seres vivos

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SERES VIVOS:
EVOLUÇÃO, DESENVOLVIMENTO E IMPORTÂNCIA.
Mas afinal, o que define um ser vivo? Para identificá-los
devemos levar em consideração algumas características essenciais
que os definem como tal. São elas: organização celular, ciclo de
vida, metabolismo, resposta a estímulos do meio e capacidade de
reprodução.
Levando em consideração as características já citadas,
chegamos ao número aproximado de 1,8 milhões de espécies de
seres vivos que habitam todos os cantos do Planeta Terra. Esse
número pode ser ainda maior segundo os cientistas, que estimam
um número próximo a 100 milhões de espécies, sem contabilizar as
já extintas. Sendo a falta de investimento em pesquisas o principal
fator para a confirmação dessa estimativa.
Os seres vivos surgiram na Terra há aproximadamente 3,5
bilhões de anos atrás. Durante um bilhão de anos desde a formação
da Terra, as constantes transformações sofridas pelo Planeta foram
de extrema importância para que se criasse as condições de abrigar
vida.
Assim como a Terra esta em constante mudança, os seres
vivos também evoluem ao longo do tempo, através de um processo
conhecido como seleção natural. Foi graças à seleção natural e a
evolução das espécies ao longo do tempo que podemos identificar
essa mega diversidade.
Os primeiros seres vivos que surgiram foram muito simples,
eram constituídos de apenas uma célula e não possuíam um núcleo
organizado. Por um longo período esses seres dominaram as águas
do Planeta Terra.
A conquista do meio ambiente terrestre, bem como, a
reprodução
sexuada,
foram
grandes
acontecimentos
que
contribuíram para o aumento da biodiversidade da Terra. Ao longo
de toda essa história de transformação, organismos foram extintos
e outros foram surgindo. Esses acontecimentos só foram possíveis
serem descritos através do estudo dos fósseis. É através de restos
ou vestígios dos seres vivos que viveram em um passado muito
distante, que os cientistas podem criar modelos de organismos e
dos ambientes da Terra desde o surgimento da Vida.
O homem então faz parte de uma longa história evolutiva que
se iniciou com o surgimento de seu possível ancestral: o
australopitecos, há 4 milhões de anos nas savanas africanas. Entre
200 e 150 mil anos atrás surgiu assim nossa espécie Homo
sapiens, ainda na África. Mais tarde, algumas populações migraram
para outros continentes como Europa e Ásia.
Com toda essa diversidade, e com o passar dos anos, através
da curiosidade do homem e das descobertas sobre a utilidade de
determinados seres vivos na alimentação, vestimenta, medicações
e produtos, tornou-se necessário classificá-los. A primeira proposta
de classificação foi no século IV a.c pelo filósofo grego Aristóteles,
discípulo de Platão, que classificou de uma maneira muito simples
os seres vivos: Animais “com sangue” e animais “sem sangue”. Até
o século XVIII outras propostas de classificação surgiram, e hoje
são conhecidas como classificações artificiais.
Somente em 1735 o cientista Carl Von Linné propôs uma
nova classificação, baseada assim no agrupamento dos seres vivos
de acordo com o maior número de semelhanças possível, tentando
estabelecer relações de parentesco evolutivo entre eles. Essa
classificação é válida até hoje e, sofreu pequenas modificações. É
também conhecida como classificação natural.
Nesse sistema proposto por Lineu, a espécie é a unidade de
classificação, que são agrupadas em categorias taxonômicas:
Espécies semelhantes ocupam um mesmo gênero; gêneros
semelhantes ocupam uma mesma família; famílias semelhantes
ocupam a mesma ordem; ordens semelhantes ocupam a mesma
classe; classes semelhantes ocupam um mesmo filo e filos
semelhantes são agrupados em um mesmo reino. As semelhanças
entre os grupos assim podem indicar as evidências do grau de
parentesco evolutivo.
Para que as espécies existentes possam ser conhecidas no
mundo inteiro, foi necessário a criação de padrão de nomenclatura
científica. O nome científico deve ser binominal, escrito em latim e
deve sempre estar destacado no texto. O primeiro nome deve ter a
primeira letra em maiúsculo e o segundo inteiro minúsculo.
Atualmente os seres vivos estão classificados em 5 grandes
reinos, são eles: Monera, Protoctista, Fungi, Animalia e Plantae.
Perdidos entre os seres vivos e os não vivos estão os vírus, que até
o presente momento não estão classificados em nenhum reino, pois
existe uma grande discussão no meio científico se podem ou não
serem classificados como seres vivos pois, não são constituídos de
células,
além
de
não
apresentarem
outras
características
essenciais.
Os seres vivos podem então serem classificados como
procariontes
ou
eucariontes,
unicelulares
ou
pluricelulares,
autótrofos (cianobactérias) ou heterótrofos (demais bactérias),
realizar reprodução assexuada ou sexuada, ou até mesmo os dois
tipos.
