, 11ª ed, " Anomalias congenitas e intersexualidade".
REIMPLANTE MICROCIRÚRGICO DE ESCALPE
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
MAURO AMANCIO JUNIOR
MD
CO-AUTORES
José Carlos Marques de Faria
MD
Rogério Alexandre Modesto de Abreu
MD
Caio Ribeiro Esper
MD
Roni Bregion
MD
DESCRITORES
Reimplante, escalpe.
INSTITUIÇÃO
Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Serviço de Cirurgia
Plástica do Hospital e Maternidade Celso Pierro.
Av.: John Boyd Dunlop, s/nº Jardim Ipaussurama - Campinas - S.P. CEP 13059-900
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A avulsão do couro cabeludo é um evento raro, acontecendo principalmente em pacientes
do
sexo
feminino.
Os
resultados
da
reconstrução
nesses
casos
modificaram-se
radicalmente com o advento da técnica microcirúrgica a partir da década de 70,
proporcionando resultados melhores tanto funcional como estéticos. Relatamos um caso de
reimplante microcirúrgico de escalpe.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
S.A.S., 27 anos, funcionária de uma fábrica de cerâmica, vítima de acidente de trabalho
que resultou em avulsão completa do couro cabeludo e da região frontal esquerda,
incluindo 2/3 laterais da sobrancelha esquerda. Através de contato telefônico foi orientado
o transporte da paciente e como conservar a peça avulcionada. A paciente chegou ao
Hospital da PUC-Campinas após 6 horas do trauma. Na admissão encontrava-se consciente
e orientada, sem déficit neurológico, descorada 2 /4 , porém hemodinamicamente estável,
sendo encaminhada para o centro cirúrgico.
Foi realizada tricotomia e limpeza cuidadosa do escalpe com soro fisiológico frio. Ao exame
observou-se laceração na região occipital, local em que foi prensado pela máquina. Iniciouse o reimplante do escalpe com a dissecção da artéria temporal superficial direita fazendo
anastomose com coto remanescente da peça; para drenagem da região anterior
anastomosou-se duas veias frontais. Realizado anastomose da artéria temporal superficial
esquerda e a seguir da veia occipital. No intraoperatório foram tranfundidos 2 concentrados
de hemácias.
O tempo total de isquemia foram de 8 horas e o cirúrgico de 6 horas, ao termino da
cirurgia a paciente encontrava-se hemodinamicamente estável e a região reimplantada
mostava-se com boa perfusão. O retalho manteve-se viável, com perda de 15% na área
abaixo da laceração occipital, sendo desbridada e realizado enxertia de pele parcial duas
semanas após a primeira cirurgia, recebendo então alta hospitalar.
RESULTADO
ÍNDICE
Este caso ilustra a superioridade da técnica de reconstrução microcirurgíca sobre outras
técnicas existentes para o tratamento de avulsão do couro cabeludo. Observou-se um
excelente ganho estético e funcional com a total possibilidade de reintegração social.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A maioria dos casos descritos na literatura são de mulheres jovens, sendo necessário que o
reimplante seja o mais funcional e estético possível para uma boa reintegração social.
Quanto mais minuciosamente for realizada a anastomose microvascular, maior será a
chance de revascularização do couro cabeludo e menor a necessidade de utilização de
outras técnicas para reconstruir a área lesada.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1.Alpert BS, Buncke HJ, Mathes SJ. Surgical treatment of the totally avulsed scalp. Clin
Plast Surg 1982; 9:145.
Figura 1 - Lesão pós trauma.
Figura 2 - Couro Cabeludo Avulsionado.
Figura 3 - 7 dias pós.
Figura 4 - 8 meses pós.
FÍSTULA CARÓTIDO-CAVERNOSA NO TRAUMATISMO DE FACE.
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | RESULTADO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Rogério Alexandre Modesto de Abreu
MD
CO-AUTORES
Wilson Cintra Junior
MD
Mauro Amâncio Júnior
MD
Caio Ribeiro Esper
MD
Roni Bregion
MD
DESCRITORES
Fístula, Carótiso-cavernosa, traumatismo.
INSTITUIÇÃO
Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Serviço de Cirurgia
Plástica do Hospital e Maternidade Celso Pierro.
Faculdade de Medicina da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Campinas -SP Brasil.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As fístulas carótido-cavernosas (FCC) são comunicações anormais entre a artéria carótida
interna (ACI) e o seio cavernoso (SC). São divididas em: espontâneas, originadas devido a
rupturas de aneurismas intracavernosos da ACI e as pós-traumáticas relacionadas a
traumatismos cranioencefálicos de alto impacto. Relatamos um caso de FCC pós trauma
crânio encefálico de alto impacto.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
IUB, sexo feminino, 49 anos, vítima de atropelamento por motocicleta, atendida no serviço
de emergência do HMCP PUC-Campinas. Apresentava hematoma periorbital à direita e
edema hemifacial ipsilateral. Realizou tomografia computadorizada de face em cortes
coronais e axiais, que mostrou fraturas da órbita direita em paredes medial e lateral,
margem inferior e assoalho. Feita avaliação oftalmológica que revelou perda de acuidade
visual, proptose e ptose palpebral à direita.
Após a correção cirúrgica e fixação rígida das fraturas de ossos da face, evoluiu com
intensificação do edema palpebral, conjuntival e do sopro audível à direita.
Realizou nova tomografia, enfatizando região periorbital, revelando aumento do diâmetro
da veia oftálmica direita. O quadro clínico, os sintomas e a imagem tomográfica
direcionaram para provável diagnóstico de fístula carótido-cavernosa.
A paciente foi encaminhada ao serviço de cirurgia vascular do HC-USP, onde realizou
arteriografia confirmando o diagnóstico de FCC sendo submetida à correção da fístula
através da colocação de dois balões intravasculares para tamponamento das fístulas, com
manutenção do fluxo arterial.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
As FCC são raras, ocorrendo aproximadamente em 0,2% dos traumatismos craniencefálicos
graves e com alta transmissão de energia. Deve-se ter especial atenção aos traumas de
alto impacto em que o paciente relata sopro audível, acompanhado de edema periorbital de
difícil regressão.
A angiografia é o exame de escolha para o diagnóstico e o tratamento preconizado é
endovascular com embolização ou colocação de balões intravasculares, atingindo resultado
ideal quando a oclusão da FCC não altera o fluxo da ACI (59-88%).
A proptose ocular, exoftalmia pulsátil e edema conjuntival estão relacionados ao aumento
do fluxo e da pressão venosa. A ptose palpebral é causada pelo acometimento do III par
intracraniano. A diminuição da acuidade visual, podendo resultar de amaurose, é causada
pela lesão pressórica ou isquêmica, por compressão do II par intracraniano. O sopro
audível pelo paciente, resulta do aumento do fluxo sangüíneo através do seio cavernoso.
RESULTADO
ÍNDICE
A paciente evoluiu com regressão do edema hemifacial e desaparecimento do sopro audível,
porem não houve melhora da acuidade visual ipsilateal.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1.Milkman B, Giddings NA. Traumatic carotid-cavernous sinus fistula with delayed epistaxis.
Ear Nose Throat J. 1994, 73:408-11.
Figura 1 - Carótida pré.
Figura 2 - Ft antes.
Figura 3 - Carótida Pós.
Figura 4 - Ft Pós.
Figura 5 - Pós Tratamento.
TERAPIAS DE PREENCHIMENTO PARA LIPOATROFIA FACIAL EM
PACIENTES HIV POSITIVO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
André Santana Melo
MD
CO-AUTORES
José Maria Cabral Jr
MD
Ricardo Alves
MD
Gabriel Zeitoune
MD
Sérgio Bocardo
MD
DESCRITORES
Terapias, Preenchumento, Lipoatrofia Facial, HIV.
INSTITUIÇÃO
SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA - HOSPITAL DE IPANEMA
1Rua Siqueira Campos, 143 - Bloco B - Ap. 1508 - Rio de Janeiro - RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Os medicamentos modernos para o tratamento da infecção pelo HIV diminuíram
expressivamente a morbidade e mortalidade da doença. No entanto, os anti-retrovirais tem
sido causadores de deformidades severas do contorno corporal, das quais a mais
importante e estigmatizante é a lipoatrofia da face.
Os mecanismos causadores destas deformidades ainda não estão plenamente esclarecidos,
mas algumas opções terapêuticas já estão disponíveis. Demonstraremos as técnicas
utilizadas em nosso hospital para tratar estes pacientes.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Os pacientes foram selecionados de acordo com as normas técnicas do Ministério da Saúde
e eram provenientes do ambulatório de DST do nosso hospital.
Nos casos em que a lipoenxertia era possível foi realizado lipoaspiração por seringa, com
cânulas de 3mm de diâmetro, a gordura foi preparada por decantação e lavagem com soro
fisiológico e posterior aplicação sem hipercorreção.
Nos casos em que a lipoenxertia não foi possível, por falta de área doadora, a técnica
adotada foi o preenchimento das depressões com polimetilmetacrilato.
RESULTADOS
ÍNDICE
Os resultados com ambos os métodos foram bons. Nos casos de lipoenxertia foi observado
algum grau de reabsorção, como já era previsto pela própria natureza do método, ainda
assim mantendo uma melhora importante no aspecto da face. Os pacientes que receberam
polimetilmetacrilato mantiveram os resultados, e estes casos iniciais não apresentaram
nenhum tipo de complicação.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
As medicações antiretrovirais proporcionaram aos pacientes com HIV uma mudança radical
na sobrevida e na qualidade de vida; no entanto, seus efeitos colaterais, entre eles a
lipodistrofia, já influenciam a adesão destes pacientes ao tratamento.
As opções disponibilizadas pelo SUS podem contribuir para mudar este quadro. Os
tratamentos ainda estão em fase inicial e resultados a longo prazo ainda não estão
disponíveis para julgar qual seria o melhor método, tendo em vista que a alteração do
coquetel anti-HIV ou a sua interrupção podem alterar a evolução da lipodistrofia.
Desta forma, ressaltamos os bons resultados iniciais que podem ser obtidos com ambos os
métodos que utilizamos, mas devemos observar sua evolução a longo prazo.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1-Portaria 2.582 do Ministério da Saúde, de 03 de Dezembro de 2005
2-Fernandes, Ana Paula M; Sanches, Roberta S; Porfirio, Edmar; Machado, Alcyone A;
Donadi, Eduardo Antonio. Lipodistrofia em portadores do HIV. J. Bras. AIDS;6(3):97-99,
maio-jun. 2005
3-Tien PC; Benson C; Zolopa AR; Sidney S; Osmond D; Grunfeld C. The study of fat
redistribution and metabolic change in HIV infection (FRAM): methods, design, and sample
characteristics.Am J Epidemiol;163(9):860-9, 2006 May 1.
Figura 1 - Pré-operatório, fig. 1
Figura 2 - Pré-operatório, fig. 2
Figura 3 - Pré-operatório, fig. 3
Figura 4 - pós-operatório, fig. 1
Figura 5 - pós-operatório, fig. 2
Figura 6 - pós-operatório, fig. 3
FATORES PREDITIVOS DE COMPLICAÇÕES EM ABDOMINOPLASTIAS
APÓS EXPRESSIVA PERDA PONDERAL
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO |
AUTOR
Carlos André Meyer
MD
CO-AUTORES
Rodrigo Delamano Criado
MD
Rosmery Castillo
MD
Flávia Dantas
MD
José Luiz Leal
MD
DESCRITORES
Complicações,Abdominosplastias,Perda Ponderal.
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Geral de Ipanema
Rio de Janeiro - RJ
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Vivenciamos uma verdadeira epidemia mundial de obesidade. Devido à crescente
conscientização da população quanto aos malefícios da obesidade e ao estigma a que estes
pacientes são submetidos por parte da sociedade, é cada dia maior o número de pacientes
submetidos à expressiva perda ponderal por cirurgia para obesidade ou dieta, que
procuram o auxílio de cirurgiões plásticos, no intuito de obterem um contorno corporal
mais
harmonioso
e
uma
maior
qualidade
de
vida
através
da
realização
de
abdominoplastias. Neste estudo pretendemos refletir nossa experiência, caracterizando as
principais complicações pós-operatórias em pacientes com expressiva perda ponderal
submetidos à abdominoplastia, bem como observar seus fatores preditivos.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODOS
Foram
avaliados
retrospectivamente
53
pacientes
com
expressiva
perda
ponderal
submetidos à abdominoplastia, de 1999 a 2005, em hospital público. Apenas pacientes
com o mínimo de 6 meses de acompanhamento pós-operatório foram incluídos. As
complicações avaliadas foram: seroma, hematoma, necrose do retalho, infecção de ferida
operatória, deiscência, epidermólise, cicatriz hipertrófica, trombose venosa profunda (TVP)
e óbito. No intuito de estabelecer fatores preditivos de complicações pós-operatórias nestes
pacientes, foram avaliados sexo, tipo de abdominoplastia (clássica ou em âncora), forma
de emagrecimento (dieta ou cirurgia), intervalo entre cirurgia para obesidade e
abdominoplastia, índice de massa corporal (IMC) à abdominoplastia e percentual de
emagrecimento.
ÍNDICE
RESULTADOS
Verificamos que dos 53 pacientes 39 (73,58%) desenvolveram ao menos 1 complicação. O
seroma
(50,94%),
a
deiscência
(33,96%)
e
a
epidermólise
(11,32%)
foram,
respectivamente, as complicações mais freqüentes. Hematoma (3,77%),infecção de ferida
operatória (3,77%), cicatriz hipertrófica (3,77%) e necrose do retalho (1,89%)
apresentaram freqüência bastante reduzida, enquanto que TVP e óbito não ocorreram
(fig.1 e 2). Pacientes do sexo masculino foram mais propensos à complicações pósoperatórias que pacientes do sexo feminino (fig.3). Não houve diferença relevante na
incidência de complicações quanto à técnica de abdominoplastia empregada (clássica 70%,
em âncora 75,76%) e quanto a forma de emagrecimento (dieta 77,78%, cirurgia para
obesidade 72,73%). Pacientes com intervalo de 1 a 4 anos entre a cirurgia para obesidade
e a abdominoplastia apresentaram menor incidência de complicações que aqueles com
intervalo menor que 1 ano ou maior que 4 anos (fig 4). À ocasião da abdominoplastia,
quanto mais próximo o IMC dos valores normais estabelecidos pela OMS, menor foi a
incidência de complicações (fig 5). Da mesma forma, quanto maior a porcentagem de
perda ponderal, menor foi o índice de complicações (fig 6).
Figura 1 - Figura 1.
Figura 2 - Figura 2.
Figura 3 - Figura 2.
Figura 4 - Figura 4.
Figura 5 - Figura 5.
Figura 6 - Figura 6.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Através deste estudo, observamos que os pacientes submetidos à expressiva perda
ponderal apresentaram elevada incidência de complicações pós-operatórias, onde se
destacaram como principal complicação o seroma, seguido da deiscência de ferida
operatória e da epidermólise. As demais complicações avaliadas apresentaram uma
pequena incidência e complicações graves como TVP e óbito não ocorreram. O sexo
feminino, o intervalo de 1 a 4 anos entre as cirurgias, IMC próximo a normalidade e grande
porcentagem de perda ponderal foram fatores protetores de complicações, enquanto que a
técnica de abdominoplastia empregada e a forma de emagrecimento não demonstraram
impacto sobre a incidência de complicações.
LIPOPLASTIA EM SEQUELA DE ESCLERODERMIA LOCALIZADA
INTRODUÇÃO | MATERIAL, MÉTODOS E DISCUSSÃO | REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Gabriel Zeitoune
MD
CO-AUTORES
Sergio Bocardo
MD
Rodrigo Delamano Criado
MD
André Santana de Melo
MD
Carlos André Meyer
MD
DESCRITORES
LIPOPLASTIA, ESCLERODERMIA.
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL GERAL DE IPANEMA
RIO DE JANEIRO
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A esclerodermia constitui um grupo de doenças raras e complexas com variadas
manifestações clínicas onde a característica marcante é a esclerose e o endurecimento da
pele. Divide-se em dois subgrupos: sistêmica (com severo envolvimento visceral) e
localizada (comum em crianças e envolvendo um segmento corporal específico). Este
trabalho visa demonstrar o tratamento de lipoplastia realizado em uma paciente de 25
anos com seqüelas de esclerodermia localizada do tipo linear.
MATERIAL, MÉTODOS E DISCUSSÃO
ÍNDICE
A paciente em questão apresentou início do quadro clínico aos três anos de idade com
envolvimento da parede abdominal e do membro inferior esquerdo. Após longo tratamento
com imunossupressores a doença entrou em remissão aos nove anos deixando como
seqüelas faixas fibrosas em abdome, atrofia e encurtamento do membro além de
comprometimento psicológico importante (figuras 1, 2 e 3).
Foi proposto como tratamento para a paciente a seqüência de lipoaspiração associada à
lipoenxertia a ser realizado no mínimo em três tempos cirúrgicos. A lipoaspiração foi
realizada com cânulas de 3mm acopladas em seringa de 60mL. A gordura foi lavada e
peneirada com soro fisiológico e recolocada em seringas para posterior lipoenxertia com
cânulas de mesmo tamanho. Foi utilizado cânula de Toledo para descolar a pele e facilitar o
depósito de gordura em regiões do abdome e face lateral da coxa esquerda em que havia
escassez de tecido celular subcutâneo com intensa aderência da pele à aponeurose
muscular. No primeiro tempo cirúrgico foi realizado lipoaspiração do abdome e lipoenxertia
das depressões abdominais e da face lateral da coxa e perna esquerda. O segundo tempo
cirúrgico ocorreu após 4 meses utilizando a mesma estratégia. No terceiro tempo, realizado
após 10 meses do primeiro, a área lipoaspirada foi basicamente o dorso. Apesar do biótipo
magro da paciente ter limitado a quantidade de gordura disponível para enxertia, o
resultado obtido foi gratificante refletindo-se positivamente na completa mudança de autoimagem traduzido no comportamento psicossocial da paciente (figuras 4, 5 e 6). Não foi
observado significante reabsorção da gordura enxertada com este método.
A lipoenxertia é atualmente um procedimento amplamente aceito, de fácil execução e
baixo custo, que deve ser encorajado em todos os casos de depressões e deformidades do
tecido celular subcutâneo e para um contorno corporal mais harmônico.
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
Figura 5 - Fig. 5
Figura 6 - Fig. 6
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1) Armenio, Andrea M.D.; Hazari, Anita M.D., F.R.C.S.(Plast.); Smith, Roger W. F.R.C.S.
(Plast.); Pereira, John F.R.C.S.(Plast.) Congenital Scleroderma of the Breast. Plastic e
Reconstructive Surgery. 117(7):2524-2525, June 2006.
2) Zulian, F.; Athreya, B. H. 1; Laxer, R. 2; Nelson, A. M. 3; de Oliveira, S. K. Feitosa 4;
Juvenile localized scleroderma: clinical and epidemiological features in 750 children. An
international study. Rheumatology. 45(5):614-620, May 2006.
3) Illouz,Y.G. De l`utilisation de la graisse aspiree pour combler les defects cutanes. Rev.
Chir. Esthet. Lang. Fran. Tome X (N 40), 13, 1985.
APLICAÇÕES CLÍNICO-CIRÚRGICAS DO RETALHO ANTEBRAQUIAL
INTRODUÇÃO | MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Vívian de Araújo Soares
MD
CO-AUTORES
Geraldo Antônio E. Scozzafave
MD
Robert Jan Bloch
MD
Jorge Luiz Abel
MD
Ricardo Sócrates de Castro
MD
DESCRITORES
Aplicações, Retalho Antebraquial
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste - Hospitais Heliópolis, São Cristóvão, São Matheus e
Clínica Bloch.
Rua do Manifesto, nº 2737, apto 62Ipiranga - São Paulo, SPCEP: 04209-003Telefones: (11)
22744331/ 91596689
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A reconstituição do tegumento no corpo humano constitui o tratamento inicial nos casos de
traumatismos com perdas de substância e nas queimaduras mais profundas, obtendo-se
desta forma a proteção adequada de estruturas nobres (ossos, vasos sangüíneos, tendões
e nervos), que não podem permanecer expostas, sob o risco de perda de sua vitalidade e
exposição a infecções.
Na procura por segmentos de pele que permitissem o transporte entre regiões próximas ou
distantes, surgiu o retalho fáscio-cutâneo de antebraço, também conhecido por retalho
chinês. Trata-se de um retalho em ilha baseado em ramos perfurantes das artérias radial
ou ulnar, uma vez que praticamente toda a pele da face superior do antebraço e uma
porção considerável médio-dorsal ou látero-dorsal é irrigada por estas duas artérias.
O objetivo deste trabalho é demonstrar as múltiplas aplicações e os resultados obtidos com
o retalho antebraquial.
MÉTODO
ÍNDICE
Foram avaliados 89 pacientes operados no período de fevereiro de 1990 a julho de 2006,
no Hospital e Maternidade São Cristóvão, no Hospital Geral de São Matheus "Dr Manoel
Bifulco", no Hospital Heliópolis, e na Clínica Dr. Bloch, todos localizados em São Paulo. Ao
todo, 75 pacientes (84,27%) eram do gênero masculino e 14 (15,73%) do feminino. A
idade dos pacientes variou de 10 a 60 anos, sendo que 38 pacientes (42,69%) eram
adultos jovens (faixa entre 21 e 30 anos). O local mais acometido foi a porção distal do
membro superior (70 pacientes, 78,66%). Os agentes causais mais comuns foram a
prensa metálica (30 pacientes, 33,7%) e as queimaduras (22 pacientes, 24,71%). Em 74
pacientes (83,15%) o pedículo utilizado foi a artéria radial e em 15 pacientes (16,85%) a
artéria ulnar.
RESULTADOS
ÍNDICE
Dos 89 casos operados, 04 pacientes (4,5%) evoluíram para necrose total do retalho: um
por compressão do pedículo, um por retorno venoso insuficiente e dois por trombose da
microanastomose arterial. Necrose parcial do retalho ocorreu em 02 pacientes (2,25%)
devido à insuficiência do retorno venoso. Em nenhum caso observou-se alteração na
vascularização da mão após a ligadura da artéria radial ou ulnar. A área doadora do retalho
evoluiu satisfatoriamante, não havendo perdas na integração dos enxertos realizados.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O retalho antebraquial é indicado para coberturas tegumentares em qualquer região do
corpo humano (membros superiores e inferiores, cavidade oral, em reconstruções de
cabeça e pescoço), em ilha ou como transplante livre, com resultados considerados
satisfatórios , sob o ponto de vista funcional e estético.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.CORMACK,GC AND LAMBERTY,GH - A classification of fascio-cutaneos flaps according to
their pattern vascularization. Br.J.Plast.Surg.,37:80-7,1984.
2.FAN,YG; QUI, CB; ZI,GY. - Forearm free skin flap transplantation. Natl.Med.J. China, 61:
139-45, 1981.
3.GOVILA, A. - The radial forearm flap: experiences with the extraordinary procedure. Acta
Chir.Plast.,35: 3-20, 1993.
4.GUOFAN, Y.: BAOQUI, C.; YUZHI, G. - Forearm free skin flap transplantation. Natl.
Med.J.China, 61: 139-41, 1981.
5.SCOZZAFAVE,G.A.; ABEL,J.L.; BLOCH, R.J. - Reconstruction of the thumb employing a
composite bone-skin lateral forearm flap. Rev. Soc. Bras. Cir. Plast. Estet. Reconstr.,7:105, 1992.
RETALHO LIVRE DE FÍBULA E CRISTA ILÍACA PARA RECONSTRUÇÃO
DE MANDÍBULA
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Edmar Soares Lessa
MD
CO-AUTORES
Fábio Chambô
1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da
SBCP.
Márcio Augusto Tavares Paes Barreto
1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da
SBCP
Juliano Carlos Sbalchiero
Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA.
Membro Titular da SBCP.
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
PhD, Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCA. Membro
Titular da SBCP; TCBC; FACS
DESCRITORES
Retalho Livre Fíbula Crista Ilíaca Reconstrucao mandibula
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia
Rua Washington Luis, 85. Apto 203, CentroRio de Janeiro - RJ20230-026fone: (21)
25066087e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Uma variedade de retalhos tem sido usada para reconstrução de mandíbula. O padrão atual
baseia-se em retalhos microcirúrgicos de fíbula e crista ilíaca cada qual com suas
particularidades. O objetivo deste estudo é apresentar os casos de reconstrução de
mandíbula com retalhos livres de crista ilíaca e fíbula realizados no Instituto Nacional de
Câncer.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Analisamos retrospectivamente 17 pacientes submetidos a reconstrução microcirúrgica de
mandíbula entre março de 2000 e janeiro de 2006 com seguimento entre 5 e 102 meses
(média 46,1). Além da técnica, avaliamos sexo, idade, diagnóstico, tipo de ressecção,
terapia adjuvante e complicações. Comparamos as particularidades de cada técnica,
sistema de fixação e associação com outros procedimentos. Retalhos associados a ilhas de
pele foram monitorados clinicamente e retalhos embutidos monitorados por cintilografia
com tecnécio (SPECT) após 12 horas e antes da alta.
RESULTADOS
ÍNDICE
Realizamos 7 transplantes de crista ilíaca e 10 de fíbula neste período. Os pacientes tinham
entre 21 e 55 anos (média 40,6) sendo 13 do sexo masculino e 4 do feminino. Onze
reconstruções foram imediatas e 6 tardias. Os diagnósticos principais foram carcinoma
epidermóide em 13 pacientes (76%) e osteossarcoma em 2 (11). Dez pacientes
apresentavam lesões avançadas (T3/T4). Doze pacientes foram submetidos a radioterapia
e dois a quimioterapia. A osteossíntese foi realizada com placas de reconstrução do
sistema 2.7 em 11 pacientes e do sistema 2.0 em 6. As principais artérias receptoras
foram carótida externa (4) e facial (8). Tronco tireolinguofacial (9) e veia tireoídea superior
(5) as principais veias. Em 10 pacientes foram utilizados ilha de pele sendo 7 para forro
mucoso. Em 3 pacientes utilizamos retalho de couro cabeludo para cobertura. Dois
pacientes com reconstrução imediata, um com fíbula e outro com crista ilíaca
apresentaram perda do retalho por trombose venosa. Outras complicações incluiram
abaulamento abdominal, hematoma, exposição da placa e fístula, conferindo uma
morbidade de 33,33. Cinco pacientes foram submetidos refinamentos posteriores.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Todo o paciente é potencialmente candidato à reconstrução imediata, sendo reconstruções
de arco central indicação formal. Atualmetnte o transplante de fíbula é mais utilizado.1
Suas vantagens incluem um pedículo relativamente longo, baixa morbidade da área
doadora, além de proporcionar até 25 cm de osso com padrão misto de circulação
permitindo múltiplas osteotomias. Tem como fator limitante sua pequena e inconstante ilha
de pele. Mesmo as reconstruções tardias trazem benefícios ao paciente, principalmente em
relação a continência oral e contorno, com retorno menos eficiente das funções da fala e
deglutição.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. Disa JJ, Cordeiro PG. Mandible Reconstruction With Microvascular Surgery. Seminars in
Surgical Oncology 2000; 19: 226-234
2. Shpitzer T, Neligan PC, Gullane PJ, et al. The Free Iliac Crest and Fíbula Flaps in
Vascularized Oromandibular Reconstruction: Comparisson and Long-Term Evaluation. Head
Figura 1 - Pré- Operatório
Figura 2 - Acesso
Figura 3 - Defeito (Ângulo a ângulo)
Figura 4 - Após Reconstrução
Figura 5 - Intra Operátorio
Figura 6 - Pós Operatório Imediato
RETALHO MIOCUTÂNEO AXIAL DO DORSO NASAL BASEADO NA
ARTÉRIA NASAL LATERAL PARA RECONSTRUÇÃO DE DEFEITOS DA
PONTA NASAL
INTRODUÇÃO |
OBJETIVO |
MATERIAL
E
MÉTODOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Luiz Carlos Velho Severo Junior
CO-AUTORES
Edmar Soares Lessa
1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da
SBCP.
Fábio Chambô
1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INCA e da
SBCP.
Márcio José de Abreu Dibe
Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCA.
Membro Titular da SBCP.
DESCRITORES
Reconstrução de Defeitos da Ponta Nasal
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia
Luiz Carlos Velho Severo JuniorINCA - Departamento de Cirurgia PlásticaPraça da Cruz
Vermelha nº 23 8o andar - CentroRio de Janeiro - RJ20230-130fone: (21) 25066087email: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O retalho do dorso nasal foi descrito originalmente por Gillies, mas foi Rieger, em 1967, que
descreveu e popularizou o desenho do retalho, embora ainda se tratasse de um retalho
randomizado2,3. Em 1970 Marchac modificou o retalho, elevando-o em padrão axial
baseado em um ramo da artéria angular. Em 1993 de Fontaine descreveu a colocação do
pedículo ipsilateral à lesão para melhor rotação e menor distorção da asa nasal1. Em 1997,
Maruyama e Iwahira propuseram o desenho do retalho baseado num ramo da artéria
angular, modificado em 2005 por Parodi et al. com a inclusão no retalho do músculo nasal
tranversal2.
OBJETIVO
ÍNDICE
Relatar uma série de 11 pacientes submetidos a reconstrução de defeitos da ponta nasal
pós-ressecção oncológica pela técnica do retalho miocutâneo axial dorsoglabelar com
pedículo na artéria nasal lateral.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODOS
Os pacientes foram selecionados no ambulatório de Cirurgia Plástica do INCA obedecendo
aos seguintes critérios de inclusão: apresentar lesão cutânea suspeita de Carcinoma
Basocelular com no máximo 2 cm de diâmetro e localizada no lóbulo nasal a pelo menos 5
mm da margem alar; ausência de incisões prévias na área do pedículo; ausência de
contra-indicações a anestesia local; hipertensão controlada e ausência de uso de AAS nos
últimos 15 dias. Foram excluídos do estudo pacientes com lesões recidivadas, pelo caráter
agressivo das mesmas. Todos pacientes foram operados sob anestesia local sem sedação,
em regime ambulatorial na Sala de Biópsia (Sala Cirúrgica Ambulatorial), com congelação
trans-operatória.
Não
houve
intercorrências
durante
ou
imediatamente
após
os
procedimentos. Dos 11 pacientes, houve um caso de congestão venosa transitória com boa
evolução. Não houve casos de isquemia arterial, hematoma, sangramento ou infecção. O
período mínimo de acompanhamento pós-operatório foi de 2 meses.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
A reconstrução de defeitos cirúrgicos da ponta nasal e do terço distal do nariz representa
um desafio; devido à textura, cor e espessura singulares da pele nasal, é sempre preferível
a reposição com tecidos similares1,2. Além disso, as cicatrizes são melhor colocadas na
junção de unidades estéticas, com adesão ao princípio das subunidades nasais1,2. O
retalho do dorso nasal proporciona reparo em tempo único, com vantagens sobre o retalho
frontal mediano. Usa um pedículo amplo ipsilateral à lesão; a incisão corre lateralmente na
junção da parede lateral do nariz e a região malar (junção nasofacial), passando próxima
ao ligamento cantal interno do olho (principalmente se avançamento e rotação mais
amplos forem necessários) e ascendendo ou não em direção à glabela3. Todo dorso nasal é
dissecado
no
plano
submuscular
relativamente
avascular,
expondo
o
arcabouço
osteocartilaginoso nasal, exceto na região glabelar, onde a dissecção assume um plano
subcutâneo1. É importante diminuir a tensão na porção distal do retalho, evitando a tração
e assimetria da asa nasal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Zimbler MS, Thomas JR. The Dorsal Nasal Flap Revisited: Aesthetic Refinaments in Nasal
Reconstruction. Arch Fac Plast Surg 2000; 2(4):285-286.
2. Parodi PC et al. Frontonasal Myocutaneous Flap Base don the Transversus Nasalis
Muscle. Plast Reconst Surg 2005;115(6):1684-1688.
3. Rohrich RJ, Muzaffar AR, Adams WP, Hollier LH. The Aesthetic Unit Dorsal Nasal Flap:
Rationale for Avoiding a Glabellar Incision. Plast Reconst Surg 1999;104(5):1289-1294.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
RECONSTRUÇÃO DO MEMBRO SUPERIOR ESQUERDO COM AUTOENXERTIA CUTÂNEA PÓS-SEQUELA DE QUEIMADURA - RELATO DE
CASO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Carlos Del Piño Roxo
MD
CO-AUTORES
Luciana Labanca Nunes Monteiro
MD
Maria Cristina Almenarez
MD
Bruno José Alcântara
MD
Delane Cavalcante
MD
DESCRITORES
Reconstrução de membro
INSTITUIÇÃO
Hospital Geral do Andaraí - Rio de Janeiro
Rua Leopoldo, 280 - 6º andar -AndaraíCEP: 20541-170 - Rio de Janeiro - RJ(21) 2575-7039
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As seqüelas de queimaduras em membros superiores ocasionam, via de regra, prejuízos
funcionais importantes, muitas vezes restringindo a realização de atividades cotidianas
como higiene pessoal, vestimenta e alimentação. Além disso, as grandes deformidades
aparentes podem impactar não só a auto-estima, como também o convívio social do
indivíduo. A recuperação estetico-funcional é o principal objetivo na cirurgia reparadoras
dessas seqüelas.
Dentre as várias técnicas cirúrgicas descritas na literatura, passíveis de aplicação, no caso
relatado (acometimento de grande extensão) optou-se pela auto enxertia cutânea.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Relato de caso de paciente do sexo feminino, 14 anos, apresentando extensa lesão
cicatricial em membro superior esquerdo após queimadura com chamas, ocorrida aos 6
meses de idade. Ao exame havia uma brida axilar e outra antecubital que a impedia de
fazer a abdução e a extensão do braço esquerdo. Além disso uma brida em punho
esquerdo que impedia a extensão do mesmo, uma "mão" com apenas 3 dedos luxados,
entre eles o 1º quirodáctilo. A paciente apresentava também outras seqüelas do fato
ocorrido, como alopécia cicartricial, deformidade auricular esquerda, amputação do
membro inferior esquerdo e do pé direito.
A paciente foi submetida a uma avaliação pré operatória completa, com exames
laboratoriais, eletrocardiograma, RX de tórax e risco cirúrgico.
O procedimento cirúrgico foi feito sob anestesia geral e durou 3h.
As peles para enxertia foram obtidas com auxílio de um dermátomo, sendo retiradas 3
faixas de pele parcial da coxa esquerda.
No mesmo procedimento cirúrgico foram fixados os dedos com fio de Kishner,
confeccionando assim uma nova "mão" para a paciente.
O período de internação foi de 26 dias, sendo utilizado antibiótico (cefalosporina de 1ª
geração) por 5 dias.
RESULTADOS
ÍNDICE
A atual aparência estética é aceitável. A paciente, já no pós operatório imediato, conseguia
realizar movimentos como abdução e extensão do braço e antebraço, que estão cada vez
mais sendo aprimorados com a fisioterapia. A sua nova "mão" também está sendo
trabalhada com fisioterapia e a paciente já consegue segurar objetos e realizar
movimentos como abotoar camisa, prender o cabelo.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O resultado cirúrgico estético e funcional da cirurgia foi considerado satisfatório. A técnica
cirúrgica utilizada mostrou-se uma boa opção, aliando simplicidade, baixo custo e fácil
execução. Outro ganho advindo da auto-exertia cutânea é o fato de que, neste tipo de
cirurgia, geralmente apenas uma intervenção cirúrgica é necessária, diminuindo os dias de
internação.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1) Mélega,JM; Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte "Princípios Gerais" 2002; 2) Maciel,E;
Serra,MC; Tratado de Queimaduras / 2004; 3) Mathes, SJ; Plastic Surgery Vols 1 e 7 /
2006; 4) Roxo, CDP; Tratamento das Retrações Cicatriciais Pós-queimaduras em
Articulações , Através da Técnica de Redução Transoperatória e Auto Enxertia / Revista
Brasileira de Queimaduras Vol 3 - 2003
Figura 1 - Sequela de Queimadura em MSE - pré operatório
Figura 2 - Sequela de queimadura em MSE - transoperatório, liberação de brida axilar com
auto enxertia cutâne com pele parcial
Figura 3 - Sequela de queimadura em MSE - transoperatorio, reconstrução da mão
queimada com auto enxertia cutânea e fixação dos dedos luxados com fios de K
Figura 4 - Seuquela de queimadura em MSE - pós operatório 7 dias
Figura 5 - Pós operatório 4 meses - a paciente consegue prender o cabelo, abotoar camisa
Figura 6 - Pós operatório 4 meses - extensão do braço e antebraço
ABORDAGEM PRIMARIA DA FISSURA NASO LABIAL UNILATERAL
RESUMO / RESUME | INTRODUÇÃO | MATERIAL DE MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO |
CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS | ILUSTRAÇÕES |
AUTOR
Geza Laszlo Urmenyi
CO-AUTORES
J.A. Fernandes
MD
E.C. Fernandez
MD
DESCRITORES
Cirurgia, Fenda, labial, Surgery, Cleft, Lip
INSTITUIÇÃO
Departamento de Cirurgia Plástica do Martagão Gesteira-Hospital da Criança
Correspondência para: Geza Laszlo UrmenyiRua Baependi,132, Ondina, Salvador, Bahia,
Brasil - Cep 40170-0
RESUMO / RESUME
ÍNDICE
A fissura lábio palatina unilateral apresenta uma serie de deformidades nasais e labiais.
Apesar de vários artigos apresentando a importância da abordagem naso labial primaria
poucos cirurgiões a utilizam. Independente da técnica escolhida pelo cirurgião para esta
abordagem e importante seguir os princípios de liberação das estruturas nasais e fixá-las
numa posição mais se assemelhe ao lado normal. Foram tratados 176 pacientes com
fissura lábio palatina unilateral pela abordagem naso labial primaria utilizando uma
combinação da técnica de rotação e avançamento para o lábio e abordagem nasal pela
técnica de McComb. As principais vantagens desta abordagem são oferecer uma imagem
facial precoce à criança, reduzir o numero de intervenções secundárias e favorecer o
compromisso da família, ao longo tratamento multidisciplinar destes pacientes.
Unilateral cleft lip palate present a number of nose and lip deformities. Although several
reports in the literature show the importance of the primary lip-nasal approach, few
surgeons employ it. Regardless of the technique chosen by the surgeon in this approach, it
is important to follow the principle of freeing the nasal structures and fixing them in a
suitable position in alignment with the normal side. A total of 176 patients with unilateral
cleft lip palate were treated with the lip nose approach in the primary repair using a
combination of rotation advancement procedure for the lip and the McComb technique for
the nasal approach. The greatest advantage of this approach is to improve the child"s facial
image early, reduce secondary procedure and facilitating the commitment of the family to
a long term multidisciplinary treatment.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Introdução:
A fissura lábio palatina unilateral é dentre as fissuras a mais comum. Seu estigma é devido
a várias deformidades desde a mucosa passando pelas estruturas musculares e ósseas até
a pele, mas principalmente pela variação da desarmonia facial e deformidades nas
unidades estéticas naso labiais. As técnicas de abordagem apenas labial resgatam as
unidades estéticas do lábio quebrando o estigma da fenda porem, a deformidade nasal que
acompanha as fissuras se mantém na vida escolar do paciente até a adolescência. A
abordagem primária naso labial vem crescendo gradativamente entre os cirurgiões assim
como a exigência de resultado no aspecto estético e funcional nos pacientes fissurados.
Apesar dos bons resultados obtidos com esta abordagem a sua utilização não é
amplamente aplicada pelos cirurgiões.
Vários autores5,14 já publicaram a intervenção naso labial no mesmo tempo cirúrgico
porém, com via de abordagens diferentes das estruturas cartilaginosas nasais. Dentre eles
salientamos principalmente McComb6,15, Millard1,7, Sayler10,11,12,13, Mulliken3,4,
Andrel9. Todos apresentando excelentes resultados estéticos sem comprometimento no
crescimento das estruturas nasais demonstrando follow up de pacientes com mais de vinte
anos.
No protocolo utilizado no Serviço de Cirurgia Plástica do Martagão Gesteira Hospital da
Criança a abordagem das fissuras labiais unilaterais inicia-se logo após o nascimento com a
utilização de placas ortodônticas e fita de micropore para o lábio2,8. Dos três aos seis
meses de idade realiza-se a lábio rinoplastia no mesmo tempo cirúrgico, utilizando uma
variação da técnica de Millard para abordagem labial e a técnica de McComb para
abordagem nasal. O protocolo segue com a palatoplastia posterior dos nove aos doze
meses e fechando-se o palato anterior aos quatro anos. Enxerto ósseo em torno dos nove
anos e durante todo este período acompanhado por uma equipe multidisciplinar composta
de fonoaudiólogos, ortodontistas, psicólogos e assistentes social.
Inicia-se a técnica com a marcação labial pela técnica de Millard após a confecção dos
retalhos, um descolamento das partes moles músculo cutâneas da maxila do lado fendido e
liberação da asa nasal da borda piriforme. A abordagem nasal segue os conceitos de
McComb realizando um amplo descolamento da ponta nasal e cartilagem alar do lado
fendido através da base columelar e base alar, passando pontos captonados mantendo
assim a cartilagem em sua nova posição.
MATERIAL DE MÉTODOS
ÍNDICE
No período de 01/2002 a 12/2005, foram avaliados os pacientes que tiveram abordagem
naso labial no mesmo tempo cirúrgico num total de 176 pacientes, sendo 95 do sexo
masculino e 81 do feminino. A idade dos pacientes quando submetidos à cirurgia variou de
três meses a oito anos com uma media de 6.9 meses. Foi utilizada a técnica de Millard
modificada para abordagem labial e a técnica de Mc Comb para abordagem nasal. Os
pontos captonados nasais são retirados no quinto dia e os labiais no sétimo dia de pós
operatório orientando massagem manual na cicatriz. Não foi utilizado modelador nasal de
silicone no pós-operatório imediato e tardio.
Realizando estudo retrospectivo foi solicitada avaliação subjetiva por parte dos cirurgiões
em três pontos:- Avaliação do resultado estético final com seis meses de pós-operatório. Avaliação da unidade estética nasal isoladamente.-Avaliação da unidade estética labial
isoladamente
Classificados em bom, regular, fraco. Bom refere quando o cirurgião não indica
intervenções secundárias. Regular quando o cirurgião indica algum retoque secundário
porem de pequeno porte. Fraco quando o cirurgião indica refazer alguma unidade estética.
RESULTADOS
ÍNDICE
Na avaliação do resultado estético com seis meses de pós-operatório obtivemos 103 casos
classificados como bom, 71 casos classificados como regular necessitando de cirurgias
secundárias de pequeno porte e 2 casos classificados como fraco que foram reoperados.
Avaliando-se isoladamente o resultado estético labial tivemos 168 casos considerados
como bom, seis casos considerados como regular necessitando de pequenas correções de
vermelhão e cicatrizes que alargaram e dois casos considerados como fraco que tiveram
infecção local com prejuízo acentuado ao resultado tendo sido reoperados. Na avaliação da
unidade estética nasal isoladamente obtivemos 109 casos classificados como bom, 65
casos classificados como regular necessitando de pequenos retoques principalmente da
base alar e alguns da ponta nasal e dois casos classificados como fraco que foram
reoperados. (fig01-08)
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Avaliando os resultados observa-se, 58% de bons resultados quando avaliados em conjunto
às unidades naso labiais, tendo 41% dos pacientes necessitando de retoques secundários
menores e 1% submetido a uma nova lábio-rinoplastia. Esta porcentagem, de bons
resultados nas unidades nasal e labial no primeiro ano de vida, reflete uma serie de
vantagens como uma melhora significativa na imagem facial precocemente, tirando o
estigma nasal na fase pré-escolar, permitindo assim uma melhor socialização da criança na
fase escolar e convívio familiar. Permite ainda alcançar uma forma nasal externa com suas
unidades o mais próximo do normal tendo poucas correções a serem feitas. Quando estas
são necessárias, são cirurgias secundárias de menor porte, atuando-se principalmente para
correção da base alar e ponta nasal. Se compararmos com a abordagem apenas labial,
teremos num segundo tempo a rinoplastia na grande maioria dos casos. Estas rinoplastias
apresentam um grau de dificuldade técnica maior com mais cicatrizes. A redução no
numero de cirurgias pela técnica naso labial proporciona ainda uma menor morbidade. O
conceito de que este procedimento precoce interfere no crescimento das estruturas nasais
já não é mais aceito, pois o follow up de mais de vinte anos com autores diferentes
demonstram nenhuma alteração no crescimento nasal. Dentre as técnicas descritas para
abordagem naso labial a adoção da técnica de McComb para abordagem nasal apresenta
algumas vantagens como não expor a cartilagem nasal, ausência de cicatrizes adicionais
na pele e mucosa nasal e pode ser adequada a outras técnicas labiais da preferência do
cirurgião. Na abordagem labial a técnica escolhida é a Millard, sendo a que mais respeita as
unidades e detalhes estéticos da região naso labial. Embora apresente a desvantagem em
alguns casos na altura do lábio que pode ser contornada pela experiência do cirurgião, é a
técnica mais utilizada mundialmente. Entre as desvantagens da abordagem naso labial
temos a restrição de sua utilização por cirurgiões em treinamento devido às delicadas
estruturas nasais, pois estes pacientes na sua grande maioria são operados na fase dos
três aos seis meses de idade. O uso de modeladores nasais de silicone no pós-operatório
colabora com o resultado estético nasal final, porém seu custo é o principal obstáculo aos
pacientes carentes.
Observamos por fim que a abordagem naso labial por seus excelentes resultados estéticos,
baixo índice de complicações e a retirada precoce do estigma facial, contribuem para o
comprometimento dos familiares ao longo tratamento nos serviços multidisciplinares.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A abordagem naso labial é um procedimento que deve ser mais adotado e utilizado por
parte dos cirurgiões, pois seus resultados estéticos com repercussão nas estruturas naso
labiais superam as técnicas anteriores. Atualmente as exigências de um lábio com pouco
estigma é um conceito universal. O nariz está passando a ter uma obrigatoriedade de bom
resultado e logo estas passarão à fala, arcada dentaria com as mordidas e oclusões e
crescimento facial.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ÍNDICE
1. Millard DR Jr. Cleft Graft: The Evolution of Its Surgery. Volume 1-3
Boston: Little, Brown; 1976,1977,1980.
2. Grayson BH, Cutting CB, Presurgical nasoalveolar orthopedic molding in primary
correction nose, lip and alveolus of infants born with unilateral and bilateral clefts. Cleft
Palate Craniofac J 2001;38:193.
3. Mulliken, J.B., and Martinez-Perez, D. The principle of rotation advancement for repair of
unilateral complete cleft lip and nasal deformity: Technical variations and analysis of
results. Plast reconstr Surg 1999;104:1247.
4. 3. Mulliken, J.B. Primary repair of bilateral cleft lip nasal deformity. Plast Reconstr Surg
2001;108:181.
5. Kim, Y.J., and Kim, J.W. Primary rhinoplasty during cleft lip repair. J. Korean Soc Plast
Reconst. Surg 1997;24:1290.
6. McComb H. Treatment of the unilateral cleft lip nose. Plastic Reconstr
Surg. 1975;55:596.
7. Millard DRJr. Earlier correction of the unilateral cleft lip nose. Plastic
Reconstr Surg. 1982;70:64.
8. Pool R. Tissue mobilization with preoperative lip taping. Oper Tech Plast Reconstr Surg
1995;2:155.
9. Andrel H. Simultaneous repair of lip and nose in unilateral cleft (a
long-term report). In: Jackson IT, Sommerlad BC, eds. Recent Advances
in Plastic Surgery. Vol. 3. Edinburgh: Churchill-Livingstone; 1985:1
10. Salyer KE. Primary correction of the unilateral cleft lip nose: a 15- year
experience. Plastic Reconstr Surg. 1986;77:558.
11. Salyer K. New concepts in primary unilateral cleft lip-nose repair. Worldplast
1995;2:83-97
12. Salyer KE, Genecov E, Genecov D. Unilateral cleft lip-nose repair: a 33-year
experience. J Craniofac Surg 2003;14-549-58.
13. Salyer K. Early and late treatment of unilateral cleft lip-nose deformity. Cleft Palate J
1992;29:556-69
14. Noordhoff MS, Chen Y, Chen K, Hong K, Lo L. The surgical technique for the complete
unilateral cleft lip-nasal deformity. Oper Tech Plast Reconstr Surg 1995;2:167-74.
15. McComb H. primary repair of unilateral cleft lip nasal deformity. Oper Tech Plastic
Reconstr Surg. 1995;2:200-5.
ILUSTRAÇÕES
ÍNDICE
Fig.01:-Pré-operatório paciente de quatro meses de idade com fissura lábio palatina
completa a direita
Fig.02:- Pós-operatório de três meses
Fig.03:- Pré-operatório do mesmo paciente com visão mento naso
Fig.04:- Pós-operatório com bom equilíbrio naso labial
Fig.05:- Marcação pela técnica de Millard para o lábio, porem pode ser utilizada outra
técnica de preferência do cirurgião e demarcação da área a ser descolada.
Fig.06-07:- Descolamento das cartilagens alares e dorso nasal pela base columelar e base
alar seguindo abordagem nasal de McComb. Este procedimento deve ser feito com cuidado,
pois o paciente tem de 3 a 6 meses e as estruturas cartilaginosas são delicadas.
Fig.08:- Pos operatório imediato com as estruturas em posição.
Fig.09-10:- Paciente de operada após os seis meses de idade. Não submetidas a
tratamentos prévios por morarem muito longe do serviço. Mostrando que mesmo com
grandes fendas e deformidades nasais acentuadas a técnica pode ser utilizada com bons
resultados.
Fig.11:- Visão pré-operatório com grande alteração das estruturas nasais.
Fig.12:- Pós-operatório imediato com as estruturas nasais e lábias com melhor equilíbrio.
Fig.13-14:- Vista mento naso pré e pós-operatório com bom resultado porem com pequena
assimetria das narinarias.
Fig.15:- Paciente de três meses com fenda lábio palatina completa a esquerda
Fig.16:- Paciente com seis meses de pos operatório com boa harmonia facial.
Fig.17:- Visão pré-operatório mento naso
Fig.18:- Pos operatório visão mento naso, observando que estes pacientes não usaram no
pos operatório modeladores nasais de silicone.
Figura 1 - Fig 1.
Figura 2 - Fig 2.
Figura 3 - Fig 3.
Figura 4 - Fig. 4
Figura 5 - Fig. 5.
Figura 6 - Fog. 6.
Figura 7 - Fig. 7.
Figura 8 - Fig. 8.
Figura 9 - Fig. 9.
Figura 10 - Fig. 10.
Figura 11 - Fig. 11.
Figura 12 - Fig. 12.
Figura 13 - Fig. 13.
Figura 14 - Fig. 14.
Figura 15 - Fig. 15.
Figura 16 - Fig. 16.
Figura 17 - Fig. 17.
Figura 18 - Fig. 18.
UTILIZAÇÃO DE ENXERTO DE FÍBULA VASCULARIZADA APÓS
RESSECÇÃO RADIO-CARPAL POR TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES
RECIDIVADO MULTIFATORIAL EM PACIENTE COM AMPUTAÇÃO
PRÉVIA DE ULNA DISTAL .
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Fabrício Massote Lima
MD
CO-AUTORES
Almir Salgado Maurício
MD
José Emílio Valdívia Murillo
MD
Paula Maria Amorim Padilha
MD
Vívian Rosa R. de Freitas Ximenez
MD
DESCRITORES
FÍBULA VASCULARIZADA, RESSECÇÃO RADIO-CARPAL, TUMOR.
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL CENTRAL DO EXÉRCITO.
Rua Sorocaba 667 apto 106. Botafogo, Rio de Janeiro - RJ. CEP: 22271- 110
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O Tumor de Células Gigantes (TCG) representa 5% dos tumores ósseos primários. É mais
freqüente no sexo feminino e na terceira década de idade. O terço distal do fêmur,
proximal da tíbia e distal do rádio são os locais mais acometidos. É uma neoplasia benigna
localmente agressiva. Recidiva ocorre em 25% dos casos e implantes pulmonares em 1 a
2%.
O sintoma mais freqüente é a dor e aumento do volume local. A fratura patológica ocorre
com pouca freqüência. Apresenta padrão radiográfico bem definido. O estadiamento
radiológico (Enneking e Campanacii) não define a agressividade biológica do tumor e seu
prognóstico. TCG multifocal é raro e envolve, sobretudo, ossos curtos de extremidades.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
RAFS, sexo feminino, 30 anos, apresentou dor no punho esquerdo em 1998 sendo
diagnosticado radiologicamente como cisto ósseo (figura 1) e tratado com infiltração de
corticóide. Não houve melhora e em 2000 constatou-se aumento da lesão (figura 2). O
terço distal da ulna foi ressecado, sendo diagnosticado TCG .
Em 2004 procurou o Hospital Central do Exército com queixa de dor torácica e dispnéia
sendo diagnosticado nódulo pulmonar e lesão em corpo de T4. Realizado ressecção de
lesão pulmonar e ressecção de T4 com fixação da coluna.
Apresentou recidiva da dor em punho esquerdo durante a gestação em 2005 seguida de
fratura patológica, sendo diagnosticado recidiva do tumor na extremidade distal do rádio
(figura 3). Foi submetida à cirurgia em 2006, após a gestação, com realização de
carpectomia total, ressecção do terço proximal do rádio, ressecção de mais dois
centímetros do coto amputado da ulna como margem de segurança e fixação de enxerto
vascularizado da fíbula direita no restante do rádio ao terceiro metacarpo (figura 4).
Figura 1 - Fig. 1.
Figura 2 - Fig. 2.
Figura 3 - Fig. 3.
Figura 4 - Fig. 4.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O TCG é uma neoplasia óssea que apresenta desafios quanto ao seu diagnóstico que deve
ser precoce.
Atualmente, o tratamento de preferência tem sido a ressecção com preenchimento da
cavidade com metilmetacrilato, curetagem seguida de eletrocauterização mais enxerto
ósseo ou reconstrução local utilizando-se enxerto livre ou vascularizado autólogo de tíbia
ou crista ilíaca ou homoenxerto. A Radioterapia tem indicação limitada e a amputação
raramente é indicada.
No caso descrito não houve condições para realização do enxerto com a cabeça da fíbula,
na tentativa de preservar a articulação radio-carpal devido ao comprometimento do carpo.
A opção por fixação de enxerto vascularizado da fíbula no restante do rádio ao terceiro
metacarpo apresentou excelente resultado (figuras 5 e 6).
Por apresentar caráter imprevisível quanto ao prognóstico local, a conduta cirúrgica deve
ser sempre individualizada e bem planejada.
Figura 1 - Fig. 5.
Figura 2 - Fig. 6.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Camargo. O P. Tratamento cirúrgico de tumor de células gigantes através da ressecção
marginal e colocação de metilmetacrilato. Tese (Livre Docência). Faculdade de Medicina de
São Paulo. São Paulo,1994. 86p.
2.Catalan. J.C. Tumor de células gigantesósseo: aspectos clínicos e radiológicos de 115
casos. Radiol Bras 2006; 39 (2): 119-122 p
TRATAMENTO DO TORCICOLO CONGÊNITO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Edmar Soares Lessa
MD
CO-AUTORES
Fábio Chambô
1.Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia INCA e da
SBCP
Giselle Erthal de Magalhães
Acadêmica de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro
João Recalde
Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INTO.
Membro Titular da SBCP
Pedro Bijos
Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INTO. Membro Titular
da SBCP
DESCRITORES
Tratamento do Torcicolo Congênito
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia
Edmar Soares LessaRua Washington Luis, 85. Apto 203, CentroRio de Janeiro - RJ20230026fone: (21) 25066087e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Torcicolo congênito (TC) é uma doença conhecida há séculos mas sua etiologia ainda é
controversa.1 Malposição intrauterina, trauma do parto, infecção e oclusão venosa são
propostos como possíveis causadores.2 O diagnóstico é clínico, notando-se massa firme no
músculo esternocleidomastóideo (ECM), desvio da cabeça ipsilateralmente e do queixo
para o lado oposto. O tratamento inclui observação, fisioterapia e cirurgia.2 O prognóstico
é influenciado pelo diagnóstico e tratamento precoces, embora, nos casos negligenciados,
um tratamento ideal possa ser adiado. Diversos artigos têm discutido o tema mas não
existe consenso quanto ao tratamento ideal. Além disso, mesmo sendo a terceira anomalia
musculoesquelética congênita mais comum, não é citada em diversos livros da área. É
surpreendente que a principal razão para a cirurgia seja por motivos estéticos.1 O objetivo
deste trabalho é apresentar os casos de TC operados pela técnica de ressecção total do
ECM no Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia do Instituto Nacional de Traumato
Ortopedia.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Entre outubro de 2001 e janeiro de 2006, 8 pacientes com diagnóstico de TC foram
submetidos a ressecção total do ECM. A técnica consiste em um acesso em "Z" sobre a
borda anterior do músculo, identificação e ressecção total do mesmo associado a
zetaplastia. Fisioterapia teve início com 2 semanas de pós operatório e colar cervical foi
usado por 4 semanas. Avaliamos além da técnica, idade, sexo, lado da lesão, apresentação
clínica, deformidades associadas, método diagnóstico, tratamentos anteriores, exame
histopatológico e complicações.
RESULTADOS
ÍNDICE
O seguimento foi entre 6 e 53 meses (média 43,2). Os pacientes tinham entre 7 e 30 anos
(média 18) sendo 4 de cada sexo. Todos foram diagnosticados após 7 anos de idade por
exame clínico. A apresentação mais comum foi à direita (8 pacientes) com limitação dos
movimentos (5 pacientes) e dor (3 pacientes). Encontramos escoliose cervico-dorsal em 2
pacientes e assimetria facial em outro. Dois já tinham sido submetidos a tenotomia. Exame
histopatológico mostrou segmento de musculatura esquelética com tecido conjuntivo
modelado, fibrose e hialinização, por vezes com dissociação de feixes musculares. Um
paciente evoluiu com formação de quelóide e está em tratamento com infiltração
intralesional de corticóide. Obtivemos alto nível de satisfação dos pacientes e a avaliação
subjetiva da equipe foi excelente em 3 casos e bom em 5 casos sob o ponto de vista
funcional e estético.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
TC resulta de fibrose do ECM levando a encurtamento muscular. Pela teoria clássica, trauma
do parto provoca estiramento muscular e formação de hematoma, seguidos de fibrose e
contração muscular.1 Na literatura, a relação entre sexos é igual com uma propensão ao
lado direito. Queixas comuns são restrição de movimentos, assimetria facial e tumoração.
A conduta inicial inclui fisioterapia com exercícios ativos e passivos e massagem. Se
persistir até um ano de idade ou anomalias craniofaciais se desenvolverem, o tratamento
cirúrgico estará indicado. Diagnóstico e terapia precoces são os fatores mais importantes
para o sucesso.1 Obtivemos bons resultados em casos tardios pelo completo tratamento
cirúrgico das estruturas acometidas associado a fisioterapia precoce.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1.Wolfort,FG,Kanter,MA,Miller,LB.Torticollis.Plast.Reconstr.Surg.84:682-92,1989.
2. Cheng CY,Au WY.Infantile torticollis. J. Pediatr. Orthop.1994;14:802-808.
Figura 1 - Pré Operatório
Figura 2 - Acesso Cirúrgico
Figura 3 - Ressecção Muscular
Figura 4 - Zetaplastia
Figura 5 - Pós Operatório
RETALHOS COMBINADOS PARA FECHAMENTO DE PAREDE TORÁCICA
PÓS- RESSECÇÃO DE CISTOSARCOMA FILÓDES - RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Leandro Luiz Toledo
MD
CO-AUTORES
Marcello di Martino
MD
Sebastião Tomaz Oliveira Junior
MD
Cândice Fonseca Braga
MD
DESCRITORES
Fechamento da parede toráxica
INSTITUIÇÃO
Hospital Pérola Byington
Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2808 ap 102 CEP 01402-000, São Paulo.Tel: (11) 8245-1401email: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O cistosarcoma filódes é um tumor muito raro que se apresenta clinicamente como um
nódulo de 3 a 4 cm. de diâmetro indolor e de crescimento rápido. Envolvimento da axila é
raro, porém a disseminação hematogênica é freqüente e envolve geralmente pulmão,
pleura, ossos e fígado.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
V.P.L., 23 anos, feminina, brasileira, em acompanhamento no serviço de mastologia do
Hospital Pérola Byington devido a ressecção de um tumor de mama D em outubro de 2005
com diagnóstico de cistossarcoma filódes de alto grau. Em maio de 2006 foi realizado
nodulectomia e linfadenectomia com diagnóstico de metástase de tumor filódes com
componente estromal em tecido linfóide. Trinta dias após a ressecção axilar foi observada
presença de nódulos axilares D que evoluíram com rápido crescimento sendo realizado
nova ressecção tumoral. A ressecção resultou em uma área cruenta desde o terço proximal
do braço, região axilar, região torácica anterior desde a clavícula até o sulco mamário e do
esterno até a linha axilar posterior.Para reconstrução foi utilizado retalho fasciocutâneo
para-escapular de 18X10 que foi rodado para cobertura dos vasos axilares. A área doadora
foi fechada por retalho basedo no ramo escapular da circunflexa da escapula de forma a
desenhar um retalho bilobado. O defeito remanescente foi fechado por um TRAM. A
paciente apresentou boa evolução com fechamento total do defeito.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.AV. Zumiotti, CSM Postigo .Retalho escapular fascial : estudo anatômico e aplicações
clínicas. Rev Brás Ortop- vol 32, n 4- abril, 1997.
2.SGP Pessoa, JE Macedo. Retalho escapular e paraescapular: uma nova opção.Rev. Méd.
HGF; 2(1):19-24, jul.1985.ilus.
3.H.
Vorhen,
uf.
Vorhen.
Cystossarcoma
Phyllodes:Epidemiology,
pathohistology,
pathobiology, diagnósis, therapy and survival. Archives of gynecology and Obstetrics.
1985.
CARCINOMA MIOEPITELIAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DA
LITERATURA
INTRODUÇÃO. | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Marcelo Wulkan
MD
CO-AUTORES
Rogério Izar Neves
MD
Eduard René Brechtbühl
MD
Otávio Machado de Almeida
MD
DESCRITORES
Carcinoma, Mioepitelial.
INSTITUIÇÃO
Departamento de Oncologia Cutânea do Hospital do Câncer.
R. Batatais, 309, 91.Jd. PaulistaCEP: 01423-010São Paulo-SP
ÍNDICE
INTRODUÇÃO.
Mioepiteliomas são tumores raros derivados das células mioepiteliais, com capacidade de
diferenciação epitelial e muscular 1. O tratamento é eminentemente cirúrgico, reservando
a radioterapia e quimioterapia para casos selecionados 1,2.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODO
Paciente masculino eutrófico, branco, 45 anos, com tumoração indolor em região axilar
esquerda há 1 ano e exérese de CBC prévio em ante-braço esquerdo. Neste período foi
submetido a duas cirurgias em outro serviço com recidivas locais. O laudo histológico da
outra instituição mostrou tratar-se de "carcinoma" sem outros dados adicionais mas a
avaliação
histológica
e
imunohistoquímica
do
nosso
serviço
foi
compatível
com
mioepitelioma. A massa tumoral era volumosa (11 x 9cm), fibro-elástica, imóvel, lisa,
indolor, sem ulceração e com duas cicatrizes cirúrgicas(Figura 1). A tomografia
computadorizada da região mostrava linfonodomegalia axilar esquerda. A angioressonância
nuclear magnética do plexo braquial evidenciou uma massa sólida lobulada axilar esquerda
com hiper-sinal em T2, medindo 9,2x8,9x8,5 cm (Figura 2). Os vasos subclávios e axilares
mostravam-se sem invasão. Em outubro de 2004 o paciente foi submetido à ressecção
ampla da lesão com linfadenectomia axilar radical ampliada à esquerda e reconstrução com
rotação de retalho fáscio-cutâneo regional. A lesão envolvia o nervo torácico longo e o
plexo vásculo-nervoso do músculo grande dorsal, tendo sido este parcialmente ressecado.
Devido ao alto índice mitótico e ao padrão de crescimento infiltrativo encontrados na
histologia optou-se pelo tratamento radioterápico adjuvante. O paciente encontra-se em
bom estado geral e sem sinais de recidiva local ou sistêmica há 20 meses.
Figura 1 - Fig. 1.
Figura 2 - Fig. 2.
RESULTADO
ÍNDICE
O diagnóstico histológico definitivo foi de carcinoma mioepitelial com alta celularidade,
pleomorfismo celular e padrão de crescimento infiltrativo (Figura 3). As margens cirúrgicas
estavam livres e sem metastáse linfonodal. O painel imunoistoquímico foi positivo para
actina-a de músculo liso (AaML) e vimentina e focalmente positivo para proteína S-100 e
EMA. Os marcadores para HHF-35 e CK AE1/AE3 foram todos negativos (Figura 4).
Figura 1 - Fig. 3.
Figura 2 - Fig. 4.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
Topograficamente o local mais acometido é o membro inferior (40%)2 mas nosso paciente
desenvolveu o tumor no local mais raro (tronco). A análise histopatológica do tumor do
paciente relatado por nós apresentava alta celularidade, o que a classificou como lesão de
alto risco para recidiva da doença e probabilidade de aparecimento de metástases
sistêmicas na evolução clínica. Não existe, até o momento, tratamento padronizado para
pacientes portadores deste grupo de tumores. No nosso paciente a decisão terapêutica foi
tomada em uma discussão clínica multidisciplinar do caso com o suporte da revisão de
literatura.
ÍNDICE
CONCLUSÃO
A realização do perfil imuno-histoquímico detalhado é de fundamental importância para o
diagnóstico de mioepitelioma3. O tempo de seguimento para esta classe de tumores
descrita na literatura médica, a raridade de casos e sua descrição recente são insuficientes
para estabelecer normas de conduta. Por tratar-se de uma neoplasia muitas vezes
agressiva, optamos por conduzi-la de forma mais radical.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1)
Dardick
I.
Myoepithelioma:
definitions
and
diagnostic
criteria.
Ultrastruct
Pathol.1995;19;335-45. 2) Sasaguri T. Myoepithelioma of soft tissue. Pathol Int. 1999;
49(6): 571-6. 3) Neto AG. Myoepithelioma of the soft tissue of the head and neck: a case
report and review of the literature. Head Neck. 2004; 26(5): 470-3.
TRATAMENTO DA LIPOATROFIA FACIAL EM PACIENTES HIV .
EXPERIÊNCIA DE 3 ANOS NO INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFº
FERNANDO FIGUEIRA - IMIP
INTRODUÇÃO | RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
IVO VIEIRA SALGADO FILHO
MD
CO-AUTORES
JOSÉ FERREIRA DA SILVA NETO
MD
ANDRÉ LUIS COUTINHO
MD
MARCO ANTÔNIO PINTO KITAMURA
MD
RODRIGO CAMPOS SOARES QUINTAS
MD
DESCRITORES
lipoatrofia facial
INSTITUIÇÃO
INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFº FERNANDO FIGUEIRA - IMIP
AV. BEIRA RIO, 855, APT 401, CONDOMÍNIO RESIDÊNCIA BEIRA RIO, MADALENA, RECIFEPE, CEP 50070-510
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um dos maiores problemas
mundiais de saúde. Com a melhora da sobrevida dos portadores de HIV/AIDS,
particularmente após a introdução do tratamento anti-retroviral de alta potência (HAART),
a partir de 1996, passaram a ser relatadas uma série de alterações anatômicas e
metabólicas (síndrome lipodistrófica) nesse grupo de pacientes. As alterações anatômicas
caracterizam-se por seletiva perda de gordura subcutânea na face e extremidades e, em
alguns pacientes, acúmulo de gordura ao redor do pescoço, região dorso-cervical,
abdômen e tronco. Podem associar-se a resistência periférica à insulina, diabetes,
hipertrigliceridemia e dislipidemia. O diagnóstico da lipoatrofia facial é definido, e pode ser
estimado, pela redução dos coxins gordurosos das regiões: malar, temporal e préauricular.
No
tratamento,
vem
sendo
empregado
preenchimento
facial
com
o
polimetilmetacrilato (PMMA) - biomaterial composto de microesferas maiores que 32
micras
de
diâmetro,
suspenso
em
colóide
químico
biologicamente
inerte.
Este
procedimento foi integrado à Lista de Procedimentos do SUS desde dezembro de 2004
através da portaria 2.582.
RELATO
ÍNDICE
O Serviço de Cirurgia Plástica do IMIP tem atendido pacientes portadores de lipoatrofia
facial oriundos de vários serviços de infectologia da região metropolitana do Recife.
Desenvolve-se então este trabalho objetivando avaliar o grau de satisfação desses
pacientes, complicações e resultados, abrangendo o período de agosto de 2003 a julho de
2006.
Para a inclusão no estudo considerou-se carga viral, contagem de células CD4 , ausência
de infecções associadas e liberação do infectologista. Foram avaliados 68 pacientes, sendo
57 do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Para o preenchimento foi utilizado o
META<>CRILL® (Anvisa-Reg.nº80101070001) e microcânulas de ponta romba, fornecidos
pela Secretaria Estadual de Saúde do Estado de Pernambuco, com o paciente em regime
ambulatorial, sedado e cooperativo. Infiltrou-se em média 20ml na primeira sessão. O
intervalo entre as aplicações foi em média 3 meses.
Não foi observada nenhuma reação adversa ou complicação aguda importantes, apenas
edema e discreta hiperemia local em todos os pacientes (tratados com crioterapia local
com resultado satisfatório). Em três pacientes foi observada nodulação subcutânea. O
ganho de preenchimento foi mantido durante o período observado. Todos os pacientes
sentiram-se satisfeitos com o tratamento, referindo melhora da auto-estima e reintegração
social em amplo aspecto (emocional, profissional, etc), favorecendo-se inclusive a adesão
ao tratamento com os anti-retrovirais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.J Clin Endocrinol Metab 87: 4845-4856, 2002
2.LKM Oyafuso et al. Polimetilmetacrilato para o tratamento da atrofia facial: 5 anos de
continuação.
