Análise bacteriológica de formigas encontradas em um hospital de referência da cidade de crato, ceará Stephanie Martins Ferreira Bandeira1, Lívia Maria Garcia Leandro1, Vandbergue Santos Pereira1, Edinardo Fagner Ferreira Matias1, Tassia Thaís de Alencar Martins Guedes1 1. Laboratório de Microbiologia Aplicada a Saúde, Faculdade Leão Sampaio- FALS, Juazeiro do Norte, CE, Brasil. * Autor correspondente Stephanie Martins Ferreira Bandeira Faculdade Leão Sampaio – FALS – Juazeiro do Norte – CE – Brasil. Endereço. Av. Leão Sampaio, Km 3, s/n, CEP : 63.180-000. Tel: +55 (88) 21011000, Fax +55 (88) 21011000. E-mail: [email protected] RESUMO As formigas são insetos que possuem uma grande capacidade de adaptação aos ambientes urbanos e de se deslocarem com facilidade. Em ambientes hospitalares às formigas podem ser transportadoras de bactérias que são os principais responsáveis pelos casos de infecções hospitalares. Essas infecções são tratadas com antibióticos, que se não forem usados corretamente levam ao desenvolvimento de resistência bacteriana, sendo necessário antibioticoterapia com fármacos de maior espectro de ação. Considerando os aspectos relatados, o estudo teve como objetivo realizar a análise bacteriológica de formigas encontradas em um hospital de referência da cidade de Crato – CE. Trata-se de um estudo de caráter analítico, descritivo, qualitativo e quantitativo. A coleta das amostras foi realizada em diferentes setores hospitalares com swab umedecido em solução salina. A análise bacteriológica foi realizada a partir do isolamento, identificação e determinação do perfil de resistência seguindo as metodologias padronizadas pelo CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute). Foi isolado e identificado os seguintes gêneros bacterianos: Staphylococcus sp., Klebsiella sp., Acinetobacter sp., onde o gênero Staphylococcus sp. apresentou maior ocorrência correspondendo a 45,4% dos gêneros isolados. O prontoatendimento foi o local de maior ocorrência e isolamento dos microrganismos, tendo apresentado entre os gêneros bacterianos diferentes perfis de resistência, destacando que entre as linhagens relatadas neste estudo mostraram-se com maior resistência para o antibiótico amoxicilina. Diante dos resultados obtidos conclui-se que as formigas são capazes de carrear bactérias, sendo necessário desenvolvimento de estratégias para erradicação desses insetos no ambiente hospitalar. Palavras–chave: Infecções hospitalares. Formigas. Resistência bacteriana. BACTERIOLOGICAL ANALYSIS OF ANTS FOUND IN A HOSPITAL OF REFERENCE CRATO CITY, CEARÁ ABSTRACT Ants are insects that have a great ability to adapt to urban environments and to easily move. In hospital settings ants can be carriers of bacteria that are primarily responsible for cases of nosocomial infections. These infections are treated with antibiotics, which if not used correctly lead to the development of bacterial resistance that require antibiotic therapy with drugs of broad spectrum of action. Considering these aspects, this study aimed to do a bacteriological analysis of ants found in a reference hospital in Crato- CE. This study is analytical and descriptive. The sample collection was performed in different hospital departments using a moistened swab in saline. The bacteriological analysis was carried out from the isolation, identification and determination of resistance profile following the standardized methodologies by CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute). It was isolated and identified the following bacterial genera: Staphylococcus sp, Klebsiella sp, Acinetobacter sp., and the emergency care was the point of maximum occurrence and isolation of microorganism, showing different resistance profiles among bacterial genera, noting that the lines reported in this study are more resistance to the antibiotic amoxicillin. Based on these results it is concluded that ants are capable of carrying bacteria, requiring development strategies to eradicate these insects in the hospital. Keywords: Nosocomial infections; Ants; Bacterial resistance. 