Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus). O pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) é um pinguim sulamericano característico de águas temperadas. A espécie habita as zonas costeiras da Argentina, Chile e Ilhas Malvinas (ou Falkland Islands, em inglês, o idioma falado pelos habitantes desta ilha), migrando por vezes até ao Brasil no Oceano Atlântico ou até ao Peru, no caso das populações do Oceano Pacífico. Estes animais são classificados no genero Spheniscus juntamente com o pinguim-das-galápagos e o pinguim-de-humboldt. O pinguim-de-magalhães é uma ave de médio porte, com cerca de 70 centímetros de comprimento, na época reprodutiva chegam a pesar de 5 a 6 kg de peso,fora da época de reprodução pesam de 3 a 4 kg e os jovens que costumam chegar no Brasil são animais entre 2 e 3 anos e pesam entre 1,5kg a 2,5kg, essas aves possuem uma longevidade que pode ultrapassar 20 anos, é a terceira espécie mais populosa entre as 17 existentes no mundo , segundo a última pesquisa é em torno de 10 milhões de espécimes. Como todos os membros da sua ordem, o pinguim-demagalhães alimenta-se no mar, à base de peixe, lulas, krill e outros crustáceos, eles saem para caçar em pequenos bandos de 5 a 10 elementos e podem mergulhar até aos 90 metros de profundidade. Essas aves que fascinam as pessoas principalmente as crianças chegam quase que por "engano" de carona nas correntes marinhas,por serem a maioria aves imaturas acabam se perdendo em alto mar quando saem em busca de alimento, isso geralmente ocorre entre o final de maio e início de agosto época em que o mar está mais revolto devido ao inverno, promovendo um maior distanciamento dos pinguins em relação a costa, culminando na chegada dessas aves em nosso país,principalmente no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Segundo pesquisadores a drástica mudança climática que o mundo vem sofrendo contribuiu significativamente para o aumento da chegada de Pinguins aqui no Brasil no ano de 2008. Essas aves nandam em torno de 5000 mil km da Patagônia até aqui, isso gera um desgaste imenso o que acaba gerando perda significativa de gordura(alguns chegam aqui pesando somente 900g...), a falta de gordura corpórea , gordura esta que atua como isolante térmico e a alimentação precária devido ao longo trajeto geram respectivamente:Hipotermia e hipoglicemia, por essas razões quando um Pinguim é encontrado na praia a melhor ajuda que ele pode receber é ser encaminhado para um local onde receberá aquecimento e tratamento adequado. Nada de pegar o Pinguim e colocar no gelo, pois além de piorar seu estado de saúde ao manuseá-lo poderá ocorrer acidentes como bicadas(bem dolorosas ...) em várias partes do corpo, principalmente na face, precisamente na área dos olhos, alimentá-los também não é indicado,pois muitos chegam tão debilitados que acabam necessitando de alimentação especial(papa de peixes) que é fornecida por sonda, além de soro glicosado a 5% para fornecer energia ao animal.Esse protocolo é realizado além das medicações necessárias porque se alimentarmos o Pinguim debilitado com peixe inteiro e só seu organismo irá mobilizar as últimas reservas de energia para promover a digestão e isso irá deixar seu organismo exasto podendo levar o animal a óbito. No Rio de janeiro existe o Zoológico de Niterói que recebe essas aves e oferece tratamento adequado até que possam ser reabilitadas. Dra. Sabrina Toledo CRMV-RJ:7597 Médica Veterinária de animais exóticos e selvagens Atendimento na PET HOME com hora marcada