3.Shaw AJ, McLean KA, Evans BA 1998 Disorders of fat distribution in HIV infection. Int J
STD AIDS 9:595-599
4.Nácul AM: Correção dos contornos dos tecidos moles com micropartículas sólidas
injetáveis. Rev Soc Bras Cir Plast Estet Reconstr 10(3):15, 1995.
5.Programa Nacional de DST AIDS, Secretaria de Vigilância em Saúde, Ministério da Saúde
Brasil. Tratamento da lipoatrofia facial em pacientes portadores de HIV/Aids com
polimetilmetacrilato (PMMA).2005
Figura 1 - Caso, fig. 1
Figura 2 - Caso, fig.2
Figura 3 - Caso 2, fig. 1
Figura 4 - Caso 2, fig. 2
Figura 5 - Caso 3, fig. 3
Figura 6 - Caso 3, fig. 2
NEO-ONFALOPLASTIA: ANÁLISE DE 25 CASOS
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO |
BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Rui Pereira
MD
CO-AUTORES
Bruna Pinheiro Silveira
Md
Ernando Luiz Ferraz Cavalcanti
Md
José Ferreira da Silva Neto
Md
Pedro Lapa
Md
DESCRITORES
Neo-onfaloplastia
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Instituto Materno Infantil Prof. Fernando Figueira (IMIP) /
Hospital Real Português (RHP)
Av.
Portugal,
163.
Real
Plástica.
RHP.
Paissandu.
Recife-Pe.Email:
[email protected]: 081- 32311274
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As primeiras abdominoplastias foram realizadas em 1880, na França, por Demars e Mars.
Desde então, várias técnicas foram desenvolvidas, sendo a reposição umbilical um dos
seus maiores desafios1. A maioria das reconstruções umbilicais envolve sua transposição
após avanço do retalho abdominal, com graus variados de dificuldade, resultando em uma
cicatriz externa3. O neo-umbigo deve ter forma natural, com depressão e projeção
suficientes e deve ser criado sem adição de novas cicatrizes2. Descrevemos uma técnica
simples e de fácil execução para a reconstrução umbilical, com resultado estético
satisfatório.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Vinte e cinco pacientes foram submetidos à abdominoplastias entre abril/2006 junho/2006, todas operadas pelo autor, com confecção de um neo-umbigo sem incisar o
retalho abdominal e sem pontos externos. Após a ressecção do retalho abdominal
excedente, incluindo o coto umbilical e plicatura dos retos abdominais, é determinado na
pele do retalho o local do neo-umbigo, sendo o ponto escolhido a interseção da linha que
une as espinhas ilíacas antero-superiores com a linha sagital xifo-pubiana, usado como
referência mais freqüente. Tatua-se esse ponto e faz-se a eversão do retalho,
prosseguindo com a divulsão do mesmo, desnudando a derme, evitando-se a ressecção do
tecido adiposo. Sutura-se a derme profunda do retalho à aponeurose com seis pontos de
nylon 5.0, de forma elíptica, previamente marcados. Pode-se, em caso de necessidade
(p.ex. retalho com pequeno panículo adiposo), aprofundar esses pontos, fazendo a síntese
na área interna da plicatura. Pode ser feita plicatura adicional nesse ponto para
aprofundamento do neo-umbigo. 4,5
RESULTADOS
ÍNDICE
Nas figuras 1-6 podemos observar o resultado da neo-onfaloplastia, em que o umbigo
apresenta-se natural e sem cicatrizes externas.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Procurando minimizar a insatisfação quanto ás cicatrizes peri-umbilicais e/ou a deficiência
vascular do coto umbilical remanescente, como nas hernioplastias umbilicais associadas,
técnicas de neo-onfaloplastia vem sendo progressivamente desenvolvidas. Procedimentos
convencionais de umbilicoplastia deixam cicatrizes perceptíveis e criam muitas vezes
estigmas nas pacientes operadas. Diversas técnicas descritas não conseguem dar o relevo
e profundidade necessária, não estabelecendo harmonia entre a superfície da parede
abdominal e a base do umbigo. Caso haja necessidade de aprofundamento no neo-umbigo,
este poderá em um segundo tempo, ser realizado como nas técnicas convencionais de
correção de hérnia umbilical, deixando, portanto cicatriz mínima e profunda na região.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A técnica de neo-onfaloplastia descrita caracteriza-se por ser de fácil execução, pela
ausência de cicatriz externa e com bom resultado estético, sendo, portanto, mais uma
opção a ser utilizada na plástica abdominal na procura de se obter melhores resultados.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1- D`Assumpção, E.A. Técnica para umbilicoplastia, evitando-se um dos estigmas das
abdominoplastias. Rev. Soc. Brás. Cir. Plast, (1997): 20(3): 160-166, jul-set 2005.
2- Pfulh, M; Van de Sijpe, K. A Simple New Technique for Neo-Umbilicoplasty. British
Journal of Plastic Surgery: 58(5): 688-91, jul 2005
3-Korachi, A . F.R.C.S; Oudit, D. M.R.C.S.Ed: Ellabban, M. F.R.C.S. A Simplified Technique
for Umbilical Reconstruction. Plastic and Reconstructive Surgery: 144(2): 619-621.
4-Almeida, A. E. F. Comunicação Pessoal.
5-Lemos P. C. Comunicação Pessoal.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA PROPTOSE NA DOENÇA DE GRAVES
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS |
AUTOR
Eduardo Ivan Passold
MD
CO-AUTORES
GONÇALVES, Gabriel Amoretti
MD
ABDALLA, Stella Crescenti
MD
BINS-ELY,Jorge
MD, PhD
d'EÇA NEVES, Rodrigo
MD
DESCRITORES
proptose
INSTITUIÇÃO
Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário
Rua Jornalista Tito Carvalho,155- Residencial Itália - Bloco Ímola - apto 401Bairro: Trindade
- Florianópolis SC - CEP: 88040-480
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A proptose é uma protusão anormal, para diante, de um ou ambos os olhos. A principal
causa de proptose em adultos é a oftalmopatia de Graves, a qual pode promover aumento
de volume do tecido gorduroso, ou musculatura orbitais, separadamente ou juntos. A
exposição da córnea, a retração da pálpebra, a congestão conjuntival, a restrição do olhar,
a diplopia e a perda visual a partir da compressão do nervo óptico constituem os sintomas
fundamentais da proptose secundária a Doença de Graves. Na maioria dos pacientes o
distúrbio segue uma evolução benigna que independe, em grande parte, do grau de
atividade do hipertireoidismo, porém nos casos mais graves e de evolução desfavorável
pode se tornar necessário a descompressão orbitária, ou seja, remoção de parte da órbita
óssea para aliviar a pressão intra-orbitária. Sendo assim este estudo teve como objetivo
demonstrar a melhora estética e funcional dos pacientes portadores de proptose após
serem submetidos a cirurgia de Descompressão Orbitária.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODO
Foram pesquisados os pacientes submetidos a cirurgia de Descompressão Orbitária das
paredes medial, lateral e inferior por acesso coronal, devido a proptose com evolução
desfavorável secundária a Doença de Graves no Núcleo de Ciurgia Plástica do Hospital
Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC), sendo comparados pré
e pós-operatoriamente quanto a queixas, achados funcionais, e ainda aspectos estético e
tomográfico.
ÍNDICE
RESULTADOS
Foram encontrados 3 pacientes, sendo 2 do sexo feminino e 1 do sexo masculino, ambos
submetidos a descompressão orbitária bilateral. Todos os pacientes mostraram melhora
das queixas, achados funcionais, e dos aspectos estético e tomográfico pós-operatórios
quando comparados aos mesmos dados analisados antes destes serem submetidos a
cirurgia.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
A cirurgia de Descompressão Orbitária vem sendo indicada e utilizada em vários casos de
proptose por Doença de Graves, mostrando evolução em sua abordagem nos últimos anos.
Demonstrou no estudo em questão eficiência na melhora funcional e estética da proptose
em pacientes portadores de Doença de Graves.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. Robert PY, Rivas M, Camenzind P, Rulfi JY, Adenis JP. Decrease of intraocular pressure
after fat-removal orbital decompression in graves disease. . Ophthal Plast Reconstr Surg.
2006; 22(2):92-95.
2.
Cruz
AA,
Leme
VR.
Orbital
decompression:
a
comparison
between
trans-
fornix/transcaruncular inferomedial an coronal inferomedial plus lateral approaches. Ophthal
Plast Reconstr Surg. 2003; 19(6):440-445.
3. Lee TJ, Kang MH, Hong JP. Three-wall orbit decompression in graves ophthalmopathy for
improvement of vision. J Craniofac Surg. 2003; 14(4):500-503.
4. Unual M, Ieri F, Konuk O, Hasanreisoglu B. Balanced orbital decompression combined
with fat removal in ophthalmopathy: do we really need to remove the third wall/Ophthal
Plast Reconstr Surg. 2003; 19(2):112-118.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
PROPOSTA DE TRATAMENTO DA ORELHA COM HÉLICE
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS. |
AUTOR
Marcelo Wulkan
MD
CO-AUTORES
Fábio Ezo Aki
MD
Oscar Porto
MD, Doutor em Medicina
José Victor Siervo
MD
DESCRITORES
Tratamento, orelha, hélice.
INSTITUIÇÃO
Universidade de São Paulo e Universidade de Santo Amaro.
R. Batatais, 309, 91. Jd. PaulistaCEP:01423-010São Paulo-SP
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A orelha plana é uma alteração cuja literatura é escassa tanto do ponto de vista de
classificação quanto das opções de correção. Existem poucos e inefetivos tratamentos para
a hélice aplainada 1,2 e a técnica apresentada resultou em bons resultados no seguimento
de uma média de 5 anos.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
A técnica foi utilizada em seis pacientes de orelha plana que variavam de 6 a 38 anos, 3 do
sexo masculino e 3 do sexo feminino, sem quaisquer outras co-morbidades. Faz-se a
incisão retro-auricular curvilínea e paralela ao rebordo da hélice aproximadamente 1 cm
para dentro do pavilhão; não se resseca pele. Na borda da cartilagem exposta, deve-se
marcar com azul de metileno triângulos equiláteros com altura de 0,5cm;se necessário
maior curvatura para a futura hélice, pode-se aumentar a altura do triângulo de modo a
tornar o mesmo isósceles. A distância entre os triângulos deve ser igual à base do mesmo
de modo que permaneçam ilhas de cartilagem intactas. Com a sutura dos vértices dos
triângulos, a hélice apresenta uma curvatura anterior formando um ângulo com a escafa
em torno de 90°.
RESULTADOS
ÍNDICE
Os resultados foram mantidos no seguimento de 5 anos. Ocorreu um caso de recidiva da
orelha plana devido à altura insuficiente do triângulo confeccionado na cartilagem. Este
caso foi novamente operado visando aumentar a altura do triângulo cartilaginoso
ressecado, obtendo-se resultado muito satisfatório.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Não encontramos trabalhos na literatura que possamos comparar a técnica e resultado e
também com 25 anos de experiência. No entanto, em 2000 foi realizado um trabalho que
sugere uma tática cirúrgica semelhante à nossa mas não faz alusão à casuística,
apresentação de casos clínicos e também não refere o tempo de seguimento do pósoperatório.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A técnica proposta inicialmente pelo Dr. Kamakura há 25 anos para correção de orelha com
hélice aplainada vêm sendo utilizada com êxito em nosso serviço e não há técnica descrita
na literatura com seguimento longo e resultados tão satisfatórios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ÍNDICE
1)North JF, Broadbent NRG. Correcting the flat helix. British Journal of Plastic Surgery.
1977;30: 310-312.
2)Fischl RA. The third crus of the anthelix and another minor anormaly of the external ear.
Plastic and Reconstructive Surgery. 1976;58: 192-194.
3)Macedo CF, Pradi AF, Bogado CA, Goelzer J, Fraga EF, Vieira VJ, Abdalla SC, Ely JB,
Neves RD. Orelha plana:definição e duas propostas de tratamento. Arquivos catarinenses
de medicina. 2000;29:1:145-146.
Figura 1 - Pré.
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
Figura 5 - FIg. 5
Figura 6 - Pós.
TRATAMENTO DO PSEUDOXANTOMA ELÁSTICO NA FACE
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADO |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS |
AUTOR
LUIZ CESAR BOGHOSSIAN
MD
CO-AUTORES
GLOWER BRAGA
MD
DANIEL BATISTA
MD
DENYSE OLIVEIRA ANDRADE
MD
FLAVIA IMOTO
MD
DESCRITORES
pseudoxantoma elástico
INSTITUIÇÃO
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - Faculdade de Medicina da UFRJ
Av. Epitácio Pessoa nº 2780 aptº 1003, Lagoa, Rio de Janeiro - RJ, CEP 22471-031
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O Pseudoxantoma Elástico ou Síndrome de Grönblad Strandberg é uma desordem congênita
do tecido conjuntivo, caracterizada por uma estrutura anormal das fibras elásticas em
vários graus, com envolvimento cutâneo, ocular, cardiovascular, e gastrointestinal.
Os tecidos acometidos, quando analisados histopatologicamente, apresentam acúmulo de
fibras elásticas fragmentadas e mineralizadas na pele, na membrana de Bush nos olhos, e
na parede dos vasos.
A relação das estrias angióides, primeira manifestação ocular, e as lesões de pele foram
estabelecidas por Grönblad (oftalmologista) e Strandberg (dermatologista), porisso a
condição patológica passou a ser conhecida também, como Síndrome de Grönblad
Strandberg.
Mutações no gene ABCC6 têm sido implicadas como causa da síndrome do pseudoxantoma
elástico. Até 80 % dos pacientes apresentam esta mutação.
A pele torna-se enrugada e redundante precocemente, formando grandes rugas que, no
período gravídico, tornam-se ainda mais evidentes. As lesões da pele acometem o
segmento lateral dopesco9ço, as ares flexoras das axilas, a fossa anticubital e poplítea, e
as regiões inguinal e periumbilical.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODO
Uma paciente de 54 anos foi submetida a uma ritidoplastia para correção de rugas de
região cervical devido a pseudoxantoma elástico, diagnosticado por biópsia, no Serviço de
Cirurgia Plástica do Hospital da UFRJ. A paciente apresentava ainda sulcos e dobras na pele
abaixo do mento, e estrias angióides ao exame ocular.
ÍNDICE
RESULTADO
A paciente evoluiu sem complicações e com o bom resultado estético preservado até a
ultima consulta, aos 6 meses de pós-operatório.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
Até o presente momento, não existe um tratamento efetivo para o pseudoxantoma elástico.
O único tratamento que influencia diretamente o curso evolutivo da doença seria sobre as
manifestações cutâneas.
Pickrell,
em
1948,
mostrou
o
benefício
da
ritidoplastia
em
uma
mulher
com
pseudoxantoma elástico afetando pescoço e axila. A afecção do pescoço foi tratada com
uma incisão baixa, em colar, com mobilização do retalho entre o osso hióide e a clavícula,
remoção do excesso cutâneo, tração e fixação do retalho.
De acordo com Ng (1999) a plicatura do SMAS e do platisma nem sempre é necessária,
pois o problema é a flacidez da pele. Em nosso caso, optamos pela plicatura do SMAS para
obtermos uma melhor distribuição e tração do retalho reposicionado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ÍNDICE
1.Chassing, N.; Martin, L.; Mazereeuw, J.: Novel ABCC6 Mutations in Psedoxanthoma
Elasticum. J Invest Dermatol, 122: 608-613, 2004.
2.Galadari,H.; Lebwohl, M. : Pseudoxanthoma elasticum: Temporary treatment of chin
folds and linae with injectable collagen. J Am Acad Dermatol, 49: 265-266, 2004
3.Mseddi, M.; Turki,H.; Kammoun,B.: Pseudoxanthoma elasticum: 11 cases. Ann Dermatol
Venerol.130: 318-320, 2003
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
RECONSTRUÇÕES AURICULARES PÓS-TRAUMA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
MARCELO DAHER
MD
CO-AUTORES
JULIANA SALES
MD
JOSE JÚLIO KOBOLDT GUIMARÃES NETO
MD
DANIEL J. VASCONCELLOS
MD
FABÍOLA AJNHORN
MD
DESCRITORES
Reconstrução, Auricular.
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL DA LAGOA - RJ
RUA JARDIM BOTÂNICO, 164JARDIM BOTÂNICO - RIO DE JANEIRO CEP.: 22461 000
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As orelhas são importantes no equilíbrio estético da face e qualquer alteração de tamanho,
forma ou posição tornam-se perceptíveis As deformidades auriculares podem ser
congênitas ou traumáticas, sendo sua reconstrução um desafio para o cirurgião1. As
causas mais comuns de trauma auricular são queimaduras, acidente de carro, mordida
animal ou humana, amputação com elemento cortante ou pós-ressecção de câncer. A
reconstrução da orelha fundamenta-se em criar estrutura carlilaginosa e revestimento
cutâneo adequados. Os tecidos lesados, quando viáveis e estocados no próprio corpo,
podem ser usados na reconstrução da orelha2.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foi realizado estudo retrospectivo de 102 pacientes submetidos à reconstrução auricular
pós-traumática, no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Lagoa e Interclínica-
Centroplástica, no período de 2000 a 2006, com idade entre 17 e 46 anos, sendo 68 do
sexo feminino e 34, sexo masculino.
RESULTADOS
ÍNDICE
Dos 102 casos de trauma auricular, 50 eram por lesão com adornos (brincos), 15 eram pósressecção de câncer, 12 eram por mordida de cão, 10 por mordida humana, 08 por
acidente com elemento cortante, 7 por queimaduras. A reconstrução da orelha foi realizada
tardiamente em todos os pacientes, utilizando-se diferentes técnicas cirúrgicas, conforme o
caso (Figuras 1 à 6).
Houve 05 casos de hematoma, 03 de infecção e 02 de necrose do retalho. Ocorreu melhora
estética em todos os pacientes.
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
Figura 5 - Fig. 5
Figura 6 - Fig. 6
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A anatomia da orelha é complexa sendo impossível imitá-la com perfeição. Na abordagem
primária dos traumas de orelha deve-se atentar para a limpeza exaustiva da ferida e
debridamento, se necessário. Quando o paciente é visto tardiamente deve-se retardar o
fechamento definitivo aguardando melhor definição das condições locais para planejamento
cirúrgico adequado, conforme a extensão e localização da lesão. A simetria, manutenção
do arcabouço cartilaginoso, pele de revestimento e ângulo cefaloauricular devem ser
levados em conta. Existem inúmeras técnicas para reconstrução auricular, podendo-se
realizar enxertos compostos, relalhos locais, retalhos de vizinhança ou retalhos tubulares
de pele, com melhora significativa da estética e benefício psicológico do paciente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Avelar JM. Importance of ear reconstruction for the aesthetic balance of the facial
contourn. Aest. Plast Surg 1986; 10: 147-56.
2.Avelar JM. Reconstrução auricular pós-traumática. In: Mélega JM, Baroudi R, editores.
Cirurgia Plástica-fundamentos e arte: cirurgia reparadora cabeça e pescoço. Rio de Janeiro:
Medsi; 2003.p 994 a 1006.
3.Pitanguy I. Considerações sobre a cirurgia reconstrutora da orelha. Rev Bras Cir Plast
1958; 36: 257.
4.Converse JM. Acquired deformities of the auricle. In: Converse JM (ed). Reconstructiive
Plastic Surgery Philadelphia: Sanders, 1964; 3:1.107.
5.Tanzer, R.C.: Total reconstruction of the auricle. The evolution of a Plan of treatment .
Plastic Reconstr Surgery, 47: 523-533, 1971.
USO DE POLIMETILMETRACRILATO EM PACIENTES HIV POSITIVOS
COM LIPODISTROFIA DE FACE
INTRODUÇÃO | OBJETIVOS | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Larissa Oliveira Rodrigues
MD
CO-AUTORES
Sérgio Augusto da Conceição
MD
Fernando de Nápole Azevedo
MD
Gisele Amorim Zanato
MD
Daniel Ludovico Martins
MD
DESCRITORES
lipodistrofia de face
INSTITUIÇÃO
Hospital Geral de Goiânia - Departamento de Cirurgia Plástica
Rua 6 A n 573 Apto 208 St Aeroporto Goiânia GoiásTelefone: 62- 81387611e-mail:
[email protected]
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Aproximadamente
50%
dos
pacientes
em
uso
de
terapia
antiretroviral
(HAART)
desenvolvem lipodistrofia visceral ou atrofia facial. O exato mecanismo ainda não é bem
conhecido, mas a atrofia facial encontrada é secundária à perda de gordura subcutânea, e
não de camadas mais profundas. A literatura sugere que a redistribuição da gordura no
organismo desses pacientes ocorra por um sinergismo entre a ação das drogas e do vírus
HIV1 na diferenciação dos adipócitos. Desta maneira, com a perda do contorno da face, os
pacientes ficam estigmatizados perante a sociedade,. Por esse motivo, alguns tratamentos
são preconizados para a correção da atrofia de face, como o uso de enxertos
dermogordurosos, gordurosos ou de materiais sintéticos, como o ácido hialurônico,e,
atualmente, o polimetilmetacrilato (PMMA).
OBJETIVOS
ÍNDICE
Avaliação do uso de PMMA 30% em pacientes HIV positivos em uso de terapia
antiretroviral.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Estudo prospectivo em pacientes portadores de atrofia facial com uso de terapia
antiretroviral, que procuraram o serviço do Hospital Geral de Goiânia no período de agosto
de 2005 a julho de 2006. No pré-operatório, foram incluídos os pacientes que não
apresentavam qualquer manifestação de infecções oportunistas, que possuíam CD4 maior
que 500 células/mm³ e carga viral indetectável. Os pacientes foram orientados quanto ao
produto utilizado e as possíveis complicações. Todos os pacientes foram fotografados no
pré e pós-operatório de 2 e 6 meses. A técnica utilizada foi o uso de PMMA 30%
(Bracher®) com microcânula e revólver dosador, atingindo os planos subcutâneo,
intramuscular e justaósseo. Todos os pacientes foram submetidos a sedação com bloqueio
de ramos de nervos da face.
RESULTADOS
ÍNDICE
Foram selecionados seis pacientes, sendo 83,3% do sexo masculino, onde a quantidade de
produto injetado variou de 6 a 12ml, conforme as irregularidades apresentadas na face.
Em alguns pacientes foram necessárias novas aplicações após 4 meses para simetrização e
contorno final. Durante este período, foi observado em dois pacientes, à palpação externa,
presença de nódulo de 0,3 e 1cm de diâmetro, sendo que um destes pacientes apresentou
a enduração após lesão traumática de mucosa jugal, sendo necessário uso de
antiinflamatório e antibiótico por 15 dias para regressão do processo inflamatório local.
Apesar dessas intercorrências, a satisfação quanto ao resultado obtido por parte dos
pacientes foi unânime.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Os estigmas deixados pelo uso crônico de medicações antiretrovirais promovem cada vez
mais a exclusão destes pacientes do convívio social. Logo, o polimetilmetacrilato, por ser
uma partícula inerte a reação em pessoas não infectadas, também se tornou uma
alternativa para o tratamento dos pacientes portadores de HIV.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.LEOW, M.K.S; ADDY, C.L; MANTZOROS, C.S. Human Immunideficiency Vírus/ Highly
Active Antiretroviral Therapy / Associated Metabolic Syndrome: Clinical Presentation,
Pathophysiology and Therapeutic Strategies, The Journal of Clinical Endocrinology and
Metabolism, vol.88, p 1961-1976, May 2003.
2.CABALLERO, C.R; REQUENA, L , SANMARTIN, O; BOTELLA, R. Histopathologic Findings of
Granuloma Caused by Polymethylmethacrylate Microspheres, Archives of Dermatology, vol.
139 , p 1505 , 2003
3.BUTLER, P; ABOOD, A.M.A, ONG, J. Facial Atrophy in HIV-related Fat Redistribution
Syndrome - A Plastic Surgical Perspective on treatment option and a look to the future ,
International Journal of STD and Aids, 17 (4) / 217-220, Abril 2006
4.McCLELLAND,
M.M.S;
EGBERT,
B;
HANKO,
V.
Evaluation
of
Artecoll
Polymethylmethacrylate Implant for Soft Tissue Augmentation: Biocompatibility and
Chemical Characterization , Plastic and Reconstructive Surgery, vol 100, p 1466-1474,
Nov. 1997
5.VITERBO, F; BOTTINI, V; MAZZONI, M.A.T. Reação inflamatória e estudo da migração de
micropartículas de PMMA no subcutâneo dos ratos, 2005
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
COMPLICAÇÕES E CONDUTAS EM IMPLANTES MAMÁRIOS
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Tatiana T. Tournieux
MD
CO-AUTORES
Filipe Volpe Basile
MD
Henrique N. Radwanski
MD
Ivo Pitanguy
PhD, Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
DESCRITORES
Complicações, Implantes, Mamários
INSTITUIÇÃO
Instituto Ivo Pitanguy - 38 Enfermaria da Santa Casa do Rio de Janeiro
Rua D. mariana 181 ap 105Botafogo, Rio de JaneiroBrasil
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Inclusão de implantes mamários é um dos procedimentos mais comumente realizado pelo
cirurgião plástico. A Infecção após este procedimento é um evento incomum, mas muito
temido pelos cirurgiões. A literatura mostra incidência variando de 2 a 3,5% em cirurgias
estéticas (1) e de 1-24% em cirurgias reconstrutoras (5), no entanto pouca informação
sobre o manuseio adequado está disponível. A necessidade de proporcionar um tratamento
efetivo, e de baixa morbidade para o paciente de cirurgia estética, pouco acostumado a
complicações, tem motivado um número cada vez maior de cirurgiões a tentar iniciar o
tratamento da infecção peri implante de forma conservadora, mantendo a prótese in loco.
Não existe consenso em relação a conduta mais adequada nestes casos. O presente
trabalho tem como objetivo analisar como foram conduzidos casos de infecção pós inclusão
de implantes mamários no Instituto Ivo Pitanguy.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Avaliaram-se retrospectivamente 565 casos de inclusão de implante mamário (1110
próteses), no período de janeiro de 2003 a junho de 2006 . Consideraram-se todos os
casos de reintervenções para retirada, troca, relocação ou revisão do implante, e destes,
quais foram por infecção. Assim como os casos de infecção que responderam
adequadamente ao tratamento conservador. Medidas universais para profilaxia da infecção
recomendadas pela NNIS (National Nosocomial Infections Surveillance System) do CDC
foram adotadas. A Infecção foi classificada em leve (incluindo eritema, dor e calor local,
sem secreção purulenta ou sinais sistêmicos), moderada (incluindo sinais ou sintomas
sistêmicos assim como presença de secreção) e grave (obrigatoriamente inclui exposição
da prótese) (1). As estratégias de tratamento foram divididas em 3 grupos. Grupo 1
Conservador (antibioticoterapia exclusiva e cuidados ambulatoriais); Grupo 2 Cirúrgico
conservador
com
preservação
do
implante
in
loco
(incluindo
capsulotomia
ou
capsulectomia ou troca por um novo implante no mesmo tempo cirúrgico); Grupo 3
Cirúrgico com retirada do implante (retirada da prótese e re-inserção tardia, após 6 meses
ou mais). A resposta ao tratamento adotado foi avaliada.
RESULTADOS
ÍNDICE
A incidência de infecção no período foi 3,89% nas cirurgias estéticas e 18,7% nas cirurgias
reconstrutoras (4 implantes). 93,2% dos implantes utilizados no período eram de
poliuretano, assim como 25 (92,6%) dos 27 implantes (25 casos) que evoluíram com
infecção. Observou-se ainda que 11 casos (44%) foram classificados como leve, 8 casos
(32%) como moderada e 6 (24%) como grave. Dos casos leves 10 (90,9%) foram tratados
como especificado no grupo 1 e 1 caso (9,1%) foi tratado como grupo 3. Dos casos
moderados 6 foram tratados como grupo 3 (75%), 1 caso (12,5%) como grupo 2 e 1
(12,5%) como grupo 1. Dos casos graves 5 (83,3%) foram tratados com troca tardia de
prótese (grupo3) e 1 (16,6%) com troca imediata (grupo2). O tempo de inicio dos
sintomas variou de 2 ate 206 dias com media de 62 dias. O tratamento conservador foi
tentado em todos os casos no período inicial. O menor tempo entre a inclusão e retirada do
implante foi 20 dias (quadro mais grave) e o mais longo 2 anos, com media de 60 dias. A
re-inclusão tardia foi realizada variando de 6 e 12 meses após com media de 7 meses.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Infecção na presença de corpo estranho deve a priori ser tratada agressivamente. Neste
serviço a conduta frente a cada caso guiou-se pela gravidade da apresentação. O presente
estudo sugere que na ausência de infecção grave ou exposição do implante uma conduta
mais conservadora com antibioticoterapia parenteral e cuidados locais com troca in loco da
prótese pode ser suficiente, evitando o incomodo de manter a paciente sem o implante por
um longo período. Esta claro ainda que, após qualquer sinal de refratariedade ao
tratamento, a retirada da prótese se faz imperativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Basile AR, Basile FV, Basile AVD Late infection following breast augmentation with
textured silicone gel filled implants Aesthetic Surgery Journal 2005, May 25(3):249-54
2.De Lorenzi C. Successful treatment of acute periprosthetic breast infection with
curettage, pulse lavage, and immediate device exchange. Aesthetic Plast Surg. 2005 SepOct;29(5):400-3.
3.Pajkos A, Deva AK, Vickery K, Cope C, Chang L, Cossart YE. Detection of subclinical
infection in significant breast implant capsules. Plast Reconstr Surg. 2003 Apr
15;111(5):1605-11
4.Maurice Y. Nahabedian, M.D., Theodore Tsangaris, M.D., Bahram Momen, Ph.D., Paul N.
Manson, M.D. Infectious Complications following Breast Reconstruction with Expanders and
Implants Plast Reconstr Surg. 2003 Aug:467-74
5. Spear SL, Howard MA, Boehmler JH, Ducic I, Low M, Abbruzzesse MR. The infected or
exposed breast implant: management and treatment strategies. Plast Reconstr Surg.
2004May;113,(6):1634-44.
Figura 1 - Infecção Leve
Figura 2 - Infecção Moderada
Figura 3 - Infecção Grave
Figura 4 - Reconstrução.
Figura 5 - Reconstrução Infecção.
TORACOBRAQUIOPLASTIA COM INCISÕES ELÍPTICAS DISTINTAS E
SEM DESCOLAMENTO - NOTA PRÉVIA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Tatiana T. Tournieux
MD
CO-AUTORES
Leandro da Silva Pereira
MD
Sergio Carreirão
MD
DESCRITORES
TORACOBRAQUIOPLASTIA, INCISÕES, ELÍPTICAS.
INSTITUIÇÃO
Serviço Dr Sergio Carreirão
Rua D. mariana 181 ap 105Botafogo, Rio de Janeiro, RJBrasil
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Nos últimos anos a cirurgia do contorno corporal tem tido ainda maior importância pela alta
freqüência de cirurgia bariátrica, conseqüentemente, as cirurgias pós-obesidade ganharam
grande importância com aumento sensível de freqüência, inclusive retomando técnicas,
que estavam em desuso, trazendo nova conotação aos especialistas. É relevante avaliar o
paciente como um todo já que as cirurgias usualmente realizadas, isoladamente, não
alcançariam a total satisfação do paciente. A lipodistrofia e a flacidez são esperadas no
envelhecimento normal e na perda ponderal, principalmente aquelas que seguem a cirurgia
bariátrica. O objetivo da cirurgia plástica neste contexto é fazer com que a paciente sintase bem dentro de suas individualidades. O sucesso depende da adequada seleção do
paciente, avaliando-o como um todo, entendendo suas expectativas, respeitando os limites
do paciente, do procedimento e da cicatrização. Varias técnicas para o tratamento da
extremidade superior já foram sugeridas. O objetivo deste trabalho é propor uma nova
forma de abordagem cirúrgica de uma técnica já classicamente estabelecida.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
RMC, 34 anos, paciente submetido a cirurgia bariátrica com perda de aproximadamente 60
kgs em 18 meses. Queixa-se principalmente da flacidez e lipodistrofia braquial e mamária
(Fig 1,2 e 3). Considerava-se inicialmente realizar braquioplastia e mamoplastia redutora
para o tratamento da pseudo-ginecomastia. Devido a insatisfação do paciente frente a
cicatriz mamária em "T", propôs-se realizar uma cirurgia em região torácica lateral além da
braquioplastia, na tentativa de poupar uma cicatriz mais evidente.
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
RESULTADOS
ÍNDICE
O paciente foi submetido à intervenção cirúrgica sob anestesia geral, com a duração de
aproximadamente 3hs, recebendo alta hospitalar em 24hs. O procedimento cirúrgico tem
como peculiaridade não fazer qualquer dissecção ou descolamento. O tecido a ser excisado
foi marcado previamente sob manobra bidigital com forma elíptica em região braquial e
outra elipse em região torácica lateral com seu maior eixo na linha axilar posterior. A
incisão foi realizada em um ângulo obtuso com a fascia muscular, sem nenhum
descolamento adicional com exposição de menos de 3 cm de largura da fascia muscular.
Manteve-se uma ponte de ilha entre as elipses, a qual só foi incisada superficialmente no
tempo cirúrgico da sutura, tornando-se então uma linha cicatricial continua, porém
mantendo a quebra da cicatriz para melhor aspecto final de ferida operatória. A sutura final
foi feita sem qualquer tensão para evitar aspecto final estéticamente indesejado; em 3
planos: profundo (subcutâneo), subdérmico e intradérmico. Curativo semi-compressivo
para evitar espaço morto. (Fig 4 e 5).A abordagem da braquiotoracoplastia em elipses
distintas sem descolamento mostrou-se eficaz, com resultado estético bastante aceitável,
alta satisfação do paciente, baixa morbidade e curto período de convalescença. (Fig 6).
Figura 1 - Fig. 4
Figura 2 - Fig. 5
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A abordagem da braquiotoracoplastia em elipses distintas sem descolamento mostrou-se
eficaz, com resultado estético bastante aceitável, alta satisfação do paciente, baixa
morbidade e curto período de convalescença. (Fig 6).
Figura 1 - Fig. 6
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Pitanguy I., Dermolipectomy of the abdominal wall, thights, buttocks, and upper
extremity, in Converse,J.M.; Recostructive plastic surgery 2nd edition 1977, pages
3800~3823
2.
Hallock
GG,
Altobelli
JA.
Simultaneous
brachioplasty,
thoracoplasty,
and
mammoplasty.Aesthetic Plast Surg. 1985;9(3):233-5.
3.Hurwitz DJ, Holland SW. The L brachioplasty: an innovative approach to correct excess
tissue of the upper arm, axilla, and lateral chest. Plast Reconstr Surg. 2006
Feb;117(2):403-11; discussion 412-3
4. Pascal JF, Le Louarn C. Brachioplasty. Aesthetic Plast Surg. 2005 Sep-Oct;29(5):423-9;
discussion 430.
5. de Souza Pinto EB, do Amaral AG. Brachioplasty technique with the use of molds. Plast
Reconstr Surg. 2000 Apr;105(5):1854-60; discussion 1861-5.
Figura 1 - Fig. 6
USO DE EXPANSORES CUTÂNEOS NO TRATAMENTO DE SEQÜELAS
DE QUEIMADURAS NA CABEÇA - SÉRIE DE CASOS
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS |
AUTOR
Arthur Koerich d'AVILA
MD
CO-AUTORES
PASSOLD, Eduardo Ivan
MD
ABDALLA, Stella Crescenti
MD
BINS-ELY,Jorge
MD, PhD
d'EÇA NEVES, Rodrigo
MD
DESCRITORES
Seqüela de Queimadura
INSTITUIÇÃO
Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário
Rua Assis Brasil 5177, Bairro: Ponta de Baixo - São José SCCEP: 88104-200
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Um dos principais avanços no tratamento das seqüelas de queimaduras foi a introdução dos
expansores como opção terapêutica. Idealizados por Newmann em 1957, tornaram-se
populares a partir de 1976, com Radovan, visando à reconstrução mamária1. Mais
recentemente, sob as mais variadas formas e tamanhos, vieram somar-se ao arsenal
terapêutico à disposição do cirurgião plástico no tratamento das seqüelas de queimaduras.
Têm a propriedade de "produzir" tecido circunvizinho à área cicatricial, com características
similares às do tecido original2.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram avaliados 4 casos de queimaduras em cabeça submetidos ao tratamento através da
expansão tecidual seguido de cirurgia para ajuste dos retalhos.
Caso nº 1: CCO, fem., 4 anos. Aos 2 anos de idade sofreu queimadura com álcool em face.
A fim de reparar retração em hemiface direita e ectrópio labial, utilizou-se expansor na
região submentoniana e submandibular. A válvula apresentou mau funcionamento um mês
após a colocação do expansor, sendo substituída sob anestesia local. Cinco meses após a
introdução, o expansor foi retirado e o retalho resultante pôde ser avançado de forma a
melhorar o defeito previamente existente. Caso nº 2: EA, fem., 5 anos. Sofreu queimadura
com banha quente aos 2 anos de idade em região fronto-temporo-parietal direita. Foram
utilizados 2 expansores; por duas vezes houve necrose cutânea com exposição de um dos
expansores, que necessitaram ser removidos (com reinserção dias após). Onze meses após
a primeira cirurgia, os expansores foram retirados e procedeu-se o avanço dos retalhos de
forma a reparar o defeito.
Caso nº 3: AWN, masc., 22 anos. Queimadura com café quente em couro cabeludo com 1
ano e 8 meses de idade em região biparietal. Foram utilizados 2 expansores retangulares
em plano subgaleal. Após 7 meses, os expansores foram removidos.
Caso nº 4: JAFS, masc., 9 anos. Queimaduras aos 2 anos e 5 meses de idade. Implantado
1 expansor em couro cabeludo, em plano supragaleal. Após 7 meses pôde ser retirado.
Não houve complicações.
RESULTADOS
ÍNDICE
A fim de avaliar os resultados obtidos, são analisadas fotografias dos pacientes antes,
durante e após o tratamento. Informações tais como volume do expansor utilizado,
intercorrências durante as expansões e comentários pertinentes a cada caso serão
expostos.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O tratamento das seqüelas de queimaduras continua sendo um desafio para o cirurgião
plástico. O uso de expansores teciduais trouxe uma opção de tratamento com resultados
inigualáveis em determinadas situações. Trata-se de técnica relativamente simples, com
resultados reprodutíveis e com pequena curva de aprendizado para o cirurgião3. Apesar de
termos experiência ainda reduzida com tal método de tratamento, consideramos os
resultados obtidos bastante satisfatórios, com melhora tanto funcional quanto estética.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
ÍNDICE
1. Serra MCVF, Lima Jr EM. Tratado de queimaduras. Editora Atheneu, 2004.
2. Hudson DA et al. The use of serial tissue expansion in pediatric plastic surgery. Ann Plast
Surg 54: 310-6, 2001.
3. Pitanguy et al. Repeated expansion in burn seqüela. Burns 28: 494-9, 2002.
Figura 1 - Fig. 01 - Pré-operatório
Figura 2 - Fig 2. Pós-Operatório
RECONSTRUÇÃO DE MAMA IMEDIATA E RADIOTERAPIA ADJUVANTE
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Flavio Brayner Ramalho
MD
CO-AUTORES
Cristiano Gonçalves Fleury Curado
MD
Edmar Soares Lessa
MD
Juliano Carlos Sbalchiero
MD
Márcio Augusto Tavares Paes Barreto
MD
DESCRITORES
Reconstrução, mama, Radioterapia.
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva - Instituto Nacional do Câncer
Rio de Janeiro - RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A Reconstrução de mama é parte integrante do tratamento de pacientes submetidas à
mastectomia. A Reconstrução imediata pode reduzir custo , facilitar a realização do
procedimento cirúrgico, obter um resultado mais satisfatório, assim como produzir efeito
psicológico positivo para as mesmas. Tem-se demonstrado melhor controle loco-regional e
maior sobrevida livre de doença em pacientes com câncer de mama com axila positiva
submetidas à radioterapia pós-operatória. Contudo, já estão documentados os efeitos
deletérios - agudos e crônicos - da radioterapia sobre a reconstrução mamária. Neste
estudo, avaliamos em um grupo de pacientes o impacto da radioterapia adjuvante após
reconstrução imediata de mama.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Avaliamos retrospectivamente 11 pacientes com idade entre 28 e 58 anos (média de 39,8)
tratadas com radioterapia após mastectomia radical modificada com reconstrução
imediata. A dose total foi de 5000cGy divididos em 25 frações. Avaliamos técnica de
reconstrução, evolução da terapia adjuvante, complicações e resultado cosmético obtido.
ÍNDICE
RESULTADOS
O período médio de seguimento foi de 22 meses (11 - 40 meses). Sete pacientes foram
submetidas a reconstrução com retalho miocutâneo de músculo reto abdominal (TRAM),
três com expansor e uma com grande dorsal (GD) e prótese. Em nenhum caso houve
necessidade de interrupção da radioterapia por toxicidade cutânea. Cinco pacientes
apresentaram hiperpigmentação cutânea e duas descamação e prurido durante a
radioterapia. Todas apresentaram regressão do quadro após tratamento conservador. Uma
paciente apresentou celulite com melhora após antibioticoterapia. As pacientes submetidas
reconstrução com TRAM e GD apresentaram boa evolução com elevado índice de
satisfação, sem alteração de forma e volume da neomama após radioterapia. As duas
pacientes submetidas à reconstrução com expansor não tiveram boa evolução.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
Radioterapia após mastectomia radical modificada com reconstrução imediata de mama é
bem tolerada pelas pacientes e não é associada a aumento da incidência de interrupção do
tratamento. Embora sejam conhecidos os efeitos deletérios da radioterapia sobre a mama
reconstruída, principalmente no caso de implantes e expansores, a ponto de alguns autores
contra-indicarem a reconstrução de mama imediata se a paciente necessitar de
radioterapia adjuvante, nem sempre é possível prever esta necessidade, pois achados
anatomo-patológicos pós-operatórios na peça cirúrgica podem revelar uma extensão maior
da doença. Não foi evidenciado prejuízo no resultado funcional ou estético atribuído à
radioterapia em pacientes submetidas a reconstrução com TRAM ou GD. Os efeitos da
radioterapia são agudos (eritema, descamação) e crônicos, como fibrose, retração, atrofia
dos tecidos. Talvez o tempo de seguimento e a pequena casuística sejam insuficientes para
demonstrar os efeitos da radioterapia.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.MOTWANI
SB,
STROM
EA,
SCHECHTER
NR.
The
impact
of
immediate
breast
reconstruction on the technical delivery of postmastectomy radiotherapy. Int J Radiat Oncol
Biol Phys 2006; 03: 40-46
2.ASCHERMAN JA, HANASONO MM, NEWMAN MI, HUGHES DB. Implant Reconstruction in
Breast Cancer Patients Treated with Radiation Therapy. Plast. Reconstr.Surg 2006; 117:
359-365
Figura 1 - Fig 1
Figura 2 - Fig. 20
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
RECONSTRUÇÃO DE VULVA COM UTILIZAÇÃO DE RETALHO
FASCIOCUTÂNEO DA FACE INTERNA DA COXA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Priscilla Duarte Reis
MD
CO-AUTORES
Priscilla Duarte Reis
R1 de Cirurgia Plástica do IASERJ
Ângela M C Maximiano
Chefe de Equipe Técnica do Serviço de Cirurgia Plástica do IASERJ
Eduardo Marques de Souza
Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do IASERJ
Luis Eduardo L R F Ematne
R3 de Cirurgia Plástica do IASERJ
Gustavo Re Colonheze
R2 de Cirurgia Plástica do IASERJ
DESCRITORES
Reconstrução da Vulva
INSTITUIÇÃO
Hospital Central do IASERJ
Av Henrique Valadares ,107 Pavilhão Cirúrgico 602, Centro Rio de Janeiro - RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O câncer de vulva corresponde a menos de 1% das neoplasias malignas da mulher e 3% a
5% dos tumores malignos do trato genital feminino. Geralmente os tumores são
diagnosticados em estágio avançado, sendo necessária vulvectomia com linfadenectomia
bilateral na grande maioria dos casos. Portanto, o estudo de reconstrução da vulva com
utilização de retalho torna-se importante devido ao melhor resultado estético e funcional
para a paciente.
Nosso trabalho procura enfatizar o bom resultado da utilização do retalho fasciocutâneo da
face interna da coxa, baseado no pedículo ao redor da tuberosidade isquiática suprido pela
artéria glútea inferior, para esta cirurgia.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram avaliadas as reconstruções de vulva realizadas pelo Serviço de Cirurgia Plástica do
Hospital Central do IASERJ entre Janeiro de 2001 e Dezembro de 2005, tendo sido
operadas 07 pacientes e analisadas as seguintes variáveis: idade, diâmetro da lesão,
tabagismo, tipo de reconstrução e complicações pós-operatórias.
Das pacientes operadas, 02 foram submetidas a fechamento primário, em 01 foi realizada
enxertia de pele total e em 04 optamos pela reconstrução da vulva utilizando o retalho
fasciocutâneo da face interna da coxa com fechamento primário da área doadora. A idade
das pacientes variou entre 58 e 85 anos, o tempo médio de internação foi de 27 dias e a
sondagem vesical foi realizada de rotina por aproximadamente 10 dias. Analisamos
comparativamente os tipos de reconstruções de vulva com a qualidade final da cicatriz, a
simetria, a presença de dor local e o tempo de retorno às atividades diárias.
RESULTADOS
ÍNDICE
Dentre as pacientes submetidas ao fechamento primário, 01 apresentou deiscência parcial
de sutura e a ferida cicatrizou por segunda intenção. No único caso de enxertia de pele
houve necrose de uma pequena área do enxerto. Na primeira paciente submetida ao
retalho fasciocutâneo ocorreu contaminação do retalho devido à retirada precoce do cateter
vesical; realizamos novo cateterismo, desbridamento e antibiótico endovenoso por 10 dias.
Os demais casos evoluíram sem intercorrências.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Geralmente há uma tendência em utilização de fechamento primário pelos serviços de
ginecologia e observa-se que a longo prazo o resultado tende a evoluir com estenoses e
disfunções variáveis de natureza sexual. A enxertia simples de pele causa retrações locais.
Os retalhos miocutâneos apresentam excesso de tecido no períneo causando grande
desconforto e queixas por parte das pacientes.
Analisamos as principais técnicas utilizadas no reparo após vulvectomia por neoplasia,
enfatizamos o uso do retalho fasciocutâneo da face interna da coxa com pedículo inferior
pelo melhor resultado funcional e estético. É um retalho que utiliza como ponto para
localização do pedículo, com a paciente em posição ginecológica, a projeção cutânea da
tuberosidade isquiática tendo como vascularização principal o ramo descendente da artéria
glútea inferior. Este retalho é de fácil execução técnica podendo sofrer boa rotação de até
180º, com fechamento primário da área doadora sem sacrificar grupos musculares da
coxa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1-McCraw JB, Massey FM, Shanklin KD, Horton CE. Vaginal reconstruction with gracilis
myocutaneous flap. Plast Reconstr Surg 1976; 58: 176. 2- Wang T, Whetzel T. A
fasciocutaneous flap for vaginal and perineal reconstruction. Plast Reconst Surg 1987; 80:
95-102. 3-Har-Shai Y. Blood supply and innervation of the supermedial thigh flap employed
in one-stage reconstruction of the scrotum and vulva. An anatomical study. Ann Plast Surg
1984; 13: 504-511.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
RETALHO FASCIO-CUTÂNEO SUPRACLAVICULAR: RELATO DE CASOS/
SUPRACLAVICULAR FASCIO-CUTANEOUS FLAP: CASE REPORTS
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
PEDRO DE ALBUQUERQUE LAPA
MD
CO-AUTORES
ERNANDO LUIZ FERRAZ CAVALCANTI
MD
MARCO ANTÔNIO PINTO KITAMURA
MD
JOSÉ FERREIRA DA SILVA NETO
MD
RUI MANOEL RODRIGUES PEREIRA
MD
DESCRITORES
RETALHO FASCIO-CUTÂNEO SUPRACLAVICULAR: RELATO DE CASOS SUPRACLAVICULAR
FASCIO-CUTANEOUS FLAP: CASE REPORTS
INSTITUIÇÃO
INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP - RECIFE PERNAMBUCO - BRASIL
Endereço: Rua da Baixa Verde, 287 / 604 Derby Recife-PE CEP 52010-250Tel: (81)
99741618 e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O tratamento cirúrgico das retrações cicatriciais por seqüelas de queimaduras é um desafio
para a cirurgia plástica reconstrutiva, já que inclui a necessidade de múltiplos
procedimentos, com alto custo em longo prazo, pobre perfil psicológico do paciente e
necessidade de equipe multidisciplinar. As retrações mento-esternais extensas são
deformidades extremamente limitantes para o convívio social, gerando diversas alterações
funcionais, como limitações de mobilização cervico-facial, dificuldade respiratória e de
oclusão bucal. De longa data são descritos retalhos eficientes no tratamento dessa
entidade patológica, e nas últimas décadas vem se dando preferência aos retalhos fasciocutâneos, ilhados ou não, bem como retalhos livres1. Sabe-se através de estudos
anatômicos em cadáveres que a região do ombro é irrigada por uma rica rede
anastomótica proveniente da artéria circunflexa posterior do úmero, toracoacromial,
supraclavicular, occipital e cervical. Dependendo da extensão do descolamento do retalho,
uma boa parte de perfurantes são seccionadas, ficando o retalho com uma irrigação
principal de padrão axial fascio-cutânea de ramos perfurantes descendentes da artéria
cervical superficial, como descrito por Ferreira2. O retalho fascio-cutâneo supraclavicular se
caracteriza por ser um retalho de uma extensão longitudinal considerável e sua rotação
possibilita o tratamento cirúrgico de diversas regiões adjacentes, como o dorso, o ombro e
a parede torácica anterior.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
O objetivo deste trabalho é relatar a experiência do Serviço de Cirurgia Plástica do Instituto
Materno Infantil Prof. Fernando Figueira, em Recife, na utilização do retalho fascio-cutâneo
supraclavicular em 3 pacientes com retrações cervicais pós queimadura neste ano de 2006.
Todos os pacientes apresentavam deformidades importantes, limitantes às capacidades
funcionais habituais, inclusive, no primeiro caso a paciente apresentava dificuldade em
fechar a boca.
Não foi realizado mapeamento prévio de pedículo vascular por ultra-sonografia com
Doppler, como rotineiramente visto em diferentes trabalhos. A marcação cirúrgica se inicia
com a identificação do provável trajeto do pedículo principal do ramo perfurante
descendente da artéria cervical superficial, na face lateral do terço médio do músculo
esternocleidomastóideo. O limite anterior seria uma linha desde a face anterior do braço à
articulação esterno-clavicular, o limite distal o terço proximal do braço, na região deltóide,
e o limite posterior na borda medial do músculo trapézio. Consideramos evitar desenhar o
retalho em áreas com pele queimada. Após a liberação da brida por degola, realizamos o
descolamento do retalho sem dificuldades, em plano subfascial, notando apenas uma maior
aderência do mesmo ao nível da face posterior da clavícula por provável intersessão de
fáscias. Transferindo assim o retalho à área receptora, tratamos a área doadora com
enxerto de pele parcial após pontos de aproximação dos bordos à musculatura,
minimizando bastante a área cruenta. Não houve qualquer sofrimento do retalho nos 3
casos descritos. No segundo caso houve perda de áreas de enxerto, que evoluiu para
cicatrizes queloideanas. Obteve-se um bom resultado funcional e também estético, por ser
um retalho pouco espesso. As figuras a seguir mostram alguns resultados obtidos.
O retalho fascio-cutâneo supraclavicular demonstrou ser simples, de fácil execução, com
uma curta curva de aprendizado, e que dispensa utilização de equipamentos de maior
complexidade, sendo uma excelente opção cirúrgica.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1) PALLUA, N., MACHENS, H. G., RENNEKAMPFF, O., BECKER, M., AND BERGER, A. The
fasciocutaneous supraclavicular artery island flap for releasing postburn mentosternal
contractures. Plast. Reconstr. Surg. 99: 1878, 1997.
2) FERREIRA, L. M. Retalho fasciocutâneo supraclavicular: anatomia e aplicação clínica In:
Robert Jan Bloch. Retalhos fasciais fasciocutâneos e osteomiofasciocutâneos. Editora
Revinter, 2002.
3) CORMACK, G. C. and LAMBERTY, B. G. H. A classification of fascio-cutaneous flaps
according to their patterns of vascularization. Br. J. Plast. Surg., 37: 80-7, 1984.
4) MATHES, S. J., AND NAHAI, F. Clinical Applications for Muscle and Musculocutaneous
Flaps. St. Louis: Mosby, 1982.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
PERFURAÇÃO DO PALATO MOLE SECUNDÁRIA AO USO DE COCAÍNA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Filipe Volpe Basile
MD
CO-AUTORES
Tatiana T. Tournieux
MD
Henrique L. Cintra
MD
DESCRITORES
palato mole secundario
INSTITUIÇÃO
Instituto Ivo Pitanguy
Rua Almirante Sadock de Sá, 216 ap 308Ipanema, Rio de Janeiro
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A cocaína é uma substância química estimulante que afeta diretamente o cérebro. Estimase que 2 milhões de americanos sejam dependentes químico de cocaína hoje. No Brasil não
há dados disponíveis, mas o problema é da mesma grandeza. O uso abusivo de cocaína
pode causar complicações sistêmicas graves e ainda o uso via oral ou a inalação podem
conduzir a anosmia, rouquidão e a irritação do septo nasal. A cocaína age por efeito
vasoconstrictor direto, com ação no tecido mucopericondral causando isquemia e
inflamação crônicas (1). Com o uso continuado da droga podem surgir erosão,
sangramento, infecção secundária, algum grau de déficit de cicatrização e até necrose.
Lesões locais complexas secundárias ao uso oral ou nasal da cocaína podem ocorrer em
toda mucosa nasofaringea.(2). Apesar da literatura conter diversas séries descrevendo
lesões de mucosa acometendo septo nasal, palato anterior e faringe a descrição e
tratamento de lesões de palato mole é bastante escassa.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
O presente trabalho apresenta dois casos consecutivos de lesão de palato mole na linha
media em mulheres usuárias de cocaína por via nasal e oral. A metodologia de Casocontrole foi usada para identificar possíveis fatores de risco. O diagnostico diferencial e os
princípios do tratamento utilizados são detalhados.
RESULTADOS
ÍNDICE
O paciente 1 , sexo feminino, 25 anos de idade, com história de 8 anos de uso pesado de
cocaína por via oral e nasal (figura 1). Não fazia uso por via endovenosa. O paciente 2,
também do sexo feminino, 42 anos,com história de 4 anos de abuso de cocaína (figura 2).
A idade média foi 33.5 anos e tempo médio de dependência da droga de 6 anos. O
paciente 2 foi testado para ANCA (c e p) com resultado negativo no diagnostico diferencial
para Granulomatose de Wegner. Ambos os casos evoluíram com algum grau de
incompetência velofaríngea e dificuldade na fala (hipernasalidade e diminuição da
intensidade vocal). Os defeitos tinham 5 X 7 e 4 X 6 cm respectivamente e ambos os casos
apresentavam algum grau de erosão do palato duro associado mas sem perfuração septal.
Figura 1
Figura 2
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A revisão da literatura não mostra qualquer outro relato de perfuração extensa do palato
mole secundária ao uso abusivo de cocaína. Relatos esporádicos de pequenos defeitos
existem.(3) A analise do tipo caso-controle sugere que o gênero feminino possa ser um
fator de risco para as lesões mucopericondrais por cocaína. Apesar de serem maioria nas
series de perfurações apenas um terço dos usuários é do sexo feminino. Diferença nas
concentrações plasmáticas de cocaína relacionadas ao sexo pode justificar esta maior
incidência em mulheres(4). Uma avaliação mais extensa no entanto faz-se necessária. O
procedimento cirúrgico eleito para o fechamento destes defeitos foi a técnica de
Langenbeck com elevação de dois retalhos mucoperiostais bi-pediculados com incisões
laterais de relaxamento e cuidadosa dissecção para liberar o retalho da musculatura
elevadora do palato (figura 2). O objetivo é fechar o defeito em duas camadas na linha
mediana com manipulação mínima dos tecidos (figura 3). O tecido danificado pela
cocaína,diferentemente da palatoplastia convencional, é isquêmico e friável não resistindo
a sutura sob tensão. As pacientes receberam alta hospitalar em 24 horas após a cirurgia
sem qualquer complicação. Houve melhora na fala em ambos as pacientes e nenhum sinal
de fistula após 6 meses pos operatórios.
Por fim conclui-se que o uso continuado de cocaína por via nasal e oral deve ser incluído no
diagnóstico diferencial dos defeitos na linha media do palato mole em adultos juntamente
com as doenças infecciosas (sífilis e tuberculose terciária), trauma, e patologias
imunológicas (Granulomatose de Wegener) (2). O principio do tratamento destes defeitos é
priorizar procedimentos cirúrgicos conservadores. No entanto se o paciente já fora
submetido a múltiplas cirurgias sem sucesso um retalho microcirúrgico radial de antebraço
pode ser a melhor opção. (5).
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1.Smith J.C , Kacker A, Anand V.K, Midline nasal and hard palate destruction in cocaine
abusers and cocaine's role in rhinologic practice. Ear Nose Throat J. 2002 Mar;81(3):172-7.
2.Deutsch H.L, Millard R., A new cocaine abuse complex. Involvement of nose, septum,
palate, and pharynx. Arch Otolaryngol Head Neck Surg. 1989 Feb;115(2):235-7.
3.Trimarchi M., Nicolai P, Specks U, Sinonasal osteocartilaginous necrosis in cocaine
abusers: experience in 25 patients. Am J Rhinol. 2003 Jan-Feb;17(1):33-43.
4.Lukas S. E., Kragie L., Mendelson J.H., Sex differences in plasma cocaine levels and
subjective
effects
after
acute
cocaine
administration
in
human
volunteers.
Psychopharmacology. 1996 Jun;125(4):346-54
5.Marshall D. M., Amjad I., Wolfe S.A., Use of the radial forearm flap for deep, central,
midfacial defects. Plast Reconstr Surg. 2003 Jan;111(1):56-64;
IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO DA REGIÃO SUBMENTONIANA NAS
RITIDOPLASTIAS
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Cristiane Todeschini
MD
CO-AUTORES
Farid Hakme
Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu.
Bruno Von Glen Herkenhoff
Residente do primeiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital da Faculadde de Nova
Iguaçu.
Bruno Alcuri de Souza
MD
Fernando Bianco
MD
DESCRITORES
Tratamento, Submentoniana, Ritidosplastias.
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL DA PLÁSTICA
Rua Sorocaba 552 22271-110 - Rio de Janeiro - RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A ritidoplastia é um dos procedimentos em cirurgia plástica que mais tem evoluído ao longo
dos anos, proporcionando aos pacientes resultados cada vez melhores. A abordagem da
região cervical é de suma importância no tratamento completo da face, visto que a flacidez
cervical, a presença de bandas platismais aliadas ao excesso de gordura nesta região,
constitui sinais óbvios de envelhecimento.
A finalidade deste trabalho é apresentar os resultados que obtivemos em nosso serviço
com o tratamento da região submentoniana, realizando técnicas que tratam o platisma e a
gordura cervical e em alguns casos, inclusive o músculo digástrico
Figura 1 - Pré-operatório.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram analisadas 54 pacientes do sexo feminino, entre 38 e 74 anos, no período de janeiro
a junho de 2006, que se submeteram a ritidoplastia em nosso serviço. Das 54 pacientes
abordamos a região cervical em 38 casos. Em 9 casos fizemos apenas lipoaspiração na
região cervical e 7 pacientes não necessitaram de procedimentos na região cervical.
Quando há necessidade de abordagem cervical o acesso é feito através de uma incisão de
aproximadamente 4 cm, 3 mm atrás da prega submentoniana. É realizada lipoaspiração da
região com cânula 2 ou 3 mm. A seguir, realiza-se descolamento com tesoura a fim de
visualizar a porção medial do platisma. Faz-se a liberação das bandas platismais e ressecase a porção redundante das mesmas. Em 8 casos retiramos parte da gordura subplatismal
que se encontrava em excesso. Em 2 casos ressecamos o ventre anterior do músculo
digástrico. Realiza-se, então, a plicatura das bandas platismais com pontos separados de
nylon 4.0, até o nível do osso hióide. Optamos sempre por abordar o submento antes da
ritidoplastia propriamente dita. Em 9 casos utilizamos um implante de silicone no mento
para dar mais definição a esta região. Não realizamos retiradas de pele. A sutura da pele é
realizada com chuleio simples com nylon 4.0.
RESULTADOS
ÍNDICE
Nos 38 casos analisados, em que associamos a ritidoplastia a procedimentos na região
submentoniana, verificamos que as pacientes obtiveram um rejuvenescimento facial
harmonioso. Pacientes jovens, apresentando somente acúmulo de gordura cervical, sem
bandas platismais, que foram submetidas à lipoaspiração cervical isoladamente obtiveram
resultados também muito satisfatórios.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Em nossa experiência observamos que o tratamento da região cervical não só complementa
a ritidoplastia, como é parte integrante deste procedimento cirúrgico, oferecendo às
pacientes uma melhor definição da região mandibular.
Em casos "borderline", nos quais há dúvida sobre o tratamento ou não da região cervical,
nossa postura é a favor da execução desse procedimento cirúrgico, pois acreditamos que
os resultados das ritidoplastias são potencializados sempre que o tratamento da região
submentoniana é aliado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
·Cardoso de Castro C. The Value of the Anatomical Study of the Platysma Muscle in Cervical
Lifting. Aest Plast Surg 1984; 8: 7
·Cardoso de Castro C., Aboudib Jr. J. H. e Rodrigues S. M. C. Ritidoplastia Cervicofacial Cirurgia Plástica SBCP. Editora Atheneu, São Paulo 2005; 52: 511.
·Connel B. F. and Shamoun J. M. The Significance of Digastric Muscle Contouring for
Rejuvenation of the Submental Area of the Face. Plast Recontr Surg 1997; 99: 1586
·Feldman J. J. Corset Platysmaplasty. Plast Reconstr Surg 1990; 85: 333
·Hakme F. Problems in the Submental Region Following a SMAS/Platysma Face-Lift. Rev
Centr Cir Plast Clín Integr 1982; 2: 517
Figura 1 - Pré-operatório.
Figura 2 - Pós-operatório de 5 meses de ritidoplastia e tratamento da região
submentoniana
Figura 3 - Pré-operatório.
Figura 4 - Pós-operatório de 3 meses de ritidoplastia, tratamento da região submentoniana
e inclusão de implante de silicone no mento
Figura 5 - Pré-operatório.
Figura 6 - Pós-operatório de 3 meses de ritidoplastia, tratamento da região submentoniana
e inclusão de implante de silicone no mento
UTILIZAÇÃO DE RETALHOS MÚLTIPLOS PARA TRATAMENTO DE
POLITRAUMA
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Luiz Eduardo Mendonça Pereira
MD
CO-AUTORES
Geraldo Antônio E. Scozzafave
Mestre em técnica operatória e cirurgia experimental pela UNIFESP, Membro Titular da
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Preceptor/ Assistente do Serviço de Cirurgia
Plástica Zona Leste
Jorge Luiz Abel
Fellow do Colégio Internacional de Cirurgiões, Membro Titular da Sociedade Brasileira de
Cirurgia Plástica, Preceptor/ Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste,
Evandra de Moura Rabello
Residente do 2º ano do Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste
Antonio Pinheiro Filho
Residente do 2º ano do Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste
DESCRITORES
retalhos, politrauma
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Zona Leste
Rua
Cipriano
Barata
1051
apto2091-
CEP:04205-000Telefone:
11
61683599/11
92948689e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Politraumatizados, com perdas extensas de tegumento, necessitam de coberturas cutâneas
adequadas para evitar seqüelas funcionais importantes que limitam sua capacidade
laborativa. Os retalhos axiais são seguros na sua confecção, versáteis nas indicações e com
resultados satisfatórios tanto funcionais quanto estéticos.
A partir das décadas de 60 e 70, muitos retalhos e seus aspectos anatômicos foram
estudados amplamente, proporcionando uma gama enorme na escolha do retalho
necessário para corrigir o defeito resultante do trauma.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
O caso descrito foi atendido e acompanhado no Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital
Heliópolis de junho de 1998 a janeiro de 2006 .
RELATO DO CASO
ÍNDICE
JWL, 29 anos, pardo, masculino, moto-boy, vítima de acidente motociclístico com queda,
seguida de atropelamento. Como resultado, houve ferimentos com perda de substância em
região axilar direita, extensa, com exposição de estruturas nobres em oco axilar.
Apresentou também, perda de tegumento em braço direito.
Foi planejado fechamento das áreas cruentas, iniciando-se pela região axilar, através de
um retalho paraescapular com o diâmetro de 20X11 cm, pediculado na artéria circunflexa
escapular. O retalho foi rodado para a axila, cobrindo totalmente a porção cruenta da
região. As áreas doadoras foram cobertas com enxertos de pele.
Evoluiu satisfatoriamente, exceto por necrose da extremidade distal superior do retalho.
Devido a mobilidade exigida para extensão e elevação do braço foi realizado um retalho
delto peitoral( Barkanjian) pediculado no 2º, 3º e 4º arcos intercostais e rodado para a
região axilar anterior,com evolução adequada .
Seguiu-se no tratamento para correção da retração cicatricial existente na fossa cubital,
optando-se pela realização de um retalho antebraquial (Chinês), pediculado na artéria
radial com fluxo anterógrado ou direto, rodado para trás corrigindo a deficiência de
extensão do antebraço.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Com o conceito dos retalhos axiais descritos por McGregor e Morgan (1973), desenvolveuse técnica dos retalhos livres possibilitando a transferência de pele em um estágio único
operatório mesmo com a grande distância existente entre a área doadora e receptora do
retalho. Após os estudos anatômicos de FAN e col (1978), Guofan e col (1981)
apresentaram um retalho centralizado sobre a artéria radial, denominado radial do
antebraço e que se difundiu com o nome de retalho Chinês.
No caso descrito, apesar da necessidade de mais de um tempo cirúrgico, os múltiplos
retalhos devolveram ao paciente a capacidade funcional do membro afetado sem seqüelas,
exceto pelo aspecto estético em algumas áreas, que entretanto, ficam na maior parte do
tempo cobertas pelas vestimentas.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1)FAN, Y.G.; QUI, C.B.; ZI, G.Y.- Forearm free skin flap Transplantation. Natl. Med. J.
China, 61: 139-45, 1981.
2)GUOFAN, Y; BAOQUI, C; YUZHI, G- Forearm skin flap transplantation. Natl. Med. J.
China, 61:139-41, 1981.
3)McGREGOR, I.A.
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Demarcação do retalho chinês, Fig. 3
Figura 4 - Demarcação do retalho delto peitoral, fig. 4
Figura 5 - Demarcação do retalho paraescapular.
Figura 6 - Resultado, fig. 6
O USO DO RETALHO VERTICAL DE MÚSCULO TRAPÉZIO INFERIOR
PARA COBERTURA DE GRANDES DEFEITOS APÓS RESSECÇÃO
RADICAL DE TUMORES DE ORELHA - SÉRIE DE CASOS
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Gabriel Amoretti Gonçalves
MD
CO-AUTORES
PASSOLD, Eduardo Ivan
MD
ABDALLA, Stella Crescenti
MD
BINS-ELY,Jorge
PhD, MD
d'EÇA NEVES, Rodrigo
MD
DESCRITORES
Tumores, orelha
INSTITUIÇÃO
Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário - UFSC
SC 403, Nº 6071 - APTO 102Bairro: Ingleses - Florianópolis SCCEP: 88058-970
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O trapézio é um grande músculo triangular bilateral e simétrico. Dividi-se em três terços.
Classicamente sua vascularização consiste de um pedículo dominante e vários pedículos
menores (tipoII), o ramo descendente da artéria cervical transversa, ramo principal, e
perfurantes intercostais posteriores, pedículos secundários. Este conceito foi modificado
por alguns autores (1,2), demonstraram que este retalho também possui outro vaso
nutridor, a artéria escapular dorsal. Possuindo dois pedículos dominantes (tipo IV). É
inervado pelo XI nervo craniano. As funções deste músculo se resumem a manter ao
ombro em sua posição, auxiliar a levantá-lo e rotá-lo (principalmente seu terço superior) e
aproximar as escápulas da linha média (terço médio). A técnica operatória se resume a
demarcar a pele entre a escápula e a coluna longitudinalmente, e verticalmente entre o
ombro e em torno de 5 cm abaixo da escápula, chegando-se a dimensões de 25x8cm.
Levanta-se o retalho inferiormente, preservando a fáscia do músculo grande dorsal, e os
músculos rombóides profundamente. Deve-se preservar o terço superior do trapézio,
evitando seqüelas posturais. A área doadora é fechada primariamente. O retalho pode ser
feito em um ou dois tempos (4).
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Entre setembro de 2005 a Junho de 2006 oito pacientes foram submetidos a ressecção
radical de orelha associado a mastoidectomia, sendo que 1 paciente foi submetido a
ressecção de dura-mater profundamente a mastóide. Todos submeteram-se a fechamento
do defeito com retalho miocutâneo vertical inferior de músculo trapézio. Tinham entre 68 a
83 anos, 7 do sexo masculino e 1 do sexo feminino, todos brancos, 1 caso de carcinoma
basocelular e 7 casos de carcinoma espinocelular.
RESULTADOS
ÍNDICE
Todos pacientes sobreviveram ao procedimento, não houve caso de necrose total do
retalho, um caso de necrose parcial. Um paciente apresentou deiscência de sutura da área
doadora com deiscência parcial do retalho na área receptora associadas a infecção. Um
paciente sofreu deiscência parcial, na área receptora isoladamente, associado a tração
excessiva do retalho.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Os grandes defeitos gerados por ressecções oncológicas de lateral da face e base do crânio
são verdadeiros desafios para o cirurgião plástico. Neste contexto o retalho miocutâneo
vertical inferior de músculo trapézio apresenta-se como uma excelente opção para a sua
cobertura, pois apresenta-se como um retalho com um pedículo vascular seguro, com uma
curva de aprendizado aceitável, e com um resultado funcional muito bom, além de
apresentar um baixo índice de complicações graves.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Weiglein,A.H. and cols: Anatomic basis of the lower trapezius musculocutaneous flap.