1 INTRODUÇÃO O avanço científico e tecnológico do século XXI mostra um cenário diferente com relação ao cuidado da saúde, pois as infecções se apresentam com maior virulência e morbidade devido à resistência desenvolvida pelos microrganismos (1). As infecções hospitalares (IH) ou nosocomiais (IN) tratam-se de infecções que acontecem depois que o paciente foi internado e a mesma ocorre nesse momento ou quando se tem alta e existe uma relação com os procedimentos hospitalares ou com a internação (2). Essas infecções são causadas por diversos fatores, assim é preciso que profissionais da saúde juntamente com a comissão de controle de infecção hospitalar desenvolvam estratégias para diminuir e controlar esse problema (3). Diversas bactérias são causadoras de IH, dentre elas destacam-se como principais responsáveis por essas infecções como Staphylococcus sp. (4), Klebsiella pneumoniae (5), Escherichia coli (6), Pseudomonas aeruginosa (7). Existem muitos animais que atuam como vetores de doenças, causando patogenias de maneira direta ou indireta ao ser humano, à medida que a população cresce e o fluxo de pessoas também, alguns problemas aumentam como a falta de limpeza que fazem com que ocorra um maior número de doenças e uma maior disseminação de vetores, e assim o transporte de microrganismos através deles seja maior (8). A presença de vetores como insetos principalmente formigas em ambientes hospitalares podem causar riscos para a saúde, quando carregam microrganismos patogênicos (9), uma vez que são capazes de transportar diversas espécies de bactérias (10), sendo que a maior parte dos isolados nesse tipo de vetor estão associados a infecções hospitalares, fazendo com que os insetos que carregam esses microrganismos sejam prejudiciais para saúde já que podem ser veiculadores de patógenos (11). Para o tratamento das infecções bacterianas são utilizados vários tipos de antibióticos, durante muito tempo esse tratamento foi utilizado com eficiência, entretanto a evolução das bactérias está fazendo com que estas adquiram resistência a diferentes antimicrobianos, pois as cepas estão se adaptando aos fármacos, esse mecanismo de resistência pode ser passado para bactérias pertencentes à mesma espécie e também para espécies diferentes (12). Assim a avaliação bacteriológica de formigas e o perfil de sensibilidade das bactérias encontradas nestes insetos são relevantes, pois as medidas de controle e cuidados para que não exista o contato com ambientes hospitalares serão mais rigorosas, diminuído os riscos de contaminação por bactérias, uma vez que esses microrganismos são os maiores causadores de doenças e a verificação do perfil de resistência que irá indicar quais os antimicrobianos que servirão para tratamento dos casos de infecções bacterianas, visto que os casos de resistência bacteriana aumentam cada vez mais. Diante disso, o objetivo deste estudo foi realizar a análise bacteriológica de formigas encontradas em um hospital de referência da cidade de Crato- CE, idenficando os gêneros bacterianos e seus respectivos perfis de resistência. Material e Métodos As análises das amostras foram realizadas no Laboratório de microbiologia da Faculdade Leão Sampaio – FALS. O estudo é de caráter analítico e descritivo. Foram analisadas 32 formigas, 10 encontradas na recepção, 10 encontradas na enfermaria, 6 na cozinha e 6 na copa de um hospital de referência da cidade de Crato- CE. Quando não foi possível encontrar formigas, as coletas foram feitas com o auxilio de isca sobre um papel, colocados em locais estratégicos para que as formigas fossem atraídas (13). A coleta foi realizada com o auxilio de um swab umedecido em solução fisiológica e colocados dentro de um eppendorf com essa solução (14), foram utilizados equipamentos de proteção individual (luvas, toucas e máscaras) para evitar contaminação. Após a realização da coleta, os eppendorf foram armazenados em isopor e transportados para o laboratório de microbiologia da Faculdade Leão Sampaio, onde transferiu 100 microlitros da solução em que as formigas se encontravam para o caldo BHI (Brain Heart Infusion) e incubados por 24 horas a 37°C em estufa. Após esse período as amostras do BHI foram agitadas no vortex e semeadas no meio chrom ID TM CPS® (Biomériex), incubado por 24 horas a 37°C, para a identificação dos gêneros bacterianos baseando- se no aspecto e coloração das colônias desenvolvidas, seguindo as normas do fabricante. Após a identificação bacteriana foi preparada uma suspensão bacteriana na escala 0,5 de MacFarland (1,5 x 108 UFC/mL) para cada bactéria isolada. A partir dessa suspensão, utilizando um swab estéril, foi feito um semeio em