Hormônios para tratamento da obesidade: chega de cirurgias? N 17

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No 17
Agosto/2013
Centro de Farmacovigilância da UNIFAL-MG
Site: www2.unifal-mg.edu.br/cefal
Email: [email protected]
Tel: (35) 3299-1273
Equipe editorial: prof. Dr. Ricardo Rascado; profa. MsC.
Luciene Marques; Jéssica Caroline C. Santos; Bruna
Dias; Fernanda Monteiro; Thiago dos Santos.
Hormônios para tratamento da obesidade: chega de cirurgias?
INTRODUÇÃO
gastrintestinais, alterações nervosas e
As
mudanças nutricionais ocorridas
neste século direcionam para uma dieta
cada vez mais ocidentalizada, a qual,
aliada à
diminuição progressiva da
atividade física, converge para o aumento
no número de casos de obesidade em
todo o mundo. Isso representa aumento
na
morbidade
e
na
mortalidade
associadas à obesidade, já que esta é fator
obesidade
é
uma a
em
excesso,
consumo
elevado
de
açúcares e gorduras, mastigação rápida) e
falta de exercícios físicos. Em mulheres,
o período pós-parto e a menopausa
contribuem para a retenção de gordura no
organismo e podem levar à obesidade.
O tratamento da obesidade mórbida é
feito por meio de processo cirúrgico.
Existem três tipos de cirurgia para isso:
de risco para várias doenças.
A
psicológicas, erros alimentares (comer
doença
provocada pelo acúmulo demasiado de
Cirurgias
má-absortivas,
cirurgias
restritivas e cirurgias híbridas.
gordura no corpo. A partir do momento
em que a obesidade torna-se capaz de
SITUAÇÃO ATUAL
acentuar o risco de doenças relacionadas
ao excesso de peso, ela passa a ser
chamada de Obesidade mórbida.
A obesidade mórbida é uma doença
grave, qualificada como uma doença
crônica multifatorial, ou seja, dura por
longos períodos e está relacionada a
vários fatores, tais como predisposição
genética, desordens glandulares ou
Já imaginou se o tratamento para tal
doença pudesse ser feito por um método
menos invasivo? Estudos feitos por um
médico britânico mostram que hormônios
que dão sensação de saciedade podem
ajudar a combater a obesidade.
Os hormônios são o Glucagonlike peptide-1 (GLP-1), OXM e PYY,
.praticamente
os
mesmos
liberados
naturalmente pelo corpo após todas as
1
refeições e que indicam ao corpo que a
fome foi saciada, assim explicou o líder
do estudo, o médico Steve Bloom, chefe
Referências
do
Obesidade Mórbida. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/doencas/obesidademorbida/>
departamento
de
estudos
sobre
diabetes, endocrinologia e metabolismo
do prestigioso Imperial College, em
Londres.
Os médicos perceberam que esses
mesmos hormônios são liberados em
grandes
quantidades pelo
corpo
de
pacientes que se submeteram à cirurgia
bariátrica, e esse seria um dos motivos
para o sucesso da cirurgia em grande
parte dos casos. Agora, a equipe de
Notícias G1. Disponível em:
<http://g1.globo.com/ciencia-esaude/noticia/2013/07/pesquisador-testahormonio-para-substituir-cirurgia-de-reducao-doestomago.html >
Biblioteca Virtual em Saúde. Disponível em:
<http://bases.bireme.br/cgibin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis
&src=google&base=LILACS&lang=p&nextActio
n=lnk&exprSearch=341255&indexSearch=ID>
The Telegraph.
http://www.telegraph.co.uk/science/sciencenews/10177794/Obesity-drug-could-endneed-for-gastric-bypass-surgery.html.
Bloom quer replicar esse efeito mesmo
que o paciente não queira ou não possa se
submeter ao procedimento cirúrgico. É
previsível que os hormônios devam
causar poucos ou nenhum efeito colateral,
por serem “quase naturais”. Alterações
mais
significativas
estão
sendo
desenvolvidas nos fármacos com o
objetivo de aumentar a duração de seu
efeito
no
permanecem
corpo,
poucos
uma
vez
que
minutos
no
organismo. Pacientes obesos receberiam,
assim, uma injeção semanal da droga, e
em alguns casos ao longo da vida inteira,
para controlar seu apetite e assim perder
peso.
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