Surg Radiol Anat. 18 (4) 257-61, 1996.
2. Tan,K. and cols: External lower trapezius island myocutaneous flap: a fasciocutaneous
flap based on dorsal scapular artery. Hand Reconst Surg 15(5)1758-63. 2002.
3. Ugurlu, K., and cols: Extended vertical trapezius myocutaneous flap in head and neck
reconstruction as a salvage procedure. Plast. Reconst. Surg. 114(2): 339-50. 2004.
4. Hagan,K., Mathes,S.: Trapezius muscle and musculocutaneous flaps. In Grabb's
Enciclopedia of flaps. 2º ed, Vol 1 Chap: Had and neck, pag. 461- 6, Lippincott-Ravens
Pub. 1998.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
ADENOCARCINOMA POLIMORFO DE BAIXO GRAU EM REGIÃO NASAL:
RESSECÇÃO E RECONSTRUÇÃO - RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Maria Bianca Lopes Moreira
CO-AUTORES
Cláudio Cardoso de Castro
MD
José Horácio Aboudib
MD
Alexandre Fernandes Maciel
MD
Márcio Onida de Matos
MD
DESCRITORES
Adenocarcinoma, polimorfo, ressecção, reconstrução.
INSTITUIÇÃO
Hospital Universitário Pedro Ernesto
Av. 28 de Setembro, 77. Vila Isabel - Rio de Janeiro - RJ.CEP - 20551-031.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O adenocarcinoma polimorfo de baixo grau é uma neoplasia maligna que na maioria
dos casos apresenta-se com curso clínico benigno. Freqüentemente acomete as
glândulas salivares podendo envolver também e mais raramente a nasofaringe e
o nariz. Este tipo de tumor possui prognóstico bom e as recidivas são incomuns,
assim como as metástases. O objetivo deste relato é apresentar um caso atípico de
adenocarcinoma polimorfo de baixo grau, no qual a doença desenvolveu-se de
forma agressiva, apresentando recidivas recorrentes e resultando em mutilação
nasal importante; e também expor os procedimentos cirúrgicos utilizados na
reconstrução nasal.
RELATO DO CASO
ÍNDICE
N. S. C., sexo feminino, 58 anos, parda, procurou o Serviço de Otorrinolaringologia
do Hospital Universitário Pedro Ernesto, em julho de 2001, apresentando quadro de
obstrução nasal progressiva à direita, sangramento nasal unilateral e dor local. Foi
submetida a rinoscopia anterior e tomografia computadorizada de face, as quais
evidenciaram o diagnóstico sugestivo de tumoração localizada no vestíbulo nasal.
Realizou-se então a ressecção cirúrgica da lesão, por via endonasal,
compreendendo a mucosa da parede nasal a direita. O laudo histopatológico
mostrou a presença de adenocarcinoma polimorfo de baixo grau bem circunscrito na
sua maior parte. Após o diagnóstico a paciente realizou screening laboratorial e
radiológico sem obter alterações, e permaneceu em acompanhamento ambulatorial
por 4 anos mantendo-se assintomática, até que, em julho de 2005, notou
abaulamento na região nasal lateral direita, sendo submetida a videoendoscopia
nasal , a qual indicou a presença de importante hipertrofia da cabeça do corneto
inferior. Em outubro de 2005, foi submetida a nova ressecção endonasal do tumor.
Porém dois meses após, apresentou nova recidiva. Sendo assim, em julho de 2006,
realizou-se a rinectomia parcial a direita com reconstrução nasal imediata utilizando
se : enxerto condrocutâneo retirado da concha auricular a fim de recompor a
cartilagem triangular e mucosa nasal, retalho nasogeniano de pedículo superior a fim
de se recompor o forro da cavidade nasal, enxerto de cartilagem auricular para a
recomposição da cartilagem alar a direita, e por fim o retalho mediofrontal cobrindo
os enxertos e o retalho nasogeniano A paciente evolui bem no pós-operatório, com
os retalhos e enxertos viáveis. Após quinze dias realizou-se a ressecção do pedículo
do retalho mediofrontal e a enxertia da área cruenta frontal. No momento planeja-se
a terceira intervenção cirúrgica visando o refinamento estético nasal.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A região nasal constitui um sitio raro de acometimento por esta neoplasia.
A incidência de recidivas varia entre o a 30%, enquanto a incidência de metástases
regionais e linfáticas é de aproximadamente 10%. A literatura expõe que o
tratamento geralmente consiste em ressecção cirúrgica conservadora, o que não foi
comprovado neste caso. Tratamentos adjuvantes não são recomendados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
(1) Slootweg PJ, Muller H. Low-grade adenocarcinoma of the oral cavity. A
comparison between the terminal duct and the papillary type. J Craniomaxillofac Surg
1987;15:359-64.
(2) Batsakis JG, Pinkston GR, Luna MA, et al. Adenocarcinomas of the oral cavity: A
clinicopathologic study of terminal duct carcinomas. J Laryngol Otol 1983;97:825-35.
Figura 1 - Fig 1.
Figura 2 - fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
Figura 5 - Fig. 4
Figura 6 - Fig. 5
PTOSE PALPEBRAL - EXPERIÊNCIA DE 7 ANOS NO HOSPITAL
MUNICIPAL BARATA RIBEIRO
INTRODUÇÃO | OBJETIVO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS |
AUTOR
SHEILA PINHEIRO LEAL
MD
CO-AUTORES
CLÁUDIO REBELLO
MD
ANGÉLICA ROCHA AMARAL
MD
MÁRIO AUGUSTO SOUTO FERREIRA
MD
THIAGO HENRIQUE DE ARAÚJO LINO
MD
DESCRITORES
Ptose
INSTITUIÇÃO
SBCP
RUA DR. OSCAR PIMENTEL 41/504 - TIJUCA - RIO DE JANEIRO RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Ptose palpebral trata-se de afecção das pálpebras, que resulta do mau posicionamento da
pálpebra superior, estando essa em nível inferior ao normal que é de 2mm abaixo do limbo
superior da íris ao olhar para o horizonte, causando assim oclusão leve, moderada ou
grave da abertura palpebral. Pode ser de causas congênitas ou adquiridas, sendo
neurogênicas, mecânicas, aponeuróticas ou miogênicas.
OBJETIVO
ÍNDICE
Demonstrar a experiência do Serviço de Cirurgia Plástica do H.M.B.R no tratamento da
Ptose Palpebral de diversas etiologias.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram operados em nosso serviço 58 pacientes,no período de janeiro de 1999 a maio de
2006. A idade dos mesmos variou de 4 a 95 anos sendo 65 % mulheres e 35% homens,
portadores de ptose palpebral de causas congênitas(40%) e adquiridas(60%).
RESULTADOS
ÍNDICE
As Técnicas cirúrgicas utilizadas para correção foram: Blefaroplastia(36%); ConjuntivoMullerectomia(10%); Plicatura do músculo Elevador da pálpebra(16%) e Suspensão tarsofrontal com tensor da fáscia lata(38%). Foi possível através das técnicas utilizadas e
seleção dos pacientes caso a caso, obter correção funcional e esteticamente adequadas.
Não houve complicação que viesse a comprometer o resultado, encontramos equimose e
edema em quase todos os casos em maior ou menor grau, todos sem repercussão
importante.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
De modo geral, em nosso serviço, os pacientes com ptose por excesso de pele e gordura,
são tratados por bleflaroplastia clássica acompanhada ou não de outro procedimento. Os
que apresentam ptose leve a moderada com boa função do músculo elevador são
submetidos a Conjuntivo_Mullerectomia; aqueles com ptose leve a moderada com média
função do músculo elevador são tratados com encurtamento do músculo elevador ou
reinserção do mesmo ao tarso. Pacientes com ptose congênita severa e pobre função do
músculo elevador, são tratados com a técnica de suspensão frontal com fáscia lata.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Os autores concluem que as técnicas consagradas para correção de ptose palpebral são
bastante satisfatórias desde que o paciente seja selecionado adequadamente para cada
uma delas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ÍNDICE
1. BOSNIAK, S. Principles and Practice of Ophthalmic Plastic and Reconstructive Surgery. 1
ed. Philadelphia, W.B. Saunders Company, 1996, pp 447-451.
2. Friedhofer, H.
Figura 1 - FIGURA 1A -- PRÉ-OPERATÓRIO
Figura 2 - FIGURA 1B-- PÓS-OPERATÓRIO
Figura 3 - FIGURA 2A --PRÉ-OPERATÓRIO
Figura 4 - FIGURA 2B-- PÓS-OPERATÓRIO
RETALHO DE ABBÉ NO TRATAMENTO DO FISSURADO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Fernando de Nápole Azevedo
MD
CO-AUTORES
Fábio Martins da Silveira
MD
Larissa Oliveira Rodrigues
MD
Gisele Amorim Zanato
MD
Roberto Kaluf
MD
DESCRITORES
Retalho, Abbé, fissurado.
INSTITUIÇÃO
Hospital Geral de Goiânia - Goiás , serviço de Cirurgia Plástica
Av. Anhanguera n° 6479 St Oeste CEP 74.110-010 Goiânia - Goiás
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O retalho cruzado de lábio foi inicialmente descrito por Sabbatini (1838) e foi
subseqüentemente modificado por Stein (1848), Buck (1864), Estlander (1872) e Abbé
(1898). O retalho é basicamente composto pela transferência de pele, músculo e mucosa
baseado em um pedículo contendo os vasos labiais inferiores.
A sua indicação deve ser sempre considerada em pacientes que apresentam lábio superior
tenso encurtado transversalmente em relação ao lábio inferior e nos que apresentam
columela excessivamente curta, onde a retirada de qualquer tecido labial diminuirá ainda
mais o volume do lábio superior.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Entre setembro de 2002 e julho de 2006, oito pacientes, com idade variando de 15 a 41
anos, foram submetidos a confecção do retalho de Abbé para tratamento secundário de
fissuras lábio-palatais. Todos apresentavam seqüelas de fissuras labiais bilaterais
completas, geralmente associadas ao encurtamento de columela. O retalho foi sempre
colocado na linha média favorecendo a correção do filtro, arco de cupido e tubérculo filtral,
além do alívio da tensão do lábio superior e alongamento de columela. O pedículo vascular
labial inferior era seccionado com 21 dias sob anestesia local e sedação.
RESULTADOS
ÍNDICE
Em todos pacientes houve um melhor equilíbrio entre os tecidos dos lábios superior e
inferior, restabelecendo relação anatômica entre os mesmos e proporcionando melhora
importante no perfil. O retalho de toda a espessura do lábio inferior também possibilitou a
correção do filtro e do arco de cupido em boa parte destes pacientes. O retalho de Abbé
proporcionou tecido, favorecendo o alongamento da columela e melhora da projeção da
ponta nasal em alguns pacientes. Não houve necrose do retalho, infecção ou deiscência de
sutura. As cicatrizes do lábio inferior e superior apresentaram-se de bom aspecto.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O reparo dos defeitos do lábio superior está intimamente dependente da correção dos
seguintes elementos: (1) a maxila, que é freqüentemente hipoplásica; (2) o alvéolo, que é
deficiente junto com o assoalho nasal; (3) a columela, que é particularmente curta em
fissuras bilaterais; (4) lábio inferior que tende a alterações compensatórias para o
selamento labial.
Uma avaliação do crescimento facial na dimensão antero-posterior deve ser feita porque
pode ser necessária uma cirurgia do esqueleto (avanço maxila, enxerto ósseo) em adição a
dos tecidos moles. A pele do retalho de Abbé apresenta textura e cor diferentes do lábio
superior; além disso os pêlos são escassos e crescem em direção diferente do lábio
superior. A cicatriz do lábio inferior, em alguns casos, pode tornar-se hipertrófica e
aparente. Apesar destas desvantagens, quando bem indicado, o retalho de Abbé traz muito
mais benefícios: o lábio inferior, que é frouxo e protuberante, cede tecido ao lábio superior,
que é tenso, trazendo harmonia ao conjunto; existe semelhança entre arco de cupido e o
retalho retirado do centro do lábio inferior, permitindo também a reconstrução do filtro;
nos pacientes que apresentam columela excessivamente curta e lábio tenso, a retirada de
qualquer tecido labial diminuirá ainda mais o volume do lábio superior, estando indicado o
retalho de Abbé.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.MCCARTHY, J.G. Plastic Surgery. Philadhelfia, Pennsylvânia, v.4 p 2779 - 2785.
2.MÉLLEGA, J.M. Cirurgia Plástica Reparadora e Estética, São Paulo, SP, p. 283,284.
3.ASTON, R.B; TRORNE C. Grabb e Smith's Plastic Surgery, New York, NY, p. 273-275.
4.Simultaneos reconstruction of the secondary bilateral cleft lip and nasal deformity: Abblé
flap revisited. Plast Reconstr Surg 2003; 112(5): 1219 - 1227
5.Modication of the Abbé flap for reconstruction of the vermilion tubercle and Cupid's bow
in cleft lip patients. Plast Reconstr Surg 1997; 100(5):1371.
Figura 1 - Pré-operatório, fig. 1
Figura 2 - Pré-operatório, fig. 2
Figura 3 - Pré-operatório, fig. 3
Figura 4 - Pós-operatório, fig. 1
Figura 5 - Pós-operatório, fig. 2
Figura 6 - Pós-operatório, fig. 3
USO DO METILMETACRILATO EM DEFORMIDADES CRANIOFACIAIS
INTRODUÇÃO | MÉTODO | RESULTADO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Alexander Farinas Pinheiro
MD
CO-AUTORES
Marcelo de Campos Guidi
Fernando Fabrício Franco
Eduardo Vilas Boas Braga
Rafael Guiselli Lopes
Fabiana Duarte Martins
Leonardo Santos Barros Spencer
DESCRITORES
Deformidade Craniofacial
INSTITUIÇÃO
Instituto de Cirurgia Plástica SOBRAPAR
Av. Sacramento, 518 ap103B CentroCEP: 13010-912 Campinas - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Descrever especificamente o uso do metilmetacrilato em cinco pacientes com deformidades
da calota craniana e ossos do terço superior da face, mostrar a versatilidade do material
para pequenas falhas ósseas e até mesmo em grandes extensões onde a controvérsia para
o uso destes materiais é maior, visto a maior chance de extrusões ou infecções com
grandes placas destes biomateriais.
MÉTODO
ÍNDICE
Análise Prospectiva de 7 Casos Clínicos, um caso decorrente de seqüela de encefalocele e
quatro casos decorrentes de seqüela de trauma crânio-encefálico, operados com uso de
metilmetacrilato para corrigir deformidades craniofaciais.
RESULTADO
ÍNDICE
O uso do metilmetacrilato diminuiu o uso de enxertos ósseos, melhora do contorno
craniofacial, alto grau de satisfação da equipe cirúrgica e dos pacientes apesar do pequeno
tempo de seguimento.
ÍNDICE
CONCLUSÃO
O uso parcimonioso destes implantes, associado a uma técnica rigorosa para seu manuseio
no intra-operatório e ainda, uma cobertura do material com retalhos do periósteo sempre
que
possível,
permitem
um
resultado
satisfatório,
rápido
e
seguro
para
estas
cranioplastias. O uso do acrílico pode ser realizado de forma rápida e fácil, protege o
crânio, realiza um bom preenchimento do defeito facial e traz um ótimo resultado estético.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Gosai AK, Persing JA. Biomaterials in the face: benefits and risks. J Craniofac Surg,
10:404-14, 1999.
2.Damien JD, Parsons JR. Bone graft and bone graft substitutes: a review of current
technology and applications. J Appl Biomater, 2:187-208, 1991.
3.Sanan A, Haines SJ. Repairing holes in the head: a history of cranioplasty. Neurosurgery,
40(3):588-603, 1997.
4.Hammon WM, Kempe LG. Methyl metacylate cranioplasty: 13 years experience with 417
pacientes. Acta Neurochir, 25(1): 69-77, 1971.
5.Manson PN, Crawley WA, Hoopes JE. Frontal cranioplasty: risks factors and choice of
cranial vault reconstructive material. Plast Reconstr, 77: 888-900, 1986.
Figura 1
Figura 2 - Pré e Pós-operatório - Resultado final 1 ano e 6 meses depois
RECONSTRUÇÃO COM EXPANSOR TISSULAR EM REGIÃO CEFÁLICA
PÓS AVULSÃO : RELATO DE CASO.
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS |
AUTOR
Dr. Wail Queiroz
MD
CO-AUTORES
Eduardo Lange Hentschel
MD
Fernando Fernandez
MD
Raphael Braun Petty Pacheco
MD
Carlos Eduardo Teixera Pouza
MD
DESCRITORES
Reconstrução expansor tissular região cefálica
INSTITUIÇÃO
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Av. Washington Luiz , 382 - Gonzaga.Cep: 11050-000 Santos - S.P.- Brasil.Tel:(13)
97113600.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O traumatismo do couro cabeludo pode apresentar sérias conseqüências estéticas e
funcionais. Retalhos de avanço e rotação entre outros são as técnicas mais freqüentemente
utilizadas na reconstrução de áreas cruentas . Enxertos de pele e retalhos livres micro
vascularizados
também podem ser aplicados. Expansores de tecido estão indicados na reconstrução de
áreas do couro cabeludo , mas o seu uso em regiões próximas a áreas cruentas é
questionável. A principal complicação é a infecção da loja do expansor. Isto é geralmente
causado, pela inoculação direta da flora bacteriana da pele durante a introdução do
expansor ou extrusão deste.
O objetivo deste relato é mostrar a reconstrução de área cruenta do couro cabeludo
utilizando expansor de pele.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
Criança de 3 anos , sexo feminino , caucasiana, vítima de acidente automobilístico.
Apresentando ferimento aberto de 12,5 X 12 cm em couro cabeludo . Recebeu tratamento
com cefadroxil e rifampicina levando a formação de tecido de granulação ( figura 1).
A paciente foi submetida a reconstrução da lesão, com a utilização de expansor semilunar
de 700 mL ( 13,4 x 7,8 x 8,8 cm) e uma válvula circular de 22 mm sob anestesia geral (
figura 2). Uma incisão de 5 cm foi feita à 5 cm da borda da lesão. O descolamento foi
realizado no plano sub galeal. Outra incisão foi realizada em região retroauricular esquerda
para colocação da válvula. A expansão teve início no 21º dia, com sessões semanais,
durante treze semanas- volume total de 910 mL ( figura 3) . A paciente foi então
submetida a remoção do tecido de granulação e expansor sob anestesia geral. Na região
expandida, incisões tranversas foram realizadas com o avanço do retalho afim de evitar
tensão . Após seis meses de cirurgia, uma cicatriz de 2 cm podia ser vista( figura 4).
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Expansão de tecido através de insuflação gradativa de uma prótese foi realizada após a sua
introdução no tecido frouxo. Ferimentos extensos em couro cabeludo podem levar a sérios
problemas estéticos e funcionais . Um grande número de cirurgias já foi descrito. O
resultado global das reconstruções de couro cabeludo utilizando expansores de tecido é
insatisfatório, especificamente no caso de defeitos extensos. A opção de utilizar expansores
teciduais na proximidade de áreas cruentas é questionável devido ao risco de infecção.
Nestes casos o uso de antibiótico terapia agressiva , remoção da prótese e avanço do
retalho estão indicados .
No entanto , em nossa paciente , a extensa área não permitiria o uso de pequenos
enxertos corroborado pela sua pela sua restrita superfície corpórea . Portanto a utilização
do expansor foi indicada , mesmo com a proximidade de uma área cruenta.
A reconstrução com o uso de expansores teciduais requerem uma avaliação precisada área
traumatizada e da adequada avaliação do tipo de expansor . O máximo de distensão do
tecido por sessão foi em torno de de 10% do volume total do expansor. Um dos fatores
limitantes em cada expansão foi a dor mencionada pela paciente. Após consulta a literatura
não foi encontrado este tipo de indicação na literatura.
REFERÊNCIAS
ÍNDICE
1.Kazanjian VH, Webster RC. The treatment of extensive losses of the scalp. Plast Reconstr
Surg. 1946;1:360
2.Ohmori K. Free scalp flap. Plast Reconstr Surg. 1980;65(1):42-9
3.Mason AC, Davison SP, Manders EK. Tissue expander infections in children: Look beyond
the expander pocket. Ann Plast Surg. 1999;43(5):539-41
4. Argenta LC, Watanabe MJ, Grabb WC. The use of tissue expansion in head and neck
reconstruction. Ann Plast Surg. 1983;58(1):31-7
5.Guzel MZ, Aydin Y, Yucel A, Hariri S, Altintas M. Aesthetic results of treatment of large
alopecia with total scalp expansion. Aest Plast Surg. 2000;24(2):130-6
RECONSTRUÇÃO TARDIA DE MANDÍBULA COM FÍBULA
MICROCIRÚRGICA EM PACIENTES PREVIAMENTE RECONSTRUÍDOS
COM RETALHO LIVRE DE MÚSCULO RETO-ABDOMINAL
INTRODUÇÃO | OBJETIVO | CASO 1 | CASO 2 | DISCUSSÃO |
AUTOR
Maria Helena Nascimento de Lima
MD
CO-AUTORES
Sandra Araújo Baião
Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa e da
SBCP
Cristiano Gonçalves Fleury Curado
Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa e da
SBCP
Juliano Carlos Sbalchiero
Médico Assistente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa.
Membro Titular da SBCP
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
PhD, Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCa. Membro
Titular da SBCP; TCBC; FACS
DESCRITORES
Reconstrução, mandíbula
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer
(INCA-MS)
Rua Alzira Brandão 11/404Tijuca - Rio de Janeiro -RJBrasilCep: 20520-070
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A reconstrução de grandes defeitos de cabeça e pescoço após ressecção por câncer
continua a ser um desafio4. A transferência de retalhos livres tem sido nos últimos 20 anos
uma excelente escolha para reconstrução desses defeitos1. A reconstrução anatômica da
mandíbula constitui, em si, uma tarefa árdua para o cirurgião, tendo em vista a
complexidade da função da mandíbula3. Uma vez que uma reconstrução microcirúrgica já
tenha sido realizada, pode ser necessária a utilização de outro retalho livre de nova zona
doadora2.
OBJETIVO
ÍNDICE
Relatar dois casos de pacientes operados em nosso serviço, nos quais foi realizada
reconstrução microcirúrgica tardia de mandíbula com fíbula após utilização prévia do
retalho livre do músculo reto-abdominal.
CASO 1
ÍNDICE
Paciente de 48 anos, sexo masculino, tabagista e etilista, apresentou lesão ulceroinfiltrativa acometendo assoalho de boca com invasão da mandíbula. O diagnóstico
histopatológico revelou carcinoma espinocelular. Submetido a glossopelvemandibulectomia
incluindo lábio inferior e todo o mento. Realizada reconstrução imediata do defeito com
retalho livre de músculo retoabdominal. Após dois anos, foi submetido a reconstrução de
mandíbula com retalho microcirúrgico de fíbula.
Figura 1
Figura 2
ÍNDICE
CASO 2
Paciente de 43 anos, sexo masculino, tabagista, apresentou lesão vegetante e ulcerada em
rebordo alveolar inferior bilateralmente com acometimento ósseo e extravasamento para
pele,
com
diagnóstico
histopatológico
de
carcinoma
espinocelular.
Submetido
a
pelvemandibulectomia segmentar poupando o lábio inferior e reconstrução imediata com
retalho livre de músculo retoabdominal. Após 4 anos, submetido a reconstrução de
mandíbula com retalho microcirúrgico de fíbula.
Discussão: Com o aumento da sobrevida dos pacientes operados por câncer de cabeça e
pescoço, vários pacientes podem precisar de uma reconstrução microcirúrgica secundária2.
A taxa de sucesso de um primeiro transplante microcirúrgico é próxima de 95%1, mas
uma nova abordagem acarreta maior risco. Os pacientes relatados necessitaram
complementação da reconstrução inicial por motivos estéticos e funcionais. Foram
utilizados vasos receptores contralaterais. Como complicações os pacientes apresentaram
infecção local e hematoma. Concluímos que uma reconstrução secundária pode ser
realizada, em casos bem selecionados embora com maior dificuldade técnica e maiores
índices de complicações.
Figura 1
Figura 2
DISCUSSÃO
ÍNDICE
1-PODRECCA S. et al. Review of 346 patients with free-flap reconstruction following head
and neck surgery for neoplasm. J Plast Reconstr Aesthet Surg 2006; 59(2):122-9.
2-NAKAYAMA B. et al. Usefulness of a first transferred free flap vascular pedicle for
secondary microvascular reconstruction in the head and neck. Plast Reconstr Surg 2002
Apr 1;109(4):1246-53.
3-BRAGA-SILVA J. et al. Mandibular reconstruction: conduct of osseous integrated implants
of iliac crest and fibula free flaps. Ann Chir Plast Esthet 2005 Feb; 50(1): 49-55. French
4-HUANG R. et al. Microvascular reconstruction of composite defects of the mandible and
lip: aesthetic and functional considerations. Laryngoscope 2000 Jun; 110 (6):1066-9.
5-URKEN Mark L. et al. Oromandibular reconstruction using microvascular composite flaps:
report of 210 cases. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 1998Jan; 124(1):46-55
MODELAR O TRAM NO TEMPO ABDOMINAL PERMITE MAIOR
CONTROLE E SEGURANÇA QUANTO A LESÃO DE PERFURANTES /
SHAPING THE TRAM FLAP STILL IN THE ABDOMEN ALLOWS BETTER
CONTROL, PREDICTABILITY AND LESSER RISK OF DAMAGE TO THE
PERFORATORS.
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Sebastião Tomaz Oliveira Junior
MD
DESCRITORES
TRAM, modelar, lesão, perfurantes.
INSTITUIÇÃO
Centro de Referencia da Saúde da Mulher - Hospital Perola Byington
R. do Rocio, 423 cj 312 CEP 04552-000
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Visando obter maior controle e previsibilidade no longo prazo nas reconstruções mamárias
com o retalho miocutâneo do m. reto abdominal, o autor propõe que se lhe trabalhe o
formato ainda no tempo abdominal, permitindo visualização tridimensional mais ampla que
após o retalho ter migrado pelo túnel do tórax e porquanto maior segurança no
fechamento do ângulo diedro formado pelas vertentes da região periumbelical.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Aplicou - se a técnica descrita ( TRAM bipediculado montado no abdome em pacientes sem
comorbidades e IMC ao redor de 25 ) em 22 casos consecutivos operados pessoalmente,
enfatizando as variáveis durante a montagem: projeção, volume, ptose, localização do
sulco submamário, irregularidades de superfície, posição do complexo aréolo-papilar ou
ponto de projeção máxima do cone mamário, quando ausente.
RESULTADOS
ÍNDICE
As 22 pacientes obtiveram boa simetria com relação à mama contralateral. Não houve
necroses nesta serie, duas pacientes apresentaram esteatonecrose de pequena proporção
necessitando revisão sob anestesia local.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Além de proporcionar maior segurança e controle sobre o resultado no longo prazo, há o
benefício de se poder planejar o preenchimento de lacunas teciduais na axila ou nos
quadrantes mediais com segurança, principalmente nas imediatas, quando se pode
comparar a peça produto da mastectomia com o retalho pré - moldado. Diminui-se a
possibilidade de irregularidades tardias pela atrofia em um músculo irregularmente
disposto sob o retalho dermogorduroso. Diminui-se também o tempo total de execução do
procedimento, que girou em torno de 4 horas e 30 minutos, permitindo ate realizar
mamoplastia contralateral se houver necessidade.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - Panettiere P, Marchetti L, Accorsi D, Del Gáudio GA. Aesthetic breast reconstruction.
Aesth Plast Surg. 2002;26:429-435.
2 - Charanek, AM; Carramaschi, FR; Curado, JH. Refinements in transverse rectus
abdominis
myocutaneous
flap
breast
reconstruction
:
projection
and
contour
improvements. Plast Reconstr Surg. 2000;106:1262-1275.
3 - Gialacone, PL; Bricout, N; Dantas, MJ; Daurés, JP; Laffargue, F - Achieving symmetry
in unilateral breast reconstruction : 17 Years experience with 683 patients. Aesth Plast
Surg. 2002;26:299-302
4 - Graf, R; Biggs, TM - In search of better shape in mastopexy and reduction
mammoplasty. Plastic Reconstr Surg. 2002;110:309-332 ( Discussion)
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
Figura 5 - Fig. 5
Figura 6 - Fig. 6
GANHOS FUNCIONAIS NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS MÃOS NA
EPIDERMÓLISE BOLHOSA
INTRODUÇÃO | RELATO CASO 1 | RELATO CASO 2 | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Luiz Fernando Vieira Gomes Filho
MD
CO-AUTORES
Luiz Mário Bonfatti Ribeiro
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Bruno Alcuri de Souza
Residente do terceiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade de Nova Iguaçu.
Bruno Von Glen Herkenhoff
Residente do primeiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade de Nova Iguaçu
Cristiane Todeschini
Residente de primeiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da Universidade de Nova Iguaçu.
DESCRITORES
Ganhos Funcionais Tratamento Mãos Epidermólise Bolhosa
INSTITUIÇÃO
Não Informado
Sorocaba, 552, Botafogo, Rio de Janeiro, R.J., CEP 000000-000
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A epidermólise bolhosa é uma síndrome rara cuja incidência é de 1/50000 nascidos vivos na
forma dominante e de 1/300000 na forma recessiva, ou seja, na maioria dos casos é de
transmissão genética.
Caracteriza-se pela grande fragilidade da pele, que leva à formação de bolhas aos mínimos
traumatismos ou até espontaneamente. Deve-se, nas formas distróficas, à mutação do
gene COL7A1, responsável pela codificação do colágeno tipo VII, principal constituinte das
fibrinas de ancoragem que participam na aderência da lâmina densa à derme.
Toda pele do corpo e trato gastrointestinal pode estar comprometida, e as mãos, são
particularmente
afetadas.
As
repetidas
cicatrizes
levam
a
complicações
como
pseudosindactilia e contraturas capsulares das articulações.
O seqüestro de exudato altamente protéico, e em algumas bolhas mais profundas, de
sangue, leva à anemia e desnutrição graves. Infecções também são comuns.
ÍNDICE
RELATO CASO 1
Paciente E. B. M., 12 anos, com diagnostico de epidermólise bolhosa, apresentando
deformidades nas mãos em "luva de boxe", impossibilitava o a capacidade de pinçar
objetos. Foi operado, em outubro de 1988, tendo a mão direita submetida à abertura de
todos os dedos, seguido de artrodese em posição funcional e autoenxertia /cutânea total.
Evoluiu bem, sendo atingido o objetivo do tratamento. Em julho de 1990, foi submetido à
novo tratamento cirúrgico, agora na mão esquerda. O ato operatório e a evolução clinica
foram iguais à da cirurgia anterior.
ÍNDICE
RELATO CASO 2
Paciente A. F. F., nascida em 22/06/1988, submetida em dezembro de 2004 à tratamento
cirúrgico da mão esquerda, com liberação do primeiro espaço interdigital sendo imobilizada
com fios de Kirshner por 10 dias até a pega do enxerto cutâneo. Evoluiu bem, adquirindo a
pinça da mão operada.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
A epidermólise bolhosa é uma síndrome que necessita de tratamento multidisciplinar para
que se obtenha melhor prognóstico.
A base fundamental do tratamento está na prevenção das lesões. Traumas, mesmo de
menor intensidade, devem ser evitados.
A cirurgia das mãos na epidermólise bolhosa é tecnicamente de difícil execução. A
sindactilia associada à fragilidade tecidual exige precisão do ato operatório. A auto enxertia
cutânea é sempre necessária e tem bons resultados. A rigidez articular é muito incidente,
sendo assim, artrodeses diversas entre falanges e metacarpianos em posições funcionais
previnem contraturas e ajudam a atingir o objetivo principal do tratamento cirúrgico, que é
a
obtenção
da
capacidade
de
pinça
das
mãos,
proporcionando
o
máximo
de
funcionabilidade do membro acometido.
Cuidados extras com a manipulação desta frágil cútis são sempre exigidos, a fim de evitar
prejuízos ainda maiores ao paciente.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
De Paula EJL, Matar Jr R, Arima M. Reconstrução da Mão na Epidermólise Bolhosa. RBO,
vol37, n° 6 - junho 2002, 219-25
Gurther TGR, Diniz LM, De Souza Filho JB,. Epidermólise Bolhosa distrófica Recessiva Mitis
- Relato de Caso Clínico. An Bras Dermatol. 2005;80(5): 503-8
Fitzpatrick KTB, Dermatologia - Editorial Medica PanAmericana 6ª Edição 2006
Cartotto CR, Fish JS. Exfoliative Disorders. In: Plastic Surgery. Mathes SJ(Editor), 2nd Ed.,
Vol. 1:800-9
James WD, Berger T, Elston D, Andrew´s diseases of the skin clinical dermatology - Editora
Elsevier Saunders. 10ª Edição
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE 38 CASOS DE MELANOMA CUTÂNEO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Bianca Silva de Lima
MD
CO-AUTORES
Felipe Oliveira Duarte
MD
ABDALLA, Stella Crescenti
MD
Bins-Ely,Jorge
MD, PhD
d'EÇA NEVES, Rodrigo
MD
DESCRITORES
Análise, epidemológica, malanoma, cutâneo.
INSTITUIÇÃO
Núcleo de Cirurgia Plástica do Hospital Universitário - Universidade Federal de Santa
Catarina
Rua Capitão Romualdo de Barros, 776 - apto 103 - Bloco CBairro: Carvoeira FLORIANÓPOLIS SC - CEP: 88040-600
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O melanoma é um tumor de melanócitos, podendo acometer pele, globo ocular, mucosas,
meninges. Corresponde a 3 a 4% dos tumores malignos da pele, e apesar de ser o de
menor incidência é o que apresenta maior morbi-mortalidade. Sua etiologia é multifatorial
sendo fatores preponderantes a exposição ao sol (fator ambiental), pele clara (fator
genético), nevos pré-existentes, nevos displásicos. O diagnóstico baseia-se na suspeição
da lesão (assimetria, policromasia, bordos irregulares, diâmetro > 6mm), a condução do
caso depende de uma adequada diagnose seu tratamento baseia-se nos critérios de
estadiamento TNM.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
O estudo implicado é do tipo retrospectivo, descritivo, caráter quantitativo através da
análise de 38 casos de melanoma cutâneo com diagnóstico histopatológico num período de
janeiro de 2005 a julho 2006. Dados colhidos junto aos prontuários HU/UFSC e ao sistema
patologia do hospital supracitado.
O objetivo do presente estudo visa avaliar o perfil epidemiológico da população em estudo
em comparação com a literatura mundial através de uma equiparação com as variáveis
(idade, sexo, cor, Breslow, Clark, localização da lesão 1ª, TNM, tipo histológico e profissão)
analisadas no protocolo simplificado melanoma (GBM) e avaliar as possíveis associações
entre as variáveis estudadas.
RESULTADOS
ÍNDICE
De um total de 38 pacientes atendidos no HU/UFSC no período de janeiro de 2005 a julho
de 2006, houve uma afecção de mulheres (55,26%) e homens (44,73%). A distribuição
quanto ao tipo histológico foi de melanoma extensivo superficial (42,10%) o mais
encontrado.O Clark mais preponderante foi Clark II (28,9%), Quanto ao sistema TNM, o
subtipo mais usual foi T1(28,94%).Quanto à localização das lesões primárias, tronco
posterior 39,47%,couro cabeludo 18,4%foram os mais comuns. De acordo com a avaliação
Breslow o mais recorrente foi breslow I(42,10%). Idade média 58,4 anos, profissão de
maior risco(18,4%), enquanto 31 casos não se pode chegar a nenhuma conclusão, pois
não constava no prontuário. Toda a amostra de 38 pacientes foi da cor branca (100%).
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Dos 38 casos da amostra houve um predomínio do sexo feminino com idade média 60,28
anos e no sexo masculino de 53 anos. Estes dados são semelhantes a relatos da literatura,
GBM (20- 50 anos). Nos homens houve um predomínio do tipo extensivo superficial (55%)
enquanto nas mulheres predomínio do tipo nodular(35%).Tanto nos homens quanto nas
mulheres houve predomínio de localização no tronco. Em contrapartida, a literatura
descreve um maior acometimento do tronco nos homens (46,8%) e nas mulheres maior
nas extremidades inferiores (39,5%). Comparando-se os sexos, conclui-se que Breslow III,
IV, V que cursam com pior prognóstico no sexo feminino há um maior número de
acometidos 47,61% e no sexo masculino é de 41,17%. Já Martin e colaboradores mostram
que homens têm uma taxa de melanoma mais profundo se comparados às mulheres.
Quanto aos valores encontrados referentes ao TNM da lesão 1ª o estágio T1 foi o mais
usual(28,94%).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Inca. 2005 Câncer de Pele melanoma. Instituto Nacional de câncer, 2005.
2.American Cancer Society. Melanoma Treatment Guidelines for Patients. 3ed. National
comprehensive Cancer Network(NCCN), 2004.
Figura 1 - Histológico, fig. 1
Figura 2 - Idade x Sexo, fig. 2
Figura 3 - Local Lesão, fig 3
Figura 4 - Por Sexo, fig. 4
Figura 5 - Distribuição segundo TNM
SINDROME DE MADELUNG : TRATAMENTO DE LIPODISTROFIA
BENIGNA SIMÉTRICA DIFUSA EM TRONCO - RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA |
AUTOR
Fabiano Gustavo Herrero de Azevedo
MD
CO-AUTORES
Rodolpho Cardoso de Almeida
MD
Eduardo Favarin
MD
Marcio de Almeida
MD
Moris Anger
MD
DESCRITORES
lipodistrofia benigna
INSTITUIÇÃO
SBCP
Endereço: Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2743 ap 14 CEP 01401-000, São Paulo.Tel: (11)
9764-8844e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A Síndrome de Madelung é uma doença rara de etiologia desconhecida caracterizada por
crescimento difuso de lipomas não encapsulados. Foi descrita em 1846 por Benjamin
Brodie. Em 1888, Otto Madelung publicou a primeira série de 35 pacientes com
"lipomatose cervical" (1). A manifestação primária da síndrome é uma deposição adiposa
simétrica indolor situada na face, pescoço, ombros, tronco superior, braços, abdômen e
pernas (1).
A sua etiologia ainda é desconhecida, mas está intimamente relacionada com o abuso de
álcool. Outras doenças relacionadas são o diabetes mellitus, hiperlipidemia (I, IV),
hipotiroidismo, hiperuricemia, hepatopatia e polineuropatia de origem desconhecida (1).
É recomendada que os pacientes sejam tratados do diabetes e abster-se do consumo de
bebida alcoólica e tabagismo. Atualmente, o tratamento cirúrgico com excisão da massa de
gordura é o tratamento mais efetivo para a doença. A lipoaspiração e lipectomia cirúrgica
são os métodos usados.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
G.S.S., 38 anos, masculino, brasileiro, em acompanhamento no serviço de cirurgia plástica
do Hospital Brigadeiro de São Paulo desde 12/2004 com o diagnóstico de Sindrome de
Madelung , queixa de aumento volumetrico progressivo de região cervical, mamas, região
pubiana e membros nos últimos 5 anos.
Já havia sido submetido a 7 intervensões prévias de ressecção de gordura em axilas,
braços e nuca (anátomopatológico de lipoma). É tabagista e etilista crônico.
Foi investigado do ponto de vista endocrinológico, não sendo detectado nenhuma patologia
deste caráter.
Em setembro de 2005 foi submetido a procedimento cirúrgico em região de tronco, local
onde mais o incomodava na ocasião. A anestesia foi geral com intubação guiada com
fibroscopia. O procedimento cirúrgico limitou-se às mamas, na qual optou-se por
mamoplastia à Turek (com enxerto de areolas) e região pubiano onde houve a ressecção
de excesso gorduroso e de pele. As áreas de ressecção foram drenadas com dreno à vácuo
fechado. O paciente permaneceu intubado em UTI por 24h após termino de procedimento,
recebendo alta para enfermaria com 48h de pós-operatório. A alta hospitalar ocorreu após
7 dias do procedimento cirúrgico.
Apresentou deiscência discreta de sutura de ambas mamas e sofrimento de enxerto de
areola E que se contornou somente com curativos ambulatoriais. Quanto a região pubiana
evoluiu com edema escrotal e peniano que regrediu com 2 meses de pós-operatório com
uso de suspensório escrotal.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
ÍNDICE
1.J. M. Guilemany et al. : An aesthetic deformity: Madelung's disease. Acta OtoLaryngologica, 2005; 125: 328_/330.
2.V. Ugles ic´ et al. : MADELUNG SYNDROME (BENIGN LIPOMATOSIS): CLINICAL COURSE
AND TREATMENT. Scand J Plast Reconstr Surg Hand Surg 2004; 38: 240-243
3.L Busetto et al : Differential clinical expression of multiple symmetric lipomatosis in men
and women. International Journal of Obesity (2003) 27, 1419-1422
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
GINECOMASTIA :UMA NOVA ABORDAGEM PARA AS GRANDES
GINECOMASTIAS
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Pedro Pita
MD
CO-AUTORES
Pedro Pita
Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Patrícia Cabral
Especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Sérgio Pita
Residente do segundo ano do Serviço de Cirurgia Plástica Dr. Ewaldo Bolívar de Souza Pinto
`UNISANTA`.
DESCRITORES
Ginecomastia
INSTITUIÇÃO
Não Informado
Rua Dr. Arnaldo de Carvalho 61 /25 , Campo Grande, Santos - SP, CEP-11075-430e-mail:
[email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Este trabalho descreve uma nova técnica cirúrgica para tratar portadores de formas graves
de ginecomastia e grandes ptoses mamárias no sexo masculino.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram operados 5 indivíduos de raça branca, com idade média de 25 anos, portadores de
ginecomastia grave e grande ptose do complexo aréolo-mamilar (CAM).
1 - Assepsia prévia: os pacientes foram orientados a realizar assepsia três dias antes da
cirurgia da região a ser operada com sabonete degermante;
2 - Os pacientes foram submetidos a anestesia geral;
3 - Marcação da linha de incisão conforme descrição abaixo , vide figura 1:
Marcação do ponto "A" superior, determinado pelo pinçamento do CAM ptosado, para uma
nova localização superior, corrigindo a flacidez da glândula.
Marcação do ponto "B" na extremidade medial do sulco mamário (esternal);
Marcação do ponto "C" na extremidade lateral do sulco mamário (axilar).
A união dos pontos B, A e C formará um arco de convexidade superior que determinará a
linha de incisão para formar um retalho de pedículo inferior com espessura de mais ou
menos 1 cm, contendo pele, tecido gorduroso e CAM (fig.2).
4 - Ressecção do retalho de pele e tecido celular sub-cutâneo superior para determinar a
nova localização do retalho de pedículo inferior contendo o CAM;
5 - Ressecção de todo tecido adiposo e glandular restante ;
6 - Hemostasia;7 - Colocação de dreno de aspiração contínua;
8 - Sutura em dois planos com fio de mononylon incolor 4-0;
9 - Curativo oclusivo com compressas e fraldas e faixas.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
O bom reposicionamento do complexo areolo-mamilar e a cicatriz resultante, bem como a
facilidade para retirada homogênea do tecido pele, gorduroso e glândular foram as
principais vantagens observadas pelo autor.
As fotografias abaixo demonstram o resultado satisfatório obtido através da técnica
descrita.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1-Modolin,M., et cols. Tratamento cirúrgico da ginecomastia com pedículos lateral e medial.
Rev. Col. bras. cir;26(3):141-6,maio-jun.1999.
2- Dornelas,T.M., et cols. Tratamento cirúrgica da ginecomastia grau III. Ver. bras.
cir;86(5):255-60,set-out.1996.
3-Pitanguy,I. et als. Ginecomastia. Rev. bras. Cir;76(5):311-20,set-out.1986
4-Valadão,C. Ginecomastia-apresentaão de nova técnica. Rev, bras. Cir;74(1):15-6,1984.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
MUDANÇAS EPIDEMIOLÓGICAS NAS FRATURAS DA FACE ATENDIDAS
NO HOSPITAL SÃO PAULO / EPIDEMIOLOGIC CHANGES IN FACIAL
FRATURES ADMITTED AT SÃO PAULO'S HOSPITAL
INTRODUÇÃO | RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
TESSIE MARIA KRENISKI
MD
CO-AUTORES
MAX DOMINGUES PEREIRA
MD
THIAGO LINGUANOTTO BIASI
MD
LYDIA MASAKO FERREIRA
MD
DESCRITORES
EPIDEMIOLÓGICAS, FRATURAS, FACE, EPIDEMIOLOGIC, FRATURES
INSTITUIÇÃO
DISCIPLINA DE CIRURGIA PLÁSTICA (UNIFESP).
RUA NAPOLEÃO DE BARROS, 715, 4º ANDAR. SÃO PAULO - SP
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A epidemiologia das fraturas craniofaciais pode variar no tipo, freqüência, etiologia e
gravidade, conforme o centro médico e o período estudados.1-3 A documentação
permanente e sistemática dos casos atendidos com trauma craniofacial possibilita o
conhecimento dos seus fatores de risco e a adoção de medidas preventivas eficazes.4
O objetivo do estudo foi monitorar a ocorrência de mudanças na epidemiologia das fraturas
da face admitidas no último ano no Hospital São Paulo.
RELATO
ÍNDICE
No período de junho de 2005 a junho de 2006 foram atendidos 207 pacientes - amostra 2 com fraturas da face no serviço de urgência do Hospital São Paulo. Realizada análise
retrospectiva dos dados demográficos, mecanismo do trauma, localização das fraturas e
tratamento dispensado, a partir dos prontuários médicos. Para a comparação foram
utilizados os dados da população de 912 pacientes atendidos no período de maio de 1999 a
maio de 2005 " amostra 1 " no mesmo serviço.
No último ano (06/2005 a 06/2006) foram avaliados 207 pacientes consecutivos, o sexo
masculino manteve a proporção de 3:1 com o feminino. O mesmo ocorreu em relação à
raça caucasiana que predominou com 131 (63%) casos. A distribuição por faixa etária
evidenciou uma redução no pico de ocorrência dos 20 aos 29 anos, de 33% para 25%,
havendo uma distribuição mais uniforme e um aumento no número dos casos acima dos 40
anos. (Figura 1) As etiologias principais foram as quedas (28%) e os acidentes de trânsito
(27,5%), contrastando com as da amostra 1 que eram as agressões físicas (29%) e os
acidentes de trânsito (26%). A distribuição da etiologia por faixa etária mostrou as quedas
como responsáveis pelas fraturas da face acima dos 40 anos, enquanto que na amostra 1,
estas somente apareciam como causa principal após os 60 anos. Houve uma queda nas
agressões físicas no grupo dos 20 aos 29 anos e uma queda no índice agressão:trânsito de
1,2 para 0,8 no grupo dos 10 aos 19 anos. (Figuras 2 e 3).
A amostra 2 apresentou um total de 279 fraturas, permanecendo a ocorrência de modo
isolado em 11% dos casos. A fratura da órbita manteve a predominância em 97 (47%)
casos, observando-se um aumento das fraturas nasais de 33% para 40% e uma redução
das fraturas da mandíbula de 24% para 18%. (Figura 4) Com relação ao tratamento,
houve uma redução no índice cirúrgico:conservador de 1,4 para 0,75.
Através do estudo foi possível observar que o grupo de risco para as fraturas da face
atendido no serviço está mais velho, aparecendo as quedas como etiologia principal,
inclusive entre as fraturas nasais que apresentaram um aumento. Os acidentes de trânsito
ainda aparecem como importante causa, porém o menor impacto do trauma pode explicar
a redução nas fraturas da mandíbula e a redução nos casos cirúrgicos.
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Hussain K, Wijetunge DB, Grubnic S, et al. A comprehensive analysis of craniofacial
trauma. J Trauma 36:34-47, 1994.
2. Gassner R, Tuli T, Hachl O, et al. Cranio-maxillofacial trauma: a ten year review of 9543
cases with 21067 injuries. J Craniomaxillofac Surg. 31:51-61, 2003.
3. Sherer M, Sullivan W G, Smith DJ, et al. An analysis of 1423 facial fractures in 788
patients at an urban trauma center. J Trauma. 29:388-390, 1989.
4. Girotto J A, Mackenzie E, Fowler C, et al. Long term and physical impairment and
functional outcomes after complex facial fractures. Plast Reconstr Surg. 108: 312-327,
2001.
TRAUMATISMO ABDOMINO-PENO-ESCROTAL- AVULSAO EXTENSA RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODOS |
RESULTADO |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Renata Mariotto
MD
CO-AUTORES
Cassio Eduardo A. Raposo do Amaral
MD
Marcelo de Campos Guidi
MD
Paulo kharmandayan
MD
Cassio Menezes Raposo do Amaral (in memori)
MD
DESCRITORES
avulsão externa
INSTITUIÇÃO
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Rua
Guilherme
da
Silva
n-53/
Apto 62-CambuiCampinas/SP- CEP13025-070e-mail:
[email protected](019) 91182028//tel-(019)32343238
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Traumatismos com avulsão abdomino-peno-escrotal constituem eventos raros e de
importante gravidade. Em geral, são decorrentes de acidentes com maquinarias agrícolas.
A extensão da falha cutânea, a exposição testicular e do corpos cavernoso e esponjoso
consistem em marcadores de morbidade e prognostico (1).
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Paciente J.V.T.de M. 5 anos, vitima de avulsão total da pele abdominal anterior, pênis e
escroto por traumatismo em pivô de irrigação agrícola. Solicitado a família que retornasse
ao local do acidente, onde foi encontrado e em seqüência encaminhado a unidade médicohospitalar, a pele e sub-cutâneo avulcionado em sua totalidade.
Paciente foi submetido a enxertia (desengorduramento e lavagem exaustiva dos tecidos
avulsionados) das áreas cruentas.(3)
RESULTADO
ÍNDICE
Evoluiu afebril e com pega total do enxerto, porem com edema e distensão importante de
prepúcio residual, contratura escrotal precoce e posicionamento inguinal dos testículos .
Realizado pexia coxo-femoral de testículo D (para preservação de fertilidade) e
implantação de dermoexpansor em região inguinal a E. Apos expansão tecidual procedeuse a rotação de retalho em conjunto com dermoexpansor para reconstrução de bolsa
escrotal a E.
Reconstrução de bolsa testicular a D foi realizada com autonomização, tubulização e
translocação de retalho de prepúcio residual.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A recuperação da pele e a enxertia imediata constituíram em fatores de fundamental
importância para a redução da morbi-mortalidade decorrentes do traumatismo. A
reconstrução anatômica escrotal foi realizada seqüencialmente e em passos (4) com
excelência de resultado estético e funcional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1)Zanettini L.A., Fachinelli A., Fonseca G. P.- Int. Braz. J. Urol. 2005 May-Jun; 31(3): 2623.
2)Paraskevas K.I., Anagnostou D., Bouris C.- Int. Urol. Nephrol. 2003;35(4):523-7.
3)Cabral L., Teles L., Ferreira L.C., Cruzeiro C.- Acta Méd. Port. 1998 Feb;11(2):163-7.
4)Beretta G., Di Giuseppe P., Vacarella F., Marzotto M., Zanollo A.- Arch. Ital. Urol. Androl.
1994 Jun; 66(3): 143-9.
Figura 1 - Pré-operatório
Figura 2 - Pré-operatório
Figura 3 - Pele e tecido celular subcutâneo avulcionados
Figura 4 - Preparo de pele para enxertia (desengorduramento)
Figura 5 - Ressultado após 16 meses de enxertia
Figura 6 - Translocação de retalho prepucial para confecção de hemi-escroto à D
ASSOCIAÇÃO DA FRATURA DA MAXILA COM OUTRAS FRATURAS DA
FACE ATENDIDAS EM SETE ANOS (1999 A 2006) NO HOSPITAL SÃO
PAULO / COMBINATION OF MAXILLARY FRACTURE WITH OTHER
FACIAL FRACTURES ADMITTED IN SEVEN YEARS (1999 - 2006) AT SÃO
PAULO,S HOSPITAL.
INTRODUÇÃO | RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
LEANDRO BRUM DUTRA
MD
CO-AUTORES
TESSIE MARIA KRENISKI
MD
MAX DOMINGUES PEREIRA
MD
LYDIA MASAKO FERREIRA
MD
DESCRITORES
ASSOCIAÇÃO, FRATURA, MAXILA, FACE.
INSTITUIÇÃO
DISCIPLINA DE CIRURGIA PLÁSTICA (UNIFESP).
RUA NAPOLEÃO DE BARROS, 715, 4º ANDAR. SÃO PAULO (SP)
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Na literatura médica, as fraturas da face podem apresentar características diversas de
acordo com a população e o período considerados1. A fratura da maxila, em geral, é
estudada em conjunto com outras fraturas da face 2,3,4 . O objetivo do estudo foi traçar o
perfil das fraturas da maxila atendidas em um centro médico universitário urbano e a sua
associação com outras fraturas da face em um período de sete anos.
RELATO
ÍNDICE
No período de maio de 1999 a maio de 2006 foram admitidos 88 pacientes com fraturas da
maxila no serviço de urgência do Hospital São Paulo. O estudo consistiu na análise
retrospectiva dos prontuários, buscando informações sobre os seus dados epidemiológicos,
o mecanismo do trauma, o tipo e a localização das fraturas, lesões associadas e o
tratamento dispensado. As fraturas da maxila tiveram o seu diagnóstico confirmado
através da tomografia computadorizada e do intra-operatório, quando cirúrgicas. As
fraturas da maxila foram classificadas de acordo com a sua localização e fraturas bilaterais
foram consideradas individualmente.
Em um período de sete anos (1999 a 2006) foram atendidos 88 pacientes consecutivos,
sendo 71 do sexo masculino (81%), com predomínio de caucasianos em 57 (65%) casos.
Na distribuição por faixa etária, o grupo dos 20 aos 39 anos compreendeu 45 (50%)
pacientes. A etiologia mais encontrada foram os acidentes de trânsito, responsáveis por 46
(52%) casos, seguidos pelas quedas com 14 (16%) casos e pelos esportes com 12 (14%)
casos. (Figura 1) Os pacientes apresentaram um total de 117 fraturas da maxila, sendo 62
(52%) tipo Le Fort I, 24 (21%) tipo Le Fort II, uma tipo Le Fort III e 24 (21%) alveolares
superiores. A associação Le fort I e Le Fort II ocorreu em 14 pacientes. (Figura 2) As
fraturas da maxila ocorreram de modo isolado em 23 (26%) casos e associado a outras
regiões da face em 65 (74%). Essa associação ocorreu com uma única região em 38 casos
e com duas ou mais regiões em 27 casos. A associação mais freqüente das fraturas da
maxila se deu com as fraturas da órbita (64%), seguidas pelas fraturas da mandíbula
(34%) e nasais em 17 (19%) casos. (Figura 3) A conduta cirúrgica foi adotada em 58
(66%) casos e a conservadora em 21 (24%) pacientes.
A fratura da maxila foi a quarta fratura mais encontrada no período (8%), precedida pelas
fraturas da órbita, nasal e mandíbula, nessa ordem. Os acidentes de trânsito, cujo grupo
de risco são pacientes jovens, garantem o impacto necessário para a ruptura dos pilares da
maxila. O mecanismo do trauma, semelhante ao das fraturas da órbita, também contribuiu
com a alta taxa de associação com outras fraturas na face e com a grande porcentagem de
casos cirúrgicos. Medidas preventivas específicas podem ser elaboradas a partir do estudo,
visando a redução do número e da gravidade dos casos.
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - fig. 2
Figura 3 - fig. 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Gassner R, Tuli T, Hachl O, et al.Cranio-maxillofacial trauma: a 10 year review of 9543
cases with 21067 injuries. J CranioMaxillofac Surg 31:51-60, 2002.
2. Moshy J., Mosha HJ, Lema PA. Prevalence of maxillo-mandibular fractures in mainland
Tanzania. East Afr Med J;73(3):172-5, 1996.
3. Mohammad HKM. An assessment of maxillofacial Fractures: a 5-year study of 237
patients. J Oral Maxillofac Surg 61:61-64, 2003.
4. Shere J L, Boole J R, Holtel M R, et al. An analysis of 3599 midfacial and orbital blowout
fractures among4426 United States Army Soldiers, 1980-2000.Otolaryngol Head Neck Surg
130:164-70, 2004.
HIDROSADENITE CRÔNICA SUPURATIVA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
METODO |
RESULTADO |
CONCLUSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS |
AUTOR
Virmar Santana Ribeiro Soares
CO-AUTORES
João Passamani
MD
José Cezar Cassano do Nascimento
MD
Raimundo Luiz Inocêncio dos Santos
MD
Virmar Ribeiro Soares
MD
DESCRITORES
hidrosadenite
INSTITUIÇÃO
Policlínica Geral do Rio de Janeiro
Rua Barão de Lucena, 76, apto. 502 CEP: 22260-020, Botafogo, Rio de Janeiro - RJTel: (21)
2266-3001 (21) 2537-2860e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A hidrosadenite crônica supurativa é uma prolongada, periódica e inflamatória doença,
desenvolvida de uma oclusão folicular com a formação de um abscesso inflamatório,
gerando uma extensa cavidade fistular caracterizando uma cicatriz que atinge regiões
como as axilares, glúteas, virilhas, genitais e mamárias.
Os mais variados sinônimos (acne inversa, apocrinite, acne "triad" fistulante pioderma)
demonstram as dificuldades em atribuir a correta classificação desta desorganização. A
etiologia da hidrosadenite supurativa é desconhecida. Atualmente, é caracterizada por uma
infundibulofoliculite com oclusão folicular indicando uma variante de acne. Desta forma, o
nome acne inversa é apropriado.
O segundo processo inflamatório inicia-se com o envolvimento das glândulas apócrinas e
écrinas, provocando a formação precoce do abscesso e a fistulização com profunda
extensão do orifício, conseqüentemente uma cicatrização retrátil e deformidades.
As figuras heterogêneas e histológicas foram encontradas. A glândula apócrina foi
envolvida em, pelo menos, 70 pacientes. 20 apresentaram oclusão focal. Outros 20
apresentaram foliculite simples sem oclusão poral; 11 com cavidade; 8 com cistos
epiteliais; 5 com abscessos; 3 com apocrinite; 2 com inflamação dérmica difusa e 1 com
granuloma piogênico e cicatricial. As cavidades foram diagnosticadas significativamente na
presença da oclusão do poro ou cistos epiteliais. O grupo de controle, freqüentemente,
revelou mudanças compatíveis com os estágios iniciais do envolvimento folicular. As
glândulas apócrinas foram observadas mais comumente na região axilar do que na virilha.
MATERIAL E METODO
ÍNDICE
A cronicidade da doença afeta psicologicamente o paciente, requerendo um acelerado
tratamento curativo. Muitas terapias conservadoras não têm atingido efeito minimizador.
Todavia, o tratamento cirúrgico tem sido o mais eficaz, envolvendo antibióticoterapia,
enxertia de pele, ortomolecular e curativos em dias alternados.
RESULTADO
ÍNDICE
Neste trabalho, apresento o caso já com evolução de 5 anos do nosso tratamento para uma
doença com 26 anos de duração. Foi um trabalho árduo, mas com um resultado bastante
gratificante e compensador para todos nós.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A figura clínica da hidrosadenite supurativa abrange o extenso espectro histológico. Isto
pode ajudar a explicar os problemas terapêuticos causados por essa doença. A patologia
demonstra ser predominantemente folicular e a glândula apócrina aparenta ser
primariamente envolvida em apenas uma minoria das regiões axilares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ÍNDICE
Dermatologia, 2ª Edição. Juvenal Esteves, Poiares Baptista e col. Fundação Calouste
Gulbenkian, Lisboa, 1992. Précis de Dermatologie et Venereologie. J.H.
- Sampaio, Sebastião de Almeida Prado et al. Dermatologia. São Paulo: Artes Medicas,
2001.
Figura 1 - Admissão
Figura 2 - 30° dia
Figura 3 - 60° dia
Figura 4 - 300° dia
Figura 5 - Alta
Figura 6 - 5 anos de evolução
LINFOCITOMA CÚTIS: RELATO DE UM CASO
INTRODUÇÃO | OBJETIVO | LINFOCITOMA CÚTIS | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO |
BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Andrey Van Ass Malheiros
MD
CO-AUTORES
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto
Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação
do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA.
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto
Residente do segundo ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA `Dr. EWALDO
BOLIVAR DE SOUZA PINTO`
Sergio Ricardo Pita Pessoa de Melo
Residente do primeiro ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO
BOLIVAR DE SOUZA PINTO.
Luís Contin Neto
Residente do primeiro ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO
BOLIVAR DE SOUZA PINTO.
Maurício Doi
Estagiário do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA
PINTO
DESCRITORES
Linfocitoma Cútis
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica
Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Ana Costa ,120
Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Os pseudolinfomas ou hiperplasias linfóides cutâneas são lesões inflamatórias da pele que
simulam clínica e/ou histologicamente um linfoma maligno. Caracterizam-se por uma
reação linfoproliferativa benigna, rara e de etiologia pouco conhecida. Sua origem está
relacionada com a doença de Lyme, uso de fármacos como a fenitoína, acunputura, picada
de insetos, vacinações, tatuagens, cicatrizes de herpes zoster e em muitos casos é
idiopática.
OBJETIVO
ÍNDICE
Relato de caso para a comunidade científica de uma afecção cutânea benigna, rara, que
pode simular um linfoma de células B e em raro casos progressão para linfoma cutâneo
maligno (0.5-1%).
LINFOCITOMA CÚTIS
ÍNDICE
O linfocitoma cútis ou pseudolinfoma de Spiegler-Fendt é uma afecção linfoproliferativa B
que clinicamente se manifesta em forma de uma ou mais lesões do tipo nodular.
È uma enfermidade rara que pode aparecer em qualquer momento da vida mas é mais
comum em adultos jovens e tem predominâcia pelo sexo feminino na proporção de 3:1.
Clinicamente se trata de uma hiperplasia linfóide secundária a uma estimulação antigênica
prolongada na zona em que se localiza o tumor. Preferencialmente se localiza na face e
membros superiores. Normalmente se trata de lesão única, nodular ,elevada, de forma
arredondada, de diâmetro variável (1 a 5 cm), de cor violácea, de superfície uniforme, não
descamativa e não aderida a planos profundos. São sempre assintomáticas. A
disseminação é rara e este caso recebe o nome de linfocitoma cútis miliar.
A princípio é necessário recorrer a estudo hispatológico para confirmação diagnóstica
podendo-se lançar mão da imunohistoquímica se necessário.
O diagnóstico diferencial se faz com linfoma cutâneo, leishmaniose cutânea, nevus de
Spitz, xantogranuloma juvenil, hemangioma, carcinoma basocelular e outros tumores
dérmicos.
O curso é crônico e pode durar meses a anos e tem uma pequena tendência a resolução
espontânea sem deixar cicatriz residual. A infiltração com corticóides, criocirurgia, PUVA
terapia, radioterapia e cirurgia são realatados como opções terapêuticas para aqueles
casos que requeiram, por algum motivo, um tratamento imediato.
RELATO DO CASO
ÍNDICE
Paciente B.R.J de 59 anos de idade, negro, nascido e residente em Guarujá-SP, Brasil. Deu
entrada em nosso ambulatório em 05/06/06 com história de aparecimento de lesão de 2
cm de largura por 3 cm de comprimento em região frontal de couro cabeludo há 3 meses
sem sintomas de prurido ou dor local. Realizado Biópsia incisional, cujo anatomo patológico
foi caracterizado por Linfocitoma Cutis ( Fig. 1 e Fig. 2).
Figura 1
Figura 2
ÍNDICE
DISCUSSÃO
Como já mencionado anteriormente o linfocitoma cútis pode simular um linfoma de células
B , tanto histológica como clinicamente. È necessário diagnóstoco preciso dessas lesões
para uma orientação terapêutica e prognóstica corretas. Sua importância se vale, ainda
que em casos esporádicos,na possibilidade de evolução para um linfoma cutâneo em
pacientes com lesões prévias nos mesmos locais onde foram diagnosticadas como
hiperplasia linfóide beigna.
Conclui-se
que
mesmo
tratando-se
de
uma
patologia
benigna
é
necessário
acompanhamento destes pacientes por longo prazo, a fim de diagnosticar e tratar
precocemente os raros casos necessários.
ÍNDICE
BIBLIOGRAFIA
1- Lemus SMV, Alarcón H, Ruiz SM. Linfocitoma cutis. Reporte de un caso. Rev Cent
Dermatol Pascua. Vol 12, num 12,May-Ago 2003.
2-Sagatys EBA, Kirk JFD, Morgan MBMD. Lynphoid Lost and Found . American Journal of
Dermatopathology. April 2003, 25:2.
3- Cerroni
L,
Kerl
H.
Diagnostic
immunohistology.
Cutaneus
lymphomas
and
pseudolynphomas. Seminars in Cut Med and Surg 1999; 18: 64-70.
4- Colic C, Leinweber B, Mulleger R, et al: Borrelia Burgdoferi associated lynphocitoma
cutis: clinicopathologic, immunophenoypic and molecular study of 106 cases. J Cutan
Pathol 2004;31 (3): 232-40.
5- Wood G. Enfermidades inflamatorias que simulan linfomas: pseudilinfomas cutaneos.
Ed. 14 Interamericana. 2001: 1323-39.
HIPÓXIA AUMENTA O EFEITO DE TGF-B 1 NA PRODUÇÃO DE
COLÁGENO POR FIBROBLASTOS HUMANOS / HYPOXIA ENHANCES
TGF-SS 1 EFFECTS ON COLLAGEN PRODUCTION BY HUMAN DERMAL
FIBROBLASTS.
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Gustavo Feriani
MD
CO-AUTORES
Anelisa B Campaner
MD
Alfredo Gragnani
MD
Ronaldo Gonçalves
MD
Lydia Masako Ferreira
MD
DESCRITORES
Hipóxia, aumenta, TGF-b 1, colágeno.
INSTITUIÇÃO
Trabalho realizado no Laboratório de Cultura de Células da Disciplina de Cirurgia Plástica da
UNIFESP.
Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Rua Napoleão de Barros, n° 715, 4° andar.CEP:
04024-002.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O TGF Beta 1 e a diminuição da tensão tecidual de oxigênio são considerados fatores
importantes na alteração da reparação tecidual, através do aumento na produção dos
constituintes da matriz extra celular por fibroblastos, principalmente colágeno, sendo o
quelóide um exemplo deste processo.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
A cultura de fibroblastos obtidos de peças cirúrgicas de quelóides foi cultivada até a
subconfluência, incubada em meio sem soro por 48 horas, e então adicionado ou não TGFb
1 (5ng/ml) e submetidos a um período de 30 minutos de hipóxia. Fibroblastos de pele
normal foram usados como controle e submetidos ao mesmo procedimento. A extração do
material protéico foi feito com SDS a 2% com 0, 24 e 48 horas, avaliados através de
eletroforese em gel de poliacrilamida.
RESULTADOS
ÍNDICE
A presença apenas da hipóxia não levou às alterações na produção de colágeno, tanto no
grupo controle quanto no grupo de estudo. O TGFb 1 estimulou a produção de colágeno
tipo I apenas quando associado com a hipóxia.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A associação da hipóxia e de TGF-b1 tem efeito sinérgico na produção de colágeno pelos
fibroblastos derivados de quelóide em relação aos controles. O estudo sugere que a hipóxia
seria um dos fatores locais que, associada aos fatores de crescimento e outras variáveis
teriam papel desencadeador e/ou mantenedor do processo da formação do quelóide.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.KOONIN AJ. The aetiology of keloids: a review of the literature and a new hypothesis.
South Afr Med J 1964; 38: 913-6.
2.DERYNCK R, JARRET JA, CHEN EY, EATON DH, BELL JR, ASSOIAN RK, ROBERTS AB,
SPORN MB, GOEDDEL DV. Human transforming growth factor-b complementary DNA
sequence and expression in normal and expression in normal and transformed cells. Nature
1985; 316: 701-5.
3.SPORN MB, ROBERTS AB, WAKEFIELD LM, ASSOIAN RK. Transforming growth factor-b:
biological function and chemical structure. Science 1986; 233: 532-4.
4.FALANGA V, KIRSNER R. Low oxygen stimulates proliferation of fibroblasts seeded as
single cells. J Cell Phisiol 1993b; 154: 506-10.
5.KEIRA SM, Ferreira LM, GRAGNANI A, DUARTE IS, BARBOSA. Experimental model for
collagen estimation in cell culture. Acta Cirurgica Brasileira 2004; 19:17-22.
Figura 1 - Fig. 1
EVOLUÇÃO DA LIPOABDOMINOPLASTIA NO SERVIÇO DE CIRURGIA
PLÁSTICA DR EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO
INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA E MÉTODO | RESULTADOS | CONCLUSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Kepler Alessandro Secco Lafayette
MD
CO-AUTORES
Osvaldo Ribeiro Saldanha
Membro titular da S.B.C.P. , Presidente da S.B.C.P., regente do serviço de cirurgia plástica
da UNISANTA.
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto
Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação
do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA
Sergio Ricardo Pita Pessoa de Melo
Residente do segundo ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO
BOLIVAR DE SOUZA PINTO
Luís Contin Neto
Residente do primeiro ano do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO
BOLIVAR DE SOUZA PINTO.
DESCRITORES
Lipoabdominoplastia
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza PintoServiço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Washington Luiz
142, CEP 11050-200 Santos - SP - BrasilE-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Este trabalho demonstra a evolução da abdominoplastia no Serviço de Cirurgia Plástica "Dr
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto", e evidencia a mudança progressiva da abdominoplastia
clássica para a lipoabdominoplastia no tratamento cirúrgico abdominal, e a padronização
da mesma como técnica de eleição a partir de 2004.
CASUÍSTICA E MÉTODO
ÍNDICE
Realizado estudo retrospectivo em 351 pacientes, operados por residentes no Serviço de
Cirurgia Plástica "Dr Ewaldo Bolivar de Souza Pinto", entre 2002 e 2005, analisando dados
sobre abdominoplastia clássica e lipoabdominoplastia (Gráfico 1).
