Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400401 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC ESTUDO DAS IMPUREZAS INCORPORADAS DURANTE A PREPAÇÃO DAS MEMBRANAS DE ALUMINA ANÓDICA PROVENIENTES DAS SOLUÇÕES ELETROLÍTICAS Leonardo Dantas da Silva, Josileido Gomes, Hélio de Lucena Lira UFPB/CCT/DEMa – Av. Aprígio Veloso, 882 Fone: (083) 310 1180 – Fax: (083) 310 102 58.109 – 970 – Campina Grande – PB e-mails: [email protected], [email protected] RESUMO Durante a produção da alumina anódica, íons do eletrólito são adicionados à estrutura como impurezas. Neste trabalho serão avaliadas estas impurezas incorporadas à estrutura de membranas preparadas em 3 soluções eletrolíticas: ácido oxálico, ácido fosfórico e ácido sulfúrico. Amostras de membranas preparadas com estas soluções foram submetidas a análises térmicas e a espectroscopia de infravermelho. Observou-se pelas análises térmicas das membranas preparadas com ácido oxálico, fosfórico e sulfúrico, prováveis eliminações de íons COOH - entre 880 e 900ºC, PO42- entre 870 e 890ºC e SO3H- entre 950 e 960ºC, respectivamente. Comparado-se os termogramas das diferentes amostras, observou-se um pico menos intenso relativo à mudança de estrutura da membrana preparada com o ácido sulfúrico, provavelmente devido à menor quantidade de impurezas. As conclusões dos resultados acima também são evidenciadas através das análise de espectroscopia de infravermelho, onde verificou-se na estrutura da membrana além de radicais iônicos, como é o caso do CO42-, também a presença de íons fosfatos e sulfatos. Palavras-chave: Membrana cerâmica, alumina anódica, eletrólitos. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400402 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC INTRODUÇÃO O filme de alumina anódica é formado normalmente em eletrólitos tais como o ácido oxálico, fosfórico e sulfúrico. Estes filmes porosos que são formados sob condições pré-determinadas, provêm de uma base sem igual para a preparação em uma faixa grande de tamanho de poros, permitindo o uso destas membranas cerâmicas em processos de microfiltração, ultrafiltração, até nanofiltração. Estes tipos de membranas cerâmica têm muitas vantagens, incluindo uma regularidade geométrica ideal das estruturas dos poros, morfologia de poro completamente controlável e controle sem igual da espessura da camada ativa (1). Na produção do filme de alumina anódica, os íons do eletrólito são incorporados à estrutura como impurezas. Do ponto de vista das propriedades fisicoquímicas e mecânicas da membrana de alumina anódica, a questão mais importante é a influência da composição destas impurezas nestas propriedades(2). No caso de eletrólitos baseados em ácidos orgânicos, como o ácido oxálico, as impurezas são carbono, hidrogênio e oxigênio. Como o oxigênio é ligado ao carbono ou hidrogênio, as impurezas estão associadas ao carbono e hidrogênio. Já em eletrólitos inorgânicos, como é o caso do ácido fosfórico e sulfúrico, as impurezas comumente encontradas são as constituídas por átomos de fósforo e enxofre, respectivamente, combinados com átomos de oxigênio e hidrogênio, formando radicais iônicos. A membrana de alumina anódica formada em ácido oxálico foi bastante estudada por Mardilovich(2). Neste tipo de membrana a concentração das impurezas do carbono não são alteradas significativamente pela calcinação da membrana de alumina anódica em temperaturas até 830ºC. Na temperatura de transição numa faixa entre 830 e 840ºC que corresponde à fase final do primeiro estágio da primeira cristalização, de amorfo para -Al2O3, há uma diminuição apreciável na porcentagem de impurezas de carbono. Porém apenas 50% de carbono é perdido nesta etapa. O carbono residual é retido durante os passos progressivos das cristalizações de 840 até 1075ºC e este só é perdido na última transição para a - Al2O3. Pode-se dizer que o carbono é preso no retículo cristalino e só pode deixar a alumina anódica Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400403 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC depois da reorganização do oxigênio entre 830 e 840ºC (transição da amorfa para alumina policristalina) e entre 1075 e 1150ºC (transformação cúbico para o retículo hexagonal de empacotamento fechado). O hidrogênio esta predominantemente presente na alumina anódica na forma de hidroxilas na superfície da alumina(2). O objetivo deste trabalho consiste em estudar as impurezas incorporadas à estrutura das membranas de alumina anódica preparadas a partir de três eletrólitos ácidos (ácido oxálico, fosfórico e sulfúrico) através da análise térmica diferencial (ATD) e espectroscopia de infravermelho (FTIR). MATERIAIS E MÉTODOS Materiais Materiais e soluções utilizadas na preparação das membranas de alumina anódica: 1. Placa de Alumínio (com dimensões: 5 x 4,5 x 0,095 cm 3, fornecida pela Nippon Light Metal Company, com a seguinte composição química: Al – 99,992%; Cu – 0,006%; Si – 0,0009%; Fe – 0,0007%; Mn – 0,0001%; Mg – 0,0001%; Zn – 0,0001%) 2. Verniz da marca OFPR-800, viscosidade de 20,0, 15 cps e fabricado pela Dynachem Corporation, Reino Unido. 