tapete em ágar Muller Hinton. Em seguida foram adicionados os discos de antibióticos sulfazotrim 25mg, tetraciclina 30mg, gentamicina 10mg, amoxicilina 10mg, amicacina 30mg, ampicilina 10mg para efetuar a análise do perfil de resistência através da medição do halo formado (15). As placas de antibiograma foram incubadas em estufa à 37ºC ± 1ºC por 24 horas e posteriormente realizou a medição dos halos de inibição com utilização de régua milimetrada, sendo os valores de halo comparados com a tabela padronizada pelo Clinical and Laboratory Standards Institute – CLSI (15). Após a avaliação do perfil de resistência a análise dos resultados foi realizada através da tabulação dos dados no Microsoft excel® 2010 e em seguida apresentados na forma de gráficos e tabelas. Resultados Nos diferentes setores hospitalares foi verificado a presença dos seguintes gêneros bacterianos: Staphylococcus sp., Klebsiella sp., Acinetobacter sp., isolados de formigas coletadas em diversos locais como demonstrados na tabela 1. Quando observado os resultados foi identificado que o pronto atendimento foi o local mais acometido pelas bactérias, pois nas formigas encontradas nesse setor foram isolados todos os gêneros bacterianos descritos no estudo. A figura 1 demonstra o percentual de cada gênero bacteriano encontrado no estudo e a quantidade de formigas que tiveram positividade para os gêneros bacterianos. Quanto aos resultados referentes ao perfil de resistência Klebsiella spa apresentou resistência para os antibióticos amoxicilina e tetraciclina, Acinetobacter spa* apresentou resistência para ampicilina e amoxicilina, Acinetobacter spa** apresentou resistência para ampicilina, amoxicilina e amicacina. Klebsiella spb** apresentou resistência para gentamicina, Staphylococcus spb* apresentou resistência para ampicilina, gentamicina, amoxicilina, sulfazotrim. Staphylococcus spc* mostrou-se resistente para sulfazotrim. Staphylococcus spc** apresentou resistência para ampicilina, amoxicilina e sulfazotrim, como demonstrado na tabela 2. Discussão O estudo apresentou resultados semelhantes a pesquisas já realizados por diversos autores, pois encontraram as mesmas linhagens bacterianas e confirmando que o gênero Staphylococcus sp. também foi o mais prevalente (45,4 %) como pode ser observado na figura 1. Em alguns destes estudos as formigas também foram coletadas no pronto atendimento, enfermaria e cozinha, dentre outros setores, isolando dessas formigas os gêneros Staphylococcus sp. e Klebsiella sp. (10-13, 16). O índice de ocorrência de Staphylococcus sp. apresentou um percentual maior de contaminação quando comparado com o encontrado por outros autores 32,1 % (11) e outro estudo obteve um índice de contaminação por Sthaphylococcus sp. maior 59,2 % (9) em relação ao resultado encontrado nessa pesquisa. Outros autores verificaram a presença de Staphylococcus sp. (11, 13, 16), Klebsiella sp. (17, 18), Acinetobacter sp. (4, 17, 18) em formigas coletadas em diversos setores de diferentes hospitais, corrobando com os resultados encontrados neste estudo. As infecções hospitalares podem ser causadas por diversos microrganismos, entretanto existem alguns que estão mais frequentemente presentes em infecções como Staphylococcus sp., assim o transporte de bactérias que pertencem a este gênero por formigas dentro do hospital pode representar riscos para saúde (16) assim como Klebsiella sp. que está associada a casos de infecções hospitalares principalmente em pacientes que estão imunologicamente comprometidos, podendo causar desenvolvimento de patologia como pneumonia, dentre outras (12), e bactérias do gênero Acinetobacter sp. destaca- se também como agente de infecção hospitalar por se apresentar resistentes a diversos antibióticos, os principais hospedeiros para Acinetobacter sp. são as pessoas que encontram- se hospitalizadas, debilitadas, quando infectados essas pessoas apresentam um índice elevado de gravidade e mortalidade (17). Diante dos resultados obtidos para perfil de resistência, observa-se que as linhagens bacterianas isoladas e identificadas neste estudo apresentaram maior resistência para o antibiótico amoxicilina, podendo ser explicado pelo fato da população ter maior acesso a este fármaco, sendo utilizado muitas vezes sem prescrição médica e sem seguir dosagens e período de tratamento correto, fazendo com que haja o desenvolvimento da resistência bacteriana (19). Quanto ao isolamento do mesmo gênero em várias formigas que apresentaram perfil de resistência diferente pode tratar-se de espécies diferentes ou mesma espécie que tenham passado pelos fatores relacionados ao processo natural de adaptação bacteriana aos fármacos (18, 20). Algumas pesquisas sobre o perfil de resistência apresentado por Staphylococcus sp.