Figura 1 - Número de cirurgias realizadas no período de 2002 a 2005
RESULTADOS
ÍNDICE
Em 2002, (41 cirurgias abdominais) ocorreram cinco complicações: duas pequenas
necroses de retalho, dois seromas e um hematoma em pacientes operados pela técnica
clássica.
No ano de 2003 foram realizadas 57 cirurgias, e ocorreram seis complicações na
abdominoplastia clássica (duas pequenas necroses de retalho, três seromas e um
hematoma). Não houve complicação nos casos de lipoabdominoplastia.
Durante 2004, 112 cirurgias foram realizadas, houve dez complicações: uma epiteliólise de
umbigo, dois seromas, uma necrose de retalho e uma deiscência de sutura na
abdominoplastia clássica. Nas lipoabdominoplastias ocorreram: uma infecção de ferida
operatória, duas pequenas necroses de retalho e dois seromas.
Foram realizadas 146 cirurgias em 2005: 130 lipoabdominoplastias e 16 abdominoplastias
clássicas. Houve 16 complicações: duas necroses de umbigo, três pequenas necroses de
retalho, duas epiteliólises, cinco seromas e um hematoma nas lipoabdominoplastias. Já na
abdominoplastia clássica, ocorreram três complicações: uma deiscência de sutura central,
um seroma e um hematoma.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Nas 351 cirurgias abdominais realizadas no serviço de cirurgia plástica "Dr. Ewaldo Bolívar
de Souza Pinto", entre 2002 e 2005 foi encontrado 10,54% de complicações. Comparando
os dados das complicações referentes a cada técnica cirúrgica usada, percebeu-se menor
incidência destas na lipoabdominoplastia (7,75%) em relação à abdominoplastia clássica
(15,96%) (Gráfico 2 e 3).
Ao término deste estudo constatou-se que a lipoabdominoplastia é uma técnica cirúrgica
com bons resultados e de fácil execução, mesmo para cirurgiões em formação. Apresenta
menor índice de complicações pós-operatórias quando comparada à abdominoplastia
clássica realizada no mesmo serviço.
Figura 1 - Número de cirurgias X Incidência de complicações
Figura 2 - Incidência de complicações por técnica cirúrgica
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
Souza Pinto EB; Almeida AEF; Knudsen AF et cols. A new Methodology in abdominal
aesthetic surgery. Aesth Piast Surg 11: 213- 222, 1987.
2. Saldanha O. Lipoabdominolastia with selective and safe undermining. Aesth Piast Surg
27:2003.
3. Saldanha O. Lipoabdominoplastia. led. Rio de Janeiro: Di-Livros;
2004.
4. Saldanha OR. Star-shaped onphaloplasty. Annals of the International Symposium RAPS,
São Paulo - 1990, p. 498-01.
USO DE ENXERTO DE CARTILAGEM AURICULAR COMO SUPORTE EM
PATOLOGIAS DA PÁLPEBRA INFERIOR - RELATO DE CASOS
INTRODUÇÃO | MATERIAIS E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICA |
AUTOR
Sylviane Lo King Tien
MD
CO-AUTORES
Luiz Stenio Silva Lócio Jr.
MD
Bruno José Alcântara
MD
Eliana Maria Jiménez Díaz
MD
Maria Cristina Almenarez
MD
DESCRITORES
enxerto, palpebra
INSTITUIÇÃO
Hospital Geral do Andaraí
Rua Leopoldo 280, 6º andar Andaraí - Rio de Janeiro - RJ. CEP 20541-170
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A utilização de enxertos de cartilagem na reparação de deformidades palpebrais inferiores é
largamente utilizado como alternativa técnicas nos casos de difícil solução. Através de um
procedimento cirúrgico simples e com pequena cicatriz utilizamos a técnica descrita por
Hashikawa1 em 1988 com o emprego de cartilagem auricular como suporte para a
pálpebra inferior em 1 pacientes com ectrópio e 2 entrópio.
MATERIAIS E MÉTODOS
ÍNDICE
O enxerto de catilagem é retirado através de uma incisão anterior na anti-hélix. Pequenas
incisões são realizadas nas regiões cantais lateral e medial, sendo, então, confeccionado
um túnel submuscular unindo as duas incisões através de dissecção romba. O enxerto de
cartilagem é, então, posicionado neste túnel sedo fixado lateralmente e medialmente com
pontos no ligamento cantal lateral e no periósteo respectivamente.
Realizamos esse procedimento em três pacientes com ectrópio senil e grande flacidez
cutânea que procuraram nosso ambulatório no último ano.
RESULTADOS
ÍNDICE
Houve a pega total dos enxertos em todos os casos, sendo que em um deles foi necessária
nova fixação lateral do enxerto após trauma local no pós-operatório imediato. Não
observamos casos de infecção ou hematoma. Até o momento não se observou
deslocamento ou reabsorção do enxerto.
Houve resolução da patologia primária e observamos satisfação por parte dos pacientes,
sem queixas em relação à cicatriz auricular.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Vários enxertos de materiais autógenos têm sido utilizados como suporte da pálpebra
inferior como fáscia lata, cartilagem septal, tarso da pálpebra superior, fáscia temporal e
mesmo mucosa palatal. Outros materiais não orgânicos como fios de aço também são
empregados.
Em procedimentos de "suspensão", como os que utilizam, fáscia lata e fáscia temporal, o
contato natural entre a pálpebra superior e a inferior é difícil de ser obtida devido à tensão
na pálpebra inferior. O tarso superior, embora seja o substituto natural nesses casos,
representa uma cirurgia combinada na pálpebra superior. A cartilagem septal é muito
rígida para garantir o correto contato da pálpebtra com o globo ocular, de forma que entre
esses materiais a cartilagem auricular se mostra a mais adequada, ao nosso ver, pois
mimetiza a curvatura natural da pálpebra sendo macia e maleável.
Em nossa experiência, no período do estudo, observamos resultados bastante satisfatórios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
ÍNDICE
1) Hashikawa, K. M.D.; Tahara, S. M.D.; Nakahara, M. M.D.; Sanno, T. M.D.; Hanagaki, H.
M.D.; Tsuji, Y. M.D.; Terashi, H. M.D. Total Lower Lid Support with Auricular Cartilage
Graft. Plastic
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
RECONSTRUÇÃO DE VULVA, RELATO DE CASOS
RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Paulo Roberto Botica do Rego dos Santos
MD
CO-AUTORES
Antonio Carlos Iglesias
MD
Isabel Chulvis do Val
MD
Carlos del Pino Roxo
MD
Eliana Maria Jiménez Díaz
MD
DESCRITORES
Reconstrução, vulva, relato.
INSTITUIÇÃO
Hospital Gaffré e Guinle, Hospital do Andaraí.
Rua do Ouvidor, 161 Sala 611 (Centro)Rio de Janeiro (RJ) CEP 20040-030
RELATO
ÍNDICE
O reparo de defeitos perineais constitui um grande problema em pacientes que se
submetem a uma vulvectomia. O câncer de vulva representa apenas 1% de todos os
cânceres da mulher e 2%-4% dos tumores ginecológicos, mas exige ressecção de grandes
áreas da genitália externa e das cadeias ganglionares adjacentes, dependendo da
histopatologia e da extensão da lesão. A necessidade de uma adequada e, muitas vezes,
agressiva ressecção oncológica da lesão neoplásica associada à prevenção ou diminuição
das complicações no pós-operatório, levou a um grande desenvolvimento e aprimoramento
das técnicas reconstrutivas nas últimas décadas, que tentam minimizar a desfiguração
local e as conseqüências psico - sexuais após o tratamento cirúrgico.
Foi realizada um análise retrospectiva de 11 casos de pacientes submetidas a reconstrução
vulvar imediata após vulvectomia, no período de novembro de 2004 a julho de 2006, no
Hospital Gaffrée e Guinle, no Hospital do Andaraí e clinica privada, utilizando diferentes
técnicas. Todas as pacientes tinham diagnóstico de lesão tumoral e nos casos de doença
mais avançada apresentaram algum tipo de intercorrência no pós-operatório, o que
aumentou a morbidade da doença, sendo comum à maioria a deiscência com infecção
secundária, porém com um resultado tardio satisfatório. Os casos estão resumidos na
Tabela 1.
A adequada reconstrução morfofuncional da vulva deve ser considerada como parte
integral do tratamento de carcinoma vulvar, no entanto limitada pelas condições clinicas da
paciente, tipo histológico, extensão da lesão e o tipo de ressecção. O tipo de reconstrução
e de complicação pós-cirúrgica influencia negativamente o psiquismo da paciente, já
abalado pela presença da doença, trazendo conseqüências psico - sexuais, e abre uma
discussão sobre a indicação cirúrgica em reconstrução vulvar, tendo em conta que o
conceito de ótima reconstrução é aquela que recobre o defeito na medida em que
assemelha a anatomia regional de base, restabelecendo a função do órgão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
Moschella, Francesco; Cordova, Adriana. Innervated Island Flaps in Morphofunctional Vulvar
Reconstruction. Plastic Reconstructive Surgery 105 (5): 1649-1657 (2000). 2. Hashimoto,
Ichiro; Nakanishi, Hideki; The Gluteal-fold Flap for Vulvar and Buttock Reconstruction:
Anatomic Study and Adjustment of Flap Volume. Plastic Reconstructive Surgery 108 (7):
1998-2005 (2001). 3. Giraldo, Francisco; Mora, Maria José; Anatomic Study of the
Superficial Perineal Neurovascular Pedicle: Implications in Vulvoperineal Flap Design.
Plastic Reconstructive Surgery 99 (1): 100-108 (1997).
Figura 1
Figura 2
Figura 3
FIXAÇÃO MAGNÉTICA MALAR DO GLOBO OCULAR PARA O
TRATAMENTO DO NISTAGMO/ MALAR MAGNETIC STABILIZATION OF
THE OCULAR GLOBE FOR THE TREATMENT OF THE NYSTAGMUS
INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Eugenio Gonzalez Cação
MD
CO-AUTORES
Osvaldo Saldanha
MD
Fernando Fernandes
MD
Rodrigo Pessoa Marttelo de Souza
MD
Denis Aloísio Lopes Medina
MD
DESCRITORES
Fixação magnética Nistagmo
INSTITUIÇÃO
Hospital Ana Costa
Hospital Ana CostaRua Pedro Américo no 60, Bairro Campo Grande - Santos - SP
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Nistagmo são abalos do globo ocular ao se movimentar no sentido horizontal e vertical. O
nistagmo reflete um distúrbio ou desequilíbrio numa complexa rede neuronal que envolve
as vias visuais, os labirintos, influências proprioceptivas provenientes dos músculos do
pescoço, os núcleos vestibulares e cerebelares, a formação reticular do tronco cerebral
pontino e os núcleos oculomotores. Devido a complexidade dos agentes causais e da
dificuldade de tratá-lo, faz-se necessário procedimentos que atuem diminuindo a
movimentação anormal do globo ocular .
Diversos métodos terapêuticos foram empregados para conter a amplitude destes abalos.
O método de contato material direto utiliza músculos e fios elásticos presos a esclera tendo
como desvantagem a vinculação do material e o olho levando a interferências mecânicas
de tecidos vivos e neoformações cicatriciais .
O presente trabalho transporta um estudo experimental utilizando uma fixação móvel
contínua e sem contato oferecida pela força magnética entre dois corpos.Tal estudo foi
realizado no ano de 2000 envolvendo 54 cobaias de coelho, os implantes foram testados
quanto as reações fisiológicas do material implantado, força de atração magnética, tipo de
fixação e resposta clinica da fixação. Baseamo-nos nestes dados para a utilização na
espécie humana.
ÍNDICE
CASUÍSTICA E MÉTODO
Foram realizadas quatro fixações de conjuntos de placas magnéticas em dois pacientes um
do sexo masculino com 23 anos e outro do sexo feminino, caucasianos portadores de
nistagmo pendular congênito, os quais foram submetidos a registro fotográfico dinâmico do
nistagmo; eletronistagmografias pré e pós operatórias e exames oftalmológicos para
acuidade visual .
As placas foram confeccionadas com imã de terra rara (Neodímio, ferro e boro) recobertos
com níquel medindo 5 mm de diâmetro por 2,5 mm de altura , envoltos por 2 chapas de
ouro maciço uma de 10 micrometros envolvendo a parte anterior do imã e outra medindo
35 micrometros desde a base do imã até o ápice encontrando a chapa anterior.
Os pacientes foram submetidos à anestesia geral com entubação orotraqueal, a anti-sepsia
foi feita com cloreximedina sabão, infiltração anestésica e adrenergica com marcaína a 0,5
% e adrenalina a 1/200000 5 ml. em cada pálpebra inferior . A incisão foi feita a 3 mm do
rebordo ciliar , medindo 4 cm de comprimento , o descolamento foi feito supra muscular
até o rebordo orbital, o periósteo foi incisado e rebatido 1 cm inferiormente e entrando
dentro do assoalho da órbita por mais ou menos 1,5 cm , criando assim uma loja com base
fixa para a inclusão da placa magnética, que ficou com os seus limites determinados pelo
assoalho inferiormente e o periósteo e a gordura periorbitária superiormente, evitando com
isso contato direto entre as placas do assoalho e a conjuntival.
A fixação do implante na borda do rebordo orbitário foi feita através de parafusos de titânio
auto rosqueantes. A placa foi recoberta com o periósteo suturado com mononylon 5-0. Os
tecidos moles foram aproximados com mononylon 5-0 e a pele restaurada com pontos
intradermicos de mononylon 5-0.
A placa escleral foi implantada pela oftalmologia através de descolamento da esclera,
anteriormente á inserção do músculo reto inferior. A placa foi fixada com cola de
cianoacrilato em sua base e fios de seda 10-0 em pontos fenestrados nas bordas da placa.
ÍNDICE
RESULTADOS
O paciente foi avaliado clinicamente tendo já no pos operatório imediato melhora
significativa dos movimentos pendulares. A posição do pescoço outrora inclinada, posição
que é comum nos casos de nistagmo, agora se centraliza e o olhar fixa melhor o ponto
principal. O paciente após 15 dias referiu melhora da visão para longe.
O
exame
oftalmológico
demonstrou
melhora
dos
parâmetros
de
dioptria
e
a
eletronistagmografia demonstrou melhora dos traçados em todos os movimentos oculares.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O Nistagmo não é uma patologia freqüente, porém causa distúrbios visuais e estéticos de
difícil resolução.
O método apresentado mostrou-se extremamente eficaz no tratamento do nistagmo no
que tange ao comprometimento da movimentação ocular. A utilização do magnetismo
como força antipendular controlou a movimentação anormal do globo ocular, limitando a
amplitude da movimentação do globo ocular sem no entanto fixar estruturas nobres e sem
promover compressão dos tecidos já que existe uma distância entre as duas placas o que
permite a visão lateral; para cima e para baixo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Bicas HEA. Gerações de rotações binoculares combinadas em casos de perdas de ação
muscular: mecanismos para conjugações rotacionais. Arq Bras Oftalmol. 1996;59(2):11928.
2. Carvalho LEMR. Nistagmo. Arq Bras Oftalmol. 1998;61(4):473-5.
3. Bicas HEA. Ajustamentos posicionais oculares e estabilizações do equilíbrio oculomotor
sem impedir rotações. Arq Bras Oftalmol. 1998;61(3):294-304.
4. Bicas HEA. Cirurgia dos nistagmos [resumo]. In: 14° Congresso do Conselho LatinoAmericano de Estrabismo; 2000. Anais. São Paulo; 2000. p.109-16.
5. KLEINPAUL ER.Estudo histológico comparativo de implantes (ímãs) em órbitas de
coelhas. Arq Bras Oftalmol. 2005;68(5):667-673.
RECONSTRUCAO DE PAREDE ABDOMINAL , RELATO DE TRÊS CASOS.
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Sandra Araujo Baião Mesquita Sousa
MD
CO-AUTORES
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
MD
Marcelo Moreira Cardoso
MD
Frederico Avellar da Silveira Lucas
MD
Marcio Augusto Tavares Paes Barreto
MD
DESCRITORES
reconstrução, cirurgia, reconstrutiva, microcirurgia.
INSTITUIÇÃO
Instituto Nacional do Câncer, Serviço de Cirurgia Plástica Reconstrutiva e Microcirurgia
Praça da Cruz Vermelha n° 23, 8°andar Centro Rio de Janeiro RJCEP20230-130
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A parede abdominal é uma estrutura musculoaponeurótica complexa que protege e
restringe as vísceras abdominais, sendo sua integridade indispensável do ponto de vista
funcional e estético. Sua reconstrução envolve diferentes graus de complexidade; na
dependência da extensão e da profundidade do defeito.
Este trabalho tem por objetivo apresentar 3 opções distintas de reconstrução de defeitos
da parede abdominal de grande extensão em plano total.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Análise retrospectiva de 3 pacientes submetidos a ressecções oncológicas de grande porte:
1 por tumor primário de parede abdominal e 2 por tumores intracavitários.
Caso 1: Masculino, 53 anos, adenocarcinoma de cólon reicidivado. Ressecado em bloco
tumor metastático acometendo hilo esplênico, grande omento e lobo hepático esquerdo;
bem como a parede abdominal e a pele. Defeito resultante de 15 x 12 cm em plano total
(figura 1). Reconstrução com tela de Gore-Tex ® associada a retalho miocutâneo do m.
tensor da fascia lata à direita, ilhado e tunelizado. Área doadora aproximada, tendo o
restante cicatrizado por 2ª intenção (figura 2). No 4º DPO apresentou deiscência parcial da
tela e do retalho, tendo sido submetido à ressutura com boa evolução.
Caso 2: Masculino, 65 anos, sarcoma de parede abdominal reicidivado 4 vezes, com lesão
extensa e ulcerada (figura 3). Defeito resultante de 24 x 21 x 12 cm em plano total.
Reconstrução com tela de Marlex ® sobre grande omento superpostos por retalho
muscular microcirúrgico de m. grande dorsal. Submetido a autoenxertia de pele parcial 15
dias após , com ótima evolução (figura 4).
Caso 3: Masculino, 41 anos, mesotelioma peritoneal multicístico na região hipogástrica.
Ressecado em formato elíptico; desde 5 cm abaixo da cicatriz umbilical ate o púbis; em
plano total (figura 5). Reconstruído com tela de Gore-Tex ® associada a avanço inferior do
retalho dermoadiposo pediculado superiormente, semelhante a uma dermolipectomia
(figura 6). Pós-operatório com boa evolução.
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A reconstrução da parede abdominal em plano total abrange diversas técnicas, todas
objetivando restaurar a continência do compartimento intrabdominal e a integridade do
envelope cutâneo. O uso de telas aloplásticas e uma opção quando a reconstrução com
tecido autólogo não e possível (usualmente pela grande extensão do defeito). Já em
relação ao envelope cutâneo, diversos retalhos podem ser usados.
Os casos aqui relatados demonstram os tipos principais de retalhos disponíveis: o retalho
local (caso 3, retalho de avanço), o retalho de vizinhança (caso 1, fascia lata) e o retalho à
distância microcirúrgico (caso 2, grande dorsal). Uma outra opção e o uso de enxertos
cutâneos, que podem ser aplicáveis em associação a retalhos (como no caso 2) ou
isoladamente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Melega - Cirurgia Reparadora de Tronco e Membros
ÍNDICE
Mathes and Nahai - Reconstructive Surgery
IMOBILIZAÇÃO ÓSSEA NA FACE: DO CAPACETE A MINIPLACA.
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO |
BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Sérgio José Martins Gomes
MD
CO-AUTORES
Mônica Suzana Alves Vilela
MD
DESCRITORES
Imobilização Óssea na Face
INSTITUIÇÃO
Trabalho realizado em Clinica Privada e Hospitais Cadastrados de Feira de Santana - Ba
Av. Getulio Vargas, 82144.010.100 - Feira de Santana - Ba
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A restauração da arquitetura facial evoluiu e com ela os meios de imobilização óssea os
quais passaram por diversas fases e poderiam assim estar resumidas:
Talas Gessadas
Sondas Infláveis
Odontossínteses
Arcos Vestibulares
Bandagens
Fixação Externa
Fios de Kirshner
Cerclagens Circunferenciais
Máscara de De Lair
Suspensões
Capacetes
Bloqueio Intermaxilar
Encaixe Ósseo
Tamponamentos
Osteossínteses
Miniplacas
Sem comentários estarão alguns dos acima mencionados ou devido a deficiência técnica ou
por pobreza de indicação. Os mais usados terão especial consideração.
O objetivo é mostrar que podemos obter imobilizações seguras e eficientes utilizando-se da
versatilidade da tecnologia mais recente não se desprezando as também eficientes do
passado.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Este trabalho apresenta os recursos mais utilizados nas últimas 3 (três) décadas para as
imobilizações no terço superior, terço médio e inferior da face:
Para o terço superior utilizamos os encaixes ósseos de forma pura e simples ou com
fixação através de Mononylon. No terço médio e inferior as imobilizações com
tamponamento dos seios maxilares, bloqueio intermaxilar (BIM), e/ou fixação rígida com
miniplacas de titânio e/ou osteossínteses com fios de aço estão correlacionadas. Foram
também traçadas comparações com procedimentos anteriores, como o uso do capacete de
Costa-Pitanguy.
RESULTADOS
ÍNDICE
O seguimento de pacientes por mais de dez anos e por períodos pós operatório sempre a
longo prazo nos permite dizer que os resultados estéticos, radiográficos e funcionais são de
sucessos e a diversificação dos meios de fixação, nossa grande aliada. Casos de reação
infecciosa às miniplacas foram resolvidos com a remoção das mesmas não prejudicando o
resultado final.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Inegavelmente o uso da fixação rígida nas imobilizações da face, trouxe um grande
benefício e conforto aos pacientes, principalmente aos desdentados ou parcialmente
desdentados. Veio a dispensar os prolongados bloqueios intermaxilares ou uso de goteiras
para dar estabilidade às imobilizações. Nas fraturas do terço médio da face Le Fort I, II e
III onde usávamos o capacete de Costa-Pitanguy e também o (BIM), temos preferido o uso
das miniplacas para fixação rígida, minorando a morbidade dos pacientes. O uso do
tampão para conter as fraturas do assoalho da órbita continua ao nosso ver um grande
recurso.
O Titânio puro com suas propriedades biocompatível, a prova de corrosão, atóxico, alta
resistência, flexibilidade, antimagnética e leveza tem se mostrado eficiente.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A compreensão da Fisiopatologia levando ao emprego da imobilização mais simples e
efetiva mostrou-se adequada, estética e funcional.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. CONVERSE, J. M. Reconstructive Plastic Surgery. Boston Saunders 1964. V. 2,3.
2. GRAZIANI, M. Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. 6ª. Ed. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara
Koogan.
3. INTERNATIONAL CONGRESS Series 936 - PLASTIC SURGERY 1992 - Free Papers - Madri
Ed. Excrepta Medica - Amsterdam.
4. KAZANJIAN
Figura 1 - Enxerto de costela para terço superior da face tipo encaixe ósseo e fixação com
Mononylon.
Figura 2 - Pré e pós tardio com correção do contorno naso-órbito-frontal, com enxerto
costela.
Figura 3 - Prognatismo pré e pós: osteotomia, superposição óssea e B.I.M.
Figura 4 - As mórbidas e prolongadas imobilizações para o terço médio da face ? Possíveis
fixações com o uso de miniplacas.
Figura 5 - Fratura subcondilar ? Fixação rígida por miniplaca.
Figura 6 - Complicação infecciosa ao uso da miniplaca ? Remoção sem prejuízo do
resultado final.
OMENTECTOMIA DURANTE A ABDOMINOPLASTIA - RECURSO PARA
TRATAR E PREVENIR ABAULAMENTO EPIGÁSTRICO
RESUMO | ABSTRACT | INTRODUÇÃO | OBJETIVO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADO |
DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
CHARLES FARIA BACELLAR
MD
DESCRITORES
OMENTECTOMIA ABDOMINOPLASTIA
INSTITUIÇÃO
CLÍNICA DE CIRURGIA PLÁSTICA BACELLAR LTDA
END: RUA DAS SUCUPIRAS, QD.49 CASA 25RENASCENÇA - SÃO LUIS - MARANHÃO
RESUMO
ÍNDICE
A cirurgia da abdominoplastia, pela ampla incisão, extenso descolamento, e ressecções
dermoadiposas e apesar da plicatura dos músculos retos abdominais pode persistir o
abaulamento do abdome mais evidente no epigástrio. O abaulamento persistente no
epigástrio no pós-operatório de abdominoplastia pode ser provocado por aumento da
pressão intra-abdominal por persistir grandes depósitos de gordura intra-peritoneal como o
grande omento. O presente trabalho faz uma descrição da abdominoplastia com
omentectomia como profilaxia do abaulamento epigástrio pós abdominoplastia.
ABSTRACT
ÍNDICE
The surgery of the abdominoplastia, for the ample incision, extensive detachment, and
resection of excess skin with panniculus and despite the placation of the aponeurótic
structures of the abdominal straight muscles can persist the lump of abdominal wall more
evident in the superior part of abdominus. The persistent this lump in the postoperative
one of abdominoplastia can be provoked by increase of the intra-abdominal pressure for
persisting great deposits of intra-peritoneal fat as the great omentus. The present work
makes a description of the abdominoplastia with omentectomia as prophylaxis of the
abdominal wall lump after abdominoplastic surgery.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A abdominoplastia é um dos procedimentos cirúrgicos mais freqüentes da prática do
cirurgião plástico e proporcionalmente o que mais traz litígio no relacionamento médicopaciente. Os fatores que levam ao descontentamento são muitas vezes previsíveis, como
por exemplo, seromas, necroses, cicatrizes inestéticas, e a persistência do abaulamento do
epigástrio entre outros1,2. Estes problemas dependem de fatores como a análise e a
indicação da cirurgia, características clínicas do paciente, cuidados intra-operatórios e uma
boa avaliação da gordura intraperitoneal como o grande gordura pré-peritoneal, apêndices
epiplóicos e o grande omento 3,4.
A queixa das pacientes no pré-operatório " Doutor eu até não tenho a barriga caída eu só
tenho estômago alto" e no pós-operatório " Doutor minha amiga fez cirugia plástica e
abaixo do umbigo ela ficou muito bem mas continuou com o estômago alto fizeram com
que me dedicasse a analizar com mais cuidado essas pacientes. A grande descoberta se
deu durante uma cirurgia de abdominoplastia associada com colecistectomia que verifiquei
o grande volume do omento e a partir dessa data comecei a resseca-lo o que levou a uma
melhor definição do epigástrio e facilitou a plicatura da aponeurosa abdominal anterior.
Essa é uma preocupação que não se encontra na literatura sobre a abdominoplastia.
Neste sentido começamos a associar a omentectomia à lipoabdominoplastia.
OBJETIVO
ÍNDICE
O objetivo desse trabalho é apresentar essa nova tática cirúrgica " omentectomia " para ser
acrescentada a lipoabdominoplastia como tratamento e prevenção do abaulamento
epigástrico.
PACIENTES E MÉTODOS
ÍNDICE
O trabalho foi realizado nos pacientes da Clínica privada do dr. Charles Bacellar submetidos
à lipoabdominoplastia com abaulamento epigástrico pré-operatório ou para prevenção
desse abaulamento no pós-operatório.
Os pacientes eram examinados no pré-operatório quanto ao excesso do panículo adiposo,
flacidez de pele, diástase dos músculos retos do abdome, presença de hérnias da parede
abdominal e quanto ao0 excesso de gordura intra-abdominal.
O excesso da gordura intra-abdominal era determinada realizando uma pressão no abdome
inferior da paciente em decúbito dorsal horizontal e verificado a elevação do epigástrio e
relatado uma dificuldade respiratória - provável pressão da gordura intra-abdominal sobre
o diafragma e abaulamento do hipogástrio ao fazer pressão no epigástrio o que mostra a
mobilidade dessa gordura.
A cirurgia é iniciada com as marcações pré-operatórias, o paciente sob anestesia peridural
contínua, raque ou com uma associação das duas que julgamos ser o melhor método por
proporcionar melhor relaxamento abdominal,pela raque, e maior extensão anestésica, pela
peridural associadas a sedação venosa de acordo com a indicação do anestesista.
A incisão de 1cm para a lipoaspiração prévia seguida da incisão de Pfanestiel curta, nas
miniabdomunoplastias, e alargadas nas lipoabdominoplastias, e feito o descolamento do
púbis ao apêndice xifóide mediano com preservação da maior quantidade dos vasos
perfurantes possível. A abertura mediana da aponeurose anterior do abdome, mobilização
e ressecção do grande omento e se possível de parte dos apêndices epiplóicos.
O fechamento da aponeurose é feita com sutura dupla com fio de Vicryl 0 e o tecido celular
subcutâneo e subdérmico com Monocryl 3-0,4-0 e 5-0.
RESULTADO
ÍNDICE
A análise dos resultados é feita de forma subjetiva por parte da equipe cirúrgica, pelas
pacientes e por familiares que relatam uma melhora significativa do epigástrio dessas
pacientes em relação a pacientes submetidas a abdominoplastia sem omentectomia.
A satisfação dos pacientes é visível nos levando a usar essa tática como rotina nas nossas
cirurgias de rejuvenescimento do contorno corporal.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A abdominoplastia é a técnica mais utilizada no arsenal do cirurgião plástico e uma das
mais temidas devido a grande possibilidade de complicações como seromas, hematomas,
necroses de pele, cicatrizes inestéticas, orelhas de cachorro, elevação do púbis e pobreza
de resultados, entre eles a pouca definição da cintura e o abaulamento epigástrico.
A falta de dados na literatura médica sobre a preocupação com o acúmulo de gordura
intra-abdominal que leva ao aumento da pressão abdominal e consequentemente ao
abaulamento da parede anterior do abdome nos faz escrever sobre nossa experiência
nesse sentido.
O tratamento é a problemática da obesidade, seja leve, moderada ou mórbida nos levando
a ter mais critérios no seu manejo. As pacientes revelam uma grande dificuldade em
emagrecer até poucos quilos e muitas vezes revelam que esse emagrecimentos levam
junto a consistência das mamas, das nádegas, o viço da face ou que apesar de se esforçar
não vêem sumirem as gordurinhas do abdome, cintura, dorso, culotes e região interna das
coxas. Ao nosso ver, pioramos a auto-estima dessas pacientes quando insistimos em dietas
que elas já fizeram no passado e que acabaram aumentando o peso, então podemos deixalas com esses excessos de peso e tratá-las mais completamente abordando essa gordura
intra-abdominal.
A análise criteriosa do nossos pacientes que serão submetidos a abdominoplastia deve ser
acrescida da anamnese do conteúdo gorduroso e da repercursão no aumento da pressão
intra-abdominal e o seu tratamento deve ser considerado pelo cirurgião plástico.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Nós acreditamos que o tratamento da gordura intra-abdominal é uma nova tática aliada do
rejuvenescimento abdominal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Baroudi R, Ferreira C A. Seroma : How to avoid it and how to treat it. Aesth. Surg. J.
1998; 18:439.
2. Pollock H, Pollock T. Progressive tension suture: A tecnic to reduce local complications in
abdominoplasty. Plas. Reconst. Surg. 2000;105(7):2583-8.
3. Matarasso A. Abdominoplasty. Clin. Plast. Surg. 1989; 16: 289.
4. Pitanguy I. Abdominal lipectomy: An approach to it through and analysis of 300
consecutive cases. Plas. Recons. Surg. 1967; 40(4): 384-391.
5. Nahas FX. A pragmatic way to treat abdominal deformities based on skin and
subcutaneous excess. Aesth. Plast. Surg. 2001; 25:365-71.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS TARDIAS
INTRODUÇÃO | OBJETIVOS | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Thiago Henrique de Araújo Lino
MD
CO-AUTORES
Cláudio Rebello
MD
Angélica Rocha Amaral
MD
Sheila Pinheiro Leal
MD
Mário Augusto Souto Ferreira
MD
DESCRITORES
RECONSTRUÇÕES MAMÁRIAS
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL MUNICIPAL BARATA RIBEIRO
Rua Voluntários da Pátria, 114 Apt. 102 bloco ACEP : 22270-010 Botafogo Rio de Janeiro RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As reconstruções mamária tardias são parte importante no tratamento das pacientes que
sofreram algum tipo de deformidade nas mamas, não só o câncer de mama pelo qual, na
maioria das vezes, resulta em mastectomia, mas também as seqüelas da queimaduras, as
causas genéticas como a síndrome de Polland, os traumas e naquelas portadoras de
inclusão de corpo estranho nas mamas resultando em deformidades severas.
OBJETIVOS
ÍNDICE
Demonstrar a experiência do Hospital Barata Ribeiro como referência no serviço público
municipal na cidade do Rio de Janeiro nas reconstruções mamárias tardias.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Realizada análise retrospectiva de 44 pacientes submetidas as reconstruções mamárias
tardias por diversas causas ( câncer, seqüelas de queimaduras, genéticas e externas) no
Hospital Municipal Barata Ribeiro no período de agosto de 1999 a julho de 2006.
RESULTADOS
ÍNDICE
A idade das pacientes submetidas as reconstruções mamárias foi de 17 anos a 77 anos,
com média de idade de 46 anos. A maioria das reconstruções tardias foram feitas com o
retalho transverso do músculo reto abdominal (TRAM) com 22 casos; o retalho do músculo
grande dorsal com inclusão de prótese de silicone gel de poliuretano foram feitos em 18
pacientes, sendo que, em dois destes, foi feita uma expansão prévia para posterior
inclusão de prótese mamária; houve 3 casos de reconstrução mamária com a utilização de
expansor tecidual e posterior substituição com prótese e apenas 1 caso de reconstrução
com uso de apenas uma prótese mamária.
As principais causas que levaram as pacientes a realizarem reconstruções mamárias foram
: 40 casos de câncer de mama; 2 casos de seqüelas de queimaduras; 1 caso de injeção de
silicone líquido em ambas as mamas; e 1 caso de reconstrução mamária na Síndrome de
Polland.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
No nosso serviço todos os casos de reconstruções mamárias foram tardias, pois não
dispomos de serviços de cirurgia oncológica e/ou mastologia. Tivemos um grande número
de reconstruções utilizando o TRAM, não só porque é a técnica de reconstrução mais
utilizada, mas porque não dispomos com facilidade de próteses mamária e/ou expansores
teciduais devido a falta destes no serviço público municipal de saúde na cidade do Rio de
janeiro.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Mesmo que não seja do conhecimento das especialidades médicas e da população este tipo
de tratamento realizado no nosso serviço, por isso nosso modesto número de casos, o
Hospital Barata Ribeiro dispõe de uma excelente experiência neste tipo de cirurgia plástica
reparadora com ótimos resultados e satisfação das pacientes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Bostwick III J - Breast reconstruction - . In: McCarthy JG (ed) - Plastic surgery. 1º edição.
Vol 6 - The drunk and lower extremity. Philadelphia. W. B. Saunders Company, 1990,
pp.3897-928.
2.Spears, S. , Spittler, C.J. Breast reconstruction with implants and expanders. Plas.
Recons. Surg. 107: 177.2001.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DAS ÚLCERAS DE PRESSÃO NO HOSPITAL
MUNICIPAL BARATA RIBEIRO-RJ
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Angélica Rocha Amaral
MD
CO-AUTORES
Thiago Henrique de Araújo Lino
MD
Sheila Pinheiro Leal
MD
Mário Augusto Souto Ferreira
MD
Cláudio Rebello
MD
DESCRITORES
ÚLCERAS DE PRESSÃO
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL MUNICIPAL BARATA RIBEIRO-RJ
Hospital Municipal Barata Ribeiro-RJR. Visconde de Niterói,1450Mangueira-Rio de janeiro
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O tratamento cirúrgico das úlceras de pressão constitui um dos problemas mais complexos
da cirurgia plástica. Sua incidência aumenta a cada dia, devido a violência dos grandes
centros urbanos. Os casos mais importantes de úlceras de pressão ocorrem em indivíduos
jovens paraplégicos.
Este estudo, avalia a rotina cirúrgica destes pacientes no Hospital Municipal Barata Ribeiro,
centro de referência para o tratamento de úlceras de pressão no estado do Rio de Janeiro.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Realizado estudo retrospectivo dos pacientes submetidos a reparo cirúrgico das úlceras
sacrais, trocantéricas e isquiáticas, nos últimos 7 anos no HMBR, com 105 pacientes
operados, alguns com múltiplas lesões, 84 pacientes (80%) do sexo masculino, 21
pacientes (20%) do sexo feminino, com idade média de 33 anos. Utilizamos retalhos
miocutâneos e fasciocutâneos para o tratamento cirúrgico. Foram avaliados dados
referentes a pré,per e pós operatório.
RESULTADOS
ÍNDICE
As úlceras isquiáticas foram as mais freqüentes, representando 47% dos atendimentos. O
retalho Tulenko (1967), além da fácil execução, apresentou bons resultados, sendo ótima
opção em casos de recidivas, podendo ser descolado novamente,1 ou 2 vezes. A confecção
da porção distal do retalho foi adaptada em nosso serviço, de modo que, quase nunca se
fez necessário a autoenxertia na parte mais inferior da área doadora do retalho.
As úlceras trocantéricas representaram 28% dos casos, tratadas com retalho Paletta
(1989), de fácil e rápida execução, e com resultados surpreendentes em cirurgias
secundárias.
As úlceras sacrais representaram 25% dos atendimentos e, por parecer uma técnica mais
simples e segura, foram tratados por retalho lombossacro transverso ou quadrado lombar
(Hill et al, 1978)
O nível de recidiva girou em torno de 60%.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O sucesso da cirurgia está diretamente ligado a um pré operatório adequado, com preparo
psicológico do paciente, e um planejamento cirúrgico minucioso,com envolvimento de
equipe multidisciplinar.
O grande problema das úlceras de pressão são as recidivas, comuns em pacientes
paraplégicos que,mesmo após a alta hospitalar, ficam confinados em cadeiras de rodas.
A possibilidade de recidiva freqüente, exige do cirurgião domínio de várias técnicas
cirúrgicas, para adaptá-las a cada paciente, individualmente.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
Lion Pierre,Rebello Cláudio.Tratamento Cirúrgico das Úlceras de Pressão.Rev. Colégio
Brasileiro de Cirurgiões,vol XX,nº 6.
Palleta,Freedman,Shehadi.The VY Tensor Fascie Latae Musculocutaneous Flap.Plast.
Reconstr. Surg.,1989,83:852.
Figura 1 - Úlcera Sacral
Figura 2 - Retalho Lombossacro transverso ou quadrado lombar
Figura 3 - Úlcera trocantérica em MIE
Figura 4 - Retalho Paletta
Figura 5 - Úlcera Isquiática bilateral
Figura 6 - Retalho tulenko bilateral
LINFEDEMA LOCALIZADO ASSOCIADO À OBESIDADE MÓRBIDA
OBJETIVO | MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
André Oliveira Paggiaro
MD
CO-AUTORES
Miguel L. A. Modolin
MD
Wilson Cintra Junior
MD
Marcus Castro Ferreira
MD
DESCRITORES
Linfedema, obesidade, mórbida.
INSTITUIÇÃO
Disciplina de Cirurgia Plástica - Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo,
Alves Guimarães, 461, ap 152, Cerqueira César- SPCep: 05410-000.
ÍNDICE
OBJETIVO
Apresentar quatro pacientes com obesidade mórbida portadores de grandes massas
tumorais no abdome e coxas. Tais tumorações são genericamente denominadas linfedema
maciço localizado (LML) para se distinguirem dos lipossarcomas diferenciados. O
tratamento da deformidade consistiu na excisão cirúrgica. Com base na bibliografia
concernente, os autores fazem algumas especulações sobre a etiopatogenia do LML nos
obesos.
ÍNDICE
MÉTODOS
Quatro pacientes, dois do sexo masculino e dois do sexo feminino, com idade média de 34
anos e índice de massa corpórea de 44,1 kg/m2 apresentaram a deformidade, sendo que
três deles na face ântero-medial da coxa e um, no hipogástrio. As tumorações apareceram
e
desenvolveram-se
após
episódios
de
intertrigo
recorrentes
entre
as
dobras
dermogordurosas, que foram tratadas com cuidados locais e antibióticos. O tratamento
consistiu na excisão tumoral e sutura. Apenas um paciente demandou reposição sangüínea.
Todos os espécimes retirados foram enviados para exame histológico.
ÍNDICE
RESULTADOS
Clínicos: Todos pacientes relataram grande conforto e melhora da deambulação após
ressecção do tumor. No período de seis meses não houve recidiva. Histológicos: Todas as
amostras apresentaram processo inflamatório com grande edema tecidual. Notaram-se
áreas de fibrose e zonas com microabcessos. Houve também ectasias vasculares,
sobretudo, linfáticas, que associadas ao edema intersticial atestaram o linfedema. A
epiderme estava espessada caracterizando paquitermismo.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
O LML é raro e peculiar a pacientes com obesidade mórbida. Os pacientes desta casuística
procuraram tratamento devido à limitação da deambulação e grande desconforto. A
exerese cirúrgica foi o tratamento escolhido com base na bibliografia atinente. Não houve
recidiva no intervalo de seis meses. A etiopatogenia estaria associada à higiene precária
entre as dobras dermogordurosas do paciente obeso que, como conseqüência, favoreceria
a instalação de infecções cutâneas recidivantes, o intertrigo; e que determinariam
linfangite, que se acentuaria pela estase nos segmentos inferiores. Esta linfangite com
estase concorre para extravasamento de líquido linfático, que estimula a proliferação
celular, acentuando o processo inflamatório. Este quadro, com distensão tissular,determina
isquemia com fibrose e aparecimento de massas tumorais.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1)Wu D, Gibbs J. ¨Massive localized lymphedema: additional locations and association with
hypothyroidism, Hum Pathol. 2000 Sep;31(9):1162-8.
2)
Oswald
T
¨Limited
segmental
resection
of
symptomatic
lower-extremity
lymphodystrophic tissue in high-risk patients¨, South Med J. 2003 Jul;96(7):689-91.
3)Farshid G, Weiss M ¨Massive localized lymphedema in the morbidly obese: a
histologically distinct reactive lesion simulating liposarcoma¨,
Am J Surg Pathol. 1998 Oct;22(10):1277-83. Review.
CONSTRUÇÃO IN VITRO DE EQUIVALENTE DERMO-EPIDÉRMICO.
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
André Oliveira Paggiaro
MD
CO-AUTORES
César Isaac
MD
Geovani Barani
MD
Marisa Herson
MD
Marcus Castro Ferreira
MD
DESCRITORES
Construção, dermo-epidérmico.
INSTITUIÇÃO
Laboratório de Cirurgia Plástica e Microcirurgia da Universidade de São Paulo.
R Alves Guimarães, 461, ap 152, Cerqueira César,SP, Cep 05410-000.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Dentre as diversas aplicações da engenharia de tecidos estão: formação de tecidos vivos,
avaliação de cicatrização de feridas e sistemas de teste in vitro de medicamentos . Neste
estudo objetiva-se a elaboração in vitro de um equivalente dermo-epidérmico composto
por "derme" de colágeno povoada por fibroblastos acompanhado de um epitélio de
queratinócitos cultivados em sua superfície anterior no papel de "epiderme". Além disso,
propõe-se analisar a influência do cultivo de queratinócitos sobre a contração de matrizes
colágenas, comparando com a contração de matrizes sem a adição da co-cultura de
queratinócitos.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Queratinócitos foram isolados de excedentes cutâneos de mamoplastias pelo método
descrito por Reinwal e Green. Os fibroblastos foram isolados pela técnica de explante. Em
placas multi-poços de 24 poços (Falcon) foram incluídos aproximadamente 5X 10 4
fibroblastos ressuspendidos em 400 µl de PBS 1X. Posteriormente, foram adicionados 100
µl de PBS 10X, 400 µl de solução ácida de colágeno e em 100 µl de NaOH ( 0,1N) e
mantidos em estufa até sua polimerização. Após 12 horas da polimerização,foram
semeadas 1,2 X 105 queratinócitos sobre a superfície superior destas matrizes, formando
co-culturas. As culturas são mantidas em estufa com 5% de CO2 a 37o C por 48 horas. A
partir deste momento foram realizados 2 experimentos independentes.
Experimento I:- avaliação da contração do gel: após 48 horas de cultura secundária, dois
géis de co-cultura são gentilmente desprendidos das paredes e leitos dos poços de culturas
para avaliação da influência de queratinócitos sobre a contração das matrizes colágenas.
Como controle, foram confeccionadas matrizes colágenas povoadas por fibroblastos sem a
cultura secundária de queratinócitos.Para avaliação da contração, as matrizes foram
fotografadas com câmera digital Sony DSC-P50 em intervalos de 12 horas ( 12,24,36 e 48
horas). O cálculo da medida da área final dos géis foi realizada através do software
"UTHSCSA Image Tool for Windows versão 3.0". Os valores mensurados foram submetidos
a teste estatístico.
ExperimentoII- criação de equivalente dermo epidérmico: foram criados 6 outros géis de
co-culturas e mantidos imersos em meio, na estufa à 5% de CO2 a 37o C, com trocas de
meio de cultura a cada 48 horas. Com 4 e 7 dias de cultura, um dos géis foi retirado
cuidadosamente e conservado em formol a 10%, para a realização de exame histológico. A
partir do 7o dia, buscou-se avaliar a influência da interface ar-líquido. Para isto, dois
compostos dermo-epidérmicos foram suspensos em grelhas de aço inoxidável, de maneira
que a base dérmica ficasse em contato com o meio de cultura, e os queratinócitos expostos
ao ar. Com 14 e 21 dias foram enviados um gel imerso e outro emerso para análise
histológica com colaração de hematoxilina- eosina.
RESULTADOS
ÍNDICE
Experimento I Os géis com queratinócitos apresentaram maior contração que grupo
controle. (ver tabela I).Experimento II: Comprovou-se a possibilidade de criação de um
composto in vitro de substituto dermo-epidérmico composto por queratinócitos cultivados
sobre matrizes colágenas povoadas por fibroblastos humanos cultivados. Estudos de
microscopia ótica permitiram a observação da proliferação das células ao longo do tempo,
mostrando características morfológicas nos epitélios cultivados semelhantes às observadas
na epiderme humana. A situação de cultivo na interface ar-líquido desencadeou processos
de proliferação e diferenciação mais acentuados do que na situação imersa com maior
estratificação do epitélio.
Figura 1
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Pelos resultados histológicos obtidos, obtivemos a formação de um composto dermoepidérmico simplificado, o qual pode futuramente ser testado como substituto cutâneo para
pacientes queimados com pouca de área doadora disponível ou para tratamento de feridas
crônicas. Outra interessante aplicação é o seu uso como meio para teste de novas drogas
que interferiram com a reeepitelização e a cicatrização de lesões, evitando a morte de
cobaias.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1- Bell E, Ivarsson B, Merrill C Production of tissue-like structure by contraction of collagen
lattices by human fibroblasts of different proliferative potencial in vitro.- Cell Biology - Proc.
Natl Acad Sci, USA,1979, 76,(3): 1274-78,
2- Bell E, Ehlich HP, Buttle DJ
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
CARCINOMA PALPEBRAL DE CÉLULAS DE MERKEL: RELATO DE
CASO
INTRODUÇÃO | OBJETIVO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Fábio Chambô
CO-AUTORES
Edmar Soares Lessa
Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INC e SBCP.
Luiz Carlos Velho Severo Junior
Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INC e SBCP.
Márcio Augusto Tavares Paes Barreto
Médico Residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia - INC e SBCP.
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
P.h.D, Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do INCA, Membro
Titular da SBCP, TCBC, FACS.
DESCRITORES
Carcinoma, Palpebral, merkel, células.
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia
INCA - Departamento de Cirurgia PlásticaPraça da Cruz Vermelha nº 23 8o andar CentroRio de Janeiro - RJCEP: 20230-130
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O carcinoma de células de Merkel é um tumor maligno bastante raro e agressivo. É de difícil
diagnóstico clínico e de imprescindível confirmação imunohistopatólogica3. Apresenta
freqüentes associações com outros tipos de carcinoma, além de associações com
insuficiência renal crônica, endocrinopatias, artrite reumatóide e alterações pancreáticas1.
Apresenta alta taxa de mortalidade, recorrência local em torno de 40%, metástase para
linfonodos regionais em 55% dos casos e metástase a distância em 36% dos casos1. Pode
haver comprometimento por contigüidade da glândula parótida. A faixa etária de maior
prevalência é de 60 aos 80 anos. A localização preferencial é na região cervicofacial. A
ocorrência nas pálpebras é rara e, quando presente, a pálpebra superior é o sítio mais
acometido2. É mais comum na raça branca. Sua apresentação clínica mais freqüente é um
nódulo liso, brilhante, de coloração avermelhada ou violácea e crescimento rápido.
OBJETIVO
ÍNDICE
Relatar um caso clínico de carcinoma de células de Merkel localizado em pálpebra inferior
em paciente portadora de granulomatose de Wegner.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
O presente caso apresentado é de uma paciente MIFM, sexo feminino, branca, 50 anos, que
procurou o ambulatório do serviço de Cirurgia Plástica do INCA com queixa de tumoração
exofídica acometendo toda pálpebra inferior direita, de crescimento rápido (3 meses),
indolor, de coloração violácea, teleangiectasias superficiais. Relatava, também, pequeno
nódulo em topografia parotídea, não aderida a planos profundos. Apresentava como
comorbidades: vasculite sistêmica ( Granulomatose de Wegner) de inicio há 2 anos, HAS,
DM e asma. Foi submetida à biopsia incisional e estudo imunohistoquímico que confirmou o
diagnóstico de carcinoma de células de Merkel. Submetida, então, à cirurgia, em conjunto
com a equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, na qual foi realizada exerese total pálpebra
inferior direita. Peça submetida a congelação no ato operatório, que demonstrou limites
livres de comprometimento neoplásico. Foi realizado enxerto de cartilagem conchal para
reconstrução de lamela posterior com retalho de Tripier para cobertura. Realizado no
mesmo ato parotidectomia superficial mais esvaziamento cervical nível II e III.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O carcinoma de células de Merkel foi inicialmente descrito por Tang e Toker em 19784. A
importância do trabalho apresentado está na raridade do caso e no alto grau de
agressividade de tal tumor, muitas vezes comparado com o melanoma1. O estudo
imunohistoquímico é indispensável para o correto diagnóstico. A paciente em questão
apresentava uma vasculite sistêmica e tumor de localização na palpebral inferior, não
sendo encontrada, na revisão bibliográfica estudada, tal associação. Optamos pela
reconstrução da pálpebra inferior com enxerto de cartilagem conchal cobertura com retalho
Tripier, por julgar resultado estético mais satisfatório. A associação com outras doenças e
tumores é freqüente, sendo necessária, para o correto tratamento, avaliação minuciosa do
caso e tratamento multidisciplinar.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Câncer da Pele, ed. Medsi, 2001, seção XI, cap 25, 341-352
2.Domínguez PA, Castillo LJ, et al. Carcinoma de Células Merkel Palpebral: A Propósito de
un Caso. Arch Soc Esp Oftalmol v.78 n.6 Madrid jun. 2003
3.Peters GB, Meyer DR, et al. Management and Prognosis of Merkel Cell Carcinoma of the
Eyelid. Ophthalmology 2001;108:1575-1579
4.Tang CK, Toker C. Trabecular carcinoma of the skin: an ultrastructural study. Cancer
1978; 42: 2311-2321
Figura 1 - Fig. 1
Figura 2 - Fig. 2
Figura 3 - Fig. 3
Figura 4 - Fig. 4
Figura 5 - Fig. 5
Figura 6 - Fig. 6
EVOLUÇÃO E ANÁLISE DE 301 CASOS DE ABDOMINOPLASTIA NOS
ÚLTIMOS CINCO ANOS/ EVOLUTION OF 301 CASES OF
ABDOMINOPLASTIES - A FIVE-YEAR ANALYSIS
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO |
BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
João Francisco do Valle Pereira
MD
CO-AUTORES
João Francisco do Valle Pereira
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Velibor Kostic
Membro Aspirante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Luciano Vargas Schütz
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Alfonso Amaturo
Membro Correspondente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica / Membro da
Sociedade Italiana de Cirurgia Plástica
Rafaela de Assis Salvato
Estudante de medicina da Universidade Federal de Santa Catarina
DESCRITORES
Abdominoplastia
INSTITUIÇÃO
Clínica de Cirurgia Plástica Valle Pereira
Av. Oswaldo Rodrigues Cabral, 1570 Ático - CentroCep: 88015-710 Florianópolis SCTelefone/Fax: (48) 3225-2299Email: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Nos últimos anos houve um aumento expressivo dos pacientes que procuraram a plástica
de abdômen. Antigamente, a abdominoplastia era praticada somente como procedimento
único e se apresentava numa percentagem menor em relação às outras cirurgias.
Atualmente, a grande maioria das abdominoplastias é complementada com outros
procedimentos, principalmente a lipoaspiração. Devido às técnicas modernas, incluindo um
cuidado especial com a confecção de umbigo e a diminuição de complicações, a demanda
pela abdominoplastia aumentou significativamente nos últimos anos.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODOS
Foram analisados 301 pacientes, sendo somente dois do sexo masculino. Todos os
pacientes foram operados na Clínica Valle Pereira, sob anestesia peridural, pela mesma
equipe cirúrgica, no período de julho de 2001 a julho de 2006. A técnica incluiu o
descolamento com bisturi elétrico, confecção do umbigo em forma triangular e fixação na
aponeurose e pontos de Baroudi. As cirurgias foram em sua maioria associadas com o uso
de lipoaspiração e lipoenxertia glútea.
ÍNDICE
RESULTADOS
De julho de 2001 a inicio de 2002, foram operados 157 pacientes com 20 abdominoplastias,
o
que
representa
12,7%.
Em
2002,
de
219
cirurgias
realizadas,
28
foram
abdominoplastias, ou 12,8%. Em 2003, de 262 cirurgias 65 foram abdominoplastias, ou
24,8%. Em 2004, de 267, 67 foram abdominoplastias, ou 25,1%. Em 2005, foram
operadas 309 pacientes com 78 abdominoplastias, ou 25,2% e de janeiro a julho de 2006
foram operados 168 pacientes com 43 abdominoplastias, ou 25,7%. Somente 4
abdominoplastias foram realizadas como procedimento único, 181 cirurgias duplas, 110
cirurgias triplas e 6 cirurgias quádruplas.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Observamos que em cinco anos, houve um aumento gradativo de pacientes que se
submeteram a uma abdominoplastia. Esse aumento deve-se à utilização de pontos de
Baroudi, que diminuíram as complicações, como seromas e hematomas.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A busca maior pelas cirurgias associadas, principalmente a lipoaspiração e a lipoenxertia da
região glútea, mostra que a abdominoplastia não é mais considerada um procedimento
isolado. A utilização dos procedimentos complementares e recursos técnicos que permitem
a diminuição das complicações levam a uma grande satisfação das pacientes. Este fator
permite uma maior exposição do corpo no grupo de relacionamento, levando como
conseqüência um aumento da demanda nas clínicas de cirurgia plástica.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. D`Assumpção EA. Técnica para umbilicoplastia, evitando-se um dos principais estigmas
das abdominoplastias. Rev Soc Bras Cir Plast 2005;20(3):160-6.
2. Baroudi R. Umbilicoplasty. Clin Plast Surg 1975;2:431-48.
3. Avelar JM. Abdominoplasty:systematization of a technique without external umbilical
scar. Aesthetic Plast Surg. 1978:2:141.
4. Jatene PRS, Jatene MCV, Barbosa ALM. Abdominoplastia: experiencia clinica,
complicacoes e revisao da literatura. Rev Soc Bras Cir Plast 2005; 20(2): 65-71.
Figura 1 - Pré
Figura 2 - Pós
Figura 3 - Pré
Figura 4 - Pós
Figura 5 - Pré
Figura 6 - Pós
RECONSTRUÇÃO AURICULAR TOTAL PÓS-TRAUMA - RELATO DE
CASO / TOTAL RECONSTRUCTION OF THE AURICLE AFTER TRAUMA CASE REPORT.
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Vitor Eduardo de Menezes e Souza
MD
CO-AUTORES
Renato Rocha Lage
MD
Carlos Eduardo Guimarães Leão
MD
Sérgio Eduardo de Menezes e Souza
MD
Fernando Henrique Oliveira Carmo Rodrigues
MD
DESCRITORES
Reconstrução auricular total pós-trauma reconstruction of the auricle after trauma
INSTITUIÇÃO
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG)/ Hospital João XXIII / Hospital
Júlia Kubitschek
Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque 73/204 Bairro Santo Antônio - Belo Horizonte MG, CEP: 30.330-250.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As orelhas estabelecem importante referência no equilíbrio estético facial. A sua posição
proeminente e desprotegida em relação ao contorno da face torna-a vulnerável a diversas
lesões traumáticas com acometimento auricular total ou parcial.
A reconstrução auricular total é um dos grandes desafios da cirurgia plástica. Ela envolve,
geralmente, dois tempos operatórios: enxertia de cartilagem costal modelada e sua
cobertura cutânea e liberação da orelha em relação ao crânio.
Este trabalho aborda a reconstrução total de orelha utilizando enxerto de cartilagem costal
em paciente vítima de acidente automobilístico.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
Trata-se de SMN, 24 anos, masculino, feodérmico, com história de acidente automobilístico
em abril de 2005, resultando em amputação total de orelha direita. Foi atendido no
Hospital de Pronto Socorro João XXIII da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais
(HJXXIII-FHEMIG) no dia do trauma, sendo submetido, inicialmente, a debridamento,
fechamento de ferida operatória e antibioticoterapia.
Após seis meses do trauma, foi submetido ao primeiro tempo cirúrgico de reconstrução
total de orelha no Hospital Júlia Kubitschek, também da rede FHEMIG. Nesta ocasião, foi
realizada ressecção de cartilagem do nono arco costal esquerdo, escultura do enxerto
baseando-se na orelha contra-lateral, visando a confecção do arcabouço da neo-orelha.
Após esse procedimento, o molde cartilaginoso foi implantado em túnel cutâneo em região
auricular, previamente descolado. Para se evitar hematoma e proporcionar a melhor
definição dos relevos, realizou-se drenagem aspirativa contínua da loja por 24 horas.
A segunda etapa da reconstrução foi realizada seis meses após o primeiro tempo cirúrgico.
Primeiramente, abordou-se a orelha esquerda, realizando-se a otoplastia da mesma,
reduzindo os ângulos céfalo-conchal e escafo-conchal, visando alcançar uma harmonia com
a neo-orelha. Com este procedimento, obteve-se um enxerto de pele total da concha
auricular esquerda.
Posteriormente, foi realizado o descolamento da neo-orelha de seu leito e avanço de
retalho retro-auricular. A região posterior do pavilhão da neo-orelha foi coberta com o
enxerto de pele total oriunda da concha auricular esquerda e a área cruenta remanescente
retro-auricular
foi
revestida
com
enxerto
de
pele
total
proveniente
de
região
supraclavicular direita. O paciente evoluiu sem intercorrências e ainda mantém controle
pós-operatório no Hospital Júlia Kubitschek.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A reconstrução total de orelha fundamenta-se na criação de dois elementos: estrutura
cartilaginosa e revestimento cutâneo. Ela representa um desafio para o cirurgião plástico,
visto que a escultura do arcabouço cartilaginoso é complexa e o realce de seus relevos
imprescindível para um bom resultado. Em geral, o uso de materiais aloplásticos não é
bem tolerado e a cartilagem auricular contra-lateral é insuficiente para a escultura total da
orelha. Atualmente, o enxerto de cartilagem costal autólogo permanece como a opção mais
confiável para este tipo de procedimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Tanzer RC. Total reconstruction of the external ear. Plast Reconstr Surg. 27:1, 1959.
2.Avelar JM. Reconstrução total do pavilhão auricular num único tempo cirúrgico. Rev Bras
Cir. 67: 139-46, 1977.
3. Converse JM, Brent B. Deformity of the auricle. Acquired deformities. In: Converse JM
(Ed). Reconstructive Plastic Surgery 2ed. Philadelphia: Sounders 1977: 1.724.
4. Destro MW, Speranzini MB. Total reconstruction of the auricle after traumatic
amputation. Plast Reconstr Surg. 6: 859-64, 1994.
5.Avelar JM. Creation of the auricle. São Paulo Ed. Hipócrates 1997.
Figura 1 - Pré-operatório da primeira cirurgia
Figura 2 - Pós-operatório tardio da primeira cirurgia
Figura 3 - Per-operatório da segunda cirurgia ? enxerto de pele total retirado de região
supra-clavicular direita para cobertura de área cruenta em mastóid
Figura 4 - Per-operatório da segunda cirurgia ? enxerto de pele total retirado de concha
auricular contra-lateral ao trauma cobrindo região posterior da neo-
Figura 5 - Pós-operatório imediato da segunda cirurgia: neo-orelha em detalhe
Figura 6 - Pós-operatório imediato da segunda cirurgia mostrando local de retirada de
enxerto supra-clavicular direito
ESTUDO COMPARATIVO SOBRE USO DE IMPLANTES DE
POLIURETANO E TEXTURIZADOS NA MAMOPLASTIA DE AUMENTO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO |
RERSULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Ana Karina Fernades Machado dos Santos
MD
CO-AUTORES
Osvaldo Ribeiro Saldanha
Regente do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA e membro titular da S.B.C.P
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto
Diretor do Curso de pós-graduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA e membro
titular da S.B.C.P.
Andrey van Ass Malheiros
Residente do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA
PINTO.
Leonora D'Ascenção Mansur
Residente do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA
PINTO.
DESCRITORES
mamoplastia, implantes, poliuretano
INSTITUIÇÃO
Clínica Osvaldo Saldanha
Clínica de Cirurgia Plástica Osvaldo Saldanha. Avenida Washington Luis, 142; CEP 11050250 - Santos - SPE-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Estudo retrospectivo de mamoplastias de aumento realizadas em nossa clínica, visando
definir o perfil das pacientes submetidas a este procedimento e as complicações
decorrentes do uso de implantes de poliuretano e texturizados utilizados. Com o objetivo
de reduzir a contratura capsular, os implantes com cobertura de poliuretano surgiram
como alternativa em 1970, reduzindo expressivamente esta complicação1. Nos anos 1980
surgiram os implantes texturizados com a mesma finalidade, obtendo-se resultados
semelhantes.
Neste trabalho os implantes de poliuretano foram padronizados para casos com ptose e
flacidez mamária por acreditar que há uma maior adesividade aos tecidos circunjacentes,
evitando maior ptose do implante3, 4. Os casos de hipomasita foram tratados
indistintamente com os dois tipos de implante ( poliuretano e texturizados).
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram selecionadas 137 pacientes submetidas a mamoplastia de aumento sendo utilizados
71 implantes texturizados (51,72%) e 66 de poliuretano (66%) entre 2002 e 2004. Foram
excluídas as pacientes que tiveram procedimentos associados, como mastopexia ou as que
tiveram seus implantes trocados. Foram analisadas variáveis como tabagismo, número de
gestações, idade, cor, estado civil, volume e tipo do implante, presença de ptose ou
flacidez mamária. As vias de acesso foram sulco mamário (55%) e periareolar (45%).
RERSULTADOS
ÍNDICE
Observamos um caso (1,63%) de contratura capsular com implantes texturizados, não
havendo ocorrência com os de poliuretano. Nestes últimos, encontramos três casos
(2,19%) de seromas que, no entanto, tiveram achado cirúrgico de líquido serosanguinolento ao redor dos implantes, decorrente de possíveis hematomas liquefeitos e
degradados.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A maioria de nossas pacientes é branca (98,27%), casada (48,27%), multípara (59,49%) e
não tabagista (87,07%). Contratura capsular foi verificada apenas em implantes
texturizados, enquanto que seromas foram relacionados ao de poliuretano. O achado
cirúrgico de sangue foi localizado em área restrita no interior das cápsulas trouxe-nos a
suspeita de pequenos hematomas na loja mamária como possíveis causadores de tais
complicações (fig.1 e 2). O estudo conclui-se que ambos os implantes são bons e possuem
resultados semelhantes.
Figura 1
Figura 2
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1- Hakme F, Aumento Mamário. Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte - Mélega 2003, cap
39, pág. 563-579.
2 - Ashley FL. A new type of breast prosthesis. Plast Reconstr Surg 1970; 45(5):
3 - Spear SL; Elmaraghy M; Hess. Textured-surface saline-filled silicone breast implants for
augmentation mammaplasty. Plast Reconstr Surg;105(4):1542-52; discussion 1553-42000 Apr.
4- Handel N. Long-Term Safety and Efficacy of Polyurethane Foam-Covered Breast
Implants. Aesthetic Surgery Journal: 26(3):265-274.
5 - Pitanguy I, Salgado F, Radwanski HN, Stersa RM. Estágio atual dos implantes
mamários. Ver Bras Cir 1991; 81(6): 291-9.
DETERMINAÇÃO DA PROJEÇÃO DO TÚNEL DO CARPO ATRAVÉS DE
PONTOS TOPOGRÁFICOS.
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Dr. Antonio Teixeira da Sliva Junior
CO-AUTORES
Antônio Teixeira da Silva Júnior
- Residente do terceiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. EWALDO BOLIVAR DE
SOUZA PINTO- - UNISANTA.
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto
- Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pósgraduação do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA.
Osvaldo Ribeiro Saldanha
Membro titular da S.B.C.P. Presidente da S.B.C.P.(2006-2007), regente do Serviço de
Cirurgia Plástica da UNISANTA.
Rogério Porto da Rocha
Membro titular da S.B.C.P. ,Staff do Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. EWALDO BOLIVAR DE
SOUZA PINTO-- UNISANTA.
Sandra Márcia da Silva Moia
Membro titular da S.B.C.P. , Ex-Residente do Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. EWALDO
BOLIVAR DE SOUZA PINTO-- UNISANTA.
DESCRITORES
carpo
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica
Avenida Ana Costa ,120 Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Atualmente, diversas vias de acesso têm sido empregadas na realização da cirurgia do
canal do carpo, variando em tamanho e localização na palma da mão. Foram determinados
pontos topográficos na palma da mão visando estabelecer locais fixos e de simples
identificação para, com isto, obter um local de fácil acesso ao retináculo dos flexores (RF),
evitando comprometer qualquer estrutura no local do túnel do carpo.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Os autores deste trabalho tomaram como base a técnica empregada por Serra et al (1997)
(1) e analisaram o estudo anatômico desta região para tornar a cirurgia do túnel do carpo
ainda mais precisa. Para tal, foram dissecadas 20 mãos; 10 direitas e 10 esquerdas de
cadáveres conservados em formaldeído a 10% e operadas 10 mãos de pacientes com
Síndrome do túnel do carpo. Não se levou em consideração as diferenças morfométricas de
indivíduos étnicos.
RESULTADOS
ÍNDICE
Em todas as peças estudadas identificou-se um ponto preciso, denominado X, sendo que a
partir deste ponto localizou-se a margem distal do RF e a emergência da ramificação do
nervo mediano (NM).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Serra J.M.R., Benito J.R., Monner J.: Carpal tunnel release with short incision. Plast
Reconstr Surg (Barcelona). 1997; 99: 129-135.
2.Ortiz J., Lobet A.J.: Síndrome do canal carpiano: tratamento cirúrgico por miniincisão.
Rev Bras Ortop. 1990;25: 50-54.
3.Huand JH; Zager EL. Mini-open carpal tunnel decompression. Neurosurgery. 2004;
54(2):397-9; discussion 399-400.
4.Cokluk C; Senel A; Iyigun O; Celik F; Rakunt C. Open median nerve release using double
mini skin incision in patients with carpal tunnel syndrome: technique and clinical results.
Neurol Med Chir. 2003 43(9):465-7; discussion 468.
5.Latarjet M., Liard A.R.Anatomia Humana. Tradução de Prates J.C., São Paulo:
Panamericana; 1996 - p. 643-647 e 612-620.
Figura 1 - : Pontos topográficos : A , B , C , D e X (intersecção).
Figura 2 - Pontos topográficos : A , B , C , D e X (intersecção).
Figura 3 - Vista da margem distal do retináculo dos flexores e NM.
Figura 4 - Pontos topográficos : A , B , C , D e X (intersecção).
Figura 5 - Ponto X coincidindo com NM e RF a 5 mm do ponto citado
O USO DO RETALHO TÓRACO-DORSAL LATERAL MODIFICADO EM
MAMOPLASTIA DE AUMENTO E NA RECONSTRUÇÃO DO ANDAR
SUPERIOR DO ABDOME.
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Alberto M. L. Caldeira
MD
CO-AUTORES
Sumara M. Barral
MD
Daniel R. Thomaz
MD
Paulo Roberto da Costa
MD
DESCRITORES
retalho,toraco-dorsal, lateral, mamoplastia, reconstrução, abdome.
INSTITUIÇÃO
Hospital São Francisco de Assis BH - MG
Rua Visconde de Pirajá, 414/1012 - IpanemaRio de Janeiro - RJ22410-002
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Em função de a região tóraco-dorsal lateral comportar-se como uma excelente área
doadora de tecidos, Hans Hölmstron elaborou o retalho tóraco-dorsal lateral (1,2).
Baseando-se no retalho de Hölmstron, foi proposto pelo autor sênior, o retalho toráciodorsal lateral reverso, que está sendo utilizado em reconstruções estéticas das mamas e do
abdome superior.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
O retalho tóraco-dorsal lateral reverso foi utilizado em sete pacientes no período de agosto
de 2004 a junho de 2006. Uma das pacientes havia sido submetida a lipoaspirações
prévias do abdome superior, que resultaram em áreas de aderências e eventrações
naquela localização. Ademais, essa paciente apresentava mamas excessivamente
reduzidas decorrentes de um mamoplastia redutora prévia. Nesse caso, o retalho foi
utilizado dez anos após à mamoplastia e dois anos após à lipoaspiração, para o tratamento
do abdome superior e também das mamas.
Outras duas pacientes haviam sido submetidas à mamoplastia redutora pela técnica
habitual e evoluíram no pós-operatório imediato com necrose e infecção mamária, de modo
que o retalho foi utilizado um ano após a primeira cirurgia.