3. Ácido Oxálico (H2C2O4), Ácido Fosfórico (H3PO4), Ácido sulfúrico (H2SO4), Acetona (CH3COCH3), Ácido Perclórico (HClO4), Anidrido Acético (C4H6O3), Hidróxido de Potássio (KOH), Álcool Isopropílico [CH3CH(OH)CH3], soluções adquiridas de diferentes fabricantes com pureza P.A. Metodologia As membranas de alumina anódica foram preparadas pela anodisação de placas de alumínio. O processo de anodisação foi realizado usando-se três tipos de soluções eletrolíticas (ácido oxálico, ácido fosfórico e ácido sulfúrico). A descrição detalhada desta preparação encontra-se nos estudos realizados por Silva e Lira(1). A tabela I mostra sinteticamente as variáveis e diferentes condições de anodisação utilizadas para a preparação das membranas de alumina anódica. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400404 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Tabela I – Variáveis e condições de anodisação utilizadas nas preparações das membranas de alumina anódica. Soluções Concentração Temperatura Tempo Voltagem Eletrolíticas (%) (ºC) (h) (V) Ácido Oxálico 3 10 1,5 80 Ácido Fosfórico 3 27 6 80 Ácido Sulfúrico 10 10 1,5 23 RESULTADOS E DISCUSSÕES Preparação das membranas Constatou-se uma diferença relevante no aspecto visual das membranas de alumina anódica preparadas com as três soluções eletrolíticas (Fig. 1). A membrana preparada com o ácido oxálico como eletrólito, apresentou uma coloração amarelada, devido possivelmente à formação de radicais oxalatos no interior de sua estrutura, durante a anodisação. Já a membrana preparada com o ácido fosfórico, apresentou uma coloração esbranquiçada, provavelmente devido à formação dos radicais iônicos fosfatos. A membrana preparada com o ácido sulfúrico mostrou-se translúcida. Supõe-se que esta grande diferença na coloração das membranas pode também ser devido a grande quantidade de impurezas presente na membrana preparada com o ácido oxálico, se comparada com a membrana preparada com o ácido fosfórico (branca) e com a membrana preparada com o ácido sulfúrico (semitransparente). Figura 1: Fotografia (em tamanho natural) das membranas de alumina anódica obtidas com o ácido oxálico (A), ácido fosfórico (B), ácido sulfúrico (C) Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400405 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Caracterização por ATD As membranas foram submetidas a tratamento térmico utilizando um aparelho de análise térmica diferencial, da marca Shimadzu TDA-50, com velocidade de aquecimento de 12,5ºC/min e temperatura final de 1100ºC. Através das posições, formas e intensidades dos picos endo e exotérmicos dos termogramas, pode-se acompanhar as transformações sofridas pelas membranas durante a queima, bem como investigar as impurezas presentes. Na análise térmica diferencial realizada na membrana obtida com o ácido oxálico (Fig.2), pode-se observar uma grande banda endotérmica numa faixa de temperatura de 600 a 840ºC devido a presença e perda de hidroxilas, e um pico exotérmico a 880ºC referente à mudança da microestrutura da alumina amorfa para a alumina policristalina. Na temperatura de 900ºC foi observado um pico endotérmico provavelmente devido a presença de radicais oxalatos (C2O42–), produzidos dentro das membranas de alumina anódica, estes resultados estão de acordo com os encontrados por Mardilovich e seus colaboradores(2). Pela observação da curva de análise térmica diferencial da amostra preparada com o ácido fosfórico (Fig.3), constata-se na faixa de temperatura compreendida entre 100 e 130ºC uma pequena banda endotérmica devido a perda de umidade. Uma banda endotérmica larga compreendida entre 450 e 650ºC podese ser atribuída a perda de hidroxilas. Na temperatura de 870ºC observa-se um grande pico exotérmico referente a mudança da microestrutura de alumina amorfa para a alumina policristalina, e a 890ºC pode-se ver um pico endotérmico devido a perda de radicais fosfatos PO42-. Analisando a curva de análise térmica diferencial realizada na membrana preparada com o ácido sulfúrico (Fig.4), observa-se uma estreita banda endotérmica na temperatura compreendida entre 110 e 120ºC, provavelmente devido a perda de umidade da membrana, e uma banda endotérmica larga atribuída possivelmente a presença de hidroxilas, entre 450 e 660ºC. Ainda pode-se observar um pico exotérmico