(12); Klebsiella sp. (12, 18). e Acinetobacter sp.(18) isolados de formigas encontradas em hospitais, corroboram com os resultados encontrados neste estudo. A resistência bacteriana é um fenômeno que faz com que se tenha uma necessidade de descoberta e desenvolvimento de novos antibióticos com amplo espectro de ação para tentar eliminar ou impedir a multiplicação da população bacteriana já existente (21). Existem diversos mecanismos pelos quais as bactérias desenvolvem resistência, na maioria dos casos deve-se ao uso inadequado de antibióticos, assim é preciso diminuir esses riscos para minimizar os índices de resistência apresentados por estes microrganismos (22). Considera-se uma bactéria resistente a antibióticos quando o fármaco não consegue impedir a multiplicação ou sua destruição(23). Os casos de infecções hospitalares tem se tornado mais grave em decorrência de infecções causadas por bactérias resistentes a antibioticoterapia tradicional, dificultando o tratamento do foco infeccioso (19). Os gêneros bacterianos Staphylococcus sp., Klebsiella sp., Acinetobacter sp., isolados e identificados neste trabalho correspondem aqueles que são descritos em infecções hospitalares, entretanto é necessário novos estudos para estabelecer essa relação entre as formigas e as infecções ocorrentes. O presente estudo demonstrou que formigas presentes em ambientes hospitalares podem carrear bactérias pertencentes a diferentes gêneros e com diversos perfis de resistência a antimicrobianos, assim o estudo contribui para informar sobre as taxas de resistência, sendo estas informações necessárias para estabelecer estratégias para o uso racional de antibióticos. Os resultados alertam para que sejam desenvolvidos mecanismos de erradicação desses insetos no ambiente hospitalar. Agradecimentos A Faculdade Leão Sampaio e a coordenação do curso de Biomedicina pelo apoio e disponibilização dos laboratórios de Microbiologia para realização das análises. A toda direção e equipe do Hospital pela autorização da pesquisa nos setores hospitalares. Conflitos de interesses Todos os autores declaram que não há nenhum conflito de interesse na submissão e publicação do artigo. Referências bibliográficas 1. Lima ME, Andrade Dd, Haas VJ. Avaliação prospectiva da ocorrência de infecção em pacientes críticos de Unidade de Terapia Intensiva. Revista Brasileira de terapia intensiva;19(3):342-7, 2007. 2. BRASIL. Ministério da saúde. Secretaria de Assistência à saúde. Arquitetura na prevenção de infecção hospitalar. Brasília. p. 76, 1995. 3. Pereira MS, Souza ACS, Tipple AFV, Prado MAd. A infecção hospitalar e suas implicações para o cuidar da enfermagem. CTexto & Contexto Enfermagem;14(2):250-7, 2005. 4. CINTRA P. Formigas em ambientes hospitalares: associação com bactérias (patogênicas e endosimbiontes) e modelo de controle. [Tese]. Rio Claro, SP, Brasil: Universidade Estadual Paulista; 2006. 5. DESIMONI MC, ESQUIVEL GP, MERINO LA. 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Acinetobacter sp. + + + Enfermaria + + - Cozinha + + - Pronto atendimento Presença (+); Ausência (-). Staphylococcus spa Klebsiella spa Acinetobacter spa* Acinetobacter spa** Klebsiella spb* Klebsiella spb** Staphylococcus spb* Staphylococcus spb** Staphylococcus spc* Staphylococcus spc** Klebsiella spc Tabela 2 - Perfil de resistência e sensibilidade de todas as bactérias isoladas frente aos antibióticos testados. Bactéria Isolada Ampicilina S S R R S S R S S R S Gentamicina S S S S S R R S S S S Amoxicilina S R R R S S R S S R S Sulfazotrim S S S S S S R S R R S Antibacterianos Tetraciclina S R S S S S S S S S S Amicacina S S S R S S S S S S S R: Resistente – S: Sensível; * Amostra 1; ** Amostra 2 (a): bactérias isoladas do pronto-atendimento (b): bactérias isoladas da cozinha (c): bactérias isoladas da enfermaria Figura 1- Ocorrência de gêneros bacterianos isolados de formigas. 12 11 10 8 6 5 45,4% 4 2 4 36,4% 2 18,2% 0 Total Staphylococcus sp. Klebsiella sp. Acinetobacter sp.