Nas demais pacientes, o retalho reverso foi utilizado para o tratamento das mamas após
perda ponderal expressiva, decorrente de gastroplastia redutora.
RESULTADOS
ÍNDICE
Em todos os casos obtiveram-se simetria e formato cônico das mamas no pós-operatório
tardio. Uma das pacientes apresentou deiscência da ferida operatória em função de
agravos nutricionais e anemia, sendo que a mesma não concordava ser submetida à
hemotransfusão por motivos religiosos. Essa paciente necessitou ser submetida a
refinamento secundário da cicatriz. As pacientes relataram não terem apresentado
alteração da sensibilidade mamária e estão satisfeitas com os resultados.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O retalho tóraco-dorsal reverso apresenta como vantagens a cobertura da região mamária
com tecido saudável e não inerte, diminuindo a possibilidade de esteatonecrose e/ou
lipólise, já que não carreia músculo em seu conteúdo (3). Ademais, a terceira porção
inferior do músculo peitoral maior é utilizada para ancoragem, o que praticamente não
causa déficit funcional, já que esta parte do músculo é responsável somente pela rotação
interna do úmero e adução final do braço (4,5).
O retalho ainda permite uma conformação mamária cônica (5), simetria dos complexos
aréolo-mamilares, além da reconstrução da cauda axilar mamária.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1)Hölmstrom H, Lossing C. The lateral thoracolateral flap in breast reconstruction. Plast
Reconstr Surg 1986; 77 (6) pp: 933-943.
2)Lossing C, Hölmstrom H, Malm M, Blomqvist L. Clinical follow-up of the lateral
thoracolateral flap in breast reconstruction: comparative evaluation from two plastic
surgical centers. Sacand J Plast Reconstr Surg Hand Surg 2000; 34 (4) pp. 331-338.
3)Fisher J, Bostwick J III, Powell RW. Latissimus dorsi blood supply after thoracodorsal
ressel division: the serratus collateral. Plast Reconst Surg 1983; 72 (4): 502-511.
4)Caldeira AML, Lucas A. Pectoralis Major Muscle Flap: a new support approach to
mammaplasty, personal techinique. Aesth Plast Surg 2000; 24: 58-70.
5)Caldeira AML, Lucas A. Tríplice interposição de retalhos: técnica pessoal em mamoplastia
redutora e mastopexia. Rev Bras Mastol 1996; 6:70-79.
APLICAÇÃO DE ENXERTO CARTILAGINOSO PARA A DEFINIÇÃO DA
PONTA EM NARIZ FISSURADO
INTRODUÇÃO | OBJETIVOS | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Velibor Kostić
MD
CO-AUTORES
João Francisco do Valle Pereira
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Alfonso Amaturo
Membro Correspondente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Membro da Sociedade
Italiana de Cirurgia Plástica
Rafaela de Assis Salvato
MD
DESCRITORES
aplicação, enxerto, cartilaginoso, nariz.
INSTITUIÇÃO
Clínica de Cirurgia Plástica Valle Pereira
Av. Oswaldo Rodrigues Cabral, 1570 Ático - CentroCep: 88015-710 Florianópolis - SC
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Para a definição da ponta do nariz fissurado, podem ser usadas as mesmas técnicas e
táticas já pré-estabelecidas para a rinoplastia puramente estética, sem usar as grandes
incisões que mutilam a ponta e que deixam o paciente ainda mais traumatizado.
OBJETIVOS
ÍNDICE
Analisar a enxertia cartilaginosa utilizada na rinoplastia estética e sua aplicação nas
seqüelas de fissura lábio-palatina, visando uma maior sustentação e definição da ponta
nasal.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Foi realizado um estudo prospectivo analisando sete pacientes portadores de seqüela de
fissura labiopalatina que necessitavam de rinoplastia reparadora. Os pacientes foram
analisados quanto ao sexo, idade, tratamento prévio, tipo de fissura e tratamento realizado
e a qualidade dos resultados encontrados. A cirurgia incluiu o uso do enxerto cartilaginoso
de origem septal, posicionando-o e fixando-o entre as cartilagens alares. A correção da
assimetria da narina foi realizada aproveitando a cicatriz antiga, sem reconstrução do lábio
superior e sem a realização de osteotomia lateral.
RESULTADOS
ÍNDICE
A idade média dos pacientes foi de 8,8 anos, sendo que a maioria dos pacientes estava com
idade entre 11 e 15 anos. Todos os pacientes eram procedentes do estado de Santa
Catarina e nenhum havia sido submetido a uma rinoplastia prévia. Concluiu-se que 5
pacientes tiveram resultado bom, 2 pacientes apresentaram resultado satisfatório e
nenhum paciente com resultado insatisfatório. O pós-operatório de reconstrução de lábio
leporino apresentou-se dentro dos padrões do nariz fissurado. No pós-operatório imediato
e nos seis meses conseguintes analisados os pacientes não apresentaram complicações.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
As técnicas de uso de enxerto cartilaginoso utilizadas na rinoplastia clássica podem ser
aproveitadas na cirurgia de nariz fissurado, independente da idade do paciente, não
alterando o crescimento adequado do nariz. O desvio de septo, as faltas de projeção da
ponta e da cartilagem alar do lado afetado podem ser corrigidas antes da adolescência,
uma vez que não se agravam por causa da puberdade, mas ficam proporcionalmente
maiores e conseqüentemente mais evidentes. O uso dos enxertos cartilaginosos e suturas
internas não impedem o crescimento das estruturas afetadas e providenciam um melhor
desenvolvimento das mesmas. O resultado é funcionalmente e esteticamente bom em mais
de 70% das cirurgias realizadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Carreirão S, Lessa S, Zanini AS. Tratamento das fissuras labiopalatinas. 2.ed. Rio de
Janeiro: Revinter, 1996.
2.McComb H. Treatment of the unilateral cleft lip nose. Plast Reconstr Surg 1975 May;
55(5): 596-601.
3.McComb H. Primary correction of unilateral cleft lip nasal deformity: a 10-year review.
Plast Reconstr Surg 1985 Jun; 75(6): 791-9.
4.Melega JM, Zanin AS, Psillakis JM. Cirurgia plástica reparadora e estética. 2.ed. São
Paulo: Medsi; 1992.
5.Millard DR. The unilateral cleft nose. Plast Reconstr Surg 1964; 34:169.
ESTUDO ESTATISTICO DO VOLUME DE IMPLANTES MAMARIOS DO
AMBULATORIO DE CIRURGIA PLASTICA DA UNISANTA
INTRODUÇÃO | PACIENTES | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Dr. Antonio Teixeira da Sliva Junior
CO-AUTORES
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto
Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação
do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA
Osvaldo Ribeiro Saldanha
Membro titular da S.B.C.P. Presidente da S.B.C.P.(2006-2007), regente do Serviço de
Cirurgia Plástica da UNISANTA
Carlos Serra de Almeida Junior
Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA
Eduardo Lange Hentschel
Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA
DESCRITORES
prótese de silicone, poliuretano, mamoplastia de aumento
INSTITUIÇÃO
AMBULATORIO DE CIRURGIA PLASTICA DA UNISANTA
Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Ana Costa ,120
Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Os implantes mamários de silicone com superfície de poliuretano vêm sendo usados com
êxito desde sua introdução, em 1970, e são as próteses de nossa preferência. Assim como
cobertura, conteúdo, e formato, o volume dos implantes também tiveram modificações
com o passar do tempo, seguindo tendências culturais e de época. O objetivo deste
trabalho é relacionar o volume das próteses de mama colocadas no ambulatório de cirurgia
plástica da UNISANTA entre o anos de 2001 a 2006.
PACIENTES
ÍNDICE
Os autores deste trabalho realizaram uma análise estatística retrospectiva dos volumes de
implantes de mama com gel coesivo-superfície de poliuretano empregados em 286
pacientes entre o período de agosto de 2001 a agosto de 2006. As pacientes foram
submetidas a mamoplastia de aumento por razões estéticas.
RESULTADOS
ÍNDICE
No primeiro período (fig.01), foram implantadas 40 próteses em 20 mulheres; no segundo
(fig. 02), 34 implantes em 17 pacientes; no terceiro (fig.03), 47 cirurgias com 94 próteses;
no quarto período (fig.04), 64 mulheres receberam 128 implantes, e no último, foram 156
próteses em 78 pacientes, totalizando realizadas 226 cirurgias, 452 implantes introduzidos.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A casuística evidenciou um aumento progressivo no número de mamoplastias de aumento a
partir do terceiro período, ou seja, a partir de agosto de 2003. Tambem houve um
acréscimo quanto ao volume utilizado ao longo dos anos, com diferença significativa do
volume de implantes mais colocados em 2001 se comparados aos volumes mais
introduzidos em 2006. Tal distinção poderia ser explicada por tendências culturais e de
época, considerando a preferência atual é cada vez maior por mamas mais volumosas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Ashley, F. A new type of breast prosthesis. Plast Reconstr Surg. 1970 45(5); 421,
2.Hester R, Bostwick J, Cukic. A 5-year experience with polyurethane-covered mammary
implants in aesthetic and reconstructive breast surgery. Plast Reconst Surg 1988 88(3)
503,
3.Hoefflin S. Extensive experience with polyurethane breast implants. Plast Reconst Surg
1990 86(1) 166
4. Vazques G. A ten-year experience using poliurethane-covered breast implants Aesth
Plast Surg 1999 23 189
5. Bozola A R, Bozola A C, Carrazonni R M. Inclusao de proteses mamarias de siliconepoliuretano. Rev Soc Bras Cir Plast 2006, 21(1) 18
ANÁLISE PROSPECTIVA DE TRAUMAS FACIAIS EM UM HOSPITAL DE
REFERÊNCIA REGIONAL
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Petrônio Fleury Neto
MD
CO-AUTORES
Luís Ricardo Martinhão Souto
MD
Ricardo Aydar Natalin
MD
Marco Antônio de Camargo Bueno
MD
Paulo Henrique Facchina Nunes
MD
DESCRITORES
Análise, traumas, faciais.
INSTITUIÇÃO
Hospital Estadual Sumaré - UNICAMP
Sumaré - SP
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Os traumatismos faciais representam causa de deformidades severas, mortes e altos custos
financeiros para o sistema público de saúde. O objetivo deste trabalho é analisar os casos
de traumatismo facial atendidos em um hospital de referência regional em determinado
período.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODO
Por meio de análise prospectiva dos dados de 50 pacientes, vítimas de traumatismo facial,
atendidos no Hospital Estadual Sumaré (HES) / UNICAMP, no período compreendido entre
fevereiro de 2003 e fevereiro de 2006, com base em um protocolo específico, foram
analisados
dados
epidemiológicos,
lesões
associadas,
intercorrências
durante
o
atendimento inicial, lesões e fraturas faciais mais prevalentes e morbi-mortalidade
relacionada.
RESULTADOS
ÍNDICE
O sexo masculino foi o mais acometido (78%). A idade média dos pacientes atendidos foi
de 28,9 anos (variação de 12 a 64 anos). A maior incidência foi entre brancos (54%),
seguida de pardos e negros (46%). Houve maior número de acidentes por veículos
automotores (58%), sendo 34% por motos, 12% por bicicletas, 6% por carros e 6% de
atropelamentos. Tivemos 38% de casos por violência interpessoal (38%), com 20% por
ferimento por projétil de arma de fogo (FPAF) e 18% por agressão física. Tivemos, ainda,
3% de pacientes vítimas de queda da própria altura. Houve índice de 56% de lesões
associadas, com 32% de traumatismo crânio-encefálico (TCE), 22% de traumas de
membros, 6% de traumas raqui-medulares (TRM), 6% de traumas abdominais e 2% de
traumas oculares. Entre os pacientes com patologias associadas (46%), tivemos elevado
índice de tabagismo (30%) e etilismo (28%), e 16% de drogadição. Em ordem por região
anatômica, as fraturas mais comuns foram as orbitárias (56%), mandibulares (50%),
maxilares (20%), nasais (20%), zigomáticas (18%) e frontais (8%). Fraturas envolvendo
mais de um osso da face foram vistas em 46% dos pacientes. O acompanhamento pósoperatório apontou um índice de 14% (n=7) de complicações, com 2 casos de infecção e 2
casos de diplopia.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A baixa faixa etária (média de 28 anos) e o grande número de acidentes por motos e
bicicletas (48%) ocorrem por serem estes meios de transporte muito freqüentes entre os
jovens e os menos favorecidos economicamente. A região atendida pelo HES é
caracterizada por um baixo índice de desenvolvimento humano, o que explica a grande
quantidade de traumatismos por violência interpessoal e por acidentes automobilísticos,
devido ao uso pouco freqüente de dispositivos de segurança. O alto índice de lesões
associadas (56%) está relacionado com acidentes de elevada energia cinética. Tivemos
sucesso na utilização de miniplacas e parafusos de titânio, com 2% de extrusão,
justificando seu uso preferencial pela baixa ocorrência de disoclusão.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Kelley P, Crawford M, Higuera S, Hollier LH. Two hundred ninety-four consecutive facial
fractures in an urban trauma center: lessons learned. Plast Reconstr Surg 2005; 116(3):
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2. Luce EA, Tubb TD, Moore AM. Review if 1,000 major facial fractures and associated
injuries. Plast Reconstr Surg 1979; 63(1): 26-30.
3. Beck RA, Blakeslee DB. The changing picture of facial fractures. 5-year review. Arch
Otolaryngol Head Neck Surg 1989; 115(7): 826-9.
4. Gassner R, Tuli T, Hachl O, Rudisch A, Ulmer H. Cranio-maxillofacial trauma: a 10 year
review of 9,543 cases with 21,067 injuries. J Craniomaxillofac Surg 2003; 31(1):51-61.
FRATURAS DE FACE: ANÁLISE ESTATÍSTICA RETROSPECTIVA DESDE
1.998 A 2.000 NO HOSPITAL SANTO AMARO - GUARUJÁ
RESUMO | ABSTRACT | INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Dra. Sandra Márcia da Silva Moia
MD
CO-AUTORES
Ewaldo Bolivar de Souza Pinto
Membro titular da S.B.C.P. , Ex- Presidente da S.B.C.P., Diretor do Curso de pós-graduação
do serviço de cirurgia plástica da UNISANTA.
Osvaldo Ribeiro Saldanha
Membro titular da S.B.C.P. Presidente da S.B.C.P.(2006-2007), regente do Serviço de
Cirurgia Plástica da UNISANTA.
Antonio Teixeira da Silva Júnior
Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA
Rodrigo Federico
Residente do Serviço de Cirurgia Plástica `Dr. EWALDO BOLIVAR DE SOUZA PINTO´ UNISANTA.
DESCRITORES
FRATURAS FACE ANÁLISE ESTATÍSTICA RETROSPECTIVA
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL SANTO AMARO - GUARUJÁ
Serviço de Cirurgia Plástica -Dr. Ewaldo Bolivar de Souza Pinto-. Avenida Ana Costa ,120
Santos SP CEP 11060-200. E-mail: [email protected]
RESUMO
ÍNDICE
Os traumatismos da face apresentam alta incidência nos dias de hoje, tendo os mais
variados fatores etiológicos, destacando - se como o mais importante os acidentes
automobilísticos. Neste estudo, os autores analisam, retrospectivamente, as incidências de
fraturas de face, relacionando com região anatômica acometida, sexo e idade, no período
de janeiro de 1.998 a julho de 2.000, Realizado no Hospital Santo Amaro - Guarujá.
ABSTRACT
ÍNDICE
Nowdays , the face trauma presents high incidence with many causes, which more
important have been the automobile accidents . In this study, the author analyses, in
retrospect the prevalence of face fractures relating anatomic region, sex and age, during
January of 1.998 until July of 2.000, performed at the Hospital
Santo Amaro - Guarujá.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Certamente desde a era do homem das cavernas e Antiga Idade da Pedra, homens
tentaram tratar as fraturas de face. E no decorrer dos séculos, muitas tentativas vêm
sendo realizadas com objetivo de encontrar melhores técnicas para tal procedimento. Fica
claro assim, perceber que esta procura em aperfeiçoar o tratamento da fratura de face
deve - se à sua incidência marcante no dia a dia da humanidade.
O relatório da Pesquisa sobre Danos em Colisões Automotivas da Universidade de Cornell
(1.961) indicou que 72,1% das vítimas em acidentes automobilísticos sofrem lesões das
estruturas faciais e muitas incluem fraturas do esqueleto facial².
Braustein , em 1957 , num estudo de 1.000 acidentes que produziram lesões e que
envolveram 2.253 ocupantes, encontrou que 72,3% das 1.213 pessoas feridas sofrem
ferimentos na cabeça. Em 7,2% destes pacientes, pelo menos um osso facial foi
fraturado².
Um artigo publicado por Chen¹, em 1.999, mostra a incidência de lesões em diversas
partes do corpo em acidentes automobilísticos com indivíduos que fizeram uso de álcool ou
não. O autor constatou que a face foi o sítio mais comum de lesões - sendo 56% nos que
usaram álcool e 32% nos que não usaram.
Em 2.000, Powen demonstrou numa análise retrospectiva de acidentes de bicicletas com
crianças, durante 9 anos, que o sítio mais comum de lesões era a cabeça ou face (83%).
Também em 2.000, Ricé analisando lesões e mortes em crianças, causadas por acidentes
com carros de neve, mostrou que a segunda região mais comum de lesões foi a cabeça,
pescoço e face (28,2%) e as que predominaram em causa de morte (66,7%).
Neste trabalho, temos como objetivo, analisar a incidência da fratura de face, relacionando
região anatômica acometida, sexo e idade.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram analisados, retrospectivamente, 235 pacientes com diagnóstico de fratura de face no
período de janeiro de 1.998 a julho de 2.000, internados no Serviço de Cirurgia Plástica do
Hospital Santo Amaro Guarujá, estabelecendo relação entre incidência anatômica, sexo e
idade.
RESULTADOS
ÍNDICE
Dos 235 pacientes analisados, 179 tiveram fratura de nariz, 22 com fratura de malar, 31
paciente apresentavam fratura de mandíbula, 2 com fratura de maxila ( 1 Le Fort I ; 1 Le
Fort III ) e 1 com fratura de alvéolos dentários ( Gráfico 1 ).
A idade variou de 03 a 74 anos, com uma média de 32,96 anos, predominando a 3ª e 4ª
décadas. (Tabela 1)
Em todos os tipos de fraturas a predominância foi do sexo masculino, sendo 173 homens e
62 mulheres. (Gráfico 2 )
Figura 1 - Incidência de ftatura de face quanto regiões anatômicas acometidas
Figura 2 - Incidência de fratura de face relacionando área anatômica e idade
Figura 3 - Incidência de fraturas de face relacionando área anatômica e sexo
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Os traumatismos do segmento cefálico apresentam uma alta incidência dentro da
traumatologia em geral, em virtude da situação exposta e da mobilidade da cabeça³.
Analisando nossos resultados, pôde - se constatar a alta incidência de fratura de face neste
período, tendo como causas os acidentes de trânsito, acidentes domésticos, agressões
física e ferimentos por arma de fogo, sendo mais comuns os acidentes com automóveis, o
que vem confirmar os dados encontrados na literatura.
Notou - se também a grande incidência de fratura de nariz em relação às outras regiões da
face, o que é uma preocupação, pois este tipo de lesão pode resultar em uma importante
incapacidade estética e funcional. (Foto 1) , sendo sua maior causa a agressão física e
idade mais acometida entre 2ª 3ª décadas de vida.
Achamos que todos os golpes severos ao nariz devem levantar suspeitas de haver
provocado fraturas ou deslocamentos, fazendo - se necessário o diagnóstico preciso e o
tratamento precoce e adequado da fratura,pois a demora pode resultar numa deformidade
inestética e difícil de corrigir.
Os outros tipos de fraturas de face também podem ocasionar diversas seqüelas para os
pacientes, como deformidade facial em fraturas de malar (Fotos 2 e 3 ) , pseudoartroses ,
consolidação viciosa e má oclusão dentária no caso de fraturas maxilomandibulares.
Portanto , toda fratura facial deve ser considerada grave e tratada com atenção e cuidado
para se evitar suas complicações.
Concluímos, então, que em todo serviço de Cirurgia Plástica deve - se fazer uma boa
avaliação clínica e radiológica dos traumas de face, para que o diagnóstico correto seja
feito e para que o paciente tenha um tratamento adequado.
Figura 1 - Fratura de nariz com desvio à direita
Figura 2 - Sequela de fratura de malar à E : Afundamento facial com 2 meses de evolução
Figura 3 - Sequela de fratura de malar à E. Paciente não tratado
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.CHEN S.C.; LIN F.Y.; CHANG K. J. Body region prevalence of injury in alcohol- and nonalcohol- related traffic injuries. J Trauma; 1.999 ~47(5): 881 - 4.
2. DINGMAN. Cirurgia das Fraturas Faciais. 1ª Edição em Português. Santos. 1983,
Cap.2,11-42; Cap.3 ,43 - 95.
3.NETTO, ALÍPIO CORRÊA Clinica Cirúrgica.4ª Edição.Sarvier1994; Cap.47, 368 -377
4. POWELL E. C. ; TANZ R R .Tykes and Bikes : injuries associated with bicycJe - towed
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5. RICE M. R.; ALVANOS L.; KENNEY B. Snowmobile injuries and deaths in children : a
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TUMORES E MAL FORMAÇÕES VASCULARES - ESTUDO
RETROSPECTIVO - ANÁLISE DE 62 CASOS CLÍNICOS
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADO |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA |
AUTOR
Alexander Farinas Pinheiro
MD
CO-AUTORES
Marcelo de Campos Guidi
MD
Fernando Fabrício Franco
MD
Eduardo Vilas Boas Braga
MD
Rafael Guiselli Lopes
MD
Fabiana Duarte Martins
MD
Leonardo Santos Barros Spencer
MD
DESCRITORES
Mal, formações, vasculares, retrospectivo, estudo, tumores.
INSTITUIÇÃO
Instituto de Cirurgia Plástica SOBRAPAR
Av. Francisco Glicério,1938 ap131 - Vila ItapuraCEP: 13010-912 Campinas - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O sistema de classificação de anomalias vasculares foi modificado e aceito pela Sociedade
Internacional de Estudo das Anomalias Vasculares em 1996, é baseado na atividade
biológica do tumor. As anomalias foram divididas em duas categorias: tumores vasculares
e mal formações vasculares.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram estudados 62 casos de tumores e malformações vasculares, em um estudo
retrospectivo, no período de janeiro de 2000 a janeiro de 2006.
O estudo foi realizado através da utilização de protocolo e análise de prontuários.
RESULTADO
ÍNDICE
Dos casos estudados 34 foram do sexo feminino ( 54,8% ) e 28 do sexo masculino ( 45,2%
), a idade média em anos foi de 8,30 anos, a idade mínima de 2 meses e a máxima de 58
anos, com desvio padrão de 11,5.
Classificamos biologicamente a doença, 91,9 % dos casos eram tumores e 8,1% mal
formações vasculares. Dos tumores 94,4% eram proliferativos e das mal formações
vasculares 100% eram linfática.
Clinicamente 90,3% dos casos eram hemangiomas, 8,1% linfangiomas e 1,6% como parte
de uma síndrome hemangiomatosa. A grande maioria dos hemangiomas é tumoral
85,18%. Esses ainda foram sub-classificados em fragiforme ( 29,2% ), tuberoso ( 16,7% ),
cavernoso ( 43,8% ) e misto ( 10,4% ).
Topograficamente os tumores e mal formações vasculares localizaram em sua grande
maioria na face ( 75,4% ), principalmente no terço médio da face ( 26,2% ).
O principal tipo de tratamento utilizado foi a escleroterapia ( 26,2% ), mas também
utilizamos outros tipos de tratamento como o espectante ( 9,8% ), a corticoterapia ( 6,6%
), o laser ( 3,3% ), a embolização ( 1,6% ), a cirurgia ( 13,1% ), a terapia compressiva (
21,3% ). Grande parte dos pacientes não aderiram a qualquer tipo de tratamento ( 18% ).
Como tratamento adjuvante ao tratamento primário os principais tipos foram a
escleroterapia ( 30% ) e a terapia compressiva ( 25% ).
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Demonstramos a importância de um estudo continuado para o correto diagnóstico e uso da
terminologia das mal-formações vasculares, visto que encontramos dificuldade em
classificá-las devido a sua grande variedade de apresentações.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ÍNDICE
1-Gampper, T.J., Morgan, R.F. Vascular anomalies: hemangiomas. Plast. Reconstr. Surg.
110:572-585, 2002.
2-Metry, W.D., Hebert, A.A. Benign Cutaneous Vascular Tumors of Infancy. Arch.
Dermatol. 136: 905:914, 2000.
3-Forte V, Triglia JM, Zalzal G. Hemangioma. Head
Figura 1
Figura 2
DESLUVAMENTO DE MEMBROS INFERIORES: TRÊS CASOS CLÍNICOS
INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA | RESULTADO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Matthias Weinstock
CO-AUTORES
Marcello Di Martino
Residente de terceiro ano da Disciplina de Cirurgia Plástica - UNIFESP
Rafael de Almeida Santos
Residente de terceiro ano da Disciplina de Cirurgia Plástica - UNIFESP
Lydia Masako Ferreira
Professora Titular da Disciplina de Cirurgia Plástica - UNIFESP
DESCRITORES
desluvamento, membros inferiores
INSTITUIÇÃO
Disciplina de Cirurgia Plástica-UNIFESP
Rua Napoleão de Barros 715 4º andarTelefone: 55764118
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O tratamento das avulsões de pele traumáticas depende principalmente da extensão,
profundidade, localização e tecidos acometidos pela lesão. Múltiplas são as possibilidades
de reconstrução da cobertura cutânea da região acometida, sendo as principais o enxerto
de pele¹ ² e os retalhos. Os retalhos dermo-gordurosos, fáscio-cutâneos, músculocutâneos e microcirurgicos ³ 4 são os mais comuns. Entretanto outras possibilidades como
o transplante de omento também estão descritas, porem a alternativa mais freqüente
continua sendo o enxerto de pele parcial .
CASUÍSTICA
ÍNDICE
Descrevemos três casos clínicos de pacientes vítimas de traumas graves que sofreram
desluvamento de membros inferiores. A conduta nestes dois casos foi a ressecção da pele
desluvada e sua colocação como enxerto de espessura parcial , após debridamento do
tecido gorduroso subjacente .
Caso 1, paciente vítima de atropelamento por ônibus, com fratura de tíbia associada,
apresentava avulsão de dois terços do membro inferior, com lesão dos pedículos
vasculares, porem com a musculatura relativamente intacta. A fratura de fêmur foi
estabilizada com um fixador externo e após o emagrecimento o enxerto de pele.
Caso 2, paciente vítima de atropelamento por ônibus com fratura de fíbula e fêmur (optado
por tratamento conservador por parte da ortopedia). Realizado mesmo procedimento
acima.
Caso 3, paciente feminino, 37 anos, vítima de atropelamento por ônibus, com compressão
do pé esquerdo pela roda, com desluvamento da região dorsal do pé.
RESULTADO
ÍNDICE
No tratamento destes pacientes, com extensos desluvamentos de membros inferiores e
evidente destruição dos pedículos que garantiriam a irrigação da pele, associada a
existência de um bom leito receptor optamos pela enxertia de pele do próprio tecido
avulsionado.
No primeiro paciente houve integração de 10% do tecido enxertado, no segundo 30%, na
terceira integração de 100%.
Acreditamos que o resultado limitado se deve a fatores da pele de qualidade pior (apesar
de não visível macroscopicamente) devido maceração pelo trauma e leito receptor formado
por musculatura traumatizada e contusa.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Acreditamos que nesse tipo de caso esta é ainda uma boa opção de tratamento, pois
permite utilizar a pele que não teria chance de sobrevivência, possibilitando a cobertura de
grandes áreas logo no primeiro tempo cirúrgico e poupando o paciente das perdas
substanciais decorrentes da falta de cobertura cutânea.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1-Mandel MA; The management of lower extremity degloving injuries; Ann Plast Surg, 1981
Jan, 6(1); 1-5
2-Wong LK, Nesbit RD, Turner LA, Sargent LA; Management of a circunferential lower
extremity degloving injury with the use of vacuum-assisted closure. South med J,
2006,jun;99(6);628-30
3-Sukop A, Tvrdek M, Duskova M, Padera J; Degloving injury-the use of a combination of
free fasciocutaneous sensitive flap and pedicle flaps for reconstruction. Acta Chir Plast
2005; 47(4);107-11
4-Thomas BP, Katsarma E, Tsai TM, Replantation of total degloving of the hand : case
report; J Reconstruc Microsurg, 2003 May; 19 (4):217-20
Figura 1 - Caso 1 aspecto durante desengurduramento
Figura 2 - Caso 2 Pré-operatório 1
Figura 3 - Caso 2 Pós-operatório
Figura 4 - Caso 2 Pós-operatório 3 dias
Figura 5 - Caso 2 Pós-operatório 15 dias
Figura 6 - Caso 2 Pós-operatório 1 mês
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO PACIENTE COM SÍNDROME DE
BARRAQUER-SIMON - REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADO |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Alexander Farinas Pinheiro
MD
CO-AUTORES
Marcelo de Campos Guidi
MD
Fernando Fabrício Franco
MD
Eduardo Vilas Boas Braga
MD
Rafael Guiselli Lopes
MD
Fabiana Duarte Martins
MD
Leonardo Santos Barros Spencer
MD
DESCRITORES
síndrome, barraquer-simon, relato.
INSTITUIÇÃO
Instituto de Cirurgia Plástica SOBRAPAR
Av. Francisco Glicério,1938 ap131 - Vila ItapuraCEP: 13010-912 Campinas - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Luis Barraquer Ferré e Lucien Simon descreveram, no início do século XX, uma doença
caracterizada por progressiva atrofia da gordura do subcutâneo, limitada à parte superior
do corpo incluindo a face. É uma síndrome rara de origem obscura também conhecida
como lipodistrofia céfalo-torácica. O objetivo do artigo é descrever um caso da Síndrome
de Barraquer-Simon com envolvimento facial e torácico sem outras anomalias. A paciente
foi admitida no Instituto de Cirurgia Plástica - SOBRAPAR em Campinas - São Paulo em
1995 e desde então vem sendo acompanhada.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Revisão assistemática da literatura através do banco de dados do MEDLINE de 1935 a
2006, correlação clínica e estudo do caso descrito.
RESULTADO
ÍNDICE
A paciente apresentou bons resultados após lipoenxertias, cirurgia para colocação de
bioimplantes malares e cirurgia ortognática. A cirurgia ortognática proporcionou melhora
da estética da paciente com alto grau de satisfação, houve melhora da mecânica funcional
oral, melhora da hipoplasia maxilar, do prognatismo e da mastigação cruzada.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A Síndrome de Barraquer-Simon, classificada como lipodistrofia parcial é pouco entendida.
Várias teorias sugerem uma anormalidade primária das células gordurosas, da ação do
agente humoral que mobiliza gordura ou um defeito no controle neuronal do metabolismo
da célula gordurosa, porém sem um suporte experimental que sustente a hipótese e nem
explique satisfatoriamente todas as características associadas às lipodistrofias parciais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Barraquer-Ferre L. Lipodystrophie progressive: Syndrome de Barraquer-Simons. Press
Med. 43: 1672, 1935.
2.Senior B, Gellis SS. The syndrome of total lipodistrophy and partial lipodistrophy. Review
article. Pediatrics 33: 593, 1964.
3.Eisinger AJ, Shortland JR, Moorhead PJ. Renal disease in partial lipodistrophy. Q. J. Med.
41: 343, 1972.
4.Ducours JL, Poizac P, Ardanza B et al. Syndrome de Barraquer-Simons et Lipofiling facial.
Ver. Stomatol, Chir. Maxillofac. 92: 105, 1991.
5.Reardon W, Temple IK, Mackinnon H et al. Partial lipodystrophy syndromes a further
male case. Clin. Genet. 38: 391, 1990.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
RECONSTRUÇÃO DE COURO CABELUDO COM RETALHO SUBGALEAL
BASEADO NO RAMO POSTERIOR DA ARTÉRIA TEMPORAL
SUPERFICIAL: RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Rodrigo Augusto Rosolen
CO-AUTORES
Bruno Barreto Cintra
Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
David Di Sessa Lopes
Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
Regina Maura do Nascimento Silva
Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
Jóse Ronaldo de Castro Roston
Coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
DESCRITORES
reconstrução, couro, cabeludo, retalho, subgaleal, temporal.
INSTITUIÇÃO
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
Campinas S. P.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O trauma é uma das principais causas de lesões com perdas de substâncias, as quais
requerem uma intervenção reconstrutiva pela Cirurgia Plástica. Lesões em couro cabeludo
são freqüentes e inúmeras formas terapêuticas são descritas na literatura para o
tratamento dessa enfermidade.
As descrições mais freqüentes para uso de retalho temporal são na reconstrução de
pálpebra e terço médio da face, seu uso em reconstruções de couro cabeludo são pouco
descritas.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
O presente trabalho relata o caso de um paciente masculino, branco, 28 anos vítima de
atropelamento com extensa perda de substância em couro cabeludo em região parietal
com exposição da calota craniana, sendo submetido a uma reconstrução com retalho
subgaleal baseado no ramo posterior da artéria temporal superficial.
Paciente também apresentava lesão em ombro esquerdo com perda de substância e
exposição óssea da cabeça do úmero a qual foi tratada com retalho subfascial
paraescapular e enxertos parciais de pele.
Paciente apresentou boa evolução, sem áreas de necrose com cobertura total de calota
craniana exposta, e de cabeça de úmero, apresentando bom resultado funcional e estético.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O Retalho subgaleal da artéria temporal é uma forma terapêutica de fácil execução e possui
um bom arco de rotação, desta forma, sendo útil em diversas reconstruções em couro
cabeludo e face.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1-Ozerdem OR. Prefabricated galeal flap based on superficial temporal and posterior
auricular vessels. Plast Reconstr Surg;111(7):2166-75, 2003 Jun.
2-Kiyokawa K. Efficacy of temporal musculopericranial flap for reconstruction of the
anterior base of the skull. Scand J Plast Reconstr Surg Hand Surg;34(1):43-53, 2000
3-Hing DN. Use of the temporoparietal free fascial flap in the upper extremity. Plast
Reconstr Surg;81(4):534-44, 1988 Apr.
NOVA ALTERNATIVA DE CANTOPEXIA LATERAL PARA TRATAMENTO
DE LAGOFTALMO NA PARALISIA FACIAL/ NEW TECHNIQUE OF
LATERAL CANTHOPEXY FOR TREATMENT OF FACIAL PALSY
LAGOPHTHALMO
INTRODUÇÃO |
OBJETIVO |
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Silvio Evandro Daniel Hernandes
MD
CO-AUTORES
Cristiano Ricardo Abreu
MD
Jorge Lorenzoni Moulim
MD
Fausto Viterbo
MD
DESCRITORES
cantopexia lagoftalmo paralisia facial canthopexy facial palsy lagophthalmo
INSTITUIÇÃO
Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista - UNESP Botucatu SP.
Rua Benedito Franco Camargo 150, Apto 108, Vila Santana, CEP 18607780, Botucatu, SP
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Vários métodos para correção de lagoftalmo secundário à paralisia facial têm sido
publicados. Apesar da inclusão de uma mini placa de ouro na pálpebra superior
proporcionar uma grande melhora no fechamento ocular 1, a coexistência do ectrópio
paralítico da pálpebra inferior torna o tratamento insatisfatório. 1 A combinação deste
procedimento com cantopexia lateral tem sido reportada para melhora dos resultados por
diversos autores 2,.
A técnica tradicional de realização desta cantopexia lateral é bastante difundida e cursa
com necessidade de ampla dissecção e incisão de pele próximo ao canto lateral dos olhos
3.
OBJETIVO
ÍNDICE
O objetivo deste trabalho é propor uma variação à técnica de cantopexia lateral tradicional
com baixa morbidade, rápida execução e mínimas cicatrizes.
MÉTODO
ÍNDICE
Sete pacientes foram operados entre o período de janeiro de 2005 a maio de 2006.
As cirurgias foram realizadas através de duas incisões, uma delas de 0,5 cm sobre a
sobrancelha e outra de aproximadamente 1 cm subciliar lateral. Uma agulha comum de
injeção 25X7 mm, introduzida pela incisão sobre a sobrancelha, foi usada para transfixar o
periósteo da parede lateral da órbita até sua saída próximo ao canto lateral da pálpebra
inferior. Através do pertuito desta agulha foi passado um fio de poliéster 4.0, utilizado para
fixar a faixa lateral de tarso (tarsal strip) até o periósteo lateral da órbita, transfixado pela
agulha.
RESULTADOS
ÍNDICE
Através de análise fotográfica pré e pós-operatória observou-se importante melhora
estética e, sobretudo, funcional, em todos os pacientes operados. Em um dos pacientes o
resultado foi aquém dos demais, devido às suas características anatômicas de proptose
ocular.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A limitação durante a realização da técnica convencional está atribuída à curvatura e
profundidade que a agulha do fio de sutura tem de percorrer, para fixação à borda
periostal orbitária de forma adequada 4. Nossa proposta veio para facilitar este detalhe, já
que propicia facilidade na fixação e suspensão do canto lateral, é de rápida execução e
cursa com mínimas cicatrizes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Nakazawa, Hiroaki; et al; Treatment of paralytic lagophthalmos by loading the lid with a
gold plate and lateral canthopexy. Scandinavian Journal of Plastic and Reconstructive
Surgery and Hand Surgery. 38(3):140-144, 2004.
2.Moe KS, Linder T. The lateral transorbital canthopexy for correction and prevention of
ectropion. Arch Facial Plast Surg 2000;2:9-15.
3.Anderson, R. L., and Gordy, D. D. The tarsal strip procedure. Arch. Ophthalmol. 97:
2192, 1979.
4.Hagerty, Richard C. M.D.;et al; .Lateral Canthopexy Using the Hollow Needle Technique;
Plastic and Reconstructive surgery Volume 117(4), 1 April 2006, pp 1289-1291.
Figura 1 - Aspecto pré-operatório
Figura 2 - Aspecto pós-operatório
Figura 3 - Agulha 25x7 mm introduzida pela incisão sobre a sobrancelha até o canto lateral
da pálpebra inferior
Figura 4 - Através do pertuito da agulha é passado o fio de poliéster 4.0
Figura 5 - O fio de poliéster é passado na faixa lateral do tarso.
Figura 6 - Tracionando o fio, o tarso é levado ao encontro do periósteo lateral da órbita
RECONSTRUÇÃO DA COLUMELA EM SUA AUSÊNCIA CONGÊNITA:
RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Rodrigo Augusto Rosolen
CO-AUTORES
Bruno Barreto Cintra
Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário
David Di Sessa Lopes
Médico Residente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário
Marco Antônio Ribeiro Albrecht
Médico Assistente em Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti.
José Ronaldo de Castro Roston
Coordenador do Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário
DESCRITORES
reconstrução, columela, ausencia, congênita.
INSTITUIÇÃO
Hospital Municipal Dr. Mário Gatti
Campinas S. P.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O nariz tem uma grande importância na estética facial. Sua projeção é determinada pela
columela, cuja ausência congênita é rara e de etiologia desconhecida.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
Relata-se um caso de uma paciente de sexo feminino, 37 anos, que procurou o serviço de
Cirurgia Plástica do Hospital Municipal Dr. Mário Gatti, com ausência congênita da
columela. Foi feita a reconstrução usando enxerto de cartilagem costal e retalhos de
mucosa nasal e septal para sua cobertura.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O presente trabalho ilustra uma das possibilidades de reconstrução da columela,
apresentando um bom resultado tardio funcional e estético.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1-Bilkay U. Reconstruction of congenital absent columella. J Craniofac Surg;15(1):60-3,
2004 Jan.
2-Sherris DA. Reconstruction of the nasal columella. Arch Facial Plast Surg;4(1):42-6,
2002 Jan-Mar.
3-Mavili ME. Congenital isolated absence of the nasal columella: reconstruction with an
internal nasal vestibular skin flap and bilateral labial mucosa flaps. Plast Reconstr
Surg;106(2):393-9, 2000 Aug.
PROTOTECOSE ASSOCIADA A CÂNCER CUTÂNEO: RELATO DE CASO
OBJETIVO | INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Márcio Augusto Tavares Paes Barreto
MD
CO-AUTORES
Cristiano Gonçalves Fleury Curado
Residente do serviço
Marcelo Moreira Cardoso
Ex residente do serviço
Juliano Carlos Sbalchiero
Staff do serviço
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
Chefe do serviço
DESCRITORES
prototecose, câncer, cutâneo.
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva do Instituto Nacional de Câncer
Rua Washington Luis 85/402Centro- Rio de JaneiroCep 20230-026
ÍNDICE
OBJETIVO
Descrever um caso raro de prototecose associada a câncer cutâneo.
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A prototecose é uma infecção rara causada por uma alga do gênero prototeca. Esses
organismos já foram isolados da água, esgoto e solo e são uma causa conhecida de doença
em outros mamíferos. A infecção em humanos ocorre por inoculação traumática e se
manifesta
principalmente
sob
a
forma
de
lesões
cutâneas,
em
pacientes
imunocomprometidos a sintomatologia costuma ser mais exuberante. O tratamento das
lesões é feito por exérese das lesões ou com antifúngicos.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Paciente masculino, 74 anos, encaminhado ao Inca com história de ressecção incompleta de
carcinoma basocelular(CBC) em face, apresentando lesão em pálpebra esquerda biopsiada
e diagnosticada como CBC. Foi submetido a exenteração alargada de órbita porém houve
recidiva do tumor após 1 ano. Na segunda cirurgia foi ressecado todo o cone orbitário e
realizada a reconstrução com retalho VRAM livre, procedimento conjunto das equipes de
neurocirurgia, cabeça e pescoço e cirurgia plástica, considerado de caráter higiênico. 6
meses após a segunda cirurgia surgiram lesões suspeitas na porção medial do retalho,
biopsiadas e compatíveis com lesões granulomatosas com parasitas do gênero prototheca.
O paciente foi encaminhado a FIOCRUZ onde foi confirmado o diagnóstico e realizado o
tratamento com anfotericina B complexo lipídico.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O primeiro caso de prototecose cutânea em humanos foi descrito na China, no Brasil
existem 2 casos e pouco mais de 100 em todo o mundo. A forma como o caso descrito se
apresentou é bastante peculiar e não encontramos relato semelhante, apesar de existirem
casos descritos de prototecose em pacientes com câncer.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A forma cutânea da prototecose pode ser confundida com câncer cutâneo e pode ser
incluída como diagnóstico diferencial das neoplasias de pele.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Agostini,A.A; Lisot,J.M; Gonzáles,D.H. Prototecose do cotovelo: relato de um caso.AMB
rev. Assoc. Med. Bras;29(9/10):179-9, 1983.
2,Torres HA; Bodey GP; Tarrand JJ; Kontoyiannis DP. Protothecosis in patients with câncer:
case series and literature review. Clin. Microbiol. Infect;9(8):786-92,2003 Aug.
RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA COM CICATRIZ FINAL EM T INVERTIDO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Ângela Maria Carvalho Maximiano
MD
CO-AUTORES
Rosane Schetino Biscotto
MD
Márcio José de Abreu Dibe
MD
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
MD
Henrique Muller
MD
DESCRITORES
reconstrução
INSTITUIÇÃO
Instituto Nacional de Câncer - HCIII
Rua Paissandu, 146/402 Flamengo, Rio de Janeiro cep 22210 080
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A plástica mamária feminina com cicatriz em T invertido (Pitanguy, Wise) é a técnica de
redução mais utilizada no mundo. Numa tentativa de mimetizar este procedimento de
cirurgia estética das mamas, realizamos a marcação da mastectomia em T invertido,
realizando a reconstrução com o retalho miocutâneo do reto abdominal em ilha transversa
(TRAM).
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
No período de abril de 2004 a maio de 2006, foram realizadas em nossa instituição 324
reconstruções mamárias, sendo que 24 foram reconstruções imediatas utilizando o retalho
do TRAM de forma convencional, desepidermizado, utilizando a pele da mama retirada de
forma que a cicatriz final terminasse em T invertido. A outra mama era reduzida no mesmo
ou num segundo tempo cirúrgico, pela técnica de Pitanguy, ou seja, com a cicatriz final
também em T invertido. As pacientes selecionadas para o procedimento eram portadoras
de Cdis multicêntrico com indicação de mastectomia poupadora de pele , portadoras de
mamas grandes e com indicação para mamoplastia redutora com cicatriz final em T
invertido, e portadoras de abdome doador para a reconstrução. Critérios de exclusão foram
Hipertensão arterial grave, diabetis , obesidade grave, doenças auto-imunes, tabagismo,
HIV , história de tromboembolismo prévio.
ÍNDICE
RESULTADOS
Apesar das complicações encontradas, tais como necrose da pele da mastectomia (30% dos
casos), esteatonecrose (30%) e abaulamento abdominal (20%), o método mostrou-se
extremamente satisfatório tanto na avaliação das pacientes quanto na avaliação da equipe
médica.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
a objeção feita por vários autores para este tipo de incisão em mastectomias seria a taxa
mais elevada de necrose cutânea. Porém encontramos em dados de literatura que a taxa
de necrose em mastectomias não poupadoras de pele (11,2%) é similar à de mastectomias
poupadoras de pele (10,7%), e as mastectomias poupadoras de pele com incisão periareolar também apresentam taxas de necrose cutânea semelhantes às mastectomias em T
invertido. Como a reconstrução é feita com tecido autógeno , o debridamento das áreas de
necrose e a cicatrização por segunda intenção não levam à perda da reconstrução.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1-Wise
,R.J.
A
preliminary
report
on
a
method
of
planning
the
mammaplasty.
Plast.Reconstr.Surg.17:367,1956.
2-Toth,B.A.,
Forley,B.G.,
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Calabria,R.Retrospective
study
of
the
skin
sparing
mastectomy in breast reconstruction. Plastic. Reconstr.Surg.104:77,1999.
3-Carlson,Grant W.M.D.; Bostwick, John III M.D.; Styblo, Toncred M. M. D. ; Moore,
Bridgett M.D.; Bried , Jean T. P.A. ; Murray , Douglas R. M.D. Wood Skin Sparing
Mastectomy: Oncologic and Reconstructive Considerations Annals of Surgery vol 225
May1997,pp570-578.
4-Munhoz AM, Duarte G, Ishida L, Cunha M , Ferreira MC Reconstrução Mamária pós
mastectomia com tecido autógeno . Avaliação comparativa de resultados e complicações .
Revista Ginec.Obst. 2002;13:60-66.
COMPLICAÇÕES DO USO DE IMPLANTES DE SILICONE EM
RECONSTRUÇÃO DE MAMA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADO |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Cristiano Gonçalves Fleury Curado
MD
CO-AUTORES
Márcio Augusto Tavares Paes Barreto
MD
Fábio Chambô
MD
Sandra Araújo Baião
MD
Frederico Avellar da Silveira Lucas
MD
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
MD
DESCRITORES
silicone, reconstrução, mama.
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva do Instituto Nacional de Câncer
Rua Washington Luis 85/902Centro- Rio de JaneiroCep 20230-026
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A reconstrução de mama é um procedimento cada vez mais utilizado como parte integrante
do tratamento do câncer de mama.A utilização de implantes de silicone é frequentemente
utilizada nessas cirurgias, e esse trabalho visa avaliar os resultados obtidos em 20 casos
operados no INCA em que foram utilizados esses implantes na reconstrução de mama.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram analisados 20 pacientes submetidos a reconstrução mamária com uso de implantes
de silicone no Instituto Nacional do Câncer entre os anos de 1998 e 2002 .Em todos os
casos o implante foi locado em posição sub-muscular, sendo em 6 casos locado sob o
músculo grande dorsal e em 14 casos em posição sub-peitoral maior (em 6 casos a
colocação da prótese foi precedida de expansão).Nenhuma paciente recebeu radioterapia
pré ou pós-operatória.Todas as pacientes receberam quimioterapia.Em todos os casos
foram utilizadas próteses texturizadas, sendo em 6 casos próteses McGhan e em 14 casos
próteses Silimed.
Foram avaliados os pós-operatório com 2 a 4 anos da cirurgia.Foram analisadas as
complicações no total de pacientes e separadas em grupos por cada técnica utilizada
(prótese sub-grande dorsal, prótese sub-peitoral).Foram utilizadas próteses entre 195 e
325 cc.Com um volume médio de 235 cc.
RESULTADO
ÍNDICE
Algum grau de complicação ocorreu em 8 pacientes. (40% do total de pacientes).
No grupo de pacientes em que a prótese foi colocada abaixo do músculo grande dorsal (6
casos), foi observado 2 casos de contratura Baker II e um caso de infecção com extrusão
da prótese.
No grupo de pacientes em que a prótese foi colocada abaixo de músculo grande dorsal
transposto(14 casos) foi observado 3 casos de contratura Baker III, 1 caso de contratura
Baker IV e 1 caso de deiscência parcial ressuturada (sem necessitar retirada da prótese).
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O trabalho mostra uma incidência maior de ocorrência de complicações, como contratura
importante (Baker III e IV) (20%) e extrusão(5%) , no uso de próteses para reconstrução
em comparação com os relatos da literatura na utilização das próteses com fim apenas
estético(complicações gerais entre 3 e 5 %).Outros trabalhos como o de Brown e
cols.reforçam essa maior ocorrência de complicações em próteses na reconstrução, mesmo
em pacientes que não receberam radioterapia:18.8% de complicações totais e necessidade
de retirada do implante em 3.1% dos casos, contra 3.4% de complicações totais na
utilização de próteses mamárias puramente estética.O número de casos não permitiu uma
eficaz comparação entre a incidência de complicações entre as próteses colocadas sob o
músculo peitoral maior e as colocadas sob o retalho de músculo grande dorsal.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
01-Tarantino I; Banic A; Fischer T. Evaluation of late results in breast reconstruction by
latissimus dorsi flap and prosthesis implantation. Plast Reconstr Surg;117(5):1387-94,
2006 Apr 15.
02-Brown MH; Shenker R; Silver SA. Cohesive silicone gel breast implants in aesthetic and
reconstructive breast surgery. Plast Reconstr Surg;116(3):768-79; discussion 780-1, 2005
Sep.
RECONSTRUÇÃO DE LÁBIO INFERIOR APÓS QUEIMADURA ELÉTRICA RELATO DE CASO / LOWER LIP AFTER ELECTRIC BURN - CASE
REPORT
INTRODUÇÃO | RELATO DE CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Vitor Eduardo de Menezes e Souza
MD
CO-AUTORES
Marzo Luís Bersan
MD
Carlos Eduardo Guimarães Leão
MD
Sérgio Eduardo de Menezes e Souza
MD
Fernando Henrique Oliveira Carmo Rodrigues
MD
DESCRITORES
reconstrução, lábios
INSTITUIÇÃO
Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG) - Hospital João XXIII - Serviço de
Cirurgia Plástica
Rua Desembargador Alfredo de Albuquerque 73/204 Bairro Santo Antônio - Belo Horizonte MG, CEP: 30.330-250E-mail: [email protected] Tel: (31) 3344-4202Cel: (31)9191-7670
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A queimadura elétrica constitui uma pequena, mas devastadora porcentagem dentre todas
as injúrias por queimaduras. Estima-se que a corrente elétrica seja responsável por 2 a 4%
das admissões hospitalares por queimaduras. A facilidade com que as crianças têm acesso
a aparelhagem elétrica e o desconhecimento de seu manuseio fazem delas as principais
vítimas de queimaduras e lesões pela eletricidade. A queimadura elétrica em lábios é um
tipo de acidente doméstico comum que ocorre quando a criança leva a boca fios
conectados em fonte elétrica, resultando muitas vezes em perda importante de tecido.
Dessa forma, o principal objetivo da reconstrução labial é restaurar a competência oral.
A técnica de Karapandzic foi descrita pela primeira vez para a reconstrução labial em 1974.
Esta é a técnica mais conservadora com relação à manutenção da estrutura labial, utilizada
para as ressecções de ambos lábios de até 50%, sendo a sua melhor indicação os defeitos
centrais.
O objetivo do presente trabalho foi relatar caso clínico de criança vítima de queimadura
elétrica, com perda de substância em lábio inferior, submetida a reconstrução labial pela
técnica de Karapandzic.
RELATO DE CASO
ÍNDICE
Trata-se de WAS, 4 anos, feodérmico, masculino, com história de acidente doméstico
devido à introdução de fio elétrico na boca. Foi admitido no Hospital de Pronto Socorro
João XXIII da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (FHEMIG). Após o primeiro
atendimento, foi encaminhado à Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ). O paciente
evoluiu com perda de cerca de 40% do lábio inferior, à direita. Foi submetido a
debridamento local e planejamento cirúrgico. Indicada a técnica de Karapandzic, por se
tratar de retalho neurovascular, permitindo a manutenção da sensibilidade e motricidade
labial. O paciente evoluiu sem intercorrências no per e pós-operatório, sendo acompanhado
pela equipe multidisciplinar da UTQ do Hospital João XXIII.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A técnica de Karapandzic é a mais conservadora com relação à preservação da competência
labial, portanto, possibilita preservar a sensibilidade e a motricidade do lábio reconstruído.
É uma boa técnica para as grandes perdas de lábio de até 50%, limitando-se aos defeitos
centrais. Apresenta como desvantagens a microstomia, principalmente quando utilizada
para defeitos maiores, a qual, no entanto, pode responder à fisioterapia e dilatação, e a
distopia das comissuras labiais, podendo requerer revisão secundária, para otimizar o
resultado cosmético.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Canady JW, Thompson SA, Bardach J. Oral comissure burns in children. Plast Reconstr
Surg. 97(4): 738-744, 1996.
2.Jabaley ME et al. Myocutaneous flap in lip reconstruction: applications of the Karapandzic
principle. Plast Reconstr Surg. 59: 680, 1977.
3.Karapandzic M. Reconstruction of lip defects by local arterial flaps. Brit J Plast Surg.
27:93, 1974.
4.Meyer R, Abul Failat AS. New concepts in lower lip reconstruction. Head Neck Sug. 4:
240, 1982.
5.Wilson JSP et al. Reconstruction of the lower lip. Head Neck Surg. 4:29, 1981.
Figura 1 - Pré-operatório.
Figura 2 - Pré-operatório após debridamento químico.
Figura 3 - Pré-operatório.
Figura 4 - Pós-operatório imediato.
Figura 5 - Pós-operatório recente.
Figura 6 - Pós operatório tardio.
OTOPLASTIA: ASSOCIAÇÃO DE TÉCNICAS E OTIMIZAÇÃO DE
RESULTADOS
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
ALYSSON SILVA PINHEIRO
MD
CO-AUTORES
ADRIANA GONDIM DO AMARAL
Membro Titular da SBCP
LUIS PINTO NETO
Membro Aspirante em Treinamento da SBCP
VALDEVAN AFONSO RABELO
Membro Aspirante em Treinamento da SBCP
DESCRITORES
otoplastia, associação, otimização, resultados.
INSTITUIÇÃO
SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE GOIÂNIA
Rua 262 n. 45 Ed. Barão de Duas Barras Apto 504 Bloco 1-A Setor Universitário Goiânia-GO
CEP: 74 615-300
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A deformidade auricular conhecida como orelha em abano, é freqüente em nosso meio,
sendo responsável por um expressivo número de consultas e cirurgias na nossa
especialidade. Ela caracteriza-se por uma anti-hélice pobremente definida, excesso de
concha , e um ângulo escafoconchal > 90°.
Em nosso serviço, optamos por associar técnicas cirúrgicas consagradas, e obtendo
correção permanente desta deformidade, com resultados satisfatórios e mínimas
complicações.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Vinte e seis pacientes com diagnóstico de deformidade tipo abano foram operados na Santa
Casa de Misericórdia de Goiânia, entre janeiro e dezembro de 2005. A idade variou entre
cinco e dezoito anos. A seguir descrevemos a técnica cirúrgica empregada:
Infiltração da anti-hélice, do pavilhão posteriormente e da mastóide, com solução de
lidocaína e adrenalina (1:200.000).Marcação da anti-hélice com azul de metileno. Incisão
na pele ,descolamento e confecção de um túnel na anti-hélice.
Raspagem do pericôndrio e cartilagem (técnica de Stenstrom).Demarcação da anti-hélice
posteriormente, através de agulhas com azul de metileno. Confecção de uma elipse
englobando os pontos marcados..Excisão de pele e descolamento .Um fuso de cartilagem
conchal é retirado quando existe hipertrofia conchal acentuada.Incisões parciais na
cartilagem de modo a enfraquecê-la. Sutura, tipo Mustardé , com náilon 5-0. Sutura da
cartilagem conchal ao periósteo da mastóide,com náilon 5-0. Síntese da pele .Confecção de
curativo, com algodão, obedecendo ao relevo auricular; gazes, coxim e atadura.
RESULTADOS
ÍNDICE
Dentre as complicações imediatas tais como hematoma, infecção, dor e desconforto local
significativo, não tivemos nenhum caso na amostra estudada.Não tivemos nenhum caso de
infecção de sítio cirúrgico, nem isquemia ou necrose.
Em todos os casos, o resultado cirúrgico foi considerado satisfatório. Após seis meses de
acompanhamento pós-operatório nenhum caso necessitou de revisão cirúrgica devido à
recidiva ou deformidade residual.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Dieffenbach inicialmente realizou excisão da pele pós-auricular e sutura de fixação da
concha na mastóide (correção do ângulo céfalo-auricular) . Luckett introduziu a correção
da anti-hélice na otoplastia (correção do ângulo escafo-conchal). Stenstrom e Mustardé
desenvolveram técnicas para corrigir esta deformidade. A associação dessas técnicas
possibilita otimizar o tratamento cirúrgico da orelha em abano com mínima morbidade e
complicações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
01-Avelar JM. Correção de orelhas em abano. In: Mélega JM, Baroudi R, editores. Cirurgia
Plástica fundamentos e arte: cirurgia estética. Rio de Janeiro: Medsi: 2003. p.271-279
02-Weinzweig J. , Weinzweig N. Otoplastia. In: Weinzweig J. Segredos em cirurgia plástica;
trad. Nora DL. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001
03-Souza AM, Jorge RC.Cirurgia estética da orelha . In: Cardim VLN , Marques A , MoraisBesteiro J. Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica- Regional São Paulo. São Paulo: Editora
Atheneu, 1995.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
USO DE CARTILAGEM COSTAL EM RINOPLASTIA ESTÉTICA DE NARIZ
NEGRÓIDE
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
DANILO ROCHA DIAS
MD
CO-AUTORES
EVERARDO ABRAMO
MD
ERICK F. GUALBERTO
MD
RODRIGO BADOTTI ANTUNES
MD
RONALDO PONTES
MD
DESCRITORES
CARTILAGEM COSTAL EM RINOPLASTIA NARIZ NEGRÓIDE
INSTITUIÇÃO
CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA
CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA - AV. SETE DE SETEMBRO 301 - ICARAÍ NITERÓI - RJ - BRASIL. CEP: 24230-251.TEL: 21-27148050
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Relatamos um caso de rinoplastia primária em paciente do sexo feminino, negra, com nariz
de características típicas desta raça. Obtivemos enxerto autólogo de cartilagem costal para
a reconstrução e refinamento nasal. Neste trabalho descrevemos a técnica cirúrgica para
realização deste procedimento.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Utilizamos a cartilagem do nono e décimo arco costal direito, retirada com o uso de
descoladores e escopros através de acesso pelo sulco mamário. Acesso de Rethi para a
rinoplastia. Descolamento lateral limitado do dorso e identificação das estruturas da ponta.
Moldamos um enxerto em forma de L, que rotacionado, preencheu dorso e columela.
Adicionamos outro enxerto em escudo para refinamento da ponta. A fixação dos enxertos
foram realizados com fios de nylon e agulha hipodérmica. Curativo com micropore ® e
aquaplast ®. Avaliamos a paciente no pós-operatório através de abordagem clínica e
análise fotográfica.
RESULTADOS
ÍNDICE
Obtivemos nariz de características caucasianas, com a ponta projetada e definida, em
perfeita harmonia com o dorso, sem, entretanto, descaracterizar as características desta
raça. Não houve intercorrências relacionadas ao sistema respiratório. Pós-operatório
tardio: nariz com boa sustentação, com ângulo naso-labial de mesmo aspecto inicial.
Mantém a mesma projeção da ponta e da relação dorso-ponta. Cicatrizes nasais com
excelente aspecto. Houve um pequeno desvio em dorso nasal, terço proximal, à direita e
cicatriz hipertrófica na incisão costal.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Em rinoplastia estética de nariz negróide há poucas referências bibliográficas. Não se tem
uma técnica universal. Indivíduos da raça negra, possuem características peculiares em
cada unidade nasal.
O plano cirúrgico deve visar cada uma destas alterações anatômicas, tentando corrigi-las
individualmente, objetivando a harmonização do conjunto face-nariz. Como opções, alguns
autores citam o uso de enxerto ósseo - calota craniana, crista ilíaca - cartilagem auricular,
ou até materiais aloplásticos.
Escolhemos a cartilagem costal, como enxerto ideal para a solução destes casos. É um
material biológico, de fácil obtenção e moldagem. Apresenta, também, uma estrutura
resistente e de baixo índice de reabsorção.
É uma cirurgia de fácil realização, com tempo cirúrgico conveniente, segura e de boa
recuperação. Cuidados adicionais, devem ser focados para o momento da obtenção do
enxerto, manuseio e sua fixação. No pós-operatório, deve-se ficar atento a desvios do
enxerto, fibrose e complicações da cicatrização.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
01) Neu, B.R. Segmental bone and cartilage reconstruction of major nasal dorsal defects.
Plast. Reconstr. Surg. 106:160, 2000.
02) Daniel, R.K. Rhinoplasty and rib grafts: evolving a flexible operative technique. Plast.
Reconstr.Surg. 94:597, 1994.
03) Gunter, J.P., Clark, C.P., Friedman, R.M., and Hackney, F.L. Aumento do dorso cartilagem costal autóloga. Dallas. Rinoplastia. Cirurgia do nariz pelos mestres. Revinter.
Pg.: 344, 2006.
04) Sherris, D.A., Kern, E.B. The versatile autogenous rib graft in septorhinoplasty. Am. J.
Rhinol. 12:221, 1998.
05) Adams, W.P., Rohrich, R.J., Gunter, R.J., Clark, C.P., Robinson, J.B. The rate of
warping in irradiated and nonirradiated homograft rib cartilage: a controlled comparison
and clinical implications. Plast. Reconstr. Surg. 103:265, 1999.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
CARCINOMA PALPEBRAL DE CÉLULAS DE MERKEL - RELATO DE
CASO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | TÉCNICA CIRÚRGICA | RESULTADOS | DISCUSSÃO |
CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Bruno von Glehn Herkenhoff
MD
CO-AUTORES
Farid Hakme
Regente do Serviço de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ,
Diretor do Hospital da Plástica - Rio de Janeiro
Bruno Alcuri de Souza
Residente do 3º ano de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ
Luiz Fernando Gomes Filho
Residente do 2º ano de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ
Cristiane Todeschini
Residente do 1º ano de Cirurgia Plástica da Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu - RJ
DESCRITORES
videoendoscopia
INSTITUIÇÃO
HOSPITAL DA PLÁSTICA
Rua Sorocaba 552 - 22271-110 - Botafogo - Rio de Janeiro - RJFone: 21-2539-5599Fax:
21-2527-1469e-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A endoscopia frontal tem se tornado uma das principais cirurgias plásticas faciais
endoscópicas nos últimos anos. O lifting frontal é normalmente associado a outros
procedimentos faciais, tais como, ritidoplastia cervicofacial e blefaroplastia.
Descrito inicialmente em 1992 por Vasconez e Core (1), da Universidade do Alabama,
buscava os mesmos objetivos do lifting frontal bicoronal, porém com menores incisões e
recuperação do paciente mais rápida.
O objetivo deste trabalho é demonstrar detalhes técnicos da videoendoscopia frontal,
enfocando a utilização de 3 incisões de acesso, diferentemente das 5 incisões clássicas
utilizadas pela maioria dos autores (2,3,4,5).
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
No serviço do Hospital da Plástica no Rio de Janeiro, a videoendoscopia do terço superior da
face começou a ser realizada em 1999.
Neste trabalho analisamos 32 pacientes, submetidos a este procedimento isolado ou
associado a outras cirurgias plásticas, no período de janeiro a julho de 2006.
A faixa etária variou de 38 a 80 anos, sendo a maior incidência de pacientes entre 55 a 65
anos. Foram operados 30 pacientes do sexo feminino (93,75%) e 2 do sexo masculino
(6,25%).
TÉCNICA CIRÚRGICA
ÍNDICE
Utilizamos na maioria dos casos anestesia local com sedação. Infiltramos com solução de
lidocaína com adrenalina 1:200.000 em toda área a ser descolada.
Em todos os casos o acesso foi realizado através de três incisões. Marcamos as incisões
verticais dentro da linha do cabelo, sendo uma mediana e duas paramedianas. As duas
incisões paramedianas são traçadas tendo como base uma linha vertical imaginária a partir
da cauda do supercílio. Inicia-se pela dissecção não-endoscópica subperiosteal com o
objetivo de criar uma cavidade óptica na região frontal até 2cm do rebordo supra-orbitário.
Posteriormente é colocado o videoendoscópio para auxiliar a complementação da
dissecção. Descola-se o periósteo, fazendo periosteotomia da borda supra-orbitária,
liberando o supercílio e isolando os nervos supra-orbitais e supra-trocleares.
Fazemos a liberação da crista temporal, do periósteo supra-orbitário e do ligamento de
Hakme para a suspensão do supercílio. Na região glabelar, disseca-se os músculos
corrugadores, próceros e depressores do supercílio. Após isolar os músculos procede-se o
tratamento destas estruturas, através de miotomia e miectomia. Na região glabelar, liberase o periósteo fazendo incisões verticais e horizontais.
A fixação para elevação do supercílio é realizada com fios inabsorvíveis e/ou Endotine®.
Para realizar fixação com fio é usada agulha de Reverdin ou Casagrande, fazendo uma
ponte de sustentação, introduzindo-a póstero-anteriormente em plano subperiostal. Fixase com o fio a gálea/periósteo na incisão, passa-se o fio dentro do orifício da agulha de
Reverdin e volta-se com a agulha e o fio posteriormente. Reintroduz-se a agulha em outro
plano (subcutâneo), passa-se o fio dentro do orifício da agulha e volta novamente
posteriormente. Faz-se a amarração do fio, observando a tração e reposicionamento da
região frontal e do supercílio.
O Endotine® é fixado nas incisões paramedianas com o auxílio de uma broca. A pele é
tracionada posteriormente e com dígito pressão fixada no Endotine®, com a suspensão do
supercílio. A incisão mediana é fixada com fio.
O curativo é realizado com fitas de Micropore em toda região frontal, permanecendo por 5
a 7 dias.
RESULTADOS
ÍNDICE
Foram operados 32 pacientes no período de janeiro a julho de 2006. Todos os pacientes
foram operados com apenas 3 incisões de acesso. Utilizados Endotine® e fio em 15
pacientes (46,87%) e somente fios em 17 pacientes (53,13%), com resultados
semelhantes.
Não foi observado nenhum caso de lesão nervosa, assimetrias ou hematomas. Em 6
pacientes onde foram usados Endotine® houve queixa de prurido no local de fixação, com
resolução espontânea após um período máximo de 2 meses.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A videoendoscopia frontal está cada vez mais difundida na cirurgia plástica, sendo uma
técnica de longo aprendizado e fácil execução. Utilizando a técnica de apenas 3 incisões de
acesso torna mais fácil a execução do procedimento e ao mesmo tempo permanece
seguro. Para o tratamento da região lateral do supercílio e região temporal é feito
descolamento profundo e abaixo da inervação (ramo temporal do nervo facial).
A utilização de cinco incisões preconizada por outros autores se faz necessária quando se
associa o tratamento do terço médio da face.
Deve-se fazer a liberação da crista temporal, do periósteo supra-orbitário e do ligamento
de Hakme, pois sem isso não é possível a suspensão do supercílio. Na região glabelar, as
incisões verticais no periósteo permitem o aumento do espaço entre os dois supercílios e
melhora das rugas verticais da glabela. Já com a incisão horizontal ocorre a elevação da
cabeça do supercílio.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Com essa técnica obtivemos resultados satisfatórios e duradouros, equivalentes aos outros
autores. Permite recuperação rápida dos pacientes por ser menos invasiva e menos
traumática que a técnica bicoronal.
Nossa opção de fixação com fios e/ou Endotine® é pela fácil execução e menores índices
de complicações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Core GB, Vasconez LO, Askren C, Yamamoto Y, Gamboa M. Coronal Face Lift with
Endoscopic Techniques. Plast Surg Forum XV, 1992: 227.
2. Riviera EC. Endoscopia da Região Frontal. Ed. Revinter. Rio de Janeiro, 1999.
3. Badin AZD et al. (eds). Rejuvenescimento Facial. Ed. Revinter. Rio de Janeiro, 2003.
4. Isse NG. Endoscopic Facial Rejuvenation: Endoforehead - The Funtional Lift. Aesth Plast
Surg, 1994; 18:21.
5. Abramo AC. Selective Myotomy in Forehead Endoscopy. Plast Reconstr Surg, 2003; 112:
873-879.
Figura 1
Figura 2 - Pré e pós-operatório de 3 meses de face lift com videoendoscopia da região
frontal
Figura 3
Figura 4 - Pré e pós-operatório de 3 meses de face lift com videoendoscopia da região
frontal
Figura 5 - Pré e pós-operatório de 15 dias de face lift com videoendoscopia da região
frontal
Figura 6 - Pré e pós-operatório de 15 dias de face lift com videoendoscopia da região
frontal
NECROSE FACIAL EXTENSA APÓS INFILTRAÇÃO DE
POLIMETILMETACRILATO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Lidiana Mayer Knebel
CO-AUTORES
Marcus Vinícius Martins Collares
MD
Rinaldo De Angeli Pinto
MD
Paulo Cesar Jesus Dias
MD
Ciro Paz Portinho
MD
DESCRITORES
Necrose Facial Extensa Infiltração Polimetilmetacrilato
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected].