a 950ºC, seguido de um pico endotérmico a 960ºC, devido Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400406 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC provavelmente a mudança de microestrutura da alumina e a presença de radicais SO32- respectivamente. Neste estudo também foi observado que a cristalização inicial e transformações de fase subseqüentes da membrana de alumina anódica policristalina são acompanhados através de mudanças nas propriedades mecânicas, particularmente na perda de flexibilidade e aumento da fragilidade. A flexibilidade do filme de alumina anódica diminui nitidamente no decorrer da reorganização do retículo óxido, em particular no início das transições de amorfo para alumina anódica policristalina e nas transformação de cúbico para um retículo hexagonal com empacotamento mais fechado (alfa-A1203). Através de um controle cuidadoso no processo de aquecimento é possível produzir uma membrana de alumina anódica policristalina com flexibilidade aceitável para uma aplicação prática, mas a fragilidade de um filme alumina anódica na fase alfa é tão alta que elas não podem ser consideradas como membranas para um uso prático rotineiro. A variação de outras propriedades mecânicas das membranas de alumina anódica com a temperatura de calcinação são mais complicada. Membranas amorfas e policristalinas de alumina anódica têm dureza bastante alta e podem ser usadas a pressões muito altas em um apoio rígido. Delta T (ºC) MAA preparada com Ácido Oxálico 0 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (º C) Figura 2 - Curva de análise térmica diferencial da membrana obtida com o ácido oxálico. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400407 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Delta T (ºC) MAA preparada com Ácido Fosfórico 0 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (ºC) Figura 3 - Curva de análise térmica diferencial da membrana obtida com o ácido fosfórico. Delta T (ºC) MAA preparada com Ácido Sulfúrico 0 200 400 600 800 1000 1200 Temperatura (ºC) Figura 4 - Curva de análise térmica diferencial da membrana obtida com o ácido sulfúrico. Caracterização por FTIR As Figuras 5, 6 e 7 apresentam os resultados obtidos através da espectroscopia de infravermelho para as membranas de alumina anódica preparadas em ácido oxálico, ácido fosfórico e ácido sulfúrico, respectivamente. Com relação à membrana de alumina anódica preparada com ácido oxálico (Fig. 5), verificou-se inicialmente a presença de um pico de absorção em aproximadamente 2400 cm-1, podendo ser atribuída às vibrações das moléculas de CO2; uma faixa larga aproximadamente a 2700 e 3100 cm -1, provavelmente devida as freqüências vibracionais dos grupos carboxílicos, COO-. Uma outra faixa Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400408 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC assimétrica larga entre 3700 e 3100 cm-1 pode ser devido às moléculas de água e grupos OH. No caso do ácido oxálico usado como eletrólito, a formação do radical iônico C2O42 – e então do ácido glioxílico, HCOCO2H, é estabelecido. Como resultado, a membrana de alumina anódica pode ser modificada através dos radicais iônicos C2O42-, HC2O42- e HC2O23-, além de outros. De acordo com Mardilovich e seus colaboradores(2), resultados completamente inesperados são a formação de uma grande quantidade moléculas de CO2. A posição da banda que representa a vibração das moléculas de CO2, indica uma fraca interação entre estas moléculas com átomos de alumínio. É óbvio que neste estudo, a energia de ligação das moléculas de CO2 e os átomos de Al não pode ser responsável por tão alta termoestabilidade do CO2 nas membranas de alumina anódica. Assim, as moléculas de CO2 que estão localizadas na estrutura da alumina anódica, são retidas através das treliças moleculares, e/ou dentro dos microporos fechados, e não podem ser removidas da membrana. A retirada parcial do CO2 da estrutura da alumina anódica só é possível com o aumento da temperatura, fazendo com que ocorra a policristalização do estado amorfo da membrana de alumina anódica. A Figura 6 mostra o espectro na região do infravermelho da membrana de alumina anódica preparada com ácido fosfórico. A faixa próxima de 2400 cm -1, pode ser atribuída às vibrações das moléculas de CO2, comparativamente, verifica-se que a intensidade deste pico é bem inferior à verificada para a membrana preparada com o ácido oxálico, devido ao fato de que na membrana preparada com o ácido oxálico, existe a presença do carbono proveniente da solução eletrolítica (H2C2O4), enquanto neste caso, este pico se deve essencialmente à molécula de CO 2 do ar. A faixa assimétrica larga entre 3700 e 2500 cm-1 pode ser devido às moléculas de água e grupos OH; a presença de um pico intenso entre 1300-1200 cm-1 é provavelmente devido aos radicais iônicos PO42-. A Figura 7 mostra o espectro no infravermelho da membrana de alumina anódica obtida com o ácido sulfúrico. A faixa de valores entre 1800 e 1300 cm -1, apresenta picos intensos provavelmente devido aos radicais iônicos SO 32-. A faixa de valores compreendida entre 2400 e 2200 cm -1 pode ser atribuída às vibrações das moléculas de CO2, de maneira similar à encontrada na membrana preparada com o ácido fosfórico. A faixa larga bastante intensa compreendida entre 3700 e 2700 cm-1 é devido provavelmente aos íons SO3H-. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400409 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC Absorbância Membrana de AA preparada com Ácido Oxálico 3800 3300 2800 2300 1800 Comprimento de onda (CM-1) Figura 5: Espectroscopia da membrana de alumina anódica obtida com o ácido oxálico. Absorbância Membrana de AA preparada com Ácido Fosfórico 3700 3200 2700 2200 1700 1200 Comprimento de onda (CM-1) Figura 6: Espectroscopia da membrana de alumina anódica obtida com o ácido fosfórico. Absorbância Membrana de AA preparada com Ácido Sulfúrico 3700 3200 2700 2200 1700 1200 -1 Comprimento de onda (cm ) Figura 7: Espectroscopia da membrana de alumina anódica obtida com o ácido sulfúrico. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400410 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC CONCLUSÕES Após os estudos das impurezas presentes nas membranas de alumina anódica preparadas em diferentes soluções eletrolíticas através da análise térmica diferencial e espectroscopia de infravermelho, pode-se concluir que: - Verificou-se a diferença na coloração das membranas preparadas com os três ácidos provavelmente devido menor quantidade de impurezas presentes na membrana preparada com o ácido sulfúrico, se comparada com a membrana preparada com o ácido fosfórico e com o ácido oxálico. - Ocorreu uma mudança da microestrutura amorfa para cristalina por volta de 880, 870 e 950ºC para a membrana preparada em ácido oxálico, fosfórico e sulfúrico, respectivamente; - As espectroscopias de infravermelho das membranas de alumina anódica preparadas com diferentes eletrólitos ácidos, mostraram a composição das possíveis impurezas presentes em sua estrutura amorfa, dentre elas podemos citar os íons COOH- , PO42-, SO3H- devido às soluções eletrolíticas utilizadas na anodisação, ou seja, ácido oxálico, ácido fosfórico e ácido sulfúrico, respectivamente. - Verificou-se a presença de impurezas adsorvidas na superfície das membranas, como moléculas de CO2 e de H2O, devidas a exposição a atmosfera, principalmente no caso das membranas preparadas com o ácido fosfórico e com o ácido sulfúrico. No caso do ácido oxálico, verificou-se a presença de CO2 incorporado a estrutura da membrana, devido sua preparação na presença de H2C2O4; REFERÊNCIAS 1. Silva, L.D., Lira, H.L., Preparação de membranas cerâmicas obtidas pelo processo de anodisação do alumínio, Anais do 43º Congresso Brasileiro de Cerâmica, Florianópolis, S.C., 1999, p. 33901. Anais do 45º Congresso Brasileiro de Cerâmica 1400411 30 de maio a 2 de junho de 2001 - Florianópolis – SC 2. Mardilovich, P. P., Govyadinov, A. N., Mukhurov, N. I., Rzhevskii, A. M., Paterson, R., New and modified anodic alumina membranes. Part. I. Thermotreatment of anodic alumina membranes, J. Membr. Sci.,98 (1995), p. 131. 3. Lira, H. L., Preparation and Properties of Ceramic and Surface Modified Ceramic Membranes, Tese de Doutorado, Universidade de Glasgow, Glasgow, UK, 1996. 4. 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In this work it was studied these impurities inside the structure of the membranes prepared in three different solutions: oxalic acid, phosphoric acid and sulphuric acid. Membrane samples from these solutions were investigated by thermal analysis and infrared spectroscopy. It was observed from the thermal analysis of the membranes prepared from oxalic, phosphoric and sulphuric acids, some elimination of COOH- between 880 and 900ºC, PO42- between 870 and 890ºC and SO3H- between 950 and 960ºC, respectively. By comparing the thermogram of different samples, it can observed that the peak related to change in the structure occurs in different temperature for each electrolytic solution and the membrane from sulphuric acid showed the smallest peak, probably due to a small amount of impurity incorporated in this membrane. The conclusion of the results from the infrared spectroscopy showed the presence of ionic radicals, such as CO42- and the presence of phosphate and sulfate ions. Key-words: Ceramic Membrane, anodic alumina, electrolytic.