No Reino Monera estão inseridos os seres vivos procariontes
unicelulares. Podem ser autótrofos ou heterótrofos com reprodução
assexuada ou sexuada.
São considerados os seres mais primitivos da Terra. São
muito pequenos, por isso, a confirmação da existência foi somente
no final do século XVI graças ao advento do microscópio.
Podem ser encontrados em toda a parte do Planeta, podem
habitar lugares de temperaturas extremas, acidez extrema e falta de
oxigênio. Poucas espécies podem trazer problemas de saúde para
os seres humanos, principalmente onde há falta de saneamento
básico. A maioria deles são benéficos, sendo essenciais para a
continuidade da vida na Terra, pois, são decompositoras da matéria
orgânica participando do ciclo do nitrogênio, essencial para os seres
humanos, já que não conseguimos obtê-lo na forma de gás da
atmosfera. Além disso, as cianobactérias são responsáveis pela
maior parte do oxigênio disponível na atmosfera, que disponibilizam
através do processo de fotossíntese. São incalculáveis os
benefícios que elas podem nos proporcionar, estudos mais atuais
tem as utilizado em processos de biorremediação, extração de
minérios de cobre e ouro, decomposição de plástico e até mesmo
na produção de insulina.
O reino Protoctista inclui organismos eucariontes como os
protozoários e as algas. Os protozoários são heterótrofos e
unicelulares enquanto as algas são aquáticas, autótrofas e
fotossintetizantes, podendo ser unicelulares ou pluricelulares.
Junto com as cianobactérias as algas são de extrema
importância na produção do oxigênio da atmosfera (90 %). Junto
com os protozoários fazem parte da base da cadeia alimentar
aquática,
sendo
essenciais
à
vida.
Também
apresentam
importância econômica (alga vermelha/sushi) e medicina com
problemas de saúde gerados pela industrialização e urbanização
(malária, mal de Chagas e Leishmaniose).
Os fungos são eucariontes e podem ser unicelulares ou
pluricelulares. São de extrema importância para o equilíbrio dos
ecossistemas. Juntamente com as bactérias, desempenham o
papel de decompositores na cadeia alimentar, reciclando os
nutrientes. Mais de 200 tipos de cogumelos são utilizados na
alimentação humana, além de, serem utilizados na fabricação de
queijos, pães, bebidas alcoólicas e etanol combustível. Ainda na
indústria farmacêutica são responsáveis na produção de antibióticos
e outros medicamentos. Algumas espécies são parasitas e causam
doenças em animais e plantas, podendo através da decomposição
produzir substâncias tóxicas contaminando alimentos.
As
plantas
são
organismos
eucariontes,
pluricelulares
autótrofas e, apresentam uma enorme diversidade de espécies,
além de fazerem parte da base da cadeia alimentar como
produtores
são
utilizadas
atividades
humanas,
como matéria-prima
como
na
produção
em diversas
de
alimentos,
medicamentos, cosméticos, tecidos, papel, combustíveis e na
indústria moveleira. São mais de 250 mil espécies catalogadas em
todo o mundo. Desempenham um importante papel na produção do
gás oxigênio, convertendo o CO2 e água em matéria orgânica
utilizando a luz solar como fonte de energia, sendo essenciais na
captura dos gases causadores do aquecimento global, contribuindo
para o conforto ambiental.
Já o reino animal abriga os seres pruricelulares heterótrofos.
São divididos em invertebrados e vertebrados abrigando um grande
número de espécies que podem apresentar diferenças muito
grandes entre si. Os invertebrados representam cerca de 95% de
todos os animais. Assim como todos os seres vivos já citados nos
reinos anteriores os animais também desempenham papeis
fundamentais no equilíbrio dos ecossistemas, e muitos são de
extrema importância na industria alimentícia e farmacêutica,
É importante destacar que o homem faz parte deste grupo,
interagindo
intensamente
nos
ecossistemas,
estabelecendo
relações ecológicas com muitas espécies de seres vivos. Durante
muitos anos, os agrupamentos humanos foram pequenos e
dispersos pelo mundo, sem causar grandes desequilíbrios. Em
compensação nos últimos séculos a população humana cresceu de
forma acelerada e com as descobertas tecnológicas para reduzir o
trabalho humano e aumentar a produção, sem se preocupar com os
recursos utilizados foi criando problemas ambientais incalculáveis e
talvez irreversíveis para muitas espécies.
Os seres humanos são capazes de criar ambientes novos,
provocando mudanças profundas no ambiente natural. Através da
produção intensiva de alimentos, do desmatamento, da introdução
de espécies exóticas, da prática indiscriminada da caça e da pesca,
contaminação ambiental, poluição do ar, da água e do solo, pode
chegar ao esgotamento dos recursos naturais, tornando assim,
impossível a permanência dele próprio na biosfera terrestre.
A conservação ambiental é um tema que deve ser levado a
sério, pois é o único meio que assegurará a manutenção dos
recursos naturais como água e alimento. Sendo a educação, a
chave para o esclarecimento da população sobre as questões
relativas ao meio ambiente.
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