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O polimetilmetacrilato (PMMA) foi sintetizado em 1902 por RÖHN. É um composto de microesferas sólidas de superfície lisa, de diâmetros variáveis, suspensas em um gel
transportador (hidrogel). A estimulação tissular pelas micro-esferas se dá por um processo
inflamatório discreto produzido por monócitos e fibroblastos. Comumente é usado como
cimento ósseo e resulta em uma reação química altamente exotérmica; a toxicidade pode
ser associada ao monômero livre. Também é utilizado como substância embólica para
tratamento coadjuvante de tumores vasculares intracranianos, na mesma apresentação de
micro-esferas, sendo que a avaliação histopatológica sugere ser material inerte. Com início
na década de 90, o PMMA tem sido usado com finalidade estética em diversos países do
mundo, inclusive no Brasil, sendo uma das substâncias utilizadas na bioplastia.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Relato de caso e revisão da literatura.
RESULTADOS
ÍNDICE
ZMS, 77 anos, procurou emergência de hospital particular em Porto Alegre/RS em março de
2006 com quadro de dor, edema e cianose em hemiface direita. 24h antes a mesma havia
sido submetida a tratamento estético: bioplastia com PMMA em sulcos naso-genianos. Ao
exame, foi observada extensa área de necrose comprometendo o lábio inferior e superior e
asa nasal no lado direito (Figura 1 a 4).
Figura 1 - Área de cianose extensa em hemiface direita e necrose nas áreas irrigadas pelas
artérias labial superior, labial inferior e artéria angular direit
Figura 2 - delimitação da área de necrose; pré-operatório.
Figura 3 - desbridamento extenso das áreas de necrose em hemiface direita.
Figura 4 - Pós-operatório.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Na década de 90 surgiu a bioplastia: Ersek descreveu o uso da substância bioplastique,
aplicada através de cânulas atraumáticas. Idealmente, materiais para bioplastia devem ser
biocompatíveis, permanentes, com tamanho de partícula grande o suficiente para prevenir
migração tecidual e pequena o suficiente para permitir implantação com microcânula, de
cor clara, moldáveis e estáveis. O PMMA é uma das substância utilizadas na bioplastia para
rejuvenescimento facial, pois atenua as rugas, aumenta o volume tecidual e melhora o
contorno facial. Neste relato o PMMA foi injetado com este objetivo no sulco naso-geniano,
próximo ou talvez diretamente em ramos da artéria facial direita, resultando em embolia.
Não encontramos, na literatura pesquisada, relato de complicação tão severa relacionada
ao uso de PMMA. O relato demonstra que a promessa da "plástica sem cortes" para realçar
a beleza pode resultar em complicações extremamente graves e permanentes. Portanto,
bioplastia em face através de injeções de materiais aloplásticos deve ter criteriosa
indicação e seus riscos bem informados ao paciente.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Ersek RA, Gregory SR, Salisbury AV. Bioplastique at 6 years: clinical outcome studies.
Plast Reconstr Surg. 1997;100(6):1570-4.
2.
Silva
MT,
Curi
AL.
Blindness
and
total
ophthalmoplegia
after
aesthetic
polymethylmethacrylate injection: case report. Arq Neuropsiquiatr.2004;62(3):873-4.
3. Christensen L, Breiting V, Janssen M, Vuust J, Hogdall E. Adverse reactions to injectable
soft tissue permanent fillers. Aesth Plast Surg. 2005;29(1):34-48.
4. Kim KJ, Lee HW, Lee MW, Choi JH, Moon KC, Koh JK. Artecoll granuloma: a rare adverse
reaction induced by microimplant in the treatment of neck wrinkles. Dermatol Surg.
2004;30(4):545-7.
5. Requena C, Izquierdo MJ, Navarro M, Martinez A, Vilata JJ, Botella R, Amorrortu J,
Sabater V, Aliaga A, Requena L. Adverse reactions to injectable aesthetic microimplants.
Am J Dermatopathol. 2001;23(3):197-202.
RETALHO BITRAPEZOIDAL PARA RECONSTRUÇÃO DE PAPILA
MAMÁRIA
INTRODUÇÃO | MATERIAIS E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
MARCUS VINICIUS A. MOSCOZO
MD
CO-AUTORES
PRISCILLA V. CELESTINO
Coordenador Serviço de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael
DANIELE BARRETO OLIVEIRA
Residente de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael
WILSON NUNES DA GAMA JR
Residente de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael
DESCRITORES
BITRAPEZOIDAL RECONSTRUÇÃO PAPILA MAMÁRIA
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Hospital São Rafael
Avenida São Rafael, 2152 São MarcusSalvador - BA
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Vários são os métodos para reconstrução da papila pós reconstrução mamária. O mais
simples seria a tatuagem, que no nosso entendimento tem aplicação restrita como
indicação secundária na falha dos outros métodos ou por decisão da própria paciente, visto
que não há verdadeiramente uma reconstrução anatômica.
O uso de enxerto composto da papila contralateral é uma boa indicação com resultado
natural mas depende do volume da papila para doação do enxerto.
Quando não há como utilizar os métodos anteriormente descritos, precisamos reconstruir a
papila através de retalhos cutâneos locais. Nessa modalidade de reconstrução, vários
autores já propuseram uma infinidade de formatos de retalhos, sempre buscando melhor
projeção e forma, no entanto sempre ocorre uma perda variável dos mesmos com o passar
do tempo.
Baseado na anatomia da papila mamária que apresenta-se na maioria das vezes com
forma piramidal, centro umbilicado e com uma projeção entre 0,7 e 1,0cm, e também no
retalho trapezoidal de Mauricio Chiveid, propomos o acréscimo de um retalho bitrapezoidal
buscando a formação da pirâmide, uma vez que no retalho a Chiveid prevalece a forma
cônica.
MATERIAIS E MÉTODOS
ÍNDICE
Foi realizado um estudo prospectivo com 9 pacientes, sexo feminino, submetidas a
Mastectomia Total devido a Câncer de Mama, e Reconstrução Mamária com TRAM e
Reconstrução de Papila Mamária em segundo tempo utilizando um retalho local
bitrapezoidal.
Para a confecção deste retalho, propomos um desenho em duas partes com formato de
trapézio com base maior medindo 1,2cm, base menor de 1,0cm e altura de 1,0cm. (Figura
1)
Figura 1 - Desenho do Retalho Bitrapezoidal
RESULTADOS
ÍNDICE
Todas as pacientes apresentaram de imediato uma papila mamária com forma piramidal e
boa projeção proposta pela técnica.(Fotos)
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Na nossa observação foi obtido uma forma piramidal mais natural da papila, apresentando
apenas com o passar do tempo uma perda parcial da projeção em torno de 30%
compatível com outros métodos.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. Steven V. Thomas, M.D., Michael B. Gellis, M.D., and Robert Pool, M.D. Nipple
Reconstruction with a New Local Tissue Flap, Plastic and Reconstr. Surg. 97:1053, 1996.
2.D. Ralph Millard, Jr., M.D. Nipple and Areola Reconstruction by Split-Skin Graft from the
normal side, Plastic and Reconstr. Surg. 50: 350, 1972.
3.Chveid Maurício. Nipple Reonstruction with trapezoidal graft, Plastic and Reconst. Surg.
4. Hoch J. Scar-independent nipple reconstruction with two opposing flaps, Handchir.
Mikrochir. Plast. Chirg. 36(6):367-73, 2004.
RETALHO ANTEROLATERAL DA COXA NA RECONSTRUÇÃO INGUINOPERINEAL NO TRATAMENTO DA HIDRADENITE SUPURATIVA
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Flávia Keiko Imoto
MD
CO-AUTORES
Denyse Oliveira Andrade
Residentes do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J.
Alessandro Laurentz Grossi
Residentes do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J.
Talita Romero Franco
Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J.
Juliano Carlos Sbalchiero
Médico do Serviço de Cirurgia Plástica do HUCFF - U.F.R.J.
DESCRITORES
reconstrução. coxa
INSTITUIÇÃO
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - U.F.R.J.
Rua Raul Rudge, 34 Rio de Janeiro - RJ CEP 22750-190e-mail: [email protected]
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A hidradenite supurativa é uma doença crônica decorrente da infecção das glândulas
apócrinas cutâneas e caracteriza-se por nódulos e abscessos profundos, dolorosos e
recorrentes, podendo evoluir com fístulas e cicatrizes hipertróficas. A reconstrução dos
defeitos cutâneos perineais ocasionados no seu tratamento podem constituir um problema
de difícil solução. Relatamos dois casos de reconstrução de região inguino-perineal pósexérese de hidradenite supurativa crônica através da utilização do retalho anterolateral da
coxa.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODOS
Paciente 1: Sexo masculino, 42 anos, há dois com quadro severo de hidradenite inguinoperineal.
Durante
este
período
foi
submetido
a
tratamento
clínico
com
uso
de
antibioticoterapia e corticoterapia apresentando melhora parcial e períodos de recidiva. O
tratamento cirúrgico empregado foi a ressecção extensa das glândulas apócrinas, fístulas e
áreas cicatriciais de região inguino-perineal esquerda. A reconstrução foi realizada através
de um retalho fascio-cutâneo anterolateral da coxa de 08X20 cm pediculado, baseado na
perfurante A.
Paciente 2: Sexo masculino, 30 anos, com doença extensa, acometendo regiões inguinoperineais, axilares e lombar há cerca de onze anos. As duas últimas regiões foram operadas
há nove e sete anos, respectivamente. O tratamento clínico foi semelhante ao do caso 1.
Neste paciente, a reconstrução com o retalho anterolateral da coxa de 14X09 cm foi
baseado na perfurante B. Em ambos os casos a área doadora foi suturada primariamente.
RESULTADOS
ÍNDICE
A evolução de ambos foi influenciada pelo uso de corticoterapia necessária ao controle da
doença, evoluindo as feridas operatórias com áreas localizadas de deiscência e cicatrização
retardada. Após um período de 45 dias e após a retirada do corticóide ambos cicatrizaram
normalmente, atingindo um bom resultado funcional. Não ocorreram complicações
referentes a área doadora.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O retalho anterolateral da coxa utilizado para reconstrução em cabeça e pescoço e
membros inferiores como retalho livre, pode ser utilizado de forma pediculada na
reconstrução perineal e do abdômen inferior, uma vez que seu pedículo longo permite um
amplo arco de rotação. Apresenta como vantagens um pedículo fora da área
comprometida, excelente viabilidade e uma doação de menor morbidade em comparação
com o retalho de fáscia lata, muito usado nestas situações. Portanto, consideramos esta
uma ótima opção para reconstrução de defeitos inguino-perineais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Song, Y. G., Chen, G. Z., and Song, Y. L. The free thigh flap: A new free flap concept
based on the septocutaneous artery. Br. J. Plast. Surg. 1984;37:149
2.Revuz, J. Hidradenitis suppurativa. Orphanet Encyclopedia. March 2004.
3.Monteiro Jr, A. A., Morais, J., Figueiredo, J. C. A., Amaral, A. B., and Kalô, F. J. Cirurgia
reparadora do membro inferior. In: Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte, 1 ed, Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2004: 713-733
RECONSTRUÇÃO DA ARÉOLA COM TECIDO LOCAL
INTRODUÇÃO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Marcelo de Oliveira
MD
CO-AUTORES
Mirta Beolchi
MD
Daniel Nunes
MD
André F. Vargas
MD
DESCRITORES
Reconstrução, aréola
INSTITUIÇÃO
38ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - Instituto Ivo Pitanguy
Rua Djalma Ulrich, 370/604, Copacabana - Rio de Janeiro CEP 22.071-020e-mail:
[email protected]:(21) 3202.9300(21) 9101.1232
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A reconstrução do complexo aréolo-papilar (CAP) tem sido muito realizada. No entanto, as
alternativas cirúrgicas para a reconstrução da aréola apresentam resultados, muitas vezes,
insatisfatórios. O presente estudo apresenta uma opção simples para a reconstrução da
aréola mamária, a partir da confecção de um retalho circular de pele local.
PACIENTES E MÉTODOS
ÍNDICE
Analisamos prospectivamente 20 pacientes submetidas à reconstrução da aréola mamária
no período de 2000 a 2004 no Instituto Ivo Pitanguy e na clínica privada dos autores. A
técnica baseia-se na marcação de um círculo na posição desejada para a aréola. Incisa-se
o círculo e descola-se centripetamente a pele, por cerca de 1,5 cm. Assim, confecciona-se
um retalho de pele fina, com um pedículo central de aproximadamente 3 cm. O retalho é
suturado em sua antiga posição, com pontos contínuos.
RESULTADOS
ÍNDICE
O procedimento cirúrgico teve duração média de 20 minutos ( 9), a recuperação pósoperatória foi excelente. A qualidade da cicatrização obtida, pelo descolamento superficial
do retalho, simulou a transição natural da pele da mama para a aréola. Apenas duas
pacientes necessitaram de dermopigmentação. Não houve complicações como deiscência,
necrose, hematoma ou infecção.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A técnica descrita apresentou resultados satisfatórios, morbidade reduzida e baixos índices
de complicações, mostrando-se uma alternativa relevante para o arsenal do Cirurgião
Plástico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Merlen JF, Coget J, Sarteel AM. Pigmentation and venous stasis. Phlebologie.
1983;36(4):307-14.
2. Hartramp CR, Culbertson JH. A derma-fat flap for nipple reconstruction. Plast Reconstr
Surg.1984; 73(6):982-86.
3. Chang BW, Slezak S, Goldberg NH. Technical modifications for on-site nipple-areola
reconstruction. Ann Plast Surg.1992;28(3):277-80.
4. Jabor MA, Shayani P, Collins DR Jr, Karas T, Cohen BE. Nipple-areola reconstruction:
satisfaction and clinical determinants. Plast Reconstr Surg. 2002;110(2):457-63.
5. Bogue DP, Mungara AK, Thompson M, Cederna PS. Modified technique for nipple-areolar
reconstruction: a case series. Plast Reconstr Surg. 2003;112(5):1274-78.
QUANTIFICAÇÃO DA PORCENTAGEM DA SUPERFÍCIE CORPÓREA NA
LIPOASPIRAÇÃO DO CONTORNO CORPORAL
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
CONCLUSÃO |
BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Wilson Novaes Matos Júnior
MD
DESCRITORES
LIPOASPIRAÇÃO
INSTITUIÇÃO
Clínica Privada
Endereço para CorrespondênciaWilson Novaes Matos Jr.Av. Ana Costa, 151 - conj. 74Santos
- São PauloCEP: 11060-001Fone: (13) [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) estabelece 5% do peso corporal para
lipoaspiração com a técnica seca e 7% com a técnica úmida, e não ultrapassar 40% de
superfície corpórea.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
De acordo com a divisão proposta pelo estudo quantitativo da superfície corpórea na
lipoaspiração proposta pelos, aplicamos esta divisão da superfície corporal em 82 pacientes
para avaliarmos a média de porcentagem de superfície atingidas pela LCC no período de
2004 a 2006. O conhecimento mais detalhado da relação entre área do corpo lipoaspirada
e a sua porcentagem de SC torna-se necessário para que não haja falsa interpretação de
que as regiões tratadas pela lipoaspiração possam exceder os limites de segurança.
Ilustramos nosso trabalho com 2 pacientes : - Paciente Numero 1: (Figuras 3 e 4)
Apresentando as áreas previamente planejadas para ser submetidas a Lipoaspiração.
Paciente 1 - Marcação das áreas planificadas para lipoaspiração. Abdômen: 8,5 % (incluído
os flancos) , Face interna da coxa :2,250% , Promontório 1 %, Culotes: 2.250 %, Glúteos
5 %, Tórax posterior: 2.250%. TOTAL DE AREA CORPORAL ATINGIDA : 21,25%
Figura 1
Figura 2
RESULTADOS
ÍNDICE
Essas áreas correspondem a : Abdômen: 8,5 % (incluído os flancos) , Face interna da coxa
:2,250% (1,125 % cada lado) , Promontório 1 %, Culotes: 2.250 % (1,125 % cada lado),
Glúteos 5 %, Tórax posterior: 2.250%. Dando um total de área corporal atingida de
21,25%. Paciente número 2: (Figuras 5 e 6) Apresentando a planificação cirúrgica previa
que inclui : Abdômen : 8,5% (Incluído os flancos), Face interna da coxa: 2,250 % (1,125
% cada lado), Promontório 1 %, Culotes: 2.250 % (1,125 % cada lado), 1,4% da Coxa
posterior: 2,250 %(1,125 % cada lado), dando um total de área corpórea atingida de
16,25 %.
Figura 1
Figura 2
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Com os resultados obtidos, através dessa metodologia, observamos que a superfície
corpórea atingida durante uma lipoaspiração de contorno corporal nunca ultrapassou 40%
de SC.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Com a utilização este método de padronização podemos cálcular a superfície corpórea para
as áreas a serem tratadas pela lipoaspiração do contorno corporal mantendo os limites de
segurança estabelecidos pelo CFM.
Figura 1 - PORCENTAGEM DA SUPERFÍCIE CORPÓREA (NOVAES)
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1.Illouz, Y.G.: Body contouring by lipolysis: a 5-year experience with over 3000 cases. Plast
Reconstr Surg. 1983; 72:591-597.
2. Mc Manus WF, Pruit BA: Thermal Injuries. Im: Mattox RH, Moore EE, Feliciano DV (eds):
Trauma 2nd Edition, Euost Normalh, Connecticut, Appleton and Iange, 1991, pp 751-764.
3.Commons G.W.; Halperin B.; Chang A.A.: Large volume liposuction: a review of 631
consecutive cases over 12 years; Plast Reconstr Surg. 2001, 108 (2): 510 - 519.
4.TERMINOLOGIA ANATÔMICA - Sociedade Brasileira de Anatomia - 2001 Manole.
5. Matos Jr.WN, Carrillo J.FV, Porto da Rocha R, Ribeiro SM; Estudo
Quantitativo da Superfície Corpórea de Interesse para a Lipoaspiração; Rev. Bras. Cir.
Plástica, 2005, 20 (5) 22 - 25.
Figura 1 - Zonas corporais normalmente lipoaspiradas.
Figura 2 - Tabela modificada de Lund e Browder (Matos et.al.)
ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE NAS MAMOPLASTIAS DE AUMENTO:
IMPORTÂNCIA DO VOLUME RELATIVO DO IMPLANTE
INTRODUÇÃO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
André F. Vargas
MD
CO-AUTORES
Michel Vaena
MD
Daniel Nunes
MD
Henrique N. Radwanski
MD
Ivo Pitanguy
MD, PhD
DESCRITORES
mamoplastia.
INSTITUIÇÃO
38ª Enfermaria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - Instituto Ivo Pitanguy
Rua
Djalma
Ulrich,
370/604
Copacabana
-
Rio
de
Janeiro
-
CEP
22.071-020e-
mail:[email protected]:(21) 3202.9300(21) 9101.1232
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Muitas publicações têm mostrado que a perda de sensibilidade é uma complicação comum,
em longo prazo, nas mamoplastias de aumento, perdendo apenas para a contração
capsular. O objetivo do presente estudo é analisar fatores que afetam a perda de
sensibilidade do complexo aréolo-papilar após a inclusão de um implante mamário.
PACIENTES E MÉTODOS
ÍNDICE
Um estudo prospectivo foi conduzido para testar a sensibilidade mamária antes e após
mamoplastias de aumento, utilizando monofilamentos de Semmes-Weinstein. Um medidor
mamário (Mamma Size ®) foi utilizado para comparar volumes mamários pré e pósoperatórios em pacientes submetidas a mamoplastias de aumento no período de Junho de
2004 a Outubro de 2005 no Instituto Ivo Pitanguy.
RESULTADOS
ÍNDICE
A análise estatística dos resultados mostrou que o principal fator envolvido na perda de
sensibilidade após as mamoplastias de aumento estava primariamente relacionado ao
tamanho pré-operatório da mama e ao tamanho do implante (p < 0,05). Pacientes que se
submeteram a diferentes vias de acesso cirúrgico (infra-mamária, peri-areolar ou transareolar) demonstraram resultados similares de perda de sensibilidade. Complicações locais
não foram estatisticamente relacionadas à perda de sensibilidade. A idade da paciente,
história de amamentação prévia ou influências subjetivas não parecem estar relacionadas à
hiperestesia mamária a longo prazo.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Os autores concluem que a mamoplastia de aumento, uma das mais populares e freqüentes
cirurgias estéticas realizadas, pode afetar a sensibilidade do complexo aréolo-papilar por
lesão nervosa durante o procedimento cirúrgico. Mamas pequenas e/ou implantes grandes
apresentam maiores riscos e o cirurgião plástico deve estar ciente dessa possível
complicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. França AL, Scevola MC, Fachin SD, França PF, França NC. Mamasize: a new auxiliary
instrument in the planning of enlargement mammaplasty (Mamasize: um novo instrumento
auxiliar no planejamento das mamoplastias). Rev Soc Bras Cir Plas. 2005; 20:204.
2. Okwueze MI, Spear ME, Zwyghuizen, AM, Braun, SA, Ajmal N, Nanney LB, Hagan KF,
Wolfort SF, Shack RB. Effect of augmentation mammaplasty on breast sensation. Plast
Recontsr Surg. 2006;117: 73.
3. Mofid MM, Klatsky SA, Singh NK, Nahabedian MY. Nipple-Areola Complex Sensitivity
after Primary Breast Augmentation: A Comparison of Periareolar and Inframammary
Incision Approaches. Plast Reconstr Surg. 2006;117: 1694.
ALTERAÇÕES VASCULARES EM PACIENTES SUBMETIDOS A
DERMOLIPECTOMIA ABDOMINAL PÓS CIRURGIA BARIÁTRICA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
CONCLUSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Denis Aloisio Lopes Medina
MD
CO-AUTORES
Eugênio Gonzalez Cação
MD, Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Luiz Celso de Carvalho Júnior
MD, Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Fernando Fernandes
Residente do terceiro ano do Serviço de Cirurgia Plástica da UNISANTA.
Kepler Alessandro Secco Lafayette
Residente do segundo ano do Serviço de Cirurgia Plástica da UNISANTA.
DESCRITORES
alterações, vasculares, dermolipectomia, abdominal, bariátrica.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O abdome é uma região muito bem vascularizada. Sua irrigação é realizada pelas artérias
epigástrica superior e inferior profunda, ramos musculofrênicos da A. torácica interna e
ramos circunflexos profundos do ílio da A. ilíaca externa (1).
Os vasos sangüíneos apresentam 3 camadas: a túnica íntima, que reveste a superfície
interna do vaso; a túnica média, formada por fibras musculares lisas circulares; e a túnica
adventícia, a camada mais externa dos vasos e que apresenta capilares linfáticos, vasa
vasorum e nervos (2).
É sabido que nos pacientes obesos mórbidos os vasos sanguíneos estão alterados,
apresentando calibre aumentado e espessamento da camada média acarretando aumento
no sangramento intraoperatório. (3)
O objetivo do estudo é relatar as alterações vasculares da parede abdominal encontradas
nos pacientes pós cirurgia bariátrica.
ÍNDICE
MATERIAL E MÉTODO
Foram submetidos à dermolipectomia em âncora 6 pacientes pós cirurgia bariátrica e
selecionado segmento vascular de 3 centímetros das artérias perfurantes do músculo reto
abdominal de região periumbilical.
A idade dos pacientes variou entre 28 e 62 anos; quatro mulheres e dois homens; dois
pacientes
não
apresentavam
comorbidades,
três
hipertensos
e
um
apresentava
hipercolesterolemia, hipertensão arterial, e diabetes tipo II antes da cirurgia bariátrica.
Após a cirurgia, foram observados melhora nos níveis pressóricos e glicêmicos de todos os
pacientes.
Os segmentos vasculares foram examinados no laboratório de anatomia patológica do
hospital Ana Costa em Santos-SP pelo mesmo médico patologista.
RESULTADOS
ÍNDICE
Observou-se alterações em todos os segmentos vasculares examinados. À macroscopia,
houve grande tortuosidade, aumento do calibre e comprimento dos vasos. Ao exame
microscópico, observou-se aumento focal na espessura da camada média e no calibre da
luz dos vasos, sobretudo das veias (Fig. 1 e 2).
Figura 1
Figura 2
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Como as alterações vasculares foram similares em todos os pacientes, hipertensos ou não,
a hipertensão arterial não foi fator desencadeante para alteração na estrutura vascular
pós-emagrecimento. O aumento na quantidade de sangramento pode ser devido ao calibre
aumentado dos vasos, que não regridem totalmente mesmo com a perda ponderal.
A obesidade mórbida é fator que, isoladamente, mesmo sem outros co-fatores, aumenta o
calibre dos vasos e, por conseguinte, o risco de sangramento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Mélega JM; Cirurgia Reparadora de Tronco e Membros. 1ª ed., pg. 165-6. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan; 2004
2. Junqueira e Carneiro; Histologia Básica. 8ª ed, pg. 182-3. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan; 1995
3. Mélega JM; Cirurgia Estética. 1ª ed, pg. 694. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2004
ASPECTOS HISTOPATOLÓGICOS DAS CÁPSULAS DOS EXPANSORES
DE TECIDOS
RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
João Medeiros Tavares Filho
MD
CO-AUTORES
Talita Romero Franco
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Professora Titular de Cirurgia
Plástica da UFRJ
Túlia Cuzzi
Doutora em Patologia - UFRJ
DESCRITORES
histopatologicos, capsulas, expansores, tecidos.
INSTITUIÇÃO
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - UFRJ
Rua Buenos Aires 255 Centro - Petrópolis - R.J.CEP: 25610140
RELATO
ÍNDICE
No estudo dos expansores de tecidos, a bibliografia é rica na análise microscópica da pele
expandida porém é escassa em relação à análise da cápsula que envolve o expansor . A
maioria dos trabalhos foi realizada em animais, sem detalhar qual porção da cápsula é
avaliada e, em humanos, a análise é de uma região específica, também sem relatar a
porção da cápsula analisada.
Iniciamos um estudo prospectivo, sem critérios de exclusão, em pacientes submetidos a
expansão tecidual por várias indicações, coletando, ao final do processo de expansão,
fragmentos da cápsula para estudo histopatológico. A observação clínica informa que,
quando o expansor é posicionado sob uma superfície flexível (músculo), há perda da
expansão cutânea, sendo até motivo de cessação do processo. Buscamos avaliar, em
eventuais alterações histopatológicas das cápsulas, uma explicação para esta perda de
expansão. Outras variáveis consideradas, na análise histológica, foram a região anatômica
envolvida, o plano de colocação, o tempo de permanência do expansor, a idade do
paciente, e o fato de ser expansão primária ou reexpansão.
Foram analisados fragmentos de 19 cápsulas com expansores de silicone de superfície lisa
e válvula remota, do laboratório Silimed®. Oito pacientes eram do sexo feminino e três do
sexo masculino, com idade entre 15 e 49 anos. Os expansores foram posicionados no
tecido subcutâneo em dezessete casos e dois no espaço subgaleal, sendo quatorze
colocados sobre anteparo muscular e cinco sobre anteparo ósseo, nos segmentos
corpóreos do couro cabeludo (02), face (01), ombro (01), membro superior (02), mama
(01), abdome (04) e membro inferior (08). A expansão primária foi realizada em sete
casos e a reexpansão em 03 casos e o tempo de expansão variou de 12 a 40 semanas
Após o término do processo de expansão (fase de infiltração), o expansor foi retirado e,
neste momento, foram colhidos, com bisturi de lamina fria, fragmentos de cápsula de 1,0 x
3,0 cm, em três áreas: centro da cúpula da cápsula, centro da base e da borda periférica
(Figs: 1,2).
Os fragmentos foram posicionados em papel de filtro esterilizados, com a superfície
cruenta da peça em contato com o papel, e imersos em solução de formol a 10%. Os
frascos foram marcados com as letras A (lateral), B (base), C (cúpula) e V (válvula).
Nas amostras até agora analisadas pela coloração de hematoxilina eosina, observamos
alterações histopatológicas semelhantes, nos fragmentos da cúpula, base e periferia das
expansões primárias: tecido conjuntivo denso, com fibras colágenas hialinizadas, algumas
vezes presença de reação tipo corpo estranho, infiltrado inflamatório mononuclear,
atapetamento de macrófagos e sempre com a presença de eosinofilos em maior ou menor
proporção (Figs: 3.4, 5 e 6). Nas amostras das reexpansões ( cinco casos), as alterações
histopatológicas se repetem, porém sem a presença de eosinófilos.
Não houve diferença nos achados histopatológicas em relação à idade, área corporal, plano
de colocação ou ao fato da base estar apoiada sobre superfície dura (óssea) ou flexível
(músculo).
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1 - Argenta LC, Marks MW, Pasyk KA. Advances in tissue expansion. Clin plast Surg.
1985;12(2):159-171.
2 - Pasyk KA, Argenta LC, Austad ED. Histopathology of human expanded tissue. Clin plast
Surg. 1987,14(3): 435-445.
3 - Horibe EK, Horibe K, Valente YS, Lodovici O, Pigossi N et al . estudo experimental de la
formación
de
la
cápsula
en
piel
expandida;
contribución
histológica.
Cir
Plast
Iberolatinoamer. 1989, 5(4):267-275.
4 - Kostacoglu N, Keçik A, Özylmaz F, Safak T, Özgür F, Gürsu G. Expansion of fascial
flaps: Histopathologic changes and clinical beneficts. Plast Reconst Surg. 1993, 91(1):7279.
5 - Heymans M, Lengele B, Lahlali N, Vanwijck R. A peri-implant capsule flap. Br J Plast
Surg. 1993, 46:456-459.
Figura 1 - Cápsula de expansor com fragmento a ser retirada do centro da área da base do
expansor
Figura 2 - Casula de expansor, com fragmento a ser retirado do centro da área dacúpula
do expansor e área de fragmento da base da cápsula já retirado.
Figura 3 - Fotomicrografia com aumento de 10x, de cápsula da área da base do expansor,
sobre uma base flexível (músculo) em expansão primária.
Figura 4 - Fotomicrografia com aumento de 10x, de cápsula da área da base do expansor,
sobre uma base dura (osso) em expansão primária.
Figura 5 - Fotomicrografia com aumento de 10x, de cápsula da área da cúpula do
expansor, em expansão primária.
Figura 6 - Fotomicrografia com aumento de 4x, de cápsula da área da cúpula do expansor,
sobre uma base flexível, em reexpansão.
RECONSTRUÇÃO DA TÍBIA COM RETALHO PEDICULADO DE FÍBULA
IPSILATERAL INVERTIDO: RELATO DE CASO E REVISÃO DA
LITERATURA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODOS |
DISCUSSÃO
E
CONCLUSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRAFICAS |
AUTOR
Frederico Avellar Silveira Lucas
MD
CO-AUTORES
Juliano Carlos Sbalchiero
2-Coordenador do laboratório de Microcirurgia do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e
Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer.
Edmar Soares Lessa
3-Médico residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto
Nacional de Câncer.
Cristiano Gonçalves Fleury Curado
3-Médico residente do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto
Nacional de Câncer.
Paulo Roberto de Albuquerque Leal
4-Chefe do Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de
Câncer.
DESCRITORES
reconstrução, tíbia, retalho
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica Reparadora e Microcirurgia do Instituto Nacional de Câncer . Rio
de Janeiro, R.J
Praça Cruz Vermelha, 23 - 8º andar - Centro20230-130 - Rio de Janeiro - RJ
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O reparo de grandes defeitos que envolvem a tíbia constitui um desafio . Na maioria dos
casos a fixação interna e a enxertia óssea são contra-indicadas pela presença de infecção
persistente, trajetos fistulosos e cicatrizes, podendo resultar na amputação do membro
acometido após um longo período de tratamento.
A colocação de um segmento ósseo resistente e suficientemente vascularizado pode
restaurar a continuidade óssea e permitir a consolidação tanto proximal quanto distal1 .
Apresentamos um caso de paciente submetido à reconstrução com retalho ósseo de fíbula
ipsilateral pediculada posicionada de forma reversa para reconstrução de defeito tibial e
femural.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Paciente do sexo masculino, 36 anos, cor branca, natural de São Luiz do Maranhão,
portador de osteosarcoma de tíbia esquerda.Há 7 anos foi submetido à quimioterapia
neoadjuvante e posterior ressecção das porções distal do fêmur, proximal e medial da tíbia
esquerda, sendo reconstruído com uma endoprótese. Após 5 anos, apresentou infecção
local com múltiplos trajetos fistulosos cutâneos. Foi submetido à retirada da endoprótese,
desbridamento e reconstrução imediata com um retalho ósseo da fíbula ipsilateral baseado
nos vasos fibulares e fixação externa. Devido as características e extensão do defeito, o
retalho fibular incluiu a epífise proximal preservando os 8 cm distais e foi posicionado de
forma invertida ficando a epífise proximal telescopada na tíbia distal e o segmento fibular
distal telescopado no coto do fêmur proximal.. Evoluiu sem intercorrências, com
cintilografia óssea do 3º dia de pós-operatório evidenciando a viabilidade do retalho.
DISCUSSÃO E CONCLUSÃO
ÍNDICE
A tentativa de preservação de um membro envolve múltiplos procedimentos e diversas
técnicas, dificultadas por condições locais e sistêmicas adversas. A fíbula é um osso
resistente e versátil, podendo ser transferida através de técnica microcirúrgica do membro
contralateral2 ou do mesmo membro pediculada nos vasos fibulares3. A reconstrução
microcirúrgica, , requer maior complexidade , além de incluir o sacrifício da fíbula
contralateral e a realização de microanastomoses na presença de infecção. A singularidade
do caso se deve ao posicionamento do retalho de forma invertida adaptando-se melhor ao
defeito ósseo, através da dissecção extensa do tronco tibiofibular permitindo a rotação do
retalho sem torção do pedículo vascular. A utilização do retalho fíbula ipsilateral pediculada
invertida constitui uma alternativa viável para casos selecionados de reconstrução de
defeitos tibiais, com segurança, menor morbidade e resultado satisfatório.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
ÍNDICE
1- Chacha P.B., Ahmed M., Daruwalla J.S. Vascular Pedicle Graft of the Ipsilateral fibula for
non-union of the tibia with a large defect. J Bone Joint Surg.1981; 63-B:244-253.
2- Taylor G.I., Millar G.D.H., Ham F.J. The free vascularised bone graft, a clinical extension
of microvascular techniques. Plast Reconstr Surg 1975; 55:533-44.
3- Toh S., Tsubo K., Nishikawa S., Narita S., Kanno H., Harata S. Ipsilateral Pedicle
Vascularized Fibula grafts for Reconstruction of Tibial Defects and Non-Unions. J Reconstr
Microsurg 2001. 17(7): 487-96.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
TÁTICAS CIRÚRGICAS NO TRATAMENTO DAS SEQÜELAS DE
QUEIMADURA NO PÉ
INTRODUÇÃO | METODOLOGIA | OBJETIVOS | CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Christian Vasconselos Freire Santos
MD
CO-AUTORES
Erik Nery
MD
Rodrigo Rosenfeld
MD
Marcelo Siqueira
MD
Luís Mário Bonfatti
MD
DESCRITORES
tratamento, seqüelas, queimadura, pé.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Pelas características anatômicas próprias, as queimaduras do pé representam um desafio
ao cirurgião plástico, em especial devido às complicações conseqüentes do tratamento
inadequado. Assim como o dorso das mãos, e diferente de outras partes do corpo, o dorso
do pé apresenta pele fina e móvel, que recobre estruturas como bainha tendinosas e
fáscias especializadas, além de ocorrerem na região que sustenta o peso do corpo. Tais
queimaduras apresentam fisiopatologia própria com amplo espectro de comprometimento
e abordagens terapêuticas.
METODOLOGIA
ÍNDICE
Foram analisados, retrospectivamente, oito casos de seqüelas de queimaduras dos pés
tratadas no período de março de 2000 a março de 2005, pela equipe cirúrgica da 38ª
Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro - Instituto Ivo Pitanguy - assim
como a estratégia terapêutica e os aspectos técnicos mais relevantes.
OBJETIVOS
ÍNDICE
O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir uma nova classificação dessas lesões, de
acordo com o comprometimento de estruturas anatômicas relacionadas e expor a conduta
terapêutica utilizada pela equipe cirúrgica do Instituto Ivo Pitanguy, para o tratamento das
seqüelas em cada grau de lesão.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
As queimaduras do pé representam um desafio e o tratamento agressivo destas lesões é o
fator que irá ditar a melhor reabilitação dos pacientes, tendo sempre em mente a
dificuldade de reparos pela continuidade do dano aos tecidos vizinhos e os limitados
recursos que esta área proporciona, tornando o melhor reparo a prevenção dos acidentes.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
Referências Bibliográficas:
1. Bertelli, J.A. Tha plantar marginal septum cutaneous island flap: A new flap in forefoot
reconstruction. Plast. Reconstr. Surg. 99:1390, 1997.
2. Jackson, D. Acquired vertical talus due to burn contractures. A report of two cases. J.
Bone Joint Surgery. Br. 60-B(2): 215-8, 1978.
3. Leung, P. et col. Burn contractures of the foot J. Foot Ankle Surg, 6 (6): 289-94, 1986.
4. McCarthy, J.G. Plastic Surgery. 1ª ed., W.B. Saundres, Philadelphia.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
ENXERTO DO EXCESSO DO SMAS/PLATISMA NAS BANDAS MEDIAIS
RESUMO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
EVERARDO ABRAMO
CO-AUTORES
DANILO ROCHA DIAS
MD
EDUARDO FURLANI
MD
RODRIGO BADOTTI ANTUNES
MD
RONALDO PONTES
MD
DESCRITORES
PLATISMA, enxerto.
INSTITUIÇÃO
CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA
CLÍNICA FLUMINENSE DE CIRURGIA PLÁSTICA - AV. SETE DE SETEMBRO 301 - ICARAÍ NITERÓI - RJ - BRASIL. CEP: 24230-251.TEL: 21-27148050
ÍNDICE
RESUMO
Com base em estudos anatômicos e observações clínicas, os autores descrevem a evolução
em
conceitos
e
técnicas
cirúrgicas
da
utilização
do
excesso
da
ressecção
do
SMAS/PLATISMA, na ritidoplastia primária ou secundária, com o objetivo de reforçar o
tratamento ou de corrigir a recidiva das bandas mediais do platisma. O músculo platisma é
estruturalmente delgado, tem um fáscia tênue com orientação longitudinal de seus feixes
musculares. Devido estas características, há a possibilidade de esgarçamento de suas
fibras laterais, através da passagem dos fios de sutura na união das bandas mediais e
correção do ângulo cervical.
Os autores verificaram a necessidade da aposição de enxerto autólogo do excesso do
SMAS/PLATISMA, evitando o reaparecimento das bandas mediais.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Cinco pacientes, de janeiro/2004 à julho/2006, foram submetidos à ritidoplastia secundária,
através desta técnica cirúrgica. Todas femininas, com idade entre 58 à 66 anos. Como
intervenção primária, as pacientes foram submetidas à ritidoplastia com sutura das bandas
platismais mediais, com intervalo pós-operatório de 13 à 19 anos
O procedimento utiliza o excesso da ressecção do SMAS/PLATISMA como enxerto,
suturando-o transversalmente às fibras longitudinais do platisma na região submentoniana,
e fixando-o com três pontos de fio mononylon 4.0 em cada extremidade, com acesso
obtido através de incisão submentoniana.
RESULTADO
ÍNDICE
Não houve recidivas das bandas platismais. Obteve-se uma perfeita harmonia do ângulo
cérvico-mandibular. Verificou-se ausência de irregularidades na textura da pele a longo
prazo. As pacientes evidenciaram grau de satisfação máximo. O Método fotográfico
corrobora os resultados clínicos e cirúrgicos.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A recidiva das bandas mediais é bastante freqüente e muitas vezes precoce, sendo uma
queixa comum no pós-operatório. Adicionalmente ao tratamento clássico das bandas
mediais, os autores desenvolveram uma técnica cirúrgica, usando o excesso do SISTEMA
SMAS/PLATISMA.
Esta faixa de SMAS é usada como enxerto, fixado transversalmente às fibras longitudinais
do SMAS/PLATISMA, reforçando-as e corrigindo o ângulo cérvico-mandibular de maneira
duradoura, obtendo uma superfície cutânea regular.
Apesar do seguimento de apenas dois anos, os autores acham o método válido. Estas
considerações explicam o excelente resultado, quando o propósito é evitar a recidiva das
bandas mediais do platisma e obter um ângulo cérvico-mandibular harmônico, sem
irregularidades na textura da pele.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
01) Mitz, V., and Peyronie, M. The superficial musculo-aponeurotic system (SMAS) in the
parotid and cheek area. Plast. Reconstr. Surg. 58:80, 1976.
02) De Castro, C. C. The Anatomy of the platysma muscle. Reconstr. Surg. 66:680, 1980.
03) De Castro, C. C. The changing role of platysma in face lifting. Plast. Reconstr. Surg.
105:764, 2000.
04) Owsley, J.Q. Face lifting: problems, solutions, and an outcome study. Plast. Reconstr.
Surg. 105:302, 2000.
05) Lee, J., and Koine, B. Evaluation of the platysma interlocking suture sling for
rhytidectomy. J. Oral. Maxillofac. Surg. 56:943, 1998.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
O PERCENTUAL DE RECLAMAÇÕES CONTRA A CIRURGIA PLÁSTICA
NO CÍVEL MINEIRO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Jairo Guerra da Silva
MD
DESCRITORES
reclamações, cirurgia, plástica, cível, mineiro.
INSTITUIÇÃO
Clínica Jairo Guerra
Rua Rio de Janeiro, 2760 - LourdesBelo Horizonte - MG - CEP 30160-042
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Este trabalho resultou da associação da Cirurgia Plástica, especialidade definida, com a
Perícia Médica, área de atuação ainda não definida como especialidade. A primeira, o autor
exerce há 45 anos e a segunda há 10. Antes de elaborar a íntegra, o autor fez um estudo
da Cirurgia Plástica, desde o que foi encontrado nos papiros de Ebers e de Edwin Smith,
respectivamente de 1500 e 2200 A.C., até era atual da fibra óptica, microcirurgia, e
retalhos micro-vasculares. Também a Perícia Médica teve seu embasamento perquirido,
estudando-se sua aplicação através dos Códigos de Processo Civil de 1939, 1974 e a
atualização de 2006. O processo judicial é definido como o instrumento que a sociedade
utiliza para encontrar a sua verdade, em substituição às verdades de cada parte. A Perícia
é a última prova solicitada pelo Juiz para lhe fornecer elementos para o Julgamento. No
caso do perito médico, este tem que conhecer a(s) especialidade(s), as leis, as rotinas, os
despachos, os códigos, sendo os principais o Código de Ética, as Resoluções e Pareceres do
Conselho Federal de Medicina (CFM), e o Código de Processo Civil (CPC).
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
O material foi extraído do arquivo do autor, constituindo-se de 379 múnus periciais que lhe
foram confiados de 1997 a 2005 (hoje com 415). Nesta casuística o autor encontrou 68
reclamações judiciais contra quase todas as especialidades médicas. A mais reclamada foi
a Cirurgia Plástica, com 30 processos. A realização da perícia depende da aceitação do
ônus da mesma pelas partes, da obtenção dos documentos necessários (artigo 429 do
CPC), do Despacho do Juiz, de embargos, agravos etc. A metodologia consistiu na
utilização do processo analítico e investigativo, completada pela entrevista, exame clínico,
exames complementares, estudo de prontuários etc. O autor conseguiu concluir 51 laudos
das 68 reclamações, ficando 17 inconclusas. Os processos e os laudos foram examinados
um a um, utilizando-se dos programas "Copernic" e "Siscom".
ÍNDICE
RESULTADOS
Dos 51 laudos conclusos, 32 foram favoráveis ao médico e 19 desfavoráveis. Na casuística
de 379 casos diversificados, em 09 anos, periciamos 68 casos de reclamações contra
médicos. As sentenças apresentaram os seguintes resultados: a) 25 (em 68) casos em
trânsito; b) 18 (em 68) absolvições; c) 15 (em 68) condenações; d) 10 (em 68) ignorados,
desistências ou recursos. Inicialmente não comentávamos as sentenças pela dificuldade em
obtê-las, por não ter o TJMG um sistema informatizado como hoje.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
Porque
a
cirurgia
plástica
é
a
mais
reclamada
Principais
motivos:
a)
Falha
de
relacionamento; b) Planejamento inadequado; c) Procedimentos amplos em nosocômios
simples; d) Honorários deficientes ou exagerados. Como reverter o processo Proposições:
a) Conhecimento das falhas principais; b) Conhecimento do Código de Ética Médica e das
Normas e Resoluções do CFM; c) Evitar modismos e publicidade imoderada; d)
Simplicidade, bom senso, bons auxiliares e companhei-ros.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.AVELAR, Juarez Moraes. Perfil Psicológico do Paciente: Introdução ao Estudo. In: Avelar,
Juarez Moraes. Contribuições à Cirurgia Plástica. São Paulo: Editora Hipócrates, 2001. Cap.
1, p. 27-31.
2.BRASIL. Código Civil. Organização dos textos, notas remissivas, e índices por Juarez de
O-liveira. 10. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 728p.
3.BRASIL. Código de Processo Civil e Constituição Federal. 12. ed. São Paulo: Saraiva,
2006, 786p.
4.GOMES, Júlio Cézar Meirelles; DRUMOND, José Geraldo de Freitas; FRANÇA, Genival Veloso de. Erro Médico. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002. 205p.
5.MÉLEGA, José Marcos; BAROUDI, Ricardo. Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte. Cirurgia Estética. Rio de Janeiro: Medsi, 2003. p. 1-815.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
Figura 8
NEONFALOPLASTIA EM ABDOMINOPLASTIA - TÉCNICA SEM CICATRIZ
INTRODUÇÃO | CASUÍSTICA E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Joseph Alexander Abreu NG.
CO-AUTORES
CARLOS EDUARDO TEIXEIRA POUZA
Membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
DESCRITORES
neonfaloplastia, abdominoplastia, cicatriz.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Na abdominoplastia pode ocorrer queixas do paciente relacionadas ao umbigo, que variam
desde uma pequena insatisfação perante a cicatriz, até um grande complexo por parte do
paciente, inibindo-o por vezes de expor a região central do abdômen1,3.
O umbigo não possui nenhuma função vital após o nascimento, mas é um marco
anatômico importante, parâmetro de beleza do abdômen 2,5.Assim , apresentamos uma
opção de onfaloplastia, uma técnica simples, de fácil execução, sendo realizada
internamente, sem incisão cutânea, com resultado bastante natural sem cicatriz.
CASUÍSTICA E MÉTODO
ÍNDICE
Entre Abril de 2001 a Maio de 2003 foram realizadas 36 abdominoplastias com a utilização
desta técnica, a faixa etária variou entre 32 e 52 anos, sendo todos pacientes do sexo
feminino, classificados como grupos V e VI segundo Bozzola4 .
Destes, 11% apresentavam o umbigo desviado da linha média, com variação de até 1,5cm
da região central. A hérnia umbilical estava presente em 15% dos casos.
A marcação e desenvoltura da cirurgia seguem os princípios da abdominoplastia clássica1.
O umbigo é desepitelizado e o coto remanescente suturado com um ponto em "U" e então
sepultado na própria plicatura( fig.1e2).
Segue-se a fixação do retalho na linha média, logo acima da comissura vaginal
e marcação do umbigo como na técnica habitual. Liberamos o retalho e
fazemos uma incisão em cruz no tecido adiposo, expondo a derme (fig.3). A
fixação desta configura um losango, utilizando fio mononylon 4-0 ou 3-0, dependendo da
espessura do panículo adiposo (fig.4). Realizado a confecção umbilical, partimos para a
sutura do retalho abdominal na região supra púbica.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
RESULTADOS
ÍNDICE
A avaliação dos pacientes apresentou bons resultados, aspecto estético, aceitação e
satisfação dos pacientes (fig.5 e 6), com baixo índice de complicações.
Dos 36 abdomes operados, 01 apresentou deiscência de sutura, 05 apresentaram
epidermólise e 02 hiperrpigmentação ; sendo que em apenas um deles foi necessário a
reintervenção cirúrgica. Por não apresentar incisão cutânea, nessa técnica não houve a
presença de hipertrofia cicatricial, estenoses e alargamentos cicatriciais.
Figura 1 - Figura 5
Figura 2 - Figura 6.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
Em virtude dos resultados satisfatórios alcançados, evitando cicatrizes, discromias e
estenoses umbilicais, nos permitimos optar pela técnica acima, considerada de boa
relevância.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1-PITANGUY I.Abdominal lipectomy, an approach to it though an analysis of 300
consecutive cases. Plast Reconstr Surg. 1967;40:383-391.
2-AVELAR
J.
M.Cicatriz
umbilical
-
da
sua
importância
e
da
confecção
nas
abdominoplastias.Rev Soc Bras Cir Plást. 1978; 68:181-185.
3-AVELAR J. M. Umbilicoplastia - Uma técnica sem cicatriz externa.In: Anais do 1O Cong
Brás de Cir Estética;1976 - novembro - Belo Horizonte -Brasil.
4-BOZZOLA, AR, PSILLAKIS ,J.M. Abdominoplasty: a new concept and classification for
treatment. Plast Reconstr Surg.1988; 82: 983-987.
5-SCHOELLER T, WECHSELBERGER G, OTTO A, RAINER C, SCHWABEGGE A, et al. New
tecnique for scarless umbilicus reinsertion in abdominoplasty procedures. Plast Reconstr
Surg. 1998; 102(5): 1720-3.
PURPURA TROMBOCITOPÊNICA EM PACIENTE QUEIMADO-RELATO DE
CASO.
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
DISCUSSÃO |
RESULTADOS |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Telma Rejane Lima da Rocha
MD
CO-AUTORES
Cynthia Chacon
MD
Erilane Braga
MD
Marcelo Borges
MD
Marcelo Miranda
MD
DESCRITORES
PURPURA, TROMBOCITOPÊNICA.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SPTel: 55(11) 3826-1499 Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A Púrpura Trombocitopênica Idiopática (PTI) é uma patologia autoimune caracterizada pela
acelerada destruição plaquetária no baço, mediada por mecanismo imunológico (4) devido
à ação de linfócitos T e B contra as próprias plaquetas, sendo esta destruição feita através
da ação de anticorpos, atingindo principalmente alguns tipos plaquetários. O resultado é o
aumento da tendência à hemorragia.
PTI acomete tanto crianças quanto a adultos predomina no sexo feminino. Hoje paciente
típico é mulher de 50/60 anos na forma crônica, com a patogênese, diagnóstico e
tratamento diferentes entre adultos e crianças. O tratamento inicial é corticoterapia e ou
imunoglobulina intravenosa (IVIG) (1). Nos pacientes refratários, a esplenectomia á a 2ª
opção de tratamento sendo a videolaparoscopia a mais indicada (2,3) pelo menor índice de
complicações e reduzido tempo cirúrgico. Há trabalhos recentes indicação para uso de
rituximab (anticorpo antimicrossomal ante CD20 (5)) como nova opção de tratamento.
No caso de queimadura a presença de coagulopatias como PTI, leva ao agravamento
significativo do quadro e dificuldades de tratamento. Neste caso a paciente MMR,
assintomática teve 20% de área queimada em 2º, 3º graus em 8 unidades topográficas,
com alterações plaquetárias que chegaram a 15000 plaquetas/ml; Realizadas várias
transfusões de concentrado de plaquetas e hemácias, curativos com xenoenxerto (pele de
rã), esplenectomia videolaparoscópica, tratamento em UTI. Todos procedimentos visando
uma melhoria do índice plaquetário, que nunca aconteceu de modo satisfatório,
culminando com a morte da paciente.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Analisado todo internamento, exames pré-existentes. Acompanhamento realizado por
equipe multidisciplinar composta por cirurgião plástico, clinico, intensivista, fisioterapeuta,
psicólogo, infectologista, cirurgião geral. Curativos sob narcose realizados em dias
alternados e a pele de rã trocada cada curativo na área que se encontrava sem aderência,
quando possível, realizados escarificações e hemostasia por eletrocautério, Feita contagem
plaquetaria diária.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Os índices plaquetários variaram de 15000 a 77000 plaquetas/ml, várias vezes realizados
transfusões de plaquetas e hemácias sem obter condições para cobertura cutânea
adequada, pois o leito receptor e o tecido de granulação que eram inadequados. Paciente
teve infecções, distúrbios hidroeletrolíticos, má distribuição hídrica, estado politransfusional
e insuficiência respiratória, culminando com o óbito.
RESULTADOS
ÍNDICE
As queimaduras com extensões semelhantes são uma rotina em serviços de queimadura,
em geral cursam sem intercorrências e com bons resultados. Neste caso a PTI foi o fator
basal para o insucesso e óbito da paciente.Cobertura com pele de cadáver e INTEGRA
(matriz dérmica bovina)não estavam disponíveis.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1-RAMDAN, K.M.A. - Efficacy and response to intravenous anti-d immunoglobulin in chronic
idiopathic thrombocytopenic purpura.
2- POMP, Alfons - Laparoscopic splenectomy: a selected retrospective review.
3- KWON, H. C. -Prognostic Factors of response to laparoscopic splenectomy in patients
with idiopathic Thrombocytopenic purpura.
4- CINES, D.B. - Management of adult idiopathic thrombocytopenic purpura.
5- SIBILIA, J. - Le Rituximab- une biothérapie originale dans le maladies auto-immunes.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
AUTO-ENXERTIA CUTÂNEA: EXPERIÊNCIA DE 10 ANOS DO CENTRO E
TRATAMENTO DE QUEIMADURAS DO HOSPITAL DO ANDARAÍ.
INTRODUÇÃO | PACIENTES E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Adilson Branco Farrapeira Júnior
MD
CO-AUTORES
Luiz Macieira Guimarães Júnior
MD
Luca Bruno Ballestra
MD
Alexandra Conde Green
MD
Angie Cristina Morillas Marini
MD
DESCRITORES
Auto-enxertia Cutânea
INSTITUIÇÃO
Centro de Tratamento de Queimaduras do Hospital do Andaraí no Rio de Janeiro, RJ.
End.: Rua Capistrano de Abreu n° 28 Apto 1502, Botafogo, Rio de Janeiro, RJ.CEP: 22271000, e-mail: [email protected].
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A auto-enxertia cutânea é considerada o método ideal para cobertura das áreas de
queimaduras profundas. O índice de perda dos enxertos varia de 23% a 5%, segundo a
literatura atual. A maior causa de perda dos enxertos são as infecções.
Este estudo analisa os dados dos prontuários dos pacientes submetidos a auto-enxertia
cutânea nos últimos dez anos no CTQ do Andaraí, e avalia a taxas de integração dos
enxertos.
PACIENTES E MÉTODOS
ÍNDICE
Foi realizada revisão dos prontuários de todos os pacientes submetidos a auto-enxertia
cutânea no período de Janeiro de 1996 a Dezembro de 2005 e analisados os seguintes
dados: idade, sexo, agente causal e motivo do acidente, porcentagem de superfície
corporal acometida, área doadora e área receptora, tipo de enxerto (mesh graft ou
laminar), tempo de internação, tempo entre a internação e a cirurgia, número intervenções
cirúrgicas e tempo entre a operação e a alta.
O procedimento cirúrgico consiste em desbridamento agressivo com exérese de todo o
tecido de granulação. O enxerto é retirado das áreas doadoras disponíveis e passado no
mesh graft conforme necessidade e área a ser enxertada. A fixação é feita com pontos de
nylon 5-0. Todos os pacientes foram operados por um dos dois cirurgiões do serviço. O
curativo é aberto no segundo dia de pós-operatório e é realizada drenagem dos seromas e
hematomas.
RESULTADOS
ÍNDICE
Trezentos e três pacientes foram submetidos à auto-enxertia cutânea no Hospital do
Andaraí neste período. Destes 28 não puderam ser avaliados por erros no número dos
prontuários. Trinta e seis pacientes foram submetidos a duas ou mais cirurgias. Nenhum
paciente recebeu mais de um enxerto na mesma região. A média de tempo entre a última
cirurgia e a alta foi de 12 dias. Não foi evidenciada nenhuma perda total de enxerto. Oito
pacientes foram à óbito
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Os resultados obtidos no serviço nestes últimos dez anos estão acima da média descrita na
literatura. Atribuímos esta taxa de 100% de integração dos enxertos à técnica cirúrgica e
cuidados pós-operatórios adequados. Durante a operação é importante o cuidado na
preparação da área receptora com desbridamento de todo o tecido de granulação e fixação
adequada do enxerto. A abertura do curativo com 48 horas de PO é essencial para a
sobrevivência do enxerto já que nesse momento é possível realizar as drenagens dos
hematomas antes do sofrimento da pele enxertada.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. Unal S, et. Al., Analsis of skin-graft loss due to infection: Infection-related graft loss, Ann
Plast Surg, 55 jul 2005;
2. Demling RH, DeSanti MD, The rate of re-epithelialization across meshed skin grafts is
increased with exposure to silver, Burns, 28 may 2002;
3. Wood FM, The use of cultured epithelial autograft in the treatment of major burn
injuries: Acritical reviw of the literature, Burns, 32 Jan 2006.
NECROSE MAMÁRIA APÓS QUIMIOTERAPIA NEO-ADJUVANTE RELATO DE CASO
RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Andre Villani Correa Mafra
MD
CO-AUTORES
Jorge Antonio de Menezes
MD
Rogério Silvestre Matoso
MD
Eugenio Alfonso S. Coronel
MD
Ataliba Ronan Horta de Almeida
MD
DESCRITORES
necrose, mamária, quimioterapia, neo-adjuvante
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
RELATO
ÍNDICE
O carcinoma mamário localmente avançado é aquele maior do que 5 cm com ou sem
metástases linfonodais; tumor de qualquer tamanho com invasão extensa da região axilar
ou tórax ou pele.
As vantagens da quimioterapia neo adjuvante são : reduzir massa tumoral, atuar na
metástase microscópica, melhorar as condições físicas da paciente para receber a
quimioterapia, aproveitar o aporte de sangue ainda não destruído pela radioterapia e/ou
cirurgia.
Os autores descrevem um caso raro de necrose mamaria após ciclo de quimioterapia neo
adjuvante, atendida pelo serviço de Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei - BH onde
foram realizados vários desbridamentos cirúrgicos mas impossibilidade de rotação de
retalho muscular devido ao estado clinico da paciente.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1-Fatores associados com a resposta à quimioterapia neo-adjuvante em
mulheres com carcinoma mamário localmente avançado / Maria Lúcia de
Paula Leite Kraft. Campinas, SP : [s.n.], 2001.
ÍNDICE
ANÁLISE DO USO DA COSMIATRIA EM PACIENTE QUEIMADO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADO |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Telma Rejane Lima da Rocha
MD
CO-AUTORES
Cynthia Chacon
MD
Erilane Braga
MD
Marcelo Borges
MD
Marcelo Miranda
MD
DESCRITORES
cosmiatria, queimadura
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
No Brasil estima-se que ocorrem aproximadamente 1 Milhão de queimaduras anualmente,
embora a maioria delas não procure serviços especializados. É comum apreensão do
pacientes e familiares em relação a seqüelas e se há algo mais a ser realizado, visando
minimizá-las, evitando o estigma de paciente queimado. Embora não se tenha muito a
acrescentar em queimaduras de 30 grau (quando não ocorre cobertura precoce ou quando
há formação de placas quelóideanas) as queimaduras de 20 graus superficiais e profundas
tem excelente resposta.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Todos os pacientes logo após a alta e parada dos curativos, que esboçam desejo de
continuar tratamento, são encaminhados um ambulatório de cosmiatria. Aguardamos 1
semana,
utilizando
exçlusivamente
sabonete
neutro
e
evitando
exposição
solar.
Começamos o tratamento na segunda semana, debelando assim sobreposição de produtos
químicos na pele queimada. É analisado: idade, sexo, agente causal da queimadura, tipo
de pele, lado, área queimada e achado clinico na área queimada que é qualificado:
ressecamento, hipocromia, discromia, hipercromia, cicatrizes quelóideanas, achados
múltiplos. Todos esses dados são analisados com seguimento a cada 3 semanas, com fotos
e nota de satisfação dada pelos pacientes seguidos de registros em ficha. Utilizamos
medicações que foram padronizadas por protocolo com as indicações respectivas: para
hipocromias: essência de bergamota de 10% a 50%(1,2), as discromias como
remodelação a tretnoína de 0,015% a 0,1 % hidroquinona 2 a 4%, hidrocortizona 20%, ou
tretnoína de 0.015% a 0,1% correção para ph no 5 com creme não iônico; para cicatrizes
queloideanas: Tamoxifeno (3,4,5) a 0,1% a com ácido azeláico a 20%. Em todos os
pacientes foi associado protetor solar fps no 50 com hidratante em formulação própria
única, exceto para as crianças onde o protetor solar tem fps no 15, com aplicações de uso
diário, dias alternados, diurna, noturna que variam com a indicação médica, achados
clínicos e sintomatologia dos pacientes.
RESULTADO
ÍNDICE
o tratamento para discromias, hipocromias e hipercromias oferecem bons resultados,
obtivemos dificuldade em tratamento de lesões múltiplas sendo estabelecido o tipo de
lesão em maior extensão ou na área mais aparente, não sendo fácil o tratamento com mais
de um produto químico. Em todos os pacientes foi sugerido o uso de cobertura com malha
ou algodão na cor branca na área queimada. Nas cicatrizes queloideanas tratamento mais
difícil, porém com bons resultados, quando possível também associamos uso de malha
elástica. Foram atendidos de outubro de 2004 a junho de 2006, 589 pacientes em
cosmiatria.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
a cosmiatria acrescenta uma nova opção para fidelização e atendimento diferencial ao
paciente queimado, bem como um novo espaço de trabalho para o cirurgião plástico.
Obtivemos alto índice de satisfação dos pacientes, classificados por notas dadas pelos
próprios, pacientes embora não haja garantias de resultados. Compreendemos que no
futuro a cosmiatria será uma rotina em outros serviços.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1-KADDU, Steven; Accidental bullous phototoxic reactions to bergamot aromatherapy oil;
2- BODE, C. W.: Photodynamic and photo-cross-linking potential of bergamottin;
3- CHAU, Dorothy: Tamoxifen downregulates tgf-B production in keloid fibroblasts:
4-HU, D.: Topical tamoxifen- a potential therapeutic regime in treating excessive dermal
scarring;
5- KUHN, M Ann, Tamoxifen decreases fibroblast function and downregulates TGF B2 in
Dupuytren's Affected Palmar Fascia.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
RECONSTRUÇÃO DE PÁLPEBRA SUPERIOR - RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | CONCLUSÃO |
AUTOR
Romeu Ferreira Daroda
MD
DESCRITORES
reconstrução, pálpebra, superior.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A pálpebra superior e de vital importância, estética e funcional, sendo uma estrutura
essencial para proteção da córnea.Sua reconstrução total pode ser feita através de um
retalho de pálpebra inferior, tendo como vantagem uma reconstrução satisfatória e segura.
O objetivo do presente estudo é relatar um caso de carcinoma sebáceo de pálpebra
superior, discutindo aspectos etiológicos, histopatológicos e opções de tratamento.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Relato de caso com revisão bibliográfica extensa
RESULTADOS
ÍNDICE
M.C.O, 64 anos, sexo feminino, branca, procurou o Hospital Ontológico devido ao
aparecimento de um nódulo em pálpebra superior há cerca de 1 ano. O mesmo não
mostrou melhora com o tratamento clínico, apresentando rápido crescimento nos últimos 3
meses. Foi feita uma ressecção do tumor de pálpebra superior direita, reconstrução total
de pálpebra superior com retalho de pálpebra inferior direita total. A reconstrução da
última foi feita com enxerto de pericôndrio cartilaginoso e retalho facial de Mustardé.
O exame histopatológico mostrou tratar-se de um carcinoma sebáceo.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A reconstrução da pálpebra superior com retalho de pálpebra inferior proporciona
excelentes resultados em termos de textura, cor , anatomia e funcionamento da pálpebra.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
LESÃO COMPLEXA DE MÃO - TRATAMENTO CIRÚRGICO
INTRODUÇÃO | APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG | RESULTADO | DISCUSSÃO |
CONCLUSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS |
AUTOR
Edmundo Ahouagi Neto
MD
CO-AUTORES
Gnana Keith Marques de Araújo
MD
Antônio Eduardo Morato
MD
Eduardo Rodarte Queiroz
MD
Robert Bicalho da Cruz
MD
DESCRITORES
mão, lesão complexa
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O valor real da mão é muito grande, mas só reconhecido verdadeiramente após a sua perda
anatômica total ou parcial, com limitação de suas funções. A mão é um instrumento de
trabalho e é de uso obrigatório para grande maioria das atividades de nossa vida diária. Os
traumas e acidentes de mão ocorrem em todas as atividades, variando sua incidência e
gravidade. Os tipos de lesões são mais ou menos idênticos, variando conforme a tarefa
executada. Embora o número de pessoas envolvidas em acidentes da mão em cada ano no
Brasil, seja muito elevado, é muito pequena a documentação sobre a extensão do
problema.
APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG
ÍNDICE
Paciente do sexo masculino, 31 anos de idade, vítima de acidente automobilístico em abril
de 2006. Primeiro atendimento em outra cidade - interior - onde foram realizadas suturas
primárias das lesões. Procurou nosso serviço por conta própria no dia seguinte. Foi
verificada fratura de terceiro e quartos metacarpos, perda importante de tecidos moles em
região palmar, amputação de falanges média e distal do quarto quirodáctilo da mão
esquerda com sinais de isquemia. Indicado tratamento cirúrgico imediato. Realizada
amputação do quarto raio da mão esquerda, rotação de retalho cutâneo para cobertura de
área cruenta em região palmar e terceiro quirodáctilo.Realizada a transposição do quarto
tendão flexor para o terceiro dedo. Fixação das fraturas de metacarpos com fio intra-ósseo.
Imobilização em flexão do punho.
RESULTADO
ÍNDICE
Paciente manteve-se em tratamento hospitalar por 72 horas. Em uso de antibiótico
Cefazolina e acompanhamento das lesões. Evoluiu com pequena epidermólise em linha de
sutura. Acompanhamento fisioterápico especializado. Não apresentou limitação de
movimentos em acompanhamento em médio prazo.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Nas lesões complexas de mão o primeiro atendimento é fundamental no sucesso da
terapêutica realizada. A correta identificação das estruturas anatômicas lesadas e seus
tratamentos são muito importantes na recuperação funcional da mão. Neste caso não
houve correta orientação ao paciente no primeiro atendimento.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
A transposição tendinosa, rotação de retalho cutâneo e o tratamento fisioterápico foram de
extrema para a recuperação do paciente importância neste caso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGÁFICAS
ÍNDICE
1.Figueiredo V, Schot PC, Chiconeli R. Tratamento da mão acidentada. JBM 1969:75-82.
2.Gruneberg R. Spence AJ. Finger amputation and ability to work. Hand 1974; 6:236-42
3.Wilson RL, Carter MS, Holdeman VA, Lovett WL. Flexor profundus injuries treated with
delayed two-stage tendon graffiting. J Hand Surg 1980;5:74-8
4.Meyer VE, Chiu ATW, Beasley RW. Clin Plast Surg 1985;8:51-64.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
CONDUTAS NAS COMPLICAÇÕES APÓS INTERVENÇÕES FACIAIS
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Christian Vasconselos Freire Santos
MD
CO-AUTORES
Paula Casarsa
MD
Alan Bernacchi
MD
Bárbara Machado
MD
Ivo Pitanguy
MD, PhD, Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
DESCRITORES
INTERVENÇÕES FACIAIS
INSTITUIÇÃO
Clínica Ivo Pitanguy
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected].
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A cirurgia plástica da face atua como um meio de devolver a harmonia da arquitetura da
face e conseqüente melhora da autoestima. Sendo assim, a cirurgia de rejuvenescimento
facial se tornou um dos procedimentos mais realizados pelo cirurgião plástico.
Varias técnicas cirúrgicas de abordagem a face foram desenvolvidas, ao longo dos anos,
baseadas nos diferentes aspectos técnicos, como a espessura do retalho, profundidade do
plano de dissecçao, tipos de incisões e outros. Independentemente da abordagem
utilizada, todos os autores visam um resultado duradouro associado à satisfação do
paciente e rápido período de recuperação.
O objetivo do presente estudo é mostrar a abordagem do lifting cérvico-facial pela técnica
clássica de Pitanguy e suas possíveis complicações e conduta nessas complicações.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Foram analisados os prontuários de 8048 pacientes, retrospectivamente, na Clinica Ivo
Pitanguy, no período de 1957 a 2006. A maioria dos pacientes eram mulheres (81,15 %) e
a faixa etária predominante era 40 a 49 (36 %). A técnica utilizada para abordagem da
face foi a técnica clássica de Pitanguy usando a incisão justapilosa com tratamento do
Smas e platisma, mostrando os aspectos técnicos mais relevantes, as principais
complicações e seus tratamentos seja conservador ou cirúrgico.
RESULTADOS
ÍNDICE
Foram incluídos no estudo 8048 pacientes, destes 3,6% apresentaram intercorrências no
período pós-operatório precoce ou tardio. Observou-se que o hematoma persiste como a
complicação mais comum (3,2 %) nas ritidoplastias, podendo ocasionar edema facial
prolongado e necrose cutânea. Um tratamento inicial conservador com drenagem do
hematoma no leito impede, como observamos no estudo, que a maioria dos casos retorne
ao centro cirúrgico. Encontramos também, 0,3% casos que apresentaram alopécia, 0,1 %
casos deiscência e 0,1% casos lesão nervosa. Um tratamento conservador alcança na
maioria dos casos um resultado satisfatório, excetuando-se os casos de alopecia
prolongada, em que, por vezes, é necessária a realização de microtransplante capilar.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
grande desafio da ritidoplastia e satisfazer as expectativas do paciente e do cirurgião,
conferindo a face um aspecto natural e rejuvenescido de efeito duradouro. O lifting cérvicofacial possui baixa morbidade e baixa incidência de complicações, mas para que bons
resultados sejam atingidos, há uma curva de aprendizado onde o treinamento e a
experiência do cirurgião contribuem para o sucesso da cirurgia. As complicações que
eventualmente surgirem, se tratadas precoce e corretamente não interferem no resultado
final, possibilitando ao paciente uma face livre de estigmas que possam revelar o "segredo"
da realização de uma cirurgia plástica.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. Pitanguy, I., Ramos, A. The frontal branch of the facial nerve: The importance of its
variation in the face-lifting. Plast. Reconstr. Surg, 38: 352- 356, 1966.
