A terapeuta Karina Amadori utiliza a técnica em um bebê

() PoliclÃ-nica adota banho de balde-ofurô para bebês prematuros
A terapeuta Karina Amadori utiliza a técnica em um bebê prematuro. Todo o procedimento é acompanhado pela mãe
do neném
Os bebês que nascem antes do tempo, os chamados prematuros, em geral apresentam algumas condições especiais.
Eles necessitam ganhar peso e alcançar um estágio que deveria ter ocorrido no ventre materno. Uma nova terapia (mas
antiga para os povos orientais) começa a ser utilizada na Policlínica Pato Branco, com o objetivo de contribuir para o
desenvolvimento dos prematuros, de acordo com solicitação médica. O banho de balde-ofurô está sendo realizado em
bebês que estão na UTI Neonatal e Pediátrica da Policlínica pela terapeuta ocupacional Karina Amadori.
Os banhos de balde-ofurô iniciaram no final de julho passado, em dois bebês prematuros. De acordo com Karina, a
terapia visa o ganho de apetite, o que resulta em aumento do peso, e o relaxamento do neném, que fica mais tranquilo
e mama melhor. "Há outro ganho, na afetividade. Sempre peço que a mãe acompanhe o banho, que ela fale com o
bebê e mantenha contato visual.
Tudo isso proporciona maior proximidade entre mãe e bebê", explica a terapeuta ocupacional.
Os primeiros resultados com o banho de balde-ofurô já apareceram. "Em um bebê que tem 30 dias de vida, a diferença
foi notada no primeiro dia do banho de balde-ofurô", conta Silvana de Oliveira, enfermeira da tarde da UTI Neonatal e
Pediátrica da Policlínica Pato Branco. Segundo Silvana, o neném, que está sendo atendido pelo SUS, dormiu a noite
toda sem interrupções e está ganhando de 30 a 40 gramas de peso por dia.
Para o médico pediatra Fernando Rios Fonseca, intensivista da UTI Neonatal e Pediátrica da Policlínica, a terapia do
balde-ofurô é uma novidade na humanização do tratamento de prematuros e recém-nascidos. "Ainda não é uma forma
habitual, mas a tendência é que a terapia, que é inovadora, tenha perspectiva de crescimento na aplicação, por
aspectos como a humanização e a segurança das crianças", destaca.
O pediatra ressalta que a terapia com o balde-ofurô é realizada no hospital, em ambiente controlado e com os
equipamentos adequados. Na Policlínica, a terapeuta ocupacional Karina Amadori treinou 28 pessoas e há mais uma
turma para receber as orientações sobre a novidade. Mas, até o momento, apenas Karina é que realiza os banhos em
balde-ofurô.
A terapia do balde-ofurô: A explicação para a eficácia do banho de balde-ofurô é que a água quente (37 a 38ºC) é
relaxante, analgésica e organizadora, e o balde imita o ambiente intra-uterino e permite melhora nos estados de agitação,
insônia e cólica dos bebês. É como um miniofurô: os bebês ficam em posição fetal, submersos do pescoço para baixo.
O balde-ofurô utilizado pela terapeuta Karina é específico para os nenéns e elaborado por engenheiros holandeses: o
plástico é atóxico, sua base é antiderrapante e há um centro de gravidade que permite estabilidade e segurança no
banho. Há também uma marcação para o nível máximo de água, para evitar possíveis afogamentos. O valor do balde
é de aproximadamente R$ 100,00 e são tomadas todas as medidas para a higienização da peça.
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Gerado em 13/06/2017 09:48:20