2. Pitanguy, I., Ceravolo, M. Hematoma post-rhytidectomy: How we treat it. Plast.
Reconstr. Surg. 67: 526-528, 1981.
3. Pitanguy, I. Forehead lifting. In: Aesthetic Surgery of Head and Body. Berlin, Springer
Verlag, p. 202-214, 1984.
4. Pitanguy, I., Salgado, F., Radwanski, H.N. Submental liposuction as an ancillary
procedure in face-lifting. FACE, vol.4 (1):1-13, 1995.
5. Pitanguy, I., Radwanski, H.N., Amorim, N.F.G. Treatment of the aging face using the
"round lifting" technique. Aesth. Surg. Journ. 19: 216-222, 1999.
Figura 1 - Hematoma, pós ritidoplastia, de grande volume drenado no quarto da paciente.
Figura 2 - Hematoma, pós ritidoplastia, de grande volume drenado no quarto da paciente.
Figura 3 - Paciente submetida a ritidoplastia em outro serviço com estigma por excesso de
tração gerando alopécia na região temporal, tratada com microimpla
Figura 4 - Paciente submetida a ritidoplastia em outro serviço com estigma por excesso de
tração gerando alopécia na região temporal, tratada com microimpla
Figura 5 - Paciente apresentou extensa área de necrose cutânea pós ritidoplastia.
Figura 6 - Paciente apresentou extensa área de necrose cutânea pós ritidoplastia.
TRATAMENTO DE QUEIMADURAS COM HIDROCOLOIDE
AMBULATORIAL
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Daniel Rufatto
MD
CO-AUTORES
Karina de Fátima Zanetti
MD
Gustavo Homero N. Mello
MD
Rodrigo A. Gomide
MD
DESCRITORES
tratamento, queimaduras, hidrocoloide, ambulatorial
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As queimaduras são lesões muito freqüentes.Tratando-se de acidentes dos mais variados
agentes etiológicos. Causando grande impacto psico-social e socioeconômico.(4,5). Com o
desenvolvimento dos curativos de hidrocolóide(1), o tratamento sofreu uma revolução
permitindo ao indivíduo reintegrarem-se as suas atividades mais precocemente, 95% dos
foram tratados ambulatorialmente, devido à facilidade deste método e por apresentar um
número reduzido de complicações e contra-indicações: como queimaduras de terceiro
grau, presença de infecção na ferida, queimaduras elétricas e em feridas com grande
exsudação. Entretanto, a carência de serviços especializados em queimaduras determina
situação conflitante e desgastante, pois qualquer atraso no início do tratamento pode ser
decisivo ao prognóstico tardio deste paciente. O convívio com esta realidade serviu-nos
como motivação para a busca de soluções alternativas ambulatoriais, visando simplificar o
tratamento ao paciente.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
O presente estudo relata 235 casos atendidos em nosso pronto socorro de queimaduras de
outubro de 2005 a junho de 2006, incluídos apenas pacientes tratados com hidrocolóide
ambulatorialmente independente da % de SCQ ( Tabela 1 e 2 ). Não houve qualquer
espécie de randomização no estudo. Seguiu-se um protocolo pré-estabelecido de conduta.
A placa é feita à base de hidrocolóide, composta de celulose, gelatina e pectina,
impermeável à água, mas que permite a transmissão de vapor e possíveis conseqüências
de seu uso prurido, extravasamento de líquido pelo curativo e odor desagradável foram
avisados aos pacientes.
Figura 1 - Tabela 1
Figura 2 - Tabela 2
RESULTADOS
ÍNDICE
O tempo de troca dos curativos, media de trocas, o tempo entre cada troca( Tabela 3 ).
Apresentando uma taxa de insucesso de 4,13 % (10 pacientes) que apresentaram como
complicação grande extravasamento de líquido ou infecção com interrupção do tratamento
até seu controle.
Figura 1 - Tabela 3
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Classicamente os curativos de queimaduras devem ser realizados por profissionais
especializados. O sofrimento diário dos pacientes queimados nos curativos associado à
escassez de profissionais, nos motivou a realizar este estudo. Inicialmente, foi difícil devido
às incertezas deste novo tratamento em relação, a cicatrização, dor e pelo tempo na qual
os curativos ficam fechados e monitorados apenas pelos pacientes o que contrariava os
princípios do serviço que trocavam os curativos entre 24 a 48 horas. À medida que nossa
série foi aumentando, esta conduta tornou-se um procedimento de rotina extremamente
favorável. A taxa de sucesso e satisfação do paciente obtida foi de 95,87 % (235
pacientes), comparados com os tratamentos anteriores em nosso serviço: como curativos
com sulfadiazina de prata, colagenase e iodo povedini. Em todos os casos que
apresentaram insucesso o mecanismo de ação foi uma infecção com produção de grande
exsudação. O uso do curativo com hidrocoloide oferece uma série de vantagens em
comparação a outros métodos de tratamentos realizados em nosso serviço. Infelizmente, a
carência de especialistas condiciona muitos serviços a não conhecerem este tipo de
tratamento . Esperamos que com este trabalho, esta conduta seja estimulada sempre que
houver a indicação da mesma, a fim de determinar uma maior simplicidade e uma
melhoria no resultado estético e funcional dos enfermos queimados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1) Candido LC. Nova abordagem no tratamento de feridas. São Paulo: Editora Senac; 2001
2) Gogia PP. Feridas - Tratamento e Cicatrização. 1 ed. Rio de Janeiro: Ed. Revinter; 2003
3) Hermans MHE, Hermans RR DuoDERM, an alternative dressing for smaller bums. Burns.
1986, 12:214-219.
4) MaCarthy JG. Plastic Surgery. 2 ed. Philadelphia: Sanders Company; 1990
5) Mélega J M. Cirurgia plástica. Fundamentos e arte. 1 ed. Rio de Janeiro: MEDSI; 2002
QUERATINÓCITOS HUMANOS PRIMÁRIOS DA EPIDERME E DE
FOLÍCULOS PILOSOS ISOLADOS POR DIFERENTES TÉCNICAS E
CARACTERIZADOS POR CITOMETRIA DE FLUXO.
INTRODUÇÃO | MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Alfredo Gragnani Filho
MD
CO-AUTORES
Michelle Zampiere Ipolito
MD
Christiane S. Sobral
MD, PhD
Milena Karina Coló Brunialti
PhD
Reinaldo Salomão
MD, PhD
Lydia Masako Ferreira
MD
DESCRITORES
queratinócitos, folículos, epiderme, pilosos, citometria, técnicas.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A epiderme é constituída de múltiplas camadas de queratinócitos cujo processo de
diferenciação ocorre a partir da camada basal que é proliferativa. O queratinócito é a
principal célula da epiderme, sendo responsável pela formação da barreira cutânea.
Há três populações de queratinócitos presentes na epiderme que compreende as células
tronco, as células amplificadoras de transição e as células diferenciadas1. As células
responsáveis pela renovação desse tecido são células proliferativas originárias da camada
basal, consistindo em menor população de células tronco, e também as células
amplificadoras de transição2.
Na camada córnea temos queratina e glicolipídeos, os quais se interpõem em camadas
sucessivas formando uma unidade funcional impermeável à água, isso é, a barreira
cutânea que mantém a vida.
O extravasamento de líquidos, proteinas e eletrólitos através de lesões, conseqüentes à
ausência desta barreira, gera uma perda hídrica importante gerando instabilidade
hemodinâmica, além de propiciar a invasão de diversos microorganismos patogênicos.
Dependendo do tamanho da perda cutânea, como em casos de grandes queimaduras, este
mecanismo é a origem da morbidade e mortalidade desses pacientes3.
Doenças que determinam extensa perda de pele, como grandes desluvamentos, aplasia
cutânea, epidermólise bolhosa, nevo gigante congênito, pioderma gangrenoso, traumas e
alterações congênitas, têm indicação precisa para a utilização de cobertura definitiva por
cultura de queratinócitos na lesão quando não existe área doadora de pele suficiente para
a cobertura. Em queimaduras é freqüente o acometimento de grandes superfícies, não
existindo área doadora disponível4,5.
O objetivo central do tratamento do paciente queimado é a recuperação da cobertura
cutânea perdida. Grandes queimados dificilmente sobrevivem por muito tempo sem a
cobertura cutânea, pois a contração da ferida e a re-epitelização demanda muito tempo,
estando associada à alta taxa de infecção. Nas grandes queimaduras, devido à escassez de
área doadora, a utilidade da cobertura definitiva com queratinócitos cultivados possibilita a
sobrevivência dos pacientes.
A utilização da lâmina simples de queratinócitos cultivados sobre a lesão apresenta como
desvantagem a baixa taxa de integração da enxertia e o conseqüente período prolongado
de imobilização para possibilitar a cicatrização. Após esse processo estar encerrado, ainda
existe a possibilidade de aparecimento de novas lesões pela fragilidade da cobertura 6.
Para compreender melhor o desenvolvimento da cultura de queratinócitos humanos é
necessária a caracterização dos diferentes detalhes dessa célula. Um dos objetivos dentro
de um laboratório de cultura de células é o aprimoramento do cultivo, e a utilização do
citômetro de fluxo é fundamental para o estudo da dinâmica celular dos queratinócitos.
Não existe na literatura, protocolo de citometria de fluxo para queratinócitos da epiderme
ou de folículos pilosos, portanto inicialmente, uma das necessidades para a realização
desse estudo foi a definição de um protocolo de queratinócitos em citometria de fluxo.
No protocolo tradicional de isolamento de queratinócitos, a taxa de eficiência de formação
de colônias de queratinócitos é muito baixa, ao redor de 3 a 4%, determinando uma
quantidade muito pequena de células proliferativas a partir do fragmento inicial de pele
retirado do paciente grande queimado7,8,9.
Essas células proliferativas fazem parte da população de células amplificadoras de
transição, pertencentes a um estágio intermediário entre as células tronco da epiderme e
os queratinócitos em diferenciação. Essa população de células proliferativas existe na
epiderme, local onde é realizado o isolamento primário para a cultura de queratinócitos,
mas também existe uma população definida de células proliferativas no folículo piloso, que
é o local principal onde ocorre a proliferação dos queratinócitos para a cobertura de lesões
parcias da pele.
Um método de isolamento de queratinócitos que possibilite a formação de um maior
número de células proliferativas viáveis é fundamental para o sucesso da técnica de cultivo
e do tratamento dos grandes queimados, pois produz num menor tempo tecido em grande
quantidade para a cobertura definitiva das lesões.
A utilização de enzimas, no caso a tripsina e a dispase, entre outras, associada ao fator
mecânico para a separação das células do fragmento de pele é essencial, mas também é
fundamental que a técnica produza células viáveis e não células mortas ou em processo de
apoptose.
As medidas bioquímicas e biofísicas em células isoladas vêm sendo efetuadas há anos,
utilizando basicamente a análise visual em vários tipos de microscópios. Muitos dos
métodos imunohistoquímicos e dos métodos de análise celular tornaram-se cada vez mais
aprimorados com o desenvolvimento dos citômetros de fluxo. A citometria de fluxo é uma
técnica moderna de análise celular, pela qual é possível a obtenção de multiparâmetros
simultâneos, compreendendo várias informações celulares em uma mesma amostra.
Dentre os exemplos das medidas que podem ser efetuadas destacam-se as características
físicas, como tamanho, volume, índice de refração e viscosidade, bem como características
químicas, como conteúdo de DNA e RNA, proteínas e enzimas, além das características
antigênicas como moléculas de superfície celular que são facilmente detectadas através de
imunofluorescência com anticorpos monoclonais10.
A citometria de fluxo também possibilita uma melhor caracterização da célula, podendo
estudar o núcleo, sua membrana, o ciclo celular, a apoptose celular e a necrose utilizando
marcadores específicos11. Outra vantagem da utilização do citômetro é a objetividade e a
reprodução dos resultados, e a avaliação celular específica de um número maior de células
avaliadas, sendo uma técnica independente do operador, uma vez que os parâmetros são
calibrados pelo aparelho.
O objetivo do estudo é caracterizar os queratinócitos humanos primários cultivados
isolados de epiderme e de folículos pilosos por diferentes métodos de isolamento através
da citometria de fluxo.
MÉTODOS
ÍNDICE
Cultura de queratinócitos humanos.
A cultura primária de queratinócitos foi iniciada com uma suspensão isolada de células
derivada de um fragmento de espessura total de pele do paciente, a qual foi picotada e
tratada com tripsina, com dispase ou com a associação de dispase e tripsina para
desagregar as células.
O meio de cultura para queratinócitos foi constituído por uma mistura de 3:1 de DMEM e
meio F12 de HAM, ou seja, 750ml:250ml respectivamente para um total de um litro;
suplementado com 10% de soro fetal bovino (FBS); 24mg de adenina (6-aminopurina
hidrocloreto) preparada fresca diluindo-se em 20ml da mistura DMEM:F12 de HAM com
concentração final de 1,8x10-4 mol/l; 1ml de toxina do cólera com concentração final de
10-10mol/l; 2ml de penicilina /estreptomicina 100UI/ml-100mg/ml; 2ml de hidrocortisona
com concentração final de 0,4mg/ml; 1ml de transferrina/triiodo-L-tironina, com
concentração final de 2x10-9mol/l; 1,3ml de insulina com concentração final de 5mg/ml; o
pH foi ajustado para 7,2 aproximadamente; esterilizado com filtro 0,22mm, e armazenado
em refrigerador a 4°C, apresentando coloração vermelha.
Os queratinócitos humanos normais foram derivados de pele de pacientes submetidos a
procedimentos cirúrgicos na Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP/EPM e a obtenção
do fragmento de pele total de 1cm² desprezada em centro cirúrgico, ocorreu na manhã do
isolamento. A obtenção do fragmento de pele do paciente somente ocorreu após a
assinatura do termo de consentimento pós-informado sobre o destino da pele.
Foram realizadas trés técnicas de isolamento de queratinócitos originários da epiderme, a
tradicional descrita por GREEN, KEHINDE, THOMAS (1979)7, GREEN (1985)8 e GREEN
(1991)9, sendo colocado em uso no Laboratório de Cultura de Células da Disciplina de
Cirurgia Plástica da UNIFESP/EPM, por GRAGNANI, MORGAN e FERREIRA (2002,
2004)12,13. Esse foi o primeiro grupo de estudo das técnicas de isolamento.
O passo inicial no fluxo laminar foi a lavagem do fragmento em tubos contendo PBS,
passando posteriormente ao picotamento em tripsina a 0,05%. Os fragmentos foram
colocados em um frasco agitador, que se encontrava pré-aquecido, e continha tripsina e
versene, sendo 6 ml de cada determinando volume total de 12 ml, o que após o período de
30 minutos sob agitação mecânica e à ação enzimática à temperatura de 37ºC, gerou a
separação dos queratinócitos.
Após 30 minutos, retirou-se o sobrenadante da solução, onde as células separadas
encontravam-se, sendo realizada a centrifugação da solução para a retirada da tripsina e
do versene, e as células ressuspensas em 3ml do meio de cultura para queratinócitos.
O segundo grupo de técnica de isolamento foi a realização com a dispase, sendo o
fragmento submetido à mesma lavagem do grupo anterior, com 30 ml de PBS em 8 tubos
cônicos com capacidade de 50 ml, para a retirada de contaminantes. Após isso, o
fragmento foi colocado num tubo cônico de 15 ml de capacidade com 5 ml de dispase a
0,5%, ficando por 18 hs a 4ºC. Após esse período foi adicionado 5 ml de Versene e a
seguir todo o contêudo do tubo foi passado para uma placa de Petri e com o auxílio de
pinças delicadas foi separada a epiderme da derme. A epiderme foi colocada num tubo com
5 ml de tripsina a 0,25% a 37ºC por 5 minutos. Após esse período, submeteu-se os
fragmentos a uma agitaçao por 30 segundos no vortex, após mais um período de 5
minutos na incubadora a 37ºC e posteriormente realizou-se a homogeneização do material
no fluxo por pipetagem por 30 vezes. Após esse processo, foi realizada a decantação do
sobrenadante e centrifugação como no grupo anterior.
O terceiro grupo de técnica de isolamento foi realizado com a dispase de maneira
semelhante ao grupo anterior, sendo que após a separação da epiderme e derme, os
fragmentos de epiderme foram colocados em placa de Petri com tripsina a 0,05% e
realizado o isolamento por 30 minutos como na primeira técnica mencionada.
O protocolo de isolamento de queratinócitos originários de folículos pilosos iniciou-se com a
retirada dos folículos do couro cabeludo desprezado em ritidoplastia, com o auxílio de uma
pinça delicada, sendo o movimento perpendicular à pele de forma a que ocorresse a
exposição do folículo. O material folicular foi diretamente coletado em uma placa de cultura
de 60 mm contendo 5 ml de meio de cultura de queratinócitos. A parte distal do folículo foi
cortada com a utilização de tesoura de íris sendo coletado apenas a região da
protuberância e do bulbo do folículo piloso.
Em seguida, todos os folículos foram colocados em outra placa de 60 mm. Para cada 50
folículos foi adicionado 1 ml de tripsina a 0,05%. Após, a placa foi mantida na incubadora a
temperatura de 37ºC e incubada por 8 minutos. Após este período, a placa foi checada no
microscópio invertido e verificou-se que havia o destacamento dos queratinócitos do bulbo
folicular. Após, foram retirados os folículos remanescentes, e imediamente foi adicionado 1
ml de meio de cultura de queratinócitos para cada ml de tripsina para neutralizar a ação da
enzima14.
Em seguida o conjunto de queratinóciots, tripsina e meio de cultura foi acondicionado em
um tubo de 15 ml e centrifugado a 800 rpm por 6 minutos. Após a centrifugação as células
foram ressuspensas em 1 ml de PBS e avaliadas no citômetro de fluxo.
Citometria de fluxo.
A técnica de citometria de fluxo foi utilizada para detectar ciclo celular e apoptose em
células em suspensão, usando iodeto de propídeo (PI) e anexina V conforme o método
descrito por NICOLETTI, 199115. O método consistiu em fazer a marcação do DNA celular
pelo PI, utilizando 500ml de solução tampão (10mmol/l Hepes/ NaOH, pH 7.4, 140mmol/l
NaCl, 2.5mmol/l CaCl2), acrescentando 10ml de solução tampão de PI (50mg/ml).
Para a utilização das células, foram retiradas da amostra 500ml das células fixadas em
formol a 4%, acrescentando-se 500ml de PBS, centrifugando por 4min a 1000rpm.
Acrescentou-se 2ml de glicina, homogenizou-se com pipeta sorológica seguida de nova
centrifugação. Aspirou-se e foi acrescentado uma solução de PBS mais saponina para
ressuspender as células. Desta amostra retirou-se 100ml e foi adicionado 10ml de Rnase,
sendo mantida em banho maria por 40min.
As células foram ressuspensas em 100ml de solução tampão contendo PI e foram
incubadas por 10min, protegidas da luz e em temperatura ambiente, sendo lavadas com
solução tampão e imediatamente analisadas no citômetro de fluxo.
Para a utilização do marcador anexina V, após o isolamento de queratinócitos, centrifugouse 2 x 106 células/ml suspensas em PBS. O botão de células foi ressuspenso em 1ml de
tampão de anexina V diluído 10 vezes em água destilada. Prepararam-se os tubos
conforme a população utilizada e ressuspendeu-se em tampão de anexina V. No primeiro
tubo foi colocado 100µl com 5µl de anexina V e 10µl de PI. No segundo, foi colocado 5µl de
anexina V. No terceiro, 10µl de PI. E no quarto colocaram-se apenas as células sem
marcadores. Foi realizada a agitação no Vortex, incubado por 20 minutos no escuro e em
temperatura ambiente. Após, foram verificados os resultados do tubo um e quatro e
analisados. Os experimentos com a citometria de fluxo foram realizados em triplicata.
RESULTADOS
ÍNDICE
Para a definição do protocolo de citometria de fluxo, foram avaliados queratinócitos
primários isolados de fragmento de pele de 22 pacientes, com idade variando de 0 a 15
anos, divididos em tres grupos, de 0 a 3 anos, de 4 a 9 anos e de 10 a 15 anos. Pode-se
observar que o maior número de células isoladas foram no grupo de 0 a 3 anos, com valor
aproximado de 4 x 106células, e que os grupos etários com idades superiores mostraram
uma queda no número de células isoladas com uma relação inversamente direta, quanto
maior a faixa etária, menor o número de células isoladas (Figura 1).
No método de citometria de fluxo, um dos pontos importantes é a fixação da amostra para
a análise no citomêtro de fluxo. O tempo de fixação é fundamental, pois o mesmo pode
determinar a morte celular, determinando uma amostra com um número muito menor que
o inicial, e como não existe protocolo para queratinócitos humanos cultivados, foi realizado
o experimento para determinar o tempo de fixação eficiente para a análise, mas que
produzisse o maior número de células viáveis.
Foram utilizados dois tempos, os quais são os mais utilizados na literatura para diferentes
tipos celulares, sendo de 2 e de 7 dias. Foi avaliada a percentagem de células íntegras
analisadas pela citometria de fluxo após o período de 2 e 7 dias de fixação, sendo que a
fixação por 2 dias determinou 85% de células viáveis contra 20% quando a fixação foi de 7
dias (Figura 2).
O citômetro de fluxo gerou uma análise, representada em gráfico, relacionando a
complexidade e o tamanho das células, determinando áreas dentro do mesmo, onde existe
maior aglomeração celular, definindo populações específicas estudadas (Figura 3).
Na figura anterior foi desenhada uma grade, R1, onde existe a maior aglomeração celular,
e como o isolamento das células foi a partir de fragmento de pele, onde na epiderme existe
ao redor de 85% de queratinócitos, sendo essa a célula predominante. A aglomeração
representa a população prevalente com tamanho e complexidades semelhantes, portanto,
os queratinócitos. Essa mesma grade está em destaque na Figura 4.
Após a definição do protocolo de citometria de fluxo para queratinócitos primários, foi
realizado o experimento com os três métodos de isolamento primário de queratinócitos
com as diferentes sequências de enzimas utilizadas. Inicialmente foram comparados o
grupo de isolamento tradicional com a tripsina somente e o grupo que utilizou a dispase
por 18 hs e mais 10 minutos de tripsina. Observou-se que 0,10% apresentaram células em
necrose no grupo de dispase e 0,95% no grupo de tripsina, apresentando significância
estatística (Figura 5).
Foi avaliada também a percentagem de células em apoptose tardia no isolamento primário
de queratinócitos no grupo que utilizou dispase e o que usou tripsina. Observado que os
grupos apresentaram percentagens próximas de 2%, sendo que haviam mais células em
apoptose tardia no grupo tripsina, sem apresentar significância estatística (Figura 6).
Avaliada a percentagem de células em apoptose no isolamento primário de queratinócitos
no grupo de dispase e no de tripsina. Observado que os grupos apresentaram
percentagens de 4% e 11%, respectivamente, com significância estatística (Figura 7).
Avaliada a percentagem de células viáveis no isolamento primário de queratinócitos no
grupo de dispase e no de tripsina. Observado que os grupos apresentaram percentagens
de 95% e 85%, respectivamente, com significância estatística (Figura 8).
Passamos à avaliação da percentagem de células em necrose no isolamento primário de
queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de dispase mais tripsina
por 30 min. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 0,15% e 3,2%,
respectivamente, com significância estatística (Figura 9).
Avaliada a percentagem de células em apoptose tardia no isolamento primário de
queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de dispase mais tripsina
por 30 min. Observado que os grupos apresentaram percentagens de 2% e 33%,
respectivamente, com significância estatística (Figura 10).
Avaliada a percentagem de células em apoptose no isolamento primário de queratinócitos
no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de dispase mais tripsina por 30 min.
Observado que os grupos apresentaram percentagens de 3,5% e 0,8%, respectivamente,
com significância estatística (Figura 11).
Avaliada a percentagem de células viáveis no isolamento primário de queratinócitos no
grupo dispase 10 min e dispase 30 min e observado que os grupos apresentaram
percentagens de 94% e 63%, respectivamente, com significância estatística (Figura 12).
Após a avaliação entre os três métodos de isolamento primário de queratinócitos, onde foi
realizado inicialmente, entre a tripsina e a dispase mais tripsina por 10 minutos, mostrando
resultado favorável para a segunda; e em segundo, a comparação entre a dispase por 10
minutos e a dispase por 30 minutos, também mostrando resultado favorável para a
dispase mais tripsina por 10 minutos, essa foi escolhida para a realização da comparação
entre os queratinócitos oriundos da epiderme e os de folículo piloso.
Observado que o grupo de queratinócitos da epiderme apresentaram 0,15% de células em
necrose, enquanto os queratinócitos de folículos pilosos apresentaram 1,25%, com
significância estatística (Figura 13).
Avaliada a percentagem de células em apoptose tardia no isolamento primário de
queratinócitos no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de folículo piloso.
Observado que os grupos apresentaram percentagens de 1,85% e 2%, respectivamente,
sem significância estatística (Figura 14).
Avaliada a percentagem de células em apoptose no isolamento primário de queratinócitos
no grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de folículos pilosos. Observado que os
grupos apresentaram percentagens de 4% e 10%, respectivamente, sem significância
estatística (Figura 15).
Avaliada a percentagem de células viáveis no isolamento primário de queratinócitos no
grupo de dispase mais tripsina por 10 min e no de folículos pilosos. Observado que os
grupos apresentaram percentagens de 94% e 86,75%, respectivamente, com significância
estatística (Figura 16).
Figura 1 - Análise da faixa etária dos pacientes e o número total de células após
isolamento primário de queratinócitos.
Figura 2 - Tempo de fixação de queratinócitos humanos primários e a percentagem de
células íntegras analisadas no citômetro de fluxo.
Figura 3 - Gráfico gerado pelo citômetro de fluxo da análise de queratinócitos humanos
primários cultivados, segundo tamanho e complexidade.
Figura 4 - Gráfico de Citometria de fluxo de queratinócitos humanos primários cultivados
em R1.
Figura 5 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em
necrose nos grupos de dispase e de tripsina.
Figura 6 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em
apoptose tardia nos grupos de dispase e de tripsina.
Figura 7 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em
apoptose nos grupos de dispase e de tripsina.
Figura 8 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células
viáveis nos grupos de dispase e de tripsina.
Figura 9 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em
necrose nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 minutos.
Figura 10 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em
apoptose tardia nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 min
Figura 11 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células em
apoptose nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 minutos.
Figura 12 - Tipo de isolamento primário de queratinócitos e a percentagem de células
viáveis nos grupos de dispase mais tripsina por 10 e por 30 minutos.
Figura 13 - Percentagem de células em necrose nos queratinócitos isolados com dispase
mais tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos.
Figura 14 - Percentagem de células em apoptose tardia nos queratinócitos isolados com
dispase mais tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos.
Figura 15 - Percentagem de células em apoptose nos queratinócitos isolados com dispase
mais tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos.
Figura 16 - Percentagem de células viáveis nos queratinócitos isolados com dispase mais
tripsina por 10 minutos e de folículos pilosos.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
Desde a década de 70, com a publicação do trabalho de RHEINWALD and GREEN (1975) 16
o cultivo seriado de queratinócitos humanos tornou-se possível. Desde então diversos
autores tem proposto diversas técnicas de isolamento de queratinócitos de forma a
otimizar os protocolos de cultivo estabelecidos17,18,19.
A utilização de diferentes enzimas durante o processo de isolamento celular foi estudada de
forma a melhorar o rendimento da cultura primária de queratinócitos20. O objetivo final
destes trabalhos foi permitir a melhoria dos protocolos de cultura primária21.
Recentemente
novos
estudos
foram
realizados
caracterizando
o
isolamento
dos
queratinócitos com a idade dos pacientes22. No presente experimento foi verificado que
com o aumento da idade dos pacientes havia diminuição do número de células viáveis,
dados compatíveis com os encontrados na literatura.
Nestes experimentos foi estabelecido que o tempo ideal para a avaliação das células
epidérmicas no citômetro de fluxo foi no máximo dois dias de fixação. Estes dados não
foram encontrados na literatura, pois a maior parte dos dados sobre citometria foram
realizados em células sanguíneas. Portanto, o presente estudo é original e inédito,
definindo um protocolo de citometria de fluxo para queratinócitos.
No
presente
experimento,
foram
avaliados
diferentes
tipos
de
isolamento
de
queratinócitos. O grupo em que as células foram tratadas com tripsina por 30 minutos
seguiu o protocolo padrão7,8,9,12,13. O grupo que utilizou dispase foi seguido de
tratamento com tripsina. Isto ocorre pois a dispase promove uma separação entre a
epiderme e derme ao nível da membrana basal, rompendo as ligações proteicas existentes
entre os desmossomos e as fibrilas de ancoragem da derme. Desta forma os queratinócitos
da camada basal, onde esta a maior parte das células responsáveis pela proliferação
epidérmica, tornam-se mais facilmente expostos à ação da tripsina.
Quando foram comparados os dados do isolamento com dispase e tripsina por 10 minutos
com o método padrão, o primeiro apresentou maior número de células viáveis e menor
número de células em apoptose e necrose. Apenas o grupo de apoptose tardia não
apresentou diferença estatística.
Pela avaliação da citometria de fluxo, na comparação das células tratadas com dispase e
tripsina por 10 minutos com o grupo dispase e tripsina por 30 minutos mostrou que os
primeiros apresentaram maior número de células viáveis e menor número de células em
apoptose, apoptose tardia e necrose. Os resultados foram estatisticamente significantes
em
todos
os
grupos.
Com
os
resultados
dessas
duas
comparações,
tornou-se
desnecessária a comparação entre o método tradicional e o da dispase mais tripsina por 30
minutos, pois ambos apresentaram resultados piores que o da dispase por 18 hs mais
tripsina por 10 minutos, método definido como o que resulta na maior eficiência em gerar
células viáveis e menor quantidade de danos, como necrose e apoptose às células.
Portanto, com a escolha da dispase por 18 hs mais tripsina por 10 minutos, esse método
foi comparado aos queratinócitos isolados de folículos pilosos, sítio conhecido de células
proliferativas. Quando foram avaliados os resultados do grupo com dispase e tripsina por
10 minutos e o grupo de folículo piloso houve diferença estatística na avaliação da
apoptose e nas células viáveis.
Estes experimentos foram utilizados inicialmente de forma a tentar caracterizar qual dos
métodos de isolamento proporcionaria um maior número de células viáveis e indiretamente
maior número de células tronco23.
As perspectivas deste estudo com o uso de marcadores específicos para células tronco
24,25 poderá determinar com precisão dados que irão permitir mudanças nos protocolos
de isolamento de queratinócitos, na possibilidade de isolamento dessas células tronco
adultas por citômetro de fluxo com cell sorter e sua utilização na engenharia de tecido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Youn SW, Kin DS, Cho HJ, Jeon SE, Bae IH, Yoon HJ, Park KC. Cellular senescence
induced loss of stem cell proportion in skin in vitro. J Dermatol Sci. 2004; 35:113-23.
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and Wound Healing: A clinical and Research Symposium. 1993;5(2):97-111.
6.Sheridan RL,Tompkins RG. Cultured autologous epithelium in patients with burns of
ninety percent or more of the body surface. J Trauma. 1995;38(1):48-50.
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epithelia suitable for grafting. Proc Natl Acad Sci USA. 1979;76:5665-9.
8.Green H. Procedure for growing human keratinocytes into epithelia suitable for grafting.
Protocolo do Laboratório de Howard Green, Harvard Medical Svhool. 1985; 1-15.
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10.Brenchley JM, Rosa S, Roederer M. Beyond six colors: A new era in flow cytometry.
Nature Medicine. 2003;9(1):112-7.
11.Snow C. Flow Cytometer Electronics. Cytometry Part A.2004;57A:63-9.
12.Gragnani A, Morgan JR, Ferreira LM. Differentiation and barrier formation of a cultured
composite skin graft. J Burn Care
HÉRNIA ABDOMINAL PÓS TRAM: CORREÇÃO COM USO DE TÉCNICA
DE DUPLA TELA / ABDOMINAL HERNIA AFTER TRAM: CORRECTION
USING TECHNIQUE OF DOUBLE MESH
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADOS | DISCUSSÃO | LEGENDA DE FIGURAS |
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Bruno Marino Claro
MD
DESCRITORES
hérnia
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A utilização do retalho miocutâneo transverso do reto do abdome (TRAM) na reconstrução
mamária produz um resultado de aspecto estético natural e harmônico, além de resultar
em melhoria estética na área doadora (abdome).A maior crítica em relação ao uso do
TRAM é a ocorrência de defeitos na estrutura da parede abdominal, como abaulamentos e
hérnias decorrentes da fraqueza aponeurótica secundária à cirurgia. Para corrigir tais
complicações, descrevemos o reparo secundário da parede abdominal com uso de duas
telas de polipropileno em diferentes planos.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Dezoito pacientes foram submetidas à reconstrução mamária unilateral com o uso de TRAM,
bipediculado, no Hospital Estadual Sumaré (HES) / UNICAMP. No período pós-operatório
tardio duas pacientes (11%) apresentaram hérnias incisonais suprapúbicas após o uso de
tela de polipropileno para o fechamento primário da parede abdominal (23 e 25 meses
após a reconstrução mamária). Após a dissecção da área herniada, fixou-se a primeira tela
na sínfise púbica, nos ligamentos de Cooper, na aponeurose do músculo oblíquo interno, e
na tela retraída da primeira cirurgia. A segunda tela foi sobreposta à primeira, sendo fixada
à aponeurose do músculo oblíquo externo e ao folheto anterior residual da aponeurose do
músculo reto do abdome.
RESULTADOS
ÍNDICE
As duas pacientes evoluíram sem complicações no pós-operatório, como infecção, extrusão
das telas, seroma ou recidiva da hérnia.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A incidência de hérnia, após o fechamento primário da parede abdominal anterior com uso
da tela de polipropileno, pode estar relacionada a complicações relacionadas à sutura da
tela ao folheto anterior da aponeurose do músculo reto do abdome, assim como à atrofia e
retração do próprio folheto anterior ao qual estava fixada a tela. O uso de duas telas
fixadas em planos diferentes visa à distribuição e a fixação das telas em planos diferentes,
trazendo vantagens no reparo direto do(s) defeito(s) da parede abdominal anterior, por
envolver a parede abdominal em sua completa espessura e reforçar os tecidos atrofiados e
retraídos pela ação do processo cicatricial da cirurgia anterior (TRAM) e pela pressão intraabdominal contínua.
LEGENDA DE FIGURAS
ÍNDICE
Figura 1. Hérnia decorrente da fraqueza aponeurática secundária ao levantamento do
retalho miocutâneo transverso do reto do abdome (TRAM).
Figura 2. Descolamento das aponeuroses dos músculos oblíquo interno e externo.
Figura 3. Fixação da primeira tela: inferiormente na sínfise púbica, ínfero-lateralmente nos
ligamentos de Cooper, lateralmente na aponeurase do músculo oblíquo interno e,
superiormente, na tela retraída da primeira cirurgia.
Figura 4. Fixação da segunda tela: sobreposta à primeira, sendo fixada lateralmente à
aponeurase do músculo oblíquo externo e, nos limites superior e inferior, ao folheto
anterior residual da aponeurose do músculo reto do abdome.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Hartrampf CR, Scheflan M, Black PW. Breast reconstruction with a transverse abdominal
island flap. Plast Reconstr Surg 1982; 69(2): 216-25.
2. Nahabedian MY, Dooley W, Singh N, Manson PN. Contour abnormalities of the abdomen
after breast reconstruction with abdominal flaps: the role of muscle preservation. Plast
Reconstr Surg 2002; 109(1): 91-101.
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intraperitoneal synthetic mesh application. Plast Reconstr Surg 2001; 107(1): 55-62.
4. Moscona RA, Ramon Y, Toledano H, Barzilay G. Use of synthetic mesh for the entire
abdominal wall after TRAM flap transfer. Plast Reconstr Surg 1998; 101(3): 706-10.
5. Zienowicz RJ, May JW Jr. Hernia prevention and aesthetic contouring of the abdomen
following TRAM flap breast reconstruction by the use of polypropylene mesh. Plast Reconstr
Surg 1995; 96(6): 1346-50.
VERSATILIDADE DO RETALHO LATERAL DO BRAÇO MICROCIRÚRGICO
EM RECONSTRUÇÕES COMPLEXAS.
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERENCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Marcelo Sacramento Cunha
MD
DESCRITORES
reconstrução, braço, retalho
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O retalho lateral do braço microcirúrgico tem se mostrado confiável e versátil em diversas
séries de casos clínicos. Reconstrução de cabeça e pescoço e extremidades tem sido sua
principal aplicação1,2. Os autores têm como objetivo relatar a versatilidade do retalho
lateral do braço nas reconstruções complexas em microcirurgia do serviço de Cirurgia
Plástica do Hospital das Clínicas da UFBA.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
No período de fevereiro de 2003 a junho de 2006 foram realizados oito procedimentos de
microcirurgia reconstrutora com a utilização do retalho fáscio-cutâneo lateral do braço
variando em reconstruções de membro superior (um caso), membro inferior (quatro casos)
e cabeça e pescoço (três casos). A idade dos pacientes variou de 16 a 68 anos(média 39
anos), sendo um caso (12,5%) do sexo feminino e sete (87,5%) do sexo masculino. Os
pacientes eram pardos em quatro casos (50%) e brancos em quatro casos (50%). As
reconstruções em cabeça e pescoço apresentavam defeitos após ressecções oncológicas
(37,5%), as de membro inferior por trauma automobilístico (50%) e a de membro superior
por seqüela de queimadura (12,5%).(Figuras 1a, 1b, 2a, 2b, 3a e 3b) Em relação aos
antecedentes médicos três casos (37,5%) eram portadores de patologias sistêmicas( HAS,
tabagismo e coronariopatia). O fechamento primário direto da área doadora ocorreu em
todos os casos. O tempo cirúrgico total dos procedimentos em cirurgia conjunta com a
equipe da Cabeça e Pescoço variou de seis a nove horas (média 7.66h), com o tempo de
isquemia do retalho variando entre 15 e 75 minutos (média de 53,3 minutos). Nos demais
cinco procedimentos, realizados apenas pela equipe da Cirurgia Plástica, o tempo cirúrgico
variou de quatro horas e meia a oito horas (média de seis horas), com o tempo de
isquemia variando de 25 a 65 minutos (média 39 minutos). O tempo de permanência
variou de seis a 30 dias (média 10,25 dias). Apenas um paciente (12,5%) necessitou de
UTI no POI por dois dias.
RESULTADOS
ÍNDICE
Os retalhos foram utilizados para reconstrução de cabeça e pescoço(37,5%), membro
superior(12,5%) e membro inferior(50%) por defeitos diversos em etiologia (trauma,
queimadura e oncologia) e extensão (3X4cm a 14X7cm). Não foram observadas
complicações em relação à reconstrução com 100% de sucesso e também em relação à
área doadora não foram observadas complicações.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O retalho lateral do braço oferece como propriedades uma considerável área de tecido
fásciocutâneo com anatomia constante, fácil e rápida dissecção, possibilidade de extensão
para a região proximal do antebraço e alongamento do pedículo1,2,3. A área doadora pode
ser camuflada e escondida facilmente. As altas taxas de sucesso do retalho e fechamento
primário borda-a-borda da área doadora favorecem a sua escolha para a reconstrução de
diversas patologias em diversas áreas do corpo humano.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Chen IC, Lin CY, Yen RS et al. The extended lateral arm flap in head and neck
reconstruction. J. Chin. Med. Assoc.; 66(9):544-50, 2003.
2. Akinci M, Ay S, Kamiloglu S et al. Lateral arm free flaps in the defects of the upper
extremity - a review of 72 cases. Hand Surg.; 10(2-3):177-85, 2005.
3. Cunha MS, Ramos RS, Torres ALG et al. Aplicação da microcirurgia no Serviço de
Cirurgia Plástica da UFBA: Análise dos resultados e complicações. Rev.Col.Bras.Cir.,
32(05):297-303, 2005.
Figura 1 - Defeito complexo após ressecção de carcinoma de base língua e pilar
amigdaliano
Figura 2 - Reconstrução com retalho lateral do braço
Figura 3 - Lesão plantar secundária a trauma automobilístico
Figura 4 - Reconstrução com retalho sensitivo da lateral do braço
Figura 5 - Reconstrução de brida em fossa antecubital secundária a queimadura
EPIDERMÓLISE BOLHOSA CONGÊNITA-RELATO DE CASO
RELATO DE CASO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Andre Villani Correa Mafra
MD
CO-AUTORES
Ataliba Ronan Horta de Almeida
MD
Jorge Antonio de Menezes
MD
Rogério Silvestre Matoso
MD
DESCRITORES
EPIDERMÓLISE BOLHOSA CONGÊNITA
INSTITUIÇÃO
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected].
RELATO DE CASO
ÍNDICE
As epidermólises bolhosas (EB) formam um grupo de desordens bolhosas hereditárias em
que as bolhas surgem espontaneamente ou são desencadeadas por trauma.São
reconhecidos várias formas da doença: simples generalizada e localizada, juncional ou letal
e distrófica e recessiva e EB adquirida. Segundo dados epidemiológicos dos Estados Unidos
da América, ocorrem 50 casos de epidermólise bolhosa por 1.000.000 de nascidos vivos. A
epidermólise bolhosa juncional ou letal ocorre geralmente logo após o nascimento,
iniciando com bolhas e erosões, com grandes áreas de descamação e perda de
pele.Aparecem geralmente de forma espontânea.
Os autores descrevem um caso de um recém nascido que foi atendido pelo serviço de
Cirurgia Plástica do Hospital Mater Dei - BH que evoluiu com uma forma bastante grave e
rara da epidermólise bolhosa congênita.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. Fonseca JCM, Obadia I. Epidermólise bolhosa: Recentes avanços. An Bras Dermatol.
1990; 66: 171-4.
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3. McKenna KE, Walsh MY, Bingham EA. Epidermolysis bullosa in Northern Ireland. Br J
Dermatol.1992; 127: 318-21
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
RINOPLASTIA EM FISSURAS LÁBIO-PALATAIS
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Bruno Spini Heitor
MD
CO-AUTORES
Renato Rocha Lage
MD
Bruno Meilman Ferreira
MD
DESCRITORES
rinoplastia, lábios
INSTITUIÇÃO
Hospital da Baleia
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O presente trabalho estuda o universo de paciente portador de fissura lábio palatais,
submetidos a correção de deformidade nasal. Sendo avaliados o tipo de fissuras, o sexo e
a idade em que estes pacientes foram operados. Também foi avaliado a técnica cirúrgica e
o resultados do ponto de vista estético e funcional.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram avaliados neste estudo retrospectivas 75 pacientes operados no serviço no período
de 2 anos ( 2002 a 2004). O protocolo do serviço como na grande maioria dos centros de
tratamento a pacientes fissurados indica a correção da deformidade nasal unilateral na pré
- escola por volta dos 5 - 6 anos. Nesta época é realizado correção das cartilagens alares
(reposicionamento) assimetria narinas e columela. O septo só é abordado nos casos de
deformidade severa com repercussão funcional. Nos bilaterais e utilizado a orientação de
Millard, sendo a abordagem do nariz realizado como 3º tempo cirúrgico, alongamento da
columela e verticalização das narinas. Este procedimento é realizado após os 3-4 anos de
idade . A abordagem completa do nariz , osteotomias , septoplastia e etc, são realizadas
após 14 anos. A técnica de escolha para correção da deformidade nasal é a de SalyerBardach tanto para uni como bilateral. A correção a Millard para bilateral é reservado para
os casos em que a deformidade se mostra mais simples .
RESULTADOS
ÍNDICE
Foram operados no período de fev/2002 a dez/2004 75 pacientes, sendo 47% do sexo
feminino e 53% do sexo masculino. Em relação as fissuras tivemos as unilaterais em 65% ,
bilaterais em 28% e 7,9% fissuras raras. As unilaterais se dividiram em 13% a direita e
52% a esquerda. Em relação a técnica utilizada tivemos que 62% foram operados pela
técnica de Salyer-Bardach, para bilateral Salyer-Millard em 20%, técnicas mistas 13% e
5% pela técnica de Cronin. Não foi observado nenhuma intercorrência mais severa na
nossa casuística - infecção, deiscência, necrose de retalho, etc. Em relação ao resultado
estético e funcional os pacientes foram classificados em grupos. Bom , razoável e mau;
sendo esta observação realizada pelos pacientes, pais e por membro do staff. Tivemos
cerca de 77% de bons resultados, 19% de razoáveis e 4% de mau resultado ( casos em
que persistiu assimetria e má ou falta de definição de ponto nasal).
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A boa avaliação e um diagnóstico pré operatório acurado com bom planejamento e o gool
da cirurgia ( técnica de exorrino como preconizado por Salyer-Bardach) mostrou-se ser
uma técnica simples, segura, de relativamente fácil execução e que nos permite agregar
outras táticas complementares se necessário durante o transcorrer da cirurgia, enxertos,
cartilagens, septoplastia, etc.). Os resultados obtidos na nossa casuística foram
considerados bons, principalmente pela diversidade do grupo operado e pelo grau de
experiência diverso dos cirurgiões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1 - Carreirão, Sergio; Lessa, Sergio; Zanini, Silvio; Tratamento das Fissuras Labiopalatais segunda edição - capítulo: 12,16,17.
2 - Kane, Alex; Pilgram, Thomas; Moshiri, Mazyar; Marsh, Jeffrey; Long - Term Outcome of
Cleft Lip Nasal reconstruction in Childhood; vol.105,n.5: 1600 - 1608/Plastic and
Reconstructive Surgery, April 2000.
3 - Melega, Cirurgia Reparadora de Cabeça e Pescoço; capítulos 12 e 14.
ANÁLISE CLÍNICO-HISTOPATOLÓGICA DAS NEOPLASIAS CUTÂNEAS
MALÍGNAS NÃO MELANOCÍTICAS QUE ACOMETEM PACIENTES
TRATADOS EM NOSSO SERVIÇO
RELATO DE CASO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
André Luiz Figueiredo Coutinho
MD
CO-AUTORES
Rodrigo Campos Soares Quintas
MD
Ivo Vieira Salgado
MD
Alexandre Câmara Alencar Barros
MD
Thiago Maciel Belfort Campos
MD
DESCRITORES
HISTOPATOLÓGICA NEOPLASIAS CUTÂNEAS
INSTITUIÇÃO
SERVIÇO DE CIRURGIA PLÁSTICA DO INSTITUTO MATERNO INFANTIL PROF. FERNANDO
FIGUEIRA - RECIFE - PERNAMBUCO
Endereço: Rua Gervásio Fioravante , 87, apt 2002 , Graças, Recife-PECEP:52011-030
RELATO DE CASO
ÍNDICE
O Câncer de pele é a malignidade mais freqüente da população brasileira, tornando-se um
grave problema de saúde pública. Desses casos, 70% a 80% são carcinomas
basocelulares, 20% a 25% representam carcinomas espinocelulares e os 5% restantes são
melanomas cutâneos 1. Na literatura, os carcinomas ocorrem com maior freqüência em
indivíduos idosos e de pele clara com história de exposição solar crônica. As áreas
normalmente expostas ao sol como face, tronco e membros superiores são as mais
afetadas, em geral 2,4. Dos tipos de lesão, o nodular ou nódulo-ulcerativo é o mais comum
entre os CBC 3, Apesar da baixa mortalidade, contribuindo com menos de 0,1% das
mortes por câncer, podem causar grande morbidade e, na ausência de tratamento
adequado, apresentam alto índice de recorrência e seqüelas. No Tratamento do paciente
com câncer de pele, devemos ter como objetivo a retirada total ou destruição da lesão com
preservação do tecido normal, da função e do melhor resultado estético possível. De
maneira geral, o tratamento cirúrgico realizado com princípios oncológicos é o de eleição
para os carcinomas cutâneos 2 .
Nosso
trabalho
trata
de
uma
análise
retrospectiva
das
características
clínico-
histopatológicas dos pacientes portadores de Neoplasia Cutânea Malígna não Melanocítica
tratados, através de tentativa de ressecção total, em nosso Serviço, com o objetivo de
avaliar idade e sexo dos pacientes, topografia , características macroscópicas e
microscópicas das lesões.
No Período compreendido entre novembro 2004 a abril 2006, foram operados 211
pacientes e ressecados 319 tumores malignos não melanocíticos de pele, com idade média
de 64 anos( 30 a 100), acometendo 125 (59%) mulheres e 86 (41%) homens. A
localização anatômica das lesões estão distribuídas na tabela 1. Em relação às
características macroscópicas, 177(55%) mediam até 1cm no seu maior diâmetro, 92
(29%) de 1,1 a 2cm e 47(16%) maior que 2cm. Os tipos histológicos encontrados foram
285(89%) CBC e 34(11%) CEC. Entre os Basocelulares, 43(15%) eram do tipo nodular;
194(68%) nóduloulcerativo; 40(13%) plano ou pagetóide; e 8(4%) esclerodermiforme ou
morfeaforme. Os subtipos histológicos estão listados nas tabelas 2 e 3. A prevalência de
margens comprometidas na ressecção primária dos CBC aconteceu em 23(08%) lesões e,
para os CEC, em 02(6%).
Portanto, nosso Serviço vem tratando um grande número de pacientes portadores de
Carcinomas
basocelulares
e
escamosos
de
pele,
com
características
anatômicas
semelhantes à literatura, tornando-se referência em nosso Estado.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1.Kligerman J. Estimativas sobre a incidência e mortalidade por câncer no Brasil. Rev Bras
Câncer. 2002; 175-9.
2.Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Cirurgia Plástica. Atheneu 2005.
3.Mélega J. Cirurgia plástica fundamentos e arte: princípios gerais. MEDSi 2002;
4. Gregório T, Sbalchiero J, Leal P. Acompanhamento a longo prazo de carcinomas
basocelulares com margens comprometidas. Rev Bras Cir. 2005;20(1):8-11;
Figura 1 - Localização anatômica dos tumores
Figura 2 - Subtipos histológicos dos 285 CBC
Figura 3 - Subtipos histológicos dos 34 CEC
TRATAMENTO CIRÚRGICO DA OFTALMOPATIA DE GRAVES
ASSOCIADA A FISTULA PALPEBRAL BILATERAL - RELATO DE CASO /
SURGICAL TREATMENT OF GRAVES - OPHTHALMOPATHY
ASSOCIATED WITH BILATERAL UPPER EYELID FISTULA - CASE
REPORT
INTRODUÇÃO |
CASUÍSTICA
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA |
AUTOR
Leonardo Luiz Mendes
MD
CO-AUTORES
Paulo K
MD
Marcelo de Campos Guidi
MD
Marco Antônio de Camargo Bueno
MD
DESCRITORES
oftalmopatia, palpebra
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A oftalmopatia de Graves é uma doença auto-imune, linfócito-T mediada, caracterizada por
processo inflamatório da periórbita, incluindo musculatura extra-orbitária, gordura e tecido
conjuntivo orbital. A inflamação é acompanhada por deposição de componentes da matriz
extracelular. O aumento de volume do conteúdo orbital leva ao edema periorbital,
disfunção muscular (estrabismo), proptose, ceratites por exposição, aumento da pressão
intra-ocular e compressão do nervo óptico. A cirurgia de descompressão orbitária estará
indicada quando da falha do tratamento clinico, evoluindo em última instância com
compressão neurológica, exposição repetida da córnea e prejuízo da estética facial, com
suas repercussões psicossociais.
CASUÍSTICA E MÉTODO
ÍNDICE
R.A.S., feminina, 44 anos, branca, iniciou quadro de tireotoxicose por Graves, evoluindo
com exoftalmia bilateral. Após controle medicamentoso com metimazol e iodo radioativo,
manteve proptose. Há 4 anos, procurou assistência oftalmológica e foi submetida à excisão
de gordura periorbitária e ROOF, através de incisão em sulco palpebral superior. Evoluiu
com deiscência de suturas palpebrais e manutenção de exoftalmo. Após 8 tentativas de
síntese à esquerda e 4 à direita sem sucesso, foi encaminhada ao nosso serviço mantendo
proptose exuberante, mais pronunciada à esquerda, estrabismo e fistula palpebral
bilateral, com exposição ocular crônica. A paciente foi submetida à incisão infraciliar de
pálpebra inferior e dissecção até visibilização do rebordo orbitário. Após elevação de
periósteo e exposição de arcabouço ósseo intraorbitário, realizou-se a osteotomia de
parede lateral, medial e inferior de órbita bilateralmente, descomprimindo órbita,
melhorando a relação conteúdo/continente. Realizadas incisões no septo orbital, permitindo
ressecção e posterior herniação da gordura retro-orbitária. As fístulas palpebrais, advindas
de
múltiplas
intervenções
cirúrgicas
anteriores,
foram
corrigidas
por
meio
do
restabelecimento da anatomia palpebral. O cuidado resguardou no fato de que as linhas de
suturas ficaram dispostas de forma não coincidente, evitando o alinhamento dos fios, que
poderiam prejudicar a cicatrização e o restabelecimento da integridade palpebral.
RESULTADOS
ÍNDICE
Conseguido bom fechamento da fistula palpebral bilateral, e a regressão contínua do
exoftalmo. O olho esquerdo manteve-se levemente proptótico e estrábico no PO.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A opção de tratamento cirúrgico na exoftalmopatia de Graves é reservada a apenas 5% dos
casos, que apresentam compressão do nervo óptico, alterações de campo visual, e
exposição corneal. Porém, a cirurgia deve ser postergada até o fim da atividade
inflamatória da doença. O uso de corticoesteróides representa uma possibilidade de
tratamento factível nesse período inicial. Até o 7° mês de estabelecimento da exoftalmia, a
radioterapia pode ser uma opção a ser adicionada ao arsenal terapêutico, se conseguida
boa resposta a pulsoterapia. A descompressão orbitária nos mostrou ser a melhor opção de
tratamento para o presente caso, tendo em vista os 4 anos de evolução, a exposição ocular
e o insucesso de tratamentos prévios. O aumento do volume orbitário, conseguido com a
osteotomia orbitária ampla, permitiu boa redução da proptose e recuperação da estética
ocular.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ÍNDICE
1)Levy J, et al. Thyroid ophthalmopathy. Minerva Endocrinol. 2005 Dec;30(4):247-65 #
2) McNab A.A.. Orbital decompression for thyroid orbitopathy. Aust N Z J Ophthalmol. 1997
Feb;25(1):55-61 #
3) Van der Wal KG, et al. Surgical treatment of Graves orbitopathy: a modified balanced
technique. Int J Oral Maxillofac Surg. 2001 Aug;30(4):254-8.
ABORDAGEM CIRÚRGICA DE PACIENTE PORTADOR DE FISSURA
INTRODUÇÃO | APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG | RESULTADOS | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
GNANA KEITH MARQUES DE ARAUJO
MD
DESCRITORES
fissura
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Tessier em 1976 foi o primeiro a considerar em diferentes tipos de fissuras faciais tanto os
aspectos clínicos quanto a anatomia cirúrgica e propor uma classificação.1,2 O correto
diagnóstico do paciente é fundamental para uma abordagem cirúrgica adequada ao caso.3
A fissura 0-14, assim denominada por Tessier, é de tal maneira rara e de apresentação
múltipla que mesmo para os profissionais mais experientes seu tratamento torna-se um
desafio.3,4,5 Os pacientes podem apresentar desde um entalhe mínimo no lábio superior e
no vermelhão e discreto nariz bífido até completa divisão das estruturas faciais na linha
média.3,4 Caracteriza-se por falha na fusão de processos responsáveis pela formação facial
em torno da oitava semana de vida intra-uterina.3 A fissura envolve tanto tecidos moles
quanto elementos ósseos e resulta em crescimento craniofacial alterado.3,4
APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG
ÍNDICE
Criança do gênero feminino, com dois anos de idade, apresentando nariz bífido com quatro
orifícios narinários, hiperteleorbitismo, telecanto, fissura labiopalatal mediana completa,
apêndice mediano em língua e alteração na forma da região frontonasal. Previamente
hígida, com avaliação pediátrica e anestesiológica sem alterações.
Submetida a procedimento cirúrgico sob anestesia geral associada à infiltração de solução
de xilocaína e bupivacaína. Objetivou-se a correção da cinta labial e reconstrução nasal
com total aproveitamento dos tecidos existentes. Não houve ressecção tecidual. O
planejamento cirúrgico visou à preservação da pré-maxila que se encontrava desviada
antero-lateralmente à direita. O tecido dermo-gorduroso da ponta nasal, entre as
cartilagens alares afastadas e hipotróficas, foi utilizado na reconstrução labial. Os dois
orifícios narinários mediais terminavam em fundo cego e foram desepidermizados para
reconstrução nasal.
RESULTADOS
ÍNDICE
Estes procedimentos resultaram em boa resolução da anomalia apresentada. Logicamente
outros procedimentos cirúrgicos devem ser programados, tais como palatoplastia,
rinoplastia, enxerto ósseo e implante dentário. Atendimento multidiciplinar com psicólogo,
fonoaudiólogo e profissionais da odontologia são fundamentais para o sucesso terapêutico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Tessier P. Anatomical classification of facial, craniofacial, and lateral facial clefts. J
Maxillofac Surg. 1976; 4:69-81.
2.De Ponte FS, Bottini DJ, Sassano PP, Iannetti G Surgical planning and correction of
medial craniofacial cleft. J Craniofac Surg.1997Jul;8(4):318-22.
3.Turkaslan T, Ozcan H, Genc B, Ozsoy Z. Combined intraoral and nasal approach to
Tessier No: 0 cleft with bifid nose. Ann Plast Surg. 2005 Feb;54(2):207-10.
4.Thorne CH. Craniofacial clefts. Clin Plast Surg. 1993 Oct;20(4):803-14.
5.Tolarova MM, Cervenka J. Classification and birth prevalence of orofacial clefts. Am J Med
Genet. 1998 Jan 13;75(2):126-37.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
APLICAÇÃO DA MICROCIRURGIA EM SEQUELAS DE QUEIMADURAS
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODO | RESULTADO | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Marcelo Sacramento Cunha
MD
DESCRITORES
MICROCIRURGIA EM SEQUELAS DE QUEIMADURAS
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O estudo pretende avaliar a aplicação da microcirurgia para reconstrução de defeitos
adquiridos após queimaduras em pescoço, membros inferiores e membros superiores,
analisando os resultados da casuística.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
No período de dezembro de 2003 a agosto de 2005 foram realizados quatro procedimentos
de microcirurgia reconstrutiva aplicados à queimaduras. A idade dos pacientes variou de 16
a 45 anos (média de 30,25 anos). O tempo cirúrgico variou de 75 a 480 minutos (348,75
min.) e o tempo de isquemia variou de 75 a 120 minutos (93,75 min.). A escolha dos
retalhos foi baseada no estudo do defeito, quantidade e qualidade dos tecidos requeridos,
assim como extensão e compatibilidade dos vasos doadores e receptores. Os retalhos
utilizados foram: um retalho chinês aplicado para uma reconstrução de cabeça e pescoço
após ressecção de úlcera de marjolin; dois retalhos ântero-laterais da coxa: um para
queimadura em membro inferior e outro para brida cervical e um retalho lateral do braço
para brida em fossa antecubital. Os vasos receptores variaram de acordo com o local do
defeito e a permeabilidade dos mesmos. No retalho chinês foi utilizada a artéria facial e
veia jugular externa com anastomoses termino- terminais; em um caso do lateral da coxa
foi utilizada a artéria tibial anterior e veia comitante com anastomoses termino-terminais e
no outro foi utilizada a artéria lingual e duas veias: tireóidea superior e jugular anterior
com anastomoses termino-terminais; no caso do lateral do braço foi utilizada artéria ramo
da braquial e veia comitante com anastomoses termino-terminais. As complicações das
reconstruções e áreas doadoras foram divididas em imediatas (intra-operatórias), recentes
(até 21dias) e tardias (após 21dias)1,2. As complicações analisadas foram relacionadas às
reconstruções e divididas em menores (perda parcial do retalho e/ou satisfação parcial do
plano pré-operatórío) ou maiores (perda total do retalho e/ou não satisfação do plano préoperatório)1,2. Em relação às áreas doadoras, foram divididas em menores (com
necessidade de re-intervenção cirúrgica) e maiores (deformidade não satisfatória ao
cirurgião ou não aceitável ao paciente)1,2. Os resultados foram classificados como bons
(sem complicações), satisfatórios (complicações menores) ou ruins (complicações maiores)
conforme tabela I em anexo1,2.
RESULTADO
ÍNDICE
Três retalhos sobreviveram (75% de sucesso) e em um (25%) houve perda total. Foram
encontradas, em relação à reconstrução, uma complicação imediata (25%): trombose
arterial re-explorada com sucesso; uma recente (25%): trombose arterial com perda do
retalho e nenhuma tardia. Em relação à área doadora, foi observado um caso de
complicação recente (25% ): infecção e deiscência e um caso de complicação tardia
(25%): neuroma.(Figura 1) Os resultados da reconstrução foram classificados como bons
em três casos (75%) e ruim em um caso (25%).(Figuras 2a, 2b, 3a e 3b) Os resultados
das áreas doadoras foram bons em dois casos (50%), satisfatórios em dois casos (50%).
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A microcirurgia permitiu grande avanço no tratamento das seqüelas de queimaduras1,3. As
grandes contraturas, bridas e retrações podem ser tratadas com escolha da extensão e
qualidade dos tecidos doadores para reparo. Os resultados bons e satisfatórios em 75%
das reconstruções microcirurgicas em casos de queimaduras e ausência de complicações
maiores em áreas doadoras favoreceram a sedimentação e credibilidade do procedimento.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1. Cunha, M.S.; Ramos, R.S.; Torres, A.L.G. et al. Aplicação da microcirurgia no Serviço de
Cirurgia Plástica da UFBA: Análise dos resultados e complicações. Rev.Col.Bras.Cir.,
32(05):297-303, 2005.
2. Baumeister S, Koller M, Draqu A, Germann G, Sauerbier M. Principles of microvascular
reconstruction in burn and electrical burn injuries. Burns, 31(1):92-8; 2005.
Figura 1 - Classificação dos resultados das reconstruções e áreas doadoras quanto à
presença de complicações.
Figura 2 - Complicação menor em área doadora do retalho antebraquial radial: Neuroma
Figura 3 - Paciente portador de úlcera de marjolin após queimadura há 30 anos.
Figura 4 - Ressecção extensa da lesão e área cicatricial com reconstrução com retalho
antebraquial radial microcirúrgico.
Figura 5 - Paciente portadora de brida cérvico-torácica grave.
Figura 6 - Liberação e ressecção do tecido cicatricial com reconstrução com retalho ânterolateral da coxa microcirúrgico.
RECONSTRUÇÃO MAMÁRIA EM SEQÜELA DE QUEIMADURA: RELATO
DE CASO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Deise de Azevedo Monteiro
MD
DESCRITORES
reconstrução, mama
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O uso do retalho muscular de grande dorsal foi inicialmente descrito por Tansini(1896) para
reconstruir parede torácica pós-mastectomia. Em sua forma musculocutânea foi descrito
inicialmente por Olivari e popularizado no meio médico em 1978 por Bostwick e cols.
Psillakis em 1981 fez a primeira publicação a esse respeito no Brasil. Difundido para
reconstrução de mama em ressecções oncológicas, os autores mostram a diversidade do
retalho relatando um caso de reconstrução mamária por seqüela de queimadura ocorrido
em nosso serviço.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Estudo de caso de paciente do sexo feminino, 50 anos, parda, história de lesão térmica por
contato direto com fogo em vestes há 45 anos. Apresentava grande área de tecido
cicatricial pós-queimadura em hemitórax direito com extensa brida tóraco-abdominal com
apagamento do sulco mamário e toda unidade estética da mama, destruição da aréola e
resquício de mamilo. Não foi realizado tratamento cirúrgico e teve extrema dificuldade para
amamentar. Compareceu ao nosso serviço com desejo de realizar reconstrução da mama
direita. Como não havia tecido cutâneo com qualidade adequada foi optado pela realização
de um retalho em ilha de pele de dimensões superiores ao déficit aparente. O primeiro
tempo cirúrgico em março de 2006 utilizou-se retalho mio-cutâneo do grande dorsal
pediculado à direita com ilha de pele medindo 20 X 10cm. Após tratamento de área
receptora, como não havia sensibilidade adequada e o posicionamento ideal era impossível,
os autores optaram por não preservar o mamilo remanescente. Teve um pós-operatório
habitual sem intercorrências obtendo alta hospitalar no segundo DPO. Após três meses da
primeira intervenção foi realizada a simetrização da mama contra-lateral e reconstrução do
CAM com retalho local tipo "Skate" e enxerto de pele total.
RESULTADOS
ÍNDICE
Devido ao volume mamário preexistente, a reconstrução aproximou-se muito do volume da
mama contra-lateral, facilitando a simetrização. A paciente obteve um excelente grau de
satisfação com o resultado final.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A reconstrução mamária através do retalho mio-cutâneo do grande dorsal ipsilateral é uma
técnica segura, rápida e versátil que permite a reparação quando necessitamos de
cobertura cutânea extensa fazendo parte do arsenal de técnicas para casos de maior
complexidade. Muito difundido em reconstrução de mama após mastectomias por motivos
oncológicos, este retalho evidenciou ser uma excelente opção em reparações após
seqüelas de queimaduras. Neste caso a cirurgia plástica contribuiu para melhorar os
aspectos anatômicos e estéticos e sobretudo, da auto-estima da paciente tão fragilizada
por um acidente mutilador, tornando sua qualidade de vida infinitamente superior.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Glattstein, N., Mélega, J.M., Cirurgia Plástica Fundamentos e Arte - Cirurgia Reparadora
de Tronco e Membros. Rio de Janeiro: Medsi, 2004: 19.
2.Munhoz, A.M., Cunha, M.S., Microcirurgia Reconstrutiva. São Paulo: Atheneu, 2005: 05.
3.Leal, P.R., Cammarota, M.C., Palma, L. et al. Reconstrução imediata da mama: avaliação
dos pacientes operadas no INCA no período de junho de 2001 a junho de 2002. Revista
Brasileira de Mastologia - 149. Vol 13 - nº4 -2003.
Figura 1 - Pré-operatório
Figura 2 - Pré-operatório
Figura 3 - Pedículo do retalho
Figura 4 - Retalho na área receptora
Figura 5 - Pós-operatório de 30 dias
Figura 6 - Detalhe lateral
TRATAMENTO CIRÚRGICO DO LINFEDEMA DO PÊNIS E DO ESCROTO
PELA TÉCNICA DE CORDEIRO
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Adriana Gondim do Amaral
CO-AUTORES
Célio Ferreira Leão
Preceptor chefe do Serviço da Santa Casa de Goiânia
Luiz Pinto Neto
Residente do 3º ano da Santa Casa de Goiânia
Alysson Silva Pinheiro
Residente do 2º ano da Santa Casa de Goiânia
Valdevan Afonso Rabelo
Residente do 1º ano da Santa Casa de Goiânia
DESCRITORES
tratamento, linfedema, pênis, escroto, cordeiro.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O linfedema peniano e escrotal é uma doença rara , caracteriza-se por uma anormalidade
de absorção do fluido linfático ou por obstrução. O diagnóstico é baseado na história clínica
do paciente e no exame físico. O paciente normalmente procura o serviço médico , com
graves problemas de ordem estética e funcional. O tratamento de eleição é unicamente
cirúrgico. O objetivo do nosso trabalho é mostrar nossa experiência , com essa doença
incomum .
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Foram operados 4 pacientes, com idade entre 38 e 67 anos , no período 2000 a 2005 ,
portadores de linfedema no pênis e no escroto. O diagnóstico foi basicamente clínico, todos
encontravam-se no estágio crônico da doença. No tratamento cirúrgico executou-se uma
plástica do pênis e do escroto, que consiste na excisão de todo o tecido subcutâneo
acometido, combinado com a reconstrução do pênis e da bolsa escrotal. Optou-se pela
técnica de Cordeiro, devido a maior facilidade, poucas recidivas , além de bons resultados
estéticos e funcionais.Figuras ( 1 a 3 )
Figura 1
Figura 2
Figura 3
RESULTADOS
ÍNDICE
Dois pacientes evoluíram de forma satisfatória , e dois apresentaram necrose na região
ventral do pênis , sendo que um foi tratado com enxerto de pele e o outro houve
fechamento por segunda intenção da lesão. Todos os pacientes relataram melhoras tanto
estéticas quanto funcionais .
Figuras ( 4 e 5 ) .
Figura 1 - Figura 4
Figura 2 - Figura 5
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O linfedema da genitália externa masculina é uma doença pouco freqüente , principalmente
nos estágios demonstrados . Constatou-se que o baixo grau de instrução o nível econômico
precário e os aspectos psicológicos dos pacientes , dificultam a busca mais precoce pelo
serviço especializado. O tratamento é cirúrgico , damos preferência pela técnica de
Cordeiro pelos baixos índices de complicações e pelos bons resultados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Bleo, Tomé J. Elefantiasis of the penis . 1973. Disertación. Trans II. European Congress of
Plastic Reconst Surgery . University of Viena.Viena,1973.
2.Cordeiro, A K: Bacaracat, F F . Byk-Prociex, São Paulo: linfologia: Fundo editorial, 1983.
3.cordeiro, A K.Comunicações linfo-venosas. Trabalho apresentado à Sociedade Brasileira
de Angiologia, São Paulo, Jul, 1969.
4.Homans, J. The treatement of elefantiasis of the legs , apreliminary report. N Engl J Med,
1936.
5.Mello, N A. Síndrome dos linfedemas . Cursos Especialização em Angiologia. Esc Méd.
Pós-graduação da PUC do Rio de Janeiro, 1997.
RECONSTRUÇÃO DA PAREDE ABDOMINAL COM RETALHO
MIOCUTÂNEO TENSOR DA FÁSCIA LATA : RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | MATERIAL E MÉTODOS | DISCUSSÃO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
Rogerio dos Santos Ramos
MD
DESCRITORES
RECONSTRUÇÃO PAREDE ABDOMINAL RETALHO MIOCUTÂNEO TENSOR FÁSCIA LATA
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected].
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
A Fasceíte Necrotizante foi relatada pela primeira vez por Hipócrates no século V AC. Em
1871 foi descrito pelo cirurgião americano Josefh Jones que denominou de "gangrena
hospitalar".Meleney em 1924 reportou casos de gangrena num hospital em Beijing na
China , utilizando o termo gangrena estreptocócica hemolítica.Wilson em 1952 introduziu o
termo fasceíte necrotizante,mais relacionado com a fisiopatologia da doença. Trata-se de
uma doença infecciosa , rara, rapidamente progressiva , frequentemente fulminante que
envolve necrose extensa de partes moles causada por uma variedade de bactérias podendo
ser polimicrobiana . A toxicidade sistêmica e a evolução para choque séptico em curto
intervalo de tempo é uma constate. Possui elevada taxa de mortalidade que varia de 06 a
76%
.Fatores
predisponentes
incluem
idade
avançada,obesidade,doenças
vasculares,Diabetes, insuficiência renal, desnutrição,imunossupressão e trauma.O sucesso
do tratamento consiste no diagnóstico precoce, intervenção cirúrgica rápida e agressiva ,
além de antibioticoterapia de amplo espectro.A terapia iniciada até 24horas da admissão é
quase sempre eficaz em reduzir o índice de letalidade.Trata-se de uma complicação
raríssima em cirurgias obstétricas e no puerpério.Existe uma estimativa de 1,8 caso para
cada 1.000 cesáreas.Os autores relatam o caso de uma paciente com quadro de fasceíte
necrotizante pós cesárea que evoluiu com extenso defeito da parede abdominal anterior.
Um retalho miocutâneo do Tensor da fáscia lata com extensa ilha de pele foi utilizado para
reconstrução do complexo defeito.
MATERIAL E MÉTODOS
ÍNDICE
Paciente NMLAA , 34a , negra, foi submetida a cesárea sem intercorrências.No 8º dia pósoperatório( PO) com hematoma de ferida operatória pós trauma.No 20º PO procurou
assistência médica com grave quadro de deiscência total de ferida operatória , fasceíte
necrotizante de parede abdominal anterior e choque séptico.Foi submetida à tratamento
adequado com desbridamento amplo e agressivo , internamentona unidade de terapia
intensiva.Após estabilização do quadro clínico por volta do 10ºdia de internação foi
realizada a primeira intervenção da cirurgia plástica através de avanço do retalho toraco
abdominal remanescente aos moldes de uma abdominoplastia clássica extendida.Com esta
manobra foi possível reduzir o defeito inicial que era desde a região epigástrica
superiormente até a região pubiana inferiormente , sendo que os limites laterais se
extendiam para o dorso.Uma semana após este procedimento os autores optaram pela
realização de um retalho pediculado musculocutâneo do tensor da fáscia lata ilhado com
extensa àrea de pele medindo 18 x 40cm, sendo possível cobertura cutânea de todo o
defeito.A área doadora foi fechada com enxerto de pele parcial.A paciente teve evolução
satisfatória sem complicacões relacionadas ao retalho ou a área doadora.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
A fasceíte necrotizante é uma enfermidade gravíssima que necessita de desbridamentos
cirúrgicos extensos e agressivos para seu tratamento criando defeitos, muitas vezes,
desafiadores para a cirurgia plástica.Os autores resolveram uma lesão de alta
complexicidade com um retalho convencional miocutâneo do Tensor da fáscia lata (TFL)
possibilitando uma excelente cobertura cutânea da parede abdominal. Trata-se de um
retalho extremamente seguro, versátil, de fácil e rápida execução, apresentando
relativamente poucas complicações.
ÍNDICE
BIBLIOGRAFIA
1.Gallup DG. Freedman MA. Meguiar RV. Freedman SN. Nolan TE. Necrotizing fasciitis in
gynecologic and obstetric patients: a surgical emergency. [Journal Article] American
Journal of Obstetrics and Gynecology. 187(2):305-10; idscussion 310-1, 2002 Aug.
Yagi H. Fukushima K. Satoh S. Nakashima Y. Nozaki M. Nakano H.
2.Postpartum retroperitoneal fasciitis: a case report and review of literature. [Review] [4
refs] [Case Reports. Journal Article. Review] American Journal of Perinatology. 22(2):10913, 2005 Feb.
UI: 15731991
3.Young MH. Aronoff DM. Engleberg NC. Necrotizing fasciitis: pathogenesis and treatment.
[Review] [143 refs] [Journal Article. Review] Expert Review of Antiinfective Therapy.
3(2):279-94, 2005 Apr
4.Williams JK. Carlson GW. deChalain T. Howell R. Coleman JJ. Role of tensor fasciae latae
in
abdominal
wall
reconstruction.[see
comment].
[Journal
Article]
Plastic
and
Reconstructive Surgery. 101(3):713-8, 1998 Mar.
5.Goepfert AR, Guinn DA, Andrews VM, Hauth JC. Necrotizing fasciitis after cesarean
delivery. Obstet Gynecol 1997;89:409-12.
Figura 1 - Admissão na UTI ( Detalhe da extensão da lesão)
Figura 2 - Aspecto da lesão após desbridamentos e controle da infecção
Figura 3 - Avanço do retalho inferiormente com redução significativa do defeito
Figura 4 - Detalhe da dissecção do retalho e área doadora
Figura 5 - Resultado no pós operatório imediato
Figura 6 - Pós operatório tardio
CURA CIRÚRGICA DE LINFEDEMA ESCROTAL PÓS LINFADENECTOMIA
INGUINAL BILATERAL-RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO |
MATERIAIS
E
MÉTODOS |
RESULTADO |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Márcia Rosa de Araújo
MD
CO-AUTORES
José Julio Koboldt Guimarães Neto
MD
Leandro Farjalla
MD
Larissa Oliveira de Moraes
MD
Tomás Accioly de Souza
MD
DESCRITORES
cirurgia, linfedema, escrotal, linfadenectomia, inguinal, bilateral.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar 01234-000 - São Paulo
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Apesar de ser considerado uma patologia rara no hemisfério norte, o carcinoma de pênis é
comum no Brasil e em vários paises subdesenvolvidos. No Brasil assume proporções
expressivas nas regiões Norte e Nordeste representando 16% dos tumores em homens
adultos sendo a terceira neoplasia mais freqüente do trato geniturinário, superado apenas
pelos carcinomas de próstata e bexiga. É mais freqüente na raça branca, em pacientes de
baixo nível socioeconômico, com higiene deficiente, com infecção genital crônica, e não
circuncisados. Há relação com infecção pelo HPV subtipos 16 e 18. O carcinoma tem
crescimento lento e progressivo, com metástases via linfática para linfonodos inguinais
superficiais e profundos, pélvicos e periaorticos. O tratamento varia desde postectomia até
penectomia com linfadenectomia inguinal superficial ou profunda e pélvica.
As complicações são geralmente locais e incluem infecção cirúrgica (10%), necrose
cutânea (6%), extravasamento linfático (4% a 18%), edema de membros inferiores
(12%), e linfocele (4%).
MATERIAIS E MÉTODOS
ÍNDICE
Os autores descrevem um caso extremo de linfedema escrotal pós penectomia e
linfadenectomia inguinal bilateral por carcinoma espinocelular de pênis. Paciente A.P. 60
anos, operado há 15 anos em outro nosocômio apresentando um grande volume escrotal
aproximadamente 8,3 kg, associado à linfedema de membros inferiores.
RESULTADO
ÍNDICE
Realizado escrotoplastia com preservação testicular, cirurgia de Jaboúlet e fechamento com
retalho cutâneo local, com boa evolução pós operatória.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Procuramos mostrar um caso cirúrgico incomum causador de grande constrangimento social
com bom resultado cirúrgico utilizando técnica de rotação de retalho local da face interna
das coxas. Com o tratamento houve a reparação de uma grande deformidade e
reintegração social do paciente a sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Haynes JH. Inguinal and scrotal disorders. Surg Clin North Am. 2006 Apr;86(2):371-81.
2. Cayan S, Acar D, Ulger S, Akbay E. Adolescent varicocele repair: long-term results and
comparison of surgical techniques according to optical magnification use in 100 cases at a
single university hospital. J Urol. 2005 Nov;174(5):2003-6; discussion 2006-7.
3. Silva J, Brito AH, Monti PR, Montellato NID, Arap S. Amputação traumática de pênis. J.
Brás. Urol; 1986 12(3)- mai/jun: 119-22
4. Pompeo ACL, Carvalhal GF, Sarkis A, Mesquita JL, Toledo WP, Arap S. Complicações
pós-operatórias de Linfadenectomia inguinal em pacientes com câncer de pênis. J. Brás.
Urol; 1997 23(1):jan/mar:9-13.
5. Costa MAC, Trindade JCS. Reconstrução do pênis após amputação traumática. J. Brás.
Urol; 1981 7(3): 220-22
Figura 1 - Pré-operatório
Figura 2 - Pré-operatório.
Figura 3 - Pós-operatório, imediato.
Figura 4 - Pós-operatório, tardio.
Figura 5
PSEUDO-HERMAFRODITISMO FEMININO - RELATO DE CASO
INTRODUÇÃO | APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
GNANA KEITH MARQUES DE ARAUJO
MD
DESCRITORES
hermafroditismo
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
ÍNDICE
INTRODUÇÃO
Intersexo, pseudo-hermafroditismo feminino e masculino, genitália ambígua, disgenesias
gonadais mistas, hermafroditismo verdadeiro e algumas outras alterações compõem uma
imensa faixa de termos referentes a patologias que envolvem a mal formação genitogonadal e precisam ser distintas para uma melhor compreensão e tratamento do caso.1,2 O
pseudo-hermafroditismo feminino é a apresentação mais comum dentre as alterações
originadas de hiperplasia de glândula adrenal.2 Caracteriza-se pelo desenvolvimento
ambisexual causado em sua maioria por hiperplasia congênita da glândula adrenal ou
outras disfunções deste órgão. As crianças têm ausência parcial ou completa de enzimas
necessárias à produção de hidrocortisona. Conseqüentemente há o acúmulo de precursores
androgênicos e a virilização da genitália externa.
ÍNDICE
APRESENTAÇAO DO CASO E TÉCNICA CIRÚRG
Criança com cinco anos de idade. Registro em cartório com gênero masculino, mas criada
como feminino. Cariótipo 46XX. Cromatina sexual positiva. Ultra-sonografia abdominal e
pélvica mostra imagem de útero rudimentar. Presença de gônadas inconclusiva devido à
agitação da criança. Uso irregular de corticosteróide. Encaminhada a avaliação com
endocrinologia
pediátrica.
Ao
exame
físico
apresentava
falo
desenvolvido
com
aproximadamente 3cm de comprimento, uretra perineal. Bolsa escrotal (pequenos lábios)
fundida e sem conteúdo. Ausência de vagina. Submetida a procedimento cirúrgico para a
feminilização de genitália externa. Realizado fixação junto à sínfise púbica do falo e
confecção de grandes lábios através da utilização da bipartição do prepúcio.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A decisão em torno da definição sexual deve ser o mais breve possível sendo realizada
preferencialmente até os dois anos de idade. A escolha do gênero deve considerar o
melhor prognóstico para a função reprodutiva, sexual, aparência normal da genitália
externa e estabilidade da identidade sexual.4 Se há a reposição hormonal antes dos dois
anos de idade a virilização é normalmente bem controlada. A atuação até os sete anos,
antes do fechamento sinfisário, é fundamental para permitir crescimento ósseo adequado.
A correção cirúrgica foi adequada no caso apresentado. A construção de neovagina está
indicada à adolescência. A técnica cirúrgica utilizada permite reversão sexual caso
solicitado quando adulto, pois não há amputação do falo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Abassi MZ. Ambiguous genitalia in children - a challenging problem. Saudi Med J. 2003
May;24(5 Suppl):S51.
2.Tay BL. Intersex and genital ambiguity. Singapore Med J. 1990 Jun;31(3):255-8.
3.Pellerin D, Nihoul-Fekete C, Lortat-Jacob S. Surgery of sexual ambiguity: experience of
298 cases Bull Acad Natl Med. 1989 May;173(5):555-62; discussion 563.
4.Susan J. Bradley, Gillian D. Oliver, Avinoam B. Chernick and Kenneth J. Zucker.
Experiment of Nurture: Ablatio Penis at 2 Months, Sex Reassignment at 7 Months, and a
Psychosexual Follow-up in Young Adulthood. Pediatrics 1998; July 1998 (102) No. 1:102;9.
5.Kogan SJ. Feminizing genital reconstruction for male pseudohermaphroditism. Eur J
Pediatr. 1993;152 Suppl 2:S85-7.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
PLÁSTICA DA REGIÃO PUBIANA ASSOCIADA ÀS ABDOMINOPLASTIAS
PÓS BARIÁTRICAS
RELATO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS | LEGENDA DAS FIGURAS |
AUTOR
João Medeiros Tavares Filho
MD
CO-AUTORES
Manoel Belerique
Membro Titular da Sociedade Brasileira De Cirurgia Plástica
Diogo Franco
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Doutor em Cirurgia Plástica U.F.R.J
Talita Romero Franco
Membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Professora Titular de Cirurgia
Plástica da U.F.R.J
DESCRITORES
plástica, pubiana, abdominoplastias, pós-bariátricas.
INSTITUIÇÃO
Hospital Universitário Clementino Fraga Filho - U.F.R.J.
Rua Buenos Aires 255, Centro - Petrópolis - Rio de JaneiroCEP: 25 610 040
RELATO
ÍNDICE
A região pubiana é, muitas vezes, motivo de queixas ou insatisfação de pacientes, em
relação a seu tamanho e/ou à sua projeção. As alterações podem estar associadas ao
excesso de tecido subcutâneo e/ou à projeção do arco pubiano. Nos grandes
emagrecimentos, além do acúmulo de tecido adiposo, existe excesso de pele, que tornamse mais visíveis após abdominoplastias, quando é retirado o avental adiposo que encobria,
total ou parcialmente, a região pubiana. Em alguns casos, a deformidade é visível mesmo
sob as vestes, trazendo constrangimento para os pacientes.
A mobilização do tecido adiposo em intervenções nesta região para a retirada do excesso
de tecido subcutâneo causam edema acentuado, principalmente de origem linfática,
podendo ocasionar "seromas". A maior parte da circulação linfática situa-se na parte
profunda do subcutâneo (camada lamelar), onde acompanha o trajeto dos vasos profundos
e drena para os gânglios inguinais 1,2,3,4 . Deste modo, ao final da abdominoplastia
propomos um procedimento para diminuir a projeção e a largura dos tecidos moles da
região pubiana e retirar o excesso de pele, sem atingir a camada profunda e,
conseqüentemente, sem lesar a drenagem linfática. Como resultado, obtém-se a
diminuição da projeção e da extensão da região pubiana, além da correção de eventuais
assimetrias, ficando a cicatriz coberta pelos pêlos. É um procedimento de fácil realização
que pode ser planejado no início do procedimento ou ao final da abdominoplastia 5 .
Realizamos dermolipectomia da região pubiana associada a abdominoplastia em doze
pacientes, sendo onze do sexo feminino e um do sexo masculino, no período de maio de
2005 à maio de 2006, variando a idade de 33 a 52 anos. Seis pacientes possuíam
cicatrizes mediana supra umbilical; todas apresentavam excesso de pele e tecido
subcutâneo na região pubiana e quatro apresentavam assimetria desta região.
Ao final da abdominoplastia, após a retirada do retalho excedente e constatarmos o
excesso de pele e/ou de tecido adiposo, demarcamos um losango, que tem a ponta
superior truncada e a ponta inferior direcionada para a comissura anterior da vulva ou raiz
do pênis. Sua dimensão dependerá do caso, mas de tal forma que a distância entre a
prega inguinal e a extremidade lateral do losango seja de 6 à 7 cm e a distância da ponta
inferior do losango até a extremidade lateral de 5 a 7 cm (Fig. 1). Assim, após a ressecção,
a área pilosa pubiana terá medida horizontal de 12 a 14 cm e medida vertical de 5 a 7 cm.
A incisão abrange a pele e apenas a camada areolar do tecido subcutâneo (Figs. 2,3,4).
Sete pacientes tiveram como resultado final da abdominoplastia cicatrizes vertical e
horizontal (T invertido), e cinco apenas a cicatriz horizontal. Não ocorreu nenhuma
complicação na região pubiana (Figs. 5,6)
A dermolipectomia das partes moles da região pubiana proporciona a diminuição da
projeção e da extensão do monte-de-Vênus, elevação e exposição da genitália além de
corrigir eventuais assimetrias, ficando a cicatriz coberta pelos pêlos. A excisão apenas da
camada areolar não compromete a drenagem linfática desta região e o edema é mínimo. É
um procedimento de fácil realização que pode ser planejado no início ou ao final da
abdominoplastia ou até mesmo em um segundo tempo cirúrgico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1 - Testut, L.; Jacob, O. Tratado de Anatomia Topográfica 8º edição tomo segundo.
Barcelona: Salvat Editores AS, 1961.
2 - Avelar, J.M.; Illouz, YG. Surgical anatomy and distribution of the subcutaneous fat
tissue on human body. In: Avelar J. Lipoaspiracão. São Paulo: Hipócrates, 1986. Cap 9, p.
45-57.
3 - Vogeffang, D. Linfologia Básica. São Paulo: Ícone, 19952
4 - Levy, S.; Carreirão, S,; Antunes, E,; Fernandes, R.M.P. Anatomia do Tecido Celular
subcutâneo e da parede Lateral do Abdome, In: Saldanha O. Lipoabdominoplastia . Rio de
Janeiro: Dilivro, 2004. Cap 3, p. 15-21.
5 - Medeiros Tavares Filho, J.; Franco, T.; Belerique, M.; Franco, D. Dermolipectomia de la
Region Pubiana asociada à Abdominoplastia. Anais XVI Congreso de la Federación
Iberolatinoamericano de CirugiaPlástica. p. 102, 28 de marzo al 1 de abril 2006.
LEGENDA DAS FIGURAS
ÍNDICE
1. Demarcação do losango com medidas laterais a partir do término da prega inguinal e
vertical a partir da comissura vulvar.
2. Excisão de pele e tecido adiposo, apenas da camada areolar da região pubiana.
3. Após a retirada de pele tecido adiposo, ajusto superior dos ramos do losango e
dimensões horizontal entre o final da prega inguinal de 14cm e vertical de 6,0cm.
4. Pós operatório imediato com diminuição da projeção, largura e altura da região pubiana.
5. Pré operatório de abdominoplastia em paciente submetida a cirurgia bariátrica, com
excesso de pele e gordura da região pubiana, com aumento da sua largura e altura desta
região
6. Pós operatório com 05 meses de abdominoplastia associada à plástica da região
pubiana, proporcionando simetria e harmonia da região pubiana com o abdome e maior
exposição da genitália.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
SÍNDROME DE MADELUNG- RELATO DE CASO E REVISÃO DE
LITERATURA
INTRODUÇÃO | OBJETIVO | APRESENTAÇÃO DO CASO CLINICO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Marcia Maria Barros Moreira
MD
CO-AUTORES
Cláudia Escobar
MD
Bárbara Machado
MD
Henrique N. Radwanski
MD
Ivo Pitanguy
MD, PhD
DESCRITORES
madelung, sindrome
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A Síndrome de Madelung é um tipo raro de lipodistrofia descrita pela primeira vez em 1988
por Otto Madelung. Desde então, apenas 200 casos foram relatados na literatura. A
condição de etiologia ainda desconhecida é caracterizada por deposição de tecido adiposo
simetricamente em: pescoço, ombros, regiões supraclaviculares, suboccipital, tronco e
região próxima dos membros superiores, determinando um desfiguramento progressivo do
doente. Embora usualmente assintomática, a doença pode causar complicações severas.
O diagnóstico diferencial deve incluir outras lesões do tecido celular subcutâneo, a saber:
lipomas, angiolipomas, neurofibromas, sarcomas, bem como outras lipomatoses. A excisão
cirúrgica é o único método efetivo de tratamento, sendo a operação em geral trabalhosa
devido a natureza hipervascularizada e fibrosa do tecido lipomatoso.
OBJETIVO
ÍNDICE
No presente estudo, os autores descrevem um relato de caso sobre a Síndrome de
Madelung e fazem uma revisão da literatura com ênfase no tratamento da doença.
APRESENTAÇÃO DO CASO CLINICO
ÍNDICE
Trata-se de uma paciente de 71 anos, do sexo feminino, portadora de Síndrome de
Madelung com lipodistrofia acentuada em membros superiores e tórax, diagnosticado há 8
anos. Apresentava como principal queixa clínica a deformidade estética e a dificuldade de
movimentação dos membros superiores. Previamente submetida a lipoaspiração dos
mesmos e lifting braquial em dois tempos evoluindo com recidiva local. Foi submetida
neste serviço: a lipoaspiração braquial sendo retirado 2,4 litros de cada membro associada
a lifting braquial pela técnica de Pitanguy. Evoluindo sem intercorrências associadas.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A Doença de Madelung é uma condição relativamente rara. Suas características principais
como simetria, localização das lesões e a difusão natural dos depósitos de gordura fazem
da doença uma entidade clinica distinta. A excisão cirúrgica é o tratamento de escolha em
nosso serviço onde julgamos que a lipossucção associada a ressecção mostrando-se o
método mais eficaz, seguro e com bom resultado estético apesar da alta morbidade da
patologia.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Gabriel Y, ChewD Wedderburn R. Multiple symmetrical lipomatosis (Madelung's disease) .
Surgery 2001; 117-118.
2.Oliveira B, Ramos G, Tomasich F et al. Lipomatose Simétrica Múltipla (Síndrome de
Madelung), Relato de caso e revisão da literatura. Revista Brasileira de Cirurgia de Cabeça
e Pescoço. Jan/ago. 1999;23 (1-2): 29-36.
3.Parmar S, Blackburna C. Madelung's Disease: an uncommon disorder of unknown
aetiology- British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery 1996; 34: 467-470.
4.Adamo C, Vescio G, Battaglia M. Et al. Madelung's Disease: Case report and discussion of
treatment options. Ann Plast Surg 2001; 46 :43-45.
5.Araújo L, Rego V, Dias N. et al. Lipomatose simétrica benigna ( Doença de Madelung) :
relato de caso. Rio de Janeiro: An brás Dermatol nov/dez. 1996; 71(6): 495-498.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
COLISÃO DE TUMORES SINCRÔNICOS: CBC E NEVO TÍPICO
RESUMO | INTRODUÇÃO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Felipe Gama e Colombo
MD
CO-AUTORES
Rogério Izar Neves
MD
Gisele Gargantini Rezze
MD
André Luís Domingues
MD
Daniela Ferro dos Santos
MD
DESCRITORES
colisão, tumores, sincrônicos, cbc, nevo.
INSTITUIÇÃO
SBCP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 São Paulo - SP
RESUMO
ÍNDICE
A colisão de tumores é rara na literatura médica e de difícil diagnóstico. Com a
dermatoscopia, as lesões são identificadas precocemente diminuindo o número de excisões
e direcionando o tratamento. Relatamos o caso de dois tumores de colisão (nevo atípico e
carcinoma basocelular) numa mesma uma paciente, diagnosticados por meio de
mapeamento corporal total.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
A associação de duas neoplasias distintas em uma mesma lesão é incomum e vem sendo
denominada colisão de tumores pela literatura médica.
Nos casos onde se encontra neoplasia benigna e maligna associadas, é importante um
diagnóstico de boa acurácia para que o tratamento efetivo seja devidamente realizado. No
caso de lesões cutâneas suspeitas, a utilização da dermatoscopia auxilia muito o
diagnóstico diferencial de melanoma e outras lesões pigmentadas.
RELATO DO CASO
ÍNDICE
Paciente do sexo feminino, branca, 30 anos, natural e procedente de São Paulo,
encaminhada ao nosso serviço para avaliação de "pintas" pelo corpo. Referiu antecedente
de ressecção de três carcinomas basocelulares (CBC) em face e eletrocauterização de
inúmeras lesões. Histórico de exposição solar moderada e com proteção irregular. Não
relatou casos de neoplasias cutâneas na família.
Ao exame físico apresentava aproximadamente 80 lesões melanocíticas, generalizadas e
muitas delas com características clínicas de nevo atípico, compatível com diagnóstico de
Síndrome do Nevo Atípico. Foi submetida a um Mapeamento Corporal Total das lesões
melanocíticas com iclusão de 63 destas lesões. Três lesões tiveram indicação de ressecção:
duas destas (interescapular e flanco esquerdo) por apresentarem características
compatíveis com lesão suspeita à dermatoscopia e uma (hipocôndrio esquerdo) com
crescimento recente referido pela paciente (vide foto). Após biópsia excisional das lesões,
as duas lesões irregulares foram diagnosticadas como CBC superficial associadas a nevo
atípico (tumor de colisão) com margem comprometida pelo CBC, enquanto a lesão com
alteração percebida pela paciente era um nevo melanocítico composto. A lesão em dorso
apresentava margens comprometidas e, portanto, a paciente foi submetida a um
procedimento de ampliação cirúrgica com obtenção de margens livres de neoplasia.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
A ocorrência sincrônica de duas neoplasias cutâneas em uma mesma lesão é rara e o
diagnóstico bastante difícil. Relatos mostram que as principais associações entre neoplasias
maligna e benigna são: ceratose seborreica e CBC, nevo melanocítico e CBC e
dermatofibroma e CBC.
O diagnóstico das neoplasias de colisão é dificilmente feito apenas clinicamente. A
utilização da dermatoscopia proporciona uma outra dimensão ao aspecto morfológico e de
pigmentação das lesões de pele. Esta técnica permitiu uma melhor visualização das
estruturas da epiderme, junção dermo-epidérmica e derme superficial. Estudos prévios têm
demonstrado que a dermatoscopia melhora muito a acurácia clínica no diagnóstico de
melanoma e de outras lesões pigmentadas e seu uso na diferenciação de lesões benignas e
malignas é de fundamental importância, melhorando muito a sensibilidade e especificidade
diagnóstica. Com isso, cada vez mais são excisadas lesões precoces e a taxa de excisões
desnecessárias vem diminuindo.
No caso relatado, chama atenção o aparecimento de dois tumores de colisão sincrônicos
em um mesmo paciente. Tal fato é pouco descrito na literatura, bem como a associação de
um CBC com nevo atípico. Por se tratar de uma paciente com Síndrome do Nevo atípico foi
indicado a Dermatoscopia digital de corpo total. A realização deste exame foi fundamental
para o diagnóstico das lesões e conseqüente tratamento das mesmas.
O mapeamento digital revela as pequenas mudanças que ocorrem em nevos juncionais,
compostos e atípicos que são de difícil diagnóstico. Este método vem sendo usado
ultimamente com muita eficácia no diagnostico de lesões malignas e acompanhamento das
lesões benignas que podem sofrer malignização.
O diagnostico clínico dos tumores de colisão ainda é difícil. A utilização da dermatoscopia e
do mapeamento corporal total periódico servem de grande auxílio no reconhecimento
destas lesões.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Cosme Alvarez-Cuesta C, Vazquez-Lopez F, Perez-Oliva N. Dermatoscopy in the
diagnosis of cutaneous collision tumour. Clin Exp Dermatol 2004;29:199-200.
2. Boyd AS, Rapini RP. Cutaneous collision tumors. An analysis of 69 cases and review of
the literature. Am J Dermatopathol 1994;16:253-7.
3. Cascajo CD, Reichel M, Sanchez JL. Malignant neoplasms associated with seborrheic
keratoses. An analysis of 54 cases. Am J Dermatopathol 1996;18:278-82.
4. Menzies SW. Cutaneous melanoma: making a clinical diagnosis, present and future.
Dermatol Ther 2006;19:32-9.
Figura 1 - Aspecto dermatoscópico da lesão
Figura 2 - Aumento de 200x, HE, mostrando nevo composto à esquerda e CBC à direita
RECONSTRUÇÃO TOTAL PRIMÁRIA DE ORELHA
ABSTRACT | INTRODUÇÃO | HISTORICO | EMBRIOLOGIA DA ORELHA | ANATOMIA DA ORELHA |
CLASSIFICAÇÃO DE TANZER | MATERIAL E MÉTODO | PROCEDIMENTOS CIRURGICOS |
RECONSTRUÇÃO TOTAL PRIMÁRIA DE ORELHA OPERATÓRIO | SEGUNDO TEMPO | RESULTADOS PÓS-
| DISCUSSÃO | CONCLUSÃO | RESUMO | BIBLIOGRAFIA | TRABALHO SOB
ORIENTAÇÃO |
AUTOR
Edilson Carvalho Ramos
MD
CO-AUTORES
José Conceição Carvalho
MD
DESCRITORES
RECONSTRUÇÃO ORELHA
INSTITUIÇÃO
CIRURGIA E CLÍNICA REPARADORA HUMANA
RUA R-12, Nº 47, SETOR OESTE, GOIÂNIA, GOIÁSFONE: (62) 3233-6636E-mail:
[email protected]
ABSTRACT
ÍNDICE
EIGHT CASE HISTORIES OF SURGICAL TREATMENT ON PATIENTS WITH MICROTIA ARE
REPORTED. THE SUGERIES WERE PERFORMED AT THE CIRURGIA E CLÍNICA
REPARADORA HUMANA E HC FACULDADE DE MEDICIA UFG, FROM MAY 14, 1999 TO JUNE
27, 2006. THE COHORT OF PATIENTS CONSTITUTED FIVE MALES AND THREE FEMALES,
AGES RANGING FROM 8 TO 32 YEARS OLD. THEAVERAGE AGE WAS 14 YEARS OLD.
ONE MALE PATIENT SHOWED POLYDACTYLOUS AND HIPOPLASTIC MALARS, ONE
CASE BLEPHARAPTOSIS. DEFORMITY IN THE RIGHT BRANCH OF THE LOWER JAW OF
ONE FEMALE PATIENT WAS OBSERVED, THE OTHER PATIENTS DID NOT SHOW ANY
ASSOCIATED CONGENITAL DEFECTS.
PAIN WAS MAIN POSTOPERATIVE COMPLICATION. THE EXPOSITION OF THE
CARTILAGINOUS MOLD WAS OBSERVED IN ONE OF THE CASES.
FROM A CLINICAL STANDPOINT, THE POSTOPERATIVE RESULTS WERE QUITE
SATISFACTORY, THUS MEETING THE EXPECTATIONS IN MOST OF THE CASES WHICH
UNDERWENT SUGERY.
UNITERM: EAR RECONSTRUCTION, MICROTIA RECONSTRUCTION AURICULAR IN TWO
TIMES, EAR DEFORMITY.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Reconstrução de orelha constitui-se um desafio na medicina e requer engenhosidade
técnica e habilidade cirúrgica.
Todo cirurgião, que dedica à reconstrução da orelha, deve ter uma visão artística, no
sentido de observar a complexidade estrutural do contorno auricular e tentar reproduzí-los.
Num plano próximo da originalidade possível.
O interesse despertado pelo tema tem chamado atenção de inúmeros autores, destacando
figuras ilustres das gerações passadas de cirurgiões plásticos, e tantos outros que
compõem a modernidade da cirurgia reparadora e estética.
Os autores na sua maioria concordam: o sucesso da reconstrução da orelha depende
bastante da elaboração do arcabouço cartilaginoso.
Na opinião daqueles que acumularam experiência na reconstrução auricular, utilização de
material autógeno, constituiu-se a melhor opção cirúrgica neste tipo de reconstrução.
Muitos outros preferem a utilização de materiais haloplásticos como são mencionados em
inúmeros trabalhos científicos, apresentando características pertinentes a qualquer
prótese.
HISTORICO
ÍNDICE
Desde os tempos mais remotos são mencionadas tentativas de reconstruções auriculares.
Inicialmente recompondo orelhas decepadas, por vítimas de guerras e de outras torturas
próprias dos tempos antigos.
-Vedas, livros sagrado dos Hindus foram mencionados estes procedimentos. "Susruta", Pai
da Cururgia Hindu, na sua obra Aiurveda há mais de 2000a AC refere segundo consta
menciona a realização destes procedimentos reconstrutivos. É também atribuído a uma
Casdta Hindu os Koomas, Oleiros de profissão levava uma atividade monástica por ideal,
dedicavam parte dos seus tempos, as reconstruções de nariz, orelhas e lobos mutilados.
Egito, Índia, Pérsia, Grécia ao império romano e tantas outras civilizações compartilharam
suas experiências, deram suas contribuições preliminares, na edificação da cirurgia
plástica. Particularmente nas reconstruções de órgãos como: narizes orelhas e lobos
mutilados, assim por milhares de anos, luzes foram injetadas na ciência médica, reluzindo
como: Aulus Cornelius Celsus que viveu de (53 A.C. 7 D.C.) conforme relatos científicos
praticou enxerto por deslizamento e, reconstrução de nariz e orelhas, com retalhos de
vizinhaça.
Seqüenciando fatos cirúrgicos, um grande nome desta constelação é: Claudios Galeno (130
à 210 D.C.) de maior importância, é lhe atribuído o fato de grande contribuição nas
reconstruções de narizes, orelhas e lesões bucais.
Por um longo período a medicina oculta-se, e permanece séculos sem registros de novos
fatos.
Por volta do século VI a medicina e particularmente cirúrgica era praticada por castas
religiosas.
Com tudo, demoraria mais séculos para surgir novos conceitos, (980 1037) Avicena
conceituado médico árabe considerava os cirurgiões classe inferiores.
O PAPA Inocêncio III, século XIII (1215 d.C.) proíbe as operações plásticas em geral tal
decreto proíbe aos padres a prática cirúrgica e passa aos barbeiros, carrascos, charlatões,
capadores de porco e outros a prática destes procedimentos.
Mais tarde quando epidemias de lepra assolava a Europa surge a figura de Antônio Branca
que viveu na Cicília ( 1442 d.C) na época do renascimento e praticou as reconstruções de
narizes e orelhas.
TAGLIACOZZI (1545 1549) relata sua técnica de reconstrução de nariz, orelha, e lobos
mutilados.
JOHANN FRIEDERICH DIEFFENBACH (1792 1847) comunica seus trabalhos que deu grande
impulso a cirurgia plástica.
Inúmeras contribuições cientificas, foram registradas no passado, contudo após a primeira
e segunda guerra mundial particularmente a medicina experimentou amplas inovações
constituindo-se a moderna cirurgia plástica.
CONVERSE,
em
1958
retoma
os
trabalhos
iniciados
por
GILLIES,
ampliam
os
conhecimentos nessa modalidade de reconstrução auricular incorporando algumas
modificações técnicas viabilizando aplicações do procedimento reconstrutivo.
TANZER em 1959, após revisão dos trabalhos publicados por CONVERSE propõe uma
sistematização de técnica e elabora uma padronização de condutas que constitui as bases
fundamentais da reconstrução de orelha.
Em 1977, JUAREZ AVELAR publica um trabalho inédito, com repercursão internacional
permitindo a reconstrução auricular num tempo único, como também nas reconstruções
secundárias, este trabalho prestou grande colaboração para o capitulo das reconstruções
auriculares.
Inúmeros trabalhos foram apresentados por autores brilhantes, utilizando materiais
HALOPLASTICOS na elaboração do arcabouço.
Em 1946, GREELEY propõe a utilização da malha de TANTALO.
Em 1948, RUBIN utiliza polietileno na elaboração do arcabouço.
Em 1952, MALBEC utilizou acrílico na reconstrução do arcabouço auricular.
Em 1954, BACKDAHL utilizou material celulóide, com sucesso.
Em 1966, CRONIN usou silicone com grande sucesso.
Atualmente são poucos autores que dedicam a esse recurso para promover a elaboração
do arcabouço auricular, reconhecendo maior propriedade, nos materiais autógenos.
EMBRIOLOGIA DA ORELHA
ÍNDICE
O desenvolvimento embrionário da orelha (ouvido externo), tem início por volta da 5º
semana de desenvolvimento, quando o embrião atinge 6mm, aproximadamente.
O início da formação da orelha é observado ao nível da primeira fenda branquial
No início verificam-se nondulações ou elevações segundo HIS, que são vistas por volta da
sexta semana quando o embrião alcança 10 mm.
As ilhotes estão distribuídas em grupos de três, vistas, na parte caudal do primeiro arco
branquial ou arco mandibular, três localizada no segundo arco branquial ou arco hoide na
porção cefálica.
No final da sexta semana (41º Dia) as ilhotas atingem crescimento máximo, começa sofrer
rotação latero-medial agrupando-se uma as outras.
As três ilhotes do arco hoide ou segundo arco branquial, ocupa toda superfície adjacente
deste arco com a primeira fenda branquial.
O processo evolue agrupando as ilhotes, definindo os segmentos auriculares, os apêndices
pré-auriculares segundo alguns autores, são ilhotes supra numerarias que desenvolvem na
região pré-tragal.
Conforme a teoria de HIS as ilhotes agrupam-se e desenvolvem diferenciando nos diversos
segmentos da orelha.
ILHOTAS: 1 TRAGUS
2 e 3 HELIX
4 e 5 ANTE-HELIX
6 ANTE-TRAGUS
Por volta do quarto mês gestacional a orelha atinge configuração anatômica.
No seio do mesenquima diferencia-se uma Lâmina Cartilaginosa que sofre modelações,
configurando as saliências e reentrânças da orelha para formar a cartilagem do pavilhão
auricular.
Figura 1 - EMBRIOLOGIA DA ORELHA
ANATOMIA DA ORELHA
ÍNDICE
A palavra orelha é derivada do latim que significa auris, a palavra ouvido vem do grego
OTOS, daí estudo da orelha e de suas doenças ser denominada otologia.
Cada orelha compreende três partes: externa, média e interna.
A orelha externa consiste da aurícula e meato acústico externo.
Orelha externa conduz o som em direção aos componentes do ouvido médio e interno. O
meato acústico externo com cerca de 25 mm ou mais de comprimento, estende-se desde a
concha até a membrana do tímpano.
A orelha é a porção do ouvido externo. Ela consiste em placas de cartilagem elástica
coberta de pele. Apresenta um número de depressão, cuja mais profunda é denominada de
concha auricular.
A borda da orelha é denominada de HÉLIX a segunda saliência Constituiu à ANTE-HÉLIX,
primeira depressão forma a Fossa Escafóide, a porção mais anterior da orelha é o TRAGUS,
antepondo-se ao ANTE-TRAGUS.
MUSCULOS DO PAVILHÃO DA ORELHA
Três músculos extrínsecos, sem importância, foram descritos para orelha.
São eles: Auricular superior, anterior e posterior, conecta a orelha com a fáscia lateral do
crânio.
SÃO MUSCULOS INTRÍNSECOS: Os músculos maior e menor da Hélix, trágico, piramidal da
orelha, ANTI-TRÁGICO, transverso e oblíquo da orelha.
INERVAÇÃO SENSITIVA
A Inervação Sensitiva da orelha externa é proveniente, sobretudo do nervo auriculo
temporal (V PAR CRANIANO), do plexo cervical (NERVO AURICULAR MAGNO C2 E C3).
A região do meato acústico externo recebe provavelmente contribuições de: (C VII, IX e X)
PAR CRANIANOS.
IRRIGAÇÃO DA ORELHA EXTERNA
A irrigação da orelha externa é provida principalmente pelas artérias auricular anterior e
posterior ramos da temporal superficial emergentes da carótida externa.
CLASSIFICAÇÃO DE TANZER
I - Anotia
II - Microtia (hipoplasia completa)
A - com atresia do conduto auditivo externo
B - sem atresia do conduto auditivo externo
III - Hipoplasia terço superior
IV - Hipoplasia terço médio
V - Hipoplasia de todo terço inferior
VI - Orelha em abano
ÍNDICE
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
Figura 7
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
O material constitui-se de seis pacientes, com idade variando de oito a trinta e dois anos,
cinco do sexo masculino, três do sexo feminino.
A classificação adotada, aquela proposta por Juarez Avelar, 1986 conforme o quadro de
classificação abaixo.
Todos os pacientes foram submetidos aos exames de Pré-operatórios de rotina, sem
quaisquer anormalidades.
As cirurgias foram realizadas em dois tempos com intervalos de seis (06) à dez (10)
meses, uma da outra em cada paciente.
Usado na reconstrução material autógeno retirado da VII, VIII e IX Cartilagens Costais.
Do material retirado foi esculpido em arcabouço cartilaginoso e transplantado para a região
auricular portadora de anomalia congênita.
Figura 1 - CLASSIFICAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
ÍNDICE
PROCEDIMENTOS CIRURGICOS
RESULTADOS:
As cirurgias foram realizadas em seis pacientes, sob anestesia geral inalatória, sem
transtornono Trans-operatório.
As complicações de Pós-operatório estão relatadas na tabela abaixo.
Os resultados obtidos foram bastante satisfatórios, no ponto de vista clínico e do ponto de
vista estético alcançaram o objetivo almejado. No entanto em cada cirurgia realizada
buscou-se um melhor contorno da forma da orelha e abre perspectivas para o
aprimoramento da técnica desenvolvida.
Figura 1 - COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
ÍNDICE
RECONSTRUÇÃO TOTAL PRIMÁRIA DE ORELHA
O paciente colocado em decúbito dorsal sob anestesia geral, expondo duas regiões a serem
abordadas. A região da anomalia auricular e região subcostal direita, com infiltração local
com solução de Xilocaína à 2% na concentração de 1: 1.200 de Adrenalina.
Incisamos inicialmente a região subcostal direita com 6 cm de extensão. Expomos as
cartilagens
subcostais
retirando
cartilagens
suficiente
para
esculpir
o
arcabouço
cartilaginoso conforme a referência abaixo.
Uma vez elaborado a estrutura cartilaginosa é feito uma incisão na região auricular
previamente marcada, tendo como referência a orelha contra-lateral.
Transferindo sua forma aparente ao local onde se constituirá a nova orelha, então se
elabora um deslocamento subcutâneo suficiente para posicionar o arcabouço no local
previamente demarcado. O fechamento da incisão e estabelecido com mononaylon 4.0.
Figura 1
SEGUNDO TEMPO
ÍNDICE
A segunda etapa da reconstrução de orelha, realizada com intervalos após seis meses
passados da cirurgia preliminar.
Demarcando borda suficiente no Arcabouço Cartilaginoso, incisa-se, os planos superficiais,
rebate-se um retalho fascio cutâneo contendo o molde cartilaginoso.
A seguir utilizando enxerto de pele total, (na maioria das vezes) retirada da região
Retroauricular contra lateral reconstitui-se o recesso auricular, fechando com Mononaylon
4.0.
Figura 1
RESULTADOS PÓS-OPERATÓRIO
ÍNDICE
Figura 1
Figura 2
Figura 3
DISCUSSÃO
ÍNDICE
Várias propostas de reconstrução de orelha têm sido apresentadas e debatidas por
cirurgiões do mundo inteiro, nenhum método foi capaz de preencher satisfatoriamente
todas exigências na reconstrução auricular.
No desenvolvimento da técnica, duas posições são destacadas e defendidas:
Aqueles cirurgiões que utilizam material haloplásticos na elaboração do arcabouço, outros
utilizam material autógeno.
Utilizando material inorgânico destaca-se:
Malha de Tântalo utilizado por Greeley em 1946, polietileno em 1948, por Rubin.
Em 1952, é introduzido uso do acrílico por Malbec, em 1954, material celulóide usado por
Backdahl.
Em 1966 o uso do silicone preconizado por Cronin.
Vários autores adquiriram simpatizantes pelos métodos. Em 1967 Seiichi Ohmori em
Tóquio, reproduz com sucesso o trabalho de Thomas Cronin utilizando silicone.
No entanto, os grandes nomes da reconstrução auricular, elegeram material autógeno,
como preferencial na reconstrução de orelha.
Destacam-se: Gillies, em 1920, o primeiro a idealizar uso de cartilagens costal na
elaboração do Arcabouço.
Em 1958, Converse elabora seu método de reconstrução utilizando cartilagem costal.
Coube, no entanto a Tanzer em 1959 um grande avanço, sistematizando e concretizando
seu método.
Em 1977, Avelar padroniza sua técnica e grande contribuição cientifica presta a
reconstrução da orelha.
A utilização de material autógeno, na elaboração do Arcabouço Auricular, como demonstra
a evolução da cirurgia de reconstrução de orelha é a melhor e mais atual opção cirúrgica.
CONCLUSÃO
ÍNDICE
Após a verificação de vários métodos de reconstrução auricular escolhemos aquele baseado
na utilização de material autógeno. Segundo nossa compreensão é o melhor e mais
natural, meio de reparação dos defeitos congênitos da orelha.
A utilização de materiais inorgânicos como foi mencionado apresentam inconveniências
inerentes a todas as próteses.
A utilização de material autógeno requer do cirurgião que invoque sua capacidade artística,
ao esculpir o Arcabouço cartilaginoso, transformando-o mais próximo da normalidade
possível, fazendo expressar nesta reconstrução, as reentranças e saliências que
caprichosamente constituí a anatomia da orelha.
RESUMO
ÍNDICE
São relatados oito casos de tratamento cirúrgico em pacientes portadores de microtia,
realizadas na Cirurgia e Clínica Reparadora Humana e HC Faculdade de Medicina UFG,
serviço de cirurgia plástica no período de 14 de maio de 1999 a 27 de junho de 12006.
O grupo submetido ao tratamento constitui-se de seis pacientes do sexo masculino e dois
casos do sexo feminino, com variação de idade entre 8 a 32 anos e média de 14. Um
paciente apresentava Polidactilia e Hipoplasia de malares. Um outro caso com deformidade
do ramo direito da mandíbula. Os demais não apresentavam defeitos congênitos
associados.
A principal complicação de pós operatório, foi à dor.
Observou-se também a exposição de Arcabouços Cartilaginoso em um dos casos.
Do ponto de vista clínico os Pós-operatórios foram bastante satisfatórios, correspondendo à
expectativa na maioria dos casos operados.
UNITERMO: Reconstrução da Orelha, Microtia, Reconstrução Auricular em dois tempos,
Deformidade de Orelha.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
01) Avelar, J. M. cirurgia plástica na infância, volume I, 1989; 270; 341.
02) Mélega, J. M. Zanini, S.A, Psilakis, JM Cirurgia Plástica
Reparadora e Estética Rio de Janeiro, 1988.
03) Grabb, W. C., Smith, JW. Third Edition, 1979; 299; 320.
04) Mc Carthy, Plastic Surgery, Saunders, Philadelphia, 1990.
05) Tanzer, R. C. And. Edgerton, M. T., Symposium on Reconstruction of the Kuricle Vol
Ten 1974; 3; 11.
06) Farina R. Rinoplastia Riononeoplastia. 1992; 01; 12.
TRABALHO SOB ORIENTAÇÃO
Dr. José Conceição Carvalho
- Prof. Adjunto da Faculdade de Medicina UFG
- Clínica Reparadora Humana
Rua R-12, nº 47
Setor Oeste
Fone 55 (62) 3233 8636 / 9976 4777
E-mail: [email protected]
ÍNDICE
USO DE POLIMETILMETACRILATO NA LIPOATROFIA FACIAL POR USO
DE DROGAS ANTIRETROVIRAIS EM PACIENTES COM HIV/SIDA.
EXPERIÊNCIA EM HOSPITAL DE REFERÊNCIA /
POLYMETHYLMETHACRYLATE USE IN FACIAL LIPOATROPHY BY
USING ANTI-RETROVIRAL DRUGS IN HIV PATIENTS.
INTRODUÇÃO | MATERIAIS E MÉTODOS | RESULTADOS | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Tathyana Marques Fernandes
MD, PhD
CO-AUTORES
Geraldo Antônio E. Scozzafave
MD
Ricardo Bianco
MD
Vivian de Araújo Soares
MD
Guillermo Fernando E. Jelski
MD
DESCRITORES
polimetilmetacrilato,lipoatrofia facial,drogas antiretrovirais,HIV/SIDA
INSTITUIÇÃO
Clínica de Cirurgia Plástica do Hospital Heliópolis.
Rua Nhandirobas no. 325Cep: 04349-030 São Paulo - SP
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Materiais de injeção dérmica vem sendo utilizados há mais de 40 anos em diversas
especialidades como oftalmologia, ortopedia, odontologia e veterinária. Porém, apesar de
altamente difundidos, alguns trabalhos relatam diferentes complicações como granulações
persistentes, necroses e cegueira. O objetivo do nosso trabalho foi o de avaliar a inclusão
do polimetilmetacrilato em pacientes com Síndrome de lipodistrofia facial por uso de
drogas antiretrovirais, considerando-se as complicações precoces, tardias e grau de
satisfação dos pacientes.
ÍNDICE
MATERIAIS E MÉTODOS
Foram avaliados através de protocolo pré estabelecido 33 pacientes que se submeteram a
inclusão de diversas quantidades de polimetilmetacrilato em diferentes regiões da face
entre dezembro de 2005 a junho de 2006. Analisamos, então, os resultados finais quanto a
quantidade, local, ao grau de satisfação e os índices de complicações.
ÍNDICE
RESULTADOS
Dos pacientes estudados, 26% eram mulheres e 74% homens. Quanto ao grau de
satisfação, 24% consideraram o resultado ótimo, 40% bom, 30% indiferente e 6% ruim.
Desses, 46% apresentaram uma ou mais queixas sendo a mais comum, em 38%,
insuficiência do preenchimento no alívio da lipoatrofia. Entre as complicações, 15%
apresentaram nodulações palpáveis e em um caso (3%) houve erisipela na hemiface
direita, coincidente com um quadro de sinusite. Quando perguntados se realizariam o
procedimento novamente, 100% relatou que o fariam novamente.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
As complicações do uso de implantes permanentes podem ser agudas como necroses,
hematomas e seromas ou tardias como nodulações, assimetrias e respostas alérgicas
exacerbadas. A resposta imune é sempre deflagrada pela fagocitose do preenchimento por
macrófagos e células cutâneas como as células U937 , os queratinócitos e as células de
Langerhans e portanto, deve ser evitado o uso em pacientes atópicos. Apesar de algumas
complicações aparecerem precocemente e terem curso limitado, o início do aparecimento
das irregularidades pode dar-se entre 1 a 10 anos e necessitar de ressecção cirúrgica.
Nesses casos, os achados histopatológicos orientam quanto ao diagnóstico correto da
substância.
ÍNDICE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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substances by human macrophages and skin cells. Dermatol Surg;28(6):484-90, 2002.
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Curi
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Blindness
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total
ophthalmoplegia
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aesthetic
polymethylmethacrylate injection: case report. Arq Neuropsiquiatr; 62(3B):873-4, 2004
Sep.
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application implants for aesthetic purposes.Dermatol Argent; 9(3):161-167, jun.-jul. 2003.
Figura 1 - Antes
Figura 2 - Antes
Figura 3 - Antes
Figura 4 - Depois
Figura 5 - Depois
Figura 6 - Depois
RECONSTRUÇÃO DAS FRATURAS ISOLADAS DAS PAREDES DA
ÓRBITA / ISOLATED ORBIT FRACTURES RECONSTRUCTION
INTRODUÇÃO | OBJETIVO | MÉTODOS |
RESULTADOS |
CONCLUSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Gustavo Feriani
MD
CO-AUTORES
Guilherme Santos Brito
MD
Tessie Maria Kreniski
MD
Max Domingues Pereira
MD
Lydia Masako Ferreira
MD
DESCRITORES
reconstrução, fraturas, parede, órbita, isoladas.
INSTITUIÇÃO
Trabalho realizado na Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP.
Disciplina de Cirurgia Plástica da UNIFESP. Rua Napoleão de Barros, n° 715, 4° andar.CEP:
04024-002
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
As fraturas isoladas das paredes da órbita ou da órbita média são aquelas onde não há
envolvimento das margens. O mecanismo de fratura é denominado "blow-out". As paredes
superior, medial, inferior e lateraal podem sofrer fraturas, porém as mediais e inferiores
são mais acometidas devido a sua menor espessura. O tratamento pode ser conservador
ou cirúrgico, sendo a indicação da operação nos casos com diplopia ou fraturas extensas
visto na tomografia computadorizada.
OBJETIVO
ÍNDICE
Avaliar as características epidemiológicas e o tratamento das fraturas puras da órbita média
atendidas em um período de sete anos (1999 a 2006).
MÉTODOS
ÍNDICE
No período de maio 1999 a maio de 2006 foram atendidos 99 pacientes com fraturas
isoladas das paredes da órbita no serviço de urgência do Hospital São Paulo. As fraturas
tiveram o seu diagnóstico confirmado através da tomografia computadorizada. Foi
realizada análise dos prontuários médicos, visando os dados epidemiológicos da amostra, o
mecanismo do trauma envolvido, localização da parede da órbita envolvida e o tratamento
instituído. As fraturas foram avaliadas conforme a parede acometida. Fraturas bilaterais
foram consideradas individualmente. A conduta cirúrgica foi adotada nos casos de restrição
muscular com diplopia e nas fraturas extensas vistas na tomografia.
RESULTADOS
ÍNDICE
Setenta e um pacientes eram do sexo masculino (72%) com predomínio de brancos em 55
casos (55%). A faixa etária dos 20 aos 39 anos foi a mais acometida, com 53 (54%) casos.
Outro pico foi observado acima dos 60 anos, com 10 casos. A etiologia mais encontrada foi
a agressão física, responsável por 56 (57%) casos, seguida pelas quedas (17%) e pelos
acidentes de trânsito (15%). A agressão predominou dos 10 aos 39 anos e as quedas no
grupo dos maiores de 60 anos (Figura 1). Foram diagnosticadas 102 fraturas isoladas da
órbita média, sendo 43 (42%) da parede medial, 35 (34%) da inferior e 18 de ambas as
paredes (Figura 2). Não foram encontradas fraturas das paredes superior e lateral. A
conduta conservadora foi adotada em 64 (65%) pacientes e a cirúrgica em 32 casos. Na
distribuição de acordo com o tipo de fratura, a conduta cirúrgica foi adotada em 6 (14%)
casos da parede medial, 14 (40%) da inferior e 12 (66%) da parede medial e inferior. Nas
fraturas das paredes medial e inferior o uso de enxertos para a sua reparação ocorreu em
11 (92%) pacientes. As fraturas da parede medial e inferior isoladamente utilizaram
enxertos em metade dos casos cirúrgicos. (Tabela 1)
Figura 1
Figura 2
Figura 3 - (Tabela 1)
CONCLUSÃO
ÍNDICE
No período do estudo (1999 a 2006) a fratura orbital foi a mais freqüente do serviço, com
528 (48%) pacientes. A fratura pura da órbita média foi o segundo tipo mais encontrado
com 19% dos casos. A sua etiologia, agressão física, difere da etiologia predominante nas
fraturas orbitais, os acidentes de trânsito, evidenciando o mecanismo distinto na produção
da fratura pura da órbita média. Apesar de a agressão física ter sido a causa predominante
em todos os tipos de fratura da órbita média submetidas à exploração cirúrgica, a
porcentagem de explorações aumentou com a extensão da parede orbital acometida, o
mesmo ocorrendo com a necessidade da utilização de enxertos na sua reconstrução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
AL-SUKHUN J,LINDQVIS C. A comparative study of 2 implants used to repair inferior orbital
wall bony defects: autogenous bone graft versus bioresorbable poly-l/dl-lactide [p(l/dl)la
70/30] plate. J Oral Maxillofac Surg 2006; 64:1038-1048
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PLASMOCITOMA EM MANDÍBULA:
RELATO DE CASO E REVISÃO DA LITERATURA
INTRODUÇÃO |
MATERIAL
E
MÉTODO |
RESULTADOS |
DISCUSSÃO |
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Lidiana Mayer Knebel
CO-AUTORES
Marcus Vinícius Martins Collares
MD
Rinaldo De Angeli Pinto
MD
Juliana Martins Kaiser
MD
Maurício Schneider Viaro
MD
DESCRITORES
plasmocitoma, mandíbula.
INSTITUIÇÃO
Serviço de Cirurgia Plástica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Rua Professor Fitzgerald, 136/ Bairro Petrópolis/ CEP.: 90470-160/ Porto Alegre/RS
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
Plasmocitoma é uma neoplasia originada de plasmócitos com 3 variantes clínicas: mieloma
múltiplo (94%), plasmocitoma solitário do osso (4%) ou plasmocitoma extramedular (2%).
A apresentação usual do plasmocitoma ósseo é lesão lítica em vértebra ou ossos do crânio.
Este relato tem como objetivo apresentar um caso de plasmocitoma em mandíbula
associado ao mieloma múltiplo, causando lesão expansiva de mandíbula, sendo este um
evento muito raro.
MATERIAL E MÉTODO
ÍNDICE
Relato de caso e revisão da literatura.
RESULTADOS
ÍNDICE
Paciente feminina, 60 anos, portadora de Mieloma Múltiplo com Plasmocitoma localizado em
hemimandíbula direita. Fez diagnóstico e tratamento no Hospital Santa Rita e veio
encaminhada para o programa de Transplante Autólogo no Hospital de Clínicas de Porto
Alegre. Foi feita tomografia computadorizada de crânio que mostrou lesões osteolíticas sem
reação periosteal e com componente de tecidos moles comprometendo o corpo e o ramo
mandibulares direitos. Feita biópsia da lesão, encontrou-se apenas extensa fibrose do
tecido ósseo mandibular e da medula. Assim, a cirurgia teria como objetivo melhorar o
aspecto estético e, principalmente, funcional da mandíbula. A paciente foi submetida,
então, a hemimandibulectomia direita e reconstrução com placa de titânio. Após 3 meses,
fez-se reconstrução definitiva com retalho microcirúrgico de fíbula.
DISCUSSÃO
ÍNDICE
O mieloma múltiplo é uma doença sistêmica incurável que pode atingir remissão através de
quimioterapia e transplante de medula óssea em 50% casos, que podem ser associados à
radioterapia se houver lesão localizada. Esta paciente foi atendida na cirurgia plástica após
o término do tratamento para o mieloma, em fase de remissão. Apresentava lesão óssea
expansiva residual em mandíbula, sem evidência de atividade da doença, e buscava
melhoria estético/funcional. O tratamento local adequado envolveu cirurgia agressiva e
reconstrução de grande porte, seguida de reabilitação da função estomatognática.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1.Sirohi B, Powles R. Multiple Myeloma. Lancet. 2004;363:875-87.
2.Tesei F, Caliceti U, Sorrenti G, Canciullo A, Sabbatini E, Pileri S, et al. Extramedullary
plasmocytoma (EMP) of the head and neck: a series of 22 cases. Acta Otorhinolaryngol
Ital. 1995;15(6):437-42.
3.Mendenhall WM, Mendenhall CM, Mendenhall NP. Solitary plasmocytoma of bone and soft
tissues. Am J Otolaryngol. 2003;24(6):395-99.
Figura 1 - Plasmocitoma hemimandíbula direita: pré-operatório
Figura 2 - Transoperatório de hemimandibulectomia direita e Rx com incidência ânteroposterior.
Figura 3 - Reconstrução com fíbula livre: tomografia computadorizada
Figura 4 - Reconstrução com fíbula livre: tomografia computadorizada
Figura 5 - Pós-operatório de 6 meses.
TRATAMENTO CIRÚRGICO DE PACIENTES PORTADORES DE
MICROTIA: EXPERIÊNCIA DO INSTITUTO MATERNO-INFANTIL
PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP
RELATO DE CASO | BIBLIOGRAFIA |
AUTOR
RUI MANOEL RODRIGUES PEREIRA
CO-AUTORES
MARCO ANTÔNIO PINTO KITAMURA
MD
ERNANDO LUIZ FERRAZ CAVALCANTI
MD
TATIANA CALOI
MD
THOMAS MOORE
MD
DESCRITORES
TRATAMENTO, MICROTIA
INSTITUIÇÃO
INSTITUTO MATERNO-INFANTIL PROFESSOR FERNANDO FIGUEIRA - IMIP
Av. Pacaembu, 746 - 11º andar - CEP 01234-000 - São Paulo - SP - Brasil Tel: 55(11)
3826-1499 - Fax: 55(11) 3826-1710 - E-mail: [email protected]
RELATO DE CASO
ÍNDICE
Microtia é uma deformidade congênita de severidade variável que acomete os ouvidos
externo e médio. Possui uma incidência aproximada de 1:6000 nascimentos, exibindo
também variações entre diferentes grupos étnicos. De etiologia desconhecida, alguns
dados sugerem herança multifatorial e influência ambiental materna1. Apresenta-se
também em síndromes craniofaciais, como a Síndrome de Treacher-Collins e a
microssomia hemifacial. O tratamento da microtia pode ser realizado basicamente de três
formas: adaptação de prótese externa (órtese); reconstrução com molde protético; ou
reconstrução com molde cartilaginoso autólogo.
O objetivo do trabalho é relatar a experiência do Instituto Materno-Infantil Prof. Fernando
Figueira (IMIP) nos últimos 12 meses no tratamento de 11 pacientes provenientes do
Núcleo de Atenção aos Defeitos da Face do IMIP (NADEFI), portadores de microtia,
utilizando a técnica de Brent2, com modificações preconizadas por Moore no primeiro e
mais importante estágio da reconstrução. Portadores de microssomia hemifacial já haviam
sido submetidos a distração osteogênica mandibular.
A técnica se baseia em 4 estágios. O primeiro consiste no implante de molde cartilaginoso
confeccionado a partir de segmentos do 6º, 7º e 8º arcos costais. Um amplo descolamento
supra-aponeurótico facilita a identificação e abordagem dos arcos costais através do ponto
de transição dos músculos oblíquo externo e reto abdominal. Os segmentos cartilaginosos
são obtidos com seu pericôndrio. A confecção do molde é realizada conforme escultura
prévia em madeira e filme de radiografia. A cartilagem esculpida como hélice é fixada ao
arcabouço através de fios de aço 4-0 (fig.1). Os remanescentes embrionários cartilaginosos
são ressecados, e confecciona-se a loja em plano subcutâneo, deixando o retalho dérmico
o mais delgado possível. Realiza-se drenagem a vácuo. No segundo estágio da
reconstrução, 3 a 6 meses após, é feita a transposição do lóbulo. O terceiro estágio
consiste na liberação do neo-pavilhão com enxertia cutânea retroauricular e no último
estágio há a reconstrução do tragus, escavação conchal e outros ajustes finos necessários.
Cinco dos 11 pacientes foram submetidos aos procedimentos das etapas subsequentes. As
fotos 2, 3, 4, 5 e 6 mostram alguns resultados obtidos.
Como complicações do primeiro tempo cirúrgico, houve 2 casos de epiteliólise da cobertura
cutânea, sem perda total e/ou exposição da cartilagem. Lesão de pleura ocorreu em 2
pacientes, tratados com colocação de sonda de nelaton no espaço pleural sob aspiração,
manobra de Valsalva e retirada da mesma. Não houve casos de deformidade de parede
torácica, precoce ou tardia. Houve perda parcial de enxerto de pele no terceiro tempo
cirúrgico em 1 paciente.
O seguimento pós-operatório vem mostrando resultados estéticos satisfatórios. Apesar de
preliminares, o serviço passa a adotar uma sistematização efetiva e baseada, sobretudo
em experiência prévia de piores resultados, aliando uma técnica segura preconizada por
Brent às modificações aqui descritas. A confecção do molde auricular se caracteriza por ser
de fácil execução, com uma curta curva de aprendizado. A preservação do pericôndrio
promove, após trabalhado, acomodação e fixação adequada da hélice. Um bom contorno
do neo pavilhão é obtido com o fino retalho cutâneo dissecado.
BIBLIOGRAFIA
ÍNDICE
1) BRENT, B. Total Auricular Construction with Sculpted Costal Cartilage. In B. Brent (Ed.),
The Artistry of Reconstructive Surgery. St. Louis: Mosby, 1987.
2) BRENT, B. Technical Advances in Ear Reconstruction with Autogenous Rib Cartilage
Grafts: Personal Experience with 1200 Cases. Plast. Reconstr. Surg. 104(2): 319, 1999.
3) BEAHM, E. K.; WALTON, R. L. Auricular Reconstruction for Microtia: Part I. Anatomy,
Embryology, and Clinical Evaluation. Plast. Reconstr. Surg. 109(7): 2473, 2002.
4) WALTON, R. L.; BEAHM, E. K. Auricular Reconstruction for Microtia: Part II. Surgical
Techniques. Plast. Reconstr. Surg. 110(1): 234, 2002.
Figura 1
Figura 2
Figura 3
Figura 4
Figura 5
Figura 6
NEVO AGMINADO ATÍPICO EM TÓRAX
RESUMO | INTRODUÇÃO | RELATO DO CASO | DISCUSSÃO | REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS |
AUTOR
Felipe Gama e Colombo
MD
CO-AUTORES
Rogério Izar Neves
MD
Gisele Gargantini Rezze
MD
Fernando Henrique Longo
MD
Daniela Ferro dos Santos
MD
DESCRITORES
NEVO, AGMINADO, ATÍPICO, TÓRAX
INSTITUIÇÃO
Hospital do cancer- A.C. Camargo
Endereço: R. Castro Alves, n 279, apto 64, CEP:3215-001, São Paulo, SP.
RESUMO
ÍNDICE
Nevo agminado é descrito como um grupo de lesões melanocíticas restritas a um segmento
corporal, sendo raro o achado concomitantes de atipias. Apresentamos um caso de
paciente com nevo agminado cuja biópsia revelou tratar-se de nevo atípico, por esta ser
uma manifestação infrequente para esta lesão.
INTRODUÇÃO
ÍNDICE
O nevo agminado é uma entidade caracterizada por conjunto de lesões circunscritas e
confinadas a um mesmo segmento corporal, também descritas como distribuição
zosteriforme. Ao contrário do encontrado no nevo Spilus, não há mácula acastanhada
basal. Essas lesões geralmente se desenvolvem na puberdade, podendo ocorrer também
na infância. As lesões são caracterizadas histologicamente como nevos compostos,
juncionais, nevo azul e nevo de Spitz, sendo raras as descrições de malignização.
ÍNDICE
RELATO DO CASO
Paciente E.G., masculino, raça branca, 32 anos, natural de Santo André, procedente de
Suzano, casado, profissão: engenheiro civil. Antecedente pessoal de melanoma em coxa
direita tendo sido biopsiado em outro serviço em maio/2005, revelando Breslow=3,5 mm,
Clark= III, tipo extensivo superficial, sem outros fatores de pior prognóstico. Veio ao
Hospital do Câncer-A.C. Camargo em julho/2005, onde foi proposta a ampliação das
margens e pesquisa do linfonodo sentinela, que mostrou-se negativa tanto à hematoxilinaeosina quanto à imunoistoquímica com os anticorpos Proteína S100, HMB45 e Melan-A.
No exame físico à admissão apresenta 64 lesões névicas , sendo poucas clinicamente
atípicas, e apresentava lesão em hemitórax esquerdo anterior de aproximadamente 12,6 x
5,4cm formada por diversas máculas agrupadas de cor enegrecida, que segundo o paciente
começaram a surgir aos 8 anos de idade.
Ao exame dermatoscópico, apresentavam rede alargada, áreas de hiperpigmentação e
hipopigmentação irregulares, pontos pretos periféricos e glóbulos marrons irregularmente
distribuídos, caracterizando uma lesão suspeita e sendo realizada exérese cirúrgica de
aproximadamente metada da lesão. O material foi
encaminhado
ao
serviço
de
dermatopatologia do hospital, que identificou à microscopia presença de proliferação
lentiginosa com atipia focal. Diante do diagnóstico foi indicado a ressecção parcelada
preventiva.
ÍNDICE
DISCUSSÃO
O nevo agminado representa uma lesão rara de incidência não descrita, tratando-se de um
conjunto de lesões agrupadas em um mesmo segmento do corpo, com aparecimento na
infância ou puberdade, sendo mais freqüente o seu achado no tronco. O diagnóstico
diferencial com nevo Spilus dá-se pela ausência da mácula acastanhada ou café-com-leite
que serve de base para este. Por tratar-se de lesões melanocíticas independentes, todas
com potencial individual de malignização, as mesmas devem ser acompanhadas e
biopsiadas quando necessário. Apesar de raras, foram descritas atipias nessas lesões,
sendo consideradas marcadoras e precursoras de melanoma, tornando obrigatório o
seguimento destes
dermatoscopia
pacientes.
convencional
Este
ou
do
acompanhamento
mapeamento
pode
corporal
ser
feito
através
digitalizado.
No
da
caso
apresentado, o antecedente pessoal de melanoma e a dermatoscopia compatível com lesão
suspeita, levou-nos a optar pela ressecção parcelada da lesão ao invés do seguimento.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÍNDICE
1. Marghoob AA, Blum R, Nossa R, Busam KJ, Sachs D, Halpern A. Agminated atypical
(dysplastic) nevi: case report and review of the literature. Arch Dermatol. 2001;137:917920.
2. Schaffer JV, Orlow SJ, Lazova R, Bolognia JL. Speckled lentiginous nevus. Arch
Dermatol. 2001;137:172-178.
3.Bragg JW, Swindle L, Halpern AC, Marghoob AA. Agminated acquired melanocytic nevi of
the common ans dysplastic type. J Am Acad Dermatol. 2005;52:67-73.
4. Marrero MD, Nagore E, Ramos-Ñíguez JÁ, et al. Melanocytic agminated naevus on the
sole. Br J Dermatol 2002;146:154.
5. Grichnik JM, Rhodes AR, Sober AJ. Benign hyperplasias and neoplasias of melanocytes
in: Freedberg IM, Eisen AZ, Wolff K, Austen KF, Goldsmith LA, Katz SI. Fitzpatrick´s
Dermatology in General Medicine. New York. McGraw-Hill, 2003. p. 881-905.
Figura 1 - Aspecto macroscópico de nevo agminado em hemitórax esquerdo
Figura 2 - Aspecto dermatoscópico da lesão
Figura 3 - Aumento de 200x, HE, mostrando nevo melanocítico composto
Figura 4 - Aumento de 400x, mostrando atipia focal de melanócitos
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